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revisão tec muscular

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Aluna: Caroline Luz
Matrícula: 0009660
Medicina – 1º período
HISTOLOGIA DE TECIDOS MUSCULARES
Como se dá o processo de contração muscular nos diferentes tipos de tecido muscular?
A contração é dada pelo deslizamento dos filamentos finos e grossos de actina e miosiona, respectivamente. 
Na contração muscular esquelética, é aumentada a sobreposição entre os filamentos e diminui o tamanho do sarcômero. A contração depende, diretamente, da disponibilidade dos íons de cálcio, esse é armazenado e regulado pelo retículo sarcoplasmático. 
O início acontece quando há a liberação de acetilcolina dá segmento a um processo de despolarização no neurônio motor, quando o sinal chega ao retículo, os canais de cálcio se abrem e se difundem indo atuar na troponina que possibilita a formação de pontes entre os filamentos de actina e de miosina. Quando a despolarização acaba, a membrana do retículo sarcoplasmático, por processo ativo (gasto de energia, quebra de ATP), transfere o íon cálcio para dentro das cisternas o que interrompe a atividade contrátil.
Se tratando da musculatura lisa, os filamentos de miosina se formam no momento da contração. Essas células contêm miosina II, que estão enrodilhadas. Assim, sob o comando do SNA, íons de cálcio migram do meio extracelular para o sarcoplasma e se combinam com moléculas de calmodulina, proteína com afinidade por esse íon, o complexo formado ativa a enzima cinase da cadeia leve da miosina II. Dessa forma, a enzima fosforila as mesmas moléculas que se distendem e deixam expostos os sítios com afinidade para a ATPase e se combinam com a actina. A referida combinação libera energia do ATPque promove a deformação da cabeça da miosina favorecendo o processo do deslizamento dos filamentos de actina e miosina um sobre o outro, dando, assim, origem á contração muscular.
Qual é a relação entre os sarcômeros e a contração muscular estriada? Como é realizada a regulação da interação entre actina e miosina?
As unidades de actina e miosina que se repetem ao longo da miofibrila são chamadas,sarcômeros. As faixas mais externas dos sarcômeros, claras, são denominadas de banda I e contêm apenas filamentos de actina. A faixa central mais escura é denominada banda A. As extremidades da banda A são formadas por filamentos de actina e miosina sobrepostos, enquanto a sua região mediana mais clara, denominada banda H, contém apenas miosina. As linhas Z constituem o ponto onde se originam os filamentos de actina. Os filamentos de miosina ficam intercalados com os de actina. Em ambos os lados dos filamentos de miosina existe um espaço. Essa é a conformação quando a célula muscular está relaxada. Na contração, o sarcômero encurta e as moléculas de miosina “encostam” nas linhas Z. Neste caso, a estriação típica modifica-se momentaneamente. Retornando ao estado de relaxamento.
A regulação é feita pelos componentes proteicos dos filamentos de actina: a troponina, complexo de 3 subunidades, tem grande afinidade pelo cálcio e a tropomiosina, ambas bloqueiam o local de interação entre a actina e a miosina. A contração somente será possível caso íons de cálcio sejam exportados dos retículos sarcoplasmáticos e façam uma ligação a troponina, sendo que esta movimenta os filamentos de tropomiosina, desbloqueando os sítios de ligação entre actina e miosina. 
Como diferenciar, morfologicamente, os três tipos de tecidos musculares?
Os tecidos musculares estriados apresentam estriações formadas pela alternância de bandas claras e escuras nos sarcômeros. O músculo esquelético é formado por células longas, cilíndricas e multinucleadas e contendo muitos filamentos de miofibrilas. Os núcleos são encontrados na periferia das fibras. O músculo estriado cardíaco é constituído por células alongadas e ramificadas que se prendem por junções intercelulares complexas, além dos discos intercalares. Também apresentam estriações transversais, porém se diferem quanto ao número de núcleos, que no cardíaco são observados apenas um ou dois núcleos centralmente localizados. No músculo liso é formado pela associação de células longas mais espessas no centro e afilando-se nas extremidades, com núcleo único, alongado e central.
Em um tecido muscular liso, a disposição das fibras musculares pode ser identificada em diferentes camadas. Sobre isso, identifique quais camadas musculares podem ser identificadas:
No esôfago
Mucosa: camada que reveste o interior do esôfago e se divide em:
Epitélio. Camada mais interna do esôfago, formada por células planas denominadas células escamosas. A maioria dos cânceres de esôfago se origina nesta camada.
Lâmina Própria. É uma fina camada de tecido conjuntivo sob o epitélio.
Muscularis Mucosa. É uma camada muito fina de músculo sob a lâmina própria.
Submucosa: é a camada do tecido conjuntivo logo abaixo da mucosa, que contém os vasos sanguíneos e os nervos. Em algumas partes do esôfago, esta camada também contém glândulas que secretam muco.
Muscularis Própria: esta camada de músculo se contrai de forma coordenada e rítmica para empurrar o alimento ao longo do esôfago da garganta para o estômago.
Adventícia: é a camada mais externa do esôfago, formada por um tecido conjuntivo.
No estômago
O estômago é revestido externamente por uma membrana serosa de origem peritoneal, que se prolonga em alguns pontos por pregas do peritônio. Essas pregas estendem-se em ligamentos que cooperam na sustentação do órgão.
Em seu interior, o estômago é forrado por uma mucosa pregueada, constituída por uma única camada de células epiteliais. Mesmo assim, esse revestimento é relativamente espesso, uma vez que as células que o formam são muito altas. Quando o estômago está vazio, as pregas dessa mucosa se acentuam uma vez cheio, elas desaparecem quase completamente. A função dessa camada é de proteger o estômago contra a ação ácida do suco gástrico, sem o que o estômago poderia digerir a si próprio, mas a proteção dessas células epiteliais não é apenas mecânica elas secretam continuamente um muco alcalino, que recobre as paredes internas do órgão e neutraliza parcialmente a ação do ácido clorídrico. Sob a mucosa, encontra-se uma segunda camada celular, a submucosa, formada por tecido conjuntivo frouxo. Abaixo da submucosa localiza-se uma espessa túnica muscular, com aproximadamente 4 milímetros de espessura. Essa capa de músculos lisos é formada por fibras musculares que se dispõem em sentido vertical, oblíquo e horizontal. No piloro e no cárdia, por exemplo, a disposição é predominantemente horizontal, formando um anel musculoso que determina o fechamento dessas válvulas, quando necessário. Finalmente, segue-se a camada externa, a membrana serosa, que continua nos ligamentos que unem o estômago aos órgãos vizinhos da região.
No intestino
A parede do intestino delgado consiste de quatro camadas: serosa, muscular própria, submucosa e mucosa.
A serosa é a camada mais externa do intestino delgado e consiste num peritônio visceral, uma única camada de células mesoepiteliais achatadas que circundam o jejunoíleo e a superfície anterior do duodeno.
A muscular própria consiste em duas camadas musculares, uma camada longitudinal externa e uma camada circular interna, mais espessa, de músculo liso. As células gangliona-res provenientes dos plexos mioentéricos (Auerbach) estão interpostas às camadas musculares e enviam fibras neurais para ambas as camadas, desta forma fornecendo uma continuidade elétrica entre as células de músculo liso e permitindo a condução através da camada muscular.
A submucosa consiste numa camada de tecido conjuntivo fibroelástico contendo vasos sangüíneos e nervos. Ela é o componente mais resistente da parede intestinal e, portanto, precisa ser incluída nas suturas anastomóticas. Ela contém redes elaboradas de linfáticos, arteríolas e vênulas e um extenso plexo de células ganglionares (plexo de Meissner). Os nervos provenientes das camadas musculares mucosas/submucosas são interconectados por pequenas fibras nervosas, e foram descritas conexões
cruzadas entre os elementos adrenérgicos e colinérgicos.
A mucosa pode ser dividida em três camadas: a muscular da mucosa, a lâmina própria e a camada epitelial. A muscular da mucosa é uma camada fina de músculo que separa a mucosa da submucosa.
A lâmina própria é uma camada de tecido conjuntivo entre as células epiteliais e a muscular da mucosa que contém uma variedade de células, incluindo plasmócitos, linfócitos, mastócitos, eosinófilos, macrófagos, fibroblastos, células musculares lisas e tecido conjuntivo não-celular.
A lâmina própria, a base na qual as células epiteliais se apoiam, atua como um papel protetor no intestino para combater os microorganismos que penetram no epitélio sobrejacente, secundariamente a um rico suprimento de células imunes. Os plasmócitos sintetizam ativamente as imunoglobulinas e outras células imunes na lâmina própria e liberam vários mediadores (ex., citocinas, metabólitos do ácido araquidônico e histaminas) que podem modular diversas funções celulares do epitélio sobrejacente.
A camada epitelial é uma bainha contínua de células epiteliais que cobrem os vilos e revestem as criptas. As principais funções do epitélio da cripta são a renovação celular e a secreção exócrina, endócrina, de água e de íons; as principais funções do epitélio viloso são a digestão e a absorção. Existem quatro tipos celulares principais na camada mucosa:
(1) as células em cálice, que secretam muco;
(2) as células de Paneth, que secretam lisozima, o fator de necrose tumoral (TNF) e as criptidinas, que são homólogas das defensinas dos leucócitos e supostamente estão relacionadas com o sistema de defesa do hospedeiro;
(3) os enterócitos absortivos;
(4) as células enteroendócrinas, das quais existem mais de 10 populações distintas que produzem os hormônios gastrintestinais.
Microscopicamente, a mucosa é projetada para uma área absortiva máxima com os vilos fazendo protrusão para dentro do lúmen. Os vilos são mais altos no duodeno distal e no jejuno proximal, e mais curtos no íleo distal. Os enterócitos absortivos representam o principal tipo celular na mucosa e são responsáveis pela digestão e absorção. As suas superfícies luminais são recobertas por microvilos que repousam sobre uma teia terminal. Os microvilos aumentam a capacidade absortiva em 30 vezes. Para aumentar ainda mais a absorção, os microvilos são recobertos por uma capa peluda de glicoproteínas, o glicocálix.

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