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Strongyloides stercoralis: Morfologia e Classificação Taxonômica

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13/09/2016
EstrongiloidíaseStrongyloides stercoralis
Reino: AnimaliaFilo: AschelminthesClasse: Classe: NematodaOrdem: RhabditoridaFamília: StrongyloididaeEspécie: Strongyloidesstercoralis
Classificação Taxônomica
13/09/2016
Há pelo menos 52 espécies descritas do nematódeo do gênero Strongyloides, no entanto, atualmente, somente duas delas são consideradas infectantes para os humanos: S. stercoralis e S. fuelleborn.S. stercoralis apresenta distribuição mundial, especialmente nas regiões tropicais, a maioria infectando mamíferos, entre eles cães, gatos e macacos.S. stercoralis foi descoberto pelo médico Louis A. Normand e descrito Arthur R. J. B. Bavay, em 1 876, enquanto trabalhavam juntos no Hospital Naval em Toulon, França. Seus pacientes eram soldados franceses que tinham voltado do serviço militar na Cochinchina (atual Vietnã) em cujas fezes diarreicas apresentavam formas larvárias do helminto.
AGENTE ETIOLÓGICO
• Possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada eposterior afilada. Mede de 0,8 a 1,2mm de comprimento por 0,05 a0,07mm de largura.• Apresenta cutícula fina e transparente, com finas estriações.• Aparelho digestivo simples, com boca contendo três lábios;• O esôfago, que é curto, tem aspecto rabditóide, pois se apresenta divididoem três porções sendo uma anterior, cilíndrica e alongada (corpo), umaintermediária, estreitada (istmo), e uma posterior, globulosa (bulbo), oanel nervoso contorna a parte estreitada um pouco adiante do bulbo;• O intestino é simples e de difícil observação devido a presença dos órgãosgenitais; terminando em ânus.• Aparelho genital é constituído de útero anfidelfo, contendo até 28 ovos,ovários, ovidutos e a vulva situada próxima ao meio do corpo.• Apresenta receptáculo seminal.
MORFOLOGIA Fêmea de vida livre ou Estercoral
13/09/2016
Fêmeas parasitas no epitélio do intestino humano
70-100 vermes= 1000 ovos/dia=larvas (assintomáticos)
• Possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente. • Mede 0,7mm de comprimento por 0,04mm de largura. • Boca com três lábios, esôfago tipo rabditóide, seguido de intestino terminando em cloaca. • Aparelho genital contendo testículos, vesícula seminal, canal deferente e canal ejaculador, que se abre na cloaca. • Apresenta dois pequenos espículos, auxiliares na cópula, que se deslocam sustentados por uma estrutura quitinizadadenominada gubemáculo. 
MORFOLOGIA Macho de vida livre
13/09/2016
• São elípticos, de parede fina e transparente, praticamente idênticos aos dos ancilostomídeos. • Os originários da fêmea parasita medem 0,05mm de comprimento por 0,03mm de largura e os da fêmea de vida livre são maiores, medindo 0,07mm de comprimento por 0,04mm de largura. • Excepcionalmente, os ovos podem ser observados nas fezes de indivíduos com diarréia grave ou após utilização de laxantes. 
Ovos MORFOLOGIA
• O esôfago, que é do tipo rabditóide, dá origem ao nome das larvas. As originárias das fêmeas parasita são praticamente indistinguíveis das originadas das fêmeas de vida livre. • Apresentam cutícula fina e hialina. • Medem 0,2 a 0,03mm de comprimento por 0,O 15 mm de largura. Apresentam mestíbulo bucal curto, cuja profundidade é sempre inferior ao diâmetro da larva, característica que a diferencia das larvas rabditóides de ancilostomídeos em que o vestíbulo bucal é alongado e sua profundidade é igual ao diâmetro do corpo (10~). • O intestino termina em ânus afastado da extremidade posterior. Apresentam primórdio genital nítido formado por um conjunto de células localizadas um pouco abaixo do meio do corpo. Essa característica também auxilia na diferenciação das larvas de ancilostomídeos que apresentam somente vestígio de primórdio genital. Terminam em cauda pontiaguda. • Visualizada a fresco, as larvas se mostram muito ágeis com movimentos ondulatórios. As larvas L1 ou L2 originadas da Fêmea parasita atingem o meio externo, sendo encontradas de uma a 25 larvas por grama de fezes. Nas formas disseminadas são encontradas na bile, no escarro, na urina, nos líquidos duodenal, pleural e cefalorraquiano (LCR).
MORFOLOGIA Larvas rabditóides
13/09/2016
• O esôfago, que é do tipo filarióide, dá origem ao nome das larvas. Este élongo, correspondendo a metade do comprimento da larva.• Cutícula fina e hialina.• Medem de 0,35 a 0,50mm de comprimento por 0,01 a 0,031nm de largura.Apresentam vestíbulo bucal curto e intestino terminando em ânus, umpouco distante da extremidade posterior. A porção anterior é ligeiramenteafilada e a posterior afina-se gradualmente terminando em duas pontas,conhecida com cauda entalhada, que a diferencia das larvas filarióides deancilostomídeos, que é pontiaguda.• Esta é a forma infectante do parasito (L3) capaz, portanto, de penetrarpela pele ou pelas mucosas; além de serem vistas no meio ambiente,também podem evoluir no interior do hospedeiro, ocasionando os casos deauto-infecção interna.
Larvas FilarióidesMORFOLOGIA
13/09/2016
Adultos e larvas de Strongyloides stercoralis
1 = cavidade bucal2 = anel nervoso3 = esôfago4 = intestino5 = primórdio genital6 = ânus7 = gônada masculina8 = espícula9 = cloaca10 = ovário11 = oviduto12= útero13 = vulva* = receptáculo seminal
Fêmea adulta partenogenética; parasita
Larva rabditóide
Larva filarióide
Fêmea adulta vida livre
Macho adultovida livre
500 µm
200 a 300 µm
13/09/2016
As Fêmeas partenogenéticas em seu hábitat normal localizam-se na parede do intestino, mergulhadas nas criptas da mucosa duodenal, principalmente nas glândulas de Lieberkühn e na porção superior do jejuno, onde fazem as posturas. Nas formas graves, são encontradas da porção pilórica do estômago até o intestino grosso.As larvas rabditóides eliminadas nas fezes do indivíduo parasitado podem seguir dois ciclos: o direto, ou partenogenético, e o indireto, sexuado ou de vida livre, ambos monoxênicos. 
HABITAT E CICLO BIOLÓGICO
CICLO BIOLÓGICO
Devido a constituição genética das fêmeaspartenogenéticas, parasitas que são triplóides (3n) e podemproduzir, simultaneamente, três tipos de ovos, dando origema três tipos de larvas rabditóides:1. larvas rabditóides triplóides (3n) que se tranformam emlarvas filarióides triplóides infectantes, completando ociclo direto;2. larvas rabditóides diplóides (2n) que originam as Fêmeasde vida livre;3. larvas rabditóides haplóides (ln) que evoluem para machode vida livre, estas duas últimas completam um cicloindireto
13/09/2016
A fase dos ciclos que se passa no solo exige condições semelhantes as doancilostomídeos: solo arenoso, umidade alta, temperatura entre 25 e 30°C eausência de luz solar direta
No ciclo direto as larvas rabditóides no solo ou sobre a pele da regiãoperineal, após 24 a 72 horas, se transformam em larvas filarióidesinfectantes.No ciclo indireto as larvas rabditóides sofrem quatro transformações nosolo e após 18 a 24 horas, produzem fêmeas e machos de vida livre.Os ovos originados do acasalamento das formas adultas de vida livre serãotriplóides, e as larvas rabditóides evoluem para larvas filarióides (3n)infectantes.As larvas filarióides não se alimentam e devido a ausência de bainha, sãomenos resistentes que as larvas filarióides dos ancilostomídeos, podendopermanecer no solo durante quatro semanas.
CICLO BIOLÓGICO
• Os ciclos direto e indireto se completam pela penetração ativa das larvas L3 na peleou mucosa oral, esofágica ou gástrica do hospedeiro.• Estas larvas secretam melanoproteases, que as auxiliam, tanto na penetraçãoquanto na migração através dos tecidos, que ocorre numa velocidade de 10cm porhora.• Algumas morrem no local, mas o ciclo continua pelas larvas que atingem a circulaçãovenosa e linfática e através destes vasos seguem para o coração e pulmões.• Chegam aos capilares pulmonares, onde se transformam em L4, atravessam amembrana alveolar e, através de migração pela árvore brônquica, chegam a faringe.• Podem ser expelidas pela expectoração, que provocam,ou serem deglutidas,atingindo o intestino delgado, onde se transformam em Fêmeas partenogenéticas.• Os ovos são depositados na mucosa intestinal e as larvas alcançam a luz intestinal.• O período pré-patente, isto é, o tempo decorrido desde a penetração da larvafilarióide na pele até que ela se tome adulta e comece a eliminar ovos larvados, eeclosão das larvas no intestino, é de aproximadamente 15 a 25 dias.
CICLO BIOLÓGICO
13/09/2016
CICLOBIOLÓGICO
Ciclo Biológico
Eventualmente ingestão
24h
desova!
13/09/2016
CICLOBIOLÓGICO
Patologia e Sintomatologia
- Lesões cutâneas- PulmõesHemorragiasPneumoniaSíndrome de Loeffler (eusinófilos)
- IntestinoLesões, HemorragiasInfecçõesPerfuração do intestinoObstrução
- Febre, Pneumonia- Diarréia- Dores abdominais- Eosinofilia- Emagrecimento e anemia 
13/09/2016
Manifestações cutâneas: placas ou pontos avermelhados no local da penetraçãoManifestações pulmonares: Síndrome de Löeffler, lesões avermelhadas Agravo Manifestações intestinais: diarréia, constipação, dores abdominais, perda de apetite, náuseas, vômitos, anemia, perda de peso, fraqueza, desidratação, irritabilidade
Eosinofilia: 15-40%
Patologia e Sintomatologia
Clínico: impreciso
Métodos parasitológicos ou diretos se fundamentam no encontro das formas evolutivas de S. stercoralis. Entre os métodos indiretos, destacam-se os imunológicos.
Testes imunológicos RID: 90% dos casosELISA e WB: alguns cruzados
Diagnóstico
13/09/2016
Exames de fezesPesquisa de larvas, em fezes sem conservantes, pelos métodos de Baermann-Moraes e de Rugai. Estes métodos se baseiam no hidro e termotropismo das larvas, necessitando de três a cinco amostras de fezes, colhidas em dias altemados, para confirmação da presença de larvas rabditóides.
CoproculturaMétodo de Looss (carvão vegetal), método de Brumpt (papel de filtro em placa de Petri), método de Harada & Mori (papel de filtro em tubos) e método de cultura em placa de ágar (fezes semeadas em ágar contendo extrato de carne, cloreto de sódio e peptona) podem ser utilizadas.A coprocultura é um método limitado pela demora na obtenção dos resultados (cinco a sete dias) e risco de infecção durante a manipulação de larvas infectantes.
Diagnóstico
Aparelho de Baermann
• Laboratorial: Pesquisa de larvas nas fezes (Ex. Pesquisa de larvas nas fezes (Ex. Baermann Baermann; ArakiKoga)
13/09/2016
• Secreções e outros líquidosPesquisa das formas evolutivas através de exame direto ou apóscentrifugação nas seguintes possibilidades, conforme o quadro clínico:broncopulmonar - exame de escarro e lavado broncopulmonar; duodenal -colhido por tubagem; urina; liquido pleural; líquido ascítico e LCR.• Endoscopia DigestivaVisualização da mucosa gastrointestinal, recomendada em pacientes cominfecção maciça e alterações duodenojejunais. Propicia a ampla visualizaçãodo aspecto da mucosa intestinal e a realização de biópsia em váriaslocalizações.• Biopsia intestinalRealizada no duodeno, jejuno e íleo• Esfregaços citológicosRealizados em esfregaços obtidos de aspirado gástrico e cervicovaginal,corados pela técnica de Papanicolaou ou por outras colorações citológicas.• HemogramaEosinofilos até 82%
Diagnóstico
Larva Strongyloides- fezes
13/09/2016
13/09/2016
Controle
- Saneamento básico
- Pés calçados
- Tratamento dos doentes 
- Homem como reservatório
Ivermectina: dose única de acordo com o peso corporal 
Albendazol: 400 mg/dia por 3 dias 
Tiabendazol: 25mg/kg/dia (5-7 dias); 10 mg/dia (30 dias); 50mg/kg, dose única
Cambendazol: 5mg/kg, dose única
Tratamento
13/09/2016
Strongyloides stercoralis
Epidemiologia
No Brasil, a estrongiloidíase é uma doença parasitária de grande importância em saúdepública, cujas taxas de infecção variam de acordo com a região estudada. Os estudosepidemiológicos realizados predominam na faixa etária de zero a 15 anos.

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