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1 O Sanitarismo no Brasil e nas Metrópoles Meio Ambiente e Saúde Profª. Esp. Lilian Pisano SANITARISMO NO BRASIL SANITARISMO todas as Estratégias e medidas para conservação da saúde pública. Início: Assim que o país passou a fazer parte das rotas comerciais inglesas em 1808. Motivo • Evitar doenças epidêmicas • Criar condições de aceitação dos produtos brasileiros no Mercado Internacional. 2 Industrialização: A partir da industrialização novas normas e regulamentos passaram a fazer parte das medidas de saúde pública, como: • Limpeza das cidades, • Controle de água e esgoto • Controle e fiscalização no comércio de alimentos • Controle de regiões portuárias. 3 SANITARISMO NO BRASIL 2 Em 1810 – entra em vigência o “Regimento da Provedoria” (difundido inicialmente no continente Europeu) • A saúde passa a ser um problema social • Novas normas para controle sanitário dos portos • Quarentena nos portos brasileiros 4 SANITARISMO NO BRASIL No Brasil: os problemas sanitários persistem = surto de febre amarela Mudanças: o presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. Em 1903: O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública 5 SANITARISMO NO BRASIL Oswaldo Cruz 6 IMAGEM: FUNDAÇÃO Oswaldo Cruz -FIOCRUZ Em 1892, formou-se doutor em medicina. Seu interesse pela microbiologia levou-o a montar um pequeno laboratório no porão de sua casa. Em 1896 especializou-se em Bacteriologia no Instituto Pasteur de Paris, que, na época, reunia grandes nomes da ciência. Em 1903 Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. 3 7 Ação • Rio de Janeiro - Derrubada de casarões e cortiços. • Despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de o “bota abaixo”. Objetivo: • Melhorar as condições sanitárias da cidade; • Eliminar o foco das doenças OSWALDO CRUZ 8 Oswaldo Cruz observa um microscópio ao lado de seu filho Bento e de Burle de Figueiredo, no interior de um dos laboratórios do Castelo de Manguinhos, 1910 (Acervo da Casa de Oswaldo Cruz). 9 A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. Resultados: constantes epidemias, entre elas: • Febre Amarela • Peste Bubônica • Varíola. Rio de Janeiro – Início do Século XX 4 Principal Vítima: população de baixa renda, que morava em habitações precárias 10 11 Mudanças: o presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. Em 1903: O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade. Plano de Ação: derrubada de casarões e cortiços e conseqüentemente despejo de seus moradores. Objetivo: eliminar o foco das doenças. Início da Campanha- SANITARISMO Programa de Saneamento de Oswaldo Cruz 1º) O combate a Peste Bubônica: Brigadas sanitárias: Raticidas Remoção do lixo. Em 1907, recebeu a medalha de ouro no XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro. 12 5 PESTE BUBÔNICA Causada pela bactéria Pasteurella pestis (também chamada de Yersínia pestis) Transmissão: transmitida ao homem pela pulga do rato. Características: Ocorre o aumento do linfonodo regional, que fica sensível e quente ao toque, sendo chamado de BUBO 13 Principais Sintomas são: • febre alta, • sede intensa e cansaço • inflamação dos gânglios linfáticos( sendo esta a principal característica da doença) Peste pneumônica:Este tipo da doença pode se espalhar de pessoa a pessoa. 14 PESTE BUBÔNICA Em outubro de 1899, a doença aportou pela primeira vez no país, na cidade de Santos, no estado de São Paulo. 2º) Eliminar os mosquitos transmissores da febre amarela. Dúvidas quanto à transmissão da Doença: 15 Contato de roupas, suor, sangue e secreções de doentes Para Oswaldo Cruz: Transmissor da febre amarela era um mosquito Programa de Saneamento de Oswaldo Cruz 6 Assim: Suspendeu as desinfecções Novas medidas sanitárias para combate à doença; Brigadas para eliminar focos do inseto em casas, jardins, quintais e ruas Manutenção dos locais com águas estagnadas, em que se desenvolviam as larvas dos mosquitos. 16 Programa de Saneamento de Oswaldo Cruz FEBRE AMARELA 17 É provocada por um arbovírus do género flavivirus - Aedes aegypti Existem três ciclos possíveis de transmissão: • Silvestre: Ocorre em florestas tropicais. Nestes casos, a febre amarela ocorre em macacos que estão infectados por mosquitos silvestres. • Intermediária: Ocorre em partes úmidas ou semi-úmidas da África, em que mosquitos semi-domésticos (que se reproduzem na floresta e acerca de domicílios) infectam tanto macacos, como seres humanos. FEBRE AMARELA – ÁREAS DE RISCO 18 Urbana: Grandes epidemias ocorrem quando pessoas infectadas introduzem o vírus em áreas densamente povoadas, com um elevado número de pessoas não imunizadas e mosquitos Aedes 7 FEBRE AMARELA As primeiras manifestações são: • Febre alta, mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios. • Podem, ainda, surgir náuseas, vômitos e diarreia. Após três ou quatro dias, a maioria dos doentes (85%) recupera-se completamente e fica permanentemente imunizado contra a doença. 19 No ano 1937, a vacina foi testada pela primeira vez no Brasil. 20 3º) Combate à varíola. Em 1904 surtos de varíola • Vacinação em massa da população. • Jornais: lançaram campanha contra a medida. • Congresso; também manifesta-se contra a vacinação obrigatória. • Rebelião Popular - A REVOLTA DA VACINA. Programa de Saneamento de Oswaldo Cruz Em 1908: epidemia de varíola – população procura postos de vacinação. O Brasil finalmente reconhecia o valor do sanitarista. Instituto Soroterápico Federal foi rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz. 1973 Garantiu ao Brasil certificação internacional da erradicação da varíola, Legado à saúde pública nacional: Sistemas de Vigilância Epidemiológica 21 Programa de Saneamento de Oswaldo Cruz 8 VARÍOLA 22 • Causada por um vírus – Poxvirus variolae • As primeiras manifestações da doença: febre, mal-estar e dores de cabeça e nas costas. Dois a três dias depois, começavam repentinamente as erupções na pele 23 • Em 1599, devastou o Rio de Janeiro, fazendo mais de 3 mil vítimas, entre indígenas e negros • Oswaldo Cruz = Vacinação Obrigatória EDWARD JENNER – DESCOBERTA DA VACINA - 1796 VARÍOLA – Descoberta da vacina Saúde no Brasil Os Componentes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Nível Federal: ANVISA e Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Nível Estadual: Secretarias estaduais de Saúde Nível Municipal: Serviços de vigilância sanitária,diferentes áreas epidemiológicas, vigilância da saúde, proteção à saúde, entre outras. 24 9 Em 1988: Cria-se o SUS- Sistema Único de Saúde • Centros de saúde • Postos de saúde • Hospitais • Laboratórios • Hemocentros • Farmácias Sociais 25 Saúde no Brasil VIGILÂNCIA SANITÁRIA Nas áreas de atuação da vigilância sanitária estão inseridas ações relacionadas ao controle de riscos sanitários em: • Produtos: alimentos, medicamentos, cosméticos equipamentos para saúde. • Serviço de Saúde: unidade de assistência ambulatorial, clínicas, hospitais, ações de assistência domiciliar, terapias em geral e odontologia. • Meio Ambiente: água, resíduos sólidos, edificações, ambiente do trabalho. • Saúde do Trabalhador: Promoção e proteção da saúde dos trabalhadores • Portos Aeroportos e Fronteiras: controle específico de veículos, cargas e pessoas. 26
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