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Aula 1.1 - Antihipertensivos

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FARMACOLOGIA 2 – Prof. Marcos Ferraz Paula Gouvêa (5º período – 2012.2) 
Aula 01 (08/08/2012) – FARMACOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 Farmacologia é risco X benefício. Todo medicamento traz um risco para o paciente. 
RISCOS ACEITÁVEIS – probabilidade de que um efeito ou dano seja tolerado por um organismo. Ou seja, 
que o benefício real trazido pelo uso da substância seja maior do que o risco. 
 E para a grávida, qual é o medicamento mais seguro? NENHUM! Mas às vezes a grávida 
apresenta um quadro que necessita de medicação; nesse caso, faz-se a medicação conhecendo o risco: 
RISCO NA GRAVIDEZ (FDA) 
Risco A – É O MELHOR RISCO! Não há evidências de risco em mulheres (estudos bem controlados não 
revelaram problemas no 1º trimestre de gravidez e não há evidências de problemas nos 2º e 3º 
trimestres). Exemplo: anos e anos fazendo ALDOMET® para a mãe hipertensa não há evidência de risco; 
AMOXICILINA®, AMOXIL®. 
Risco B – Não há estudos adequados em mulheres (em experimentos animais não foram demonstrados 
riscos). Porém, não posso afirmar que se, mesmo o medicamento tendo sido testado em animais 
grávidos e não ter dado problema, ao se dar o remédio à uma mulher grávida, esta esteja totalmente 
fora de risco. 
Risco C – Não há estudos adequados em mulheres (em experimentos animais ocorreram alguns efeitos 
adversos para o feto). O benefício potencial do produto pode justificar o risco potencial durante a 
gravidez. Pode-se fazer esse medicamento que deu problema em cobaias grávidas para mulheres 
grávidas? Posso, desde que se avalie a relação risco benefício. 
Risco D – Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício potencial justificar o risco 
potencial, em situações de risco de vida ou em casos de doenças graves para as quais não se possa 
utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes. Pode dar esse remédio para mulher 
grávida? Posso, desde que o benefício seja maior. 
Risco X – Estudos revelaram anormalidades no feto ou evidências de risco para o feto. Os riscos durante 
a gravidez suplantam os potenciais benefícios. Não usar em hipótese alguma. NENHUM BENEFÍCIO 
COMPENSA O QUE O FÁRMACO FAZ COM A MÃE DO BEBÊ! Exemplos: inibidores da ECA, talidomida, 
lítio. 
 Como se chega à conclusão que um medicamento funciona para determinada doença? A 
farmacologia/a terapêutica é baseada em evidência clínica, e aí tem vários níveis de evidências: 
• EVIDÊNCIA PESSOAL (COMUNICAÇÃO PESSOAL) – NÍVEL DE EVIDÊNCIA 1: é o mais fraco nível de 
evidência. Mesmo que quem comunique que algum fármaco recém descoberto seja um médico muito 
renomado não deve-se testar o fármaco assim de primeira. 
• NÍVEL DE EVIDÊNCIA 2 – quando um fármaco é descoberto e, sem testes prévios, é mostrado em um 
congresso. 
• NÍVEL DE EVIDÊNCIA 3 – quando um fármaco recém descoberto começa a passar por estudos em 
vários casos, havendo boa resposta ao medicamento. 
• NÍVEL DE EVIDÊNCIA 4 – o fármaco começa a passar por estudo randomizado/duplo-cego, onde, por 
exemplo, 3.000 pcts com glaucoma estão sendo tratados com medicação tradicional, 1.500 com o novo 
medicamento, sendo que o pct que está tomando o novo medicamento não sabe que o está tomando, 
tirando o efeito placebo/efeito da expectativa. O estudo randomizado mostra que o medicamento novo 
apresenta uma evolução melhor. 
• NÍVEL DE EVIDÊNCIA 5 – vários estudos randomizados, onde outros médicos, de outros países, passam 
a usar o novo medicamento. Mas, mesmo assim, um fármaco novo no mais alto nível de evidência pode 
apresentar problemas, uma vez que o estudo foi feito em 3.000, e quando aplicado a uma população de 
3 milhões de pessoas, outros sintomas começam a aparecer. 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
FÁRMACOS ANTIHIPERTENSIVOS 
Pressão = Débito cardíaco X Resistência Vascular Periférica 
Pressão = Força/Área (medida em Pascal, mmHg) 
 Hipertensão Arterial é quando a pressão sistólica é maior ou igual a 140 mmHg e a pressão 
diastólica é maior ou igual a 90 mmHg. A HAS não mata de uma vez só, ela vai matando aos poucos. 
Segundo a definição de livro: “É uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial, 
assintomática (na grande maioria dos casos) que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos 
mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores (o sistema cardiovascular como um todo), levando a um 
aumento da tensão sanguínea nos vasos, capaz de comprometer a irrigação tecidual e provocar danos 
aos órgãos por eles irrigados.” – HAS leva ao comprometimento da perfusão no tecido, lesando-o; HAS 
leva a lesão em órgão alto. Por isso, que mesmo o pct não reclamando de sintoma algum, quando se 
fizer o diagnóstico, deve-se tratar essa HAS. 
Curiosamente, 90% dos casos de HAS são de origem familiar/genética/essencial/primária, e os 
outros 10% são de origem secundária, sendo elas: 
 → Doença do parênquima renal 
→ Doença renovascular 
→ Feocromocitoma 
→ Síndrome de Cushing 
→ Hiperaldosteronismo primário 
→ Coarctação da aorta 
→ Drogas: exemplos Coristina D®, Sorine® , Naldecon® , Benegripe® . 
OBS: Por que o Sorine® (descongestionante) aumenta a HAS? O que faz o descongestionante nasal? O 
descongestionante nasal é agonista alfa 1, estando ele no vaso; alfa 1 ativado, ativa PTN Gq, ativa 
cascata do IP3 e DAG, aumenta o cálcio no citosol, aumenta cálcio no músculo, há a contração → 
VASOCONSTRIÇÃO. 
→ Fármacos que aumentam a PA 
• Anticongestivos 
• Anoréxicos 
• Antiinflamatórios não esteroides 
• Anticonceptivos orais 
• Tratamento com hormônio tireoideo 
• Consumo recente de álcool 
- Disfunção erétil causada por Sorine®??? A contração da arteríola peniana não permite a ereção do 
pênis no momento do ato sexual. Mas como o Sorine®, sendo intranasal, possuindo absorção sistêmica 
baixa, consegue influenciar na contração da arteríola peniana? Quanto maior a quantidade usada de 
Sorine® ou Nasocort®, mais se ativa o receptor (cronicamente), ficando esse receptor tolerante ao 
fármaco, e este fármaco vai provocar o aumento da pressão devido à contração das arteríolas. 
- Remédio para emagrecer também aumenta a pressão, devido à presença de anfetamina, sibutramina, 
hormônio da tireoide, TUDO ISSO AUMENTA A ATIVAÇÃO DO SISTEMA SIMPÁTICO. 
- AINES também aumenta a pressão: os AINES inibem a COX, inibindo a COX não há a formação de PGE2 
e PGI2. A PGE2 e PGI2 dilatam a arteríola renal. Uma pessoa que tome Cataflan® cronicamente vai fazer 
uma vasoconstrição renal; quem faz uso crônico de antiinflamatório, além de uma possível úlcera, vai 
ter problema renal, e a PA vai subir. 
- Anticoncepcional também aumenta a PA: anticoncepcional contém estrogênio (etinilestradiol, 
normalmente) e progesterona. Mas por que essas substâncias aumentam a pressão? Algumas 
progesteronas têm efeito andrógeno e alguns efeitos mineralocorticoides, o que vai reter sódio e água, 
mas não é só isso. O estrogênio é um poderoso indutor hepático, o que vai aumentar a atividade do CIP 
(citocromo P – é o sistema microssomal hepático, ele faz reações de fase 1 da biotransformação), isso 
vai aumentar a metabolização do medicamento que for tomado (aumento da eficiência da 
metabolização do medicamento). Só que o estrogênio não aumenta só o CIP, ele aumenta também a 
produção hepática de zimogênio (zimogênios produzidos pelo fígado e jogados na circulação sistêmica: 
angiotensinogênio, fibrinogênio, etc). Mulher que toma anticoncepcional produz mais 
angiotensinogênio do que a mulher que não toma; se uma mulher tem mais angiotensinogênio no 
sangue, o que acontece quando se ativar o SRAA? Vai haver maior produção de angiotensina II, havendo 
mais vasoconstrição, há mais liberação de aldosterona, o que vai reter mais sódio e água. Quanto maiscara uma pílula, menos hormônios, maior a segurança. O efeito de uso de anticoncepcional oral é maior 
do que o anticoncepcional injetável porque tudo o que entra por via oral, vai passar pelo fígado, por isso 
que o oral tem um impacto maior, mas dependendo da dose e da sensibilidade da mulher, qualquer um 
é bom. 
- Consumo recente de etanol aumenta a PA: quando se vai aferir a PA e percebe-se que o paciente 
consumiu etanol recentemente, solicita-se que este retorne depois porque não vamos saber se esse pct 
é hipertenso porque consumiu álcool ou porque ele é realmente hipertenso. Se pct beber sempre, vai 
estar hipertenso sempre porque bebe sempre. 
� ENDOTÉLIO: 
O endotélio não é um pavimento, o endotélio é uma “usina química”, o endotélio regula a PA. Isso 
porque ele joga no sangue substâncias que promovem vasoconstrição e outras que provocam 
vasodilatação: 
- Substâncias que estimulam a agregação plaquetária e, portanto fazem a hemostasia sanguínea; 
- Substância anti-agregantes; 
- Substâncias que aumentam a proliferação celular de miócitos, por exemplo. 
 
 Numa pessoal saudável, há um equilíbrio entre essas substâncias, mas em determinados pcts, o 
mesmo endotélio vai produzir mais substâncias de contração, proliferação e trombose do que o 
contrário. Então, um desequilíbrio no endotélio leva a um ↑ do risco cardiovascular, ↑ PA, ↑ risco de 
trombo, e alguns fatores fazem isso: HAS, diabetes, dislipidemia (mal perfil lipídico = HDL↓ e LDL↑, 
coleterol ↓), fumante (a]vo ou passivo), poluição/fumaça, tudo isso provoca DISFUNÇÃO ENDOTELIAL. 
O curioso é que a disfunção endotelial aparece em pcts que tenham coincidência de sintomas, que 
constituem uma síndrome, por exemplo, pct que é hipertenso, dislipidêmico e diabético (ou faz algum 
grau de resistência a insulina); essa tríade compõe a SÍNDROME METABÓLICA, e esse pct vai o ter o 
endotélio trabalhando contra ele. Mas por que o endotélio trabalha contra a pessoa? O problema não é 
o endotélio, o problema está em seus antecedentes familiares: 
 
- Em uma situação de emergência, o nosso corpo prepara a gente para a “guerra”, como por exemplo, 
em caso de hemorragia, permitindo que o organismo aumente a coagulação e a pressão. Antigamente 
os hábitos permitiam que nosso organismo estivesse melhor preparado para situações de emergência, 
diferentemente dos dias de hoje em que muitos de nosso hábitos mudaram. 
 
 30% das mortes ocorridas no país são devidas às doenças cardiovasculares. Pcts internados 
devido à doença cardiovascular é devido à insuficiência cardíaca (maioria), AVC, DAC, crise hipertensiva, 
angina estável, IAM. A HAS é a causa de todas essas doenças, logo se tratar da PA evita-se um grande 
número de mortes, um grande número de internações. Um fato que se deve levar em conta é que mais 
da metade dos pacientes hipertenso desconhecem que possuem HAS. 
� CLASSIFICAÇÃO DOS HIPERTENSOS: 
 
 No jovem a pressão diastólica tende a aumentar e no idoso a pressão sistólica tende a 
aumentar. É comum encontrar um idoso com pressão sistólica na faixa limite, mas isso seria normal. 
 Não se deve levar em conta somente o número/valor da PA! Se o pct é hipertenso e não 
controla vai acabar tendo AVC, IAM, doença renal, gangrena, amputação, disfunção erétil. Além do nível 
tensional, verifica-se o estágio que está à lesão do órgão alvo! 
→ CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DOS ÓRGÃOS-ALVOS: 
• Pct não tem lesão → BOM: ESTÁGIO I 
• Pct com hipertrofia do VE, retinianas com estenose, microalbuminúria (saída de PTN na urina, o que 
não é comum, é sinal de que já há lesão renal), creatinina está alta (função renal está baixa), evidência 
de placa aterosclerótica (a placa ainda não está totalmente “formada”, só será vista essa placa, por 
exemplo, no teste de esforço)→ prognós]co piorou: ESTÁGIO II 
Exemplo: Pct chega ao consultório do urologista queixando-se de disfunção erétil. O médico ao fazer o 
exame físico, encaminha o pct para o cardiologista. Por que o urologista encaminhou o pct para o 
cardiologista? 
Pct apresenta placa ateromatosa na coronária subendocárdica, provocando uma estenose, o que↓ 
fluxo sanguíneo, o que leva a uma ↓ de O2 naquela região do miocárdio. Isso vai aumentar a demanda, 
pct faz uma isquemia e aí vai sentir dor → Angina Pectoris. A placa rompe, forma um trombo, levando à 
necrose daquela região, necrosando aquela parte do miocárdio → IAM. por que formou-se placa logo na 
coronária? Tal pct não tem placa só na coronária, o pct apresenta placa ateromatosa pelo corpo todo. 
FOI ISSO QUE O UROLOGISTA DESCOBRIU: na artéria peniana também há uma placa de ateroma, se há 
uma redução do fluxo sanguíneo pela artéria peniana, o corpo cavernoso fica desprovido de fluxo 
sanguíneo na hora do ato sexual, por isso que o homem não tem ereção suficiente para começar ou 
Faixa Limite 
manter o ato sexual. Hoje em dia, disfunção erétil em paciente adulto jovem é sinal de risco 
cardiovascular!!! 
• Pct com sintoma de angina, pct com IC: ESTÁGIO III 
� FATORES DE RISCO PARA A HAS: 
1) Idade: a PA aumenta com a idade 
2) Sexo: gênero sexual. Antigamente os homens eram mais predispostos, mas hoje em dia é tudo 
igual. Jovem com PAD alta e idoso com PAS alta. 
3) Etnia: em afrodescendente a prevalência é maior; em MULHER afrodescendente a prevalência 
é maior ainda. 
4) Fator socioeconômico baixo: HAS não escolhe nível econômico, mas se pct tem nível 
socioeconômico baixo, ele não vai ao médico. 
5) Sal: não há nenhum caso de hipertensão entre os índios Yanomami, pois eles não consomem 
sal. 
6) Obesidade 
7) Álcool: ↑ consumo de etanol leva ao ↑ PA 
8) Sedentarismo 
9) Outros: fumante, dislipidêmico, diabético, antedecentes familiares (genético), fármacos 
(descongestionate, AINES, anticoncepcional, anfetamina,etc) 
 
 
- Pct com risco baixo pode-se tratar sem medicação, só mudando o estilo de vida; 
- Pct com risco médio já vai fazer uso de medicação, mas a medicação não vai funcionar se o pct não 
mudar o estilo de vida. 
Exemplo: Pct com HAS leve a moderada, com risco médio. Vou dar a medicação e se a PA dele não ficar 
menor do que 140 mmHg, estou enganando ele. PARA CADA TIPO DE PACIENTE TEM-SE UMA META A 
SER CUMPIRDA PARA QUE HAJA, REALMENTE O TRATAMENTO DO MESMO, PARA QUE HAJA A 
PROTEÇÃO DO PCT CONTRA AS CONSEQUÊNCIAS DA HAS: 
 
- Pct pré-hipertenso, mas o risco é alto, sua PA deve estar menor do que 130 por 85 mmHg. 
- Pct hipertenso qualquer nível, mas é nefropata com proteinúria maior que 1g/L. PA desse pct deve 
ficar menor do que 120 por 75 mmHg. 
 A mistura de PA↑, disfunção do endotélio e ↑LDL e ↓HDL leva a formação da placa de 
ateroma. Se a placa calcificar, ela não vai romper, mas haverá uma estenose, o que vai contribuir para 
aumentar a PA; o problema é que quando a placa rompe forma um trombo, deixando exposto no 
sangue o fator de Von Willebrand; e se está fora do sangue a via extrínseca é ativada, e esse fator de 
Von Willebrand é uma cascata de proteólise,onde no final o fibrinogênio (que na mulher que toma pílula 
está em maior concentração no sangue) se transforma em fibrina. 
OBS: IAM SEM SUPRA ou ANGINA INSTÁVEL? Só tem um jeito de saber se é angina ou IAM: vendo se 
tem marcador de necrose. 
• TROMBO TRANSMURAL = obstrução total. Quando o trombo faz uma obstrução total, a necrose é de 
parede; quando for feito um ECG, o segmento ST desnivela para cima, e é isso que se chama de supra 
desnivelamento de segmento ST/ supra de ST. 
• TROMBO NÃO TRANSMURAL = não houve necrose, há uma isquemia, DOR (é uma emergência), logo é 
uma angina instável. Mas isquemia uma hora começa a dar necrose. Se tem necrose, essa necrose vai 
começar aonde? Ela vai começar na parte dedentro do coração, e se a necrose é na parte de dentro, 
quando se faz o ECG, o segmento ST não vai desnivelar para cima = IAM SEM SUPRA. Quando faz-se 
eletro e não se vê supra se ST, não pode-se dizer que não houve IAM, quem vai dizer se houve ou não 
IAM é o marcador de necrose. 
� TRATAMENTO DA HAS: 
OBJETIVO: 
 → Reduzir DC 
 → Reduzir volemia 
 → Reduzir RVP 
 E como se faz para reduzir esses 3 itens? 
1º) Tratamento não farmacológico: mudança do estilo de vida de forma permanente 
2º) Tratamento farmacológico: fármacos antihipertensivos e fármacos que reduzem o RCV 
� TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: 
→ Controle do estresse do paciente através da psicoterapia, praticando exercícios físicos, ansiolíticos 
(Benzodiazepínicos, Buspirona) 
**Exemplo: Pct internado devido a HAS, já está fazendo uso de 5 remédios e a PA não baixa. Médico 
então faz uso de Rivotril® ou Lexotan® ou Alcadil® e a PA então baixa. Era estresse. 
→ Perda ponderal: quanto mais massa corporal, maior o tônus simpático; sendo assim o pct com HAS 
deve perder peso. Pct deve comer menos, pois quanto mais se come, mais insulina se libera, e quanto 
mais insulina, mais tolerante vai se tornando o receptor; além disso, essa insulina em excesso estimula a 
reabsorção de sódio no túbulo renal (juntou sódio, junta água → aumenta volume, o que vai ↑ PA). 
→ Prática de exercícios dinâmicos regulares (= saúde): pelo menos 3x na semana, 30min por dia. A 
prática de exercício promove a redução do estresse, a transformação de massa gorda em massa magra e 
o aumento do peptídeo natriurético atrial (PNA – células atriais jogam no sangue um peptídeo que joga 
sódio para fora, inibe a liberação de renina e faz vasodilatação). 
→ Diminuição do consumo de álcool: o álcool pode ser bom quando consumido em doses pequenas, 
pois ele é vasodilatador e é calmante (doses pequenas: reduz risco de coronariopatia; efeito ansiolítico). 
Consumo de álcool em pequenas doses = 30g/dia para homens e 15g/dia para as mulheres (30 g/dia = 2 
latas cerveja de 350 ml; 2 dose destilado de 50 ml; 1 taça de vinho de 300 ml). O consumo de álcool em 
doses elevadas passa a fazer vasoconstrição, o que aumenta o risco de IAM e AVC. 
→ Dieta: 
1) Restrição ao sódio: sódio saudável = 6g/dia 
OBS: a concentração de sal que temos em nosso corpo é a de 0,9g %. Se uma pessoa consumir 9g de sal 
ou mais, ela vai reter 1L de água ou mais, isso significa que essa pessoa fez um pico hipertensivo, a sorte 
dessa pessoa é se ela for jovem e saudável, pois possui rins que funcionam muito bem e trabalharam 
muito para jogar a água toda para fora; mas se for uma pessoa idosa, esse consumo de sal excessivo irá 
levar o pct para o hospital com crise hipertensiva, já que esse pct não possui rins que funcionam tão 
bem para compensar esse consumo excessivo de sal. 
***A nossa fisiologia é programada para reter o máximo de sódio que puder e excretar o máximo de 
potássio que puder. 
2) Diminuição do colesterol e gorduras saturadas 
→ Abandono ao tabagismo: o cigarro é indutor do P450, logo, para quem fuma a dose da medicação 
deve ser maior (medicamento vai ser metabolizado mais rápido, pois cigarro induziu o P450), pois quem 
fuma tem um fígado acelerado. Além disso, o cigarro também aumenta a atividade simpática e provoca 
disfunção endotelial (endotélio equilibra vasodilatação e vasoconstrição, mas a disfunção aumenta o 
lado de vasoconstrição, trombose e proliferação). 
→ Moderar a cafeína: o café aumenta o tônus simpático. Há relatos de mulheres que fazem uso de 
pílula e ao tomar café a PA aumenta (nível de evidência 1) e quando tira o café a PA↓. 
� MECANISMOS FISIOLÓGICOS: 
 Ao administrar uma medicação e esta medicação vai provocar uma série de reações no 
organismo, de forma que se torna complicado tratar a HAS com muitos medicamentos. 
O que acontece no controle da PA e por que o controle da PA é tão firme? 
 
 
1º) Mecanismo do REFLEXO BARORECEPTOR: tem-se um sangue com fração de ejeção alta devido à 
HAS. Quando esse sangue chega aos barorreceptores, localizados nos seios aórticos e carotídeos, irá 
ativar esse barorreceptor. O barorreceptor é um neurônio, logo vai se ativar um neurônio que vai 
conduzir, através do axônio, um impulso até a célula alvo localizada no núcleo do tracto solitário (tronco 
encefálico). O NTS é um centro de controle do vaso que vai provocar a ativação do vaso: o vaso vai 
jogar, via receptor M2, ACH no coração, e isso vai ativar PTN Gi e essa vai reduzir o AMP cíclico, vai 
ativar corrente de potássio, o potássio vaza e a célula hiperpolariza, fechando o canal de cálcio; com a 
concentração de cálcio diminuída no nodo sinusal ocorre uma BRADISINUSAL; diminuindo cálcio no 
NAV, diminui a condução atrioventricular. Só que ao mesmo tempo em que o NTS ativa o vaso, ele 
desliga o centro vasomotor, que é o centro simpático, o que vai reduzir o tônus simpático. Então, no que 
a PA aumentou, o vaso foi ativado e vai ocorrer muita redução do sistema simpático, visando à redução 
da PA. A partir do momento que PA ↓, vou deixar de ativar o barorreceptor, e quando isso acontece, eu 
também vou deixar de ativar o núcleo do tracto solitário, vou deixar de ativar o vaso e vou desinibir o 
simpático. Agora, se a PA↓, vou a]var o sistema simpá]co e vou a]var NOR no coração e essa NOR vai 
ativar receptor beta, que está acoplado a PTN Gs → a]va Adenilciclase → gera AMP cíclico → a]va Ptn 
PKA → insere fosfato no canal de cálcio → abertura do canal de cálcio, promovendo um fluxo de cálcio 
no nodo sinusal e isso vai promover TAQUISINUSAL; do mesmo modo aumenta fluxo de cálcio no NAV, o 
que vai promover uma aceleração atrioventricular (dromotropismo positivo), mas também vai aumentar 
o cálcio no cardiomiócito e isso vai aumentar a contratilidade do miocárdio; sendo assim, estou 
aumentando frequência, contração e condução AV, e com isso vou aumentar o DC. 
Mas quando acontecer a descarga simpática, vai ter NOR no vaso também. NOR vai ativar alfa 1, 
gerando vasoconstrição de vaso capacitância e vaso resistência, sendo que a resistência ocorrer a nível 
das arteríolas (ativação de alfa 1 pela NOR → aumento da pós carga → aumento da resistência → ↑PA). 
Mas também tem alfa 1 em vaso capacitância, ocorrendo VENOCONSTRIÇÃO, o que vai aumentar a pré-
carga → ↑RV → ↑ Pressão Diastólica Final. No que há um aumento da PADFinal, há um maior 
estiramento da fibra cardíaca e, segundo Frank e Starling, quando há um maior estiramento da fibra, 
ocorre uma maior contração (Lei de Frank e Starling), e se aumenta a contração, aumenta o débito 
sistólico, o que ↑DC. Logo, se está aumentando o tônus simpático, está se aumentando o DC 
diretamente porque aumentou contratilidade e indiretamente porque aumentou o RV, além de estar se 
aumentando a resistência; mas não é só isso, essa descarga simpática vai jogar NOR no aparelho 
justaglomerular renal, ativando receptor BETA 1 → AMP cíclico → Ptn PKA → aumenta o cálcio → 
aumenta a exocitose de RENINA no sangue; tem angiotensinogênio que vai ser quebrando em 
angiotensina 1, que ao passar pela circulação pulmonar a angio 1 vai ser convertida em angiotensina 2 e 
esta vai promover a vasocontrição de vaso resistência, o que vai aumentar mais a pós carga. Mas essa 
angio 2 ainda vai no córtex da suprarrenal e promove a liberação aldosterona, que vai reter sódio e 
água, o que vai aumentar volume(se aumenta volume, a resistência do vaso é maior), aumentando o RV, 
aumentando a pré-carga e, consequentemente, aumenta o DC. 
 Existem inúmeros mecanismos para se manter a PA↑. 
 
Exemplo: Chega um pct com PA↑ e o médico faz uso de beta bloqueador. Verificou-se que a PA 
diminuiu, mas logo depois ela voltou a ficar alta. Por que a PA ficou alta novamente? Porqueno que se 
diminui a PA, o barorreceptor foi “desligado”, com isso nosso organismo ativa o sistema simpático. Por 
isso, que muitas vezes, o médico vai fazer uso de 2-3 medicamentos. Quando se faz uso de uma 
medicação provoca-se uma reação no organismo, e essa reação envolve barorreceptor, sistema renina, 
entre outros. 
 
→ Sistema Renina: culmina com a formação de angio 2, que ativa o receptor AT1, e esse receptor esta 
acoplado a PTN Gq → IP3 e DAG → ↑Cálcio – se aumenta o cálcio na arteríola = vasoconstrição; 
↑Cálcio no córtex da suprarrenal = exocitose de aldosterona. 
OBS: Glomérulo renal e as células justapostas – percebem a pressão na arteríola aferente, percebem o 
sal na mácula densa e recebem ordem direta do sistema simpática. A pressão não diminuiu 
significativamente, mais baixo um pouquinho: a arteríola aferente percebe e a renina é liberada; 
diminuiu um pouquinho o sódio, a renina é liberada. 
 
 Alguma coisa aumentou o DC, jogou-se sangue contra o vaso por vaso resistência e o vaso vai 
contrair reflexamente (Lei de Frank Starling). Alguma coisa que aumente o DC progressivamente, porque 
se aumentou o tônus simpático, vai levar, por compensação, o aumento da resistência, e isso chega a 
um círculo vicioso, levando a um aumento progressivo da PA sem que se perceba. 
 Como já se foi dito, há muitos mecanismos fisiológicos de regulação para se compensar o 
aumento da PA. O endotélio possui substâncias que fazem contração e o relaxamento do vaso: a 
ENDOTELINA é um fator de contração derivado do endotélio e ela se liga ao receptor E2, aumentando 
cálcio no músculo (vasoconstrição); o endotélio contém ainda a ACE (= ECA em inglês), presente em 
muitos leitos vasculares, que vai fazer vasoconstrição através da angio 2 local. Por outro lado, o 
endotélio joga no sangue PGE2 e PGI2, sendo estas produzidas pela COX2 (COX1 expressadas pelas 
plaquetas, produzindo tromboxano A2; COX2 no vaso expressadas vai produzir prostaciclina e PGE2). 
Exemplo: VIOX® – só inibia COX2, deixava a plaqueta produzir tromboxano, não deixava o vaso produzir 
prostaciclina, não causava úlcera. Mas o que aconteceu com as pessoas que faziam uso de VIOX®? 
Morreram por AVC e IAM (COX2 tem uma ação protetora do endotélio). 
 
 O principal vasodilatador do organismo é o FATOR DE RELAXAMENTO DERIVADO DO 
ENDOTÉLIO = ÓXIDO NÍTRICO produzido pela enzima óxido nítrico sintase (NO sintase); existem 3 
isoformas da NO sintase, sendo a NO SINTASE ENDOTELIAL (eNOs) a principal responsável pelo 
relaxamento vascular. A eNOs é ativada pelo cálcio: se aumenta cálcio no músculo/no vaso ocorre a 
contração/vasoconstrição, mas se aumentar o cálcio no endotélio ocorre o RELAXAMENTO/DILATAÇÃO 
do vaso. Quem aumenta o cálcio no endotélio? São o receptor H1 da histamina, receptor da B2 da 
bradicina, receptor M1,M3 da ACH, receptor de ATP, o estresse do cisalhamento também ativa a eNOs. 
 O que é o estresse de cisalhamento? É quando o “rabo abana o cachorro” = região que fica em hipóxia 
após um garrote, por exemplo, vai aumentar a pressão parcial de CO2 e este faz vasodilatação. Só que 
eu preciso reperfundir o dedo que ficou com o garrote: a região distal tem que aumentar o fluxo 
sanguíneo, sendo que o fluxo parte da região proximal, logo um comando distal vai controlar a região 
proximal = “o rabo abana o cachorro”. Mas como isso é possível se o controle está no cérebro? Quando 
soltar o garrote, a região distal dilata e o sangue que está na mão vai deslocar subitamente, provocando 
um cisalhamento no endotélio (estresse de cisalhamento); no que ocorre esse estresse de cisalhamento, 
a eNOs é ativa na mão, permitindo que os vasos da mão liberem NO, com isso os vasos da mão vão 
dilatar; no que dilata os vasos da mão, o sangue que está no antebraço desloca, provocando mais 
cisalhamento do endotélio, ativando eNOs no antebraço, liberando NO, dilatando os vasos do 
antebraço, ou seja, a dilatação vem da periferia para a região proximal graças a esse mecanismo de 
liberação de NO via estresse de cisalhamento – é um mecanismo fisiológico importante! 
Pct com disfunção endotelial esse mecanismo não funciona, ocorrendo então contração. O que provoca 
disfunção endotelial? Dislipidemia, hipertensão e “fumaça” (cigarro, poluição). 
 
� FATORES DE CRESCIMENTO VASCULAR: 
 
 Um tecido que sofre lesão, ele para regenerar vai utilizar-se de fatores de crescimento, vai 
ativar protoncogenes, e com mecanismo de regeneração começa a hipertrofiar o tecido. Imagine um 
músculo que “malha pesado” 24horas por dia todo dia para manter a pressão alta = vaso que está 
recebendo sangue com alta pressão, levando a contração reflexa desse vaso, logo hipertrofia. Imagine 
um coração, do lado esquerdo, está recebendo sangue com alta pressão diastólica e está tendo que 
jogar sangue com uma pressão alta para vencer a pós-carga, para assim manter a pressão alta; esse 
coração vai hipertrofiar, pois está “malhando” 24horas por dia! Por isso que a HAS é gênese da IC, pois o 
vaso quando hipertrofia, ele aumenta a sua resistência, o que vai aumentar a pressão, levando a um 
círculo vicioso (hipertensão → hipertrofia → aumenta a resistência → aumenta a pressão → aumenta 
mais a hipertrofia). Sendo assim, vai se usar uma medicação para “atacar” esses problemas, para 
controlar esses problemas. 
 
 
 
 
 
� MEDICAMENTOS PARA TRATAR A HAS – MEDICAÇÃO ANTIHIPERTENSÃO: 
 
1º) Fármacos simpaticolíticos de ação central: 
 → CLONIDINA 
 → α-METILDOPA 
 
 A NOR começa e termina, logo se eu quero reduzir o tônus simpático, pode se bloquear a NOR 
no final ou lá no início = no SNC. E esse bloqueio lá no SNC são dois fármacos que fazem: ATENSINA® 
(Clonidina) e ALDOMET®(α-METILDOPA). 
 
 
 
 
NOR 
NOR 
NEURÔNIO 
GLUTAMATÉRGICO 
ACH 
a) Clonidina: agonista α2. 
 
Tirosina → L-dopa → dopamina, que é armazenada e depois transportada por um transportador 
chamado MAT → dentro da vesícula a dopamina é beta hidroxilada e vira NOR. A NOR é exocitada 
quando entra cálcio na célula; NOR ativa célula pós-sináptica através dos receptores α1 e β2; NOR sofre 
a captação neuronal através do transportador NET (transportador de norepinefrina para NE retornar ao 
neurônio pré, onde será reciclada pela MAO). A NOR pode ainda se ligar ao receptor α2, que está 
acoplado a PTN Gi, que vai ↓AMP cíclico, abrindo canal de potássio e fechando canal de cálcio; se o 
cálcio não entra, não tem exocitose. Por isso que o receptor α2 funciona como freio neuronal (feedback 
negativo) – a própria NOR é capaz de inibir a liberação de mais NOR, não deixando entrar cálcio. 
Mas e se eu pegar um fármaco que não tem afinidade pelo α1, pelo β, mas tem alta afinidade 
pelo α2, o que vai acontecer? Ele vai inibir a liberação de NOR, e é a CLONIDINA (ATENSINA®) que faz 
isso – clonidina não vai agir na periferia e sim no SNC, inibindo a liberação de NOR no início; logo, se não 
tem liberação de NOR lá no início, não haverá liberação de NOR pelos terminais simpáticos. Com isso o 
tônus simpático vai diminuir e a PA tende a diminuir. 
b) α-metildopa: 
Com o ALDOMET® (α-metildopa) é igual, mas há uma pequena diferença. Quando se dá ao pct 
Aldomet®, está se dando um falso substrato para toda a reação de formação da NOR – ao invés de ter L-
dopa, se tem α-metildopa, que vai virar α-metildopamina, que vai virar α-metilnoradrenalina. Com isso 
estou deixando de produzir NOR para produzir α-metilnoradrenalina, mas isso não é o mais importante; 
o que importar é que α-metilNOR é agonista α2, que por ação final vai ser igual a clonidina, inibindo a 
liberação de NOR no tronco cerebral. A consequência disso é que vai se ter redução da condução 
simpática eferente, consequente diminuiçãodo tônus simpático; quanto a PA, ela tende a diminuir. 
 
Resolvido o problema da HAS? NÃO! A partir do momento que se faz Aldomet® (α-metildopa) 
ou Atensina® (clonidina), a PA cai e o organismo do pct dá um jeito de aumentar a PA. 
���� CLONIDINA É UM EXCELENTE MEDICAMENTO PARA URGÊNCIA HIPERTENSIVA!!! Urgência é 
diferente de emergência: emergência o pct morre na hora, urgência ele demora a morrer. Numa 
emergência a medicação é parenteral; numa urgência, deve controlar o problema imediatamente, por 
exemplo, pct com crise hipertensiva faz-se uso de Atensina®(clonidina) por via sublingual; a PA vai 
diminuir, mas essa PA não se mantém baixa, ela não é controlada. Mas se fizer Atensina® como 
monoterapia para hipertensão não vai funcionar: a resistência vai diminuir porque reduziu o tônus 
simpático, o DC também vai diminuir: 
Débito cardíaco = fração de ejeção X frequência. Se o DC diminui, vai estar ejetando menos sg, e aí o rim 
vai receber um pouquinho menos de sg e assim vai liberar renina; assim a PA que tinha baixado, vai 
começar a subir novamente. Sendo assim, quando se for prescrever Atensina®, vai se prescrever 
também HIDROCLOROTIAZIDA (diurético), pois só Atensina® não vai ter efeito. 
Exemplo: Pct é hipertenso há anos, há anos que esse pct está com sobrecarga sobre o coração, e o 
órgão começa a ficar com um quadro de IC. FRAÇÃO DE EJEÇÃO – através de um ECG vai se medir o 
volume na diástole e o volume na sístole, e aí vou ver quanto o coração. Até 50% da ejeção é normal; 
menor que 30% da ejeção é IC. Se eu der um fármaco que diminui o DC, esse pct pode ejetar menos 
ainda, havendo uma descompensação do quadro. 
• CLONIDINA: 
 
 A CLONIDINA não modifica de modo mesurado o fluxo sanguíneo renal e também não modifica 
a TFG: o pct não nota modificar o fluxo sanguíneo renal, mas o rim nota, havendo liberação de renina, 
retendo sódio. 
USO CLÍNICO: - Hipertensão arterial moderada associada a diuréticos em pacientes refratários a outros 
antihipertensivos. ATENSINA® NÃO É A PRIMEIRA ESCOLHA PORQUE TEMOS OUTROS MEDICAMENTOS 
MAIS EFICAZES, mas se o paciente não responde a medicação de primeira escolha, não se troca a 
medicação pela Atensina®, faz uma associação a outro medicamento. 
 - Analgesia em associação a opióides. Em caso de procedimento invasivo/cirúrgico, a 
encefalina fisiológica não vai ser suficiente para fechar o portão da dor, aí se usa Sulfentamil® (opióide). 
Tanto a encefalina quanto o opióide vai agir no receptor MU � PTN Gi � reduz AMP cíclico � abre 
canal de potássio e diminui o cálcio. Sendo assim, um anestesista vai fazer uso de Sulfentamil®, e para 
reduzir a dose de opióide, o anestesista entrar com Clonidin®, que é formulação injetável de clonidina, 
potencializando o opióide. 
EFEITO ADVERSO (tem que saber!): 
- a CLONIDINA reduz a NOR cerebral (diferentemente da RITALINA), logo pct pode apresentar 
sonolência, sedação (não pode dirigir, operar máquinas, se for vigia noturno, deve fazer uso de dia para 
não dormir), xerostomia (boca seca – simpático inibe o parassimpático. A NOR pode se ligar ao receptor 
α2 do parassimpático, diminuindo cálcio, diminuindo ACH; se faço CLONIDINA, além de diminuir a 
liberação de NOR, vai se reduzir ACH de alguns terminais, isso vai ressecar mucosa nasal, oral ou ocular. 
- Hipotensão postural devido à redução do tônus simpático. Afeta mais quem fica muito tempo de pé; 
cuidado com o uso em idosos. 
- Hipertensão rebote: não se poder fazer retirada abrupta da Atensina®(clonidina) - pct que está com a 
PA controlada fazendo uso de Clonidina, se retirar o fármaco vai fazer pico hipertensivo. Fármaco deve 
ser retirado lentamente e gradualmente. 
- Disfunção erétil 
- No coração: BRADICARDIA SINTOMÁTICA (cautela no pct com bloqueio de condução) e PARADA 
CARDÍACA EM PCT COM DISFUNÇÃO DE NODO SINUSAL (pct com síndrome da doença do nodo sinusal 
sem uso de marca-passo. Não posso fazer uso de um fármaco que diminua o cálcio no nodo sinusal). 
PCT COM BLOQUEIO DE CONDUÇÃO AV (não posso dar ao pct um fármaco que reduz o cálcio no NAV 
porque se não ele faz parada cardíaca). 
 A CLONIDINA também se liga ao receptor imidazolina. Esse receptor aumenta o cálcio no 
endotélio, então a clonidina também aumenta o NO. 
• α-METILDOPA (ALDOMET®): vai dar origem a α-metilnorepinefrina, que é agonista α2. 
- Tal fármaco não só inibe a produção de NOR, como diminui a produção de dopamina, isso faz com que 
seus efeitos sejam ligeiramente diferentes da clonidina. Não se vê BRADISINUSAL em um pct jovem 
fazendo uso de Aldomet®, mas vejo em pct jovem fazendo uso de Atensina®; em pct idoso fazendo uso 
de Aldomet® se vê BRADICARDIA e redução do DC. 
- Ele mantém o fluxo sg renal no que se pode mensurar e a TFG, mas pode levar ao aumento da renina 
reflexamente. Mas há casos de pct que reduzem a renina fazendo uso de Aldomet®; há pcts que fazem 
uso de Aldomet® e a renina aumenta, logo deverá associar o fármaco a um diurético ou inibidor da ECA. 
- É um fármaco risco A para grávida, é o fármaco que se considera mais segura, mas possuir risco: 
Aldomet® provoca HIPOTENSÃO POSTURAL – grávida hipertensa é gravidez de risco, logo se deve fazer 
repouso absoluto (não pode ficar de pé muito tempo porque faz queda de pressão; não pode levantar 
rapidamente). 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Sedação, fadiga 
- Xerostomia 
- O Aldomet® diminui a produção de dopamina e esta é o fator hipotalâmico que inibe a produção de 
prolactina pela hipófise. Sendo assim, o Aldomet® vai fazer com que a prolactina aumente (ginecomastia 
e galactorreia) 
- Disfunção erétil (Aldomet® é campeão em provocar disfunção erétil) 
-Reduziu dopamina também vai: reduzir a libido; diminuir dopamina nos núcleos caudado e putâmen 
levando ao possível aparecimento do Parkinson. 
- Hipotensão postural 
- PCT COM DISFUNÇÃO NO NODO SINUSAL ALDOMET® PODE PROVOCAR BRADICARDIA SEVERA OU 
PARADA CARDÍACA 
- Pode provocar lesão hepática 
- Anemia hemolítica: após 1 ano de uso continuo. 
RISCO: menor perímetro cefálico ao nascer (há estudos que comprovam), mas o maior risco é a 
hipotensão postural para gestante. Pode levar ao bloqueio AV de 1º grau no neonato. 
USO PROLONGADO: ganho de peso e retenção hídrica 
OBS: Aldomet® pode ser usado na pré-eclampsia, mas usa-se mais bloqueador de canal de cálcio. 
Quando se fala na hipertensão na gravidez devemos pensar em 3 coisas: a mulher já era hipertensa e 
engravidou (usa-se Aldomet®);a mulher era normotensa e engravidou ficando então hipertensa (deve-se 
ver a causa da hipertensão) ou pré-eclampsia. 
• RESERPINA: inibe o armazenamento de NOR, inibe o transportador MAT. Se a NOR não é 
guardada na vesícula, ela se acumula no citosol. Quem encontramos no citosol? A MAO! Sendo 
assim, quando se faz uso de reserpina provoca-se uma absurda depressão no estoque de NOR 
= DIMINUI O TÔNUS SIMPÁTICO. Há muita contra-indicação porque pode provocar depressão 
grave. 
2º) Fármacos simpaticolíticos de ação periférica: BLOQUEADORES DE α 
 Se houver bloqueio de α1 há vasodilatação de vaso resistência e vaso capacitância: há redução 
de pós-carga e pré-carga, logo PA↓. 
Exemplo: Administração de MINIPRESS® no pct, a PA↓, mas 1 semana depois a PA voltou a subir. Pct 
está inchado, reteu líquido. O que aconteceu? A renina aumentou. Sendo assim, uso de bloqueador α1 
só tem um jeito de funcionar: associar com diurético ou com inibidor da ECA (iECA=captopril). 
 Tem bloqueador α que bloqueia α1 e α2, como é o caso da Fenoxibenzamina e da Fentolamina 
(bloqueadores α não seletivos), que vão bloquear α1 e α2 igualmente: ao se bloquear α1 ocorre 
vasodilatação, ao se bloquear α2 vai ocorrer mais liberação de mais NOR. Mas o α1 está bloqueado, essa 
NOR vaiagir em β1, presente no coração, provocando TAQUISINUSAL=ARRITMIA=MORTE SÚBITA. Se 
fizer uso de Fenoxibenzamina, há necessidade de se administrar com outro fármaco que seja β 
bloqueador, caso contrário se tem arritmia. Sendo assim, Fenoxibenzamina e de Fentolamina são 
usados em situações de emergência, não são fármacos de 1ª escolha, associando com β bloqueador, ou 
são usados em casos de Feocromocitoma (tumor de suprarrenal/adrenérgico – vantagem do fármaco é 
que é que é um antagonista irreversível, então se faz uma dose pequena, mas tem fazer uso de β 
bloqueador). 
 Na prática faz-se uso de um bloqueador seletivo de α1 = Prazosina (curta duração), Doxazosina 
(longa duração), por exemplo. 
Mas há 3 subtipos de α1: α1A, α1B e α1C. O α1A não está no vaso, está na PRÓSTATA; então se 
fizer uso de TANSULOSINA, esta é mais potente em bloquear o α1A, bloqueando α1 na próstata. Em que 
situação se bloqueia α1 na próstata? Na hiperplasia prostática benigna (HPB). O ideal é que a droga não 
mexa com o vaso, para não alterar PA, logo pensa-se em Tansulosina, Terazosina, mas na prática usa-se 
UNOPROST® (DOXAZOSINA), que tem um ação no vaso; para hipertensão PRAZOSINA é a droga de 1ª 
escolha. 
 
• CARACTERÍSTICAS DOS ANTAGONISTAS α: 
→ Não alteram de forma mesurada o fluxo renal: o pct não nota alteração, mas o rim nota diminuição 
do fluxo, jogando renina no sg; 
→ O uso cononuo de bloqueador α aumenta o HDL, melhorando o perfil lipídico; 
→ Sofrem tolerância, logo deve-se ir aumentando a dose. A tolerância está ligada não só com o 
receptor, mas também ao aumento da renina. 
→ Uso associado com diuréticos ou inibidores da ECA (iECA) – pelo fato da tolerância estar ligada 
também com o aumento da renina; 
→ A pouca experiência do uso em gestantes, não sendo medicamento de 1ª escolha (risco B ou C). 
• EFEITOS ADVERSOS: 
→ Hipotensão postural e tontura, limitando o uso de Minipress® para grávida, aos idosos; 
→ Taquicardia, palpitação; 
→ Adinamia (fraqueza), sonolência; 
→ Qualquer vasodilatador arteriolar vai causar EDEMA. Dilatou a arteríola pré-capilar, aumenta o fluxo; 
isso na mucosa nasal vai causa congestão (Sorine® = agonista = descongestiona; antagonista = 
congestiona); 
→ Ejaculação retrógrada: no momento do ato sexual, o homem tem uma descarga simpática e a NOR é 
jogada na genitália interna (musculatura lisa), por ação α1, o homem vai contrair canal deferente, 
vesícula seminal e próstata; com isso, o sêmen é jogado na uretra prostática, quando o sêmen chega na 
uretra peniana, o homem não consegue mais evitar a ejaculação. Se houver bloqueio de α1, o homem 
não vai contrair canal deferente, vesícula seminal e próstata, o sêmen não cai na uretra 
prostática→uretra peniana, logo o homem tem orgasmo mas não ejacula (“orgasmo seco”). Esse sêmen 
que não foi ejaculado volta para a próstata, podendo ir para a bexiga, havendo eliminação de urina 
turva. Em casos de ejaculação retrógrada, ajusta-se a dose ou troca-se a medicação. 
→ Síncope (<0,5%): o Minipress®, a Prazosina, produz o “efeito de 1ª dose” (NÃO CONFUNDIR COM 
EFEITO DE 1ª PASSAGEM!!!). O que é “efeito de 1ª dose”? 1ª dose/inicial = 2mg; pega-se o comprimido 
de 2mg e quebra em 4, dando 0,5mg ao pct, sendo que deve a droga deve ser tomada ao deitar. Daqui a 
4 dias, aumenta-se a dose, até chegar a 2 mg. Fazendo isso, não ocorre síncope. 
OBS: MINIPRESS®SR – esse comprimido não é igual aos outros, ele tem uma técnica de liberação LENTA. 
Se o comprimido é SR, XR, CD, AP, etc NÃO pode quebrar o comprimido em 2 ou em 4, porque a esses 
tipos de comprimidos são adicionados um sistema que produz a liberação lenta e gradual do fármaco. 
Um comprimido de Prazosina que não tenha essa técnica vai ser tomado, a Prazosina vai para o sangue 
rapidamente, e quanto mais rápido for para o sangue, mais rápido a PA cai. 
***A ATIVAÇÃO REFLEXA DO ORGANISMO DEPENDE NEM TANTO DA MAGNITUDE DA AÇÃO, MAS 
DEPENDE MAIS DA VELOCIDADE DA AÇÃO/ DEPENDE MAIS DA VELOCIDADE COM QUE A PA CAIU DO 
QUE QUANTO A PA CAIU = se a PA cair muito lentamente, pode não acionar o barorreceptor; se a PA 
cai menos, mas mais rapidamente, aciona-se o barorreceptor. A vantagem do comprimido SR é a de 
que o fármaco vá para o sangue, mas mais lentamente, e aí a PA vai diminuir lentamente. 
 O uso da FENTOLAMINA (HERIVYL®, REGITINA®) é usado em caso de disfunção erétil. 
3º) Fármacos β BLOQUEADORES: 
• Mecanismo de ação: 
RECEPTOR β1 – quanto ativado pela NOR, ativa PTN Gs � Adenilciclase � ↑AMP cíclico � ativa 
PTN PKA � insere fosfato no canal de cálcio, abrindo-o. 
β1 é encontrado no coração, no cérebro e no aparelho justaglomerular renal, aumentando o cálcio 
nesses locais 
β2 é encontrado em músculo liso. Quando ele é ativado, acontece a mesma coisa que em β1 (ativa PTN 
Gs � Adenilciclase � ↑AMP cíclico � ativa PTN PKA), a diferença é que no músculo liso, a PKA não 
fosforila o canal de cálcio; no músculo liso, a PKA fosforila o canal de potássio – sendo assim, abrindo 
canal de potássio, K+ sai da célula, e esta fica HIPERPOLARIZADA, fechando o canal de cálcio ; logo 
↑AMP cíclico no músculo cardíaco = contração, ↑AMP cíclico no músculo liso = relaxamento (brônquio 
= broncodilatação, vaso=vasodilatação, útero= relaxamento do miométrio). Mas por que isso é 
importante? Porque agora está se usando ANTAGONISTA/BLOQUEADOR: 
 bloqueando β1 = ↓ frequência, contração, a condução AV e a renina 
 bloqueando β2 = vasoconstrição, broncoconstrição, contração do miométrio,etc 
 Existem β bloqueadores que são CARDIO SELETIVOS, bloqueando apenas β1, porém por mais 
cardio seletivo que o fármaco seja, não se podia confiar plenamente nessa seletividade, pois se tiver β2 
livre vai ser bloqueado também. Quando se diz que uma fármaco é cardio seletivo significa dizer que ele 
é mais potente bloqueador de β1, mas ele também bloqueia β2. O que isso quer dizer? Se pct tem asma, 
NÃO dar β bloqueador nenhum!!! Se pct tem doença de Raynaud (tem tendência a espasmos de 
arteríola periférica), NÃO dar β bloqueador nenhum!!! (β bloqueador vai contrair o vaso) 
 Existe β bloqueador solúvel em lipídeo, tem β bloqueador solúvel em água. Qual a importância 
disso? β bloqueadores lipossolúveis (como o PROPANOLOL) atravessam a barreira hematoencefálica, o 
que vai provocar alterações no sono; trocando-se PROPANOLOL por ATENOLOL (β bloqueador 
hidrossolúvel, não atravessa a BHC), as alterações do sono vão desaparecer. 
 Existe β bloqueador com atividade simpaticomimética intrínseca. Mas como um 
ANTAGONISTA tem atividade intrínseca, se ter atividade intrínseca é característica de AGONISTA? O 
agonista parcial tem atividade intrínseca, mas não 100%, de forma que, na presença de um agonista 
total ele funciona como antagonista competitivo reversível. 
 
CARVEDILOL = Coreg®, Cardilol®, Karvil® (cardio seletivo = bloqueia β1 e β2) – é um β bloqueador que 
também bloqueia o receptor α1. Β bloqueador no vaso promove a vasoconstrição, mas o CARVEDILOL é 
uma exceção porque tal fármaco ao mesmo tempo é β bloqueador e bloqueador α1, logo faz 
vasodilatação. 
***NEBIVOLOL – ao mesmo tempo em que é β bloqueador (cardio seletivo bloqueando β1), também vai 
liberar NO. Se ele libera NO, vai fazer o que no vaso? VASODILATAÇÃO! É O β BLOQUEADOR MAIS 
CARDIO SELETIVO QUE EXISTE!!! 
Exemplo: Chega pct hipertenso perfil de β bloqueador (pct branco e jovem = hipertenso estressado, em 
hiperatividade simpática, com renina alta, é um pct que vai responder a β bloqueador). Mas antes de 
fazer medicação do pct, fez-se anamnese e descobriu-se que tal pct tinha história pregressa de ASMA, 
mas nunca mais teve asma. Pode fazer β bloqueador nesse pct? NÃO! Pensou-se em prescrever 
ATENOLOL (CARDIO SELETIVO) ou METAPROLOL(CARDIO SELETIVO). Se fosse dado tais medicamentos, 
a probabilidade desse pct, durante o tratamento, começar a fazer sibilos, começar a fazer 
broncoespasmos é muito grande. UMA ALTERNATIVA QUE PODE FUNCIONAR É PRESCREVER O 
NEBIVOLOL pelo fato deste ser muito cardio seletivo e, talvez, pelo fato dele ser relaxante muscular, 
liberando NO. Prestar atenção: pct está sem sintoma, só tem história pregressa, mas se fosse o caso de 
chegar um pct já com broncoespasmo, NÃO FAZER β BLOQUEADOR NENHUM, NEM MESMO 
NEBIVOLOL!!! 
 
β bloqueadores lipossolúveis = atravessam a membrana, a BHC; tem clearance HEPÁTICO 
β bloqueadores lipossolúveis = não atravessam membrana, BHC; tem clearance RENAL 
 Isso é importante? É! Porque se o pct tiver doença hepática, só vai poder escolher um β 
hidrossolúvel, como o ATENOLOL, NADOLOL; Se o pct tiver problema renal, só vai poder escolher β 
bloqueador lipossolúvel, como METOPROLOL. 
� AGONISTAS PARCIAIS: 
 - Pindolol 
 - Acebutolol 
Estes, em geral, causam menos bradicardia e afetam menos o metabolismo de carboidratos (é a 
vantagem). São menos eficazes. 
� NEBIVOLOL: solvente = lactose! Cuidado com pcts alérgicos!!! 
 
 
Mais usados 
Nebivolol = Nebivolol 
Fármacos de meia vida curta são ideais 
para EMERGÊNCIA! 
• CLÍNICA: 
 
 O gráfico acima exemplifica a frequência de um paciente ao assistir uma partida de futebol. 
Antes de começar o GO, pct mantinha frequência normal; assim que o jogo começou a frequência do pct 
sobe para 120bpm; a frequência sobe para quase 160bpm quando o time adversário ameaça fazer gol – 
notar que o pct não está fazendo nenhum tipo de esforço físico, está apenas sentado no sofá. Aos 30 
minutos de jogo foi feita a administração de Oxprenolol 40mg por via oral nesse pct. Reparar que já no 
2º tempo do jogo, a frequência do pct não se alterou consideravelmente como acontecia no 1º tempo 
do jogo – β bloqueador “salvou” a vida desse pct com hiperatividade simpática (estressado). 
 Com relação a PA, o β bloqueador tem uma curiosidade: ele não vai reduzir a PA na 1ª semana! 
O uso de β bloqueador, em 30 minutos como foi visto no gráfico acima, bloqueou β1 no coração, 
reduziu DC, a renina vai diminuindo aos poucos, angio 2 também vai diminuindo, RVP diminui (↓DC � 
↓RVP � ↓PA); ↓aldosterona, vai ↓ sódio e água, levando a ↓volume � ↓ pré-carga � ↓Pressão 
Diastólica Final � ↓es]ramento � ↓DC, mas a PA não cai na 1ª semana, só que mantendo o uso da 
medicação, a PA vai diminuir. 
 
 No caso do Carvedilol, Celiprolol e do Nebivolol, têm um efeito adicional de vasodilatação 
direta – a PA não cai na 1ª semana. 
 Como é que a PA começa a cair depois de 1 semana? Se não cair, vai ter que ajustar a dose ou 
adicionar outro medicamento, mas no caso funcionou, como? 
 
 � Diminuiu a renina; 
 � Diminuiu o tônus simpático (efeito central controverso); 
 � Barorreceptor foi reajustado; 
 � β2 pré-sináptico é bloqueado, aumentando a concentração de β2; 
 � ***REDUÇÃO DO VOLUME MINUTO – talvez a resposta de redução da PA comece aqui. 
Prestar atenção que não é VOLUME POR MINUTO, e sim VOLUME X MINUTO! Em um minuto, o coração 
do pct está com uma alta frequência e uma alta contratilidade, possuindo um volume ejeto por minuto. 
Se somado o volume ejetado por minuto, tem-se um volume total imenso – em um minuto o sangue 
está recebendo um volume total imenso; esse volume está chegando ao barorreceptor com certa força 
(“batendo no barorreceptor”), e esse barorreceptor vai desajustando, mantendo a PA alta. Administra-
se então o β bloqueador, e o que vai acontecer? No mesmo tempo (1 minuto), o pct vai ter menos 
sístoles, com volume sistólico menor; logo se somar o volume total de sangue, vai ser um volume bem 
menor; agora o sangue vai passar “delicadamente” pelo barorreceptor. Essa mudança de atividade no 
barorreceptor é que vai levar ao reajuste do barorreceptor, só que isso é um processo que vai levar+/- 1 
semana para acontecer, tempo suficiente para o barorreceptor entender que mudou alguma coisa na 
hemodinâmica do corpo do pct, e quando isso acontecer é que o tônus simpático vai diminuir. 
Entretanto, o β bloqueador promove vasoconstrição (POR AÇÃO DIRETA); mas o uso contínuo de β 
bloqueador vai aumentar a atividade da COX2, e isso vai gerar a vasodilatação, principalmente renal, 
além de aumentar a formação de NO por isso que inventaram o Nebivolol®: quando se descobriu que o 
uso contínuo de β bloqueador aumenta a produção pelo endotélio, pensaram “E se houvesse um β 
bloqueador que já liberasse NO?”, por isso que o Nebivolol® foi sintetizado, com esse objetivo. 
� Ação central: não se sabe a importância disso, mas os mecanismos que regulam a PA, que envolve o 
tronco encefálico e o hipotálamo, acredita-se que o bloqueio de β1 nesses sistemas, produza também a 
redução da PA. (Mas, se essa ação fosse realmente importante, uma droga lipossolúvel seria mais eficaz 
do que uma droga hidrossolúvel, só que isso não é verdade). 
 
Ativação de α2 vai ↓AMP cíclico, o que vai ↓cálcio; a]vação de β2 vai ↑AMP cíclico, o que vai ↑cálcio. 
Só que a NOR não tem ação em β2, quem age em β2 é a ADRENALINA. Bloqueando β2, o feedback 
positivo não vai acontecer (não vai ↑cálcio). Um fármaco muito cardio sele]vo não ia ter esse efeito, 
mas seletividade de um β bloqueador não é fiel. 
 
Aqui se tem a plaqueta expressando COX1 que produz tromboxano, que vai fazer vasoconstrição e 
estimula a agregação plaquetária; e se tem o endotélio íntegro/sem disfunção endotelial expressando 
COX2 que produz prostaciclina, que vai fazer vasodilatação e não vai estimular agregação plaquetária. 
Sendo assim, o uso de β bloqueador vai aumentar a atividade do endotélio, mas não se sabe como – pct 
fazendo uso de β bloqueador NÃO COSTUMA FAZER TOLERÂNCIA, logo não se precisa aumentar a 
dose do β bloqueador, a não ser que o pct piore. 
EVIDÊNCIA CLÍNICA: Pct chega ao hospital e verifica-se que a PA deste se encontrava alta: hipótese 
diagnóstica = por que o pct tomando remédio a PA subiu? 1ª hipótese = pct não está tomando o 
remédio corretamente; 2ª hipótese: pct se aborreceu/se estressou e a PA subiu; 3ª hipótese: interação 
medicamentosa (por exemplo: pct fez uso de Cataflan®= antiinflamatório – tal fármaco vai bloquear a 
COX2, logo um antiinflamatório pode reduzir o efeito clínico do β bloqueador, assim como o uso de 
antiinflamatório pode reduzir o efeito do diurético). 
 
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Feedback - 
 
Agora com relação ao NO, além dele ter efeito de vasodilatação, ele tem efeito antitrófico – a hipertrofia 
do vaso aumenta a sua resistência; o NO contém essa tendência à hipertrofia, e o β bloqueador libera o 
NO. O uso de β bloqueador não só contém a hipertensão, mas como vai prevenir o desenvolvimento da 
hipertrofia no vaso e, talvez, no coração, que é uma das gêneses da IC. 
• INDICAÇÕES DE β BLOQUEADORES: 
���� HAS: 
� Pcts com menos de 40 anos: 
Pct branco jovem e pct negro idoso: o pct branco jovem responde muito bem ao β bloqueador, mas o 
pct negro idoso não responde. Por quê? A diferença maior é que o negro, principalmente o idoso, tem 
pressão dependente de volume, a renina dele é baixa, ele é hipertenso com a renina baixa. Então, se der 
remédio que não usa renina vai adiantar alguma coisa? Não. Já o pct branco jovem, tem pressão 
dependente de renina, então ele responde melhor ao β bloqueador. 
� Pct do sexo masculino 
� Pct da raça branca (caucasiano ou asiático) 
� Pct com HAS com renina elevada 
� Pct com débito elevado, com taquicardia, com cardiopatia isquêmica e com IC são condições 
em que vai se pensar em fazer uso de β bloqueador. 
 Exemplos: 
1) PCT COM ANGINA PECTORIS (HAS grau 2): tem uma placa ateromatosaque diminuiu a 
perfusão na artéria coronariana. Isso faz com que ocorra um desequilíbrio entra oferta e 
demanda, havendo isquemia, dor. O que se pode fazer para aliviar a dor anginosa? Aumentar a 
oferta através de vasodilatador coronariano, reduzir a demanda. O que o uso de β bloqueador 
vai fazer? Vai diminuir a frequência e a contratilidade, então o consumo de O2 vai ser menor (β 
bloqueador protegendo o coração através da redução do consumo); além disso, o fluxo 
coronariano é diastólico, se o coração trabalhar com uma frequência mais baixa, o tempo de 
diástole é maior; a médio prazo, o β bloqueador vai reduzir a renina, o que vai reduzir a pós-
carga (porque diminui angio2), tendo menos pós-carga, o esforço de jogar sangue vai ser 
menor, diminuindo a demanda. Além disso, diminui aldosterona, o que vai diminuir sódio e 
água, logo MENOS VOLUME, consequentemente, MENOS PRESSÃO DIASTÓLICA FINAL, menos 
estiramento, menos contratilidade (Lei de Starling). LEI DE LAPLACE: TENSÃO É 
PROPORCIONAL AO RAIO – a perfusão na região epicárdica é mais tranquila, o grande 
problema é a perfusão subendocárdica devido à estenose, ou seja, o fluxo na região 
subendocárdica é menor, uma tendência a colabar essa região: se a tensão for alta, vai haver 
uma redução do fluxo na subendocárdica; o que vai garantir a perfusão na região 
subendocárdica é uma baixa tensão parietal. E o que determina a tensão parietal, segundo 
LaPlace? O RAIO! Se aumentar a pré-carga e aumentar a pressão diastólica final (PDF), o raio vai 
ser maior (alta tensão vai reduzir a perfusão). E se reduzir pré-carga, se reduzir o RV? A PDF 
DIMINUI, O RAIO DIMINUI, A TENSÃO PARIETAL DIMINUI, A PERFUSÃO CORONARIANA 
AUMENTA. E o β bloqueador, o que ele faz? No que ele reduz a renina, ele contribui para 
reduzir, também, a pré-carga, a PDF, o raio, portanto, a tensão parietal. 
2) IAM: O pct que tinha a estenose rompeu a placa ateromatosa, formando trombo transmural, o 
que ocasionou um SUPRA DE ST. Pct não é mais urgência, agora é emergência. Pct foi 
administrado com β bloqueador na fase aguda do IAM. Está certo isso: pct infartado dar β 
bloqueador?Não teria que ter dado antes, na Angina? Vai adiantar? Está certo, pois o β 
bloqueador reduz a mortalidade em ¼(25%)!!! 
Questão da prova do semestre passado: Pct ligou às 3horas da manhã com queixa de precordialgia 
intensa. O médico falou para ele tomar 2 comprimidos diferentes por via oral e procurar uma 
emergência pois já iria atendê-lo. Quais foram os dois comprimidos que o médico mandou o pct tomar? 
RESPOSTA: ASPIRINA® (1 a 2 comprimidos, 100 a 200mg) e β BLOQUEADOR. (Muitos falaram Isordil, só 
que esse fármaco é via sublingual. E este não salva vida, apenas alivia a dor). 
� USO DE β BLOQUEADOR: 
� Previne a reocorrência de IAM; 
� Reduz o tamanho da área infartada e acelera a recuperação; 
� Reduz a incidência de morte súbita por arritmias pós-IAM 
Exemplo: Pct está com dor e com medo de morrer, o que vai ativar sistema simpático, o coração está 
banhado de epinefrina e norepinefrina que por ação em β1 vai aumentar o consumo de O2. Só que a 
lesão ocorreu justamente por falta de O2, se o coração continuar gastando O2 a lesão vai aumentar – o 
pct entrou com infarto e saiu com infarto fulminante, pois o tamanho da lesão foi aumentando. E se for 
usado imediatamente β bloqueador? O que lesou, vai ficar lesionado, quando disse que reduz a área 
infartada é porque o β bloqueador impede que a lesão aumente. 
Por via oral pode-se dar qualquer β bloqueador; por via parenteral o ideal é o uso de ISMOLOL 
porque o pct está em taquicardia, mas pode acontecer de ter algum reflexo vagal e o pct entrar em 
bradicardia. SÃO DUAS CONDIÇÕES QUE NÃO SE PODE FAZER USO DE β BLOQUEADOR NENHUM: 
ASMA e BRADICARDIA. Foi dado β bloqueador e o pct está “bradicardizando”: não se sabe se é 
porque se usou β bloqueador ou porque é algum problema, então o ideal é o uso de ISMOLOL 
porque tem duração de 10 minutos (frequentemente se tem em hospitais o METAPROLOL que tem 
duração de 4 a 6 horas). 
Como está eletricamente o tecido necrosado, excitado ou em repouso? O que mantém a célula em 
repouso é a bomba de Na+/K+; sem a bomba, o sódio vai entrar constantemente, e a célula vai ficar 
despolarizada, e a bomba que mantém a polarização da célula (potencial de repouso); só que nesse 
tecido necrosado, não tem bomba de sódio funcionando, logo vai começar a ter despolarização. 
Quem gera o ritmo cardíaco? O nodo sinusal. E quando o coração tem alguma outra região gerando 
ritmo? Tem-se os focos ectópicos, e estes vão gerar arritmia=morte súbita. O pct infartou, fez 
arritmia e morte súbita? Não fez morte súbita porque foi administrado β bloqueador, logo o USO 
DE β BLOQUEADOR VAI PREVINIR A INCIDÊNCIA DE MORTE SÚBITA POR ARRITMIA. 
OBS: E se for pct asmático? Usa-se BLOQUEADOR DE CANAL DE CÁLCIO, como o DILTIAZEM. 
� USO DE ASPIRINA®: Aspirina® inibe a agregação plaquetária. O sangue coagulou, tem-se fibrina 
formando uma rede. Só que como não tem plaqueta, devido ao uso da Aspirina®, não tem 
“liga” nessa rede que coagulou – o trombo não fica tão instável. 
Qual a diferença da Aspirina® para o Cataflan®? A Aspirina® é potente para COX1 e ela é IRREVERSÍVEL. 
Se inibir a COX1 de uma plaqueta (plaqueta não é célula, não tem núcleo), ela não vai ter mais como 
produzir uma nova COX1, não produzindo mais tromboxano. Com isso, pode-se fazer uma dose pequena 
(irreversível e altamente seletiva para COX1 – 75mg de Aspirina® inibe a COX1 da plaqueta). 
3) ICC: o coração não consegue vencer a resistência do vaso, por isso que a fração de ejeção é 
baixa. Como não se está ejetando todo sangue, este esta se acumulando nas câmaras. Acúmulo 
se sangue no VE � acúmulo de sangue no pulmão, na veia jugular que vai ficar ingurgitada. 
Exemplo: Pct com ICC vai ao médico e este prescreve o uso de β bloqueador. Com o uso de β 
bloqueador a contratilidade vai diminuir, consequentemente ocorre EDEMA AGUDO DE PULMÃO (EAP), 
uma vez que o coração desse pct já não ejetava todo o sangue, havendo acúmulo deste nas câmaras e 
no pulmão. Pode prescrever β bloqueador para pct com ICC? PODE, DEVE! 
� METOPROLOL , BISOPROLOL, CARVEDILOL e BUNCIDOLOL � na ICC LEVE/MODERADA melhora 
a função cardíaca e prolonga a sobrevida! 
Início: Fração de ejeção do VE = 25% = TRANSPLANTE CARDÍACO, não tem mais o que fazer com esse 
pct ICC avançado. 
Foi administrado nesse pct METOPROLOL. A fração que era de 25% foi para quase 20%, pct clinicamente 
está mal, mas deve-se continuar com o METOPROLOL. Depois de 1 mês, o pct voltou ao normal, ou seja, 
continuou ruim. Depois de 3 meses, a fração de ejeção aumentou. Por que aumentou? Porque depois 
de 1 semana, o sangue deixa de passar com força/violentamente e passa a passar delicadamente no 
barorreceptor, e o tônus simpático diminui. O grande problema da ICC é que se não se vencer a 
resistência do vaso, o tônus simpático aumenta para aumentar a força; só que quando se aumenta o 
tônus simpático, vai aumentar a força e a resistência. O vaso possui maior área total de resistência. Se 
aumentar a pós-carga, a fração de ejeção do DC vai se menor: O SEGREDO É REDUZIR O TÔNUS 
SIMPÁTICO, E ISSO O β BLOQUEADOR FAZ COM O USO CONTÍNUO. E tem mais: 
� Possíveis Mecanismos: Redução do efeito simpático da ICC; Inibição da liberação renina (↓
SRAA); Inibição do remodelamento cardíaco; Inibição da apoptose induzida pela ativação. 
Mas o grande problema da ICC, é que a “insuficiência gera insuficiência”: esse estresse adrenérgico no 
coração provoca o REMODELAMENTO CARDÍACO (o aumento da atividade simpática no coração, para 
compensar a redução da fração de ejeção, provoca o remodelamento). O uso de β bloqueador, 
bloqueando β1 no coração,contém o remodelamento. É isso que vai reduzir a progressão da ICC. 
“O β bloqueador vai ↓DC e ↑força?” RESPOSTA: o β bloqueador, inicialmente, reduz o DC, só que com 
o tempo, no que ele reduz o tônus simpático, ele vai reduzir a resistência, logo na prática o DC vai 
AUMENTAR, mesmo esse coração tendo uma contratilidade menor, vai estar ejetando mais sangue 
porque a pós-carga diminuiu, porque a pré-carga diminuiu também, e já que a renina diminuiu, menor o 
volume – esse é que o segredo. 
E se fosse dado um β bloqueador que, ao mesmo tempo em que reduz contratilidade, também 
reduzisse pós-carga? Seria uma boa ideia? Ele reduz contratilidade, mas não deixa de reduzir a fração de 
ejeção porque ao mesmo tempo ele está relaxando o vaso: 
� ***CARVEDILOL: fração de ejeção do VE = quanto maior a dose, maior a fração de ejeção! 
Porque esse fármaco ao mesmo tempo em que ele está bloqueando β1, ele está bloqueando 
α1, reduzindo pré-carga e pós-carga. 
� O NEBIVOLOL, provalvemente, também seria um fármaco de ótima escolha, porque além de 
bloquear β1, ele libera NO (vasodilatador). 
• OUTRAS INDICAÇÕES DE β BLOQUEADOR: 
� Glaucoma – uso de colírio = Propranolol ou Timolol (↓secreção humor aquoso - ↓Pressão 
intraocular) – TIMOLOL (0,25 e 0,5%) TIMOPTOL®, BETAGAN® 
� Hipertireoidismo – Propranolol: controle dos sintomas CV 
� Estados de ansiedade: ↓ tremor, sudorese, taquicardia 
� Hipertensão Portal: ↓ débito cardíaco 
� Profilaxia da enxaqueca (inibição da vasodilatação induzida pelas catecolaminas) 
� ESTENOSE SUBAÓRTICA HIPERTRÓFICA IDIOPÁTICA: reduz a contratilidade. 
� Tremor não Parkinsoniano 
� Esquizofrenia: Uso associado com antipsicóticos 
� Alívio sintomático no prolapso da mitral associado à precordialgia e arritmia. 
� Prevenção de arritmia na síndrome do QT longo.

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