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Microbiologia, imunologia e genética humana Profa. Dra. Priscila Luiza Mello BACTÉRIAS Procedimentos e critérios para avaliação Farão parte da Avaliação 1: - Relatório de aula prática (Valor 0,5) - Estudo Dirigido (valor 1,5) - Avaliação individual (Valor 8,0) Procedimentos e critérios para avaliação Na prova substitutiva será abordado o conteúdo de todo o semestre, independente de ser substitutiva de AV1 ou de AV2. A avaliação 2 será colegiada e composta por toda a matéria lecionada durante o semestre. - Relatório de aula prática (Valor 0,5) - Estudo Dirigido (valor 1,5) - Avaliação individual (Valor 8,0) Porque estudar Microbiologia? Microbiologia Mikros (=pequeno) bio (=vida) logos (=ciência) Microbiologia Ramo da ciência que estuda: ➢ Os microrganismos Morfologia Estrutura Reprodução Fisiologia ➢ Interação destes com os outros seres vivos e com o meio ambiente. ➢Alimentação ➢Produção de medicamentos ➢Simbiose com outros seres vivos ➢Produção de substâncias químicas ➢Agricultura ➢Biorremediação ➢ e também..... Causando doenças Microrganismos podem ser encontrados... Patogênicos Ramos da Microbiologia . Bacteriologia VirologiaMicologia História da Microbiologia Maldição divina Teoria dos miasmas (vapores ou venenos) Mau odores O ar como meio de transmissão Antes do século XVIII, a que se atribuía as doenças? 1665 Robert Hooke Todas as coisas vivas são compostas por células Teoria celular: Introduziu o termo célula As primeiras observações: A descoberta dos microrganismos Lentes 200 a 300 X Antoni Van Leeuwenhoek (1632 - 1723) Observações relatadas a Sociedade Real de Londres Observou e descreveu os microrganismos ("animálculos“) O MUNDO INVISÍVEL Leeuwenhoek - Fundador da microbiologia Geração espontânea ou teoria da abiogênese Algumas formas de vida poderiam surgir de matéria morta. Biogênese •Células vivas podem surgir somente de células vivas pré- existentes. A=Não Bios= Vida Gênesis:Origem Louis Pasteur (1822-1895) Teoria germinal das enfermidades infecciosas Técnicas de assepsia Louis Pasteur (1822-1895) PASTEURIZAÇÃO Teoria microbiana das doenças POSTULADOS DE KOCH (1843-1910) ✓ Os microrganismos devem estar presentes em todos os casos de doenças ✓ Os microrganismos devem ser isolados em cultura pura no laboratório ✓ Os mesmos sintomas devem surgir se o microrganismo for inoculado em um hospedeiro saudável e susceptível ✓ O mesmo microrganismo deve ser re-isolado do hospedeiro inoculado Microrganismos Celulares Procariontes (Bactérias) Eucariontes (Fungos) Acelulares Vírus Procariontes x Eucariontes Bactérias Fungos Protozoários Parasitas Vírus Material genético não é envolto por uma membrana nuclear Possuem núcleo definido, que contém o material genético (DNA) envolto por uma membrana nucelar Classificação dos seres vivos Sistema dos Cinco Reinos (Whittaker, 1969) ➢ Procariontes (Monera) ➢ Protistas ➢ Fungos ➢ Plantae ➢ Animalia Nomenclatura binomial Gênero: primeiro nome, sempre iniciado com letra maiúscula Espécie (epíteto específico): segundo nome, escrito sempre em letra minúscula; sempre um adjetivo. Como nomear os seres vivos?o (Linnaeus, 1735) Como nomear os seres vivos?o (Linnaeus, 1735) Organismo: designado pelos dois nomes e ambos são escritos em itálico ou sublinhado. Ex: Staphylococcus aureus ou Staphylococcus aureus Staphylo (tipo de agrupamento) + coccus (forma esférica) + aureus (cor de ouro). S. aureus Staphylococcus spp. Compreende os microrganismos que colonizam as diversas regiões da boca de indivíduos sadios. Microbiota Oral Microbiota Oral ✓ NÓS JÁ NASCEMOS COLONIZADOS POR BACTÉRIAS??? Microbiota Oral QUANDO SE INICIA A FORMAÇÃO DA MICROBIOTA ??? Vida intrauterina – Boca isenta de microrganismos Parto – 1ºs microrganismos transitórios (Streptococcus, Lactobacillus, Candida albicans, Coliformes) Microbiota Oral Microbiota Oral NOSSA MICROBIOTA É IGUAL EM TODAS AS REGIÕES DO CORPO??? Só colonizam uma certa região, um certo habitat, os microrganismos que se adaptam à sua condição ecológica Não existe uma microbiota única nas regiões do nosso corpo Cada região do corpo oferece diferentes condições ambientais Microbiota Oral Cavidade bucal - Apresenta vários sítios ecológicos, cada qual com características ambientais próprias e com sua microbiota particular superfícies mucosas lisas mucosa do dorso lingual superfície dental sadia superfície dental cariada sulco gengival sadio bolsa periodontal Microbiota Oral Microbiota Oral Mais de 30 gêneros, mais de 500 espécies diferentes Em número total de microrganismos, a microbiota bucal só encontra um concorrente na microbiota intestinal, mas a bucal é mais complexa Tipos de Microbiota RESIDENTE OU PERMANENTE São microrganismos que colonizam determinada superfície por longos períodos. Uma vez eliminada, reconstitui-se rapidamente. TRANSITÓRIA São microrganismos ocasionais, que colonizam o hospedeiro por um curto espaço de tempo, sem causar infecção. Tipos de Microbiota Com o tempo será substituída pela microbiota RESIDENTE Influências do hospedeiro sobre a Microbiota Bucal Saliva É a maior responsável pela regulação da microbiota gengival Nutrientes, Umidade, pH, Temperatura Dieta Tudo que comemos e bebemos deixa resquícios na boca Higiene bucal Uso constante de escova, fio dental, remoção de tártaro É a melhor forma de mantermos a microbiota em níveis fisiológicos Influências do hospedeiro sobre a Microbiota Bucal Benefícios da Microbiota Bucal para o hospedeiro 1. Defesa biológica da boca 3. Competição com patógenos 5. Contribuição para nutrição do hospedeiro 7. Enzimas bacterianas auxiliam no processo digestivo 9. Ativação do sistema imune MORFOLOGIA E ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA Características do Reino Monera (Bactérias) • São Unicelulares; • São Procariontes; • Podem ser autótrofos ou heterótrofos; • Podem formar colônias; • São microscópicos; • Encontradas no solo, no ar, na água em nosso organismo; ERIK MACEDO Classificação das bactérias: Aspectos macroscópicos Classificação das bactérias: Aspectos microscópicos Como os micro-organismos são transparentes, utiliza-se métodos de coloração Método de Gram •Esfregaço bacteriano - fixado pelo calor - cristal violeta, lugol, álcool e fucsina. Gram positiva: apresentam-se de cor roxa Gram negativa: apresentam-se de cor rosa IMPORTÂNCIA DA COLORAÇÃO DE GRAM É possível classificar as bactérias em dois diferentes grupos GRAM -POSITIVAS GRAM -NEGATIVAS COLORAÇÃO DE GRAM COCOS GRAM POSITIVO BACILOS GRAM NEGATIVO • Dependendo da forma que apresentam, recebem nomes especiais; • Podendo viver em colônias; Morfologia e estrutura celular Forma e arranjo: Cocos: Têm a forma de esferas; Forma e arranjo: Cocos: •isolados Imagem de microscopia eletrônica Forma e arranjo: Cocos: •Pares (diplococos) Imagem de microscopia eletrônica Imagem de microscopia eletrônica Forma e arranjo: Cocos: •Cadeias (Estreptococos) •Cachos (estafilococos): Forma e arranjo: Imagem de microscopia eletrônica Forma e arranjo: Bacilos: Tem a forma de bastonete Imagem de microscopia eletrônica Forma e arranjo: Bacilos Espirais: Existem três tipos Espiroquetas: Tem a formade espiral; Forma e arranjo: Vibriões: Tem a forma de vírgula Espirilos: forma de um saca-rolha- rígido ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA ESTRUTURAS ESSENCIAIS NÃO ESSENCIAIS Parede celular Membrana citoplasmática Cápsula Flagelo Fímbria ou Pili Externas Superficiais ESTRUTURAS ESSENCIAIS Externas Superficiais PAREDE CELULAR Gram positivas X Gram negativas PAREDE CELULAR •Manutenção da forma bacteriana •Função: protege contra a lise osmótica e dá forma a bactéria (protegendo contra danos mecânicos). •Composição química: estrutura rígida composta de PEPTIDEOGLICANO. Bactérias Gram positivas (G+) 90% da parede é composta por peptídeoglicano PAREDE CELULAR Bactérias Gram negativas (G-) PAREDE CELULAR 5 à 10% da parede é composta por peptídeoglicano Membrana externa LPS Endotoxina Bactérias Gram negativas (G-) •Peptideoglicano (5 a 10 % do peso seco) e membrana externa. •O espaço que separa a membrana citoplasmática da membrana externa é chamado de espaço periplasmático. PAREDE CELULAR MEMBRANA PLASMÁTICA Permeabilidade seletiva MEMBRANA PLASMÁTICA 1. Proteção 2. Transporte seletivo de nutrientes 3. Síntese de componentes da parede celular 4. Secreção de enzimas digestivas 5. Respiração celular ESTRUTURAS NÃO ESSENCIAIS Externas Superficiais CÁPSULA CÁPSULA • Camada que fica ligada à parede celular • É produzida pela própria bactéria • Função no hospedeiro: fator de virulência (impede a fagocitose) e facilita a aderência • Função no ambiente: Protege a bactéria contra a dessecação • Reservatório de água e nutrientes; • Aumento da capacidade invasiva de bactérias patogênicas FLAGELO •Função: motilidade •É mais comprido que a célula •Origina-se da membrana plasmática •O número de flagelos é bastante variável entre as bactérias. FÍMBRIAS •Freqüentes em Gram negativas •Mais fino e curto que os flagelos •Função: aderência da bactéria à célula recombinação genética (conjugação). Os Pili sexuais normalmente são mais longos que as fímbrias, havendo um ou dois por célula. Funções dos pili: ▪ Responsável pela formação da ponte citoplasmática que permite a transferência de informação genética durante o processo de conjugação. Pili sexuais PILI Internas citoplasmáticas: ESSENCIAIS NÃO ESSENCIAIS Nucleóide (DNA circular) Ribossomos Plasmídio Esporos ESTRUTURAS Internas citoplasmáticas: ESSENCIAIS ESTRUTURAS NUCLEÓIDE Nucleóide (área nuclear citoplasmática). Por serem organismos Procariontes as bactérias não possuem um núcleo delimitado por membrana nuclear ou carioteca. RIBOSSOMOS •Síntese protéica •Dividido em unidade 30S e 50S •Encontram-se dispersos no citoplasma Internas citoplasmáticas: NÃO ESSENCIAIS ESTRUTURAS Plasmídeo é um pequendo DNA extracromossômico, pois não se conecta ao cromossomo principal e replica-se independentemente. Principais funções dos plasmídeos: 1. Apresentar genes que conferem resistência a diversos antibióticos. 2. Apresentar genes responsáveis por síntese de toxinas. PLASMÍDEO PLASMÍDEO •Elementos genéticos extra cromossômicos •Replicação independe do DNA •Dispensáveis ao crescimento – Porém conferem vantagens
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