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Despesa Pública: Conceito e Classificação

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2 DESPESA PÚBLICA
Conceito: Conceitua-se como despesa pública o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público a qualquer título, a fim de saldar gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, visando à realização e ao funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido, a despesa é parte do orçamento, ou seja, aquela em que se encontram classificadas todas as autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais. Em outras palavras, as despesas públicas formam o complexo da distribuição e emprego das receitas para custeio e investimento em diferentes setores da administração governamental.
2.1. DIVIDE-SE EM:
Despesa Orçamentária: é aquela fixada no orçamento público, logo, para sua realização depende de autorização legislativa.
Despesa Extra-Orçamentária: são aquelas não previstas no orçamento. Sua execução independe de autorização legislativa. Correspondem à restituição ou entrega de valores arrecadados sob o título de receita extra-orçamentária. Ex.: devolução de fianças e cauções; recolhimento de imposto de renda retido na fonte, etc.
2.2. ESTÁGIOS DA DESPESA
Os estágios da despesa são: fixação, programação, empenho, liquidação e pagamento. 
a) Fixação: é o montante da despesa autorizada na LOA;
b) Programação: é o cronograma de desembolso e a programação financeira;
c) Empenho: é o ato emanado de autoridade competente que cria para o estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição; 
d) Liquidação: é a verificação do implemento de condição, ou seja, verificação objetiva do cumprimento contratual; 
e) Pagamento: é a emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor.
2.3. PODEM SER CLASSIFICADAS:
a) QUANTO A SUA SAÍDA:
Despesa Orçamentária é aquela que depende de autorização legislativa para ser realizada e que não pode ser efetivada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente.
Despesa extra-orçamentária Constituem despesa extra-orçamentária os pagamentos que não dependem de autorização legislativa, ou seja, não integram o orçamento público. Resumem-se a devolução de valores arrecadados sob título de receitas extra-orçamentárias.
b) QUANTO À NATUREZA:
Para classificar uma despesa quanto à sua natureza deve-se considerar a categoria econômica, o grupo a que pertence, a modalidade da aplicação e o elemento. 
	O código da classificação da natureza da despesa é constituído por seis algarismos, onde:
	1º : indica a categoria econômica da despesa;
	2º : indica o grupo da despesa;
	3º/4º : indicam a modalidade da aplicação; e
	5º/6º : indicam o elemento da despesa (objeto de gasto).
Ex.:
X X XX XX
	 3. 3. 90. 30
	 	categoria econômica (corrente);qual o efeito econômico da despesa
 	natureza da despesa (outras d. correntes) ; qual classe será o gasto
 	modalidade (aplicações diretas) ; qual estratégia
				elemento (material de consumo) ; quais insumos serão adquiridos
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA (Art. 12 da Lei 4.320/64): procura fornecer informações para análise de caráter econômico. Sua ênfase está no efeito dos gastos sobre a economia e na natureza da despesa. Divide a despesa em:
Despesas Correntes: são os gastos de natureza operacional, realizados pela administração pública, para a manutenção e o funcionamento dos seus órgãos. Não alteram os bens patrimoniais. Não vai constituir um bem. Ex.: pagamento de pessoal, material de consumo, etc..
Despesas de Capital: são gastos efetuados pelo poder público com o objetivo de criar novos bens de capital, ou mesmo adquirir bens de capital já em uso, por exemplo, execução de obras, compra de instalações, equipamentos, material permanente dentre outros. Vai alterar os bens patrimoniais.
Desse modo temos:
Despesas Correntes 
	Despesas de Custeio
	Transferências Correntes
Despesas de Capital
	Investimentos 
	Inversões Financeiras
	Transferências de Capital”
A despesa por natureza responde à indagação “o que” será adquirido e “qual” o efeito econômico da realização da despesa?
 3. DESPESAS CORRENTES
		DESPESAS DE CUSTEIO
		Despesas para manter serviços anteriormente criados, bem como o pagamento de pessoal, material e contratação de terceiros;
		TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
		Despesas as quais não correspondam contraprestação direta de bens e serviços (cobre as de custeio).
 4. DESPESAS DE CAPITAL
		INVESTIMENTOS
		Despesa para o planejamento e a execução de obras, inclusive para a aquisição de imóveis ou a que aumente o capital público.
		4.2INVERSÕES FINANCEIRAS
		Despesas para a aquisição de bens já em utilização;
		Despesas para a aquisição de título de capital de empresas quando a operação não resultar aumento de capital.
		4.3TRANSFERENCIAS DE CAPITAL
		Despesas para cobrir as de investimentos e inversões financeiras.
 
	
A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados mediante transferência para outras esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, para entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, bem como outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo.
A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos.
 
 01. Aposentadorias e Reformas
 03. Pensões
 04. Contratação por Tempo Determinado - Pessoal Civil
 05. Outros Benefícios Previdenciários
 06. Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
 07. Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
 08. Outros Benefícios Assistenciais
 09. Salário-Família 
 10. Outros Benefícios de Natureza Social
 11. Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil
 12. Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar
 13. Obrigações Patronais
 14. Diárias - Civil (1)
 15. Diárias - Militar (1)
 16. Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil
 17. Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar
 18. Auxílio Financeiro a Estudantes
 19. Auxílio-Fardamento
 20. Auxílio Financeiro a Pesquisadores (2)
 21. Juros Sobre a Dívida por Contrato
 22. Outros Encargos Sobre a Dívida por Contrato
 23. Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
 24. Outros Encargos Sobre a Dívida Mobiliária
 25. Encargos Sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita
 30. Material de Consumo
 32. Material de Distribuição Gratuita
 33. Passagens e Despesas com Locomoção
 35. Serviços de Consultoria
 36. Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
 37. Locação de Mão-de-Obra
 38. Arrendamento Mercantil
 39. Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
 41. Contribuições
 42. Auxílios
 43. Subvenções Sociais
 44. Subvenções Econômicas
 45. Equalização de Preços e Taxas
 46. Auxílio-Alimentação (4)
		 47. obrigações tributárias e contributivas
		 48. outros auxílios financeiros a pessoas físicas
		 49. auxílio-transporte
 51. Obras e Instalações 
 52. Equipamentos e Material Permanente
 61. Aquisição de Imóveis
 62. Aquisição de Bens Para Revenda
 63. Aquisição de Títulos de Crédito
 64. Aquisição de Títulos Representativos de Capital já integralizado
 65. Constituição ou Aumentode Capital de Empresas
 66. Concessão de Empréstimos
 67. Depósitos Compulsórios
 71. Principal da Dívida por Contrato
	 	 72. Principal da Dívida Mobiliária Resgatada (3)
	 	 73. Correção Monetária e Cambial da Dívida por Contrato
	 	 74. Correção Monetária e Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada (3)
	 	 75. Correção Monetária de Operações de Crédito por Antecipação da Receita
 76. Principal da Dívida Mobiliária Refinanciada (3)
		 77. principal da dívida contratual refinanciado
 91. Sentenças Judiciais
 92. Despesas de Exercícios Anteriores
 93. Indenizações e Restituições
		 94. indenizações e restituições trabalhistas
		 95. indenização pelo trabalho de campo
		 96 ressarcimento de despesas de pessoal requisitado
98 - Investimentos – Orçamento de Investimentos 
99 - A Classificar
 
 
Para saber mais
CLASSIFICAÇÃO POR GRUPOS DE NATUREZA DA DESPESA
	Classifica as despesas nos seguintes grupos:
Pessoal e Encargos;
Juros e Encargos da Dívida;
Outras Despesas Correntes;
Investimentos;
Inversões Financeiras;
Amortização da Dívida;
Outras Despesas de Capital.
Combinação dos Grupos de Despesas e Elementos de Despesa:
GRUPOS				 EXEMPLOS DE ELEMENTOS
1 - Pessoal e Encargos Sociais	01 - Aposentadorias e Reformas
					03 - Pensões
					04 - Contratação por Tempo Determinado
					05 - Outros Benefícios Previdenciários
					11 – Vencimentos e Vantagens Fixas – Pess. Civil
					13 – Obrigações Patronais
					16 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil
					17 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar
2 - Juros e Encargos da Dívida	21 - Juros sobre a Dívida por Contrato
					22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
					23 - Juros, Deságios e Descontos da Dív. Mobiliária
					24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
3 - Outras Despesas Correntes	30 - Material de Consumo
					32 - Material de Distribuição Gratuita
					33 - Passagens e Despesas com Locomoção
35 - Serviços de Consultoria
36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
37 - Locação de Mão-de-Obra
38 - Arrendamento Mercantil
39 - Outros Serviços de Terceiros – Pess. Jurídica
4 – Investimentos			51 – Obras e Instalações
52 – Equipamentos e Material Permanente
61 – Aquisição de Imóveis
92 – Despesas de Exercícios Anteriores
5 – Inversões Financeiras 		61 – Aquisição de Imóveis
63 - Aquisição de Títulos de Crédito
64 – Aquis. Títulos Repr. Capital já Integralizado
6 – Amortização da Dívida 	 	71 – Principal da Dívida Contratual Resgatado
72 – Principal da Dívida Mobiliária Resgatado
– Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada
Para saber mais
c) CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 
	Classificação Institucional - responde à indagação “quem” é o responsável pela programação?
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL: Esta classificação identifica as instituições (os órgãos e as unidades) orçamentárias detentoras dos recursos. Sua ênfase é na responsabilidade pelo gasto (o que o órgão pode gastar e quanto pode gastar).
Ex.: 09 - CHEFIA DO PODER EXECUTIVO
09.01 - GABINETE DO SECRETÁRIO - CASA CIVIL
	No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária.
	1º
	
	2º
	
	
	3º
	
	4º
	
	5º
	Órgão Orçamentário
	
	
	Unidade Orçamentária
Exemplos de Órgão Orçamentário e Unidade Orçamentária do Governo Federal:
	ÓRGÃO
	UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
	26000
	Ministério da Educação
	26242
	Universidade Federal de Pernambuco
	
	
	26277
	Fundação Universidade Federal de Ouro Preto
	
	
	26321
	Escola Agrotécnica Federal de Manaus
	30000
	Ministério da Justiça
	30107
	Departamento de Polícia Rodoviária Federal
	
	
	30109
	Defensoria Pública da União
	
	
	30911
	Fundo Nacional de Segurança Pública
	39000
	Ministério dos Transportes
	39250
	Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT
	
	
	39252
	Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT
	PROFESSOR: PAULO LACERDA
	 (Orçamento Público) – 5ª, 6ª e 7ª AULAS 
	
DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS: PJLACERDA@HOTMAIL.COM 8
Cabe ressaltar que uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com as Unidades Orçamentárias “Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.
Essa classificação responderá: em qual órgão será o gasto
Reflete a estrutura organizacional e administrativa pública e está estruturada em dois níveis:
		a) órgãos setoriais: 1º e 2º dígitos
				Presidência da república
		b) unidades orçamentárias: 3º, 4º e 5º dígitos
				- Gabinete do Presidente
- Gabinete do Vice-Presidente
- Gabinete Civil
Corresponde aos órgãos e às unidades orçamentárias que constituem o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. 
Sua vantagem está em permitir a identificação do responsável pela execução de determinado programa ou ação governamental.
d) CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Classificação Funcional - responde à indagação “em que área” de ação governamental a despesa será realizada? A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria no 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de uma classificação independente dos programas. Por ser de aplicação comum e obrigatória no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, a classificação funcional permitirá a consolidação nacional dos gastos do setor público.
A classificação funcional é composta por 5 dígitos numéricos: XX.XXX Os dois primeiros indicam a função, Os três últimos indicam a subfunção
Função: A função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. 
Subfunção: A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determinado subconjunto de despesas e identificar a natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. Subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estão relacionadas na Portaria no 42, de 1999. As ações estarão sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. Haverá possibilidade de matricialidade na conexão entre função e subfunção - combinar qualquer função com qualquer subfunção -, mas não na relação entre ação e subfunção. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra será classificada em uma única função, ao passo que a subfunção será escolhida de acordo com a especificidade de cada ação. 
Exemplo:
	FUNÇÕES
	SUBFUNÇÕES
	01 - Legislativa
	031 - Ação Legislativa
032 - Controle Externo
	02 - Judiciária
	061 - Ação Judiciária
062 - Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário
	03 - Essencial à Justiça
	091 - Defesa da Ordem Jurídica
092 - Representação Judicial e Extrajudicial
	04 - Administração
	121 - Planejamento e Orçamento
122 - Administração Geral
123 - Administração Financeira
124 - Controle Interno
125 - Normatização e Fiscalização
126 - Tecnologia da Informação
127 - Ordenamento Territorial
128 - Formação de Recursos Humanos
129 - Administração de Receitas
130 - Administração de Concessões
131 - Comunicação Social05 - Defesa Nacional
	151 - Defesa Área
152 - Defesa Naval
153 - Defesa Terrestre
	06 - Segurança Pública
	181 - Policiamento
182 - Defesa Civil
183 - Informação e Inteligência
	07 - Relações Exteriores
	211 - Relações Diplomáticas
212 - Cooperação Internacional
	08 - Assistência Social
	241 - Assistência ao Idoso
242 - Assistência ao Portador  de Deficiência
243 - Assistência à Criança e ao Adolescente
244 - Assistência Comunitária
	09 - Previdência Social
	271 - Previdência Básica
272 - Previdência do Regime Estatutário
273 - Previdência Complementar
274 - Previdência Especial
	10 - Saúde
	301 - Atenção Básica
302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial
303 - Suporte Profilático e Terapêutico
304 - Vigilância Sanitária
305 - Vigilância Epidemiológica
306 - Alimentação e Nutrição
	11 - Trabalho
	331 - Proteção e Benefícios ao Trabalhador
332 - Relações de Trabalho
333 - Empregabilidade
334 - Fomento ao Trabalho
	12 - Educação
	361 - Ensino Fundamental
362 - Ensino Médio
363 - Ensino Profissional
364 - Ensino Superior
365 - Educação Infantil
366 - Educação de Jovens e Adultos
367 - Educação Especial
	13 - Cultura
	391 - Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico
392 - Difusão Cultural
	14 - Direitos da Cidadania
	421 - Custódia e Reintegração Social
422 - Direitos Individuais, Coletivos e Difusos
423 - Assistência  aos Povos Indígenas
	15 - Urbanismo
	451 - Infra-Estrutura Urbana
452 - Serviços Urbanos
453 - Transportes Coletivos Urbanos
	16 - Habitação
	481 - Habitação Rural
482 - Habitação Urbana
	17 - Saneamento
	511 - Saneamento  Básico Rural
512 - Saneamento Básico Urbano
	18 - Gestão Ambiental
	541 - Preservação e Conservação Ambiental
542 - Controle Ambiental
543 - Recuperação de Áreas Degradadas
544 - Recursos Hídricos
545 - Meteorologia
	19 - Ciência e Tecnologia
	571 - Desenvolvimento Científico
572 - Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia
573 - Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico
	20 - Agricultura
	601 - Promoção da Produção Vegetal
602 - Promoção da Produção Animal
603 - Defesa Sanitária Vegetal
604 - Defesa Sanitária Animal
605 - Abastecimento
606 - Extensão Rural
607 - Irrigação
	21 - Organização Agrária
	631 - Reforma Agrária
632 - Colonização
	22 - Indústria
	661 - Promoção Industrial
662 - Produção Industrial
663 - Mineração
664 - Propriedade Industrial
665 - Normalização e Qualidade
	23 - Comércio e Serviços
	691 - Promoção Comercial
692 - Comercialização
693 - Comércio Exterior
694 - Serviços Financeiros
695 - Turismo
	24 - Comunicações
	721 - Comunicações Postais
722 - Telecomunicações
	25 - Energia
	751 - Conservação de Energia
752 - Energia Elétrica
753 - Petróleo
754 - Álcool
	26 - Transporte
	781 - Transporte Aéreo
782 - Transporte Rodoviário
783 - Transporte Ferroviário
784 - Transporte Hidroviário
785 - Transportes Especiais
	27 - Desporto e Lazer
	811 - Desporto de Rendimento
812 - Desporto Comunitário
813 - Lazer
	28 - Encargos Especiais
	841 - Refinanciamento da Dívida Interna
842 - Refinanciamento da Dívida Externa
843 - Serviço da Dívida Interna
844 - Serviço da Dívida Externa
845 - Transferências
846 - Outros Encargos Especiais
e) CLASSIFICAÇÃO PROGRAMÁTICA
Estrutura Programática - responde à indagação “para que” os recursos são alocados? (finalidade). Formada por 12 (doze) dígitos, separadas de quatro em quatro. (XXXX.XXXX.XXXX.)
Os quatro primeiros dígitos são numéricos e indicam o programa.
Os quatro seguintes indicam a ação. A ação é identificada por um código alfanumérico de 4 dígitos: 
1º dígito, numérico;
2º, 3º e 4º dígitos, alfanuméricos.
Quando o 1º dígito for:	
· 1, 3, 5 ou 7, a ação corresponde a um projeto;
· 2, 4, 6 ou 8, trata-se de uma atividade;
· 0, refere-se a uma operação especial;
· 9, corresponderá a uma ação não orçamentária, isto é, ação sem dotação nos orçamentos da União, mas que participa dos programas do PPA. 
Os quatro últimos indicam o subtítulo ou localizador do gasto (subtítulo).
Para saber mais
CLASIFICAÇÃO FUNCIONAL-PROGRAMÁTICA
	CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL-PROGRAMÁTICA DA DESPESA – DETALHADA
	DISCRIMINAÇÃO
	CÓDIGO ORÇAMENTÁRIO
	ESPECIFICAÇÃO
	01 – FUNÇÃO
	01
	LEGISLATIVA
	SUBFUNÇÃO
	
	
	01 – PROGRAMA
	01.01
	PROCESSO LEGISLATIVO
	001 – SUBPROGRAMA
	01.01.001
	Ação Legislativa
	1.001 – PROJETO
	01.01.001.1.001
	Conclusão e Ampliação do Prédio
	2.001 - ATIVIDADE
	01.01.001.2001
	Elaboração Legislativa
 XX XXX XXX XXXX XXXX 
	 AA BBB CCCC DDDD EEEE 
	 função
 subfunção
 programas
					 ações
 S subtítulo 
CODIFICAÇÃO COMPLETA 
	ESTADO ESFERA ÓRGÃO UNIDADE FUNÇÃO SUBFUNÇÃO PROGRAMA P/A SUBTÍTULO IDOC
	 01 10 22 101 04 015 0087 2154 0001 9999
2.4. RESTOS A PAGAR
2.4.1 CONCEITO
A Contabilidade Pública cumpre uma função ordinária, comum à contabilidade empresarial (controle patrimonial e evidenciação da situação financeira, dos resultados do exercício, dos fluxos que alteram a situação financeira e das modificações no patrimônio líquido), e outra extraordinária (demonstra a situação das receitas orçamentárias e despesas orçamentárias: previsão/fixação, arrecadação, despesas liquidadas, despesas a liquidar, despesas pagas, restos a pagar e resultado orçamentário). No entanto, a função extraordinária é mais antiga e, mesmo hoje, é o objeto de maiores preocupações por parte das pessoas e órgãos que procedem aos registros contábeis, daqueles que prestam contas da aplicação dos recursos e dos que examinam essas prestações de contas.
“Os restos a pagar constituem compromissos financeiros exigíveis que compõem a dívida flutuante e podem ser caracterizados como as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro de cada exercício financeiro. A Inscrição em Restos a Pagar decorre da observância do Regime de Competência para as despesas. Portanto, as despesas empenhadas, não pagas até o dia 31 de dezembro, não canceladas pelo processo de análise e depuração e, que atendam os requisitos previstos em legislação específica, devem ser inscritas em Restos a Pagar, pois se referem a encargos incorridos no próprio exercício.”
2.4.2 CLASSIFICAÇÃO
Entende-se, como Restos a Pagar Processados, as despesas legalmente empenhadas cujo objeto do empenho já foi recebido, ou seja, aquelas cujo segundo estágio da despesa (liquidação) já ocorreu, caracterizando-se como os compromisso do Poder Público de efetuar os pagamento aos fornecedores.EX.:
	EMPENHO: 10/10/2007
	OBRIGAÇÃO: fazer uma obra até 31/12/2007
	SITUAÇÃO ATUAL: liquidada em 12/12/2007
VERIFICAÇÃO: 31/12/2007
Atitude por parte da administração: Restos a Pagar Processados, pois o credor liquidou sua parte faltando apenas o pagamento por parte do estado.
Despesas empenhadas e liquidadas até o fim do exercício financeiro.
Define-se, como Restos a Pagar Não Processados, as despesas legalmente empenhadas que não foram liquidadas e nem pagas até 31 de dezembro do mesmo exercício, ou seja, verifica que não ocorreu o recebimento de bens e serviços no exercício de emissão do empenho. Entretanto, pelo entendimento da Lei nº 4;.320/64, os restos a pagar não processados devem ser escriturados como obrigação. Com esse procedimento a Contabilidade Pública respeita a referida lei, mas fere o Princípio da Competência, o qual define que a despesa só deve afetar o resultado do exercício no momento em que ocorreu o seu fato gerador.EX.:
	EMPENHO: 10/10/2007
	OBRIGAÇÃO: fazer uma obra até 31/01/2008
	SITUAÇÃO ATUAL: nãoliquidada
VERIFICAÇÃO: 31/12/2007
Atitude por parte da administração: Restos a Pagar Não Processados, pois o credor não liquidou sua parte, mas com tempo de liquidá-la.
3.4 - As despesas caracterizadas como Restos a Pagar se distinguem em processadas (liquidadas) e não processadas (não liquidadas): 
3.4.1 - as liquidadas se referem a créditos empenhados onde o credor já cumpriu todas as formalidades legais de habilitação do pagamento, estando representados contabilmente pelas contas do grupo OBRIGAÇÕES EM CIRCULAÇÃO; 
  3.4.2 - as não liquidadas são os empenhos ainda pendentes e que se encontram em plena execução, não existindo ainda o direito líquido e certo de pagamento, sendo representados na contabilidade pela conta 2.1.2.1.6.02.02 - NÃO PROCESSADOS A LIQUIDAR. 
3.5 - A conta 2.1.2.1.6.02.02 - NÃO PROCESSADOS A LIQUIDAR, conterá os saldos remanescentes de Restos a Pagar do exercício anterior não cancelados pela UG, por meio da transação NE, que indicará, no campo "ESPÉCIE", a opção "4". Caso isto não ocorra, serão baixados automaticamente pelo Sistema por meio do evento 54.1.722. 
3.6 - A inscrição em Restos a Pagar será realizada através do evento 54.1.468, registrando os valores das despesas orçamentárias. 
3.7 - A inscrição das despesas em Restos a Pagar e efetuada no encerramento de cada exercício de emissão da respectiva Nota de Empenho e cancelada ao final do exercício subsequente, permanecendo em vigor, no entanto, o direito do credor por cinco anos a partir da inscrição, quando então prescreverá. 
3.8 - A liquidação, concomitante ou não com o pagamento de Restos a Pagar, será efetuada no recebimento do material, na execução de obra ou na prestação de serviço, independente de requerimento de credor, sendo utilizado para registro os eventos da classe 61.0.XXX, de acordo com a especificação da despesa. 
3.9 - Após o cancelamento da inscrição da despesa em Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado será efetuado mediante emissão de novo empenho, no exercício corrente, a conta de dotação própria, no elemento de despesas de exercícios anteriores. 
3.10 - Caso a Unidade tenha dotação e recursos para o pagamento das obrigações inscritas na conta 2.1.2.1.1.04.00 - Fornecedores por Insuficiência de Créditos/Recursos, utilizar o evento 54.0.378 para a baixa dessas; 
  
2.4.3 - CANCELAMENTO
Se a mesma não for paga no exercício seguinte, deveria ter sua inscrição cancelada. Esse procedimento é admitido nos arts. 69 e 70 do Decreto nº 93.872/86, in verbis:
“Art. 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores.
Art. 70. Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar."
A maioria dos entes da federação adotam o procedimento de cancelar os saldos remanescentes dos Restos a Pagar no final do exercício seguinte ao da sua inscrição. Alguns entes da federação cancelam somente os Não Processados, enquanto que outros cancelam os Processados e os Não Processados. Cabendo lembrar que os Restos a Pagar Processados representam dívidas reais do ente, necessitando, que os mesmos sejam registrados no passivo permanente para compor a dívida fundada do ente.
2.4.4 - LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000), em seu art. 1º, identifica a obediência aos limites e condições da inscrição de Restos a Pagar como um pressuposto de responsabilidade fiscal. In litteris:
“Art. 1º, § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante ... a obediência a limites e condições no que tange ... à inscrição em Restos a Pagar."
Em seguida, determina, ao titular de Poder ou órgão, que qualquer despesa empenhada nos últimos oito meses de seu mandato deve ser totalmente paga no exercício, vedando-se, portanto, sua inscrição ou parte dela em Restos a Pagar, a não ser que haja suficiente disponibilidade de caixa para viabilizar seu correspondente pagamento. 
“Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.”
A Lei de Responsabilidade Fiscal não entra no mérito do que pode ou não ser inscrito em Restos a Pagar, mas sim veda a inscrição em Restos a Pagar no último ano do mandato do governante sem a respectiva cobertura financeira, eliminando de vez as heranças fiscais do passado. Objetiva-se, ao adotar a competência para a despesa, o enxugamento das inscrições de restos a pagar no final de cada exercício financeiro. 
Observe-se, a propósito, que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) define que se considera contraída a obrigação no momento da formalização do contrato administrativo ou instrumento congênere. Assim, essa nova regra se aplica aos restos a pagar previstos no art. 36 da Lei nº 4.320/64. O art. 50 retoma o princípio da transparência – essencial para o controle e a fiscalização dos atos públicos, e determina que as inscrições em Restos a Pagar devem ser feitas de forma a proporcionar a devida transparência das obrigações contraídas: 
“Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:
V - ... as inscrições em Restos a Pagar ... deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor;”
O art. 53, que se refere ao Relatório Resumido, inclui, entre os demonstrativos que o constituem, o relativo aos Restos a Pagar por Poder ou órgão mencionado no art. 20 da LRF:
“Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.”
Já o art. 55 dispõe que o Relatório de Gestão Fiscal de cada Poder ou órgão mencionado no art. 20 da LRF deverá conter informações sobre a inscrição de Restos a Pagar:
“Art. 55. O relatório conterá:
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;”
Finalmente, o art. 59 destaca a importância do acompanhamento e da fiscalização, pelo Poder Legislativo, do cumprimento das normas constantes da Lei de Responsabilidade Fiscal em relação à conta de Restos a Pagar:
“Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:
II - limites e condições para ... a inscrição em Restos a Pagar;”
2.4.5 DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (DEA’s)
As DEA’s estão disciplinadas pelo art. 37 da Lei nº 4.320/64. Além desse dispositivo, cada ente da Federação poderá regulamentar a matéria visando atender às suas peculiaridades, desde que, é evidente, observe os limites traçados pelo Diploma Legal. 
 As DEA’s correspondem a autorizações dadas na lei orçamentária, destinadas a atender a compromissos gerados, conforme o título aduz, em exercícios anteriores. Foram criadas a fim de se desestimular o administrador público a solicitar autorizações para a abertura de créditos especiais cujo objeto contemplasse despesas dessa natureza. Isto porque nem toda despesa empenhada em cada ano necessariamente foi nele gerada ou constituída. Assim, é possível queum dado empenho contemple despesas cuja entrega do bem, obra ou serviço tenha ocorrido em anos anteriores. Mas em que hipóteses o administrador público recorrerá ao empenho à conta de Despesas de Exercícios Anteriores? 
A resposta é dada pelo dispositivo referenciado: dispondo que: 
“As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos (Ver Anexo da Portaria nº 163/2001), obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.” 
Assim três são as hipóteses: 
a) despesas com saldo suficiente para atendê-las e não processadas no mesmo exercício financeiro: ao longo de todo o ano, o Poder Público procede ao empenho de suas despesas, comprometendo-o com um determinado fornecedor. Ao final do exercício, entretanto, é possível que este fornecedor, por motivos diversos, não realize a prestação que se obrigou: não entregue o bem, não preste o serviço ou não realize a obra ou sua etapa. Em outras palavras, tais despesas não se processaram. Nessas situações, as alternativas à disposição do administrador público são apenas duas: ou ele mantém o valor empenhado inscrevendo seu beneficiário em restos a pagar; ou procede à anulação do empenho correspondente. Na hipótese de ele optar por esta última alternativa, o pagamento que vier a ser reclamado em exercícios futuros (pelo fornecedor) poderá ser empenhada novamente, só que à conta de Despesas de Exercícios Anteriores.
b) restos a pagar com inscrição interrompida: retomando a situação descrita no item precedente, na hipótese de o administrador público, entretanto, optar por manter o empenho correspondente, inscrevendo-o em restos a pagar, também é possível, por razões diversas, que o fornecedor não implemente a prestação que se obrigou durante todo o transcorrer do exercício seguinte. Nessa hipótese, o administrador público poderá cancelar o valor inscrito. Se assim ocorrer, o valor que vier a ser reclamado no futuro pelo fornecedor, também poderá ser reempenhado à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. 
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente: em dadas situações, alguns compromissos são reconhecidos pelo administrador público após o término do exercício em que foram gerados. Um bom exemplo dessas situações é o caso de um servidor público cujo filho tenha nascido em dezembro de um ano qualquer mas que somente veio a solicitar o benefício do salário-família em janeiro do ano subseqüente. Para proceder ao pagamento das despesas relativas ao mês de dezembro, é preciso, primeiramente, reconhecê-las e, após, empenhá-las à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. Tais despesas, portanto, sofrem o empenho pela primeira vez, diferentemente das outras duas situações apontadas, cujos objetos já sofreram empenhos no passado. Quanto às despesas relativas ao mês de janeiro e seguintes, serão empenhadas no elemento de despesa correspondente (elemento “09”, de acordo com o Anexo II da Portaria Interministerial nº 163/2001). 
 Ao proceder o reconhecimento dos compromissos, o administrador público ordenará o correspondente pagamento, no mesmo processo em que reconhecer a dívida, oportunidade em que discriminará, pelo menos, os seguintes elementos: 
 • Importância a pagar; 
• Nome, CPF ou CNPJ e endereço do credor; 
• Data do vencimento do compromisso; 
• Causa da inexistência do empenho, no elemento próprio, à conta do orçamento vigente.
Mencione-se ainda que, conforme orienta o dispositivo em comento, os pagamentos das dívidas assim reconhecidas deverão obedecer, sempre que possível, a ordem cronológica. 
2.4.5.1 Despesas de Exercícios Anteriores versus Lei de Responsabilidade Fiscal 
O caput do art. 42 da LC nº 101/2000 assim dispõe: 
“É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito”
2.5. CRÉDITOS ADICIONAIS
“SÃO MECANISMOS RETIFICADORES DE ORÇAMENTO”!
5.1 CONCEITO São chamadas de créditos adicionais as alterações qualitativas e quantitativas feitas no orçamento, com três finalidades principais:
a) reforçar (aumentar, suplementar) uma dotação existente; 
b) criar um crédito orçamentário para atender a despesas não previstas no orçamento; 
c) Atender a despesas imprevisíveis e urgentes. 
Os créditos adicionais são classificados de acordo com a sua finalidade - em:
a) 	suplementares: são os destinados a reforço de dotação orçamentária; 
b) 	especiais: são os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; e 
c) 	extraordinários: são os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como as em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. 
Para saber mais
Importante! A abertura se dá por decreto EXECUTIVO e não por decreto legislativo!
Segue um quadro resumo que ajudará o concursando a identificar as principais características dos créditos adicionais:
	
	Créditos suplementares
	Créditos especiais
	Créditos extraordinários
	Objetivo
	Reforçar (aumentar, suplementar) dotação orçamentária existente.
	Criar crédito para atender despesas não fixadas no orçamento.
	Atender a despesas imprevisíveis e urgentes, em decorrência de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
	Autorização
legislativa
	Necessária antes da abertura do crédito, podendo constar na própria LOA - quando o legislativo autoriza previamente o poder executivo, através da determinação de um percentual do orçamento que poderá ser suplementado – ou em lei específica.
	Necessária antes da abertura do crédito, devendo constar em lei específica.
	Independe de autorização legislativa prévia. Quando a abertura se der por meio de decreto do Poder executivo, este comunicará imediatamente ao legislativo.
	Abertura
	Autorizados por lei.
	Autorizados por lei.
	Na União, por meio de Medida Provisória. Nos demais entes, através de Decreto do Executivo.
	Origem de recursos
	O Superávit financeiro; o Excesso de arrecadação; o Anulação total ou parcial de dotação orçamentária ou crédito adicional; o Operações de crédito autorizadas e viáveis juridicamente; o Recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei orçamentária, ficaram sem despesas correspondentes e a reserva de contingência.
	O Superávit financeiro; o Excesso de arrecadação; o Anulação total ou parcial de dotação orçamentária ou crédito adicional; o Operações de crédito autorizadas e viáveis juridicamente; o Recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei orçamentária, ficaram sem despesas correspondentes e a reserva de contingência.
	Não é necessária a indicação de recursos para a abertura de créditos extraordinários.
	Vigência
	Desde a sua abertura até o término do exercício financeiro.
	Desde a sua abertura até o término do exercício financeiro. Contudo, se a autorização for promulgada nos últimos quatro meses daquele exercício, poderão ser reabertos no limite dos seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício subseqüente.
	Desde a sua abertura até o término do exercício financeiro. Contudo, se a autorização for promulgada nos últimos quatro meses daquele exercício, poderão ser reabertos no limite dos seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício subseqüente.
2.6. SUPRIMENTO DE FUNDOS
2.6.1conceito
Suprimento de fundos é um adiantamento, colocado à disposição de um servidor, a fim de dar condições à sua unidade de realizar despesas que, por sua natureza ou urgência, não possam aguardaro processamento normal.
Entendem-se, pelas normas reguladoras do adiantamento, artigos 65 e 68 da Lei nº 4.320/64, que para se adotar esse regime de pagamento devem ser observadas as seguintes condições:
a) deve ser utilizado em casos excepcionais; e 
b) que a natureza da despesa ou a sua urgência não permitam o processamento normal da aplicação, ou seja, passagem por todos os estágios da despesa como licitação, dispensa ou inexigibilidade, empenho, liquidação e pagamento. Portanto, o adiantamento deve ser utilizado nos casos em que realmente se fizer necessário, devendo haver muito cuidado e muita prudência na sua utilização, a fim de não generalizar o seu uso. O adiantamento não é regra e sim exceção. 
O que diz a legislação?
O artigo 45 do Decreto nº 93.872/86, alterado pelo Decreto nº 2.289/97 diz o seguinte:
SEÇÃO V
Pagamento de Despesas por meio de Suprimento de Fundos
 Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos (Lei nº 4.320/64, art. 68 e Decreto-lei nº 200/67, § 3º do art. 74): 
I - para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie. (Redação dada pelo Decreto nº 2.289, de 4.8.1997)
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e 
III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda. 
§ 1º O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício. 
§ 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis (Decreto-lei nº 200/67, parágrafo único do art. 81 e § 3º do art. 80). 
        § 3º Não se concederá suprimento de fundos: 
a) a responsável por dois suprimentos; 
b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor; 
c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e 
d) a servidor declarado em alcance. 
§ 4º Os valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem como o limite máximo para despesas de pequeno vulto de que trata este artigo, serão fixados em portaria do Ministro de Estado da Fazenda. (Parágrafo incluído pelo Decreto nº 1.672, de 11.10.1995)
Art. 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade pela sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa (Decreto-lei nº 200/67, art. 83). 
Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte. 
Art. 47.  A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para atender a peculiaridades da Presidência e da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, das repartições do Ministério das Relações Exteriores no exterior, bem assim de militares e de inteligência, obedecerão ao Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, pelo Chefe da Casa Civil e pelo Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, vedada a delegação de competência. (Redação dada pelo Decreto 5.026, de 2004)
 Parágrafo único.  A concessão e aplicação de suprimento de fundos de que trata o caput deste artigo, com relação ao Ministério da Saúde, restringe-se a atender às especificidades decorrentes da assistência à saúde indígena. (Redação dada pelo Decreto 5.026, de 2004)
2.6.2 Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF ).
É um Instrumento de pagamento, integrante do Programa de Modernização do Governo Federal, emitido em nome da unidade gestora, com características de cartão corporativo, operacionalizado por instituição financeira autorizada, utilizado exclusivamente pelo portador nele identificado, nos casos indicados em ato próprio da autoridade competente.
Casos de utilização do CPGF:
suprimento de fundos;
pagamento de passagens aéreas;
pagamento de diária de viagem a servidor. 
ASPECTOS GERAIS DO CPGF:
• O detentor do cartão poderá utilizá-lo para saque e pagamento da fatura mensal;
• A fatura vencerá sempre no dia 28 de cada mês;
• O Banco do Brasil disponibilizará a fatura até o dia 23;
• O pagamento da fatura será efetuado por meio de OBD (OB Fatura);
• Não será admitida cobrança de anuidade ou taxas para utilização do cartão.
Para saber mais
Instrução Normativa nº 04, de 30 de agosto de 2004
Art.13. As despesas referentes a suprimento de fundos, conforme estabelecido na legislação vigente, serão efetivadas por meio do Cartão Corporativo do Governo Federal. 
 § 1o A Unidade Gestora somente poderá autorizar a abertura de novas contas correntes para a movimentação de suprimento de fundos nos casos em que, comprovadamente, não se possa utilizar o Cartão Corporativo. 
 § 2o O ordenador de despesa é a autoridade responsável pelo uso do Cartão Corporativo, pela definição e pelo controle dos limites de utilização, sendo vedado o seu uso em finalidade diversa daquela prevista na legislação. 
 § 3o O Ordenador de Despesa definirá o limite de crédito a ser concedido e os tipos de gastos para cada um dos portadores de Cartão por ele autorizado. 
 § 4o É vedada a utilização de Cartão Corporativo quando não houver saldo suficiente para o atendimento da despesa na correspondente nota de empenho. 
 § 5o A abertura e movimentação de contas de que trata o art. 9o, § 1o, inciso VI, desta Instrução Normativa, bem como as despesas referentes a suprimento de fundos, por meio do Cartão Corporativo deverão ser realizadas em conformidade com as normas estabelecidas na macrofunção específica do Manual SIAFI. 
 Art. 14. As operações efetuadas por meio eletrônico, inclusive saques no Cartão Corporativo, terão sua validade aceita pelo Governo Federal com a impostação de código secreto (senha) do portador, quando de sua utilização. 
 Art. 15. O limite de crédito total da Unidade Gestora nunca poderá ser maior do que o limite de saque autorizado à Conta Única do Tesouro Nacional em vinculação de pagamento específica definida pelo Órgão Central do Sistema de Administração Financeira. 
 Art. 16. Os saques efetuados com o Cartão Corporativo serão debitados diretamente à conta única e terão a contabilização automática dos registros da operação no SIAFI, após o recebimento do arquivo magnético do agente financeiro, por meio de Ordem Bancária 
Saque Cartão.
CARTÃO DE PAGAMENTO DO GOVERNO FEDERAL – CPGF - 
DECRETO nº 5.355, de 25/01/2005
Art. 2 º, § 1º. Ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão amento Gestão e da Fazenda o poder poderá autorizar a utiliza utilização do CPGF, como forma de o pagamento de outras despesas, bem como estabelecer casos em que os pagamentos dever deverão ser efetuados o obrigatoriamente mediante o uso do cartão
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EXERCÍCIOS
1. (TCU-AUDITOR) No programa do orçamento, é articulado um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadoresfixados no PPA, visando à solução de um problema ou ao atendimento de uma necessidade ou demanda da sociedade. De acordo com a sua finalidade, os programas compreendem quatro modalidades: programas finalísticos, programas de gestão de políticas públicas, programas de serviços ao Estado e programas de apoio administrativo. Quanto às características que cercam os programas finalísticos, julgue o item a seguir.
___ Os programas finalísticos abrangem as ações de governo relacionadas à formulação, coordenação, supervisão e avaliação de políticas públicas.
Como parte do orçamento, a despesa compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais, tendo a sua classificação complementada pela informação gerencial denominada de modalidade de aplicação. Com relação a modalidade de aplicação, julgue o item a seguir.
___ A modalidade de aplicação tem por finalidade identificar os objetos de gasto de que a administração pública se serve para a consecução dos seus fins.
A classificação funcional da despesa é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas. A subfunção representa uma partição da função, com o objetivo de agregar determinado subconjunto de despesa no setor público. Acerca da relação entre as funções e subfunções, julgue o item seguinte.
___ As subfunções não poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estejam vinculadas.
O empenho da despesa é o instrumento de utilização de créditos orçamentários. O empenho ordinário
__ é destinado a atender a despesas cujo valor não se possa determinar previamente, de base não-homogênea, podendo ser feito o reforço do empenho.
2. (CENSIPAM) O processo de elaboração e execução orçamentária do setor público no Brasil é demarcado por um grupo de normas, princípios, técnicas e institutos que estabelecem a amplitude e a forma dos procedimentos a serem adotados. Acerca desse assunto, julgue os itens a segui.
__ Para empenhar contratos de valores pagáveis em parcelas e não previamente conhecidos no momento do empenho, deve ser utilizado o empenho global.
__ No âmbito da classificação da despesa por elementos, inexiste item específico para classificar os pagamentos das despesas com sentenças judiciais.
__ O ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição é a liquidação da despesa.
__ A remuneração das disponibilidades do tesouro nacional deverá ser classificada como receitas correntes.
__ Denomina-se empenho estimativa a modalidade de empenho utilizada em contratos de valores não previamente conhecidos no momento do empenho e pagável em parcelas. 
3. (INMETRO) julgue 
__Cada ação orçamentária do INMETRO, entendida como a atividade, o projeto ou a operação especial, deve identificar a função e a subfunção às quais se vincula. Nesse sentido, a operação especial refere-se às despesas do órgão diretamente relacionadas ao aperfeiçoamento das ações do governo federal.
__ A despesa orçamentária é classificada pelas categorias econômicas, função e subfunção.
__ O estágio da liquidação só pode ser efetuado após o regular pagamento da despesa.
Sobre os critérios para classificação da despesa e alocação dos créditos orçamentários, julgue os itens a seguir.
__ Na lei orçamentária, a discriminação da despesa quanto à sua natureza deverá ser feita, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
__ Entende-se por grupo de categoria econômica a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
4. (TCDFT) Acerca da organização e da classificação da despesa nas leis orçamentárias, julgue os seguintes itens.
__ Corrigindo deficiências quanto à classificação funcional-programática, a nova estrutura programática estabelecida pela Portaria n.o 42/99 passa a ser um instrumento para a adoção do orçamento-programa no Brasil.
__ Enquanto a Lei n.o 4.320/1964 estabelece que na lei de orçamento a discriminação da despesa far-se-á, no mínimo, por elementos, a Portaria Interministerial n.o 163/01 dispensa a obrigatoriedade de os elementos constarem da lei orçamentária. 
__ Nas leis orçamentárias, a classificação institucional é constituída por órgão, unidade orçamentária e unidade gestora. A Lei n.o 4.320/1964 define esta última como o agrupamento de serviços a que serão consignadas dotações próprias. 
__ Na estrutura programática da despesa, classificam-se como operações especiais as operações limitadas no tempo que concorrem para a expansão da ação governamental, enquanto as operações de manutenção e conservação são classificadas como atividades.
__ As leis orçamentárias da União e do DF apresentam na estrutura programática o subtítulo. A utilização desse instrumento de programação orçamentária não é obrigatória para todos os entes da Federação.
CRÉDITOS
5. (TCU-AUDITOR) Acerca dos tipos de créditos orçamentários, julgue os itens seguintes.
__ Suponha que, pouco antes do final do exercício, seja necessário abrir um crédito adicional em um ente que apresentou os seguintes dados:
• a receita arrecadada ficou R$ 500.000,00 inferior à prevista, mas R$ 250.000,00 superior à despesa realizada;
• foram abertos R$ 120.000,00 em créditos extraordinários mediante cancelamento de dotações;
• foram reabertos R$ 135.000,00 de créditos adicionais não utilizados no exercício anterior;
• o superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior foi de R$ 245.000,00.
Nessas condições, é correto concluir que seria possível abrir crédito suplementar ou especial de até R$ 110.000,00.
__A única hipótese de autorização para abertura de créditos ilimitados decorre de delegação feita pelo Congresso Nacional ao presidente da República, sob a forma de resolução, que fixará prazo para essa delegação.
Os créditos adicionais são autorizações de despesa não computada ou insuficientemente dotada na Lei de Orçamento, classificando-se, entre eles, os créditos especiais. Esses créditos
___ têm por finalidade atender a despesas imprevisíveis e urgentes e exigem tramitação diversa da aplicada aos demais créditos adicionais.
RESTOS A PAGAR E DEA
6.(CENSIPAM) julgue
__ As despesas de exercícios encerrados, que não tenham sido processadas na época própria e para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, podem ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
__ A existência de regras acerca de restos a pagar e de despesas de exercícios anteriores tem fulcro na adoção do regime de apropriação da despesa pública pela competência do exercício na contabilidade pública. 
__ O pagamento de despesas pelas modalidades restos a pagar e despesas de exercícios anteriores é sempre considerado extra-orçamentário. 
__ São restos a pagar processados as despesas em que o credor já tenha cumprido suas obrigações, entregado o material, prestado os serviços ou executado a etapa da obra, dentro do exercício, tendo ele, portanto, direito líquido e certo, estando em condições de pagamento imediato. Os restos a pagar processados representam os casos de despesas já liquidadas, faltando apenas o pagamento. 
__ O pagamento de despesas inscritas em restos a pagar é automático, tal como ocorre com o pagamento de qualquer despesa pública, exigindo-se, apenas, a verificação do empenho e da liquidação, independentemente de requerimento do credor. Após o cancelamento da inscrição da despesa como restos a pagar, a reclamação acerca do pagamento poderá ser atendida mediante reinscrição do empenho em restos a pagar, apenas ao final do exercício financeiro em que ocorrer a solicitação do pagamento.
__ Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeirosanteriores àqueles em que devam ocorrer os pagamentos e que não estejam inscritos em restos a pagar, no caso de se referirem ao exercício imediatamente anterior. 
7.(TCU-ANALISTA) Ao final do exercício X1, verificou-se que, em determinado ente,
• foram empenhadas e liquidadas despesas no total de R$ 150 mil, do qual R$ 20 mil foram despesas inscritas em restos a pagar;
• foram pagos, no mesmo exercício X1, R$ 15 mil de despesas inscritas em restos a pagar no exercício anterior — X0;
• foram pagas, no exercício subseqüente — X2 —, as despesas inscritas em restos a pagar em X1.
Com base nessa situação hipotética e considerando a apuração dos resultados e a composição das receitas e despesas no balanço financeiro, julgue os itens a seguir.
__ Desconsiderando-se outras transações, no exercício X0, houve despesas extra-orçamentárias de R$ 15 mil e, no exercício X1, de R$ 20 mil.
__ As despesas efetivamente pagas no exercício X1 totalizaram R$ 145 mil.
SUPRIMENTOS DE FUNDOS
8. (ABIN) julgue
_ As compras de materiais e serviços enquadradas como suprimento de fundos poderão ser pagas com a utilização do cartão de crédito corporativo, vedadas as demais formas de pagamento previstas na legislação. Cabe ao ordenador de despesa a responsabilidade pelo uso do cartão e ao encarregado do controle interno a responsabilidade pela definição e pelos controles dos limites de uso do cartão, vedada a utilização deste em finalidade diversa da prevista inicialmente.
9.(AFC/CGU) A Administração Pública necessita, em determinadas situações, utilizar-se de sistemática especial, conhecida como Suprimento de Fundos, para realizar despesas que, por sua natureza ou urgência, não possam aguardar o processamento normal da execução orçamentária. No que diz respeito a esse assunto, julgue os itens que se seguem 
__ O servidor que receber suprimento de fundos fica obrigado a prestar contas de sua aplicação procedendo-se, automaticamente, a tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado.
__ Poderá ser concedido suprimento de fundos nos casos em que a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento.
__ Não é permitida a concessão de suprimento de fundos para servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor.
__ A autorização para concessão de suprimento de fundos cabe ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente.
__ Na execução da despesa por meio de suprimento de fundos, o empenho é emitido após a prestação de contas do suprido, pois nesse momento tem-se a identificação da despesa realizada.
	1EEEE
	2EEEEC
	3EEECE
	4CCEECEEC
	5CEE
	6CCECEC
	7EC
	8E
	9CCCEE

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