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Relatório I 
Medidas Físicas - Paquímetro 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: FÍSICA TEÓRICA EXPERIMENTAL I - CCE0847 
Professor (a): LUCIANE MARTINS DE BARROS. 
Nomes dos Alunos; 
DANIEL PABLO DE BRITO MALAGUTI – 201708125001. 
WEVELLYN PEREIRA DE REZENDE - 201708162879. 
ERICA DE SOUZA AGUERO – 201708124977. 
DEYSIANE DE SOUSA DA SILVA – 201708237241. 
GIOVANE LOPES CORONEL – 201708115481. 
 
 
 
 
 
Campo Grande – Ms 
Março de 2018 
 
 2 
Sumário 
Relatório I ...................................................................................................................................... 1 
Introdução Teórica ........................................................................................................................ 3 
Precisão e Medição do Paquímetro. ............................................................................................. 7 
Teoria dos Erros Simplificada ........................................................................................................ 8 
Erro sistemático ............................................................................................................................ 9 
Erros acidentais ou aleatórios ....................................................................................................... 9 
Erros grosseiros ............................................................................................................................. 9 
Algarismos Significativos (A.S.) .................................................................................................... 10 
Incertezas .................................................................................................................................... 11 
Critério de Arredondamento ....................................................................................................... 12 
Teoria dos erros aplicada a um conjunto de medidas experimentais ........................................ 13 
Valor médio ................................................................................................................................. 14 
Desvios ........................................................................................................................................ 14 
Desvio médio (δ) ......................................................................................................................... 15 
Variância ...................................................................................................................................... 15 
Desvio padrão ............................................................................................................................. 15 
Propagação de erros ................................................................................................................... 16 
Produto e Quociente de grandezas afetadas por erros .............................................................. 17 
Objetivos ..................................................................................................................................... 17 
Material Utilizado ........................................................................................................................ 17 
Procedimento Experimental ....................................................................................................... 18 
Conclusão .................................................................................................................................... 22 
Bibliografia .................................................................................................................................. 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Introdução Teórica 
 
Desde a antiguidade o homem necessitou da ideia de medidas. Para avaliações, para 
comparações ou até mesmo para sua curiosidade. As ideias e métodos de medidas sempre 
estiveram ligados a vida do ser humano, por isso é tão importante dispormos de várias 
técnicas de medidas para se adequarem a qualquer tipo de medição, pensando nisso o 
homem criou e desenvolveu muitos instrumentos que o auxiliaram nestas tarefas. 
Um dos instrumentos utilizados pela humanidade é o paquímetro, também nomeado de 
calibre, que consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um 
cursor. 
 
 
 
Figura 1 – Paquímetro. 
 
 
Este instrumento de medição é utilizado para medições milimétricas de alguns objetos e 
dispõe de especialidades, pois proporciona a quem os utiliza a possibilidade de várias 
combinações de posições e tipos de medidas como a capacidade de medirem-se 
profundidades, extremidades ocas, cumprimentos, diâmetros internos e externos de tubos 
e na transformação de milímetros em polegadas e vice-versa. 
 
 4 
Além do paquímetro universal que foi o utilizado neste experimento, existem outros tipos 
como o paquímetro digital, o paquímetro com relógio, o paquímetro duplo e outros. 
 
Com tantas atribuições o paquímetro exige algumas regras de uso para ser corretamente 
utilizado. E antes de se conhecer as regras de sua utilização é de grande importância que 
sejam conhecidas as suas partes. 
O paquímetro é constituído basicamente de uma régua graduada com encosto fixo sobre 
a qual desliza um cursor. Abaixo seguem o nome e a localização das principais partes do 
paquímetro; 
 
 
Figura 2 – Partes do paquímetro. 
 
1. Orelha fixa; 8. Encosto fixo; 
2. Orelha móvel; 9. Encosto móvel; 
3. Nônio ou vernier (polegada); 10. Bico móvel; 
4. Parafuso de trava; 11. Nônio ou vernier (milímetro); 
5. Cursor; 12. Impulsor; 
6. Escala fixa de polegadas; 13. Escala fixa de milímetros; 
7. Bico fixo; 14. Haste de profundidade. 
 
 
 
 
 
 5 
Alguns modos de utilização do paquímetro seguem abaixo; 
 
 
Figura 3 – Medindo com o paquímetro. 
 
A medida do objeto é feita com o auxílio dos bicos, orelhas e haste do paquímetro que 
podem se mover para “agarrarem ou alcançarem” as dimensões do objeto em estudo, com 
mostra a Figura 3, logo após esse procedimento a leitura da medida pode ser feita na 
escala superior ou inferior da régua juntamente com o nônio do paquímetro, porém para 
a correta leitura da medida precisamos conhecer mais detalhadamente outra parte do 
paquímetro, o Nônio ou Vernier. 
Ao medirmos um objeto observe que o nônio do paquímetro se movimenta sobre a régua 
(Figura 4 “b”), a partir dessa movimentação é que a leitura da medida será feita, além de 
observar a movimentação devemos observar também a precisão do nônio ou resolução 
que é dada pela fórmula ( i + 1 ) - L/n. Onde (L) é o seu tamanho na régua, (n) o número 
de partes iguais que o nônio é dividido, e “i” é a parte inteira do número dado pela divisão 
de L/n, por exemplo, veja o nônio (Figura 4 “a”), sua medida na régua é de L = 9mm e 
o próprio nônio é dividido em n = 10 partes, logo sua resolução é ( i + 1 ) - L / n = ( i + 
1) - 9 / 10 = ( i + 1) - 0,9mm, veja que o primeiro número que forma “0,9” e que também 
é inteiro é o próprio zero, então, i = 0 , logo (0 + 1) – 0,9 = 0,1mm, isso quer dizer que 
0,1 mm é a precisão do nônio. Vejamos outros exemplos;6 
 
Sabendo disto a leitura deve ser feita a partir do começo do nônio na sua marcação zero, 
depois anote o valor inteiro que recaiu a esquerda do zero do nônio em relação à régua. 
Em seguida para avaliar a leitura da fração em milímetros veja o primeiro traço que se 
coincidem entre a régua e o nônio, olhe o número da parte correspondente a este traço no 
nônio e multiplique pelo valor da precisão e some mais o primeiro valor encontrado. Por 
exemplo, para o paquímetro de precisão 0,1 temos; 
 
Se o objeto deslocar o nônio até o intervalo 0mm e 1mm da régua teremos um objeto com 
a medida “0,x”mm onde “0” é o menor inteiro antes a esquerda do zero do nônio e “x” 
equivale ao traço que se coincide entre a régua e o nônio, se o traço que possui o primeira 
parte após o seu zero do nônio coincidir com algum traço da régua o “x” equivale a 1 * 
0,1 = 0,1mm e a leitura ficaria 0,0mm + 0,1mm,ou seja, o objeto mediria 0,1mm; se o 
traço que coincidir for o correspondente a 2ª parte do nônio quer dizer que o “x” equivale 
a 2 * 0,1 = 0,2mm e a leitura ficaria 0,0mm + 0,2mm,ou seja, o objeto mediria 0,2mm e 
assim por diante. 
Assim sendo, a leitura da medida do objeto na escala (Figura 4 “b”) seria; 
O intervalo onde o nônio parou foi 2mm e 3mm da régua, ou seja, a medida será “2,x”mm. 
Analisando o nônio vemos que o “x” corresponde ao traço que coincide tanto da régua 
quanto o do nônio que neste caso é o numero da parte “7”, circulado em vermelho em 
“b”, portanto, 7*0,1 = 0.7, a leitura da medida do objeto ficaria 2,0mm + 0,7mm = 2,7mm. 
Atenção: Nem sempre o número do nônio em que está o traço equivalente ao traço da reta 
é igual ao numero da parte que ele representa. 
 
Nônio de 39 mm com 20 divisões 
Logo ( i + 1) – L/n , L/n = 39/20 =1,95; i = 1; 
Resolução = 2  1,95 = 0,05mm 
 
Nônio de 49 mm com 50 divisões 
Logo ( i + 1) – L/n; L/n = 49/50 = 0,98; 
i = 0; 
Resolução = 1  0,98 = 0,02 mm 
 7 
 
Figura 4 
Precisão e Medição do Paquímetro. 
 
Atenção: Nem sempre o número do nônio em que está o traço equivalente ao traço da reta 
é igual ao número da parte que ele representa. Lembremos que a leitura do nônio é feita 
pelo número inteiro que recai antes do zero do nônio em relação à régua principal e o 
número da parte do nônio que esta os traços correspondentes a régua e o nônio. Vejamos 
outro exemplo de leitura na Figura 5; 
 
 
Figura 5 – Leitura do paquímetro. 
 
Este paquímetro possui nônio = 39mm e com 20 partes iguais, analisando percebemos 
que o número 7 do paquímetro na realidade corresponde a 14ª parte logo para sua medida 
temos; 
Nônio de 39 mm com 20 divisões; Logo ( i + 1) – L/n , L/n = 39/20 =1,95; i = 1; 
Resolução = 2  1,95 = 0,05mm; 
 8 
Leitura = Número inteiro antes do zero do nônio em relação à régua + ( Número da parte 
em que os traços da régua e do nônio se coincidem * resolução do paquímetro) 
Leitura = 24mm + ( 14 * 0,05) = 24 + 0,7 = 24,7mm 
Além deste tipo de precisão existem outras diversas, tais como paquímetros de precisões 
de 0,05mm e até 0,01mm 
Mesmo sendo um instrumento de alta precisão a leitura das medidas no paquímetro pode 
estar sujeita a erros, tais como: 
 
Paralaxe: Ocorre quando o ângulo de visão do observador com os traços da escala do 
paquímetro não é correto, isto induz a coincidência de traços, que na verdade não existem. 
Pressão de medição: Ocorre quando a pressão que é exercida pelo operador sobre o 
cursor, provoca o deslocamento do objeto entre os Bicos ou Orelhas do paquímetro, ou 
inclinação indevida do cursor em relação à régua sobre a qual se desloca e assim, 
alterando a medida. 
Teoria dos Erros Simplificada 
 
 
A Teoria dos erros é aplicada a um conjunto de medidas experimentais com a 
finalidade de expressar matematicamente o valor mais próximo do real. 
Descreveremos aqui de forma sucinta. Quando grandezas físicas são medidas 
experimentalmente, essas têm uma incerteza que está associada ao 
equipamento utilizado e ao operador, mesmo medindo repetidas vezes uma 
grandeza utilizando o mesmo equipamento, os resultados não são idênticos. 
Como confiar em uma medida? Qual seu valor verdadeiro? Para termos 
confiança em uma medida precisamos expressar a incerteza de modo que as 
pessoas entendam de uma maneira universal o grau de confiabilidade daquele 
valor medido. A teoria dos erros é um método estatístico adequado de se obter 
e manipular os dados experimentais e tem a finalidade de conseguir estimar com 
maior exatidão possível o valor da medida e o seu erro. Logo, o valor verdadeiro 
será sempre uma estimativa. O erro de uma medida é definido como sendo a 
diferença entre o valor medido e o valor real. Mas sabemos que existem 
flutuações nos valores obtidos que acompanham todas as medidas e que são as 
 9 
causas que limitam o objetivo de se atingir o valor verdadeiro da grandeza. E 
estas flutuações ou erros são de origem sistemáticas, acidentais ou aleatórias. 
Erro sistemático 
 
Quando o erro é sistemático, dizemos que a flutuação nas medidas ocorreu por 
falhas nos equipamentos ou do operador, por exemplo: 
 • equipamento com calibração errada; 
 • cronômetro que sempre atrasa; 
 • leitura do operador sempre adiantada em relação ao ponto correto de 
observação. 
Erros acidentais ou aleatórios 
 
Como o próprio nome diz os erros acidentais ou aleatórios estão relacionados a 
ações atípicas e variáveis diversas, mesmo que se meça repetidas vezes as 
medidas apresentam flutuações e acontecem por: 
 • Imperícia do operador; 
 • Cansaço; 
 • Erro de paralaxe na leitura de uma escala. 
 
Erros grosseiros 
 
Acontecem quando o operador falha grosseiramente. Por exemplo, faz uma 
leitura errada, lê 100mA no lugar de 1mA. 
 
 
 
 10 
Algarismos Significativos (A.S.) 
 
 Ao medir o comprimento de uma peça com uma régua dividida em centímetros 
na figura abaixo, podemos escrever a medida da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Régua graduada em Centímetros. 
 
 
 
Essa medida apresenta três algarismos significativos (A.S.), sendo que o último 
é chamado algarismo duvidoso, pois não temos certeza e fazemos uma 
estimativa. 
 
 
 
Definimos então, algarismos significativos de uma medida como todos os 
algarismos que temos certeza (os exatos) e mais um duvidoso (sempre o 
algarismo duvidoso é o último da direita). 
 
 
EXEMPLO 
 
 • 7,39 cm: Temos 3 algarismos significativos (7 e 3 são exatos e o 9 é o 
duvidoso) 
 • 8,65 x10–12 nm: Temos 3 algarismos significativos (8 e 6 são exatos e o 5 é 
o duvidoso) • 5 N : Temos 1 algarismo significativo e ele próprio é o duvidoso. 
 11 
• 21,00: Temos 4 algarismos significativos (2, 1 e 0 exatos e o último 0 é o 
duvidoso) 
 
Zeros à direita da vírgula são significativos e zeros à esquerda não são. 
 
 A quantidade de algarismos significativos de uma determinada medida não se 
altera quando fazemos uma transformação de unidades. Na medida l= 7,38 cm 
temos 3 A.S., se passarmos a medida para milímetros l= 73,8 mm teremos os 
mesmos 3 A.S. 
 
Incertezas 
 
 
Se 2 experimentadores fossem efetuar a medida da peça na figura 1.4, eles 
anotariam os 11 cm exatos, mas poderiam avaliar a fração do centímetro 
restante de formas diferentes, ou seja, para um experimentador o comprimento 
poderia ser de 11,3 cm mas para o outro 11,4 cm e nenhum estaria errado. Então 
o comprimento da peça seria: 
 
l = 11 + 0,3 cm ou 11 + 0,4 cm 
 
O que está errado, ou inapropriado para a medida? Quando queremos avaliar 
milímetros não podemos utilizar uma régua graduada em centímetros. Observea mesma peça medida com uma régua graduada em milímetros, podemos ver 
que a medida é com certeza 113 mm e alguma coisa que não podemos enxergar 
mais: 
 
 
 
 
Figura 2 – Régua graduada em milímetros. 
 
 
 12 
ATENÇÃO 
 
Costumamos fazer estimativas com aproximações até décimos da menor divisão 
da escala do instrumento. Para a régua milimetrada a menor divisão é o 
milílimetro, então nossas aproximações têm que ser até décimos de milímetro. 
Esta aproximação chamamos de incerteza. 
 
Incerteza é a fração avaliada da menor divisão da escala, no algarismo duvidoso 
esta é a incerteza de uma medida. 
 
 Na medida efetuada com a régua em centímetros, por exemplo, um 
experimentador poderia medir 11,3 cm, mas outro experimentador poderia dizer 
que a medida fosse 11,4 cm e outro 11,2 cm, desta forma o valor mais provável 
seria: l = (11,3 ± 0,1) cm, onde 0,1 seria a amplitude da incerteza ou incerteza 
absoluta. 
 
Critério de Arredondamento 
 
No curso de física adotaremos o seguinte critério de arredondamento, primeiro 
fixamos o número de algarismos significativos que queremos. Na medida L = 
1,264 m, queremos arredondar para somente 3 A.S, ou seja, duas casas após a 
vírgula: 
 
 
Observamos o dígito que vem em seguida daquele que vai ser arredondado, no 
caso é 
 
 13 
 
 
Se este dígito for menor do que 5, o número que deverá ser arredondado 
permanece igual. 
 
L = 1,26 cm 
 
Se fosse maior do que cinco, como por exemplo, temos agora o número 7, então: 
 
 
 
Somamos 1 ao dígito que deverá ser arredondado, então: 
 
L = 1,27 cm 
Teoria dos erros aplicada a um conjunto de medidas experimentais 
 
Esta seção foi escrita tomando-se como base a referência bibliográfica apostila 
do laboratório de física departamento de Física UNESP - Universidade Estadual 
Paulista - Bauru. No laboratório obtemos em um mesmo equipamento e 
condições uma série de valores para uma grandeza que não é igual. Qual seria 
então o valor mais provável dessa grandeza? A estatística tem por finalidade 
demonstrar matematicamente qual o valor mais provável. A Teoria dos erros é 
aplicada aos erros acidentais ou aleatórios. 
 14 
 
 
Valor médio 
 
Sejam X1 , X2 , X3 , ..., Xn as n medidas realizadas de uma mesma grandeza 
física X. O valor médio desta grandeza denotado por X é definido pela média 
aritmética dos valores medidos, ou seja, 
 
 
 
Deste modo, x representa o valor mais provável da grandeza medida. Ao se 
realizarem várias medidas, os valores obtidos tendem a estar mais próximos 
deste valor. O valor médio é o que melhor representa o “valor real” da grandeza. 
 
Desvios 
 
Desvio é a diferença entre um valor medido e o valor adotado que mais se 
aproxima do valor real (em geral o valor médio). Se representarmos por “di” , o 
desvio de cada medida em relação ao valor médio, teremos: 
 
 
 
É interessante saber quanto as medidas individuais Xi se afastam, em mé- dia, 
do valor médio, ou seja, de que maneira as medidas Xi se distribuem em torno 
do valor médio. A esse fato denominamos “dispersão”. Para medir a dispersão 
 15 
são utilizadas algumas propriedades da série de medidas, tais como o Desvio 
médio, a Variância e o Desvio Padrão. 
Desvio médio (δ) 
 
Desvio médio é a soma dos módulos do desvio de cada medida em relação a 
média pelo número de medidas, ou seja, 
 
 
 
Variância 
 
A variância é definida como a média aritmética dos quadrados dos desvios de 
todos os valores da grandeza, em relação ao valor médio, ou seja, 
 
 
 
Desvio padrão 
 
O desvio padrão é simplesmente a raiz quadrada da variância e, portanto 
expresso na mesma unidade da grandeza medida: 
 
 
 
Este valor representa uma estimativa da dispersão em torno do valor médio 
quando se tem poucos valores (uma amostra) de um universo maior de valores 
(população). Utilizaremos a tendência geral de indicar o desvio padrão com 2 
 16 
algarismos significativos, além dos zeros à esquerda, apesar de em alguns casos 
ser necessário utilizar 1 algarismo. 
 
Propagação de erros 
 
Propagação de erros Muitas grandezas físicas não podem ser medidas 
diretamente e são obtidas por meio de operações com outras medidas. Se 
desejarmos medir a área média da face de um azulejo por meio de várias 
medidas do comprimento (C) e largura (L), utilizaremos, 
 
 
 
mas tanto C como A são afetadas de desvios e no produto C · A, tais desvios se 
combinarão e afetarão o valor da área média da face. Desta forma, quando se 
deseja relacionar grandezas que contém desvios tem-se a propagação de “erros” 
ou “desvios”. 
Logo a área da face é escrita da forma: 
 
 
As equações listadas a seguir nos permite calcular o desvio padrão (σA) e são 
completamente demostradas pela estatística e cálculo diferencial integral e que 
não cabem fazê-las neste momento. 
 
Soma e subtração de grandezas afetadas por erros 
 
A análise estatística rigorosa mostra que ao somarmos ou subtrairmos 
grandezas estatisticamente independentes, o erro no resultado será dado pela 
raiz quadrada da soma dos quadrados dos erros de cada uma das grandezas. 
 
 
 
 
 17 
 
Produto e Quociente de grandezas afetadas por erros 
 
 
Objetivos 
- Conhecimento do paquímetro e familiarização com o seu uso; 
- Aprendizagem dos métodos de medição com os paquímetros e régua 
milimetrada, visando a sua melhor utilização em diferentes tipos de medições. 
- Determinar, após as medições de cada peça, os volumes das peças utilizadas 
na prática, utilizando para isso a média aritmética dessas medidas e como auxílio 
o conhecimento de Algarismos significativos, visando eliminar possíveis erros. 
 
 
Material Utilizado 
 
- Paquímetro universal; 
 
- Paquímetro digital; 
 
- Régua milimetrada; 
 
- Bloco de madeira; 
 
 
 18 
 
Procedimento Experimental 
 
No laboratório realizamos medidas com a régua milimetrada, Paquímetro 
universal e Paquímetro digital para o comprimento (C), Altura (A) e Profundidade 
(P) de um bloco irregular e anotamos na tabela 1. 
 
 
 
Valores das grandezas lineares do comprimento, largura e altura para o sólido 
e cálculos auxiliares para determinação do desvio padrão de cada grandeza. 
 
Tabela 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumentos de 
medidas 
(C) cm (A) cm (P) cm 
régua milimetrada 10 7,9 3,4 
 
Paquímetro 
universal 
 
 
10,005 
 
7,805 
 
3,5 
Paquímetro 
digital 
10,038 7,872 3,476 
 19 
 
 
 
Logo após medir, uma média aritmética das três medidas foi feita para eliminar possíveis 
erros significativos e assim fazer os cálculos pedidos no experimento. 
 
 
 
Substituindo os valores temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A média das medidas do comprimento (C), da Altura (A) e da Profundidade (P), são: 
a) A = 3,458 cm 
b) P = 7,859 cm 
c) C = 10,014 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
Em seguida calculamos o desvio padrão do comprimento (C), altura (A) e 
Profundidade (P). 
 
 
 
 
 
 
Podemos escrever as medidas como: 
C = C ± σC ⇒ C = (10,014 ± 0,016) cm 
P = P ± σP ⇒ P = (7,859 ± 0,039) cm 
A = A ± σA ⇒ A = (3,458 ± 0,042) cm 
 
Cálculo do volume da média 
 
 
 
 
 
 
 21 
Cálculo do desvio padrão do volume em relação à média: 
 
 
 
 
 
Forma correta de escrever o volume: 
 
V= V ± σV = ( 272,1446899 ± 0,013) cm³ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22Conclusão 
 
 
Após esta prática percebemos que a utilização do paquímetro é muito válida para medidas 
de altas precisões. Aprendemos a correta utilização do instrumento. Aprendemos também 
as técnicas para a definição de precisões e de leituras de paquímetros. 
Ao serem feitas as medidas vimos também que alguns erros de medição podem 
ser verificados devido à variabilidade nas medidas e que alguns erros estão relacionados 
ao ser humano como a paralaxe e a pressão de medição. Também analisamos que é 
completamente plausível que alguns erros possam ter sidos acarretados pela falta de 
experiência na manipulação do instrumento ou pelas imperfeições geométricas das peças 
utilizadas. 
Visualizamos partes importantes do uso adequado de instrumentos de medidas e 
comprovando que pequenos erros nas medições podem ocasionar importantes mudanças 
em relação às demais medidas, usamos como exemplo onde a medição da régua 
milimetrada teve menos exatidão no cálculo do volume do bloco de madeira que o cálculo 
feito pela medição do paquímetro digital. Sendo assim, vemos que nenhum instrumento 
de medida é totalmente confiável, por mais preciso que ele seja sempre temos fatores 
externos atuando na nossa medição e então temos desvios e erros dos quais podem 
comprometer o resultado final. Então além da medição, deve-se sempre reduzir ao 
máximo a influência dos fatores externos, seja com a repetição dos experimentos e cálculo 
de desvios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
Bibliografia 
 
 
- http://portaldoaluno.webaula.com.br//repositorio/LD372.pdf - 
 Livro de FÍSICA TEÓRICA EXPERIMENTAL I - autores do original LUCIANE 
MARTINS DE BARROS ADRIANO SILVA BELISIO 
- http://www.wikipedia.com/paquimetro - Site de pesquisas 
- http://www.google.com.br – Imagens paquímetros - Site de Busca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Relatório I
	Campo Grande – Ms
	Março de 2018
	Introdução Teórica
	Precisão e Medição do Paquímetro.
	Teoria dos Erros Simplificada
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	Erros acidentais ou aleatórios
	Erros grosseiros
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	Incertezas
	Critério de Arredondamento
	Teoria dos erros aplicada a um conjunto de medidas experimentais
	Valor médio
	Desvios
	Desvio médio (δ)
	Variância
	Desvio padrão
	Propagação de erros
	Produto e Quociente de grandezas afetadas por erros
	Objetivos
	Material Utilizado
	Procedimento Experimental
	Conclusão
	Bibliografia

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