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ACIDENTE DE TRANSITO

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ACIDENTES DE TRANSITO
Com a chegada da maioridade (18 anos), o sonho de todo jovem é aprender a dirigir e tirar sua carteira de motorista.
Isso acontece porque dirigir proporciona a sensação de liberdade, tão desejada na fase da juventude, quando os jovens querem ser independentes, tomar suas decisões, não ficar mais sujeito às determinações de seus pais.
Para dirigir é necessário que o motorista seja responsável, que mantenha atitudes de respeito às leis envolvidas no trânsito, como: semáforos, faixa de pedestres, estacionamentos, limites de velocidade, sentido das ruas, além de ter que respeitar as pessoas que compartilham o mesmo direito, sendo pedestres, motoqueiros ou outros motoristas.
O grande problema do trânsito é a bebida alcoólica, que causa acidentes em grandes quantidades, pondo em risco a vida das pessoas. Em consequência disso, temos a atual lei que proíbe de dirigir aqueles que consumiram qualquer tipo de bebida com álcool.
Em poucos meses de implementação da Lei Seca – 11.705/2008, que modificou o Código de Trânsito Brasileiro, os índices de acidentes reduziram em proporções consideráveis, trazendo mais segurança para a população, diminuindo os casos de óbitos em até quase 70%, segundo o Instituto Médico Legal de São Paulo.
Segundo o Presidente da associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Flávio Adura, "A lei evita que, diariamente, 50 pessoas morram, que 300 fiquem feridas e que 120 fiquem com alguma seqüela. São 200 internações hospitalares a menos e uma economia diária estimada em R$ 45 milhões".
Além disso, dados do Ministério da Saúde apontam para os resgates do SAMU, Serviço de Atendimento Móvel de urgência, que comprovam que esses diminuíram cerca de 24%, desde a implantação da lei.
O fundamental é que crianças e jovens sejam educados dentro dessas medidas, numa visão de conscientização, a fim de tornarem-se melhores motoristas e cidadãos compromissados com a segurança.
Cerca de 90% dos acidentes de trânsito poderiam ser evitados com mudanças comportamentais
Acidentes de trânsito custam cerca de R$ 22 bilhões aos cofres públicos. Esses números podem ser reduzidos com conscientização e mudança de atitude
 Estudos apontam que cerca de 90% dos acidentes de trânsito são causados por falha humana e, portanto, poderiam ser evitados com mudanças comportamentais.
Entre as principais causas estão negligência (desatenção ou falta de cuidado ao realizar um ato), imprudência (má fé: velocidade excessiva, dirigir sob efeito de álcool, falar ao celular, desrespeitar sinalização, etc.), imperícia (falta de técnica ou de conhecimento para realizar uma ação de forma segura e adequada).
Outro número alarmante está relacionado aos custos dos acidentes para os cofres públicos. Estudo realizado há quatro anos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) avalia em cerca de R$ 22 bilhões, por ano, o custo econômico dos acidentes nas rodovias federais e estaduais.
Dirigir com segurança requer mais do que pura aptidão para operar um veículo motorizado, requer a adoção de uma atitude preventiva ou conduta segura. “Portanto, a grande maioria dos acidentes de trânsito pode ser evitada com uma simples mudança no comportamento de risco dos usuários da via pública, seja ele o condutor de um veículo, um ciclista, motociclista ou pedestre”, afirma o gerente de consultoria, Dennys Riper, do Centro de Prevenção de Acidentes (CEPA).
Um dos objetivos do módulo teórico dos treinamentos do Centro de Prevenção de Acidentes (CEPA) é conscientizar os participantes do papel que o motorista assume como protagonista nos acidentes de trânsito.
A velocidade e os acidentes de trânsito
A velocidade pode ser tanto um fator agravante quanto a causa determinante de um acidente de trânsito, pois quando um carro colide com um obstáculo, na realidade ocorrem três colisões: do carro, dos passageiros com o interior do carro e dos órgãos internos do ocupante contra a estrutura do seu corpo (esqueleto). Com isso, quanto maior a velocidade, maior o impacto, mais graves as consequências da colisão e maior a possibilidade de morte.
Além disso, a velocidade também aumenta a distância percorrida durante o tempo de percepção e reação, a distância de frenagem e de parada total do veículo, o que provoca a redução das chances do condutor evitar a colisão.
Quando um veículo se envolve em um acidente a velocidade excessiva também pode aumentar a deformação na estrutura do carro, reduzir o espaço interno da célula de sobrevivência, aumentar o contato do corpo dos ocupantes com as estruturas rígidas do veículo e entre os ocupantes.
Veja como a velocidade pode interferir na distância necessária para parar totalmente um carro:
	Velocidade
	Distância total de parada sobre pista de asfalto
	
	Piso seco
	Piso molhado
	50 km/h
	51 m
	62 m
	60 km/h
	65 m
	83 m
	100 km/h
	140 m
	201 m
	120 km/h
	188 m
	279 m
(Note que, ao dobrar a velocidade de circulação, a distância total de parada do veículo quase triplica.)
“Ainda existe no Brasil uma crença incorreta e generalizada de que o acidente de trânsito acontece porque ‘Deus assim quis’, ou seja, o acidente é uma fatalidade e nada pode ser feito para evitá-lo. Porém, como vimos anteriormente, isso não é verdade. A grande maioria dos acidentes de trânsito pode ser evitada. Uma vez consciente de sua responsabilidade o condutor pode e deve praticar uma condução segura e preventiva a fim de evitar os riscos presentes no trânsito”, diz Dennys Riper.
Velocidade e atropelamento
A gravidade dos atropelamentos mantém direta relação com as características físicas e com a dinâmica dos corpos em conflito. O fato de o impacto aumentar em proporção muito maior do que a velocidade, confere aos atropelamentos consequências particularmente severas em decorrência da vulnerabilidade de um corpo frente a um veículo.
O Departament for Transport Britânico* realizou um estudo que comprova a relação entre velocidade do veículo no impacto e gravidade das lesões:
• a 32km/h, 5% dos pedestres atingidos morrem, 65% sofrem lesões e 30% sobrevivem ilesos;
• a 48km/h, 45% morrem, 50% sofrem lesões e 5% sobrevivem ilesos;
• a 64km/h, 85% morrem e os 15% restantes sofrem algum tipo de lesão.
*Fonte: UK Department of Transport Traffic Advisory Leaflet 7/93 (TAU, 1993).
Fatores humanos de risco
Por Vias Seguras <info@vias-seguras.com>
O fator humano está presente em quase todos os acidentes de trânsito.
Os fatores humanos de risco são numerosos e cada um deles justificaria muitos comentários. Nesta etapa de implementação do portal, damos somente, a seguir, uma apresentação sumária dos principais. 
 Convém também mencionar que há diferentes níveis de fatores, por exemplo a sub-estimação do risco e a maneira em que isto vai se manifestar (excesso de velocidade, ultrapassagem, etc.). Poderia quase se falar de fatores primários e secundários. Eles estão mencionados a seguir nesta ordem.
 Sub-avaliação da probabilidade de acidente 
 Desatenção 
 Cansaço 
 Deficiências (visual, auditiva, motora) 
 Consumo de álcool 
 Consumo de droga 
 Excesso de velocidade 
 Desrespeito à distancia mínima entre veículos 
 Ultrapassagem indevida 
 Outras infrações de motoristas 
 Não-uso de cinto, de capacete, de proteção par criança 
 Imprudência de pedestres, de ciclistas, de motociclistas.
Cada fator descrito a seguir é uma pista para ações de prevenção.
Sub-avaliação da probabilidade de acidente A exposição desnecessária ao risco é uma tendência frequente, especialmente no caso dos condutores masculinos e também dos pedestres, ainda mais quando jovens: autoconfiança nos próprios reflexos, procura de sensações fortes, menor percepção do perigo.
Desatenção Uma longa viagem, um percurso cotidiano eternamente repetido, o uso do telefone celular, podem ter o mesmo resultado: uma desatenção ao que está acontecendo e a incapacidade a reagir de modo a evitar o acidente. Isto é considerado, junto com o cansaço do condutor, como a primeira causa de acidente
nas rodovias interurbanas.
Cansaço Um condutor cansado pode adormecer ou ficar sonolento, com capacidade de reação extremamente reduzida. É um fator conhecido, que deve dar lugar a regulamentações do tempo de trabalho dos condutores de caminhões e a recomendações a todos condutores quanto à frequência e a duração das paradas. Veja as informações sobre a campanha em curso, promovida por ABRAMET, com o título:  “O cansaço mata”.
Deficiências Pode ser lentidão: muitos pedestres atropelados são pessoas idosas. Pode ser uma deficiência visual: ma avaliação da distância ou da velocidade de um veículo se aproximando. Pode ser uma deficiência auditiva: para um pedestre, não percepção de um veiculo chegando por trás.
Consumo de álcool Efeitos negativos: euforia, com sensação de potência e superestimação das próprias capacidades, diminuição dos reflexos, estreitamento do campo visual, alteração da capacidade de avaliação das distâncias e das larguras, maior sensibilidade ao deslumbramento.
Consumo de droga Efeitos similares.
Excesso de velocidade A velocidade incide sobre a frequência e a gravidade dos acidentes. É fato comprovado que qualquer aumento da velocidade autorizada aumenta estes dois parâmetros. Por exemplo, no caso dos atropelamentos, os maiores causadores de vitimas fatais, a velocidade tem um papel determinante. Dela dependem os tempos de reação do motorista e do pedestre e, obviamente, a violência do choque. Se o tempo de reação do motorista for insuficiente para parar o carro e o tempo de reação do pedestre for insuficiente para chegar ao outro lado da rodovia, o acidente é quase inevitável. Qualquer travessia de zona urbana ou em curso de urbanização exige uma redução drástica da velocidade, salvo se houverem passarelas permitindo a travessia.
Desrespeito à distância entre veículos É um erro extremamente frequente e grave, presente na maioria das colisões traseiras, o tipo de acidente mais frequente na rede federal: 25% dos acidentes, 14% dos acidentes com feridos, 7% dos acidentes com mortos. Ficando próximo demais do veiculo que lhe precede, o motorista reduz o próprio tempo de reação, renunciando a qualquer possibilidade de evitar o acidente em caso de freada do veículo que vai à frente dele.
Ultrapassagem indevida A colisão frontal fica em segundo lugar na classificação dos tipos de acidentes com vítimas fatais e o abalroamento lateral de sentido oposto, que tem as mesmas causas, fica em quarto lugar. Juntos, eles são responsáveis por 23% dos acidentes com vítimas fatais.
Outras infrações de motoristas
Não-uso de cinto, de capacete, de proteção par criança. Grandes progressos foram feitos pelos construtores de veículos e, infelizmente, são pouco aproveitados para reduzir a gravidade e a frequência dos acidentes. O exemplo mais típico é o não uso do cinto no banco traseiro.

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