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PSI 3211 - Circuitos Elétricos I Profa. Elisabete Galeazzo Aula 24 – 12/06/2017 TÓPICOS DA AULA: CIRCUITOS DE 2a ORDEM: . ANALOGIA COM SISTEMA MASSA-MOLA . SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE 2a ORDEM . RAÍZES DA EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA . RESPOSTA COMPLETA DOS CIRCUITOS RLC COM APLICAÇÃO DAS CONDIÇÕES INICIAIS: - CONDIÇÃO DE SUPERAMORTECIMENTO - CONDIÇÃO DE SUBAMORTECIMENTO - CONDIÇÃO DE AMORTECIMENTO CRÍTICO Circuitos de 2a ordem • Possuem dois elementos armazenadores de energia não associados (ou seja, não podem ser substituídos por um outro equivalente); • Seu modelo é descrito por uma equação linear com derivadas de 1a e 2a ordem ou duas equações de 1a ordem; • Duas condições iniciais deverão ser consideradas para obtenção da solução do circuito. Equações integro-diferenciais associadas aos circuitos RLC série e paralelo: CCes(t) vR(t) vC(t) R C i(t)L vL(t) G is(t) vC(t)C iR(t) iC(t) 1 iL(t) L 𝑣𝑅 + 𝑣𝐿 + 𝑣𝐶 = 𝑒𝑠 𝑅𝑖 + 𝐿 𝑑𝑖 𝑑𝑡 + 1 𝐶 𝑖 𝑑𝑡 = 𝑒𝑠 𝑖𝑅 + 𝑖𝐿 + 𝑖𝐶 = 𝑖𝑠 𝐺𝑣 + 1 𝐿 𝑣 𝑑𝑡 + 𝐶 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 𝑖𝑠 𝑑2𝑖(𝑡) 𝑑𝑡2 + 𝑅 𝐿 𝑑𝑖(𝑡) 𝑑𝑡 + 1 𝐿𝐶 𝑖(𝑡) = 1 𝐿 𝑑𝑒𝑠(𝑡) 𝑑𝑡 𝑑2𝑣(𝑡) 𝑑𝑡2 + 1 𝑅𝐶 𝑑𝑣(𝑡) 𝑑𝑡 + 1 𝐿𝐶 𝑣(𝑡) = 1 𝐶 𝑑𝑖𝑠(𝑡) 𝑑𝑡 Equação diferencial de 2a ordem: 𝑑2𝑖(𝑡) 𝑑𝑡2 + 𝑅 𝐿 𝑑𝑖(𝑡) 𝑑𝑡 + 1 𝐿𝐶 𝑖(𝑡) = 1 𝐿 𝑑𝑒𝑠(𝑡) 𝑑𝑡 Definições: 𝛼 = 𝑅 2𝐿 𝑒 𝜔𝑜 2 = 1 𝐿𝐶 Objetivo da resolução da equação diferencial acima: Determinar a função i(t) que satisfaça a equação acima Duas condições iniciais devem ser consideradas: Indicam se há energia armazenada no sistema, e estão relacionadas com: - tensão inicial no capacitor (vo) - corrente inicial no indutor (io) Solução completa da equação = solução particular + solução homogênea Solução particular: Solução homogênea: condições iniciais são desprezadas e es(t) = cte, pulso, cosseno, etc... condições iniciais são consideradas e es(t) = 0 Equação diferencial de 2a ordem, cont… 𝑑2𝑖(𝑡) 𝑑𝑡2 + 𝑅 𝐿 𝑑𝑖(𝑡) 𝑑𝑡 + 1 𝐿𝐶 𝑖(𝑡) = 1 𝐿 𝑑𝑒𝑠(𝑡) 𝑑𝑡 Definições: 𝜶 = 𝑹 𝟐𝑳 𝑒 𝝎𝒐 𝟐 = 𝟏 𝑳𝑪 1ª etapa: Analisar o comportamento “livre” do circuito solução homogênea 𝑑2𝑖(𝑡) 𝑑𝑡2 + 2 ∝ 𝑑𝑖 𝑡 𝑑𝑡 + 𝜔𝑜 2 𝑖(𝑡) = 0 Equação diferencial de 2ª ordem, linear, ordinária a elementos constantes. Coeficiente de amortecimento, unidade s-1 Frequência de oscilação não amortecida, unidade = rad/s Analogia do comportamento do circuito RLC com um sistema massa-mola Fel = kx Fat Fext 𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑓𝑒𝑥𝑡 − 𝑓𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 − 𝑓𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑚𝑎 = 𝑓𝑒𝑥𝑡 − 𝑘𝑥 − 𝛽𝑥 𝑚𝑥 + 𝛽𝑥 + 𝑘𝑥 = 𝑓𝑒𝑥𝑡 𝑥 (𝑡) + 𝛽 𝑚 𝑥 (𝑡) + 𝑘 𝑚 𝑥(𝑡) = 0 Para o sistema massa-mola livre, ou seja, com fext = 0, temos: Para o sistema RLC livre, ou seja, com es(t)=0, temos: 𝜶 = 𝑹 𝟐𝑳 𝑒 𝝎𝒐 𝟐 = 𝟏 𝑳𝑪 𝑑2𝑖(𝑡) 𝑑𝑡2 + 2 ∝ 𝑑𝑖 𝑡 𝑑𝑡 + 𝜔𝑜 2 𝑖(𝑡) = 0 Deslocamento do sistema massa-mola em função do tempo x = 0 Solução da equação diferencial de 2ª ordem 𝑥 𝑡 + 2 ∝ 𝑥 𝑡 + 𝜔𝑜 2𝑥 𝑡 = 0 Determinar x(t) que satisfaça a equação diferencial acima. x(t) e suas derivadas (a menos de constantes) quando somadas devem resultar em zero. “chutar” como solução: 𝒙 𝒕 = 𝑨𝒆𝒔𝒕 𝑑𝑥(𝑡) 𝑑𝑡 = 𝑠𝐴𝑒𝑠𝑡 𝑑2𝑥(𝑡) 𝑑𝑡2 = 𝑠2𝐴𝑒𝑠𝑡 Determinação da equação característica do circuito Dado que: E que: 𝑑𝑥ℎ (𝑡) 𝑑𝑡 = 𝑠𝐴𝑒𝑠𝑡 𝑑2𝑥ℎ (𝑡) 𝑑𝑡2 = 𝑠2𝐴𝑒𝑠𝑡 𝑥ℎ 𝑡 = 𝐴𝑒 𝑠𝑡; Temos que: 𝑠2𝐴𝑒𝑠𝑡 + 2𝛼𝑠𝐴𝑒𝑠𝑡 +𝜔𝑜 2𝐴𝑒𝑠𝑡 = 0 𝐴𝑒𝑠𝑡 𝑠2 + 2 ∝ 𝑠 + 𝜔0 2 = 0 Como: 𝐴 ≠ 0 𝑒 𝑒𝑠𝑡 ≠ 0 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑛ã𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑣𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥(𝑡) , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: 𝒔𝟐 + 𝟐 ∝ 𝒔 + 𝝎𝒐 𝟐 = 𝟎 Equação característica 𝒙 𝒉 𝒕 + 𝟐 ∝ 𝒙 𝒉 𝒕 + 𝝎𝒐 𝟐𝒙𝒉 𝒕 = 𝟎 Raízes da equação característica 𝑠2 + 2 ∝ 𝑠 + 𝜔𝑜 2 = 0 𝑠1,2 =−∝ ± ∝2 −𝜔𝑜2 1ª SITUAÇÃO: 𝒔𝟏 ≠ 𝒔𝟐 𝑒 𝑎𝑚𝑏𝑎𝑠 𝑠ã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 𝒙𝒉 𝒕 = 𝑨𝟏𝒆 𝒔𝟏(𝒕−𝒕𝟎) + 𝑨𝟐𝒆 𝒔𝟐 𝒕−𝒕𝟎 Superamortecimento 𝒔𝟏 ≠ 𝒔𝟐 𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑥𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠 → 𝒙𝒉 𝒕 = 𝑨𝟏𝒆 𝒔𝟏(𝒕−𝒕𝟎) + 𝑨𝟐𝒆 𝒔𝟐 𝒕−𝒕𝟎 Subamortecimento ou Ondulatório 2ª SITUAÇÃO: 𝑠1 = 𝑠2 → 𝒙𝒉 𝒕 = 𝑨𝟏𝒆 𝒔𝟏 𝒕−𝒕𝟎 + 𝑨𝟐 𝒕 𝒆 𝒔𝟏 𝒕−𝒕𝟎 Amortecimento Crítico Resposta completa com aplicação das condições iniciais (c.i.) 𝒙 𝒕 = 𝒙𝒉 𝒕 + 𝒙𝒑 𝒕 ⇒ 𝒙 𝒕 = 𝟎 = 𝒙𝒉 𝒕 = 𝟎 + 𝒙𝒑 𝒕 = 𝟎 1ª situação, em que s1 s2: 𝑥 𝑡 = 𝐴1𝑒 𝑠1𝑡 + 𝐴2𝑒 𝑠2𝑡 + 𝑥𝑝 𝑡 𝑥 𝑡 = 𝐴1𝑠1𝑒 𝑠1𝑡 + 𝐴2𝑠2𝑒 𝑠2𝑡 + 𝑥 𝑝 𝑡 𝑥 0 = 𝐴1 + 𝐴2 + 𝑥𝑝 0 𝑥 0 = 𝐴1𝑠1 + 𝐴2𝑠2 + 𝑥 𝑝 0 Condições Iniciais: 1 1 𝑠1 𝑠2 𝐴1 𝐴2 = 𝑥 0 − 𝑥𝑝 0 𝑥 0 − 𝑥 𝑝 0 E chamando-se: 𝑎 = 𝑥 0 − 𝑥𝑝 0 𝑏 = 𝑥 0 − 𝑥 𝑝 0 𝑨𝟏 𝑨𝟐 = 𝟏 𝒔𝟐 − 𝒔𝟏 𝒔𝟐𝒂 − 𝒃 −𝒔𝟏𝒂 + 𝒃 𝒙 𝒕 = 𝒔𝟐𝒂 − 𝒃 𝒔𝟐 − 𝒔𝟏 𝒆 𝒔𝟏𝒕 + −𝒔𝟏𝒂 + 𝒃 𝒔𝟐 − 𝒔𝟏 𝒆 𝒔𝟐𝒕 + 𝒙𝒑 𝒕 Resposta completa na situação 𝒔𝟏 ≠ 𝒔𝟐 𝑒 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐱𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐧𝐣𝐮𝐠𝐚𝐝𝐨𝐬: 𝑍 + 𝑍 = 𝑎 + 𝑗𝑏 + 𝑎 − 𝑗𝑏 = 2𝑎 = 2. 𝑅𝑒{𝑍. 𝑍 } 𝑒𝑎+𝑗𝑏 = 𝑒𝑎𝑒𝑗𝑏 = 𝑒𝑎 𝑐𝑜𝑠 𝑏 + 𝑗𝑠𝑒𝑛 𝑏 Lembrando-se que: E considerando-se que: 𝑠1,2 =−∝ ± ∝2 −𝜔𝑜2 No caso de subamortecimento, temos que: 𝝎𝒐 𝟐 > 𝜶 Definindo-se 𝝎𝒅 = 𝝎𝒐𝟐 − 𝜶𝟐 , conhecida como frequência própria amortecida, as raízes da equação característica serão: 𝒔𝟏 = −𝜶 + 𝒋𝝎𝒅 𝒔𝟐 = −𝜶 − 𝒋𝝎𝒅 A solução completa para a condição de subamortecimento 𝑥 𝑡 = 𝑨𝟏𝑒 𝒔𝟏𝑡 + 𝑨𝟐𝑒 𝒔𝟐𝑡 + 𝑥𝑝 𝑡 E neste caso, A1 e A2 terão os seguintes valores: 𝒔𝟏,𝟐 = −𝛼 ± 𝑗𝜔𝑑 𝑨𝟏 = 𝑠2𝑎 − 𝑏 𝑠2 − 𝑠1 = −𝛼 − 𝑗𝜔𝑑 𝑎 − 𝑏 −2𝑗𝜔𝑑 = 𝒂 𝟐 − 𝒋 𝜶𝒂 𝟐𝝎𝒅 + 𝒃 𝟐𝝎𝒅 𝑨𝟐 = −𝑠1𝑎 + 𝑏 𝑠2 − 𝑠1 = 𝒂 𝟐 + 𝒋 𝜶𝒂 𝟐𝝎𝒅 + 𝒃 𝟐𝝎𝒅 𝑨𝟐 = 𝑨𝟏 ∗ com isso, 𝑨𝟏𝑒 𝒔𝟏𝑡 e 𝑨𝟐𝑒 𝒔𝟐𝑡 também são complexos conjugados. Assim: 𝑥 𝑡 = 2. 𝑅𝑒 𝑎 2 − 𝑗 𝛼𝑎 2𝜔𝑑 + 𝑏 2𝜔𝑑 𝑒−𝛼𝑡+𝑗𝜔𝑑𝑡 + 𝑥𝑝 𝑡 s1 e s2 são complexos conjugados! Solução completa para a condição de subamortecimento, cont. 𝑥 𝑡 = 2. 𝑅𝑒 𝑎 2 − 𝑗 𝛼𝑎 2𝜔𝑑 + 𝑏 2𝜔𝑑 𝑒−𝛼𝑡+𝑗𝜔𝑑𝑡 + 𝑥𝑝 𝑡 𝑥 𝑡 = 𝑒−𝛼𝑡𝑅𝑒 𝑎 − 𝑗 𝛼𝑎 𝜔𝑑 + 𝑏 𝜔𝑑 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑑𝑡 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜔𝑑𝑡 + 𝑥𝑝 𝑡 𝑥 𝑡 = 𝑒−𝛼𝑡 𝑎. 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑑𝑡 + 0 𝑜 + 𝛼𝑎 𝜔𝑑 + 𝑏 𝜔𝑑 . 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑑𝑡 − 90 𝑜 + 𝑥𝑝 𝑡 A expressão acima pode ser representada também da seguinte forma: 𝒙 𝒕 = 𝑿𝒆−𝜶𝒕𝒄𝒐𝒔 𝝎𝒅𝒕 + 𝝍 + 𝒙𝒑 𝒕 Solução completa para a condição de subamortecimento, cont, 2 𝒙 𝒕 = 𝑿 𝑒−𝛼𝑡𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑑𝑡 + 𝝍 + 𝑥𝑝 𝑡 *A soma das duas cossenoides de mesma frequência foi efetuada utilizando- se o conceito de fasores: 𝑿 = 𝑎2 + 𝛼𝑎 + 𝑏 𝜔𝑑 2 𝝍 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔2 𝑎, 𝛼𝑎 + 𝑏 𝜔𝑑 Resposta completa para a 2ª situação: s1 = s2 (amortecimento crítico) Lembrando-se que as possíveis raízes da equação característica são: 𝑠1,2 =−∝ ± ∝2 −𝜔𝑜2 Para a condição de amortecimento crítico: 𝜶𝟐 = 𝝎𝒐 𝟐 𝑒 𝒔𝟏 = 𝒔𝟐 = −𝜶 𝒙 𝒕 = 𝑨𝟏𝒆 −𝜶𝒕 + 𝑨𝟐 𝒕 𝒆 −𝜶𝒕 + 𝒙𝒑 𝒕 𝒙 𝒕 = −𝑨𝟏𝜶𝒆 𝒔𝟏𝒕 + 𝑨𝟐𝒆−𝜶𝒕 − 𝜶𝑨𝟐𝒆 −𝜶𝒕 + 𝒙 𝒑 𝒕 Logo: Resposta completa para o amortecimento crítico, cont. 𝒙 𝒕 = 𝑨𝟏𝒆 −𝜶𝒕 + 𝑨𝟐 𝒕 𝒆 −𝜶𝒕 + 𝒙𝒑 𝒕 𝒙 𝒕 = −𝑨𝟏𝜶𝒆 𝒔𝟏𝒕 + 𝑨𝟐𝒆 −𝜶𝒕 − 𝜶𝑨𝟐𝒆 −𝜶𝒕 + 𝒙 𝒑 𝒕 Os coeficientes A1 e A2 são determinados a partir das condições iniciais: 𝑥 0 = 𝐴1 + 𝑥𝑝 0 ⇒ 𝑨𝟏 = 𝑥 0 − 𝑥𝑝 0 = 𝒂 𝑥 0 = −𝛼𝐴1 + 𝐴2 + 𝑥 𝑝 0 ⇒ 𝑨𝟐 = 𝛼𝑎 + 𝒃 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝒃 = 𝑥 0 − 𝑥 𝑝 0 𝒙 𝒕 = 𝒂𝒆−𝜶𝒕 + 𝜶𝒂 + 𝒃 𝒕 𝒆−𝜶𝒕 + 𝒙𝒑 𝒕 Com isso, a expressão ficará:
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