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Herbicidas - Manejo

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AULAS HERBICIDAS
Conceito: herbicidas são compostos químicos ou agentes biológicos aplicados em pequenas quantidades e que têm a capacidade de matar ou inibir drasticamente o crescimento de determinadas plantas, muitas vezes sem afetar as culturas.
Histórico:
- 1897 – 1900 pesquisas (França, Alemanha e EUA) comprovaram a ação de sais de cobre (ex: sulfato de cobre) sobre algumas espécies de folhas largas.
- 1908: sulfato ferroso foi avaliado para o controle de folhas largas na cultura do trigo.
- 1912: introdução do uso de ácido sulfúrico como herbicida seletivo em cebola e cereais.
- 1942: descoberta do 2,4-D. Passou a ser largamente usado para o controle de folhas largas em cereais. Este herbicida, base de muitos outros produtos sintetizados em laboratório (2,4-DB; 2,4,5-T etc.), marcou o início do controle químico de plantas daninhas em escala comercial.
- A Partir de 1950 novos grupos químicos de herbicidas surgiram: carbamatos (1951), amidas (1952), triazinas simétricas (1956), etc.
- Década de 1960: bipiridílios (paraquat).
- Década de 1970: glifosate.
- 1956: criação da Weed Science Society of America.
- 1963: Sociedade Brasileira de Herbicidas e Ervas Daninhas (SBHED), hoje Sociedade brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD).
Vantagens do uso de herbicidas:
- Menor dependência de mão de obra, cada vez mais cara e difícil de ser encontrada.
- Maior eficiência em épocas chuvosas.
- Eficiente controle na linha das culturas e não afeta o sistema radicular das culturas.
- Redução de erosão.
- Permite o cultivo mínimo ou plantio direto das culturas.
- Pode controlar plantas daninhas de propagação vegetativa.
- Permite a semeadura a lanço e, ou, alteração no espaçamento, quando necessário.
Desvantagens do uso de herbicidas:
- Por tratar-se de moléculas químicas devem ser manuseados com cuidado, havendo perigo de intoxicação do aplicador.
- Pode provocar poluição ambiental – água (rios, lagos e água subterrânea), solo e alimentos quando manuseados incorretamente.
- Há necessidade de mão de obra especializada para aplicação dos herbicidas, sendo essa a causa de 80% dos problemas encontrados na prática.
- O conhecimento da taxonomia e fisiologia das plantas, dos grupos químicos aos quais pertencem os herbicidas e da tecnologia de aplicação é fundamental para o sucesso do controle químico das plantas daninhas.
Nomenclatura de herbicidas:
- Nome comercial.
- Nome químico do ingrediente ativo.
- Nome comum.
Manejo integrado: 
- O controle químico de plantas daninhas deve ser feito de forma suplementar. Outras formas de controle, como o cultural, são importantes.
Vantagens do manejo integrado:
- Isenção de resíduos de defensivos nos alimentos.
- Sustentabilidade ambiental, evitando a degradação do solo e a contaminação do ar e da água.
- Sustentabilidade econômica e social na produção, mantendo ou aumentando a produtividade.
- Garantia de melhor qualidade de vida para o agricultor no que tange ao retorno econômico e à maior segurança nas atividades que envolvem a utilização de defensivos agrícolas.
- Exemplo: sistema agricultura – pecuária.
CLASSIFICAÇÃO DE HERBICIDAS
Quanto à seletividade:
- Seletivos: são aqueles que, sob algumas condições, são mais tolerados por determinada espécie ou variedade de plantas do que por outras. A seletividade é sempre relativa, pois depende do estádio de desenvolvimento das plantas, das condições climáticas, do tipo de solo, da dose aplicada, etc. Por exemplo, o metribuzin (Sencor 480, Soccer SC) é seletivo para a soja apenas quando aplicado em PRE, e mesmo assim a dose tolerada é dependente da variedade e das condições edafoclimáticas. 
Exs: 2,4-D (2,4-D Nortox, Aminamar, Aminol 806, Bratt, Campeon, Dez, DMA 806 BR, Grant, Herbi D 480, Navajo, Pren-D 806, U 46 BR, U 46 D-Fluid 2,4-D) pela cana, atrazine (Atranex 500 SC, Atranex WG, Atrazina Atanor 50 SC, Atrazina Nortox 500 SC, Genius WG, Gesaprim 500 Ciba-Geigy, Gesaprim GRDA, Herbitrin 500 BR, Posmil, Primóleo, Proof, Siptran 500 SC, Siptroil) pelo milho, fomesafen (Flex) pelo feijão, imazethapyr (Dinamaz WG, Imazetapir Plus Nortox, Pistol 106 SL, Pivot 100 SL, Vezir, Zaphir, Zethapyr 106 SL) pela soja, etc.
- Não seletivos: aqueles que atuam indiscriminadamente sobre todas as espécies de plantas. Normalmente são recomendados como dessecantes ou em aplicações dirigidas. Exs: diquat (Reglone), paraquat (Gramoxone 200, Helmoxone, Paradox, Tocha), glyphosate (Direct, Gliato, Glifos Plus, Glifosato 480 Agripec, Glifosato Atanor, Glifosato Atanor 48, Glifosato Atar 48, Glifosato Nortox, Glifosato Nortox NA, Glifosato Nortox WG, Glifosato Nufarm, Glister, Gli-up 480 SL, Gliz 480 SL, Glizmax, Gliphotal, Polaris, Radar, Radar WG, Roundup NA, Roundup Original, Roundup Ready, Roundup Ready Milho, Roundup Transorb, Roundup Transorb R, Roundup Ultra, Roundup WG, Rustler, Samurai, Scout, Shadow 480 SL, Stinger, Touchdown, Trop, Trop NA, Tupan, Zapp QI 620), sulfosate, etc. A biotecnologia tem incluído seletividade em culturas (ex: soja RR x glyphosate).
2) Quanto à época de aplicação:
- Pré-plantio: quando o herbicida é muito volátil, de solubilidade muito baixa em água e, ou, fotodegradável, ele necessita ser incorporado ao solo. Por essa razão, deve ser aplicado antes da semeadura. Ex: trifluralin (Premerlin 600 EC, Trifluralina Milenia, Trifluralina Nortox, Trifluralina Nortox Gold, Trifluralina Atanor 445 EC). Quando aplicado após o preparo do solo e incorporado antes do plantio, diz-se que esse herbicida é aplicado em PPI (pré-plantio incorporado). Os herbicidas dessecantes, especialmente o glyphosate, aplicados antes da semeadura não apresentam efeito residual, por isso podem ser misturados a outros herbicidas com maior poder residual no solo, que garantem o controle inicial das plantas daninhas na lavoura (exs: flumioxazin (Flumyzin 500, Sumisoya), imazaquin (Imazaquim Ultra Nortox, Scepter, Scepter 70 DG, Topgan), chlorimuron-ethyl (Classic, Clorim, Clorimuron Master Nortox, Conquest, Panzer 250 WDG, Smart, Twister), imazethapyr (Dinamaz WG, Imazetapir Plus Nortox, Pistol 106 SL, Pivot 100 SL, Vezir, Zaphir, Zethapyr 106 SL), metribuzin, etc.
- Pós-plantio: podem ser aplicados em pré-emergência (PRE) ou pós-emergência (POS) das culturas ou das plantas daninhas. Quando são absorvidos apenas pelas folhas, eles devem ser aplicados somente em pós-emergência das plantas daninhas, pois, apesar de penetrarem também pelas raízes, quando atingem o solo, são sorvidos. Os herbicidas dessecantes podem ser aplicados em jato dirigido em culturas perenes como fruteiras, reflorestamento e lavouras de café. Entretanto, se o herbicida é seletivo para a cultura, ele pode ser aplicado em pós-emergência das plantas daninhas e das culturas (exs: sethoxydim (Poast) em tomate, feijão e soja; nicosulfuron (Accent, Nicosulfuron Nortox 40 SC, Pramilho, Sanson 40 SC) em milho; metsulfuron-methyl (Ally, Nufuron, Tarzan, Wolf) em trigo etc.). Se o herbicida é absorvido pelas folhas e raízes, a sua aplicação em PRE ou POS vai depender da tolerância da cultura e, também, das condições nas quais ele apresenta melhor desempenho, como é o caso do metribuzin, que pode ser usado em tomate em PRE e em POS tardia ou após o transplante. Todavia, na cultura da soja somente pode ser usado em PRE, pois em POS, até mesmo em subdoses, ele é muito tóxico à soja. Outro exemplo é o herbicida atrazine, recomendado para as culturas de milho e sorgo. A este produto, quando utilizado em POS, deve-se adicionar óleo mineral à calda (Primóleo), visando solubilizar parte da cera epicuticular, aumentando a sua penetração pelas folhas.
3) Quanto à translocação:
	- Herbicidas de contato: atuam próximo ou no local onde penetram nas plantas. Exs: paraquat, diquat, lactofen (Cobra, Naja, Drible, Coral, Lactofen AGP 240 EC) etc. O simples fato de um herbicida entrar em contato com a planta não é suficiente para que ele exerça sua ação tóxica. Ele terá que penetrar no tecido da planta, atingir a célulae, posteriormente, a organela, onde atuará para que seus efeitos possam ser observados.
	- Herbicidas sistêmicos: os herbicidas podem se movimentar (translocar) nas plantas pelo xilema, pelo floema ou por ambos. Quando o herbicida é translocado via floema ou ambos, ele é considerado sistêmico, isto é, capaz de se translocar por grandes distâncias na planta, como é o caso de 2,4-D, glyphosate, imazethapyr, flazasulfuron, nicosulfuron, picloram (Padron, Pique 240 SL, Runner, Texas, Tropero) etc. Esses produtos, quando usados em doses muito elevadas, podem apresentar ação de contato e, nesse caso, a ação do produto pode ser mais rápida, porém com efeito final menor, porque a morte rápida do tecido condutor (floema) limita a chegada da dose letal do herbicida a algumas estruturas reprodutivas das plantas.
4) Quanto aos mecanismos de ação: 
	- Modo de ação: sequência completa de todas as reações que ocorrem desde o contato do produto com a planta até a sua morte ou ação final do produto.
	- Mecanismo de ação: primeira lesão bioquímica ou biofísica que resulta na morte ou ação final do produto.
	- Classificação quanto ao mecanismo de ação:
Reguladores de crescimento (auxinas sintéticas)
Inibidores de fotossíntese (fotossistema II)
Inibidores de protoporfirinogênio oxidase (PPO)
Inibidores do arranjo de microtúbulos
Inibidores da síntese de ácidos graxos de cadeias muito longas (VLCFA)
Inibidores do fotossistema I
Inibidores da acetolactato sintase (ALS)
Inibidores da EPSP sintase
Inibidores da glutamina sintetase
Inibidores da acetil CoA carboxilase (ACCase)
Inibidores da síntese de lipídeos (não inibem a ACCase)
Inibidores da síntese de carotenoides (despigmentadores)
4.1 Herbicidas auxínicos ou mimetizadores de auxina:
Tabela 1 – Principais herbicidas mimetizadores de auxina no Brasil
	Grupo químico
	Ingrediente ativo
	Nomes comerciais
	Usos agrícolas no
Brasil
	Fenoxiácidos
	2,4-D
	DMA 806BR, Herbi D480, Aminol, Capri, U-46 D-Fluid
2,4-D, Navajo
	Café, cana-de-açúcar, cereais, milho, gramados, pastagens, plantio direto e áreas não agrícolas
	Ac. Piridino- carboxílico
	Picloram
	Padron
	Pastagens
	
	2,4-D + picloram
	Tordon 2,4-D Manejo Dontor
	Pastagens
Pastagens
Pastagens,
cana-de-açúcar
	Ac. Piridino- carboxílico
	Fluroxypir
	Starane 200
	Pastagens (assa-peixe e Eupatorium maximilianii)
	
	Triclopyr
	Garlon 480 BR
	Pastagens, arroz
	
	Fluroxypyr +picloram
	Plenum
	Pastagens
	
	Aminopiralide+2,4-D
	Jaguar
	Pastagens
	
	Aminopiralide + Fluroxypyr
	Dominum
	Pastagens
	Ac.Quinolino carboxílico
	Quinclorac
	Facet
	Arroz irrigado (angiquinho e capim-arroz)
- Uma das classes mais importantes de herbicidas em todo o mundo. Muito usados para o controle de dicotiledôneas nas culturas de arroz, milho, trigo, cana-de-açúcar e pastagens. Historicamente o 2,4-D e o MCPA são os mais importantes, porque marcaram o início da indústria de herbicidas.
- Acredita-se que esses herbicidas interferem na ação da enzima RNA-polimerase e, consequentemente, na síntese de ácidos nucléicos e proteínas. 
- Esses herbicidas induzem intensa proliferação celular em tecidos, causando epinastia de folhas e caules, além de interrupção do floema, impedindo o movimento de fotoassimilados das folhas para o sistema radicular. Esse alongamento celular parece estar relacionado com a diminuição do potencial osmótico das células, provocado pelo acúmulo de proteínas e, também, mais especificamente, pelo efeito desses produtos sobre o afrouxamento das paredes celulares. Essa perda de rigidez das paredes celulares é provocada pelo incremento na síntese da enzima celulase.
EPINASTIA DAS FOLHAS
• A curvatura das folhas para baixo, que ocorre quando o lado superior (adaxial) do pecíolo cresce mais rápido do que o lado inferior (abaxial) é chamada de epinastia. 
• O etileno e as altas concentrações de auxina induzem a epinastia e, atualmente, está confirmado que a auxina age indiretamente pela indução da produção do etileno.
• O estresse salino ou a infecção por patógenos também aumentam a produção de etileno e induzem a epinastia.
Não se conhece a função fisiológica dessa resposta.
- Sintomas: crescimento desorganizado, que leva rapidamente as espécies a sofrerem epinastia das folhas e retorcimento do caule, engrossamento das gemas terminais e morte das plantas em poucos dias ou semanas.
- Mecanismos de seletividade: arranjamento do tecido vascular em feixes dispersos, protegidos pelo esclerênquima de gramíneas (monocotiledôneas), aril hidroxilação do 2,4-D, exsudação radicular, estádio de desenvolvimento das plantas (exs: na cultura do arroz e do trigo deve-se usar o 2,4-D após o perfilhamento e antes do emborrachamento; na cultura do milho (4-6 folhas), faz-se aplicação dirigida do 2,4-D. Se aplicado fora desses estágios para o arroz e trigo e na pós-emergência total do milho, ocorrem sérios problemas de fitotoxicidade).
- Alguns desses herbicidas podem permanecer no solo por longos períodos, o que exige cuidados nas rotações. Derivados do ácido picolínico, por exemplo, podem causar fitotoxicidade, mesmo em doses extremamente baixas, em espécies altamente sensíveis, como uva, tomate, fumo, algodão etc. Resíduos deixados em pulverizadores mal lavados e em água de irrigação contaminada por esses herbicidas no campo podem causar sérios problemas técnicos, comprometendo severamente o rendimento das culturas e a qualidade do ambiente. Medidas para reduzir problemas com esses herbicidas: evitar formulações de elevada pressão (muito voláteis – ex: éster), principalmente em pulverizações aéreas; usar maior tamanho de gotas, se praticável; usar baixa pressão de aplicação; evitar aplicação quando o vento estiver na direção da cultura.
- Cuidado especial com a lavagem do pulverizador após as aplicações: amoníaco a 3% ou carvão ativado (3 g/L) por 24-48 h, e após lavagem com detergente. Usar, além de detergente, amoníaco.
	Alguns herbicidas auxínicos:
- 2,4-D (Sal ou éster amina do 2,4 diclorofenoxiacético) (2,4-D Nortox, Aminamar, Aminol 806, Bratt, Campeon, Dez, DMA 806 BR, Grant, Herbi D 480, Navajo, Pren-D 806, U 46 BR, U 46 D-Fluid 2,4-D): 
- Foi o primeiro herbicida seletivo descoberto para o controle de plantas daninhas latifoliadas anuais. 
- É recomendado para pastagens, gramados e gramíneas (arroz, cana, milho, trigo etc.). 
- Há duas formulações: éster e amina. A formulação éster não está sendo comercializada 
no mercado brasileiro devido à sua alta volatilidade.
- O 2,4-D se transloca por toda a planta tanto pelo floema como pelo xilema, acumulando-se nas regiões meristemáticas dos pontos de crescimento. As formulações aminas são mais adsorvíveis no solo do que as de éster e, porque são altamente solúveis, são também mais lixiviáveis, enquanto as de éster são praticamente insolúveis e, portanto, com menor movimentação.
- Apresentam persistência curta a média nos solos. Em doses normais, a atividade residual do 2,4-D não excede quatro semanas em solos argilosos e clima quente. Em solos secos e frios, a decomposição é consideravelmente reduzida.
- Extremamente tóxico: classe toxicológica I.
- Transloca-se com grande eficiência nas plantas com elevada atividade metabólica, sendo esta a condição para a ótima atividade do produto.
- Em geral, plantas ganham maior tolerância com a idade, mas, durante o florescimento, a resistência a herbicidas hormonais é reduzida.
- O 2,4-D é muito utilizado em misturas com inibidores da fotossíntese na cultura da cana, e com glyphosate no plantio direto em aplicações dirigidas em fruteiras e lavouras de café. Para soja, a dessecação com 2,4-D + glyphosate deverá ser feita de 10 a 15 dias antes da semeadura.
- Em mistura com picloram, é usado para controlar plantas daninhas em pastagens.
- No mercado brasileiro, é encontrado em diferentes formulações e marcas comerciais. Cada formulação pode apresentar características físico-químicas diferentes, conferindo ao produto aspectos diversos deseletividade, volatilidade, toxicidade, persistência no ambiente etc.
- O “Agente Laranja” nunca foi usado em agricultura e era uma mistura de 50% de 2,4,5-T éster + 50% de 2,4-D éster, utilizado dessa forma na Guerra do Vietnã para desfolhar as florestas locais. Ficou assim conhecido porque a mistura era armazenada em tambores que possuíam uma faixa laranja em sua parte externa. O problema se relacionava a uma “impureza” presente no processo de produção do 2,4,5-T chamada dioxina TCDD. O 2,4,5-T não é mais comercializado nos dias de hoje.
- Há variedades geneticamente modificadas de soja tolerantes a 2,4-D e ao glufosinato de amônia, além das variedades RR.
- Picloram (ácido 4-amino 3,5,6 tricloro-2-piridinacarboxílico) (Padron, Pique 240 SL, Runner, Texas, Tropero):
- é extremamente ativo sobre dico, sendo muito utilizado em mistura com 2,4-D, formando o Tordon, Dontor ou Manejo, e também com fluroxypyr, formando o Plenum, para controlar arbustos e árvores.
- É fracamente adsorvido pela matéria orgânica ou argila.
- Apresenta longa persistência (meia-vida de 20 a 300 dias) e fácil mobilidade no solo, podendo se acumular no lençol freático raso em solos de textura arenosa.
- Em razão de sua longa persistência no solo (dois a três anos), pode permanecer ativo na matéria orgânica proveniente de pastagens tratadas com esse produto.
- Deve ser observado o período residual para o cultivo de espécies altamente sensíveis (videira, fumo, tomate, pimentão, algodão etc.), que podem apresentar severos sintomas de intoxicação, até mesmo quando cultivadas em solos adubados com esterco proveniente de pastagens tratadas com picloram e pastoreadas logo depois.
- Sua mistura com 2,4-D é muito utilizada em pastagens para o controle de plantas daninhas anuais, perenes e de herbáceas e arbustivas em área total ou em áreas localizadas.
- Para o controle de árvores, pode ser feito o pincelamento ou a pulverização dos tocos, para evitar a rebrota de espécies problema. Quando a aplicação é feita no toco, é fundamental que seja realizada imediatamente após o corte da árvore, antes que inicie o processo de cicatrização, o que dificulta a absorção e a translocação do herbicida até as raízes.
- O picloram apresenta efeito lento na planta, porém persistente (a planta não consegue metabolizar rapidamente o picloram).
- Triclopyr (ácido((3,5,6-tricloro-2-piridinil) oxi) acético) (Garlon 480 BR, Triclon):
- Apresenta ação semelhante à do picloram, porém é rapidamente degradado no solo; sua meia-vida é de 20 a 45 dias, dependendo do tipo de solo e das condições climáticas.
- É recomendado em pós-emergência, em área total, para o controle de plantas daninhas em pastagens e arroz.
- É também muito eficiente e seletivo para controlar dico infestantes de áreas cultivadas com gramas: jardins, açudes, campos de futebol etc.
- Fluroxypir (4-amino-3,5-dichloro-6-fluoro-2-pyridiloxyacetic acid) (Starane 200):
- Controla Vernonia Polyanthes, V. wetiniana (assa-peixe) e Eupatorium maximilianii (mata-pasto) em pastagens. Aplicação sobre as folhagens até o escorrimento.

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