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INSTRUMENTOS PÉRFURO-CONTUNDENTES – aula 05 São instrumentos que agem por um ponto, estendendo-se a um plano, caracterizam-se, na maioria das vezes por projéteis deflagrados por arma de fogo. Feridas Produzidas: são as chamadas pérfuro-contusas, cujas características são modificadas de acordo com a arma utilizada. Orifício de entrada: O orifício de entrada possui bordas invaginadas (invertidas) e é normalmente menor que o projétil por ele invadido Tiro perpendicular – ferida circular; Tiro inclinado – ferida alongada LESÕES PÉRFUROCONTUSAS Lesões que causam perfuração e ruptura dos tecidos Características do ferimento bordas irregulares predomínio da profundidade caráter penetrante ou transfixante LESÕES PÉRFUROCONTUSAS Ao atingir o corpo, o projétil provoca: - rompimento na pele, formando um orifício em forma tubular no qual se enxuga de seus detritos (orla de enxugo) - arrancamento da epiderme (orla de contusão) Ao se formar o túnel de entrada -Pequenos vasos se rompem formando equimoses em torno do ferimento (orla equimótica) ORIFÍCIO DE ENTRADA – ORLAS (SEMPRE PRESENTES) ORLA DE CONTUSÃO: a pele se invagina e se rompe devido à diferença de elasticidade de derme e epiderme ANEL DE FISH ORLA EQUIMÓTICA: zona da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos vasos ORLA DE ENXUGO: zona de cor escura que se adaptou às faces do projétil, limpando-os dos resíduos da pólvora ORIFÍCIO DE ENTRADA – ZONAS ZONA DE TATUAGEM: é resultante da impregnação de partículas de pólvora incombusta que alcançam o corpo ZONA DE ESFUMAÇAMENTO: é produzida pelo depósito de fuligem da pólvora ao redor do orifício de entrada ZONA DE CHAMUSCAMENTO: tem como responsável a ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo ZONA DE CHAMUSCAMENTO OU QUEIMADURA Esta zona (...) é produzida pelos gases superaquecidos e inflamados, que atingem e queimam o alvo. “Daí apresentar-se, ao redor do orifício de entrada, uma zona com pelos queimados, com a epiderme tostada, enegrecida e com cheiro indicador de queimadura.” Orifício de saída O orifício de saída possui bordas evaginadas (evertidas) e é normalmente possui diâmetro maior que o projétil por ele invadido. TRAJETO/TRAJETÓRIA Trajeto: é o caminho percorrido pelo projétil dentro do corpo da vítima. Pode ser: transfixante não transfixante (projétil retido) Trajetória: é o caminho percorrido pelo projétil fora do corpo (da arma até a superfície atingida) pode ser: trajeto simples: resultante de projétil único trajeto múltiplo: resultante de projéteis múltiplos Sinais atípicos: 1 - Sinal do “D”; tiro à distância, o projetil entra de forma transversal. 2 - Câmara de Mina de Hoffman; 3 - Sinal de Simonin; Verificação das zonas de impressão nas roupas da vítima. 4 - Sinal funil de Bonnet; PROJÉTIL NO CRÂNIO. 5 - Sinal de Pupe Werkgartner; 6 - Sinal do buraco da fechadura; 7 - Sinal do “T”; 8 - Sinal do pé de galinha; 9 - Sinal de Benasi. Tiro encostado no crânio causando acúmulo de pólvora na região. ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA – aula 06 CALOR: DIFUSO DIFUSO: (espalhado) - PODE OCASIONAR a) insolação: O calor encontrado no meio ambiente, pode agir sobre suas vítimas por maus tratos ou acidente, causando a insolação, podendo ocasionar desidratação, hipotensão, diminuição da consciência e até a morte. Interesse jurídico: investigação de maus tratos >> Lesão: eritema simples (vermelhidão) b) Intermação: ou confinamento: Dá-se pela permanência em locais pouco arejados, gerando um enorme calor, desidratação e aumento da frequência cardíaca, podendo chegar ao coma e, por vezes, até a morte. DIRETO: queimaduras de 1º, 2º, 3º e 4º graus 1º grau: derme, vermelhidão na pele, eritema (sinal de Christinson); 2º grau: derme + epiderme, flictenas (bolhas) (sinal de Chambert); 3º grau: derme + epiderme + músculos, escarifação, cicatrizes horríveis; 4º grau: carbonização: derme + epiderme + músculos + ossos: tais queimaduras podem ocultar fraturas - Sinal do pugilista: mão de lutador. Síndrome de Munchausen: Desvio de personalidade de pais que, com intuito de chamar a atenção para si, maltratam seus filhos. Queimaduras simétricas: Podem ser originadas por maus tratos, exemplos: - água fervendo 100º: 10 a 15 seg. para queimaduras de 1º grau e cerca de 1 min. para uma queimadura de 3º grau; - cigarro 3000º : leva cerca de 30 segundos para uma ocasionar uma carbonização. Perícia: Vivo ou morto? A perícia analisa o corpo e, através dos diagnósticos abaixo indicados, constata se a queimadura ocorreu em vida ou após a morte: Eritema: não é produzido após a morte; Flictenas: no vivo é rica em líquido seroso, no vivo com coloração amarelada e com eritemas, no morto com líquido achocolatado. Exame de necropsia encontram fuligem na traquéia e brônquios, queimaduras internas e CO² abundante na corrente sanguínea. II) ENERGIA ELÉTRICA A) Natural: Raios cósmicos (descargas rapidíssimas das nuvens para o solo e do solo para as nuvens - geralmente nos picos de montanhas). Os raios possuem uma carga elétrica de aproximadamente 300.000 watts, 2cm de espessura por 30 cm de largura. Os raios procuram as extremidades e líquidos são ótimos condutores da descarga. Situações de lesões: 1) Fulguração: passagem de energia elétrica pelo organismo, sem o evento morte. 2) Fulminação: passagem de energia elétrica pelo organismo, com o evento morte. Sinais Típicos: a) Vasoplegia: o raio entra pelas veias que conduzem líquidos (sangue), causando petrificação das mesmas (sinal de Lichtenberg); b) Imantação de medalhas: estampa medalhas, correntes, relógios na derme. B) Industrial: (ou artificial) Doméstica: Correntes alternadas Condutoras: correntes contínuas. Baixa tensão: menos de 250 volts, age direto no coração, causando fibrilação (contração das fibras do coração, desordenando-o) Alta tensão: mais de 250 volts, age sobre o centro respiratório ocasionando para respiratória Eletrocussão: passagem da corrente elétrica industrial pelo organismo humano com o evento morte. Eletroplessão: passagem da corrente elétrica industrial pelo organismo humano sem o evento morte. Sinais típicos: a) Marca Elétrica de Jellineck: trata-se de queimadura com profundidade variável, bordas rígidas e enegrecidas, que não doem e não infeccionam. b) metalizações elétricas: lesões simples e superficiais formadas pela impregnação na pele por partículas elétricas dos condutores, como se fossem tatuagens metálicas, destituídas por esfoliação. c) queimaduras elétricas: provocadas por correntes de alta tensão que pode atingir até o 4º grau de queimadura ou apenas inflamação, febre, dores e fica com o formato do condutor. EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA – aula 07 Alcoolismo: é o termo que designa as anomalias clínicas resultantes de intoxicações pelo consumo excessivo e prolongado de bebidas alcoólicas. Causa Real do Alcoolismo: desconhecida, sendo uma predisposição do alcoólatra em razão de algum transtorno psicoemocional (autoafirmação, alívio de tensão, etc.) FASES DO ALCOOLISMO: Segundo estudos da OMS, para que uma pessoa se torne um alcoólatra, em regra, passa por quatro fases: A) Socialmente (pré-alcoólica) – dura de seis meses a dois anos (bailes, formaturas, etc.); B) Escondido (beta de Jellineck) – instalação do hábito de beber escondido acompanhado de sentimentos de culpa, vergonha e agressividade; C) Exagero (crucial) – o consumo do álcool se torna exagerado, o comportamento agressivo, abandono do trabalho e atrito com familiares, diminuição de atividade sexual; D) Fase crônica – decadência progressiva do indivíduo, física, psíquica e social. Alcoólatra (OMS): é o “bebedor excessivo, cuja dependência chegou ao ponto de lhe criar transtornos em sua saúde física, ou mental, nas relações interpessoais e na sua função social e econômica e que, por isso, necessita de tratamento” Efeitos do álcool: interfere na capacidade motora e psíquica, causando lentidão no raciocínio, dificuldade de assimilação e pode inibir a resposta sexual. Tipos de bebidas: - Fermentados: Cerveja, Vinho, etc. Destilados: Whisky, pinga, vodka, etc; Levemente alcoolizados: licor, vinho do porto O álcool tem grande afinidade com a gordura, portanto, estando na corrente sangüínea irá procurar local rico nesse elemento, no caso, o cérebro, que contém grande quantidade de gordura. FASES DA EMBRIAGUEZ: Excitação: o indivíduo fica agitado (macaco); Confusão: Agressividade (leão); Sono: sonolência (porco) Tipos de Embriaguez: a) Acidental – é aquela embriaguez fruto de força maior ou caso fortuito. O saudoso mestre Mirabete, em seu Manual de Direito Penal, ministrou que essa espécie “trata-se de caso de exclusão da imputabilidade e, portanto, da culpabilidade, fundado na impossibilidade da consciência e vontade do sujeito que pratica crime em estado de embriaguez completa acidental”. É a hipótese aventada no § 1º do artigo 28 supra destacado. b) Não Acidental – é a voluntária ou culposa (prevista no art. 28, II, CP). Na voluntária, o agente quer beber, mas não para cometer crimes (o agente simplesmente quer embriagar-se); na culposa, o agente negligentemente ou imprudentemente se embriaga (é o exagero). Esse tipo de embriaguez não exclui a punibilidade, mesmo quando completa. c) Patológica – é a embriaguez doentia (alcoolismo). É equiparada a uma anomalia psíquica. O Professor Bitencourt resolve a questão, concluindo que “a embriaguez patológica manifesta-se em pessoas predispostas, e assemelha-se à verdadeira psicose, devendo ser tratada, juridicamente, como doença mental, nos termos do art. 26 e seu parágrafo único”. A embriaguez patológica, então, é equiparada a uma doença, não encontrando guarida legal no artigo 28, cerne do presente estudo, mas sim no artigo 26, que trata das hipóteses de inimputabilidade. d) Preordenada – o agente se embriaga para cometer crimes (é proposital). Não exclui a imputabilidade penal, pois, o agente se embriaga para fortalecer sua coragem, podendo, ainda, ter sua pena agravada por essa circunstância (art. 61, II, l, CP). Inimputáveis Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. Embriaguez completa: § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Embriaguez incompleta § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. EXAMES: Clínico: Valor absoluto de prova: hálito alcoólico, vômitos, sonolência, coma, arrogância, prova de Roomberg (equilíbrio), prova do quatro, fala distorcida, grafia, etc. Bafômetro: Tem valor relativo; Químico: dosagem alcoólica na corrente sanguínea. FATORES QUE ACELERAM OU RETARDAM A INSTALAÇÃO DA EMBRIAGUEZ Vacuidade gástrica (acelera); Velocidade da ingestão; Medicamentos; Peso; Sexo; etc Responsabilidade Penal e Dependência química – AULA 08 1. Dever jurídico de responder pelo seu ato 2. Determinada pelo Juiz, dependendo da capacidade de imputação IMPUTABILIDADE: Capacidade de entender e de querer. Avaliada pelo Psiquiatra forense RESPONSABILIDADE PENAL *Conjunto de condições pessoais que dá ao agente a capacidade para lhe ser juridicamente imputado um ato punível *É preciso que haja uma lei anterior que diga que o fato é um crime. *O agente que cometeu um crime vai responder perante a sociedade ou a justiça pelo crime que cometeu. INCIDENTE DE DEPENDÊNCIA TÓXICOLOGICA *PERÍCIA pode ser solicitada: *FAMÍLIA *JUIZ *PROMOTOR *ADVOGADO AVALIAÇÃO DA IMPUTABILIDADE PENAL: *BIOLÓGICO: basta ter DOENÇA MENTAL, PERTURBAÇÃO SAÚDE MENTAL, DESENVOLVIMENTO INCOMPLETO OU RETARDADO. *PSICOLÓGICO: CONDIÇÃO EMOCIONAL ESPECIAL *BIOPSICOLOGICO (BRASIL) não basta ter DOENÇA MENTAL, é necessário AO TEMPO DO FATO, TER TIDO COMPROMETIMENTO TOTAL OU PARCIAL DA CAPACIDADE DE ENTENDER O CARATER ILÍCITO DO FATO OU DA CAPACIDADE DE DETERMINAR- SE DE ACORDO COM ESTE ENTENDIMENTO. ART 26 CÓDIGO PENAL (1940) “É isento de pena o agente, que por doença mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou omissão, totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- se de acordo com este entendimento”. *CAPACIDADE DIMINUÍDA: A pena pode ser reduzida de um a dois terços se o agente em virtude da Perturbação da Saúde Mental ou do Desenvolvimento incompleto ou retardado ao tempo da ação ou omissão não possuía a plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato e/ou de determinar- se de acordo com este entendimento”. IMPUTABILIDADE: 1. Imputabilidade PENA 2. Semi-imputabilidade* 3. Inimputabilidade* * Medida de Segurança: tratamento ambulatorial ou hospitalar * Redução da Pena INCIDENTE DE DEPENDÊNCIA – ÁLCOOL EMBRIAGUEZ: 1. Embriaguez voluntária ou culposa não exclui a imputabilidade penal (Art. 28): 2. Embriaguez pré-ordenada pode agravar a pena (Art. 61): 3. ACTO LIBERA IN CAUSA EMBRIAGUEZ (Artigo 28 do CP): DUAS EXCEÇÕES: 1. Embriaguez completa por caso fortuito ou força maior + inteiramente incapaz 2. Embriaguez por caso fortuito ou força maior + parcialmente incapaz Caso fortuito – ingesta acidental Força maior – ingesta por coação DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL NÃO ESTÁ PREVISTO NA LEI POSSIBILIDADES: DEPENDÊNCIA FÍSICA + EMBRIAGUEZ = CONSIDERAR O COMO “FORÇA MAIOR” DEPENDÊNCIA FÍSICA/SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA = CONSIDERAR COMO DOENÇA MENTAL OU PERTURBAÇÃO DA SAÚDE MENTAL. Lei 6.368/76 Artigo 12, 16,19/ Lei 11.343/06* Artigo 33, 28, 45 e 46 CAPÍTULO II DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS INCIDENTE DE DEPENDÊNCIA – OUTRAS DROGAS: Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado. Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. SEMI-IMPUTABILIDADE OU INIMPUTABILIDADE: PENA PODE SER REDUZIDA DE 1/3 A 2/3, que cabe ao JUIZ. DOENÇA MENTAL PERTURBAÇÃO DA SAÚDE MENTAL DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO RETARDAMENTO MENTAL LINGUAGEM JURÍDICA CAPACIDADE DE DETERMINAÇÃO PERÍCIA - MOMENTO VOLITIVO DA RESPONSABILIDADE VIOLENTA EMOÇÃO OU PAIXÃO -> Não diminui a Responsabilidade Penal. EMBRIAGUEZ - Não exclui a responsabilidade o agente que por embriaguez comete um crime. ACIDENTAL: POR CAUSO FORTUITO: INGESTÃO ACIDENTAL, suco colocado por outra pessoa FORÇA MAIOR: INGESTÃO POR COAÇÃO, obrigada NÃO ACIDENTAL: Porque quis Culposa: por recreação e foi imprudente Pré-ordenada: propositadamente para cometer crime PERÍCIA tempos depois *Teste embriaguez *EMBRIAGUEZ: COMPLETA OU INCOMPLETA *Narração: antes, durante , após delito *Testemunhas PERÍCIA: Não basta diagnosticar, é preciso avaliar nexo causal, para o delito descrito na denuncia: *IMPUTÁVEL *SEMI-IMPUTÁVEL *INIMPUTÁVEL *NEXO DE CAUSALIDADE *Alteração da consciência: turvação ou obnubilação. *CAPACIDADE DE ENTENDIMENTO *CAPACIDADE DE DETERMINAÇÃO *Não tanto a quantidade, mas a magnitude do comportamento logo após o uso: Agitação psicomotora intensa, excitabilidade, agressividade, frangofilia, turvação do sensório e obnubilação da consciência, amnésia lacunar posterior, hostilidade. USO NOCIVO -NÃO REDUZ, NEM ELIMINA RESPONSABILIDADE. SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA *Tolerância *Abstinência ABSTINÊNCIA FÍSICA Por redução ou suspensão do uso da substância Sudorese intensa Náuseas e vômitos Diarréia, Taquicardia Taquipnéia Tremores intensos Palidez Incontinência urinária ou fecal Hipotensão arterial Miocimias e mioclonias ABSTINÊNCIA -Se foi praticado em razão da abstinência -Se tem nexo de causalidade com ela -Se as capacidades de entendimento ou de determinação foram abolidas ou reduzidas DOENÇA MENTAL: *Delirium, *Transtorno psicótico, *Síndrome amnésitca, *Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia CAUSAS DE EXCLUSÃO DE IMPUTABILIDADE: DOENÇA MENTAL; DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO; - DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO; EMBRIAGUEZ COMPLETA, PROVENIENTE DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR. - LAUDO IDENTIFICAÇÃO. DADOS PROCESSO, VERSÃO DO PERICIADO DOS FATOS, ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES, EXAME DO ESTADO MENTAL, DISCUSSÃO E CONCLUSÕES, RESPOSTAS AOS QUESITOS CONCLUSÕES PERICIAIS Há transtorno mental? a) Não encerrada b) Sim 2-Diagnóstico: Terminologia jurídica/ CID 10 3- Em razão do Transtorno mental diagnosticado, qual a capacidade de entendimento? 4- Em razão do Transtorno mental diagnosticado, qual a capacidade de determinação? Infortunística - Aula 09 Conceito: São estudos médico e jurídico dos acidentes de trabalho e das doenças causadas pelo exercício do trabalho em situações insalubres e perigosas, suas conseqüências, meios de prevenir e repará-los, bem como define a Lei de Planos de Benefícios da Previdência Social n° 8.213/91. Na seara médica, os exames serão solicitados pela via administrativa com a finalidade de assegurar ao acidentado a obtenção do beneficio previdenciário, pois a norma vigente incube ao Instituto Nacional da Seguridade Social, com sua perícia médica. Já na seara judiciária, a perícia médica tem por finalidade de servir como auxilio para os juízes para solucionar determinadas situações entre o acidentado e a seguradora, como o INSS, ou mesmo uma seguradora privada. Classificação São três situações para caracterizar a infortunística: a) Acidente do trabalho: decorre do exercício da atividade laborativa, a serviço da empresa, dentro ou a caminho dela, gerando dano físico ou perturbação funcional, podendo resultar morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade laborativa; b) Doença profissional: independe de nexo causal ou presumido, deve demonstrar a existência da doença e estando no contrato de trabalho classificada como profissional, tendo como certeza, quanto à doença devido ao exercício da atividade que o ocasionou ou fez surgir ou agravar o estado patológico; c) Doença do trabalho: resulta de condições especificas que a atividade laborativa se realiza, exigindo, inclusive da demonstração de incapacidade e do exercício do trabalho, devendo também provar o nexo causal. Elementos caracterizadores do acidente do trabalho: 1- Existência de uma lesão ou dano pessoal: causa incapacidade permanente, temporária ou mesmo morte, tendo sua origem no trabalho e ser caracterizada como acidente, doença profissional ou doença do trabalho. 2- Incapacidade para o trabalho: Pode ser temporária ou permanente. Se permanente, poderá ser total ou parcial. A incapacidade temporária é quando mantém o trabalhador afastado por um período inferior a um ano. A incapacidade permanente parcial reduz a capacidade laborativa por toda a vida. A incapacidade permanente e total para o trabalho é a invalidez, que reduz a capacidade para a execução de qualquer atividade ou ocupação. Nexo de causalidade Trata-se da relação entre os efeitos (danos) do acidente e sua etiologia. No acidente-tipo não é difícil estabelecer o nexo etiológico, bem como ocorre com as doenças do trabalho, não pelo seu diagnóstico, mas pela relação entre causa e efeito. Havendo vinculação dos efeitos (dano) a uma energia relacionada ao trabalho, estabelece-se o “nexo causal”. A causa é o fator que desencadeia o acidente (morte ou incapacidade), podendo ser única ou associada a causas secundárias, denominadas de concausas, assim, podemos dividir em: Preexistentes: Doenças em estado latente ou declarado e deficiências orgânicas que se agravaram com o acidente ou contribuíram para que ele ocorresse. P. ex. hérnia. Concomitantes: Há simultaneidade manifestada com o acidente, tornando confuso. P.ex. hipotensão grave. Supervenientes: São complicações do acidente ou mesmo atos médicos que objetivam tratar o acidentado. P.ex. tétano. Aspectos médicos – Lei 6.367 de 24 de dezembro de 1976. Conforme o artigo 2º da Lei n.º 6.367/76 "Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho". Integram o conceito de acidente o fato lesivo à saúde física ou mental, o nexo causal entre este e o trabalho e a redução da capacidade laborativa. A lesão é caracterizada pelo dano físico-anatômico ou mesmo psíquico. A perturbação funcional implica dano fisiológico ou psíquico nem sempre aparente, relacionada com órgãos ou funções específicas. Já a doença se caracteriza pelo estado mórbido de perturbação da saúde física ou mental, com sintomas específicos em cada caso.(OLIVEIRA, 1994, p.1). Por seu turno, com a nova definição dada pela nova Lei n.º 8213/91, dispõe o artigo 19 deste Diploma Legal, "verbis": Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Nexo de Causalidade a luz da Lei 6.367/76 De acordo com a Lei n.º 6.367/76 no seu art. 2.º o acidente do trabalho tem que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa. Tem que haver causalidade para que haja infortúnio do trabalho. Para isso, a causa do acidente ou doença tem que Ter relação com o trabalho, tem que ser no exercício da atividade para que se tenha relevância jurídica O empregado que sofre um acidente dentro do ambiente do trabalho ou no trajeto (o acidente de trajeto esta previsto na lei acidentária urbana em seu art. 2.º, § 1.º, V, d) deste se caracteriza como acidente do trabalho, como também no casos de morte, redução da capacidade laborativa, ou seja, o acidente deverá ser resultante da prestação laborativa e que a incapacidade ou morte sejam resultantes desta. Se no caso o empregado foi morto por conseqüência de briga com um desafeto não houve risco profissional, nesse caso não há amparo infortunístico, e esse trabalhador receberá simplesmente benefícios previdenciários, que são de menor valor que os de ordem acidentárias. servindo esta regra para trabalhadores urbanos e rurais. Além disso, o benefício previdenciário exige um período de carência que deve ser respeitado, enquanto que no de ordem acidentária a cobertura é automática, de acordo com a Lei n.º 6.367/76 no seu art. 4.º. De uma simples análise dos dispositivos em comento infere-se que o conceito é sempre o mesmo. A diferença que se nota está na abrangência que a Lei 8.213 deu a uma classe especial de segurados, até então não tutelados, quais sejam, os referidos no inciso VII do artigo 11 do sobredito Diploma Legal. É preciso que, para a existência do acidente do trabalho, exista um nexo entre o trabalho e o efeito do acidente. Esse nexo de causa-efeito é tríplice, pois envolve o trabalho, o acidente, com a consequente lesão, e a incapacidade, resultante da lesão. Deve haver um nexo causal entre o acidente e o trabalho exercido. Inexistindo essa relação de causa-efeito entre o acidente e o trabalho, não se poderá falar em acidente do trabalho. Mesmo que haja lesão, mas que esta não venha a deixar o segurado incapacitado para o trabalho, não haverá direito a qualquer prestação acidentária.(MARTINS, 1999, p.399). O perito é o responsável para dizer se há nexo de causalidade entre o acidente e o trabalho, se esta causa do infortúnio é instantânea, como no caso de acidentes, ou se é progressiva, como no caso de doença. Existem casos em que o nexo é presumido, como no caso de doenças profissionais, mas na maioria dos casos é necessário verificar se há relação do evento com o trabalho diante do texto legal e da prova pericial. Concluímos então que a doença profissional tem que estar relacionada com a atividade profissional e deve ser reconhecida pela Previdência Social. A doença pode ser típica ou atípica. Ela é típica quando não há nexo causal presumido, ou seja, terá que ser determinada através de perícia. Já a atípica há o nexo causal presumido em lei, tem relação com a atividade que desempenha, sendo reconhecida pela Previdência Social. Para efeito de cobertura acidentária não importa essa distinção. SISTEMA DECADACTILAR DE VUCETICH – AULA 10 Desenvolvido por Juan Vucetich em três sistemas básicos para identificação: Fórmula dactiloscópica, sistema por deformidade e outros pontos de identificação. FÓRMULA DACTILOSCÓPICA Importante para a fração: V (verticilo) = 4 E (presilha externa) = 3 I (presilha interna) = 2 A (arco) = 1 Obs.: Deformidades Cicatriz = X Ausência de falânge = 0 -Outros pontos de identificação: -São outros desenhos existentes junto aos desenhos anteriores. Aqui temos: Ilhota - pequeno fragmento de uma linha (crista). Cortada - extensão maior de uma linha (crista). Forquilha - linha que se bifurca formando um ângulo agudo. Bifurcação – linha que se bifurca formando um ângulo obtuso amplo. Encerro – são duas linhas cortadas que se cruzam formando um espaço fechado Todos os indivíduos de uma população a ser identificada que tiverem pela forma comum representada pela fração resultante da análise das cristas papilares, conforme explicado na lousa. Exemplos: A4214, A2421 ficam arquivados em conjunto, facilitando, dessa maneira, a identificação. As cristas não são lineares e formam inúmeros desenhos. Ex.: ao examinar determinada impressão, se encontrados 12 (doze) pontos de coincidência, pode-se identificar certamente o indivíduo. A esse sistema de identificação dá-se o nome de sistema decadactilar 10 (dez) dedos
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