Buscar

Contrato de Fiança: Garantia de Cumprimento de Obrigações

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

A fiança, regulada pelos artigos 818 a 839 do Código Civil, consubstancia espécie de garantia de cumprimento de obrigação, em que uma pessoa se obriga (fiador) a adimplir perante outra (credor) um débito a esta devido por uma terceira pessoa (devedor/afiançado).
O contrato de fiança é uma celebração entre o fiador e o credor. O fiador garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. A fiança é uma espécie de contrato de caução ou de garantia de execução de um contrato principal, acessório e subsidiário.
NATUREZA JURÍDICA
Pode- se dizer que a modalidade contratual ela é de natureza acessória, que garante a obrigação de outrem, e muito usada nos negócios, bem como as locações e a contratos bancários e entre outros. A fiança tem caráter acessório e subsidiário por depender da existência do contrato principal e com execução subordin ada ao não cumprimento deste, pelo devedor. Nula a obrigação principal, a fiança desaparece, “exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor” ( CC, art.824 ). A exceção não abrange, contudo, “o caso de mútuo feito a menor” (paragr afo único). Em tese, o art.824 do Código Civil contém uma impropriedade técnica, ao possibilitar de uma obrigação nula ser afiançado se a nulidade proceder apenas de incapacidade pessoal do devedor. Contudo, se a obrigação principal for nula, não haverá obrigação a garantir. 
CARACTERISTICAS
Segundo Maria Helena Diniz a fiança convencional apresenta as seguintes características jurídicas:
1º) acessoriedade, o contrato de fiança sempre será acessório ao contrato principal, não existindo sozinho.
2º) unilateralidade, gerando obrigação somente para o fiador em relação ao credor, sendo que o credor não deve nenhuma contra prestação em relação ao fiador.
Entende clovis bevilacqua que é bilateral imperfeito porque se o vier a pagar o valor da fiança, fica sub-rogado nos direitos do credor primitivo. É um contrato gratuito, porque o fiador não recebe remuneração pela fiança prestada.
3º) gratuidade, sendo que em regra o fiador não recebe remuneração pelo contrato firmado, servido somente como ajuda ao afiançado.
4º) subsidiariedade, se não for identificado no contrato a solidariedade, tornando-se assim co-devedor, o fiador possui somente o papel subsidiário, arcando com adimplemento do contrato somente, se o devedor principal ou afiançado não cumprir com a prestação.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando