Buscar

PERÍCIAS-DE-ACIDENTES-DE-TRÂNSITO-2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
PERÍCIAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO 
 
1 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3 
CAUSAS DETERMINANTES NO ACIDENTE DE TRÂNSITO .................... 6 
FATORES RELACIONADOS AO HOMEM .................................................. 7 
FATORES RELACIONADOS AO VEÍCULO ................................................ 9 
FATORES RELACIONADOS AO MEIO ...................................................... 9 
ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS E DISCUSSÕES ........................... 10 
ESTUDOS DE ACIDENTES E BANCO DE DADOS .................................. 12 
PERÍCIA TÉCNICA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO .................................. 13 
ACIDENTES DE TRÂNSITO: QUESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA .... 14 
PERÍCIA PREVENTIVA VERSUS PERÍCIA REATIVA DE LOCAL DE 
ACIDENTE ........................................................................................................... 14 
PERÍCIA PREVENTIVA DE LOCAL DE ACIDENTE (PPLA) – PROPOSTAS 
E REFERÊNCIAS ................................................................................................. 15 
LEVANTAMENTO DE LOCAIS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO ............. 19 
TIPOS DE ACIDENTES ............................................................................. 21 
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS VEÍCULOS:............................................. 25 
DA CLASSIFICAÇÃO VIAS URBANAS ..................................................... 27 
DA CLASSIFICAÇÃO VIAS RURAIS ......................................................... 28 
VESTÍGIOS DECORRENTES DE ACIDENTES DE TRÂNSITO ............... 28 
INVESTIGAÇÃO E LEVANTAMENTO DE LOCAL DE ACIDENTE DE 
TRÂNSITO ........................................................................................................... 30 
ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE ACIDENTE DE 
TRÂNSITO ........................................................................................................... 30 
CRITÉRIOS PARA REQUISIÇÃO DE PERÍCIA ........................................ 33 
VESTÍGIOS NO LOCAL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO ........................... 36 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 38 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 39 
 
 
 
2 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
INTRODUÇÃO 
 
A sociedade brasileira, em função dos acidentes de trânsito, tem suportado nas 
últimas décadas um enorme custo social. Seja pelo impacto financeiro nos cofres 
públicos ou na economia, seja pelo sofrimento causado pela perda de entes queridos, 
ou pela incapacitação para o trabalho em função de lesões. O Brasil, além do grande 
avanço de 1997 com a edição do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), fez-se 
signatário, em 2010, da resolução ONU (ONU) que estabeleceu de 2011 até 2020 
como a “Década das Ações para a Segurança no Trânsito”. Avançou ainda editando 
o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS). 
Com estes destaques, fica claro o compromisso brasileiro para a redução das 
causas que fazem do trânsito um dos cinco mais violentos do Planeta Terra 
(Imprudência no Trânsito). 
Além destas medidas legislativas adotadas, diversas foram as ações 
praticadas pela sociedade. Ações no campo da educação para o trânsito, da 
engenharia, do meio ambiente, da sinalização de vias, do policiamento e fiscalização, 
e outras, e todas essas ações foram importantes para o salvamento de vidas e 
redução das lesões decorrentes de acidente de trânsito. 
AT (Acidente de Trânsito) tem sido uma preocupação mundial em razão do seu 
número considerado elevado a partir do avanço da indústria automobilística. No início 
do automobilismo, no final do século XIX, devido ao pequeno número de automóveis 
e às baixas velocidades desenvolvidas, os acidentes de trânsito eram raros, não 
provocavam danos de monta e sempre eram atribuídos à fatalidade ou à falha do 
motorista (IDPVAT, 2008). 
O desenvolvimento da indústria automobilística permitiu a fabricação de 
veículos mais velozes e em grande quantidade. Dessa forma, ao longo dos anos os 
acidentes passaram a acontecer com maior frequência e violência. O elevado número 
de AT fez com que a segurança viária passasse a ser uma das grandes preocupações 
mundiais (IDPVAT, 2008). 
 
4 
Apesar do esforço já dispendido, percebe-se um esgotamento da capacidade 
destas ações de continuarem contribuindo eficazmente para a redução da letalidade 
no trânsito. As estatísticas continuam mostrando o tamanho do desafio a ser 
enfrentado para que cheguemos a índices suportáveis de letalidade no trânsito, em 
se comparando com países da Europa, onde o índice médio de óbito no trânsito por 
100 mil habitantes é de 9,3 (RSV-Ambev). 
Basta verificar que, conforme dados da Organização Mundial da Saúde, OMS, 
entre 2009 e 2016, o total de óbitos no trânsito, no Brasil, subiu de 19 para 23,4 por 
100 mil habitantes. Caso sigamos esta tendência, não conseguiremos cumprir a meta 
da ONU de reduzir pela metade o número de mortes em acidentes de trânsito até 
2020, considerando os números de 2010 como referência. Tampouco seremos 
capazes de cumprir quaisquer metas audaciosas de redução da letalidade no trânsito, 
assumidas conforme o PNATRANS. 
Atualmente existem países que possuem as conhecidas autoestradas como na 
Alemanha, onde os veículos podem atingir uma velocidade de até 200 Km/h, no Brasil 
a velocidade máxima permitida, quando não houver sinalização regulamentadora no 
local, de acordo com o CTB é de 110Km/h em rodovias para os veículos: automóveis, 
caminhonetes e camionetas. A velocidade, elemento físico, é um fator preponderante 
em AT, e tem mudado consideravelmente a realidade dos casos de acidentes atuais, 
visto que a velocidade pode tornar os veículos e as pessoas mais frágeis (CTB, 1998). 
Na esteira desses acontecimentos se encontram os peritos criminais, agentes 
públicos, que atuam como auxiliares da Justiça nos levantamentos de locais de 
acidentes de trânsito, com o objetivo precípuo de determinar a dinâmica e estudar a 
causa determinante dos acidentes de trânsito, gerando ao final um laudo pericial, que 
chegará ao Juízo e então será avaliado pelo juiz dentro de processo criminal ou civil 
(ALMEIDA, 2015). 
Diversas outras personagens no enredo de um acidente de trânsito encontram-
se envolvidas. O delegado, o policial militar, os bombeiros, o policial civil, as 
testemunhas, promotores, advogados, assistentes técnicos, procuradores de Estado, 
defensores públicos e principalmente as partes envolvidas, que de certo modo tomam 
contato com o acidente de trânsito e a ele se ligam, cada qual conforme suas 
 
5 
necessidades ou sorte, para não dizer infortúnio, como no casodas vítimas 
(ALMEIDA, 2015). 
O laudo pericial é muito esperado por todos os envolvidos, uma vez que poderá 
dirimir as dúvidas, definir os culpados e os inocentes, e ajudar no andamento dos 
trâmites, desde o inquérito policial até o processo criminal ou civil. O inquérito policial 
é peça administrativa, devendo todo o rito de oitiva das testemunhas ser repetido no 
curso do processo. No entanto, o mesmo não se pode dizer do laudo pericial, que foi 
gerado a partir do local de acidente de trânsito, que não pode novamente ser repetido 
nas mesmas condições, ainda que seja uma reprodução simulada. Eis aí a 
importância da perícia criminal nos locais de acidentes de trânsito: perpetuar os 
vestígios ali existentes, documentar e atribuir juízo técnico de valor aos fatos com 
fundamentos científicos, servindo como prova nos processos judiciais (ALMEIDA, 
2015). 
Ao se analisar um acidente num contexto geral devemos ter como base alguns 
conhecimentos como as leis da mecânica, a inércia, força, massa, aceleração, a 
velocidade em planos inclinados, velocidades críticas em curva, atrito, deformações, 
efeitos de frenagem e suas relações com a geometria dos freios e outros elementos 
físicos. 
 
Figura 1 Acidente de Trânsito. Fonte: lucenatorres.jusbrasil.com.br 
 
 
 
 
6 
CAUSAS DETERMINANTES NO ACIDENTE DE TRÂNSITO 
Para a ABNT (CHAGAS 2011) acidente de trânsito é “Todo evento não 
premeditado de que resulte dano em veículo ou na sua carga e/ou lesões em pessoas 
e/ou animais, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias 
terrestres ou aéreas abertas ao público”. 
Antes de introduzir as principais causas dos AT deve ser apresentado alguns 
conceitos e definições. Essas causas podem estar relacionadas a diversos fatores 
contribuintes e aliadas às circunstâncias aleatórias. Isto torna ainda mais árdua a 
tarefa de escolher medidas realmente eficazes na redução de acidentes e de seus 
danos (CHAGAS 2011). 
 Segundo a legislação de trânsito vigente existem os seguintes tipos de 
veículos: automotores, ônibus elétrico, reboques, semirreboques, ciclomotores, 
motonetas, motocicletas, triciclos, quadriciclos, tratores de rodas e mistos, tratores de 
esteiras, utilitários, caminhões-trator e caminhões (CONTRAN - Resolução n. 14/98). 
São enumeráveis os tipos de AT, destacaremos os seguintes: colisões 
veiculares com obstáculo fixo, bi veiculares entre veículos semelhantes e diversos, 
com interceptações dentre outros. 
É imprescindível conhecermos o tipo de veículo que irá ser estudado, pois 
como veremos adiante a geometria do veículo influencia relevantemente nos 
aspectos do acidente. 
Outro fator importante na análise do acidente é quanto ao porte do veículo 
envolvido, sendo que eles podem ser de pequeno, médio ou grande porte. Os 
considerados de grande porte são os veículos de carga com peso bruto total (PBT) 
superior a 10 toneladas e veículos de passageiros com lotação igual ou superior a 20 
passageiros (CTB, 1998). 
Geralmente a análise de acidente de trânsito tem como principal objetivo 
encontrar as Causas Determinantes – segundo o Professor Marcos Henrique dos 
Santos, define-se causa determinante de AT, a que, se afastada, o acidente não 
ocorreria (Pantoja, 2004, pág. 65 e Santos, 2001). 
 
7 
Teoricamente as Causas Determinantes que vão indicar os fatores que 
influenciaram nos AT, podem ser: mediatas ou circunstanciais e imediatas ou diretas. 
As causas mediatas ou circunstanciais são de ordem subjetiva, portanto, via 
de regra, se torna impossível materializá-las. A fadiga, a distração, imperícia, 
negligência e outros fatores que ocorrem com o motorista e passageiros no interior 
do veículo e que podem levar a um acidente. 
As causas imediatas ou diretas são perfeitamente constatáveis, pois, existindo, 
ficam materializadas pelos vestígios produzidos. Estas podem estar relacionadas ao 
homem, a máquina ou ao meio (Pantoja, 2004, pág. 66). 
Para a PRF, o levantamento do sítio de acidente (espécie de perícia direta de 
local de acidente) consiste na obtenção dos dados necessários ao registro do boletim 
de acidente e/ou do laudo pericial. Tais registros serão utilizados nos estudos de 
prevenção de acidentes e, se for o caso, nas reproduções simuladas, atendendo às 
demandas legais (MPO-015). 
O que se observa, de forma geral, na produção doutrinária sobre a perícia em 
acidentes de trânsito (MPAT) é a diferenciação entre perícia direta com levantamento 
de local (local preservado) e perícia indireta (local desfeito, veículo fora do local do 
acidente ou análise de laudo e levantamento de terceiros), seja para proveito do 
direito penal, seja para proveito do direito civil, mas sempre de forma reativa, pós 
ocorrência do acidente, notadamente para atribuir responsabilidades, sem que o olhar 
pericial ou o laudo emitido, esteja sobre a causalidade do acidente, para prevenir 
novas ocorrências de mesma natureza, no mesmo local 
 
 FATORES RELACIONADOS AO HOMEM 
Entre as diversas causas podemos citar: imprudência dos condutores, excesso 
de velocidade, desrespeito à sinalização, ingestão de bebidas alcoólicas, 
ultrapassagens indevidas, má visibilidade (chuva, neblina, cerração, noite), falta de 
atenção, defeitos nas vias, falta de manutenção adequada dos veículos, distração 
interna do condutor (rádio, passageiro, celular, objetos soltos no interior do veículo), 
 
8 
ação evasiva inadequada, frente a um fator adverso (buraco, veículo parado, etc.), 
técnica inadequada ao dirigir veículo (não observar o retrovisor externo e esquerdo, 
por exemplo), avaliação errada de distância e velocidade de um outro veículo, tanto 
no mesmo sentido (andar na "cola") como em sentido contrário, falta de cortesia no 
trânsito, não obediência das normas de circulação e conduta (tanto para condutores 
como para pedestres), falta de conhecimento e obediência das leis de trânsito 
(condutores e pedestres), impunidade dos infratores, sensação de onipotência 
advinda do comportamento inadequado ao dirigir, falta de educação para o trânsito, 
travessia em locais perigosos e fora da faixa ou semáforo, sonolência, falta de 
descanso, drogas (remédios, psicotrópicos, tranquilizantes, etc) e fadiga (Portal do 
Trânsito, 1998 – 2008). 
A OMS considera que acidentes de trânsito são previsíveis e evitáveis, tendo 
como principal variável a ser analisada o comportamento humano, tendo em vista que 
90% dos acidentes são causados pelo fator humano (RSV-Ambev). 
Desrespeitar regras de trânsito tem tido resultado trágico: 3,4 mil óbitos diários 
no mundo. A OMS compila dados e boas práticas em 180 países, sendo fundamental 
na orientação dos esforços para elevar a segurança viária. A realidade apontada no 
seu levantamento põe em dúvida o cumprimento da meta, acordada pela ONU de 
reduzir pela metade, considerando as estatísticas de 2010, o total de óbitos no trânsito 
até 2020 (RSV-Ambev). 
 
Figura 2 Homem sonolento ao volante. Fonte: https://autopapo.com.br/noticia/mais-
de-40-dos-acidentes-de-transito-acontece-por-sonolencia-afirma-a-abramet/ 
 
9 
FATORES RELACIONADOS AO VEÍCULO 
As causas relacionadas à máquina (falha mecânica) são de difícil detecção em 
exames realizados no local, requerendo minucioso exame, a maioria das vezes 
somente possível após exames com desmonte do veículo em oficinas. 
A falha do sistema de freios ou pode ser atribuída também a um 
comportamento perigoso. 
Mesmo que comprovada a ruptura de determinada peça do sistema de 
segurança do veículo, deverá ser verificado se ocorreu antes ou depois do acidente 
(Pantoja, 2004, pág. 68). 
 
 
FATORES RELACIONADOS AO MEIO 
Existem diversos fatores dentre os quais podemos destacar: irregularidade da 
via, situação climática, visibilidade do local, condições de tráfego, entre outros. 
A irregularidade na pista poderá facilitar o sinistro, pois poderá diminuir o atrito 
o que poderá até influenciar noscálculos físicos, poderá causar muita vibração no 
veículo, é imprescindível a avaliação para solucionar o caso. 
Situação climática, quando diante de chuva é bom atentar para a pista 
escorregadia, pois teremos outro coeficiente de atrito para formular os cálculos físicos 
(Pantoja, 2004, pág. 69). 
 
10 
 
Figura 3 Buraco na via. Fonte: https://avozdacidade.com/wp/motoristas-denunciam-
buraco-na-via-sergio-braga-em-barra-mansa/ 
 
ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS E DISCUSSÕES 
Segundo dados da ONU a violência no trânsito não figurava entre as principais 
causas de óbito, em 2010, mas assumiu a 10ª colocação em 2015. A previsão, caso 
mudanças não sejam rapidamente implementadas, é um salto para o 7º lugar até 
2030 (RSV-Ambev). 
O ano de 2015 foi de extrema relevância para a segurança viária, pois foi 
aprovada internacionalmente a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, 
com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e um total de 169 metas, e foi 
anunciada a “Declaração de Brasília”, durante a Segunda Conferência Global de Alto 
As causas imediatas ou diretas são perfeitamente constatáveis, pois, existindo, ficam 
materializadas pelos vestígios produzidos. Estas podem estar relacionadas ao homem, 
a máquina ou ao meio (Pantoja, 2004, pág. 66). 
Acidente de trânsito é “Todo evento não premeditado de que resulte dano em veículo 
ou na sua carga e/ou lesões em pessoas e/ou animais, em que pelo menos uma das 
partes está em movimento nas vias terrestres ou aéreas abertas ao público”. 
LEMBRE-SE 
 
11 
Nível sobre Segurança no Trânsito. O encontro deu seguimento à Declaração de 
Moscou, documento emitido quatro anos antes, onde a ONU definiu a “Década de 
Ação pela Segurança no Trânsito 2011–2020”. Brasília recebeu representantes de 
120 países que apoiaram a elaboração de outro documento, reconhecendo a 
responsabilidade dos governos em prover condições básicas e serviços para garantir 
a segurança viária, bem como “buscar um mundo livre de mortes e lesões graves no 
trânsito”. A Declaração de Brasília destaca cerca de 30 medidas, como (RSV-Ambev): 
1. desenvolver e implementar planos nacionais sobre segurança no trânsito e 
aplicar legislação abrangente sobre os principais fatores de risco; 
2. incentivar a introdução de novas tecnologias de gestão do trânsito e de 
sistemas de transporte inteligentes; 
3. fomentar o financiamento para segurança no trânsito e para apoiar 
pesquisas e implementação de políticas em nível global, regional, nacional e local; 
4. Aprimorar qualidade da coleta sistemática de dados sobre ocorrência de 
eventos no trânsito. 
Já a OMS lançou, recentemente, um pacote técnico de intervenções 
prioritárias, denominado Save Lives, capazes de ajudar os países a atingir os 
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (RSV-Ambev). A ação sugere uma 
abordagem sistêmica, baseada nos principais fatores de risco e em possíveis 
intervenções a partir de uma perspectiva holística. 
De acordo com a OMS, a segurança viária é formada por seis componentes; 
1) Controle de Velocidade; 2) Liderança na segurança viária; 3) Design e melhoria da 
Infraestrutura; 4) Padrões de Segurança dos Veículos; 5) Execução da Lei e 6) 
Sobrevivência após a colisão; acrescidos de vinte e duas intervenções (RSV-Ambev). 
Dados obtidos via DPVAT mostram uma alta no número de mortes 
relacionadas ao trânsito no Brasil. Em 2017, foram pagas 41.151 indenizações por 
morte envolvendo veículos automotores, ante 33.547 indenizações pagas em 2016, 
alta de 23%, cessando uma sequência de cinco anos na queda da letalidade por 
acidentes de trânsito no país (Portal do Trânsito). 
 
12 
ESTUDOS DE ACIDENTES E BANCO DE DADOS 
Especificamente em relação à quarta medida destacada, conforme a 
Declaração de Brasília, qual seja: Aprimorar qualidade da coleta sistemática de dados 
sobre a ocorrência de eventos no trânsito; percebe-se que os bancos de dados de 
acidente de trânsito no Brasil, em geral, possuem deficiências severas. Estas 
deficiências trazem enorme preocupação para a aplicação do segundo componente 
do Pacote Save Lives, OMS, qual seja: Liderança na segurança viária, onde são 
apresentadas cinco propostas de “intervenções”, dentre estas: Avaliar o impacto das 
estratégias de segurança rodoviária e Monitorar a segurança rodoviária através do 
fortalecimento de sistemas de dados. 
Tais deficiências se revelam na qualidade dos dados e também na sua 
incompatibilidade por falta de uma padronização nacional, dificultando a comparação 
entre dados produzidos, por exemplo, pelo Ministério da Saúde (DATASUS), com os 
produzidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mais difícil ainda, é a comparação 
de dados de acidentes, quando os bancos de dados pertencem a entes federativos 
diversos. A figura 4 ilustra essa discrepância: 
 
Figura 4 Mortos em Acidentes de Trânsito. Fonte: Portal Vias Seguras 
Outra questão é, segundo a Associação Nacional de Pesquisa em Transporte 
(CHAGAS 2011), a falta de tradição do Brasil em estudos de acidentes. Estudos desta 
natureza, para que tenham verdadeiro valor científico, demandam a construção de 
bancos de dados igualmente confiáveis e a realização de pesquisas sobre as causas 
 
13 
de acidentes, bem como a identificação de pontos com grande incidência de 
acidentes (um verdadeiro: Mapa de Acidentalidade no Trânsito). 
Uma boa notícia veio recentemente do Ministério das Cidades, em agosto de 
2018, de que pretende agrupar, em uma única base de dados, informações de 
diferentes órgãos municipais, estaduais e federais sobre a segurança nas estradas 
brasileiras, numa parceria com o Instituto Tellus e a Companhia de Bebidas das 
Américas (Ambev) que ajudará disponibilizando algumas das metodologias a serem 
adotadas pelo levantamento (Portal do Trânsito). 
PERÍCIA TÉCNICA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO 
Devido ao elevado custo, a perícia de local de acidente tem sido realizada 
somente quando há ao menos uma vítima fatal, sendo que as informações disponíveis 
no momento do acidente sem vítima fatal (não periciado) portanto, dificilmente serão 
encontradas após a remoção dos veículos envolvidos. Daí a importância do agente 
responsável pelo registro da ocorrência, registrar ao menos os fatores que entende 
terem contribuído para o acidente, mesmo não sendo qualificado como perito de local 
de acidente de trânsito. 
Outra questão é que não há cruzamento dos dados obtidos por peritos 
criminais quando da perícia de local de acidente, com os registros (boletins) de 
acidente de trânsito feitos pelas polícias ostensivas (Polícias Militares e Rodoviária 
Federal) ou guardas municipais; reduzindo ainda mais a riqueza dos dados 
disponíveis nos bancos de dados. Os órgãos envolvidos fazem o registro, buscando 
dados relevantes para o cumprimento da sua tarefa institucional específica. 
As polícias militares e as guardas municipais, registram os dados em 
obediência as regras do DENATRAN, sem aprofundamento na causalidade do 
acidente, já que não são, como regra, responsáveis pela perícia do local de acidente. 
A PRF, por força do Decreto Presidencial n. 1655 de 1995, além do Regimento Interno 
PRF, RIPRF, (Portaria n. 6/2018 MJSP), tem competência legal para a realização da 
perícia de trânsito, mas, até este ano (2018), ainda não implementou tal atribuição 
legal em todas as suas unidades. 
 
14 
De um emaranhado de órgãos públicos, resultam diversos registros (além do 
Registro de Ocorrência, RO, nas delegacias de Polícia Civil), cujos dados não 
obedecem a uma padronização nacional, tampouco serão objeto de cruzamento de 
dados em um pretenso sistema unificado de registro nacional de acidentes de trânsito. 
ACIDENTES DE TRÂNSITO: QUESTÃO DE SEGURANÇA 
PÚBLICA 
O Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) assevera: violência no 
trânsito é também violência pública. O tema “violência no trânsito” requer respostas, 
tanto dos órgãos do Sistema Únicode Saúde (SUS), quanto dos órgãos que 
compõem o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). O Plano Nacional de 
Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), reportou relevantes 
atribuições à PRF para o sucesso das políticas públicas de redução da letalidade no 
trânsito nas rodovias federais, e nas demais vias Brasil afora. 
Ao analisar o Relatório de Gestão do Exercício de 2016 da PRF (Relatório de 
Gestão2016), verifica-se que está incluída, no Plano Estratégico, a implantação da 
perícia de acidentes. Neste contexto, este Artigo propõe que a perícia preventiva de 
local de acidente seja utilizada, nos três níveis da federação, como uma ferramenta 
eficaz para a redução da letalidade no trânsito. Notadamente a PRF, que possui 
competência legal e parte dos seus recursos humanos já qualificados para a perícia 
de acidentes de trânsito, deveria lançar mão dessa ferramenta para a redução da 
letalidade no trânsito. 
PERÍCIA PREVENTIVA VERSUS PERÍCIA REATIVA DE LOCAL 
DE ACIDENTE 
A perícia preventiva de local de acidente, objeto desse Artigo, é distinta da 
perícia reativa de local de acidente, utilizada pelas polícias civis (peritos criminais) ou 
pela PRF (peritos civis). A primeira tem por intuito analisar a causalidade acidentária 
a partir da identificação dos pontos de maior incidência de acidentes de trânsito. É 
produzida para gerar apontamentos de possíveis soluções a serem implementadas 
 
15 
no campo da engenharia, da sinalização de vias ou do policiamento e fiscalização, 
para evitar novas ocorrências acidentárias nos locais periciados; A segunda é 
realizada, pós ocorrência de um dado acidente de trânsito, ou por um perito criminal 
da Polícia Civil, para a busca de autoria e materialidade de um possível crime de 
trânsito ou por um perito civil (um policial rodoviário federal, por exemplo), que busca 
os dados sobre a causalidade e a monta dos danos decorrentes daquele evento em 
específico. 
PERÍCIA PREVENTIVA DE LOCAL DE ACIDENTE (PPLA) – 
PROPOSTAS E REFERÊNCIAS 
A perícia preventiva de local de acidente –PPLA- tem por escopo periciar locais 
de grande ocorrência de tipos específicos de acidente de trânsito, com o objetivo de 
prevenir outros acidentes de mesma natureza, contribuindo, de forma preventiva, para 
a redução da letalidade no trânsito. Já a perícia reativa de local de acidente tem por 
escopo periciar uma dada ocorrência de acidente de trânsito, para viabilizar a 
aplicação da justiça civil e/ou criminal. A perícia reativa torna-se viável reduzindo a 
sua atuação para os casos que envolvem óbito. Já a perícia preventiva se viabiliza 
por reduzir a sua atuação para os locais com alto índice de acidentes. 
Podemos então definir a perícia preventiva de local de acidente como: “O 
segmento especializado da perícia técnica civil, que faz uso das técnicas periciais em 
local sabidamente de grande incidência de tipos específicos de acidente de trânsito, 
no intuito de gerar laudo pericial indicativo seja das razões prováveis que concorreram 
para fazer daquele local um ponto de grande incidência acidentária, seja para 
evidenciar possíveis ações a serem implementadas para evitar, no todo ou em parte, 
que novos acidentes de trânsito venham a se dar no local periciado”. 
Para que se atinja o “estado da arte” com o uso da perícia preventiva de local 
de acidente, necessário é que metodologicamente sejam observadas as fases abaixo: 
• Identificação dos repositórios de informação: Como discutido anteriormente, 
são diversos os órgãos que podem ter registro de acidentes. É preciso identificar 
 
16 
esses órgãos e coletar as informações resolvendo os problemas de formatação e 
incompatibilidade de dados; 
• MAT - Mapa de acidentalidade no trânsito: a partir dos repositórios 
identificados, as informações devem ser correlacionadas identificando-se os tipos de 
acidente e sua localização. Isso permitirá a elaboração do mapa de acidentalidade 
correlacionando diversos parâmetros que poderão servir como elementos para a 
PPLA. Local, vítimas, custos, quantidade de acidentes, tipo de veículo, tipo de 
acidente, etc são parâmetros que podem ser identificados e correlacionados. Deverão 
ser utilizadas técnicas estatísticas para correlacionar os dados. Vários problemas 
relacionados a integração, semântica e confiabilidade dos dados poderão ser 
encontrados e devem ser equacionados para que esse mapa seja construído com 
confiabilidade; 
• Definição dos locais a serem periciados: A partir dos dados da fase anterior 
devem ser escolhidos os locais a serem periciados utilizando critérios apropriados a 
serem definidos a partir da fase anterior; 
• Realização da PPLA: Realizar a perícia nos pontos definidos na fase anterior, 
checando em cada local a correção das informações do MAT, emitindo laudo 
descrevendo as possíveis vertentes que concorreram para fazer daquele ponto um 
local crítico de ocorrência de acidente de trânsito e as possíveis soluções de 
engenharia, de policiamento e fiscalização, de educação para o trânsito e/ou outras, 
que possam reduzir ou eliminar os acidente; 
• Alimentação de um sistema de gestão da acidentalidade no trânsito (SIGAT) 
com as informações do MAT, com os laudos periciais de cada local crítico e a 
capacidade de realizar diagnósticos ou aconselhamento baseado em técnicas de 
inteligência artificial; 
• Emitir relatórios, sugestões ou determinações a partir de um Comitê de 
Gestão da Acidentalidade no Trânsito (COGAT) para inclusive acompanhar a 
implementação das ações propostas além de controle e análise dos resultados 
obtidos. 
 
17 
A metodologia de confecção do laudo de perícial da PPLA deve observar as 
peculiaridades da entidade pública com circunscrição sobre o local periciado, 
indicando soluções adequadas à competência de cada componente do sistema 
nacional de trânsito. Por exemplo, se o laudo de PPLA for produzido para a Polícia 
Rodoviária Federal, a indicação de ações a serem implementadas deverão privilegiar 
as soluções ligadas ao policiamento, à fiscalização ou à educação para o trânsito, já 
que as soluções afetas à intervenção de engenharia e sinalização na via são de 
competência do DNIT ou da ANTT, conforme o caso, valendo a mesma regra se o 
trabalho for realizado sob encomenda de entidade estadual ou municipal. 
O responsável pelos laudos de PPLA deve possuir qualificação específica, na 
área de engenharia, preferencialmente, com especialização em levantamento de local 
de acidente. 
O laudo da PPLA deve tecnicamente completo, abordando as variadas 
vertentes que concorrem para tornar aquele ponto um ponto crítico de determinado 
tipo de acidente, indicando possíveis soluções que potencialmente demandarão 
conhecimentos multidisciplinares para ações no campo da engenharia, da sinalização 
de trânsito, do policiamento e fiscalização, da educação para o trânsito e outras 
possíveis, adequadas à redução da letalidade no trânsito. O perito responsável pelo 
laudo de PPLA deve ter liberdade para indicar as melhores soluções para a solução 
dos problemas no local periciado. Já a entidade responsável pela encomenda do 
laudo de perícia preventiva, caso não seja a competente legal para parte ou para o 
todo das soluções indicadas no laudo, deve interagir com as entidades tematicamente 
responsáveis, em busca da solução de segurança viária necessária, dentro de uma 
verdadeira interação multiagências. 
De pouca valia serão os laudos de PPLA se não existir um sistema de gestão 
da acidentalidade no trânsito, capaz de armazenar e consolidar estes laudos e 
promover o acompanhamento sistemático das ações indicadas. Se efetivamente 
implementadas, qual o resultado obtido? Se não implementadas, por que não o foram 
ainda e por quem? 
O ideal é que esse sistema seja multiagências, para que, mesmo gerido por 
uma única agência pública (o CONTRAN, por exemplo), possa ser objeto de consulta 
 
18 
e inserção de dadospor parte de diversas agências tematicamente relacionadas ao 
trânsito e/ou segurança viária. 
Não se trata de um sistema que seja apenas um repositório de dados sobre 
acidentes de trânsito e suas causas, de acordo com os registros existentes e para 
atender requisitos legais. O Sistema Multiagências de Gestão da Acidentalidade no 
Trânsito vai além disto, para perseguir a aplicação do segundo componente do Pacote 
Save Lives, OMS: Liderança na segurança viária, onde destacamos duas das cinco 
propostas de “intervenções”, especialmente relacionadas ao proposto sistema: A) 
Avaliar o impacto das estratégias de segurança rodoviária e B) Monitorar a segurança 
rodoviária através do fortalecimento de sistemas de dados. 
Merecem destaque duas referências em que parte da metodologia da PPLA foi 
utilizada de forma eficaz. Essas iniciativas encontram-se detalhadas na referência 
(RSV-Ambev). 
A primeira referência, implementada em São Paulo, denominada “Movimento 
Paulista de Segurança no Trânsito”, tem a meta de reduzir a metade as vítimas fatais 
nos acidentes até 2020. Possui banco de dados de acidentes de trânsito de diversas 
fontes, permite identificar o perfil do caso, da vítima e da frota. Mapeia os óbitos em 
acidentes de trânsito no Estado e compila dados de 645 municípios, incluindo perfil 
do acidente, da vítima e localização geográfica. 
A segunda referência, lançado em agosto de 2016, o projeto Brasília Vida 
Segura é uma iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF) para diminuir o número 
de mortes no trânsito em 70% até 2020. Participam, também, a iniciativa privada e a 
sociedade civil organizada (CLP, 2018). Os resultados são animadores e Brasília 
superou em 40% a meta de 2017, de redução do número de mortes em acidentes de 
trânsito, estando perto de atingir a meta da ONU até 2020. O GDF realizou estudo 
analisando dados e mapeando locais mais frequentes de acidentes no DF. As ações 
adotadas envolvem um núcleo de engenharia trabalhando na adequação das vias, 
iluminação e sinalização; um núcleo de educação e comunicação e um terceiro 
núcleo, o de fiscalização, focado em pontos críticos com maior recorrência de 
acidentes. 
 
19 
LEVANTAMENTO DE LOCAIS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO 
O levantamento de dados e coleta de vestígios de um local de acidente de 
trânsito é de suma importância para o perfeito entendimento das condições em que 
ocorreu um acidente. O levantamento de local de acidente de trânsito para posterior 
redação do laudo pericial efetuado por perito é instrumento imprescindível nos 
processos judiciais envolvendo ocorrências dessa natureza, uma vez que a partir do 
trabalho inicial de levantamento é que resultará a definição da causa determinante 
para um acidente. 
Cabe ao perito responsável pelo levantamento um cuidado especial no uso dos 
termos técnicos referentes a esse tão importante procedimento, para que nos laudos 
periciais se evite ambiguidade de termos, termos inexistentes ou até mesmo ausência 
de dados que possam ser ignorados por não se conhecer a maneira adequada de se 
relatar. 
A seguir encontram-se os objetivos instruir ou servir de roteiro para 
levantamento de locais de acidente de trânsito e também servir de instrumento para 
posterior confecção do laudo pericial. 
Trânsito: é a utilização das vias (trajetos definidos) por pessoas, veículos e 
animais, isolados ou grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, 
estacionamento e operação de carga ou descarga. 
Tráfego: é o movimento de pedestres, veículos e animais sobre vias terrestres, 
considerando-se cada unidade individual. 
 
20 
Via: superfície por onde transitam 
veículos, pessoas e animais, compreendendo 
a pista, a calçada, o acostamento, ilha e 
canteiro central. São vias terrestres urbanas 
ou rurais as ruas, as avenidas, os 
logradouros, os caminhos, as passagens, as 
estradas e as rodovias, que tenham seu uso 
regulamentado pelo órgão ou entidade com 
circunscrição sobre elas. 
Pista: corresponde à parte da via 
normalmente utilizada para a circulação de 
veículos, possuindo elementos separadores 
(linha de bordo nas rodovias por exemplo) ou por diferença de nível em relação às 
calçadas, canteiros ou ilhas (meiofio por exemplo), assim chamada de pista de 
rolamento. 
Faixa de trânsito: cada um dos trechos carroçáveis de uma pista de rolamento. 
Unidade de tráfego: são assim considerados todos os veículos automotores 
(caminhões, automóveis, motocicletas, ônibus), os de tração animal (carroças), os de 
tração ou propulsão humana (bicicletas), pedestres, animais de porte arrebanhados 
ou montados. 
Acidente de trânsito: é qualquer acidente onde se acha envolvido uma ou mais 
unidades de tráfego onde pelo menos uma das unidades deve estar em movimento 
no momento do acidente, sendo que tal acidente deve ter ocorrido em via terrestre do 
qual resulte morte, lesões ou danos materiais. 
 
 
 
 
21 
TIPOS DE ACIDENTES 
Como já foi dito alguns tipos de acidentes nos capítulos anteriores, existe uma 
certa regularidade na maneira como os acidentes acontecem. Pode-se dessa forma 
dividir os acidentes da seguinte forma: 
Colisão - Podendo esta ainda ser dividida em: 
Colisão entre veículos: normalmente 
envolve dois ou mais veículos, estando 
incluso nesta modalidade de tipo de 
acidente aquele em que se envolve ciclista 
sobre a bicicleta. Nota: quando um ciclista 
se encontra empurrando sua bicicleta o 
mesmo é tratado como pedestre. 
Nota - Os acidentes envolvendo 
ciclistas devem ser tratados como colisão entre veículos caso o condutor da bicicleta 
esteja montado na bicicleta. Caso a pessoa envolvida no acidente esteja apenas 
empurrando a bicicleta, o acidente deve ser tratado como atropelamento. 
 
Atropelamento (Colisão veículo x corpo flácido): ocorre envolvendo veículo 
automotor (automóveis, motocicletas e caminhões) e um ou mais pedestres, podendo 
também ocorrer contra um animal (semoventes, cães, etc). 
 
 
22 
Choque Mecânico (Colisão veículo x obstáculo fixo): envolve pelo menos um 
veículo e um obstáculo fixo como poste, árvore, muro, parede ou guarda- corpo. 
Choque Mecânico (Colisão veículo x corpo rígido): envolve pelo menos um 
veículo e um corpo rígido não fixo (containeres de lixo, lixeiras, material de depósito 
no leito da via ou na margem dela), podendo ser o objeto atingido um outro veículo 
que se encontra estacionado. 
 
TOMBAMENTO - Nestes casos o 
veículo experimenta uma rotação de cerca de 
90 graus em torno de seu eixo longitudinal 
horizontal. 
CAPOTAMENTO - Nestes casos o 
veículo sofre um giro ou semi-giro em torno 
do seu eixo longitudinal ou do eixo-
transversal. O veículo capotado se encontra 
no local de acidente com o teto voltado para 
a superfície asfáltica. Pode ocorrer também 
situações em que o veículo sofreu tombamento ou capotamento e tenha voltado para 
sua posição convencional. Nesses casos o tombamento ou capotamento se evidencia 
pelos danos presentes no teto e nas laterais do veículo pelo contato com a superfície 
asfáltica ou de terra. 
ABALROAMENTO - O embate entre os dois veículos envolvidos no acidente 
ocorre com um veículo em movimento atingindo lateral x lateral de veículo que está 
parado. O termo é emprestado da área naval, cujo significado corresponde ao contato 
entre duas embarcações. 
 
23 
 
SAÍDA DE PISTA - O veículo sai da pista sem ter contato com outro veículo ou 
obstáculo além do meio-fio ou desnível da pista, podendo ocorrer também 
precipitação quando o veículo passa a desenvolver queda livre por ação da gravidade 
ao se desprender do leito da via para um precipício ou vale. 
É evidente que um acidente na maioria das vezes ocorre de forma complexa, 
podendo dentro de um mesmo acidente ocorrer diversas formas de colisões e de 
embates em uma sequência de fatos que cabe ao perito de local informar em uma 
sugestão de dinâmica provável. 
Outros importantes elementosdos levantamentos de locais de delitos de 
trânsito estão relacionados com as unidades veiculares. Na captação dos dados 
relacionados aos veículos cabe aqui uma descrição das partes constituintes dos 
veículos tipo automóveis. 
AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, 
com capacidade para até oito pessoas, excluindo-se o condutor. A identificação das 
regiões ou sede de impacto nos veículos deve ser feita considerando o gráfico abaixo, 
onde as siglas representam o seguinte: 
 
24 
 
 
Para a altura considere o seguinte: 
 
Quando se fizer necessário descrever ou posicionar sedes de impacto no 
veículo considerando a posição da referida sede de impacto em relação à altura do 
veículo deve-se considerar a seguinte nomenclatura: terço superior, terço médio e ter 
inferior. 
A nomenclatura utilizada acima pode ser usada para qualquer veículo. Veja as 
figuras abaixo, onde aparecem as localizações dos flancos de uma motocicleta. 
 
25 
 
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS VEÍCULOS: 
1. QUANTO À TRAÇÃO: automotor; elétrico; de propulsão humana; de tração 
humana; de tração animal; reboque ou semirreboque; 
Nota: A diferença entre reboque e semirreboque. 
Reboque corresponde a veículo sem propulsão própria, sendo este 
destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor, como por exemplo 
uma caminhonete que transporta um trailer. 
Semirreboque é um veículo sem propulsão própria com um ou mais eixos 
que se apoia na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de 
articulação, como por exemplo, carroceria de carga de caminhão trator. 
 
2. QUANTO À ESPÉCIE: 
 
A - DE PASSAGEIROS: automóvel, bicicleta, bonde, charretes, ciclomotor, 
motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, microônibus, reboque, 
semireboque, ônibus. 
Nota: A diferença entre motocicleta, motoneta e ciclomotor. 
Motocicleta veículo de duas rodas onde o condutor pilota montado. 
 
26 
Motoneta veículo de duas rodas onde o condutor pilota sentado. Ex: Honda 
Bizz. 
Ciclomotor se diferencia pela sua cilindrada, que não pode ser acima de 50 
cm3 e pela sua velocidade que não pode exceder a 50 km/h. 
 
B - DE CARGA: carroça, caminhão, caminhonete, carro de mão, motoneta, 
motocicleta, triciclo, quadriciclo, reboque ou semi-reboque. 
Nota: A diferença entre charrete e carroça. 
Charrete: de tração animal destinado a transporte somente de passageiros. 
Carroça: de tração animal destinado ao transporte de carga. 
 
C - MISTO: caminhonhete, camioneta, utilitários e outros. 
Nota: A diferença entre caminhonete e camioneta 
Caminhonete: possui compartimento de carga separado do espaço 
destinado ao transporte de passageiros (cabine). 
Camioneta: veículo que se particulariza por transportar carga e passageiros 
em um mesmo compartimento. Exemplo de camioneta é a Kombi da VW. 
Outra importante observação está relacionada às caminhonetes. Segundo 
o CTB, os veículos do tipo caminhonete com carga acima de 3700kg, 
adquirem o status de caminhões, ou seja, seu condutor deve ser habilitado 
com CNH letra C, e mais importante ainda é que na condição de caminhão 
as regras de circulação para essas caminhonetes devem ser as mesmas 
dos caminhões. 
 
D - DE COMPETIÇÃO 
 
E - DE TRAÇÃO: caminhão-trator, trator de esteira, trator misto, e trator de 
rodas. 
 
F - ESPECIAL: aqueles que sofrerão modificações em seu modelo de 
fábrica. 
 
 
27 
G - DE COLEÇÃO: veículo com 20 anos ou mais com as mesmas 
características de fábrica. 
 
3. QUANTO À CATEGORIA: 
OFICIAL: placas de identificação com letras pretas e fundo branco; 
PARTICULAR: placas de identificação com letras pretas e fundo cinza; DE 
ALUGUEL: placas de identificação com letras pretas e fundo vermelho; DE 
APRENDIZAGEM: placas de identificação com letras vermelhas em fundo 
branco. 
REPRESENTAÇÕES DIPLOMÁTICAS. 
 
DA CLASSIFICAÇÃO VIAS URBANAS 
VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO: são aquelas que não possuem cruzamentos 
diretos nem passagem direta para pedestres. O acesso é feito por pistas paralelas, 
as quais consentem a entrada na via já com uma velocidade compatível da via. 
Velocidade máxima permitida: 80 km/h. 
VIA ARTERIAL: via de ligação entre as regiões da cidade com cruzamento com 
vias secundárias normalmente controladas por semáforo. 
Velocidade máxima permitida: 60 km/h. 
VIA COLETORA: é via de trânsito localizada nos perímetros urbanos, que 
permite o acesso a vias de maior porte. 
Velocidade máxima permitida: 40 km/h. 
VIA LOCAL: é a via de trânsito, cujos cruzamentos, em geral não possuem 
semáforos, normalmente se localizam nos bairros nos setores residenciais. 
Velocidade máxima permitida: 30 km/h. 
 
 
28 
DA CLASSIFICAÇÃO VIAS RURAIS 
RODOVIAS: via rural pavimentada. 
Velocidade máxima permitida: 
- 110 km/h para automóveis e camionetas. 
- 90 km/h para ônibus e microônibus. 
- 80 km/h para os demais veículos. 
ESTRADAS: via rural não pavimentada. 
Velocidade máxima permitida: 60 km/h. 
Nota: As velocidades máximas referidas acima prevalecem somente onde não 
houver sinalização regulamentadora, devendo-se respeitar a sinalização das placas 
indicativas das velocidades máximas onde elas existirem independente das 
características da via. 
VESTÍGIOS DECORRENTES DE ACIDENTES DE TRÂNSITO 
Conhecidos os critérios para se identificar uma via e os seus elementos, a 
definição de sua velocidade máxima, os critérios para se classificar os veículos 
envolvidos em um acidente, a topografia dos veículos para a localização das sedes 
de impacto e os tipos de colisão mais comuns, passemos à definição dos vestígios 
relacionados aos acidentes de trânsito. 
FRENAGEM: consiste em marca pneumática impressa na superfície asfáltica, 
caracterizada pelo desprendimento de material dos pneumáticos devido ao 
aquecimento quando da aplicação dos freios no processo de parada dos veículos. 
Pode ocorrer em vias de terra batida, onde não se observa o desprendimento de 
material dos pneumáticos, mas fica evidente o revolvimento de terra no trecho em 
que o veículo percorreu no processo de desaceleração. Atualmente devido aos 
sistemas de freios do tipo ABS, a frenagem em superfície asfáltica, nos casos em que 
envolvem veículos com esses dispositivos não ficam tão evidentes. 
 
29 
DERRAPAGEM: consiste em marca pneumática impressa na superfície 
asfáltica, caracterizada pelo desprendimento de material dos pneumáticos devido ao 
aquecimento quando da aplicação dos freios no processo de parada dos veículos. A 
derrapagem se diferencia da frenagem pelo seguinte aspecto: quando da derrapagem 
o veículo se encontra sob ação de dois movimentos, sendo um na direção longitudinal 
da unidade veicular e outro movimento na direção transversal, o que resulta em 
movimento oblíquo. 
FRICÇÃO: a fricção se caracteriza por marcas de contato entre as partes 
metálicas de um veículo e uma superfície dura, asfalto ou concreto. 
SULCAGEM: a sulcagem é decorrente do contato violento entre as partes 
metálicas de uma unidade veicular e a superfície asfáltica ou de concreto, 
caracterizada pela retirada de parte da camada da superficial da pista. A sulcagem 
demarca na pista um sulco, bem característico o que a diferencia das marcas de 
fricção, pelo aspecto de sua maior violência no contato entre a unidade veicular e o 
trecho da via. 
FRAGMENTOS: peças desprendidas dos veículos quando de uma colisão. 
Diversos são os fragmentos encontrados em um local de acidente: fragmentos de 
vidro, partes de farol, para-choques, partes metálicas, fragmentos de partes plásticas 
entre outros. Definir as posições de tais fragmentos auxiliam na definição da trajetória 
dos veículos envolvidos, bem como são elementos que auxiliam no cálculo da 
velocidade dos veículos pela projeção dos fragmentos. 
LÍQUIDOS: após a colisão, devido aos danos, os veículos podem derramar 
óleo, combustível ou mesmo água, que ficam depositados na pista. Os vestígioscomo 
os líquidos auxiliam na definição da trajetória dos veículos envolvidos. 
MATERIAL ORGÂNICO: manchas de sangue, pêlos, desprendimento de pele 
e até mesmo ossos são encontrados em locais de acidentes de trânsito. Tais 
fragmentos, conforme os outros vestígios devem ser catalogados, identificados e 
localizados nos croquis quando do levantamento. Havendo necessidade, 
dependendo do tipo de acidente, tais vestígios devem ser coletados para posterior 
identificação da origem do material orgânico. 
 
30 
CARGAS: veículos que portam carga, após um acidente podem ter seu 
conteúdo espalhados pela pista ou ainda ter todo ou parte do conteúdo dentro do 
compartimento de carga. Em tais condições, a carga de um veículo é importante item 
de análise de um acidente, mas também deve ser elemento relevante quanto à 
segurança daqueles que estão envolvidos no levantamento do local. Cargas 
explosivas, tóxicas ou cargas instáveis são motivos para se redobrar os cuidados com 
a segurança. Cuidados que trataremos mais à frente. 
INVESTIGAÇÃO E LEVANTAMENTO DE LOCAL DE ACIDENTE 
DE TRÂNSITO 
O local de acidente de trânsito possui diversas peculiaridades. O levantamento 
dos dados deve ser feito em uma sequência lógica que permita ao responsável pelo 
levantamento criar uma rotina de trabalho, objetivando que o levantamento seja feito 
no menor tempo possível e com melhor qualidade. A sequência a seguir é uma 
sugestão que se deve procurar seguir para que se evitem transtornos, 
aborrecimentos, esquecimentos ou perdas de informações durante o levantamento 
do local. 
ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE ACIDENTE DE 
TRÂNSITO 
A equipe pericial, via de regra, chega ao local de acidente de trânsito depois 
que outras equipes policiais já chegaram ao local. Via de regra, primeiramente a 
Polícia Militar, em seguida equipes do Corpo de Bombeiros ou da Defesa Civil, 
posteriormente a Polícia Civil e por último a equipe da Perícia Oficial. Nas rodovias 
federais quem primeiro atende as ocorrências são os policiais rodoviários federais. 
Nessas condições é imprescindível primeiramente a preservação do local 
seguido de um bom isolamento. Preservar é manter o estado das coisas conforme foi 
encontrado. A simples presença da Polícia Civil ou Militar em um local de acidente de 
trânsito não é garantia da preservação do local. O trânsito de populares, a passagem 
de veículos, a parada de veículos com condutores curiosos na pista interferem 
 
31 
sobremaneira no local de acidente de trânsito, deslocando vestígios, apagando outros 
e criando também falsos vestígios, devido a sobreposição de marcas pneumáticos 
dos que passam pelo local. 
O responsável direto pela preservação do local é a autoridade policial 
(Delegado de Polícia) que deverá estar presente no local para que sejam feitas as 
devidas correções quanto ao isolamento. 
Antes do isolamento propriamente dito a viatura policial deve ser equipada com 
giroflex, pintada com faixas de tinta reflexiva. Deve estar equipada com cones, fitas 
zebradas, trenas, lanternas, inclinômetros e máquinas fotográficas para efetuar tal 
trabalho. Aconselhável também que o agente policial (investigador) esteja 
devidamente identificado no local com colete, portanto faixa reflexiva, indicando sua 
função e sua Delegacia de origem, uma vez que em locais dessa natureza há grande 
concentração de populares e o investigador pode ser confundido com aqueles, 
dificultando a comunicação entre os membros do local de acidente. Igualmente o 
Perito Criminal deve se identificar no local por meio de colete apropriado onde conste 
sua identificação e origem assim como faixas reflexivas. O isolamento do local de 
acidente de trânsito deve ser feito da seguinte forma: 
1. Percorra toda a pista para que se possa observar a extensão do acidente. 
O isolamento do local não deve se concentrar apenas na região onde os 
veículos se encontram em repouso. 
2. Caso se faça necessário posicione ou reposicione os cones de modo que 
a distância destes ao local do acidente permita que os veículos que 
transitem pela pista tenham condições de frear antes do local do acidente 
ou dele se desviar. O procedimento em questão deve ser praxe 
principalmente no período da noite quando as condições de visibilidade 
diminuem sensivelmente. Nas rodovias tal atenção deve ser redobrada, 
uma vez que os veículos trafegam com maior velocidade. Nos locais onde 
houver um fluxo muito grande de veículos se faz necessário pessoal de 
apoio (Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal ou Estadual) para o 
controle do trânsito evitando-se dessa forma novos acidentes. Em nenhum 
momento podemos nos esquecer que o perito de local concentra a atenção 
 
32 
no seu trabalho, o que por certo o deixa de certa forma desprotegido diante 
da possibilidade de novos acidentes em uma mesma via. 
3. Fragmentos diversos, tais como partes de pára-choques, de faróis, de 
latarias, entre outros, devem ser deixados na pista do modo como foram 
encontrados, ou seja, o isolamento deve compreender também os 
fragmentos decorrentes do acidente. 
4. Onde houver grande concentração de populares é aconselhável o uso de 
fitas zebradas para delimitar a área. Também nesses casos a presença de 
pessoal de apoio (PM, PRF e PRE) é de fundamental importância, ou seja, 
os policiais militares devem de preferência se manter no local durante os 
levantamentos. 
5. Nos locais onde existir a possibilidade de se fazer desvio, tal procedimento 
dever ser adotado, pois diminuí o fluxo de veículos pelo local aumentando 
dessa forma a segurança durante o trabalho. 
6. Importante item de segurança se relaciona às cargas dos veículos. Ao se 
aproximar de locais onde houver cargas voláteis ou inflamáveis a 
segurança deve ser redobrada. O levantamento só deve ter 
prosseguimento quando todas as condições de segurança forem 
asseguradas, como por exemplo: não se aproximar do local com cigarros, 
evitar inalar substâncias desconhecidas, evitar inalar fumaça, não percorrer 
o trecho do acidente transpondo escombros sem o devido calçado, evitar 
descer ribanceiras sem equipamentos adequados, evitar movimentar 
cargas que se encontram instáveis nos veículos. Quando se fizer 
necessário, deve-se acionar o Corpo de Bombeiros para movimento de 
cargas e proceder a limpeza do local. Tal procedimento é aconselhável 
também ao final dos levantamentos quando os fragmentos, deposição de 
óleos e combustíveis se encontram na pista sem sinalização. 
7. Nos casos onde houver cadáver ou cadáveres, se faz necessário que se 
evite o trânsito de pessoas pelo local. O isolamento deve ser feito de tal 
modo que os populares e curiosos se encontrem o mais distante possível. 
 
33 
Nota: Nos casos em que houver vítima e que esta tenha sido removida do local, 
a autoridade policial ou investigador deverá indicar a posição em que se encontrava 
a vítima em relação ao veículo e em relação à via. 
Importante tópico a ser discutido se relaciona à Lei N° 5.970, de 11 de maio de 
1973, que exclui da aplicação do disposto nos artigos 6º, inciso I, 64 e 169, do Código 
de Processo Penal, os casos de acidente de trânsito, e, dá outras providências: 
Art 1º Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que 
primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame 
do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos 
veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego. 
Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial 
lavrará boletim da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas que o 
presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias ao esclarecimento da 
verdade. 
CRITÉRIOS PARA REQUISIÇÃO DE PERÍCIA 
Estabelecido o isolamento conforme seqüência acima, a autoridade policial 
procederá, caso necessário, a requisição de perícia parao local de acidente trânsito 
seguindo o seguinte critério: 
1. Perícia de Acidentes com vítima fatal. Nos acidentes em que se observa a 
ocorrência de vítima fatal é indiscutível a necessidade da requisição para o 
referido local de acidente de trânsito. 
2. Perícia de Acidentes com vítima - lesão grave. Definir ou determinar se uma 
vítima sofreu lesões graves ou leves não é tarefa das mais fáceis para a 
autoridade policial que se encontra no local de acidente de trânsito, posto 
que tal avaliação de forma regular deve ser feita por um médico. Acrescido 
das condições de tumulto, engarrafamentos e presença de populares e 
curiosos a decisão por acionar a Perícia Criminal Oficial fica apertada, 
associado ao fato de em muitos casos a vítima ter sido socorrida e ter sido 
levada para o pronto atendimento. Nessas condições, entendemos que a 
 
34 
autoridade policial tem como ferramenta as informações das condições da 
vítima pelo pessoal de atendimento direto, as informações do Pronto 
Socorro, associadas ao relato de testemunhas no local do acidente e o vulto 
do acidente de trânsito propriamente. Verificadas todas essas informações, 
que levam a crer que a vítima se encontra em condições grave, entendemos 
que a autoridade policial deve requisitar a perícia de trânsito. 
3. Perícia de Acidentes envolvendo veículos viaturas oficiais. Os critérios de 
requisição de perícia onde se encontra envolvida viatura oficial é de 
conformidade a cada Estado, não existindo uma regulamentação geral. No 
Estado de Mato Grosso, conforme lei complementar estadual n° 210, de 
12/05/2005: Art. 1° - A Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de 
Mato Grosso ... tem as seguintes atribuições: inciso V realizar outras 
perícias ou serviços que necessitar a Administração Pública Estadual, no 
âmbito de ação da Perícia Oficial. Entendendo-se como viaturas oficiais os 
veículos identificados como sendo do Estado. Portanto, em Mato Grosso, a 
Perícia Criminal Oficial atende os acidentes de trânsito onde se encontram 
envolvidas as viaturas oficiais. 
Perícia de acidente de trânsito sem vítima, onde se encontra envolvida 
viatura oficial federal (União) é atribuição da Polícia Federal, conforme Art. 
144, parágrafo 1°, inciso I da Constituição Federal que trata das atribuições 
da Polícia Federal: “apurar infrações penais contra a ordem política e social 
ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas 
entidades autárquicas e empresas públicas...”. 
Nos locais onde devido às circunstâncias se fez necessário retirar os 
veículos dos locais onde efetivamente ocorreu o acidente, o exame pericial 
de local acidente de trânsito já não se faz possível (local inidôneo). A 
autoridade policial nessas condições poderá requisitar: 
4. Perícia de danos em veículo, caracterizando apenas crime contra o 
patrimônio. 
No entanto, caso se constate posteriormente que um local de acidente de 
trânsito, que foi desfeito, produziu vítima fatal ou com lesão grave, a 
 
35 
autoridade policial então poderá requisitar perícia oficial seguindo os 
seguintes critérios: 
5. Perícia de danos, constando histórico do veículo e do acidente em questão, 
com quesitos orientando o exame, como por exemplo: 
- existe impregnação de tinta de coloração diversa no veículo objeto de 
perícia?; 
- existe impregnação de sangue, pêlos ou de pele no veículo? Caso exista, 
identificar sua origem, se humano ou animal; 
- o veículo apresenta danos característicos de colisão com outro veículo?; 
- o veículo apresenta danos característicos de ter atropelado corpo flácido?; 
- efetuar levantamento de impressões papiloscópicas nos casos em que o 
veículo foi encontrado abandonado após um acidente; 
- levantar condições do veículo para se averiguar se este sofreu 
modificações recentes em sua lataria, pintura, vidros e de outros elementos 
constituintes pertinentes. 
Os quesitos sugeridos acima são apenas para nortear as requisições, posto 
que é sabido que cada caso de acidente de trânsito oferece um histórico e 
evidentemente deve ser tratado de forma particularizada, ou seja, com 
quesitos que sejam pertinentes ao caso (ocorrência) em questão. 
Nos casos de acidentes de trânsito onde não houver necessidade de perícia 
oficial no levantamento do local, o boletim de ocorrência e o relatório final será 
executado pela autoridade policial. 
 
 
 
 
 
 
36 
VESTÍGIOS NO LOCAL DE ACIDENTE DE TRÂNSITO 
Os vestígios comumente encontrados em um local de acidente são os 
seguintes: 
marcas pneumáticas de frenagem: produzidas pelos veículos que se 
encontram com os pneumáticos travados. 
marcas pneumáticas de derrapagem: produzidas quando o veículo se desloca 
em processo de rodagem, mas em curva, com deslocamento transversal, 
normalmente são mais largas que os pneus e mais escuras. 
marcas pneumáticas por rolamento: o veículo por movimentação de terra, por 
impressão em terra mole, por deposição de algum material define sua trajetória. 
fragmentos: peças desprendidas dos veículos quando de uma colisão. 
fricções: quando do contato de peças metálicas retira superficialmente 
pequena camada da superfície pavimentada. 
sulcagens: quando do contato de peças metálicas retira profundamente 
camada da superfície pavimentada. 
líquidos: derramamento de óleo, combustível e água na pista. 
Material orgânico : pêlo, pele, sangue. 
Destacamos: mais importante que catalogar os vestígios em um local de 
acidente de trânsito é fazer a correlação desses vestígios entre os veículos 
envolvidos, com as vítimas e com a via. Por exemplo, é fundamental definir no local 
a que veículo pertence determinada frenagem, a que veículo pertence um fragmento 
de farol, ou ainda, qual dos veículos envolvidos em um acidente teve contato com 
este ou aquele obstáculo da via. Por óbvio, tais definições só podem ser feitas no 
local do acidente. Não pode um perito a partir de fotografias ou a partir de lembranças 
do local fazer ilações quanto à dinâmica de um acidente se não tem elementos 
comprobatórios para tal. O princípio físico da ação e da reação pode ser aqui utilizado 
para lembrar que aquele toca também é tocado, e que a busca por vestígios em local 
de acidente de trânsito deve ser feita norteada por esse princípio. 
 
37 
Sítio de colisão: Dentro desse conjunto de vestígios que podemos encontrar 
em um local de acidente de trânsito necessariamente devemos destacar o sítio de 
colisão. Consiste o sítio de colisão em área na pista de rolamento, ou mesmo fora 
dela, onde ocorreu o contato ou impacto entre dois veículos ou entre um veículo e um 
ou mais pedestres. O sitio de colisão é um vestígio secundário, ou seja, a sua 
determinação é feita a partir de outros vestígios. A área onde se constata desvio 
abrupto de marcas de frenagem, áreas onde se observa superposição de marcas de 
frenagem, presença de marcas de fricção e sulcagens concentradas juntamente com 
marca de frenagem possuem elementos que auxiliam na determinação de um sítio de 
colisão. Desaconselhamos o uso do termo ponto de colisão, uma vez que 
entendemos ser impossível demarcar na pista o exato ponto onde houve uma colisão, 
sendo então a nomenclatura sítio de colisão como sendo a mais adequada, por tratar 
a região como sendo uma área onde houve a colisão. Podendo ainda ser demarcada 
na pista uma área de colisão com seu respectivo ponto central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A evolução histórica tem demonstrado a necessidade dos conhecimentos 
físicos relacionados com os AT, este vem se tornando cada vez mais complexo, desta 
forma, exigindo uma crescente especialização nesta área para soluções deste 
emergente problema. 
Os conhecimentos analisados mostraram de forma geral que cada AT exige 
um alto conhecimento de perícia física e cada caso específico depende de diversos 
fatores, entretanto existem algumas propriedadesfísicas que são comuns a todos. 
Observando os dados de mortes e lesões no trânsito no Brasil dos últimos 7 
anos desta década (2011 até 2020), resta evidente que, apesar da redução do 
número de acidentes de trânsito, houve o esgotamento das ações implantadas entre 
2011 e 2016 para a manutenção do ritmo mais acentuado de redução da letalidade 
no trânsito. 
Por isto é importante que os três setores da sociedade brasileira revisitem os 
manuais de boas práticas da Década para a Segurança no Trânsito, ONU, e 
estabeleçam ações que possam se somar àquelas já postas em prática, sem o quê 
não será possível, para a nação brasileira, o desejado alcance das metas de redução 
da violência no trânsito, estabelecidas conforme o PNATRANS. 
A PPLA - perícia preventiva de local de acidente, apresentada neste Artigo, a 
partir da identificação dos pontos com maior ocorrência de acidentes de trânsito, é 
potencialmente uma ferramenta eficaz, além de economicamente viável, para se 
somar às demais medidas implementadas, no intuito de contribuir para a redução dos 
índices de letalidade no trânsito. 
A Polícia Rodoviária Federal deve exercer papel de destaque na implantação, 
em todo o Brasil, da perícia de trânsito, nos seus aspectos preventivos (locais de 
grande incidência de acidente de trânsito) e reativos (local do acidente de trânsito 
com vítima), fomentando as mesmas boas práticas (perícia de trânsito) por parte dos 
diversos órgãos e entidades afetos ao trânsito e à segurança viária, notadamente nas 
polícias militares e guardas municipais. 
 
39 
 REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, L. L. Manual de Perícias em Acidentes de Trânsito. 2ª Edição. 
Jan. 2015. 
BASTOS, C. A. M.; PEREIRA, M. L. A. Perícia Preventiva de Local de 
Acidente: Uma ação inovadora e eficaz para a redução da letalidade no trânsito. In: 
II CISD Congresso Internacional de Segurança e Defesa, 2018, Salvador. Anais do II 
Congresso Internacional de Segurança e Defesa, 2018. v. 1. p. 1-33. 
CHAGAS, DM. Estudo sobre fatores contribuintes de acidentes de trânsito 
urbano. 2011. Dissertação de Mestrado em Engenharia. Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, Brasil. CLP & Brasília Vida Segura, 2018. Disponível em: 
<http://www.clp.org.br/Show/CLP-e-parceiros-lancam-projeto-de-seguranca-viaria--
BrasiliaVida-Segura-?=CmsJw4q8DQni01D06Hg7/A 
CLP & Brasília Vida Segura, 2018. Disponível em: 
<http://www.clp.org.br/Show/CLP-e-parceiros-lancam-projeto-de-seguranca-viaria--
BrasiliaVida-Segura-?=CmsJw4q8DQni01D06Hg7/A 
CTB, Código de Trânsito Brasileiro, Brasília 1998. 
CTB, Código de Trânsito Brasileiro Lei n° 9503 de 23 de setembro de 1997. 
Disponível em: 
<https://www.sinaldetransito.com.br/artigos/levantamento_do_local_de_acidentes.pd
f> 
CONTRAN, Conselho Nacional de Trânsito, resoluções, Brasília, 1998. 
Disponível em: < http://www.denatran.org.br/resoluçõescontran >. 
LUCENA, L. Sofreu um acidente de carro? Saiba o que deve ser feito! 
JUSBRASIL. Disponível em: lucenatorres.jusbrasil.com.br 
IDPVAT, Instituto Brasileiro de Defesa das Vítimas de Acidentes de 
Trânsito, Acidentes de Trânsito, 2008. Disponível em: < http://www.idpvat.org.br/ >. 
Imprudência no Trânsito, Doutor Multas. Disponível em: 
<https://doutormultas.com.br/imprudencias-transito> 
 
40 
MAIS DE 40% DOS ACIDENTES DE TRÂSITO ACONTECEM POR 
SONOLÊNCIA, AFIRMA A ABRAMET. AUTOPAPO, 2019. Disponível em: 
https://autopapo.com.br/noticia/mais-de-40-dos-acidentes-de-transito-acontece-por-
sonolencia-afirma-a-abramet/ 
MOTORISTAS DENUNCIAM BURACO NA VILA SÉRGIO BRAGA, EM 
BARRA MANSA. A Voz da Cidade, 2020 Disponível em: 
https://avozdacidade.com/wp/motoristas-denunciam-buraco-na-via-sergio-braga-em-
barra-mansa/ 
MPAT. Manual de Perícias em Acidentes de Trânsito. 2ª Edição. Disponível 
em: 
<http://www.millenniumeditora.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=243
1&so=Nor mal> 
MPO-015 Atendimento de Acidentes – PRF – V2 – 2015. Disponível em: 
<http://www. 
consultaesic.cgu.gov.br/busca/dados/Lists/Pedido/Attachments/432155/RESPOSTA
_PEDIDO_ MPO%20015%20-%20Atendimento%20de%20Acidentes.pdf> 
ONU. Resolução n. 2 de 2009. Disponível em: <www.vias-seguras.com/ 
content/download/2560/.../Década_11-20_PropostaBrasil.pdf> 
PANTOJA, Helvio de Oliveira. Acidentes de Tráfego. Curso de formação de 
Perito Criminal, DPTC/PCRO, 2004. 
PNATRANS. Lei 13.614/2018. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Ato2015-2018/2018/Lei/L13614.htm> 
Portal do Trânsito. Disponível em: 
<http://portaldotransito.com.br/noticias/informacoes-sobreacidentes-de-transito-
poderao-ter-base-unica/> 
Portal Vias Seguras. Disponível em: http://vias-
seguras.com/os_acidentes/estatisticas/estatisticas_nacionais> 
 
41 
Portaria n. 6 de 2018, MJSP. Disponível em: 
<http://www.lex.com.br/legis_27599144_ 
PORTARIA_N_6_DE_4_DE_JANEIRO_DE_2018.aspx> 
RSV-Ambev. Relatório de Segurança Viária: O Futuro em Jogo. Disponível 
em: <https://www.ambev.com.br/conteudo/uploads/2017/09/Retrato-da-
Seguran%C3%A7aVi%C3%A1ria_Ambev_2017.pdf> 
Relatório de Gestão do Exercício de 2016/PRF. Disponível em: 
<http://www.justica.gov.br/ Acesso/auditorias/arquivos_auditoria/policia-rodoviaria-
federal/sede-e-superintendenciasconsolidados/prf-2016-relatoriogestao-p-1.pdf> 
Relatório de Segurança Viária: O Futuro em Jogo. Disponível em: 
<https://www.ambev. com.br/conteudo/uploads/2017/09/Retrato-da-
Seguran%C3%A7aVi%C3%A1ria_Ambev_2017.pdf> 
SANTOS, J. G.SILVEIRA, L. B.; DINIZ, J. B.. Perícia física de acidente de 
trânsito. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura Plena 
em Física) - Fundação Universidade Federal de Rondônia.

Continue navegando