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INSTRUMENTOS PÉRFURO

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INSTRUMENTOS PÉRFURO-CONTUNDENTES – aula 05
São instrumentos que agem por um ponto, estendendo-se a um plano, caracterizam-se, na maioria das vezes por projéteis deflagrados por arma de fogo.
Feridas Produzidas: são as chamadas pérfuro-contusas, cujas características são modificadas de acordo com a arma utilizada.
Orifício de entrada: O orifício de entrada possui bordas invaginadas (invertidas) e é normalmente menor que o projétil por ele invadido
Tiro perpendicular – ferida circular;
Tiro inclinado – ferida alongada
LESÕES PÉRFUROCONTUSAS
Lesões que causam
 perfuração e 
ruptura dos tecidos
Características do ferimento
bordas irregulares
predomínio da profundidade
caráter penetrante ou transfixante
LESÕES PÉRFUROCONTUSAS
Ao atingir o corpo, o projétil provoca: 
- rompimento na pele, formando um orifício em forma tubular no qual se enxuga de seus detritos (orla de enxugo) 
- arrancamento da epiderme (orla de contusão)
Ao se formar o túnel de entrada
-Pequenos vasos se rompem formando equimoses em torno do ferimento (orla equimótica)
ORIFÍCIO DE ENTRADA – ORLAS (SEMPRE PRESENTES)
ORLA DE CONTUSÃO: a pele se invagina e se rompe devido à diferença de elasticidade de derme e epiderme ANEL DE FISH
ORLA EQUIMÓTICA: zona da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos vasos 
ORLA DE ENXUGO: zona de cor escura que se adaptou às faces do projétil, limpando-os dos resíduos da pólvora
ORIFÍCIO DE ENTRADA – ZONAS
ZONA DE TATUAGEM: é resultante da impregnação de partículas de pólvora incombusta que alcançam o corpo
ZONA DE ESFUMAÇAMENTO: é produzida pelo depósito de fuligem da pólvora ao redor do orifício de entrada
ZONA DE CHAMUSCAMENTO: tem como responsável a ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo
ZONA DE CHAMUSCAMENTO OU QUEIMADURA
Esta zona (...) é produzida pelos gases superaquecidos e inflamados, que atingem e queimam o alvo. “Daí apresentar-se, ao redor do orifício de entrada, uma zona com pelos queimados, com a epiderme tostada, enegrecida e com cheiro indicador de queimadura.”
Orifício de saída
O orifício de saída possui bordas evaginadas (evertidas) e é normalmente possui diâmetro maior que o projétil por ele invadido.
 TRAJETO/TRAJETÓRIA
 Trajeto: é o caminho percorrido pelo projétil dentro do corpo da vítima. Pode ser: 
transfixante
não transfixante (projétil retido)
 Trajetória: é o caminho percorrido pelo projétil fora do corpo (da arma até a superfície atingida) pode ser:
trajeto simples: resultante de projétil único
trajeto múltiplo: resultante de projéteis múltiplos
Sinais atípicos:
1 - Sinal do “D”; tiro à distância, o projetil entra de forma transversal.
 2 - Câmara de Mina de Hoffman;
3 - Sinal de Simonin; Verificação das zonas de impressão nas roupas da vítima. 
4 - Sinal funil de Bonnet; PROJÉTIL NO CRÂNIO.
5 - Sinal de Pupe Werkgartner; 
6 - Sinal do buraco da fechadura;
7 - Sinal do “T”; 8 - Sinal do pé de galinha; 
9 - Sinal de Benasi. Tiro encostado no crânio causando acúmulo de pólvora na região. 
ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA – aula 06
CALOR: DIFUSO 
DIFUSO: (espalhado) - PODE OCASIONAR
a) insolação: O calor encontrado no meio ambiente, pode agir sobre suas vítimas por maus tratos ou acidente, causando a insolação, podendo ocasionar desidratação, hipotensão, diminuição da consciência e até a morte. Interesse jurídico: investigação de maus tratos >> Lesão: eritema simples (vermelhidão)
 b) Intermação: ou confinamento: Dá-se pela permanência em locais pouco arejados, gerando um enorme calor, desidratação e aumento da frequência cardíaca, podendo chegar ao coma e, por vezes, até a morte.
 DIRETO: queimaduras de 1º, 2º, 3º e 4º graus
1º grau: derme, vermelhidão na pele, eritema (sinal de Christinson);
2º grau: derme + epiderme, flictenas (bolhas) (sinal de Chambert);
3º grau: derme + epiderme + músculos, escarifação, cicatrizes horríveis;
4º grau: carbonização: derme + epiderme + músculos + ossos: tais queimaduras podem ocultar fraturas
 - Sinal do pugilista: mão de lutador.
Síndrome de Munchausen: Desvio de personalidade de pais que, com intuito de chamar a atenção para si, maltratam seus filhos.
Queimaduras simétricas: Podem ser originadas por maus tratos, exemplos:
- água fervendo 100º: 10 a 15 seg. para queimaduras de 1º grau e cerca de 1 min. para uma queimadura de 3º grau;
- cigarro 3000º : leva cerca de 30 segundos para uma ocasionar uma carbonização. 
Perícia: Vivo ou morto? A perícia analisa o corpo e, através dos diagnósticos abaixo indicados, constata se a queimadura ocorreu em vida ou após a morte:
Eritema: não é produzido após a morte;
Flictenas: no vivo é rica em líquido seroso, no vivo com coloração amarelada e com eritemas, no morto com líquido achocolatado.
Exame de necropsia encontram fuligem na traquéia e brônquios, queimaduras internas e CO² abundante na corrente sanguínea.
II) ENERGIA ELÉTRICA
A) Natural: Raios cósmicos (descargas rapidíssimas das nuvens para o solo e do solo para as nuvens - geralmente nos picos de montanhas). Os raios possuem uma carga elétrica de aproximadamente 300.000 watts, 2cm de espessura por 30 cm de largura. 
Os raios procuram as extremidades e líquidos são ótimos condutores da descarga.
Situações de lesões:
1) Fulguração: passagem de energia elétrica pelo organismo, sem o evento morte.
2) Fulminação: passagem de energia elétrica pelo organismo, com o evento morte.
Sinais Típicos:
a) Vasoplegia: o raio entra pelas veias que conduzem líquidos (sangue), causando petrificação das mesmas (sinal de Lichtenberg);
b) Imantação de medalhas: estampa medalhas, correntes, relógios na derme.
B) Industrial: (ou artificial) Doméstica: Correntes alternadas Condutoras: correntes contínuas. Baixa tensão: menos de 250 volts, age direto no coração, causando fibrilação (contração das fibras do coração, desordenando-o)
Alta tensão: mais de 250 volts, age sobre o centro respiratório ocasionando para respiratória
Eletrocussão: passagem da corrente elétrica industrial pelo organismo humano com o evento morte.
 Eletroplessão: passagem da corrente elétrica industrial pelo organismo humano sem o evento morte. 
Sinais típicos:
a) Marca Elétrica de Jellineck: trata-se de queimadura com profundidade variável, bordas rígidas e enegrecidas, que não doem e não infeccionam.
b) metalizações elétricas: lesões simples e superficiais formadas pela impregnação na pele por partículas elétricas dos condutores, como se fossem tatuagens metálicas, destituídas por esfoliação.
c) queimaduras elétricas: provocadas por correntes de alta tensão que pode atingir até o 4º grau de queimadura ou apenas inflamação, febre, dores e fica com o formato do condutor.
EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA – aula 07 
Alcoolismo: é o termo que designa as anomalias clínicas resultantes de intoxicações pelo consumo excessivo e prolongado de bebidas alcoólicas.
Causa Real do Alcoolismo: desconhecida, sendo uma predisposição do alcoólatra em razão de algum transtorno psicoemocional (autoafirmação, alívio de tensão, etc.)
FASES DO ALCOOLISMO: Segundo estudos da OMS, para que uma pessoa se torne um alcoólatra, em regra, passa por quatro fases:
A) Socialmente (pré-alcoólica) – dura de seis meses a dois anos (bailes, formaturas, etc.);
B) Escondido (beta de Jellineck) – instalação do hábito de beber escondido acompanhado de sentimentos de culpa, vergonha e agressividade;
C) Exagero (crucial) – o consumo do álcool se torna exagerado, o comportamento agressivo, abandono do trabalho e atrito com familiares, diminuição de atividade sexual;
D) Fase crônica – decadência progressiva do indivíduo, física, psíquica e social.
Alcoólatra (OMS): é o “bebedor excessivo, cuja dependência chegou ao ponto de lhe criar transtornos em sua saúde física, ou mental, nas relações interpessoais e na sua função social e econômica e que, por isso, necessita de tratamento”
Efeitos do álcool: interfere na capacidade motora e psíquica, causando lentidão
no raciocínio, dificuldade de assimilação e pode inibir a resposta sexual.
Tipos de bebidas: 
- Fermentados: Cerveja, Vinho, etc.
Destilados: Whisky, pinga, vodka, etc;
Levemente alcoolizados: licor, vinho do porto 
O álcool tem grande afinidade com a gordura, portanto, estando na corrente sangüínea irá procurar local rico nesse elemento, no caso, o cérebro, que contém grande quantidade de gordura.
FASES DA EMBRIAGUEZ: 
Excitação: o indivíduo fica agitado (macaco);
Confusão: Agressividade (leão);
Sono: sonolência (porco)
Tipos de Embriaguez:
a) Acidental – é aquela embriaguez fruto de força maior ou caso fortuito. O saudoso mestre Mirabete, em seu Manual de Direito Penal, ministrou que essa espécie “trata-se de caso de exclusão da imputabilidade e, portanto, da culpabilidade, fundado na impossibilidade da consciência e vontade do sujeito que pratica crime em estado de embriaguez completa acidental”. É a hipótese aventada no § 1º do artigo 28 supra destacado. 
b) Não Acidental – é a voluntária ou culposa (prevista no art. 28, II, CP). Na voluntária, o agente quer beber, mas não para cometer crimes (o agente simplesmente quer embriagar-se); na culposa, o agente negligentemente ou imprudentemente se embriaga (é o exagero). Esse tipo de embriaguez não exclui a punibilidade, mesmo quando completa.
c) Patológica – é a embriaguez doentia (alcoolismo). É equiparada a uma anomalia psíquica. O Professor Bitencourt resolve a questão, concluindo que “a embriaguez patológica manifesta-se em pessoas predispostas, e assemelha-se à verdadeira psicose, devendo ser tratada, juridicamente, como doença mental, nos termos do art. 26 e seu parágrafo único”. A embriaguez patológica, então, é equiparada a uma doença, não encontrando guarida legal no artigo 28, cerne do presente estudo, mas sim no artigo 26, que trata das hipóteses de inimputabilidade.
d) Preordenada – o agente se embriaga para cometer crimes (é proposital). Não exclui a imputabilidade penal, pois, o agente se embriaga para fortalecer sua coragem, podendo, ainda, ter sua pena agravada por essa circunstância (art. 61, II, l, CP). 
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
Embriaguez completa:
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Embriaguez incompleta
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
EXAMES: Clínico: Valor absoluto de prova: hálito alcoólico, vômitos, sonolência, coma, arrogância, prova de Roomberg (equilíbrio), prova do quatro, fala distorcida, grafia, etc.
Bafômetro: Tem valor relativo;
Químico: dosagem alcoólica na corrente sanguínea.
FATORES QUE ACELERAM OU RETARDAM A INSTALAÇÃO DA EMBRIAGUEZ Vacuidade gástrica (acelera); Velocidade da ingestão; Medicamentos; Peso; Sexo; etc
Responsabilidade Penal e Dependência química – AULA 08
1. Dever jurídico de responder pelo seu ato
2. Determinada pelo Juiz, dependendo da capacidade de imputação 
IMPUTABILIDADE: Capacidade de entender e de querer. Avaliada pelo Psiquiatra forense
RESPONSABILIDADE PENAL
*Conjunto de condições pessoais que dá ao agente a capacidade para lhe ser juridicamente imputado um ato punível 
*É preciso que haja uma lei anterior que diga que o fato é um crime.
*O agente que cometeu um crime vai responder perante a sociedade ou a justiça pelo crime que cometeu.
INCIDENTE DE DEPENDÊNCIA TÓXICOLOGICA
*PERÍCIA pode ser solicitada:
*FAMÍLIA
*JUIZ
*PROMOTOR 
*ADVOGADO
AVALIAÇÃO DA IMPUTABILIDADE PENAL:
*BIOLÓGICO: basta ter DOENÇA MENTAL, PERTURBAÇÃO SAÚDE MENTAL, DESENVOLVIMENTO INCOMPLETO OU RETARDADO.
*PSICOLÓGICO: CONDIÇÃO EMOCIONAL ESPECIAL
*BIOPSICOLOGICO (BRASIL) não basta ter DOENÇA MENTAL, é necessário AO TEMPO DO FATO, TER TIDO COMPROMETIMENTO TOTAL OU PARCIAL DA CAPACIDADE DE ENTENDER O CARATER ILÍCITO DO FATO OU DA CAPACIDADE DE DETERMINAR- SE DE ACORDO COM ESTE ENTENDIMENTO.
ART 26 CÓDIGO PENAL (1940) “É isento de pena o agente, que por doença mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou omissão, totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- se de acordo com este entendimento”.
*CAPACIDADE DIMINUÍDA:
A pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente em virtude da Perturbação da Saúde Mental ou do Desenvolvimento incompleto ou retardado ao tempo da ação ou omissão não possuía a plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato e/ou de determinar- se de acordo com este entendimento”.
IMPUTABILIDADE:
1. Imputabilidade PENA		
2. Semi-imputabilidade*
3. Inimputabilidade*
* Medida de Segurança: tratamento ambulatorial ou hospitalar
* Redução da Pena 
INCIDENTE DE DEPENDÊNCIA – ÁLCOOL
EMBRIAGUEZ:
1. Embriaguez voluntária ou culposa não exclui a imputabilidade penal (Art. 28):
2. Embriaguez pré-ordenada pode agravar a pena (Art. 61):
3. ACTO LIBERA IN CAUSA
EMBRIAGUEZ (Artigo 28 do CP):
 	DUAS EXCEÇÕES:
1. Embriaguez completa por caso fortuito ou força maior + inteiramente incapaz
2. Embriaguez por caso fortuito ou força maior + parcialmente incapaz
Caso fortuito – ingesta acidental
Força maior – ingesta por coação
DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL NÃO ESTÁ PREVISTO NA LEI 
	POSSIBILIDADES: 
	DEPENDÊNCIA FÍSICA + EMBRIAGUEZ = CONSIDERAR O COMO “FORÇA MAIOR”
	DEPENDÊNCIA FÍSICA/SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA = CONSIDERAR COMO DOENÇA MENTAL OU PERTURBAÇÃO DA SAÚDE MENTAL. Lei 6.368/76
Artigo 12, 16,19/ Lei 11.343/06* Artigo 33, 28, 45 e 46
 
CAPÍTULO II
DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE REINSERÇÃO SOCIAL
 DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS
INCIDENTE DE DEPENDÊNCIA – OUTRAS DROGAS: Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado.
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
SEMI-IMPUTABILIDADE OU INIMPUTABILIDADE: 
PENA PODE SER REDUZIDA DE 1/3 A 2/3, que cabe ao JUIZ.
DOENÇA MENTAL
PERTURBAÇÃO DA SAÚDE MENTAL
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO
RETARDAMENTO MENTAL
LINGUAGEM JURÍDICA
CAPACIDADE DE DETERMINAÇÃO
PERÍCIA - MOMENTO VOLITIVO DA RESPONSABILIDADE
VIOLENTA EMOÇÃO OU PAIXÃO -> Não diminui a Responsabilidade Penal.
EMBRIAGUEZ - Não exclui a responsabilidade o agente que por embriaguez comete um crime.
ACIDENTAL: POR CAUSO FORTUITO: INGESTÃO ACIDENTAL, suco colocado por outra pessoa
FORÇA MAIOR: INGESTÃO POR COAÇÃO, obrigada
NÃO ACIDENTAL: Porque quis
Culposa: por recreação e foi imprudente
 Pré-ordenada: propositadamente para cometer crime
	PERÍCIA tempos depois
*Teste embriaguez
*EMBRIAGUEZ:
COMPLETA OU INCOMPLETA
*Narração: antes, durante , após delito
*Testemunhas
PERÍCIA: Não basta diagnosticar, é preciso avaliar nexo causal, para o delito descrito na denuncia: *IMPUTÁVEL *SEMI-IMPUTÁVEL *INIMPUTÁVEL *NEXO DE CAUSALIDADE
*Alteração da consciência: turvação ou obnubilação.
*CAPACIDADE DE ENTENDIMENTO
*CAPACIDADE DE DETERMINAÇÃO
*Não tanto a quantidade, mas a magnitude do comportamento logo após o uso: Agitação psicomotora intensa, excitabilidade, agressividade, frangofilia, turvação do sensório e obnubilação da consciência, amnésia lacunar posterior, hostilidade.
USO NOCIVO -NÃO REDUZ, NEM ELIMINA RESPONSABILIDADE.
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA
*Tolerância
*Abstinência
ABSTINÊNCIA FÍSICA Por redução ou suspensão do uso da substância
Sudorese intensa
Náuseas e vômitos
Diarréia, 
Taquicardia
Taquipnéia
Tremores intensos 
Palidez
Incontinência urinária ou fecal
Hipotensão arterial
Miocimias e mioclonias
ABSTINÊNCIA
-Se foi praticado em razão da abstinência
 -Se tem nexo de causalidade com ela
 -Se as capacidades de entendimento ou de determinação foram abolidas ou reduzidas
DOENÇA MENTAL: *Delirium, *Transtorno psicótico, *Síndrome amnésitca, *Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia
CAUSAS DE EXCLUSÃO DE IMPUTABILIDADE: DOENÇA MENTAL; DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO; - DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO; EMBRIAGUEZ COMPLETA, PROVENIENTE DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR.
- LAUDO IDENTIFICAÇÃO. DADOS PROCESSO, VERSÃO DO PERICIADO DOS FATOS, ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES, EXAME DO ESTADO MENTAL, DISCUSSÃO E CONCLUSÕES, RESPOSTAS AOS QUESITOS
CONCLUSÕES PERICIAIS Há transtorno mental?
	a) Não encerrada
	b) Sim
2-Diagnóstico: Terminologia jurídica/ CID 10
3- Em razão do Transtorno mental diagnosticado, qual a capacidade de entendimento?
4- Em razão do Transtorno mental diagnosticado, qual a capacidade de determinação?
Infortunística - Aula 09
Conceito: São estudos médico e jurídico dos acidentes de trabalho e das doenças causadas pelo exercício do trabalho em situações insalubres e perigosas, suas conseqüências, meios de prevenir e repará-los, bem como define a Lei de Planos de Benefícios da Previdência Social n° 8.213/91.
	Na seara médica, os exames serão solicitados pela via administrativa com a finalidade de assegurar ao acidentado a obtenção do beneficio previdenciário, pois a norma vigente incube ao Instituto Nacional da Seguridade Social, com sua perícia médica.
	Já na seara judiciária, a perícia médica tem por finalidade de servir como auxilio para os juízes para solucionar determinadas situações entre o acidentado e a seguradora, como o INSS, ou mesmo uma seguradora privada.
Classificação
São três situações para caracterizar a infortunística:
a) Acidente do trabalho: decorre do exercício da atividade laborativa, a serviço da empresa, dentro ou a caminho dela, gerando dano físico ou perturbação funcional, podendo resultar morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade laborativa;
b) Doença profissional: independe de nexo causal ou presumido, deve demonstrar a existência da doença e estando no contrato de trabalho classificada como profissional, tendo como certeza, quanto à doença devido ao exercício da atividade que o ocasionou ou fez surgir ou agravar o estado patológico;
c) Doença do trabalho: resulta de condições especificas que a atividade laborativa se realiza, exigindo, inclusive da demonstração de incapacidade e do exercício do trabalho, devendo também provar o nexo causal. 
Elementos caracterizadores do acidente do trabalho:
1- Existência de uma lesão ou dano pessoal: causa incapacidade permanente, temporária ou mesmo morte, tendo sua origem no trabalho e ser caracterizada como acidente, doença profissional ou doença do trabalho.
2- Incapacidade para o trabalho: Pode ser temporária ou permanente. Se permanente, poderá ser total ou parcial. 
A incapacidade temporária é quando mantém o trabalhador afastado por um período inferior a um ano.
A incapacidade permanente parcial reduz a capacidade laborativa por toda a vida.
	A incapacidade permanente e total para o trabalho é a invalidez, que reduz a capacidade para a execução de qualquer atividade ou ocupação.
Nexo de causalidade
	Trata-se da relação entre os efeitos (danos) do acidente e sua etiologia. No acidente-tipo não é difícil estabelecer o nexo etiológico, bem como ocorre com as doenças do trabalho, não pelo seu diagnóstico, mas pela relação entre causa e efeito.
	Havendo vinculação dos efeitos (dano) a uma energia relacionada ao trabalho, estabelece-se o “nexo causal”. A causa é o fator que desencadeia o acidente (morte ou incapacidade), podendo ser única ou associada a causas secundárias, denominadas de concausas, assim, podemos dividir em:
Preexistentes: Doenças em estado latente ou declarado e deficiências orgânicas que se agravaram com o acidente ou contribuíram para que ele ocorresse. P. ex. hérnia.
Concomitantes: Há simultaneidade manifestada com o acidente, tornando confuso. P.ex. hipotensão grave.
Supervenientes: São complicações do acidente ou mesmo atos médicos que objetivam tratar o acidentado. P.ex. tétano.
Aspectos médicos – Lei 6.367 de 24 de dezembro de 1976.
	Conforme o artigo 2º da Lei n.º 6.367/76 "Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".
	Integram o conceito de acidente o fato lesivo à saúde física ou mental, o nexo causal entre este e o trabalho e a redução da capacidade laborativa.
	A lesão é caracterizada pelo dano físico-anatômico ou mesmo psíquico. A perturbação funcional implica dano fisiológico ou psíquico nem sempre aparente, relacionada com órgãos ou funções específicas. Já a doença se caracteriza pelo estado mórbido de perturbação da saúde física ou mental, com sintomas específicos em cada caso.(OLIVEIRA, 1994, p.1).
Por seu turno, com a nova definição dada pela nova Lei n.º 8213/91, dispõe o artigo 19 deste Diploma Legal, "verbis":
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Nexo de Causalidade a luz da Lei 6.367/76
De acordo com a Lei n.º 6.367/76 no seu art. 2.º o acidente do trabalho tem que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa. Tem que haver causalidade para que haja infortúnio do trabalho. Para isso, a causa do acidente ou doença tem que Ter relação com o trabalho, tem que ser no exercício da atividade para que se tenha relevância jurídica 
O empregado que sofre um acidente dentro do ambiente do trabalho ou no trajeto (o acidente de trajeto esta previsto na lei acidentária urbana em seu art. 2.º, § 1.º, V, d) deste se caracteriza como acidente do trabalho, como também no casos de morte, redução da capacidade laborativa, ou seja, o acidente deverá ser resultante da prestação laborativa e que a incapacidade ou morte sejam resultantes desta. 
	Se no caso o empregado foi morto por conseqüência de briga com um desafeto não houve risco profissional, nesse caso não há amparo infortunístico, e esse trabalhador receberá simplesmente benefícios previdenciários, que são de menor valor que os de ordem acidentárias. servindo esta regra para trabalhadores urbanos e rurais.
	 Além disso, o benefício previdenciário exige um período de carência que deve ser respeitado, enquanto que no de ordem acidentária a cobertura é automática, de acordo com a Lei n.º 6.367/76 no seu art. 4.º.
De uma simples análise dos dispositivos em comento infere-se que o conceito é sempre o mesmo. A diferença que se nota está na abrangência que a Lei 8.213 deu a uma classe especial de segurados, até então
não tutelados, quais sejam, os referidos no inciso VII do artigo 11 do sobredito Diploma Legal.
	É preciso que, para a existência do acidente do trabalho, exista um nexo entre o trabalho e o efeito do acidente. Esse nexo de causa-efeito é tríplice, pois envolve o trabalho, o acidente, com a consequente lesão, e a incapacidade, resultante da lesão. Deve haver um nexo causal entre o acidente e o trabalho exercido.
	Inexistindo essa relação de causa-efeito entre o acidente e o trabalho, não se poderá falar em acidente do trabalho. Mesmo que haja lesão, mas que esta não venha a deixar o segurado incapacitado para o trabalho, não haverá direito a qualquer prestação acidentária.(MARTINS, 1999, p.399).
 O perito é o responsável para dizer se há nexo de causalidade entre o acidente e o trabalho, se esta causa do infortúnio é instantânea, como no caso de acidentes, ou se é progressiva, como no caso de doença. 
	Existem casos em que o nexo é presumido, como no caso de doenças profissionais, mas na maioria dos casos é necessário verificar se há relação do evento com o trabalho diante do texto legal e da prova pericial.
	Concluímos então que a doença profissional tem que estar relacionada com a atividade profissional e deve ser reconhecida pela Previdência Social. A doença pode ser típica ou atípica. Ela é típica quando não há nexo causal presumido, ou seja, terá que ser determinada através de perícia. Já a atípica há o nexo causal presumido em lei, tem relação com a atividade que desempenha, sendo reconhecida pela Previdência Social. 
	Para efeito de cobertura acidentária não importa essa distinção.
SISTEMA DECADACTILAR DE VUCETICH – AULA 10
Desenvolvido por Juan Vucetich em três sistemas básicos para identificação: Fórmula dactiloscópica, sistema por deformidade e outros pontos de identificação.
 
FÓRMULA DACTILOSCÓPICA
Importante para a fração:
V (verticilo) = 4
E (presilha externa) = 3
I (presilha interna) = 2
A (arco) = 1
Obs.: Deformidades 
Cicatriz = X
Ausência de falânge = 0
-Outros pontos de identificação: 
-São outros desenhos existentes junto aos desenhos anteriores. Aqui temos:
 Ilhota - pequeno fragmento de uma linha (crista).
Cortada - extensão maior de uma linha (crista).
Forquilha - linha que se bifurca formando um ângulo agudo.
Bifurcação – linha que se bifurca formando um ângulo obtuso amplo.
Encerro – são duas linhas cortadas que se cruzam formando um espaço fechado
Todos os indivíduos de uma população a ser identificada que tiverem pela forma comum representada pela fração resultante da análise das cristas papilares, conforme explicado na lousa. Exemplos: A4214, A2421 ficam arquivados em conjunto, facilitando, dessa maneira, a identificação.
As cristas não são lineares e formam inúmeros desenhos. Ex.: ao examinar determinada impressão, se encontrados 12 (doze) pontos de coincidência, pode-se identificar certamente o indivíduo.
A esse sistema de identificação dá-se o nome de sistema decadactilar 10 (dez) dedos

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