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01 TÉCNICAS DE ESTUDO (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 15 23)

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~ 
MAKRON 
BHb 
Capftulo 2 
Metodos e Estrategias 
de Estudo e Aprendizagem 
Considerac;oes Gerais 
Um dos objetivos da aprendizagem, circ:un.screver e desaever o resultado da instJw;io, 
ou s,eja,. o conteudo que o a1u.no aprende como sua conseqU@:ncia, e situar o que o univel'-
sitario ser~ capaz de fazer, como resultado do que aprendeu. ll descrever resultados ade-
quadoo Its expectativas a serem produzidas em uma unidade de instru~3o • de conteudo 
desenvolvido. 
Nossa inte~3o, na presente abordagem, ~ a de Bxar o prindpio de que o alo de 
aprender depende de um processo que situa o aprendiz em nfvel de reL,~o com o pro-
fessor e o sistema institucional. Ao aluno compel<! o alo de estuda.r, estar regularmenre 
em au.la., aprender a domlna_r concc:itos, defini~ e termos etc. Ao doce:nte compete li~ 
derar o plantjamento da instru~iio, propor ail&ios de avalia~iio e selecionar objetivos que 
possam ser alcan~ados pelo estudanre dentro do rempo disporuvel. Ao contexlo institu-
cional correspondem as fun¢,ls da universldade que glram em tomo de um n~cleo com-
posto pelos fatores: enslno - pesqulsa - extensao. 
0 Sistema Nacional de P6s-Cradua~ilo assim define as fun,;oes da universidade: for-
mar professores, formar pesquisadores para o trabalho cientlfico e preparar proflsslonais 
do mais elevado nlve~ com o objetivo de lomar as universidades verdadeiros centros de 
atividades oiativas permanentes. Em sfntese, a intera..,a:o de atividades desenvolvidas em 
um curso superior a base de contatos significativos estabeleddos entre docentes e discen-
res tern uma expressiio terminal que ~ o produto da vida sociocultural e polftica de um 
povo. Dessa forma, o ensino superior deve espelhar o d0$envolvlmenlo social global con• 
rendo fun~ generlcas e espedAcas. As fun¢es genMcas assegu.ram a lil>erdade e a au• 
tonomia culhlral pr6prias A investiga~ao, A pesqu~ aos questionamentos e A solu~o de 
problemas que garanlem a auto-identilica~ilo e a autodetermlna~o social e politic,, dos 
grupos sociais. As fun¢es esped6cas da institul~o universib!rla se estal>ele<iem dispon· 
do de recursos ~cos e humanos capazes de garantir o proa,soo de investiga9lo que 
arnplia o conhecimento atrav~ da pesqulsa e da sua difus.i!o pelo ensino. 
15 
© 
-
16 Fvndomen1os de Metodologlo Cop. 2 
0 professor encaminha e sistematiza recursos de aprendit.agem advindos de sua ex-
pcriCnda, e o aluno estuda e desenvolve o programa de aprendizagem, individual ou em 
grupo, assumindo a responsabilidade P4?los seus resultados sob a a~ao do professor que 
objetiva facilitar e oricntar o processo. 
Esta ~ a t&nica da descoberta que se d.S atrnves da investiga~ e da pesquis:a aca• 
de.mica, a qual e traduzida como ensinar pcsquisando e pesquisar aprendendo. Ela fort-a-
Jecc a inteligenda e constr6i a raz.ao cientlfica, mediante uma proposta definida do 
cstudante em estudar e £au-lo participativamentt. 
0 aluno deve optar pela situa~3o de estudante romo sendo uma situa~iio profissio-
nal em que o aprendiz e o agente de seu aprendizado e de sua formatao para qualquer 
que seja o elxo escolhido: enslno, pesquisa ou o exerdcio da profissJ.o. 
S.,t,,,r o que e estudar e aprender a estudar t! uma disponibilldade respons.ivel e in• 
tencional do estudante. Este assume a sua pr6pria forma de estudar por meio de reflexoes 
pessoais que o orientam a ter acesso a formas mais efldentes de apreens3o. Assim, o es-
tudante melhora os seus hd.bitos escolares, dominando t~cas e m~todos concementes 
aos objetivos da aprendizagem e da vida escol.ar acadt!mica. 
Estudar - Conceitos e Oefinic;oes 
Retomando a tem,tica do estudo, consideramos import.ante cnfatizar que estudar i um 
processo investigat6rio do qual resulta a aprendizagem e modos de conhecimento, que se 
movi.mentam em obten~o de informes e oondusoes que viio do dado quantitativo ao 
qualitativo. 
Estudar e uma das fonnas facilitadorns do deS<?nvoMmento do potential pr6prio 
dos eler:nentos cognitivos do ser humano - a sua lntelig~da - e daque.les aspectos vi-
tais a forma~o necessaria e pr6pria do mundo das rela~Oes socioculturais, tals como dis-
ciplina, autoconfianc;a, prud~nda, descoberta, dom!nio, autodommio etc 
Em um plano mais pr.i§tico, estuda.r e um esfof\'O integral de aprender e que vod 
deve praticar para conseguir o que provavelmente deseja. 
Nos primeiros esMgios da vida universitaria., o estudante quasc sempre traz. consigo 
juiz.os, valores, ideias e conceitos admitidos pelo senso oomum. A sua expressio concei-
tual e um mosaico malsituado por cren,;as v~rias, atitudes e expectativas imediatistas que 
ele c:ompartilha aM ent3o com o seu grupo e a sua comunidade de refel'encia. A sua lin-
guagem t! comum A heran~ sociocultural pr6pria ao cotidiano. 
Esta ~ a estrutura do nosso estudante brasile.iro que inicia a vida universit.iria e que 
vai ser a part:ir de ent8o estimulado e induzido i\s novas observa~ e interprcta~oes fe-
nomenais, cujo e>C:ito depcnder.i dos motivos, atentlio e refledo que assume e que o con-
duzem a ea como e&tudar. 
Em nivel de curso superior., estudar e um ato consdente e volitivo delerminado. Vol-
ta-se para o conhecimento e para a a~ao que supoem passagens gradativas de conceitos 
frouxos1 no inido, para um quadro de elabdratao e de formula~3o de juizos mais adequa4 
dos, sistemati.~ados e comuni0aveis de areas basicas ou espcdficas de sua forma~o. 
A docis..1.o de estudar e.m um curso superior exige do estudante uma posrura que vai 
aMm da mera freqUe:rlda as aulas, para scr mais ou menos bem-sucedido em provas e tes-
tes. Solic-ita do aluno valorcs cnvolvidos no piano de realiza~ao de sua aspira~ao de 
~p. 2 M6todos !_ btrot6~as M Esrudo • ~aooem 17 
aprender os clementos da ciel\cia e da profissio. A aptidao para passar nos exames e ha-
bilidade Util que se relaciona com o treinamento profissional e tem sido sempre destaca-
da, embora seja de maior relevincia o desenvolvimento da originalidade de pensamento 
e a curiooidade cientifica. Nesse ca.so, e:sclarece,,se que, muitas ve.zes e em sua o,aioria., o 
nosso pJ'Oprio sistema educacional, ainda ca6tico, est.a preocupado em valoriz.ar o si.stema 
de nota. O universitruio tern de estar dente de que os objetivos de seu C'Urso superior ~ 
ferem-se: a instrumentallza~o para o trabalho dentifico; a aquisi~ao da competencia e 
metodo para empreender pesquisas e solucionar problem.as; ao domiruo de mitodos mais 
efidentes adequados a natureza dos trabalhos te6ricos ou pl'aticos; a di.sposi~3o em 
aprender; a disposi¢o de ler e analisar textos e obras conside,ados especificos e gerais; a 
obten~ao de bons rcsultados em seus empreendimentos acad~rniCO$ de maneira intcligen· 
te e, tanto quanto possivel, original; ao aprender a pensar e a plancjar as atividades de 
aprendizagem, atravt!s de m~oo ou tt!cnicas de estudo. 
Em cada cu.r.,o e em cada disciplina., o aluno precisa saber o que esta estudando e 
para que o esta fa:z.endo. E imprescindivcl que o estudante detecte os objetivos mediatos 
e imedial06 de cad• disciplina e os compare com as motiva¢es e motivos formativos e in· 
formativos que o diri19fam e o estao mantendo dentro de wna determinad• area do saber. 
Toma-se relevante que o estudante se auto-avalie ao se candidatar e ao frequentar 
um curso ou um complexo de disciplinas, lembrando que ele jamais podera estar moti· 
vado por coisa alguma, se nao souber o porqu~ e aonde o envolvimento ea dedica~io ao 
estudo o conduzirilo. 
Para o aluno definir o objetivo de seu cwso e das disciplinas que o integram cumu-
lativamente como obrigat6rias e/ ou optativas, e necessario conhecier o projeto pedag6gi-
co definido para o curso. Posteriormente, deve--se relacioru.r conceitos e termos, bem 
como associar ideias que, se inidalmente aparecem como sendo esparsas, na verdade &ao 
adequadas a composi¢essignifica.ntes e sistemlitic.as. 
0 projeto pedag6gico precisa relacionar objetivo, objeto de curso e de disciplinas de 
!onna~ao geral e especifica, retratando o per61 de cada area c sutwoa de conhecimento, 
necessaria a /onna,lo do profissional que se quer formar. 
Com rela~ilo ainda a objetivos e objeto de trabalho, o estudante precisa estar oonscio 
de que algumas mat~rias lhe sio na~lmente rn.ais aproximativas de seus objetivos ou 
de sua aptidilo para o conhecimento. 
Os objetlvos dos alunos no seu processo de (?nna,ao sao amea~ados quando: 
a) o indivfduo quer estudar, mas Mo aprecia e nao se dedica a faze-lo, porque fra-
cassa continuamente; 
b) o estudante propoc-se a estudar1 mas nao entende o que se ministra nas aulas, 
porque nao tem base e/ou nao tem maturidade e prontidiio; 
c) nao se estabelece 1ll.ll\ reladonam.ento con.strutivo e de compreensao das Umita~ 
~oes apresentadas pelo confronto aluno versus professor; 
d) o aluno nio gosta da materia e o professor afigura-se-lhe como pouco simpatico; 
e) o aluno considera que a ma~rl.a ministrada nada tem a ver com o que pretende 
adquirir como infonna~o pro6ssionaL 
Para resolver tais quest<>eS, algumas medidas imediatas S:So instrutlvas: 
® 
11 fundo,~~CN Mi,todologlo Cop. 2 
•J Procure acluu uma boa rauio que justilique o seu ingresso no c:urso quc f~ 
quenta; lembre-se sempr;e de que o seu saber depende do aprender e que 
este est.a subordlnado ao modo de estudar. 
Tenha em mente que vod, sendo um bom aluno, ten\ melhor desempenho c, por 
ronseguinte, predsal'a estudar menos, mas estudar corretamente. Comece a estudar as 
eoisas mais agrad,vei& e depois as coisas menos agrad.iveis. Vod venoer.1 o limite de 
•nao gostar de estuda.r". 
Com isso, vod esta cumprindo urn dos objetlv"" do ato de estudar. 
b) Se vocl! quer estudar, precisa estar pronto e disposto a veneer as suas liml· 
ta~oes. Nao pode pensar que nao ha mais nada a fazer quanto ao born de-
sempcnho escolar. 
Construtivamente, voce precisa repensar com seriedade sobre alguns fatores: 
• quais foram ab! o momento pre.sente as suas decis6es frente ao ato de estudar 
para aprender? 
• manteve-se sempre organizado ou distrai:do frente ao ato de estudar? 
• estudou habitualmente? 
c) 0 mundo n3o ~ uma redoma que con~m seledonadam.ente todos os el& 
mentos positiv06 de conviv,!ncia social 
Pelo contrtfrio, a vida ~ uma escota em que o indiv{duo precisa aprende.r a conviver 
com o agrad!vel e o desagn.d8vel, sem ferlr o seu. ,entido vital de realiza~&O. Uma dlsd· 
p1lna se to~ nesse caso, agrad8vel de ser estudada,, independentemente da figura do 
professor. 
d) 0 processo de aprendizagem ronstitui-se em uma rela~o entre o sujeito e 
o objeto de amiJise ou de estudo, exlgindo do estudante um.a postura rcs-
pons.ivel e partictpativa. 
A efici!ncia no estudo depende do m~odo utillzado adequadarnen~, mas o exito 
depende de quern e de como o aplica, atendendo ii$ peculiaridades partic:ulares de cada 
estudante, tais oomo nl\fel mental, compet&l.cia escolar, motiva~o ~ disponibilidade para 
estudar. 
C6nscios das diferencas individuais, que movem as pessoos na procura ou na von· 
tade de saber, podH<? considerar algumas orienta,oes gerais, quo dirigem os paSS06 d06 
universitari08 para a organiza,Ao de sua vida de estudo. Sao elas: 
I. Planejamento do tempo para o desempenho das atividades escolares; scm tempo 
suficicnte destiru>do ils atividades escolarcs e de estudo, metodo algum e su6-
cientemente propklo A aprendizagem. 
Diariamente ~ necessario destinar um espa~ para o trabalho de pesquisa e apren-
diz.ado. 
OuvH<?, porem, com freqil~da, de muitos alun08, argumcnta¢es relattvas ii falta 
de tempo para estudar, devido ao acumulo de fun¢es que eles precisam desempenhar 
para garantir s:uas exigCndas e aspira~oes Ue vida. 
Neste mundo t3o atribulado, ao planejar a vida estudantiL o estudante tem de dis-
tinguir ahvidades essenciai& de atividades nio-essendais. Na elabora~~o e djstribuitiO de 
Cop. 2 .v-t~t • Ettro16gios di btudo • Aptendi~~m 19 
seu tempo, (a~a-o por escrito, morutore a sua agenda para que seja propfcia a execu~o 
do trabalho proposto. 
0 seu planejamento de trabalho sera in6cuo, se-voci! niio organizar o seu material, 
o seu instrumental adequado, o qual deved. estar situado e disposto e01 um espa~ tran· 
qililo, s.ilencioso e privativo. 
Atente que para vod cstudar proveitosamente, as condi¢es a.mbienta1s pode.rn ser-
vir oomo estimulo. A.rranje o seu "'canto'' para esrudo. 
2. Preparando-se e aproveitando as aulas: o tempo em que o alW\o assiste As aulas 
~ vital c precioso. Esse tempo deve ser aproveitado intensamente pelo aluno que. 
esta interessado em obter conhecimentos. 
Para isso ele deve: 
11) manter-se em silencio, sobretudo em silencio interior; 
b) agu~r a sua aten~o, esfor~ando~se para reter as i.nfonna~, mediante o exer-
ddo da compreensao e reflexAo. 
t) ter uma postura partidpativa nas salas de aula, anotando os dados relevantes e 
as ideias centrais das temiticas da aula. Essa postura se d' pelo dialogo e ques-
tionarnento dos duvidas, das premissas e inser'°"" colocadas pelo professor. 
0 conteudo desenvolvido em uma sala de aula ~ a orlenta,oo inidaL o ponto de 
partida para o estudante envolver-se em urn prooesso de aprendizagem. 
d) preparar antcrionru?nte o assunto da aula a que se vai assistir. 
lsto o oonduzini a manifesta¢es c:riticas no recinto csco~. relacionamento entre o 
que ja sabe com as informa¢es novas e elabora,;ao de conclusoes 16gicas feitas sobre as 
discussoes e exposi¢es realizadas. 
Estudor em Caso 
0 estudo em casa 4! o rnomento propicio para: 
a) repensar sobre 06 t6picos desenvolvidos em aula; 
b) !er, reler e compreender detalhes significativos e que em aula nao forarn suscita-
dos ou bem-destacados; 
cJ memoriza.r 0$ conceitos imprescindiveis a Compreensio da matl!ria; 
d) complementar o conteudo de aula com o que i' se conhece e com pesquisas com-
plementares; 
t) decodiiicar tennos e voclbulos lkrucos inseri.dos nos text:OS que dificultam a sua 
an~Use; 
/J rever, organizar e_J ou reorgan.izar os apontamentos fcitos durantc as au las; 
g) fazer leituras de textos complementares; 
h) faz.er exerdcios de fixa'°o. 
Resumindo, o estU4;iante interes.sado, cm nivel acadl!mioo, pro~se a: 
a) preparor-se para as aulas; 
b) participar ativamente das aulas; 
G) 
20 fuodo,,·,..11tosdeMefod1:1logl11 ~p.2 
<) m-er as aulas e complementa-lu com leituras. petqulsas e exerddos. 
Sobre qualqucr ... sunto a oer estudado, o aluno deve: 
•) proceder wliscs genus; 
bl det«tar tematicas; 
c) formula, problcmas; 
d) oondulr questc!es; 
t) avaliar1 criticar e concluir. 
Procedimentos de Estudo: os Semin6rios 
0 ,.mlru{rlo ~ um p=<limento mel0dol6glco que supoe o u50 de ~en., (umo <linAml· 
ca de grupo) para o estudo e petqulsa em grupo aobre um wunto predetermlnado. 
0 seminarlo pod• assumir di- lonnas, mu o objetm> i! um s6: leitun. anallse 
e interprcta~iio de text"", dadoe t10bre apresenta~ao de fen6menos vistoe tlOb o Angulo das 
e,q,resoOet dentfficas. analidcu, reflexlvas e afdcas. 0 !JelJUNrio deve poesulr sempre 
uma proposta met6dica vl.sando estabeleoer um proce9t!O de ensino - aprendlzagem e6· 
caz. com bons resultadoe em tennot de entendimenlo e lnterpreta,;io de temAilcas. 
Os seminulos podan ..,, aprttentadot sob a forma de .,,....redondas. Todavl>, 
para lsao i! nece,o;ruio que to<los oe partidpanl>eS esttjam bem-preparadoe eobre o ossunto. 
De qualquer manelra. um grupo que.., propoe a desenvolver um oemirulrio precisa 
ffw ciente da necessidade de cumprlr alguns p>""'"' 
a) determlnar wn problem• a ser trobnlhado; 
b) definir a origem do problema e da hlpcSu,te; 
cJ cstabclecer o tema; 
d) oomp,-eender e expUciw o tema·pn,l>lema; 
el dedicar-se A elabora~ode um piano de investiga\'io; 
p ddinir fontet bibliogra6<:,v,. obsernndo alguN a:l~oo; 
g) provldenciar documenta~o e critlca bibliognifica; 
h) ffiWUI. peequiso; 
i) elabornr wn texto-rotelro diditiCQ, bibllognifico ou interpretatlvo. 
Para a montagern e realiz~ de um oemlnuio, 1"' um prooedlmento buico: 
l•) 0 professor ou o ooordenador-geral fomece aoo partidpanl<!S um texto-roteiro 
apostilado ou adota um tema de eotudo que deve ser lido antes por todos. a (im de poe-
llbilitat a rellexio ea di,oroolo 
20) Procede-se • leitura e A dlscusslo do texto-roteiro em pequen0$ grupos.· Cada 
grupo tm um ooordenador para manter .• discipllna e um rellrtor para anotnr as conclu-
,oes particulares a que o grupo chegar. . 
3'>) Um dos grupos i! deoignado para: 
1) la.zer a ~ lelNt:ica do ... unto, valendo-oe das mm variadas estra1'glas: 
exposl~o oral, quadro-negro, , 1,dts. cartazes, Almes ,1c. Trata-se de wna vuao 
C.op 2 MModos • &hu ,aicu de &ludo•~ d' Qt n 21 
global do as.,unto e, ao mesmo tempo, de wn aprofundamento do tema em es,. 
tudo; 
b) contextualiur o tema ou unid1de de estudo na obra de onde foi rctirado o texto 
ou pensammto a contexto hist6riro-ftloe6fioo.autural do autor; 
c) apresentar os principals conceitos, id~as e doutrinas e os momentos lOgicos es,. 
sendais do texto (temitlca reswruda. valendo-se tambem d• outru fontes alm 
do texto em estudo); 
d) levanw 01 problcmas sugeridos pelo texto e apresent,-101 para dlscusslo; 
ti fomea,r blbliognJia especialillda eobre o 1USunto., se pooslvel, oomentl-1". 
4'1) Plenirio. !l a apresenta~o dos conclullOeS doe grupos restantes. Atrav.!s de seu 
seaetmo ou relator, cada grupo apreoenta as suas c:iondus6tt. 
0 coordenador-gerai ou o prolesoor (az a avalla~Ao sobre o trobalho dos grupos, es-
pedalmente daquele que atuou na apresen~o, bem como uma elntese das oonclusl>es. 
Outroe m~oe e ti!cnicas de desenvolvimento de wn semini.rio podem ..,, acata• 
dos, desde que sejn re5peitado o piano de prontidao para a oprendizagem. 
Finaliundo, apont&moo que !Odo temA ~ wn ~ preaaa oonter, em tennos 
de roteiro, as segulntes part.,., 
• introclu~lo ao terna; 
• desenvolvlmento; 
• conclw/lo. 
Os semirwios sio instrumentoe volioeco para dinaminr o procesao de aprendiza-
gem, desde que n~o sq.,m vlstos como a unica alternativa diditloo-pedag6glca. 
Resumo, Resenho, Esquemo e Sin6ptico 
-
Resumo 
ll a condensa,iio do texto; ~ o ato de condensar idt!ias principals ou cenlrais. bto porquc 
o resumo poe uma oomuni~ exp......, an linguagem con-ente • reduzida. seja ela nar· 
rativa., desaitiva OU dissertiva, 
Para se .....,u.., um .resumo, ~ noassario que o aluno tenha feito a leitura analitlca, 
con.segulndo posterio""""te prooeder uma 1lntese do texto. 1:$$8 sin- pod<ri ,er feil.1 
com as pnlavras do aulor ou as do leitor sem contudo ferlr a mcnsngem do escritor. 
Caractuutlcu do reaumo: 
I. Nao resumir antes de levantar o esquema e preparar ... anota¢es de ltitura; 
2. Ao redlglr wn resume, use 1,...,. breves. objetivas. aaesa,ntando referencias bl-
bllogri6ca, e oboerva«les de amlter pessoaL se n«essirio; 
3. 0 resumo compoe-se das seguinteo lases: 
• ler e reltr o t2xto, procwando entendt-lo a fw,do; 
• procurar a ldl!ia•t6pico de cada pardgrafo; 
• n,lack,cw- • ordenar as ld&s da. ~ot. pangrafo por parignto; 
• escrcver a &fntesc; formando frucs com todas as id~ins prlncipais; 
(§) 
22 Fundomenkls de MeiodologtO Cop. l 
• confronlar a sf.ntese com o original para que nada de importante seja omitido; 
• redigir, finalmente, com born estilo e com as pr6prias palavras. 
Em tomo da proposta de estudar corretamente um texto, de elaborar um esquema 
ou um resumo, ~ necessaJ'io que o estudante saiba levantar os e lementos relevantes de um 
texto indispen&aveis a sua aprendiz.agem. 
Esquema 
Reduz·se a enumera~o dos e lementos que fazem parte de uma. cohma textual. 
0 esquema pode ser expresso atrav~ de id~as ~tra.ls do texto; ~ a representa4,ao 
graAca do que se leu. Um esquema podc ser feito com chaves e llstagem numt!rica. Por 
e<emplo: itens I, n, ID, IV etc. Pressupoe a compreensao das rela¢es entre as partes; sem 
ela, nao ~ poss(vel esquematizar. 
Ca.raderisticas do esquema: 
1. Fldelidade ao original; 
2. Estrurura 16gico; 
3. Flexibilidade e funcionalidade (em uma s6 olru,da, pode-se ter a id8a clara do 
contcudo). 
Resenha 
~ uma s{ntese geral, in/ormativa e avaliativa sabre livros, cap(tulos, artigos das mais di-
ferentes Areas do conhecimento e que serve, por conseguinte, para orientar as ope6es e o 
interesse do leitor em quest:ao. 
Sin6ptico 
E a coloca~o do texto entrc chaves. 
A Tecnico de Sublinhor 
Sem. pesquisar e sem faz.er pe.rguntas o aluno acaba por ler um texto desordenadamente 
e por sublinhar as palavras que mais aparecem sem ordem nem mf!todo, comprometendo 
o ato de estudar. 
0 piano adequado para sublinhar e est<!: 
1•) Examine o capitulo; 
2'>) Formule a si mesmo perguntas sobre ele e tente rcspond~las a medida que val 
lendo. Nessa primeira leitura, sen! preferivel niio sublinhar. 
30) A medlda que responder as perguntas ou for locali.z.ando as ideias-mestras e por-
menores signi(icativos, ponha um sinal lt margem das linhas aparentemente importantes 
(X. !, 0 etc.). 
¥) Na releitura., procure as id~ias-,mestras, pormenores e termos t&:nicos. Essas sao 
as palavras que precisam scr subtinhaaas. 
5") Subllnhc apenas detenninadas palavras e frases que considere essendais. Ao vol-
tar mais tarde para o trabalho de rcvis5o, o estudante podera ler apenas as palavras su· 
blinhada., e comprecnder prontamente as idf!:ias,. os ponnenores importantes e as defini-
c;oes. Em mt!rdia., seis palavras por pa.rngrafo serao sufidentes. 
-· •><Wut E 
Sii>'DflcAc,\O E CUi71N.l 
lllse, C.n!/31 ' Df CW.S 
Cop, 2 M6todo, e E1trot6Ql0i de Estvdo e AprandW>g•m 23 
Sc vocf seguir essas reg:ras, n3o sublinhara tanto nem tao desnecessariamente coroo 
iazem multos estudantes. Livro demasladamente sublinru,do e diflcil de ler e toma-se 
confuso. • A proposta de estudar, sublinhando, atraves de arullisc de te<tos, e importante para 
o estudante conseguir separar as ideias principals (mensagens do au tor) das ideias secun· 
d.i.rlas (explica~s e reforc.-o de suas mensagens). 
Bis e,emplos de resumo, resenha. esquema e sin6ptioo, a partir do segumte texto: 
"Durante toda a sua carreira como psic6logo, Maslow inte.ressou-se profundame.nte 
pelo estudo do cre.scimento e desenvolvi.mento pessoais e pelo uso da psicologia como 
um instrumento de pro~o do bem-<!Star social e psicol6gico. lnsistiu quc uma teorla 
da personalidade precisa e viavel deveria incluir niio somente as profundezas. mas tam-
bem os pontos que cada indiv(duo e capaz de atingir. Maslow e um dos fundadores da 
teoria humanista. Fomeceu roosidenivel incentivo te6rico e prll.tico para os fu.ndamentos de uma al-
temativa para o behaviorisrno e a psicaMlise, correntes estas que tendem a ignorar ou 
deixar de explicar a criatividade, o amor, o altruismo e os grandes feitos culturais, sociais 
e individuais da hwnanidade. Maslow estava prindpalmente interessado em explorar novas saidas, novos carnpos. 
Seu trabalho e mais uma ool~o de pensamentos, opiruoes e hip6teses do que um 
sistema te6rioo plenamente desenvolvido. Sua abordagem em psicologia pcde ser resu· 
mida pela frase de introdu,;ao de seu livro mais inlluente, lntroduf/lc ~ psirologi• do ser. (Fa· 
diman, James et alii 1986:280) 
"E.s~ surgindo agora no horizonte um.a nova ooncep('.io da doen~ human.a e $a.Ude 
hu.m.aMt uma psicologia que acho tio emodonante e tao cheia de maravilhosa.s possibi· 
lidades que cedi A tenta~o de apresent.1-la publicamente mesmo antes de ser verificada 
e confirmada e antes de pode.r ser denominada oonhecimento dentffico idOneo."(Maslow, 
1968, 27) 
Resumo:~ sempre se lnteressou pelo estudo do crescimento e desenvolvimento pes-
soais e pelo uso da psirologia como um instrumento de prom~o do bem-estar social e 
psicol6gico. Fomeceu ina?ntivo para os fundamentos de uma altemativa para o bchavio-
rismo e a psican'lise., correntes e:stas que deixarn de e.xplicar a criatividade, o amor, o al-
truismo e os outros grandes fei.tos culturais da pumanidade. E um d0$ fundadores da 
teoria hwnanista. 
Resenha: 
Obra: Ttorias da pers.onalidadt. 
Autor: Fadiman. James et alii in Cap. 9 
Abraham Maslow e a Psicologia da Auto-Atualiz.a~o. p. 260 SP Harbra, 1986, 7 e 8. 
Trata-se de um capi'tulo que interessa a todos os estudantes que desejam conhece.r 
desde os dados biogr8ficoS do autor, como a sua melodologia fundada no humanismo e 
no cttdito de que o se.r humano nio e tao rnau como se pensa. 
D<?monstra interesse pela antropologia social. interessando-se pelo trabalho dos an· 
tcop61ogos M>ciais, tais como Malinowsky, Mead, Benedict e Unton. 
!nteressou·se pela gestalt e pela teoria e ronceitos de auto-otuali.z.a~lo.

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