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Teorias, Conteúdos e Recursos Educacionais Didática Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoria MARLY SAVIOLI AUTORIA Marly Savioli Olá! Meu nome é Marly Savioli. Sou mestranda em Educação e pós-graduada em Ética, Valores e Cidadania na Escola. Além disso, sou formada em Pedagogia, com especialização em Administração e Supervisão Escolar. Tenho 35 anos de experiência técnico-profissional na área educacional, durante os quais trabalhei para escolas particulares, Prefeituras Municipais e Assessorias Educacionais em geral. Como educadora, exerci nas escolas diversos papéis, como professora, orientadora educacional, coordenadora pedagógica, vice- diretora e diretora. Por acreditar nas pessoas e na capacidade de mudar o mundo por meio da educação, trabalho atualmente para a Fundação Lemann como formadora de educadores e gestores educacionais, orientando-os e subsidiando seus trabalhos com caminhos mais eficazes. Por isso, fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: OBJETIVO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Principais Teorias da Aprendizagem no Ensino .............................. 10 Behaviorismo ou Comportamentalismo ......................................................................... 11 Teoria da Aprendizagem Social ............................................................................................ 14 Teoria do Cognitivismo................................................................................................................ 15 Teoria Sociointeracionista ......................................................................................................... 15 Teoria da Aprendizagem Significativa .............................................................................. 16 A Teoria de Henri Wallon ........................................................................................................... 17 Sala de Aula: Espaço de Construção do Conhecimento para o Aluno ................................................................................................................ 18 Conteúdos Escolares e de Aprendizagem........................................ 25 Seleção e Organização dos Conteúdos .............................................30 7 UNIDADE 03 Didática 8 INTRODUÇÃO A Didática é uma área vasta e importante na educação. Dentro do traçado sobre o tema que estamos explorando chegou o momento de você entender melhor o que fundamenta as teorias existentes sobre o aprendizado dos alunos. Você perceberá que alguns teóricos foram por caminhos muito distintos em função da linha histórica que vivenciou. Com base nessas reflexões iniciais pretende-se avaliar o trabalho que o professor desenvolve em sala de aula pautado nesses conhecimentos e explorar quais caminhos contemporâneos sonhamos em trilhar. Vamos conhecer alguns aspectos sobre os conteúdos usados para concretizar a aprendizagem, como são escolhidos e para que servem. Essas reflexões vão desencadear diversos outros ângulos da Pedagogia e que fazem parte das atribuições do professor. Didática 9 OBJETIVOS Olá, seja muito bem-vindo a nossa Unidade 3 - Teorias, conteúdos e recursos educacionais, nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Conhecer as principais teorias de aprendizagem; 2. Identificar a sala de aula como espaço de construção do conhecimento; 3. Entender a diferença entre conteúdo de ensino e aprendizagem e a importância na construção dos objetivos de aula; 4. Entender a logística que deve ocorrer na seleção e organização dos conteúdos. Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Didática 10 Principais Teorias da Aprendizagem no Ensino OBJETIVO: Antes de iniciar a reflexão sobre as teorias da aprendizagem, é fundamental que você entenda o que significa a palavra aprendizagem, de que forma a usamos e como se concretiza.. A aprendizagem pode ser definida como um processo de aquisição de conhecimentos, habilidade, competências, valores e atitudes. Este, pode ocorrer através de uma vivência, uma participação, uma troca de ideias e a escola que tem por prioridade garanti-la. É importante saber que ter conhecimento não significa ter aprendido alguma coisa. Quando realmente se aprende é possível transferir esse conhecimento para seu cotidiano, resolvendo situações diversas através do uso do que conheceu. Ao observar um aluno pondo em prática a teoria, é possível verificar se houve aprendizagem ou não. Na escola, a aprendizagem é o foco principal e é necessário entender como esse processo ocorre nas pessoas para que ele possa ocorrer de forma agradável e eficaz. Para efetivar a aprendizagem, você precisa entender como o indivíduo aprende e conhecer as diferentes teorias. Isso nos ajudará a escolher caminhos mais eficazes. Espera-se que com a aprendizagem o ser humano seja capaz de mudar seu comportamento e facilitar seu cotidiano. A Pedagogia reconhece várias formas de aprendizagem e na sequência você irá refletir sobre elas e sobre as principais teorias da aprendizagem que foram significativas na história da educação. Cabe afirmar que as concepções de ensino e aprendizagem são influenciadas por momentos históricos, culturais e isso indica que não é possível atribuí-las somente a um pesquisador e sim a todo contexto em que viveu. Didática 11 Figura 1: A teoria sob efeito do contexto histórico. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Behaviorismo ou Comportamentalismo A denominação de behaviorismo significa em inglês comportamento, conduta, a teoria também pode ser denominada como comportamentalista. Essa corrente psicológica é uma das mais influentes dentro do campo da educação, surgiu no século 20, conhecida como behaviorismo e tem como objetivo o estudo do comportamento observável nos seres humanos ou animais. O nome mais proeminente dentro do Behaviorismo é o do americano Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). A perspectiva behaviorista orientou o pensamento e a prática da psicologia em escolas e consultórios, no Brasil essa abordagem teve seu auge nos anos 1970/80 durante a ditadura militar. Durante algumas décadas essa perspectiva foi dominante nos cursos de formação de professores e nas escolas brasileiras, pressupunha- se que a aprendizagem é o resultado de associações entre um estímulo e uma resposta. O estudante é visto como um ser passivo que pode ser moldado de acordo com o desejo do professor. Didática12 Na atualidade esses conceitos coexistem com outras formas de entender a aprendizagem humana. As últimas décadas de pesquisa indicam que provavelmente essas visões são parcialmente equivocadas ou, pelo menos, precisam ser questionadas. Apesar de Skinner ser o nome mais conhecido e sua produção teórica ser a mais lida e divulgada, seu trabalho teve como inspiração as descobertas realizadas por outro psicólogo americano Edward L. Thorndike (1874-1949). Ele queria compreender como se aprende uma nova habilidade. Na busca de respostas à essa pergunta, ele criou uma gaiola conhecida como a “caixa problema”. Seu objetivo era estudar como um gato poderia encontrar uma maneira de sair da caixa. Para isso ele colocou um pedaço de carne fora da caixa e ficou observando quais seriam as estratégias que o gato utilizaria para escapar da caixa. Por meio dos resultados desse experimento ele criou um princípio de aprendizagem conhecido como a Lei do Efeito que sugere que as ações que têm resultados agradáveis para o animal (incluindo o homem) tendem a se repetir, enquanto que as que têm resultados desagradáveis tendem a desaparecer (THORNDIKE, 1901). ACESSE: Veja o vídeo em que Kárcio Oliveira reproduz a Caixa Problemade Thorndike: clique aqui Didática https://bit.ly/2YbrTb8. 13 Figura 2: Condicionamento. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Como grandes precursores da teoria temos Ivan Pavlov e Burrhus Frederic Skinner. Pavlov desenvolveu a teoria do comportamento em resposta a estímulo. Explicou 3 tipos de estímulos: • Estímulo neutro: atribuído às reações involuntárias como, por exemplo, aquilo que ocorre de forma instintiva. É importante refletir que muitas reações são instintivas em relação a reação do corpo humano. Exemplo: diante de uma luz forte, nossa pupila se retrai. • Estímulo condicionado: após muitas repetições dede um determinado estímulo, o alvo do estímulo é condicionado para reagir de determinada forma. Exemplo: o adestramento de cães ocorre dessa forma. • Estímulo incondicionado: é a resposta do organismo a um determinado estímulo. Exemplo: se sentimos frio, nossos pêlos do corpo arrepiam. Nessa concepção de aprendizagem o aluno é passivo, acrítico e mero reprodutor de informação e tarefas. A aula é centrada no professor que controla o estudante através de recompensas e punições. Didática 14 REFLITA: As escolas atuais tentam modificar seu trabalho trazendo ao aluno possibilidades de se manifestar, criar, concluir e ser proativo. A escola que você frequentou tinha professores que te possibilitavam esse desenvolvimento? Ou apenas encontrou professores que centravam o ensino em si próprios e passavam horas expondo conteúdos e ameaçando com notas? Será a pedagogia behaviorista ainda está presente na realidade escolar? Teoria da Aprendizagem Social A teoria social cognitiva de Albert Bandura (1925 -) é considerada uma forma de behaviorismo. Bandura iniciou seus trabalhos desenvolvendo o que ele chamou de Teoria da Aprendizagem Social e posteriormente a denominou como Teoria Social Cognitiva. Para este teórico as respostas comportamentais não ocorrem de forma automática por meio de um estímulo externo, como sugeria Skinner. O pesquisador defende a tese de que os seres humanos não podem ser comparados a máquinas, robôs ou uma folha em branco e que nem sempre é necessário receber um reforço para se aprender algo, pois a aprendizagem também ocorre por meio de reforço vicário. ACESSE: Reforço vicário é o reforço recebido pelo modelo. Aprende- se um comportamento mediante a observação do comportamento e da consequência de outra pessoa. Didática 15 De acordo com Bandura: O aprendizado seria excessivamente trabalhoso, para não mencionar perigoso, se as pessoas dependessem somente dos efeitos de suas próprias ações para informá-las sobre o que fazer. Por sorte, a maior parte do comportamento humano é aprendida pela observação através da modelagem. Pela observação dos outros, uma pessoa forma uma ideia de como novos comportamentos são executados e, em ocasiões posteriores, esta informação codificada serve como um guia para a ação (Bandura, 1977, p22). Para Bandura (1977) existem dois tipos de reforços: • Reforço direto: ocorre por reforço direto. Exemplo: um prêmio recebido após uma conquista. • Reforço vicariante: ocorre pela observação de um acontecimento. Exemplo: observo que o dente de alguém dói por não ter ido ao dentista. Teoria do Cognitivismo Defende a ideia de que as crianças têm fases de aprendizagem e o processo acontece gradualmente através da assimilação, acomodação e equilibração. Teoria Sociointeracionista O sociointeracionismo é uma teoria de aprendizagem proposta por Levy Vigostky e é dividida em dois princípios. Por um lado, defende que os educadores precisam estudar o processo histórico do comportamento. Nesse contexto, o desenvolvimento cultural da criança somente pode ser compreendido como um processo vivo de desenvolvimento, formação e luta. Nesse sentido, deve ser objeto de um verdadeiro estudo científico (LA ROSA, 2003, P. 128). Por outro lado, reforça a necessidade de entender os fenômenos psicológicos. Didática 16 Considerando esse entendimento, sua teoria da aprendizagem depende da adequação entre o social e o psicológico do estudante. O aluno para ser estimulado precisaria de um mediador que, através de perguntas, o levaria à resposta correta. Outra concepção criada por Vigotsky é a ZDP, Zona de Desenvolvimento Proximal, que consiste no que o aprendiz sabe e até onde ele pode aprender. Entre dois pontos existe um espaço a ser desenvolvido pelo professor. Desde os primeiros dias do desenvolvimento da criança, suas atividades adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social e, sendo dirigidas a objetivos definidos, são retratadas através do prisma do ambiente da criança. O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa através de uma pessoa (VYGOTSKY, 1985, p. 39). Teoria da Aprendizagem Significativa Para David Ausubel, a aprendizagem se dá a partir dos conhecimentos prévios do indivíduo e conduzindo o estudante a aprender de forma prazerosa e significativa. “Os alunos sempre trazem alguma coisa deles mesmos para a negociação. Não são como uma tábua rasa ou um recipiente vazio que o professor deve preencher” (PELIZZATI ET AL, 2002). Ainda, apresenta a ideia de que quando o estudante decora um conteúdo, logo o esquecerá. Quando aprender usando caminhos significativos de acordo com sua perspectiva, o aprendizado se consolidará e não será esquecido. Didática 17 A Teoria de Henri Wallon Wallon valorizava a pessoa completa, sendo um ser social e precisa de contextualização para o seu desenvolvimento, pois é afetada pelo mundo externo e suas emoções reagentes a esse mundo. A aprendizagem se dá por conflitos de desenvolvimento entre um estágio e outro. Assim como Piaget, Wallon divide o desenvolvimento em estágios que veremos na tabela a seguir. Tabela 1: Estágios de desenvolvimento de Wallon. Estágio Idade Lógica organizada Impulsivo- emocional Primeiro ano de vida Afetividade predominante Sensório-motor e projetivo De 1 a 3 anos de idade Preponderância da inteligência, sem anular a afetividade Personalismo De 3 a 6 anos Desenvolve personalidade opositiva ao adulto Categorial De 7 a 11 anos Desenvolve memória e atenção voluntária e seletiva Puberdade e adolescência Inicia por volta dos 12 anos Transformações físicas, emocionais e sujeitos a efeitos de hormônios Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Didática 18 Sala de Aula: Espaço de Construção do Conhecimento para o Aluno A escola é um espaço privilegiado onde se pode desenvolver a aprendizagem e a socialização dos alunos. Mais que um espaço de ensino, é lá onde a maioria dos jovens se desenvolve,aprendendo a cada dia, formal ou informalmente, com professores e através da convivência. Nesse sentido, a escola configura-se como o espaço institucional e se constitui o palco das diversas interações, sobretudo entre os intervenientes, professores e alunos e na relação entre eles, na qual aparecerão a autoridade e o poder, num primeiro momento, representados na figura do professor. Nesse contexto, a escola permite o confronto diário com normas e regras de comportamento institucional, que vão para além das relações pessoais e informais (GOUVEIA- PEREIRA, 2008). Como a sociedade está em constante transformação, a escola acompanha tal processo e também sofre algumas mudanças, justamente por não saber lidar com a metamorfose evidente. As famílias passaram por grandes transformações, pois o que era a pouco tempo formado por pai, mãe e filhos, atualmente constitui-se por diferentes arranjos familiares. A família nuclear com filhos biológicos deixou de ser o modelo predominante. Devido as mudanças sociais, econômicas, política e tecnológicas surgiram novos arranjos familiares, tais como: família adotiva temporária; casal sem filhos; família monoparental; casal homossexual com ou sem filhos; família reconstituída depois do divórcio etc. Didática 19 Figura 3: Reconfiguração familiar. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora A tecnologia invadiu o mundo e com ela a escola enfrenta uma crise em que os alunos têm mais acesso à informação do que a escola, onde muitos professores ainda não sabem usar o computador, quanto mais usá-lo como apoio pedagógico. Diante dessa realidade, a escola pode-se tornar obsoleta e desmotivadora, ou seja, um grande desafio aos educadores que se deparam com os alunos diariamente e precisam constantemente estarem em formação para conseguir lidar com essas situações. Para Saraiva (2004, p. 142), a escola, hoje, não é mais a principal detentora do saber. O papel do professor somente como transmissor do conhecimento não tem mais lugar nesse espaço. É mais importante indicar onde o aluno pode encontrar as informações de que necessita para a construção do seu saber e como poderá transformá-las em conhecimento do que ser um repassador dos conteúdos de sua área. Diante dessa realidade, a chamada “educação bancária”, denominada por Paulo Freire, já não atende ao seu objetivo. Didática 20 Figura 4: Formas de diálogo. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora É preciso um professor que saia da figura de detentor do saber para que seja mediador, ouça os alunos e, assim, possa conhecê-los e usar esse conhecimento para atrair sua atenção. É fundamental entender que o conhecimento científico pode ser ensinado, porém de forma a ser recriado. O aluno deve ser protagonista na aprendizagem e saber transformá-la significativamente para o uso cotidiano. Sendo a sala de aula o local escolhido para que ocorra o ensino- aprendizado, o professor precisa estar ciente de que é um desafio. Lá encontrará culturas diferentes, religiões diferentes, opções de vida diferentes e todas elas devem ser consideradas e respeitadas. Para além disso, é preciso lembrar que mesmo havendo uma caracterização da comunidade escolar, cada sala de aula tem suas características. Aquele que ministra aulas em várias salas sabe disso, pois reconhece as diferenças que são geradas pelo grupo estabelecido. A relação que se estabelece entre professor e aluno é um agente fundamental para o sucesso ou insucesso na aprendizagem. A forma como o professor conduz sua aula e sua postura diante de ações dos alunos definirá a cultura que se instalará na sala de aula. Por exemplo, se um professor for muito permissivo talvez seja amado pelos alunos, mas Didática 21 muitas vezes não consegue manter disciplina suficiente para desenvolver sua aula e garantir a aprendizagem. Por outro lado, se o professor tiver uma conduta mais disciplinar e comportamental, poderá ser odiado pelos alunos, mas garante a disciplina durante a aula. O professor pode ser amigo dos alunos, desde que garanta que haja aprendizado e respeito em sua aula. Poderá também ser uma pessoa mais rígida, mas deve garantir que haja interação entre professor e aluno. Para um professor exercer sua profissão precisará buscar um equilíbrio entre suas concepções de mundo, o respeito às concepções diferentes e a concepção da escola. Isso só acontecerá com ajuda de uma equipe técnico-pedagógica constante que permitirá ao professor aprender a respeitar o que é diferente, já que muitos foram formados em escolas com propostas pedagógicas mais tradicionais. Existem condições básicas para que o professor atinja seus objetivos educacionais. Uma delas é o domínio do que deverá ensinar. Se o professor não domina a ciência que ensina, também não encontrará caminhos razoáveis para ensinar aos alunos. Outra questão é o de preparar suas aulas. Muitos professores dizem que não precisam mais preparar aulas, pois já são professores a muito tempo e sabem exatamente o que fazer. Na sala de aula há alunos de diversas culturas, o que requer do professor um olhar diversificado para seu planejamento. O professor precisa saber o que vai ensinar e como vai ensinar, pois precisa garantir a motivação dos alunos e ter consciência que a sala de aula muitas vezes conta somente com a lousa e o giz como recursos. Não é possível simplesmente “tagarelar” frente à uma sala sobre determinado assunto, sem permitir um diálogo com os alunos. Dessa forma esse professor cairá na forma tradicional do ensino, onde a recompensa e a punição serão o aspecto motivador. As notas serão a punição ou recompensa. Ainda pensando em planejamento, é preciso ensinar a muitos professores como construir objetivos e como escolher a dinâmica Didática 22 que usará em sala para alcançar esse objetivo. Dessa aprendizagem dependerá todo o trabalho pedagógico a ser desenvolvido. Figura 5: Definição de conteúdos. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Se considerarmos que os alunos são “burros”, com certeza seremos professores medíocres, professores que somente querem garantir o mínimo de aprendizagem. Ao contrário disso, se tivermos altas expectativas de aprendizagem, o aluno sentirá essa sua expectativa e corresponderá ao planejamento mais exigente. Estamos falando agora de criar um clima escolar de Altas Expectativas Acadêmicas, é importante saber que os alunos leem nossa postura, nossa intenção e o que pensamos deles. Se você prepara uma aula rasa, os alunos saberão que sua aula é rasa e não precisam de muita dedicação para acompanhá-la ou, ainda, se você sempre aplicar provas muito fáceis, o aluno vai parar de estudar. Lembre-se de seus professores e pense naqueles que você reconhecia que trariam uma aula sem muitas exigências e outros que você sabia que precisava se preparar, pois o professor iria explorar tudo o que puder de você. Em qual dessas aulas o aluno aprende mais? Perguntem-se sempre que forem entrar em uma sala de aula: como você quer ser lembrado? Como o professor bonzinho ou o professor que garantiu a aprendizagem? Didática 23 Segundo Mendonça (1987, p.33), o professor como agente ativo é responsável pelo norte do seu trabalho docente em oposição ao mero executor de tarefas definidas por outros. Um segundo ponto seria considerar os saberes tácitos dos professores e não ter somente os saberes acadêmicos como válidos e, por último, reconhecer a construção da prática do professor como um processo contínuo a ser aprimorado no decorrer de sua vida. Vale ainda insistir que não existe uma maneira apenas de garantir o aprendizado, são muitos os caminhos e você pode conhecer alguns nas teorias da aprendizagem que foram apresentadas anteriormente. Além do mais, o que funciona hoje com os alunos pode não funcionar amanhã,por isso o professor precisa ser um pesquisador de sua própria prática. Sempre que o professor planeja uma atividade ele deve avaliar se na prática foi produtiva ou não. Aquilo que se evidenciar como produtivo deve ser garantido em outros momentos, o que não funcionar deve ser readequado. Dessa forma, o professor vai pesquisando sua própria prática e é isso que chamamos de pesquisa-ação. Figura 6: Pesquisa-ação. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Didática 24 A escola e a sala de aula não querem mais um transmissor do conhecimento, querem um educador que além de ensinar de forma progressista, também desenvolva os “aspectos cidadãos” dos alunos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 traz em seu Art. 1º: A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Considerando essa diretriz o aluno deve ser desenvolvido integralmente e, para isso, precisamos professores dispostos a se desenvolverem também. Observando que a sala de aula é o local onde os professores vão desenvolver todas as questões mencionadas acima, devemos enxergar esse profissional como um ator principal na história da humanidade. Sobre isso, Moura (2001). Ao falar da gestão do conhecimento pedagógico, enfatiza entre outros aspectos, o processo de tomada de decisões pelo professor sobre: que conteúdo trabalhar? Com qual objetivo? De que forma? Com quais recursos? Em que tempo? Para qual aluno? Para que tipo de sociedade? Didática 25 Figura 7: Definição de conteúdos. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Conteúdos Escolares e de Aprendizagem Iniciemos esse tema realizando algumas perguntas: 1. O que eu aprendi na escola é útil para a minha vida? 2. Em que momento apliquei a equação do segundo grau para resolver um problema cotidiano? 3. Consigo relacionar o conhecimento científico 4. adquirido com a sociedade? 5. Resolvo meus problemas cotidianos com base na aprendizagem recebida? Essas perguntas não foram introduzidas sem intencionalidade. Elas são para que fique registrado que ao escolhermos determinados conteúdos eles Didática 26 serão interessantes quando relacionados ao cotidiano e desinteressantes quando não consigo entender o motivo de aprender aquilo. Pietrocola (1999) afirma que, Em geral, os alunos não veem as teorias científicas como capazes de gerar explicações engenhosas sobre situações conhecidas. A cor do céu, a eletricidade atmosférica, os diferentes tipos de materiais presentes no cotidiano não são temas tratados na escola e acabam recebendo explicações personalizadas, influenciadas por crenças, mitos, e todo tipo de informação não-científica. O conhecimento científico aprendido pelos estudantes parece incapaz de operar sobre essas situações e em muitos casos leva-os a conclusões contrárias àquelas encontradas no dia-a-dia. Para darmos continuidade a esse tema vamos primeiro entender o que significa “conteúdo”. Segundo o dicionário Aurélio, essa palavra pode ser definida como assunto, dizeres de uma carta, o contido em caixa de qualquer invólucro. Os conteúdos escolares são, dessa forma, os assuntos que serão ensinados em sala de aula. Para Antoni Zabala (2010) existem distintos conteúdos e são eles: conceituais, procedimentais e atitudinais. Os conteúdos conceituais são fatos, informações, resultados de pesquisas construídos ao longo da história. Os conhecimentos procedimentais referem-se ao saber fazer, ou seja, a aplicação dos conceitos na prática. Já os conteúdos atitudinais são aqueles referentes as ações. Como queremos que nossos alunos sejam como cidadãos? Daí encontramos nos Parâmetros Curriculares Nacionais os temas transversais e na Base nacional Comum Curricular (BNCC) as habilidades socioemocionais. Toda essa reflexão embasa a responsabilidade no momento de escolha de conteúdo, ou melhor, na construção do currículo. Lembremos então, que existe toda uma legislação que orienta esse momento, essa legislação norteia todo o país: trata-se da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Didática 27 Figura 8: Influências curriculares. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Na sequência, temos as regulamentações regionais e por fim, o Projeto Político Pedagógico (PPP) onde o conteúdo tomará forma e objetividade. Mas como escolher esse conteúdo? Os conteúdos podem ser conceituais e procedimentais. Conteúdo procedimental é citado nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN como: Procedimentos que expressam um saber fazer, que envolvem tomar decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não aleatória, para atingir uma meta. Os conteúdos procedimentais sempre estão presentes nos projetos de ensino pois realizar uma pesquisa, desenvolver um experimento, fazer um resumo, construir uma maquete são proposições de ações presentes nas salas de aula. (PCN Apud Nogueira, 2001,p.20) Portanto, o conhecimento conceitual deverá levar à uma aplicação. Na escola o termo “conteúdo” é entendido como os conhecimentos que serão ensinados em sala de aula. Por exemplo, para saber realizar uma leitura é preciso antes dominar a decodificação das letras. Geralmente no Didática 28 início da escolaridade são ensinadas, independente da forma, práticas de leitura, escritas diversas etc. As controvérsias que rondam o momento da escolha de conteúdos em cada disciplina iniciam incluindo a visão de professores. Para alguns, quanto mais conteúdo, melhor. Para outros, é preferível menos mas garantir a verdadeira aprendizagem. Nogueira sugere que os professores se questionem ao escolher os conteúdos, com o objetivo de que sejam contextualizados e significativos. Indica que respondam as seguintes perguntas: • Para que é importante esse tópico? • Qual é a relação dessa unidade com as anteriores e com as próximas? • Como contextualizar esse conteúdo no cotidiano do aluno? • Como posso trabalhar essa unidade de forma procedimental e atitudinal? • O que aconteceria ao aluno se eu não ministrasse essa unidade? Observem que são perguntas que irão fundamentar a escolha do conteúdo pelo professor. O ideal seria que antes de escolher o conteúdo a ser ensinado, fosse determinado o objetivo de cada aula, de forma a ficar claro aonde se quer chegar, deixando a escolha do conteúdo mais consciente. Mas como definir um objetivo? Para definir um objetivo específico é preciso saber o que o professor espera do aluno ao final de uma aula e, pensando em um objetivo geral, o que espera ao final de um bloco de aulas. Parece muito simples, mas muitos professores se confundem com isso e substituem pelo seu objetivo como professor (objetivo de ensino), quando na verdade o objetivo que precisamos é aquele que explicita o que o aluno deve saber fazer ao final da aula (objetivo de aprendizagem). Ensino é diferente de aprendizagem, trata-se do foco do professor. A aprendizagem é o foco do aluno. As duas coisas se relacionam e se interdependem, mas são diferentes. Vamos ver um exemplo de objetivo de ensino e um de aprendizagem. OBJETIVOS: Didática 29 1. Ensinar a leitura de tabelas. 2. Interpretar tabelas. Verifique que o primeiro objetivo é de ensino, ele foi pensado no que o professor deve fazer. O segundo objetivo é de aprendizagem, ele foi pensado no que o aluno deve saber. Devemos considerar o que Doug Lemov apresenta em seu livro “Aula nota 10”, onde afirma que um objetivo específico precisa ser pelo menos viável e mensurável. Figura 9: Critérios fundamentais do objetivo. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Viável é verificar se o objetivo pode ser conquistado no período determinado. Veremos quais objetivos não podemos, por exemplo, querer ter para 50 minutos.Exemplo de objetivo inviável: conhecer e relacionar todos os ossos do corpo com seus respectivos músculos. Percebam que não dá para ensinar tudo isso em uma aula. Outro aspecto é pensar em objetivos que sejam mensuráveis. Exemplo de objetivo não mensurável: gostar de ler poesias. É possível medir se alguém gosta ou não de ler? Não. Dessa forma, a definição de objetivo é outro processo que precisa ser muito trabalhado com os professores. Didática 30 Ainda no livro de Doug Lemov, encontramos mais dois critérios que são: • Prioritário: que seja um objetivo que faz parte do currículo estabelecido. • Definidor: que seja um norteador às atividades e vice e versa. Voltando aos conteúdos, a partir do momento que o professor sabe o que esperar do aluno, será mais fácil definir o conteúdo a ser trabalhado no currículo. Já os objetivos de aprendizagem, esses estão relacionados a uma seleção do que esperamos que os alunos saibam fazer ao final de um processo de ensino. Como características, os verbos que iniciam o objetivo devem estar no infinitivo, ou seja: falar, escrever, ler, analisar, etc. Bloom apresenta sua taxonomia, nível de profundidade das aprendizagens. A teoria baseia-se no fato de que um indivíduo somente pode compreender e aplicar um determinado conceito depois que conhecê-lo. SAIBA MAIS: Sendo de extrema importância, acredito que seja interessante que leiam Taxonomia de Bloom: Revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais de Ana Paula do Carmo Marcheti Ferraz e Renato Vairo Belhot. Está disponível pelo link: Seleção e Organização dos Conteúdos Para selecionar os conteúdos das disciplinas precisamos ter uma lógica que oriente essa ação. Precisamos ter clareza sobre quais são as propostas da escola onde será ministrado. No que você acredita, onde quer chegar, sua forma de organização curricular. Didática https://bit.ly/2fqoQGw 31 Existem propostas diversas de organização curricular, inclusive visando uma educação individualizada, onde cada aluno terá sua organização de acordo com suas necessidades. Em relação a isso, é preciso pensar que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a diferentes fatores, desde a metodologia utilizada pelo professor até problemas que se originam no próprio estudante. Esses estudantes que apresentam problemas relacionados à questões psicopedagógicas já têm regulamentado por lei o direito de ter uma organização de conteúdos que atenda às suas necessidades. Antes de mais nada é preciso ter definido o Projeto Político Pedagógico que orientará os trabalhos da unidade escolar, sempre objetivando atender as necessidades específicas locais. Determinado o projeto, precisa ficar claro aos professores o que se espera deles e, por isso, a construção do PPP deve contar com a ajuda do corpo docente. O passo seguinte é verificar se a escola é apresentada por disciplinas ou módulos, suponhamos que é por disciplinas. Neste caso, é preciso ter clareza sobre a estrutura de cada disciplina e, dentre o Currículo Nacional, o que será ensinado e como. Figura 10: Organização disciplinar. Escola organizada por disciplinas Língua Portuguesa Matemática Ciências Inglês História Geografia Etc. Fonte: Editorial Telesapiens baseado na autora Didática 32 É preciso levar em conta a inter-relação entre os conteúdos, o grau de complexidade para o aluno, sua idade e os pré-requisitos que necessita para entendimento, além do tempo disponível em sala de aula para atingir os objetivos. Parece simples, mas a organização didática que a escola escolheu será de grande influência no momento de organizar os conteúdos. Vejamos, por exemplo, uma escola que trabalha disciplinarmente, tratando as disciplinas separadamente sem haver a necessidade de relacioná-las. Trata-se da escola que normalmente conhecemos, apesar de ultrapassada. Morin (200, p. 105) conceitua disciplina como uma “categoria organizadora dentro do conhecimento científico, a qual a institui a divisão e a especialização do trabalho, sendo diversas como as áreas das ciências humanas, biológicas e exatas.” De início, as disciplinas devem definir seus objetivos gerais, depois específicos para cada série/ano e responder às perguntas citadas acima. Respondido isso, a sequenciação precisa ser garantida. Não podemos ensinar a equação do segundo grau se os alunos não sabem contar. É preciso uma linearidade coerente na apresentação dos conteúdos. Vejamos a área de Língua Portuguesa, em que um de seus objetivos gerais é produzir diferentes tipos de textos orais e escritos, considerando a situação de uso e refletir criticamente a respeito dessa prática da linguagem. Se vamos ensinar a produção de textos orais e escritos, devemos pensar qual a sequência de conteúdos a serem trabalhados para que o aluno desenvolva as habilidades de realizar a escrita e a leitura de forma autônoma. Primeiramente é preciso garantir o domínio da leitura e escrita, o que pode ser atribuído ao 1º e 2º ano do Ensino Fundamental. Apesar de saber ler e escrever, ainda existem questões como gramática, coesão, coerência, etc. Didática 33 Todas essas questões devem ser distribuídas uniformemente de acordo com a capacidade de compreensão do estudante, o que está relacionado a fatores de ordem cognitiva, emocional, cultural entre outros. Os assuntos podem ser oferecidos de forma básica inicialmente e em cada série seguinte vai sendo aprofundado. Por exemplo, o aluno pode escrever um pequeno texto ao final do segundo ano, mas nas séries seguintes serão exploradas possibilidades de aumentar o grau de dificuldade e complexidade dos temas trabalhados. Dessa forma, os conteúdos pensados disciplinarmente devem ser elencados atendendo à essa coerência e permitindo que os alunos se apropriem gradualmente do que é ensinado. Agora vamos pensar no oposto dessa proposta. Vamos pensar em um Ensino Transdisciplinar. Como afirma Morin (2009, p. 20), o conhecimento torna-se pertinente quando é capaz de situar toda a informação em seu contexto e, se possível, no conjunto global no qual se insere”. Pensando dessa forma os conteúdos seriam trabalhados conjuntamente, ou seja, através de projetos, onde o aluno na busca da solução dos problemas apresentados, aprenderia os caminhos, e mesmo o conhecimento científico, que embasa as ações necessárias para essa resolução. Comparando, o ensino transdisciplinar é baseado em fenômenos ao invés de assuntos, de forma a fazer referência a um tópico ou tema de interesse (HERINGER, 2015). Dessa forma, as disciplinas não são extintas, mas o fenômeno explorado torna-se o referencial que promove a conexão entre elas. Mesmo dessa forma a coerência no momento da escolha é fundamental e pensando em cada aluno e suas características, é preciso escolher qual projeto poderá ser desenvolvido. A partir daí, é preciso pensar quais conteúdos de cada disciplina serão explorados e quais estão diretamente ligados ao projeto e a visão de mundo que se espera. Parece complicado? Essa forma de ensinar ainda está sendo explorada e poucos países ousaram adotá-la. Um dos casos que podemos citar como exemplo de adoção é a Finlândia, que aos poucos vem Didática 34 transformando seus currículos em função de projetos transdisciplinares e terão muito o que nos ensinar em breve. SAIBA MAIS: Para saber mais sobre o que exploramos nesta unidade, recomendo o acesso aos textos: Teorias educacionais: expressão e resposta de um projeto social. Maria de Loudes Longhini Trevisan. Disponível aqui Conteúdo: Natureza, seleção e Organização. Maria Altair Farias Galvão. Disponível aqui Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A Importância e Influência do Setor de Compras nas Organizações” (FRANCO& VALE), acessível pelo link: RESUMINDO: Existem várias teorias sobre como ocorre a aprendizagem. Aprendizagem no sentido amplo, que é mais do que conhecer, é entender e saber aplicar. Como o objetivo da escola é garantir a aprendizagem, nós educadores devemos ampliar nossos conhecimentos e inteirar-nos sobre os grandes pesquisadores e suas conclusões como Piaget, Skynner, Wallon e outros. Além disso, toda teoria sofre influência do momento sócio-histórico onde ela foi construída e a escolha dos conteúdos passa por um processo de atender às necessidades, valores, missão e organização curricular de cada escola. Didática https://bit. ly/2Yj2e0B https://bit.ly/2Rxnj4B https:// bit.ly/2MlByp4 35 REFERÊNCIAS GARRIDO, Elsa. Sala de aula: espaço de construção do conhecimento para o aluno e de pesquisa e desenvolvimento profissional para o professor. In: Ensinar a ensinar : didática para a escola fundamental e média[S.l: s.n.], 2001. HERINGER, V. (01 de Abril de 2015). Finlândia terá 100% das escolas transdisciplinares. Acesso em 30 de Março de 2016, disponível em Instituto Embratel Claro: https://bit.ly/2XB1mqG. LA ROSA, J. (Org). Psicologia e Educação: o significado do aprender. 7. ed. Porto Alegre: Edipucurs, 2003. MORIN, Edgar. Educação e Complexidade: os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2009. PELIZZARI, A; KRIEGL, M. L; BARON M.P; FINCK, N.T.L; DOROCINSKI, S.I......Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Rev PEC. 2001- 2002; 2(1): 37-42. SARAIVA, I. S.. Aprendendo com alunos: uma experiência dialógica no curso de pedagogia anos iniciais. In. MUHL, E. 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