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Protozoários Flagelados Intestinais e Geniturinários Classificação Taxonômica (Levine,1980) Protista REINO: SUB-REINO: Protozoa FILOS*: Sarcomastigophora Microspora Ciliophora Apicomplexa SUB-FILOS: * Filos de interesse em parasitologia humana Sarcodina Mastigophora Flagelos Pseudópodos Ciliados Kinetofragminophorea • Flagelados intestinais e geniturinários Giardia lamblia (G. intestinalis) duodeno Trichomonas vaginalis vagina, uretra masc. e próstata • Flagelados teciduais Leishmania spp. Trypanosoma cruzi Protozoários Flagelados Giardia lamblia Agente etiológico da Giardíase Giardia intestinalis ou duodenalis Lamblia intestinalis Causa + comum de diarreia em crianças Morfologia Trofozoítos Vivem no duodeno 10 a 20 m comp./05 a 15 m de largura Piriforme (pera) e simetria bilateral Corpo deformável Superfície ventral disco adesivo ou disco suctorial Citoplasma par de núcleos com cariossomo central e dois axonemas Flagelos 04 pares Corpos parabasais cruzam o axonema central Cistos 12/8 m, ovais ou elipsóides, 02 a 04 núcleos, 04 fibrilas (axonemas) Eliminados nas fezes, viáveis por 02 meses ou + em água, desencistam: 37ºC ou pH 2,0 Resistente ao cloro Viáveis por muito tempo embaixo das unhas • Reservatório: homem e animais • Distribuição mundial: crianças 8m-12 anos • Diarreia dos viajantes – regiões endêmicas • Portadores assintomáticos • Transmissão: oral-fecal (cistos nas fezes) Água e alimentos contaminados (mãos sujas, insetos, adubo orgânico...) Pessoa-pessoa: contato, relação sexual • Período de incubação: 01 a 03 semanas • Imunidade protetora: adultos Biologia Ciclo Biológico Ingestão de cistos suco gástrico: desencistamento intestino delgado colonização por trofozoítos divisão binária encistamento fezes • Adesão nas céls. da mucosa através do disco adesivo subst. citopáticas + lesão de microvilosidades inflamação • Edema da mucosa motilidade, muco e secreções, acelera renovação celular = disfunção (céls jovens) = incapacidade de absorção de nutrientes atapetamento por trofozoítos • eosinófilos e neutrófilos apoptose céls epiteliais atrofia da mucosa Patogenia da Giardíase • Portadores assintomáticos • Diarreia aguda • Distensão e dor abdominal • Diarreia crônica (persistente) • Má-absorção: lipídeos (esteatorreia), vitaminas lipossolúveis, B12, Fe, lactose • Perda de peso, fraqueza, febre, anorexia Manifestações Clínicas • Fezes formadas cistos • Fezes diarreicas trofozoítos e cistos • Parasitológico de fezes: Testes em 03 ou + amostras por técnicas de concentração Exame a fresco: fezes diluídas em salina ligeiramente aquecida Diagnóstico Metronidazol 15 a 20 mg/Kg/05 dias: crianças; 250mg/3x dia/05 dias Ornidazol 50mg/kg/dia crianças e 2g/dia adultos; dose única Tinidazol 50 a 60 mg/Kg/05 dias: crianças; 2g adultos Secnidazol 125mg/2x/24 hs/05 dias: crianças; 2g dose única: adultos Tratamento Medidas de higiene pessoal lavar bem as mãos, destino correto das fezes (fossas, rede de esgoto) Proteção dos alimentos Tratamento de água – cistos resistem à cloração, mas são destruídos por água fervente Profilaxia Trichomonas 03 spp.: T. tenax = microbiota oral, não- patogênico, controle: higiene oral Pentatrichomonas hominis = microbiota intestinal, não-patogênico T. vaginalis = vaginite e uretrite Trichomonas vaginalis Agente etiológico da Tricomonose DST não viral + comum: distribuição mundial: 170 milhões casos/ano Reservatório: homem – trato geniturinário Fatores de risco: idade, atividade sexual, nº parceiros, outras DSTs, fase do ciclo menstrual, condições sócio-econômicas Morfologia Forma oval ou elipsóide AF = 04 flagelos anter. livres RF = membrana ondulante (01 flagelo voltado para trás) PG = corpo parabasal e Golgi N = núcleo CO = costa HV = hidrogenossomos (ATP) PB = filamento parabasal AX = axóstilo Secreção esbranquiçada e bolhosa na mucosa vaginal • Não possui forma cística – susceptível ao dessecamento e altas TºC • Sobrevive: 02 hs água, 03 hrs urina coletada e 06 hs sêmen ejaculado e secreção vaginal • Anaeróbio facultativo, pH: 5 – 7,5, T: 20 – 40ºC • Fatores que favorecem infecção vaginal: * modificações microbiota bacteriana * acidez local (pH entre 5 e 7,5, ideal: 6 – 6,5) * glicogênio nas céls epiteliais * acentuada descamação epitelial Biologia • Relação sexual = DST • Recém-nascida de mãe infectada: cura espontânea • É incomum na infância (1 – 10 anos): pH vaginal baixo, falta de estrógeno • Assentos de vasos sanitários, banheira com água, roupas íntimas, instrumental ginecológico, outros fômites • Tricomoníase masculina é autolimitada: secreções prostáticas e jato de urina controlam Transmissão Ciclo Biológico • pH vaginal = 5 – 7,5 • Lactobacillus acidophilus (normal: 3,8 – 4,5) • Aderência e citotoxicidade na mucosa inflamação infiltrado de linfócitos (T CD4+: risco de infecção por HIV) • Mecanismos de escape da rç. imune: secreções tóxicas degradam Acs e linfócitos, parasita se autorreveste com prots plasmáticas do hospedeiro Patogenia • Pode ser assintomático – P. incubação: 03-20 dias • Mulheres: Prurido intenso, queimação Leucorreia purulenta-esverdeada de odor fétido Erosões na mucosa, edema, eritema Disúria, dor abdominal baixa Cervicite, vaginite, vulvovaginite • Homens: assintomático/semanas Secreção matutina leitosa ou purulenta, prurido, disúria Uretrites, prostatite, cistite Manifestações Clínicas • Colheita de secreção (swab) – em solução salina sobrevive por 24 hs: vaginal, uretral, prostática... Exame a fresco tricomonas em movimento Cultura em meio Kupferberg Exame citológico em preparação fixada e corada Diagnóstico • Metronidazol 250 mg, 2 – 3 x/dia/10 dias • Tinidazol 2 g VO, dose única • Secnidazol 2 g VO, dose única • Ornidazol 2 g VO, dose única • Nimorazol 250 mg, 2x/dia/06 dias • Tratar parceiro • Gestantes: cremes ou óvulos (tópico) Tratamento • Prática de sexo seguro • Uso de preservativos • Abstinência de contato com pessoas infectadas • Tratamento imediato de casos sintomáticos, assintomáticos e parceiros sexuais Profilaxia
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