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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOSÃO FRANCISCO Aula de Materiais de ConstruçãoAula de Materiais de Construção Aula 5 Aula 5 –– CimentoCimento Prof. Getulio GomesProf. Getulio Gomes Definição � Cimento � Aglomerante hidráulico, resultante da moagem do clínquer. � Material que é obtido pelo cozimento, até a fusão parcial, de uma mistura de calcário e argila, convenientemente dosada e homogeneizada. Calcário (CaCO3) + Argila (SiO2, Al2O3, Fe2O3, Na2O, K2O) 2 Materiais de Construção Civil I 2 Definição � Cimento � Após o cozimento é feita a adição de sulfato de cálcio (gipsita), em proporção adequada para regularizar a pega, � sendo, em seguida, feita a moagem para obtenção do cimento Portland. 3 Materiais de Construção Civil I Composição do cimento Portland Gipsita95% 5% 4 Materiais de Construção Civil I 3 Definição � Cimento (NBR 11172) � Aglomerante hidráulico constituído em sua maior parte de silicatos e/ou aluminatos de cálcio. � Cimento Portland (NBR 11172) � Aglomerante hidráulico artificial, obtido pela moagem de clínquer Portland, sendo geralmente feita a adição de uma ou mais formas de sulfato de cálcio. 5 Materiais de Construção Civil I Processo de fabricação 6 Materiais de Construção Civil I 4 1. Moagem da matéria-prima 2. Mistura e armazenamento 3. Pré-aquecedor 4. Forno rotativo 5. Armazenamento do clínquer 6. Moagem do cimento 1 2 4 3 5 6 Fonte: Mehta e Monteiro (1994)7 Materiais de Construção Civil I Jazida de calcário Britador Fonte: www.cimentoitambe.com.br8 Materiais de Construção Civil I 5 Moinho de rolos Forno de clinquerização Moinho de bolas Fonte: www.cimentoitambe.com.br9 Materiais de Construção Civil I Calcinação � Produção do clínquer Calcário Calcário ++ ArgilaArgila calcinação a 1400oC fusão parcial Clínquer Clínquer (silicatos, aluminatos, ferro- aluminatos, cal livre, compostos alcalinos) Clínquer Clínquer + + Sulfato de cálcioSulfato de cálcio Moagem em moinho de bolas Cimento Cimento PortlandPortland 10 Materiais de Construção Civil I 6 Composição química do cimento Portland � Abreviações na química do cimento - Óxidos Óxido Abreviação Denominação CaO C Óxido de cálcio SiO2 S Óxido de silício Al2O3 A Óxido de alumínio Fe2O3 F Óxido de ferro III MgO M Óxido de Magnésio SO3 Óxido de enxofre H2O H Água __ S 11 Materiais de Construção Civil I Composição química do cimento Portland � Abreviações na química do cimento - Compostos Composto Abreviação Denominação 3CaO . SiO2 C3S Silicato tricálcico 2CaO . SiO2 C2S Silicato bicálcico 3CaO . Al2O3 C3A Aluminato tricálcico 4CaO . Al2O3 . Fe2O3 C4AF Ferro-aluminato tetracálcico 3CaO . 2SiO2 . 3H2O C3S2H3 CaSO4 . 2H2O 2 __ HSC 12 Materiais de Construção Civil I 7 Composição química do cimento Portland � Composição do clínquer Composto Percentagem Silicatos C3S 20 a 70%C2S 10 a 50% Aluminatos C3A 5 a 20% C4AF 5 a 15% Impurezas C 0 a 2% M 0 a 7% Álcalis 0 a 2% Outros óxidos 0 a 3% 13 Materiais de Construção Civil I Composição química do cimento Portland � Previsão dos compostos do cimento pelo método de Bogue => estima a composição potencial ou teórica do cimento FAFC FAAC SCSSC SFASCSC ×= ×−×= ×−×= −×−×−×−×= 043,3% 692,1650,2% 7544,0867,2% 850,2430,1718,6600,7071,4% 3 3 32 __ 3 Óxido Abreviação CaO C SiO2 S Al2O3 A Fe2O3 F MgO M SO3 __ S 14 Materiais de Construção Civil I 8 Hidratação do cimento � Inicia com a reação química com a água; � Ocorre da superfície externa para a parte interna da partícula de cimento; � Reação exotérmica; � Risco de retração 15 Materiais de Construção Civil I Hidratação do cimento � Tratada a partir da reação dos compostos potenciais do cimento (C3S, C2S, C3A e C4AF), na presença da água; � Tem Influência direta em algumas propriedades do cimento: � Pega � Calor de hidratação � Resistência mecânica � Reações com aditivos químicos e adições minerais � Durabilidade em ambientes agressivos 16 Materiais de Construção Civil I 9 ~2 horas 4 a 6 horas Crescimento da resistência Pega Pasta trabalhável Em endurecimento Endurecida TIP Início de pega TFP Fim de pega 0 Início da mistura com água � Pega do cimento Propriedades 17 Materiais de Construção Civil I � Aluminato tricálcico => C3A � Inicia a hidratação em alguns minutos após o amassamento (mistura com a água); � Desenvolve pequena resistência inicial; � Libera grande quantidade de calor (320 cal/g); � Gera produtos de hidratação que são sensíveis à ação de ambientes contendo sulfatos (solos, água do mar, água poluídas...). C3A + 3CaSO4.2H2O + 26H2O ----� 3CaO.Al2O3.3CaSO4.32H2O + Calor Gipsita Etringita C3A + 6H2O ----� 3CaO.Al2O3.6H2O + Calor Hidratação do cimento 18 Materiais de Construção Civil I 10 � Ferro-aluminato tetracálcico => C4AF � Também Inicia a hidratação em alguns minutos após o amassamento (mistura com a água); � Desenvolve pequena resistência inicial; � Tem pega e endurecimento semelhantes ao C3A; � Libera pouco calor de hidratação (100 cal/g); � Gera produtos de hidratação que oferecem boa resistência ao ataque de águas agressivas. C4AF + 2Ca(OH)2 + 10H2O ----� 3CaO.Al2O3.6H2O + 3CaO.Fe2O3.6H2O + Calor Hidratação do cimento 19 Materiais de Construção Civil I � Silicato tricálcico => C3S � Inicia a reação de hidratação em poucas horas após a mistura com a água; � Tem pega e endurecimento rápido; � Desenvolve elevadas resistências iniciais; � Libera grande quantidade de calor de hidratação (120 cal/g); � Gera produtos de hidratação que contribuem para a resistência e durabilidade do concreto. 2(3CaO.SiO2) + 6H2O ----� 3CaO.2SiO2.3H2O + 3Ca(OH)2 + Calor C3S C-S-H CH Alita Silicato de cálcio hidratado Hidróxido de cálcio Hidratação do cimento 20 11 � Silicato bicálcico => C2S � Inicia a reação de hidratação lentamente após dias; � Tem pega e endurecimento lentos; � Desenvolve elevadas resistências a longo prazo; � Libera pouca quantidade de calor de hidratação (60 cal/g); � Gera produtos de hidratação que contribuem para a resistência e durabilidade do concreto. 2(2CaO.SiO2) + 4H2O ----� 3CaO.2SiO2.3H2O + 3Ca(OH)2 + Calor C2S C-S-H CH Belita Hidratação do cimento Silicato de cálcio hidratado Hidróxido de cálcio 21 Cimento Composição x Propriedades 12 23 Materiais de Construção Civil I 24 Materiais de Construção Civil I 13 25 Materiais de Construção Civil I Calor de hidratação dos compostos do cimento Portland 26 Materiais de Construção Civil I 14 27 Materiais de Construção Civil I 28 Materiais de Construção Civil I 15 Cimento Pasta endurecida � Silicato de cálcio hidratado � Não possui fórmula estequiométrica bem definida, sendo denominado de C-S-H; � Constitui de 50 a 60% do volume de sólidos na pasta endurecida; � Composto mais importante na definição das propriedades da pasta: � Maior resistência mecânica � Maior durabilidade em meios agressivos (ácidos e sulfatados) Sólidos presentes na pasta endurecida Estrutura do C-S-H (Fonte: Mehta e Monteiro, 1994) Micrografia eletrônica de varredura 30 Materiais de Construção Civil I 16 � Hidróxido de cálcio (CH) � Possui estequiometria bem definida (Ca(OH)2); � Constitui de 20 a 25% do volume de sólidos na pasta endurecida; � Tem a forma de prismas hexagonais; � Menor resistência mecânica que o C-S-H; � Apresenta solubilidade maior que o C-S-H; � Menordurabilidade em meios agressivos (ácidos e sulfatados) Sólidos presentes na pasta endurecida Estrutura do hidróxido de cálcio (Fonte: Mehta e Monteiro, 1994) Micrografia eletrônica de varredura 31 Materiais de Construção Civil I � Sulfoaluminatos de cálcio � Constitui de 15 a 20% do volume de sólidos na pasta endurecida; � Durante o primeiro estágio da hidratação, o composto é denominado de etringita; � Possui a forma de cristais prismáticos aciculares. 3236 HSAC Sólidos presentes na pasta endurecida Estrutura da etringita e do monossulfato (Fonte: Mehta e Monteiro, 1994) Micrografia eletrônica de varredura 32 Materiais de Construção Civil I 17 Sólidos presentes na pasta endurecida � Sulfoaluminatos de cálcio � Pode se transformar em monossulfato hidratado � Que tem a forma de placas hexagonais; � A presença desse material torna o concreto vulnerável ao ataque por sulfatos. 184 HSAC 3236184 1222 HSACHSCHHSAC →+++ Estrutura da etringita e do monossulfato (Fonte: Mehta e Monteiro, 1994) Micrografia eletrônica de varredura 33 Materiais de Construção Civil I Sólidos presentes na pasta endurecida Curva de velocidades típicas de formação de produtos hidratados (Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)34 Materiais de Construção Civil I 18 CIMENTO ADIÇÕES MINERAIS � Atualmente, grande parte dos cimentos, tanto nacionais como estrangeiros, são produzidos com adições minerais com propriedades pozolânicas. � Essas adições atuam: � Resolvendo problemas ambientais; � Resolvendo problemas tecnológicos; � Resultando em economia de energia; e � Redução de custo Adições pozolânicas 36 Materiais de Construção Civil I 19 Adições pozolânicas � Definição � Produtos de origem mineral; � Compostos de materiais mais ou menos silicosos; � Geralmente aglomerantes após serem moídos; � Adicionados ao cimento em substituição ao clínquer; � Apresentam propriedades pozolânicas – Reação Pozolânica. 37 Materiais de Construção Civil I Adições pozolânicas � Reação pozolânica � Reação de hidratação do cimento � Reação pozolânica C3S + H ------� C-S-H + CH S + CH + H ------� C-S-H Sílica 38 Materiais de Construção Civil I 20 Adições pozolânicas � Materiais pozolânicos (NBR 11172) � Materiais silicosos ou silico-aluminosos que possuem pouca ou nenhuma atividade aglomerante, mas que, quando finamente moídos e na presença de água, fixam o hidróxido de cálcio à temperatura ambiente, formando compostos com propriedades hidráulicas. 39 Materiais de Construção Civil I Adições pozolânicas 40 Materiais de Construção Civil I 21 � Cimentantes e pozolânicos � Escoria granular de alto-forno � Cinza volante alto-cálcio (alto teor de cálcio) � Pozolanas altamente reativas � Microssílica � Cinza da casca de arroz � Pozolanas comuns � Cinza volante de baixo teor de cálcio � Materiais naturais � Pozolanas pouco reativas � Escoria de alto-forno resfriada lentamente � Cinza da casca de arroz queimada em campo (sem controle) Adições pozolânicas 41 Materiais de Construção Civil I � Pozolanas naturais � Materiais de origem ígnea ou sedimentar, rico em materiais silicosos; � Cinzas vulcânicas; � Argilas calcinadas. Adições pozolânicas 42 Materiais de Construção Civil I 22 � Escória de alto-forno � Subproduto da fabricação de ferro fundido (ferro-gusa); � Obtido sob a forma granular por resfriamento brusco; � Constituído em sua maior parte de óxidos de cálcio, silício e alumínio; � Possui a característica de, quando pulverizada, apresentar propriedades pozolânicas e hidráulicas. Adições pozolânicas 43 Materiais de Construção Civil I � Microssílica � Subproduto da fabricação de ferro-silício, cujo componente principal é a sílica (SiO2); � Elevado teor de sílica amorfa ( > 85 %); � Altamente reativa; � Utilizada em concreto de alta desempenho; � Altamente fina: área específica com 25000 m2/kg; � Não necessita ser moída. Adições pozolânicas 44 Materiais de Construção Civil I 23 � Cinza da casca de arroz � Subproduto do beneficiamento de arroz ou termoelétrica; � Elevado teor de sílica amorfa ( > 80 %); � Em situações onde a queima e o resfriamento ocorre com controle, pode-se obter um maior teor de sílica reativa; � Necessita ser moída para melhorar a atividade pozolânica. Adições pozolânicas 45 Materiais de Construção Civil I � Cinza volante � Gerada em usinas termoelétricas a partir da queima do carvão mineral; � Partículas esféricas lisas extremamente finas com elevado teor de sílica amorfa; � Não necessita ser moída. Adições pozolânicas 46 Materiais de Construção Civil I 24 Adições pozolânicas A – Microssílica B – Cinza volante C – Cinza de casca de arroz (A) (C) (B) 47 Materiais de Construção Civil I Adições pozolânicas (Fonte: Mehta e Monteiro, 1994) Granulometria a laser 48 Materiais de Construção Civil I 25 � Refina a porosidade da pasta de cimento endurecida; � Aumenta a impermeabilidade da pasta � Aumenta a durabilidade em meios agressivos: � Indicado para ambientes marinhos; � Ambientes com sulfatos � Pode diminuir o calor de hidratação; � Pode diminuir a resistência nas idades iniciais; Adições pozolânicas 49 Materiais de Construção Civil I Influência nas propriedades da pasta Na composição do cimento, o aumento do teor de pozolana pode diminuir o calor de hidratação 50 Materiais de Construção Civil I 26 Influência nas propriedades da pasta Na composição do cimento, o aumento do teor de pozolana pode diminuir a resistência nas idades iniciais. Entretanto, em idades mais avançadas os valores de resistência são compatíveis. 51 Materiais de Construção Civil I CIMENTO PROPRIEDADES 27 Propriedades � Pega � Caracterização da perda de plasticidade das pastas, caldas, argamassas e concretos de cimento. (NBR 11172/90) � Endurecimento � Fase subseqüente ao período de pega, na qual o aglomerante passa a oferecer resistência a esforços mecânicos. (NBR 11172/90) 53 Materiais de Construção Civil I Propriedades � Início de pega (começo do enrijecimento) � Tempo decorrido desde a adição de água até o início das reações com os compostos do cimento. Limita o tempo de trabalhabilidade dos concretos e argamassas � Fim de pega (enrijecimento completo e início do endurecimento) � Tempo decorrido desde a adição de água até a situação em que a pasta cessa de deformar sob a ação de “pequenas” cargas. � Norma de determinação do tempo de pega de cimento => NBR NM 65 - 2003 54 Materiais de Construção Civil I 28 Propriedades ~2 horas 4 a 16 horas Crescimento da resistência Pega Pasta trabalhável Em endurecimento Endurecida TIP Início de pega TFP Fim de pega 0 Início da mistura com água � Pega do cimento 55 Materiais de Construção Civil I Propriedades � Falsa pega � Provocada pela desidratação da gipsita. � Classificação quanto à pega � Normal: tempo de pega maior que 1 h � Rápido: tempo de pega menor que 1 h 56 Materiais de Construção Civil I 29 Propriedades � Fatores que influenciam a pega � O teor de C3A (sendo o primeiro a reagir com a água); � O teor de gipsita; � Finura => quanto maior a finura do cimento menor é o tempo de início de pega; � Temperatura => quanto maior a temperatura menor o tempo de início de pega; � Teor e tipo de aditivos: � Aceleradores => cloreto de cálcio, cloreto de sódio, etc. � Retardadores => gipsita, açúcar, álcool, óxido de zinco, etc. 57 Materiais de Construção Civil I Propriedades � Finura e grau de moagem � Peneiramento � Ensaio de granulometria � índice de finura - %de massa retida na peneira no 200 com abertura de 0,075 mm (NBR 57 33). � Para os cimento normais: % retida < 12 %. � Permeabilímetro de Blaine => Mede a superfície específica � Baseado na velocidade de ar que passa por uma determinada amostra que é função do tamanho dos grãos. � Blaine dos cimentos normais = 2500 a 4000 cm2/g � Quanto maior o Blaine => mais fino o material. 58 Materiais de Construção Civil I 30 Pa ss an te ac um u la da em % 59 Materiais de Construção Civil I Propriedades � Finura e grau de moagem � Relação da finura com outras propriedades do cimento Propriedade Relação Pega inversa Resistência Direta Calor de hidratação Direta Retração Direta Exsudação Inversa Impermeabilidade Direta60 Materiais de Construção Civil I 31 61 Materiais de Construção Civil I 62 Materiais de Construção Civil I 32 Propriedades � Massa específica � A determinação é feita através do frasco de Le Chatelier, usando querosene como líquido. � A massa especifica do cimento γo = 3,00 kg/l. � A massa unitária do cimento γ = 0,95 kg/l 63 Materiais de Construção Civil I Propriedades � Resistência à esforços mecânicos � Relação da resistência à compressão com outras propriedades do cimento � Quanto à composição química, os teores de C3S e C2S, são decisivos no desenvolvimento da resistência Propriedade Relação Finura Direta Quantidade de água Inversa Idade Direta 64 Materiais de Construção Civil I 33 Propriedades � Resistência à esforços mecânicos � Determinação da resistência à compressão (NBR 7215) � Corpos-de-prova cilíndricos (5 x 10) cm; � Areia normal: areia do rio Tietê � Ensaio realizado nas idade de 3, 7 e 28 dias. 65 Materiais de Construção Civil I Propriedades � Resistência à esforços mecânicos � Determinação da resistência à compressão (NBR 7215) Classes Resistência (MPa) 3 dias 7 dias 28 dias CP 25 8 15 25 CP 32 10 20 32 CP 40 14 24 40 66 Materiais de Construção Civil I 34 Propriedades � Exsudação � É o fenômeno de segregação da água que ocorre na pasta de cimento antes do início da pega; � Quanto mais fino o cimento menor a exsudação; � Deve ser controlada durante a dosagem, produção e aplicação de argamassas e concretos. 67 Materiais de Construção Civil I Propriedades � Estabilidade volumétrica – Expansão � Pode ser provocada pela existência indesejável de cal livre (CaO) e óxido de magnésia (MgO); � É avaliada utilizando-se a Agulha de Le Chatelier com pasta de consistência normal; � Ensaio a frio: evidencia a presença de MgO; � Ensaio a quente: evidencia a presença de CaO. 68 Materiais de Construção Civil I 35 CIMENTO NORMALIZAÇÃO Normalização NBR11579 Cimento Portland - Determinação da finura por meio da peneira 75 micrômetros (número 200) NBR11172 Aglomerantes de origem mineral NBR11582 Cimento Portland - Determinação da expansibilidade de Le Chatelier NBR11768 Aditivos para concreto de cimento Portland NBR12651 Materiais pozolânicos - Determinação da eficiência de materiais pozolânicos em evitar a expansão do concreto devido à reação álcali-agregado NBR12826 Cimento Portland e outros materiais em pó - Determinação do índice de finura por meio de peneirador aerodinâmico NBR12989 Cimento Portland branco NBR13116 Cimento Portland de baixo calor de hidratação NBR13847 Cimento aluminoso para uso em materiais refratários NBR14832 Cimento Portland e clínquer - Determinação de cloreto pelo método do íon seletivo NBR5732 Cimento Portland comum NBR5733 Cimento Portland de alta resistência inicial NBR5735 Cimento Portland de alto-forno NBR5736 Cimento Portland pozolânico NBR5737 Cimentos Portland resistentes a sulfatos 70 Materiais de Construção Civil I 36 Normalização NBR5741 Extração e preparação de amostras de cimentos NBR5748 Análise química de cimento Portland - Determinação de óxido de cálcio livre NBR5752 Materiais pozolânicos - Determinação de atividade pozolânica com cimento Portland - Indice de atividade pozolânica com cimento NBR5753 Cimento Portland pozolânico - Determinação da pozolanicidade NBR5754 Cimento Portland - Determinação de teor de escória granulada de alto-forno por microscopia NBR7215 Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão NBR8809 Cimento Portland - Determinação do calor de hidratação a partir do calor de dissolução NBR9202 Cimento Portland e outros materiais em pó - Determinação da finura por meio da peneira 0,044 mm (número 325) NBRNM10 Cimento Portland - Análise química - Disposições gerais NBRNM14 Cimento Portland - Análise química - Método de arbitragem para determinação de dióxido de silício, óxido férrico, óxido de alumínio, óxido de cálcio e óxido de magnésio NBRNM18 Cimento Portland - Análise química - Determinação de perda ao fogo NBRNM23 Cimento portland e outros materiais em pó - Determinação de massa específica NBRNM43 Cimento portland - Determinação da pasta de consistência normal NBRNM65 Cimento portland - Determinação do tempo de pega NBRNM76 Cimento Portland - Determinação da finura pelo método de permeabilidade ao ar (Método de Blaine) 71 Materiais de Construção Civil I Cimentos normalizados no Brasil a) Cimento Portland Comum – CPI CP I – Cimento Portland Comum CP I-S – Cimento Portland Comum com Adição b) Cimento Portland Composto – CP II CP II-E – Cimento Portland Composto com Escória CP II-Z – Cimento Portland Composto com Pozolana CP II-F – Cimento Portland Composto com Filler c) Cimento Portland de Alto Forno – CP III d) Cimento Portland Pozolânico – CP IV e) Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – CP V-ARI 72 Materiais de Construção Civil I 37 Cimentos normalizados no Brasil f) Cimento Portland Resistente à Sulfatos Ex.: CP I-32RS, CP II-Z-32RS, ... g) Cimento Portland de baixo calor de hidratação Ex.: CP I-32BC , CP II-Z-32BC, ... h) Cimento Portland branco estrutural – CPB i) Cimento Portland branco não estrutural – CPB j) Cimento para poços petrolíferos – CPP 73 Materiais de Construção Civil I Cimentos normalizados no Brasil Cimento Classes de resistência Clínquer + Sulfatos Escoria Pozolana Materiais Carbonaticos (MPa) (%) (%) (%) (%) CPI (NBR 5732/91) 25-32-40 100 0 CPI-S (NBR 5732/91) 25-32-40 99-95 1-5 CPII-E (NBR 11578/91) 23-32-40 94-56 6-34 0-10 CPII-Z (NBR 11578/91) 25-32-40 94-76 6-14 0-10 CPII-F (NBR 11578/91) 25-32-40 94-90 6-10 CPIII (NBR 5735/91) 25-32-40 65-25 35-70 0-5 CPIV (NBR 5238/91) 25-32 85-45 15-50 0-5 CPV-ARI (NBR 5733/91) --- 100-95 0-5 � Composição dos cimentos 74 Materiais de Construção Civil I 38 Cimentos normalizados no Brasil � Composição dos cimentos 75 Materiais de Construção Civil I Cimentos normalizados no Brasil � Cimento Portland resistentes aos sulfatos 76 Materiais de Construção Civil I 39 Exigências físicas Cimento Classe Finura Início de pega (h) Expansibili dade a quente (mm) Resistência (MPa) Peneira 75 mm (%) Área específica (m2/kg) 3 dias 7 dias 28 dias CPI (NBR 5732/91) CPI-S (NBR 5732/91) CPII-E (NBR 11578/91) CPII-Z (NBR 11578/91) CPII-F (NBR 11578/91) 25 ≤ 12,0 ≥ 240 ≥ 1 ≤ 5 ≥ 8 ≥ 15 ≥ 25 32 ≥ 260 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32 40 ≤ 10,0 ≥ 280 ≥ 15 ≥ 25 ≥ 40 CPIII (NBR 5735/91) 25 ≤ 8,0 --- ≥ 1 ≤ 5 ≥ 8 ≥ 15 ≥ 25 32 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32 40 ≥ 12 ≥ 23 ≥ 40 CPIV (NBR 5238/91) 25 ≤ 8,0 --- ≥ 1 ≤ 5 ≥ 8 ≥ 15 ≥ 25 32 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32 CPV-ARI (NBR 5733/91) --- ≤ 6,0 ≥ 300 ≥ 1 ≤ 5 1 dia 3 dias 7 dias ≥ 14 ≥ 24 ≥ 3477 Materiais de Construção Civil I Exigências físicas 78 Materiais de Construção Civil I 40 Exigências químicas Cimento Limites (% da massa)Resíduo insolúvel Perda ao fogo Óxido de magnésio (MgO) Trióxido enxofre (SO3) Anidrido carbônico (CO2) CPI (NBR 5732/91) ≤ 1,0 ≤ 2,0 ≤ 6,5 ≤ 4,0 ≤ 1,0 CPI-S (NBR 5732/91) ≤ 5,0 ≤ 4,5 ≤ 6,5 ≤ 4,0 ≤ 3,0 CPII-E (NBR 11578/91) ≤ 2,5 ≤ 6,5 ≤ 6,5 ≤ 4,0 ≤ 5,0CPII-Z (NBR 11578/91) ≤ 16,0 CPII-F (NBR 11578/91) ≤ 2,5 CPIII (NBR 5735/91) ≤ 4,5 ≤ 1,5 --- ≤ 4,0 ≤ 3,0 CPIV (NBR 5238/91) ≤ 4,5 ≤ 6,5 --- ≤ 4,0 ≤ 3,0 CPV-ARI (NBR 5733/91) ≤ 1,0 ≤ 4,5 ≤ 6,5 ≤ 3,5(1)≤ 4,5(2) ≤ 3,0 (1) Quando o C3A do clinquer ≤ 8%, (2) Quando o C3A do clinquer > 8%79 Materiais de Construção Civil I Armazenamento � Em locais secos; � Bem protegidos da umidade; � Com fácil acesso à inspeção e identificação dos lotes; � Sempre que possível utilizar os sacos mais antigos; � Colocados sobre estrados secos; � Com empilhamento máximo de 10 sacos; � Durante o manuseio, cuidar para que os sacos não sejam molhados, nem rasgados, ficando o produto exposto ao ar e a umidade. 80 Materiais de Construção Civil I 41 Embalagem 81 Materiais de Construção Civil I
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