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LEISHMANIOSE
O QUE É?!
É uma antropozoonose.
Doença infecciosa crônica.
Manifesta-se na pele, mucosas ou vísceras.
Causada por protozoário, intracelular obrigatório.
Não há transmissão de pessoa a pessoa
Classificação da Leishmaniose
Basicamente são classificadas em dois tipos:
-Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA)
A LTA se subdivide em:
 - Cutânea
 - Mucosa ou Mucocutânea
-Leishmaniose Visceral (LV)
MORFOLOGIA
O parasita apresenta-se como:
Promastigota ou Flagelada
Encontra-se no tubo digestivo do inseto vetor
MORFOLOGIA
-Amastigota ou Aflagelada
-Observada nos tecidos dos hospedeiros vertebrados
VETORES
Insetos denominados Flebotomíneos
Ordem: Diptera
Família: Psycholidae
Subfamília: Phlebotominae
Gênero: Lutzomya
Popularmente conhecido como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros
VETORES
No Brasil, as principais espécies envolvidas são:
Lutzomyia flaviscutellata 
L. whitmani
L. umbratilis
L. intermédia
L. wellcome
L. migonei
PATOGENIA
Estágio infectante: Promastigota ou Flagelado
O grau de disseminação dos amastigotas pelo corpo é determinado pela espécie de Leishmania
Promastigotas são fagocitadas por macrófagos e a acidez do fagolisossomo a induz a tornar-se amastigota
PATOGENIA
Os amastigotas da Leishmania são as únicas formas que sobrevivem e se reproduzem dentro do fagolisossomo de macrófagos.
São protegidos do ácido intravacuolar por uma ATPase transportadora de prótons, que mantém o pH do parasita em 6.5.
Fagolisossomo tem pH 4,5.
TRANSMISSÃO
É transmitida através da picada do Flebotomíneo que inocula promastigotas 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
A LTA constitui um problema de saúde pública em 88 países.
É considerada uma das seis mais importantes doenças infecciosas, pela sua alta capacidade de causar deformidades.
Apresenta ampla distribuição , com registro de casos em todas as regiões Brasileiras.
Infecção zoonótica
Afeta outros animais que não o ser humano
AGENTE ETIOLÓGICO
Existem várias espécies de Leishmanias envolvidas
Nas Brasil, já foram identificadas 7 espécies
6 do subgênero Viannia
1 do subgênero Leishmania
As mais importantes são:
Leishmania (Viannia) braziliensis
Leishmania (Leishmania) amazonensis
Leishmania (Viannia) guyanesis
 
HOSPEDEIROS E RESERVATÓRIOS
São considerados reservatórios as espécies animais que garantam a circulação da Leishmania na natureza
Infeccções que causam LTA, foram descritas em várias espécies de animais silvestre e domésticos
Reservatórios Silvestres: Roedores, Marsupiais e Canídeos Silvestres.
Reservatórios Domésticos: Os cães são considerados hospedeiros acidentais da doença. Canídeos, Felídeos e Equideos. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Em média, de 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos, 2 semanas, e mais longos, 2 anos.
PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS
Inicialmente considerada uma zoonose de animais silvestres que acometia ocasionalmente pessoas em contato com florestas.
PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS
Ocupacional e Lazer 
Este padrão de transmissão esta associado a exploração desordenada da floresta e derrubada de matas para construção de estradas, usinas hidrelétricas, instalação de povoados, extração de madeira, desenvolvimento de atividades agropecuárias, de treinamentos militares e ecoturismo. 
Rural e Periurbano 
Relacionada ao processo migratório, ocupação de encostas e aglomerados em centros urbanos.
Associados à matas secundárias ou residuais.
PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS
Analisando a evolução da LTA, observa-se uma expansão geográfica.
Década de 1980 foram registrados casos em 19 unidades federais.
Nos últimos anos, TODOS os estados registraram casos
As regiões Norte e Nordeste são as que mais apresentam casos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A doença cutânea apresenta-se classicamente por pápulas, que evoluem para úlceras com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, podendo ser múltiplas, porém indolores.
Também pode manifestar-se como placas verrucosas, papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. 
SINTOMATOLOGIA
A forma mucosa, secundária ou não a cutânea, caracteriza-se por infiltração, ulceração e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Em caso avançado podem ocorrer perfurações do septo nasal e/ou palato.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Se constitui de três grupos de exames:
Exames PARASITOLÓGICOS
A)Demonstração Direta do Parasita
B) Isolamento em cultivo in vitro (meios de cultivo)
C) Isolamento in vivo (inoculações animais)
Exames IMUNOLÓGICOS
A) Teste intradérmico (Intradermoreação de Montenegro ou da leishmania)
B) Teste Sorológico
Exames MOLECULARES
PCR por hibridização (minicírculos): 
PCR-RLP
PCR (G6PhD)
PCR Real Time
LEISHMANIOSE VISCERAL
É uma protozoose
Varia de manifestações clínicas discretas até graves
Caso não seja tratada pode levar a óbito
É uma doença crônica
Sistêmica
90% dos casos não tratados evoluem para o óbito
Suas manifestações clínicas refletem o desequilíbrio entre a multiplicação dos parasitas nas células do sistema fagocítico mononuclear (SFM), a resposta imunitária do indivíduo e o processo inflamatório subjacente. 
AGENTE ETIOLÓGICO
Protozoário tripanossomatídeos 
Gênero: Leishmania
Espécie Leishmania chagasi e Leishmania donovani
É um parasita intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico mononuclear
Nas Américas, a Leishmania (Leishmania) chagasi é a espécie mais comum
RESERVATÓRIOS
Na área urbana, o cão é a principal fonte de infeccção.
A LV Canina prevalece sobre a humana
No ambiente silvestre, os reservatórios são as Raposas e os marsupiais.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
É bastante variável tanto para o homem como para o cão. 
No homem varia de 10 dias a 24 meses, em média de 2 a 6 meses 
No cão varia de 3 meses a vários anos, com média de 3 a 7 meses.
PADRÕES EPIDEMIOLÓGICOS
No Brasil é uma doença endêmica, porém registra surtos freqüentes.
distribuída em 21 unidades da federação
Atingiu as 5 regiões brasileiras
A letalidade aumentou de 3,4%, em 1994, para 5,5%, em 2008.
É mais freqüente em menores de 10 anos – 58%
O sexo masculino é proporcionalmente mais afetado – 61%
Na década de 90, aproximadamente 90% dos casos notificados ocorreram na região nordeste, atualmente representa 48%.
SINTOMATOLOGIA
É caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações.
Palidez cutâneo-mucosa e hepatoesplenomegalia.
Hiperglobulinemia e velocidade de hemossedimentação alta
Desnutrição, edema dos membros inferiores, hemorragias, icterícia
Muitos infectados apresentam a forma assintomática.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame Sorológico
Hemograma
Dosagem de Proteínas
TRATAMENTO
A droga de primeira escolha é o Antimonial Pentavalente.
Exceção em casos de pacientes infectados com HIV e gestantes.
 
Formas mucosas exigem maior cuidado, podendo apresentar respostas mais lentas e maior possibilidade de recaídas. 
Não havendo resposta satisfatória com o antimonial pentavalente, as drogas de segunda escolha são Anfotericina B e o Isotionato de Pentamidina. 
PROFILAXIA
Dirigidas ao Homem: 
Estimular as medidas de proteção individual, tais como o uso de repelentes e de mosquiteiro de malha fina, bem como evitar se expor nos horários de atividade do vetor.
Dirigidas ao Vetor:
 Saneamento ambiental. 
Desencadear medidas simples para reduzir a proliferação do vetor, como limpeza urbana, eliminação de resíduos sólidos orgânicos e destino adequado dos mesmos, eliminação de fonte de umidade.
Dirigidas à população canina: 
Controle da população canina errante. 
Nas doações de animais, o exame sorológico deverá ser previamente realizado. 
PROFILAXIA

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