DRENAGEM LINFATICA atual

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DRENAGEM LINFÁTICA 
Profa Dra Carla Parada Pazinatto Andreoli 
HISTÓRICO DA DRENAGEM LINFÁTICA 
 
 1936  Dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder; 
 Observaram que as pessoas apresentavam quadros gripais e sinusites 
crônicas com aumento dos linfonodos duros e inchados na região cervical, 
(ambiente úmido e frio). 
 Após a observação, executaram determinados tipos de movimentos de 
massagem, realizados na região envolvida e obtiveram a melhora do 
quadro apresentado. 
 A partir dessa constatação, desenvolveu-se a técnica de Drenagem 
Linfática Manual (DLM), sistematizando alguns tipos de movimentos 
orientados por um sentido de drenagem. 
 
 
HISTÓRICO DA DRENAGEM LINFÁTICA 
  Vários adeptos a difundiram e transformou-se num dos principais pilares 
no tratamento de linfoedemas (acúmulo anormal de linfa nos tecidos). 
 Na década de 60, Dr Földi, na Alemanha estudou as vias linfáticas da 
cabeça e suas relações com o líquido cerebral. Criou a Terapia que utiliza a 
DLM, exercícios linfocinéticos e bandagens no tratamento do linfedema. 
 Na Bélgica, Dr. Leduc, valorizou a DLM nas possibilidades curativas do 
linfedema. 
 1993, Drs. Robert e Judith Casley-Smith, na Austrália, além da DLM 
exploravam também as bandagens compressivas. 
 
HISTÓRICO DA DRENAGEM LINFÁTICA 
 
 Nos finais dos anos 90, surgiu no Brasil a técnica de Godoy, que também 
segue os princípios de Vodder, mas com manobras diferentes. 
 
 Cabe ressaltar que a técnica de DLM utilizada pela grande maioria dos 
centros terapêuticos e por grande parte de pesquisadores e profissionais 
da área da saúde, é a preconizada pelo Dr. Vodder (1936) 
SISTEMA LINFÁTICO 
 via secundária de acesso, por onde líquidos provenientes do interstício são 
devolvidos ao sangue. 
 está intimamente ligado à circulação sanguínea e aos líquidos teciduais, 
pois são absorvidos e transportados pela extensa rede de capilares 
linfáticos e por meio desses vasos progressivamente maiores, que 
desembocam no sistema venoso por coletores principais: 
MMSS  veias basílica e cefálica 
MMII  veias safena magna e parva 
 
 
Líquidos do Corpo 
 Plasma sanguíneo  líquido do sangue (O₂, vitaminas, glicose, gordura) 
 Liquido Intersticial  liquido entre os capilares e as células, banha as 
células. 
 Citoplasma  liquido dentro das células. 
 Linfa líquido que corre dentro dos capilares e vasos linfáticos. 
Indivíduo com 70 kg (quantidade de líquido varia de acordo com o peso) 
Total de H₂0 dentro do corpo = 40 litros distribuidos em : 
 23 litros de liquido intracelular 
 12 litros de liquido intersticial 
 5 litros no sangue (2 litros / hemacias) 
 
 
Líquidos 
 Plasma transporta os nutrientes para as células células 
absorvem e produzem toxinas que são devolvidas para o 
interstício e são absorvidas pelos capilares para serem 
removidos pelas veias. 
 
Os liquidos fazem papel de veiculo que levam e trazem as 
substâncias para as nossa células. 
Fisiologia/ Funções 
 1) Ocorre uma passagem de líquido filtrado do capilar sanguíneo para o 
interstício, parte desse líquido retorna à circulação (reabsorção), e a outra 
parte do líquido é aspirada pelos capilares linfáticos (origem no interstício) 
( linfa) e,por isso, evita-se edemas. 
 
Fisiologia/ Funções 
2) Filtração  linfa formada é reabsorvida com elementos nocivos 
(bacterias, toxinas) conduzida pelos vasos aferentes aos linfonodos ( 
macrófagos e linfócitos), que filtram a linfa aumentando a imunidade que 
do nosso corpo. 
Fisiologia/ Função 
3) Ductos 
vasos linfáticos mais grossos 
do sistema: 
 
 Ducto toracico esquerdo 
 
 Ducto linfático direito 
Fisiologia/ Função 
4) Devolução da linfa para a corrente sanguinea aumentando o fluxo de 
líquidos no coração. 
 
Curiosidades: 
Por que após a drenagem linfática a pessoa apresenta aumento da PA e a 
vontade de urinar? 
 
Estruturas do Sistema Linfático 
 capilares, 
 pré-coletores, 
 coletores, 
 canal ou ducto torácico esquerdo e direito, 
 Baço, 
 Medula óssea, 
 Timo, 
 Tonsilas, 
 linfonodos, 
 válvulas linfáticas. 
 
Como a linfa se movimenta pelo corpo 
 A compressão do vaso linfático permite o fluxo da linfa (compressões 
externas sobre o tegumento cutâneo, movimentação do membro), 
 A compressão muscular e a compressão subcutânea gerada pela 
movimentação do corpo semelhantes ao "coração periférico”. 
Panturrilhas, promove o mecanismo de refluxo dos membros inferiores 
em nível linfático é mais difuso comparando com outros movimentos de 
qualquer outra parte do corpo. 
 
 
Como a linfa se movimenta pelo corpo 
 A movimentação da linfa por forças aspirativas torácicas ( agem sobre os 
canais torácicos direito e esquerdos e sobre os troncos linfáticos do tórax. 
Daí a importância da respiração diafragmática no trabalho da DLM. 
 Os batimentos arteriais contribuem para conduzir e impulsionar a linfa ao 
longo dos troncos linfáticos. Com a compressão no tronco linfático, geram 
a movimentação da linfa com o auxílio das válvulas linfáticas. 
 
Efeitos da Drenagem Linfática Manual 
 
Aumento da capacidade de admissão dos capilares linfáticos; 
Aumento da velocidade da linfa transportada; 
Aumento da quantidade de linfa filtrada processada pelos gânglios linfáticos; 
Aumento da oxigenação e desintoxicação da musculatura esquelética; 
Aumento do peristaltismo intestinal; 
Aumento da diurese; 
Otimização das imunoreações celulares; 
 Diminuição das aderências e retrações cicatriciais; 
Maior eficiência celular; 
Maior eficiência da nutrição dos tecidos. 
 
Indicações da Drenagem Linfática Facial 
Tratamento de rejuvenescimento; 
Acne; 
Fragilidade Capilar; 
Edemas palpebrais; 
Pré e pós - cirurgia plástica; 
Olheiras (cansaço). 
Indicações da Drenagem Linfática Corporal 
Circulação de retorno 
comprometida; 
Tecido edemaciado; 
Varizes sem complicações; 
Cicatrização; 
Menopausa; 
Cansaço nas pernas; 
Sistema nervoso abalado; 
 
Gestação (com prescrição médica); 
Celulite; 
Pré e pós - cirurgia plástica; 
Linfedema; 
Dores musculares; 
Relaxamento; 
Hematomas. 
 
 
Contra-Indicações 
 
 
 
Insuficiência cardíaca 
Insuficiência renal crônica; 
Hipertensão 
Reação inflamatória crônica; 
Câncer; 
Trombo flebite; 
Hipertiroidismo; 
 
Realização da Técnica 
IMPORTANTE: 
 O ritmo lento (pois a linfa desloca em torno de 2,5 cm/segundo); 
 A pressão suave, em torno de 30 a 40 mm Hg; 
 A direção sempre em sentido a um grupo de linfonodos mais próximo; 
 A velocidade lenta (a contração do linfangion se dá a cada 6 a 10 segundos); 
 A duração do tratamento nunca inferior a 30 minutos, sempre trabalhar com 
movimentos respiratórios profundos para ativar fluxo da linfa para os ducto 
torácico. 
 Executar a técnica de DLM corretamente, pode-se estimular e aumentar o 
volume do fluxo da linfa em até 20 vezes (Kasseroler , 1998); 
 
 
Doenças do Sistema Linfático 
EDEMA: representado por acúmulo de líquido no espaço intercelular, nas cavidades 
do corpo, recebendo nomes especiais de acordo com a localização anatômica ex: 
hidrocefalia, hidrotórax. 
Por ser um desequilíbrio nas pressões que atuam para a mobilidade do líquido para 
fora do capilar sanguineo pode ser classificado como: 
 Edema sem cacifo : não se observa a depressão no ponto onde foi exercida 
pressão digital. 
 Edema de cacifo : onde se observaa depressão no ponto onde 
 foi exercida a pressão digital. 
Doenças do Sistema Linfático 
LINFOEDEMA OU LINFEDEMA: caracteriza-se por insuficiencia da drengem dos 
líquidos causada por obstáculos em nível de coletores ou linfonodos. 
 Mais comum nas mulheres 
 Principal característica é a alta concentracão proteica do líquido do edema 
PODE SER CLASSIFICADO: 
 Linfoedema congênito: pessoa nasce com numero reduzido de vasos linfáticos, o 
que torna o precesso de conter a linfa insuficiente. 
 Linfoedema Adquirido 
 mais frequente que o congenito, 
 Aparece geralmente após grandes cirurgias e sobretudo após tratamentos de 
cancer ( extirpação de linfonodos e vasos linfáticos, ou ao sofrerem irradiação de 
raios X) 
 
 Elefantíase ou Filaríase (raras ocasiões) 
 
Caracteriza-se pelo membro inferior inchado exageradamente e torna a pele 
espessa e enrugada com aspecto de pele de elefante, por isso o nome. 
 
Cirurgias Estéticas no Brasil 
 Até 2012, ocupava o 2º lugar no ranking mundial e EUA em 1º, 
 O número de cirurgias plásticas em adolescentes entre 14 e 18 anos mais do que 
dobrou em quatro anos – saltou de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 
em 2012 (141% a mais); 
 No mesmo período, o número total de plásticas em adultos subiu 38,6% (saindo 
de 591.260 para 819.900 procedimentos) – o que significa que as cirurgias no 
público jovem cresceram em um ritmo 3,5 vezes maior. Além de estar num 
crescimento acelerado, a participação de jovens no total de cirurgias (911 mil 
procedimentos), também cresceu: saltou de 6% em 2008 para 10% em 2012) 
 
Hoje o Brasil é o primeiro País do mundo em número de cirurgias plásticas – passou 
os Estados Unidos!!!!!! 
 
Cirurgias Estéticas no Brasil 
 A lipoaspiração é a cirurgia mais feita , seguida do implante de silicone nas mamas 
( tanto para adultos como adolescentes); 
 Nos meninos, os procedimentos mais procurados são a ginecomastia (redução das 
mamas que crescem demais) e a cirurgia para corrigir a orelha de abano; 
 No inverno associado às férias escolares – a procura pelas cirurgias aumenta em 
média 60%. “Isso acontece porque o frio torna o pós-operatório mais confortável, 
favorece a recuperação. Tomar sol após a cirurgia não é recomendado para evitar 
manchas”. 
 (Relatório da SBCP / 2012) 
 
Cirurgias Estéticas 
 
 FACIAIS 
 Rinoplastia 
 Ritidoplastia 
 Mentoplastia 
 Blefaroplastia 
 Otoplastia 
 
 CORPORAIS 
 Mamoplastia 
 Dermolipectomia 
 Lipoaspirações no 
âmbito geral 
 
 
Importância da Drenagem na Intervenção Cirúrgica 
 
Com o aumento dos precedimentos cirúrgicos há a valorizaçao da técnica da 
DRENAGEM LINFÁTICA pois: 
 
 acelera o processo de recuperação, restauração e reestruturação do 
tecido traumatizado; 
 aumenta as funções imunológicas; 
 diminui sintomas álgicos.