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Animação Turística para o Transporte SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 379.8:656.025.2 47 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Animação Turística para o Transporte – Brasília: SEST/SENAT, 2017. 1. Turismo. 2. Transporte de passageiros. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 5 Unidade 1 | Conceitos Básicos sobre Lazer e Animação Turística – O Perfil do Profissional de Animação Turística 6 1 Introdução 7 2 Lazer, Viagens e Animação Turística: Algumas Definições 7 3 O Perfil do Animador Turístico 9 Atividades 11 Referências 12 Unidade 2 | O Papel do Animador Turístico e Regras de Comportamento 13 1 Introdução 14 2 Funções do Animador Turístico 14 3 Regras de Comportamento do Animador Turístico 15 4 Alguns Problemas Recorrentes em Viagens 16 Atividades 18 Referências 19 Unidade 3 | Planejamento de Atividades de Lazer e Recreação – Diagnóstico, Prognóstico, Execução e Avaliação 20 1 Introdução 21 2 Planejamento: Noções Básicas 22 3 Diagnóstico 23 3.1 Público-Alvo 23 3.2 Estrutura e Recursos 24 3.3 Destino 24 4 Prognóstico 24 4.1 Faixa Etária 25 4 4.2 Estrutura e Recursos 26 4.3 Destino 26 5 Execução e Avaliação 27 Atividades 29 Referências 30 Unidade 4 | Viagens Rodoviárias – Procedimentos Específicos 31 1 Introdução 32 2 Configuração dos Veículos 32 3 Controle da Refrigeração e Som Ambiente 33 4 Serviço de bordo 34 Atividades 35 Referências 36 Unidade 5 | Atividades de Apresentação e Interação 37 1 Introdução 38 2 Atividades de Entretenimento 38 3 Atividades de Apresentação e Interação 40 4 Dinâmicas de Grupo de Descongelamento 41 Atividades 44 Referências 45 Gabarito 46 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Animação Turística para o Transporte! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. Este curso possui carga horária total de 15 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme a tabela a seguir. Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br. Bons estudos! Unidades Carga Horária Unidade 1 | Conceitos Básicos sobre Lazer e Animação Turística – O Perfil do Profissional de Animação Turística 3h Unidade 2 | O Papel do Animador Turístico e Regras de Comportamento 3h Unidade 3 | Planejamento de Atividades de Lazer e Recreação – Diagnóstico, Prognóstico, Execução e Avaliação 3h Unidade 4 | Viagens Rodoviárias – Procedimentos Específicos 3h Unidade 5 | Atividades de Apresentação e Interação 3h 6 UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE LAZER E ANIMAÇÃO TURÍSTICA – O PERFIL DO PROFISSIONAL DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA 7 Unidade 1 | Conceitos Básicos sobre Lazer e Animação Turística – O Perfil do Profissional de Animação Turística 1 Introdução Foi nas viagens transatlânticas, no início do século XX, que surgiu a animação turística. Naquelas ocasiões, percebeu- se que os turistas das longas travessias precisavam de algumas distrações para enfrentar o tempo que passavam a bordo dos navios. Aos poucos, as atividades propostas nessas viagens estruturaram- se em um esquema de animação. Com o decorrer dos anos, o conceito de animação consolidou-se e foi ampliado. Atualmente, a animação turística está presente em hotéis, clubes, cruzeiros marítimos e nos demais meios de transporte de turistas – inclusive no transporte rodoviário de passageiros. Isso tudo suscitou o surgimento de profissionais especializados na área. 2 Lazer, Viagens e Animação Turística: Algumas Definições Na Grécia Antiga, o lazer era uma prerrogativa dos homens livres que materializavam essas atividades no seu tempo livre. Eles dispunham dessas horas de lazer para a contemplação e “cultivo da alma”. Naquela época, as viagens tinham função religiosa e de cura. Viajavam com cavalos e veículos com rodas puxados por animais ou escravos. Os Jogos Olímpicos eram eventos que também motivavam as viagens de atletas e expectadores. 8 O conceito de lazer se desenvolveu a partir do momento em que o homem passou a ocupar o seu tempo livre com atividades de lazer. No período da Revolução Industrial, as longas jornadas de trabalho provocaram mudanças nas legislações trabalhistas e o tempo de não trabalho foi expandido, aumentando, dessa forma, o tempo livre para o descanso dos trabalhadores. A necessidade que o trabalhador tinha de se restabelecer física e mentalmente transformava as atividades de lazer em um elemento primordial da existência humana. O que antes era uma prerrogativa da aristocracia, passou a ser um direito de toda a sociedade. Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para se divertir, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua livre capacidade criadora, depois de se livrar ou se desembaraçar das obrigações profissionais, familiares e sociais (DUMAZEDIER, 1973 p. 34). O aumento dos problemas urbanos e do estresse gerado pelas atividades cotidianas e rotineiras faz com que os indivíduos busquem alternativas que proporcionem descanso e a reparação dos desgastes sofridos no dia a dia. As viagens são deslocamentos temporários para fora do local de residência por um período mínimo de 24 horas. Esses deslocamentos podem ser por motivo de trabalho, saúde ou lazer. Mesmo que se trate de uma viagem de trabalho, o lazer pode acompanhar esse conceito de viagem, uma vez que o turismo e o lazer estão intimamente relacionados. As atividades de lazer podem ser passivas ou ativas. No primeiro caso, o indivíduo é apenas um receptor de manifestações lúdicas. No segundo, o indivíduo participa intensamente das atividades propostas, como jogos e esportes coletivos, brincadeiras, atividades culturais etc. 9 Esse cenário aponta a animação turística como um novo elemento desse contexto social. Animação turística é o conjunto de atividades que objetivam humanizar as viagens, oferecendo ao turista a possibilidade de participação ativa, de se tornar protagonista de suas férias. Assim, a animação turística desenvolve-se nos centros de férias, nos meios de hospedagem, nos transportes de longo curso etc. pelos programas de cunho cultural, recreativo e esportivo. Nesse sentido, a animação turística é um processo que se concretiza na introdução organizada ou sistemática de recursos materiais e não materiais, com o propósito de envolver o turista e incentivar a sua participação nessas atividades. E para que a animação turística ocorra é necessária a intervenção de um profissional conhecido como Animador Turístico. 3 O Perfil do Animador Turístico O animador turístico é o profissional que organiza e promove atividades de animação turística. É a pessoa que está em contato direto com o público e que, ao propor atividades lúdicas, tem a incumbência de animar, distrair ambientar e orientar os turistas.Para um bom desempenho das suas funções, um animador turístico deve ter uma boa qualificação profissional. Além disso, é preciso que o profissional tenha algumas características pessoais específicas para assumir essa atividade, uma vez que o animador turístico estará em contato direto com o turista. 10 As características pessoais mais importantes de um animador turístico: • Deve ter a capacidade de se relacionar bem com as pessoas e grupos; • Ser adequadamente comunicativo; • Ser ágil e dinâmico; • Deve ter habilidade para resolver rapidamente os imprevistos que acontecem; • Deve ter espírito de liderança, ser flexível e tolerante; • Deve ser cordial, paciente e atencioso. h Para o bom desempenho dessa função, esse profissional deve ser “várias pessoas em uma só”. Não é tarefa fácil, mas é muito importante observar essas características, pois o perfeito funcionamento dessa atividade dependerá dessas habilidades. Conclusão As conquistas trabalhistas obtidas após a Revolução Industrial permitiram que se definissem períodos de trabalho e não trabalho. O número de atividades de lazer e, consequentemente, das viagens rodoviárias cresceu e nesse cenário se destaca o papel do animador turístico. O animador turístico deve ter um perfil adequado, com competências e habilidades e características pessoais bem definidas, para que a viagem transcorra sem grandes problemas e de maneira agradável. 11 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. As atividades passivas de lazer conta com a participação intensa do indivíduo nas atividades propostas, como jogos e esportes coletivos, brincadeiras, atividades culturais etc. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Uma importante característica pessoal para o animador turístico é ser paciente e ocioso. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 12 Referências HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: McGraw-Hill, 1990. SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 2003. TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004. 13 UNIDADE 2 | O PAPEL DO ANIMADOR TURÍSTICO E REGRAS DE COMPORTAMENTO 14 Unidade 2 | O Papel do Animador Turístico e Regras de Comportamento 1 Introdução As atividades de animação no transporte rodoviário de turistas acontecem, geralmente, sem percalços, quando existe um animador com o perfil adequado para conduzir as atividades. No entanto, há situações que não estão, necessariamente, relacionadas à animação, mas que de alguma forma requerem a intervenção do animador turístico. Nesta unidade será discutida a função do animador turístico e serão apontadas algumas regras fundamentais no seu comportamento. 2 Funções do Animador Turístico A principal função de um animador turístico é a de organizar atividades de animação que promovam a ocupação e o entretenimento dos turistas. É importante salientar que um amimador turístico não tem a mesma função de um guia turístico. De acordo com a Portaria nº 27, de 30 de janeiro de 2014 (BRASIL, 2014), são funções básicas de um guia de turismo: I – acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do território nacional; III – promover e orientar despachos e liberação de passageiros e respectivas bagagens, em terminais de embarques e desembarques aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários; (BRASIL, 2014) 15 Por outro lado, a principal função do animador turístico é de entreter e fazer com que o turista se envolva nas atividades propostas. As demais funções de um animador turístico são: • Organizar e desenvolver atividades de animação turística; • Determinar o conteúdo das atividades a partir de um conhecimento prévio das expectativas do grupo; • Propiciar a interação entre os membros do grupo; • Zelar pelo bem-estar dos turistas; • Registrar e transmitir sugestões e reclamações dos turistas; • Tomar medidas necessárias para a prevenção de acidente; • Sempre que necessário, prestar os primeiros socorros em caso de acidente. Perceba que essa função não é a mesma de um guia turístico. Lembre-se: a função de um animador turístico é de organizar e promover atividades de animação turística que acarretem a ocupação e entretenimento dos turistas. 3 Regras de Comportamento do Animador Turístico Para desenvolver bem seu trabalho, o animador turístico deve seguir algumas regras básicas de comportamento. Afinal, o sucesso de sua atividade está baseado no bom relacionamento que o profissional terá com o grupo. Portanto observe as seguintes regras: • Seja claro nas suas orientações: no início das atividades de animação, as regras das brincadeiras e jogos devem ser explícitas. Para isso, procure ser claro nas orientações, observe se todos estão tendo acesso à informação e se o seu linguajar está adequado ao perfil do grupo; 16 • Tenha comportamento adequado ao perfil do grupo: a elaboração de um diagnóstico fornece o perfil do grupo que você irá acompanhar. As agências de viagens têm as informações básicas sobre o perfil dos viajantes. Por isso, procure adequar o seu comportamento a esse perfil. No caso de viagens de grupo de jovens, seja firme sem abusar da autoridade, utilize uma linguagem mais informal e participe intensamente das atividades propostas. Um grupo de adultos requer, por outro lado, que você tenha uma postura mais cuidadosa. Fique atento às informações que irá repassar e selecione com cuidado as atividades propostas. Os grupos de terceira idade exigem uma aproximação maior. Mostre atenção aos aspectos pessoais – temperatura adequada do ar condicionado, sinais de fadiga dos turistas etc.; • Orações no início da viagem: embora seja muito comum os animadores e guias turísticos rezarem antes de iniciarem uma viagem, essa prática só pode acontecer se todos os elementos do grupo forem seguidores da mesma religião. Mais uma vez salienta-se a importância de traçar e estudar o perfil do grupo de turistas; • Posições políticas: não atribua problemas na estrada, na infraestrutura turística etc. à administração local. Jamais fale mal ou bem do governo, pois essas atitudes podem criar constrangimento entre os turistas. e Atenção com a piada que irá contar: não conte piadas de cunho racista, sexista, político etc. Use o bom senso! 4 Alguns Problemas Recorrentes em Viagens Mesmo que tudo seja planejado com cuidado, ainda assim sempre acontecem situações que não estavam previstas. Por isso, o animador precisa estar atento a essas eventualidades: 17 • Assédio do passageiro: é muito comum, sobretudo nas viagens que envolvem jovens, que um ou outro queira uma atenção especial do animador. Esse comportamento pode ser percebido quando a pessoa em questão se coloca em evidência e quer estar sempre ao lado do animador. Nesse caso, o animador deve elogiar o interesse da pessoa, mas deixar claro que ninguém merece privilégios e tentar dividir a sua atenção com todo o grupo de forma homogênea; • Passageiros que se perdem: antes de qualquer parada técnica, sugira que cada passageiro se responsabilize por uma pessoa. Ou seja, o passageiro 1 cuida do passageiro 2, que por sua vez se preocupa com o passageiro 3, e assim por diante. Assim, quando todos voltarem ao ônibus, cada um terá que “prestar conta” da pessoa pela qual ficou responsável ou, pelo menos, deverá ser capaz de identificar a sua ausência. Caso um passageiro, apesar dos cuidados, não retorne ao ônibus, cabe ao guia e, em alguns casos, ao animador, procurar o passageiro sumido; • Perda de objetos: nuncase deve solicitar objetos dos passageiros para executar as atividades, mas, mesmo assim, alguns objetos podem se perder. Procure manter a calma e organize “uma operação de busca” ao objeto perdido. Além de resolver o problema, há a possibilidade de transformar essa ação em uma atividade de recreação. h Para que todos estejam motivados pela busca, faça o seguinte: ofereça um prêmio àquele que encontrar o objeto ou a pessoa perdida. Conclusão Apesar de todo o planejamento prévio, algumas situações imprevistas podem acontecer e o animador precisa estar preparado para enfrentá-las. Aja com calma e use sempre o bom senso. Antes de iniciar qualquer viagem explique ao grupo a diferença entre guia turístico e animador turístico. 18 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. A função de um animador turístico é de organizar e promover atividades de animação turística que acarretem a ocupação e entretenimento dos turistas igual ao de um guia turístico. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O sucesso de sua atividade está baseado no bom relacionamento que o profissional terá com o grupo. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 19 Referências HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: McGraw-Hill, 1990. SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 2003. TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004. 20 UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES DE LAZER E RECREAÇÃO – DIAGNÓSTICO, PROGNÓSTICO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO 21 Unidade 3 | Planejamento de Atividades de Lazer e Recreação – Diagnóstico, Prognóstico, Execução e Avaliação 1 Introdução João comprou um pacote turístico para Buenos Aires. Às vésperas da viagem, descobriu que a temperatura nessa cidade estava muito baixa, – 5º C. Como João é carioca, não tinha roupas adequadas para o frio que estava prestes a enfrentar. Matheus, seu irmão, reuniu a família e juntos discutiram soluções para o problema de João. Pedro, seu primo, havia feito uma viagem recente à Europa e se propôs a emprestar as roupas para João. Marta, sua irmã mais velha, ofereceu as botas quentes de seu marido. O prognóstico não poderia ser melhor: problema solucionado! Nada disso teria acontecido se João tivesse investigado as características do clima de Buenos Aires, assim que comprou o pacote turístico. Essa pequena história ilustra a importância de planejarmos todas as ações de nossa vida pessoal e profissional. Quando nossas ações estão pautadas no conhecimento prévio da realidade atual, temos as ferramentas necessárias para apontar soluções e diretrizes para ações futuras. Da mesma forma acontece com a função do animador turístico. Antes de iniciar uma viagem, um diagnóstico deve ser realizado para que se conheça a realidade e, com base nesse conhecimento prévio, poder construir cenários futuros e organizar as atividades que serão desenvolvidas no decorrer da viagem. 22 2 Planejamento: Noções Básicas O planejamento é uma ferramenta fundamental para o sucesso de qualquer ação do ser humano, seja no campo pessoal ou no campo profissional. Em maior ou menor grau, todos nós planejamos as nossas ações, pois o ato de planejar é inerente ao ser humano. Quanto mais organizado for esse planejamento, maiores as chances de se chegar a um resultado positivo. O planejamento pode ser entendido como o aperfeiçoamento dos princípios e das expectativas a longo prazo, traduzindo-os em objetivos específicos a curto prazo e métodos para colocá- los em prática. Ou, ainda, entendido como a definição de estratégias e meios para sair de ou modificar determinada situação, visando alcançar uma situação futura desejada. Em termos profissionais, o ato de planejar é indispensável para o sucesso de suas ações. Existem várias metodologias de planejamento, mas aqui a preocupação é com os aspectos mais relevantes à atividade de animação turística para o transporte rodoviário de turistas. O resultado do processo de planejamento é um plano, ou seja, um documento que apresenta propostas e ações que deverão ser implementadas. O processo de planejamento subdivide-se em três etapas: diagnóstico, prognóstico e execução. 23 3 Diagnóstico Chega-se ao diagnóstico por meio do levantamento das principais características e interesses dos turistas que farão parte da viagem. O diagnóstico ajudará na elaboração das atividades de animação que serão propostas ao grupo. Os itens que devem fazer parte desse diagnóstico são: público-alvo, estrutura, recursos e o destino. 3.1 Público-Alvo Antes de propor qualquer atividade de animação, é necessário estudar as características individuais e do grupo, considerando a sua faixa etária, seus interesses e expectativas e o que cada grupo é capaz de fazer. As faixas etárias podem ser definidas de acordo com suas características. Para exemplificar, algumas faixas etárias específicas podem ser definidas da seguinte maneira: • Dos 12 aos 18 anos; • Dos 18 aos 40 anos; • Meia idade (40 a 65 anos) e terceira idade (acima dos 65 anos). Além da faixa etária, é importante conhecer o nível educacional, as atividades sócio- profissionais e as classes de renda. O número de viajantes é outro ponto a ser considerado na hora de definir atividades, pois muitas delas podem exigir a formação de grupos. 24 3.2 Estrutura e Recursos Antes de cada viagem é preciso analisar as características do ônibus utilizado e checar se todos os equipamentos estão em perfeita ordem, permitindo o seu uso sem maiores problemas. 3.3 Destino Conhecer as principais características do local que será visitado e das atrações que serão encontradas no caminho pode ser uma ferramenta muito útil para a elaboração de atividades de recreação. É fundamental buscar informações sobre o trajeto e a distância a ser percorrida, o tempo de percurso, o clima e local previstos para as paradas. e O diagnóstico é a primeira etapa a ser realizada antes da elaboração de atividades de animação turística. O sucesso da proposta dependerá das informações disponíveis e elas irão determinar o tipo de atividades que podem ser propostas. 4 Prognóstico A partir das informações recolhidas na fase do diagnóstico, são realizadas as projeções, ou seja, essa é a fase em que se estabelecem objetivos para atingir uma situação ideal. Esse é o momento das proposições. A partir da faixa etária, por exemplo, define-se o tipo de atividade que deve ser desenvolvida. 25 4.1 Faixa Etária Dos 12 aos 18 anos – os adolescentes dessa idade costumam estar na fase das contestações, não gostam de se expor e se reúnem em “panelinhas”. Eles elegem seus próprios líderes e, baseados em conceitos populares, costumam excluir aqueles que, por uma razão ou outra, se destacam (NERDs, CDF, Patricinhas e Mauricinhos). Para essa faixa etária sugerem-se atividades que não exponham em demasia os participantes. É importante identificar os grupos e seus respectivos líderes e, por meio deles, tentar uma aproximação com os demais integrantes. Atividades de “descongelamento” ou dinâmicas de grupo são bastante adequadas e ajudam o animador a conhecer o perfil do grupo. Dos 18 aos 40 anos – os adultos dessa idade são bastante sociáveis e gostam de trocar experiências. As atividades de recreação podem explorar conhecimentos gerais, música, filmes e arte em geral. Além da faixa etária, fatores como nível educacional e sócio profissional são fundamentais para se definir o tipo de jogos e brincadeiras. A sociabilidade inerente a essa faixa etária permite que dinâmicas de grupo sejam bastante exploradas. Meia idade (40 a 65 anos)e terceira idade (acima dos 65 anos) – nessa faixa etária as pessoas podem perder um pouco da sua autonomia, podem apresentar problemas de surdez e a sua saúde pode apresentar certa fragilidade. No entanto, é um grupo que participa ativamente das atividades propostas e o nível de interação entre eles é bastante grande. As atividades podem ser similares àquelas adotadas na faixa etária dos 18 aos 40 anos, mas é importante observar o ritmo imposto para a sua realização. Uma análise do nível educacional, das atividades sócio profissionais e da classe de renda desse público é fundamental, pois de nada adianta propor atividades que envolvam temas não condizentes com a realidade do grupo. 26 4.2 Estrutura e Recursos Os ônibus de turismo são, em geral, bem equipados, pois possuem microfone e sistema de som, frigobar e espaço para acomodar os equipamentos. No entanto, o animador encontra um contratempo que é a falta de espaço para as atividades. É importante que o animador se posicione bem perante os turistas, evitando ficar de costas – nem que para isso ele faça a viagem de costas. Nesse caso, é importante que ele tome cuidado com os movimentos bruscos do ônibus. O animador deve propor atividades que dispensem o deslocamento dos passageiros e deve se valer do fato de estarem todos muito próximos para propor atividades de interação. Antes de propor qualquer atividade o animador deve se certificar de que os equipamentos dos quais vai dispor estão disponíveis – microfones, sistema de som, fantasias, acessórios etc. 4.3 Destino Conhecer o destino e o trajeto que o ônibus percorrerá pode ser um aliado do animador turístico. A partir desse conhecimento prévio, pode-se prever a duração ideal das atividades. De acordo com as normas da Embratur, as paradas técnicas devem acontecer a cada três horas e meia de viagem, no máximo. 27 5 Execução e Avaliação Após o levantamento das informações e a projeção da situação que se espera alcançar, é chegado o momento de elaborar um plano de execução. Ou seja, esse é o momento de se colocar em prática o que foi estabelecido pelo prognóstico. Nesse sentido, a programação deve considerar os seguintes itens: • Número de participantes: estimar o número de pessoas envolvidas na atividade; • Definição de um plano de ação: definir o tipo de programação que será adotada. Lembre-se de que é importante adequar o tipo de atividade com o perfil do público-alvo; • Cronograma: prever as atividades a partir do tempo de percurso. Uma atividade não deve ser interrompida em função de uma parada técnica; • Material: estabelecer o material que será necessário na execução das atividades. Materiais de limpeza e de primeiros socorros também devem ser providenciados. A avaliação deve ser aplicada após a execução do programa. Essa avaliação servirá de parâmetro para a elaboração de novos programas. Há inúmeras metodologias de avaliação que podem ser aplicadas: questionários, “boca a boca”, observação etc. O animador turístico deve igualmente, elaborar um relatório depois de finalizada a viagem. Devem constar desse relatório todos os fatos ocorridos, os possíveis incidentes, a reação dos turistas às atividades propostas, o registro das sugestões, opiniões etc. Esse relatório é um grande aliado para a contínua melhoria da programação. 28 Conclusão Depois do recolhimento das informações acerca do público-alvo, da estrutura e recursos e do destino, o animador chegará a um perfil descritivo da situação. Essas informações subsidiarão um diagnóstico – que é a análise e avaliação das informações recolhidas. Com base nesse diagnóstico é hora de estruturar um prognóstico. Nessa fase, são feitas as projeções e ações que deverão ser implementadas. Em outras palavras, traça- se um plano das atividades de animação que serão implementadas na viagem. 29 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O animador deve propor atividades que dispensem o deslocamento dos passageiros e deve se valer do fato de estarem todos muito próximos para propor atividades de interação. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O animador turístico deve igualmente, elaborar um relatório depois de finalizada a viagem. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 30 Referências HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: McGraw-Hill, 1990. SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 2003. TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004. 31 UNIDADE 4 | VIAGENS RODOVIÁRIAS – PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS 32 Unidade 4 | Viagens Rodoviárias – Procedimentos Específicos 1 Introdução A animação turística pode acontecer em qualquer meio de transporte: fluvial, aéreo e rodoviário. Mas, é o transporte rodoviário de turistas que exige maior acompanhamento e intervenção de animadores. Grande parte do transporte rodoviário de turistas é feita em ônibus equipados para tal. Assim, é importante, para o animador turístico, conhecer as características desses veículos e ter o conhecimento do dia a dia de uma viagem de ônibus. 2 Configuração dos Veículos A configuração do ônibus pode interferir nas atividades de animação. Para que a viagem e a animação turística aconteçam com tranquilidade e o animador consiga desempenhar um bom papel na sua função, é necessário que, antes da viagem, o animador conheça o veículo em que se realizará a excursão. Portanto, antes da viagem o animador deve verificar: • O posicionamento das poltronas: verificar se o ônibus é simples ou de dois andares (double deck); • Verificar o posicionamento dos banheiros: o posicionamento dos banheiros não interfere na atividade do animador, mas é importante que ele oriente os passageiros sobre o seu uso (restrito) e sobre o deslocamento dos mesmos, sobretudo à noite, quando a luminosidade é menor; 33 • Equipamentos de refrigeração e audiovisual: verificar os equipamentos disponíveis e que podem ser utilizados pelas atividades de animação propostas – aparelho de CD, TV, DVD, microfone, karaokê etc. 3 Controle da Refrigeração e Som Ambiente O controle, tanto da refrigeração como da música ambiente, traz problema para o animador, pois nunca haverá consenso entre o grupo quanto ao estilo e volume da música nem quanto à temperatura ambiente. Por essa razão, mais uma vez é importante conhecer o perfil dos turistas: adolescentes, jovens, adultos e terceira idade possuem preferências específicas. Por exemplo, pessoas de terceira idade são mais sensíveis ao frio, por outro lado, os adolescentes gostam de temperatura mais fria. A música deve ser escolhida de acordo com a faixa etária do grupo. Você pode aceitar sugestões e CDs dos passageiros, mas procure evitar músicas de gêneros extremos – como jazz, rap e funk, sempre que possível. Quando for passar um filme, fique atento ao estilo. Os grandes clássicos são excelentes, mas nem sempre agradam a todo mundo. Procure filmes leves, que possam ser assistidos por todas as faixas etárias. g Há vários sites disponíveis na internet que oferecem sugestões de filmes. Acesse os links a seguir e confira as sugestões! http://www.interfilmes.com/index.html http://intercinebr.blogspot.com 34 Procure usar filmes dublados, pois ler legendas pode incomodar e causar mal-estar nas pessoas. Evite deixar o som muito alto, mas verifique se todos estão ouvindo perfeitamente. O microfone é um equipamento indispensável para o animador turístico. Além de guiar as atividades, serve para transmitir qualquer mensagem de orientação e informação. 4 Serviço de bordo O serviço de bordosó acontece em viagens de longas distâncias e nem sempre é função do animador turístico. Mas, caso o animador seja solicitado para tal, é importante ficar atento a algumas recomendações. Antes da viagem é preciso checar se o frigobar está em perfeito funcionamento e se os mantimentos previstos para a viagem estão disponíveis e de acordo com o número de passageiros. Para dar início ao serviço de bordo, solicite que os passageiros deixem suas poltronas no sentido vertical e solicite que todos fiquem sentados. Não há ordem específica para a realização do serviço, mas procure servir primeiro o lanche e depois as bebidas. Muito cuidado com os movimentos bruscos do veículo. Depois de finalizado o serviço, recolha os dejetos e promova um período de descanso. Recomenda-se para esse momento, uma música ambiente mais calma. Conclusão Reiteramos a necessidade de que o profissional de animação turística tenha conhecimento prévio das condições gerais de trabalho. Esse conhecimento prévio será a base da elaboração de um bom plano de atividades de recreação. 35 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Não é importante, para o animador turístico, conhecer as características desses veículos e ter o conhecimento do dia a dia de uma viagem de ônibus. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Antes da viagem é preciso checar se o frigobar está em perfeito funcionamento e se os mantimentos previstos para a viagem estão disponíveis e de acordo com o número de passageiros. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 36 Referências HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: McGraw-Hill, 1990. SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 2003. TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004. 37 UNIDADE 5 | ATIVIDADES DE APRESENTAÇÃO E INTERAÇÃO 38 Unidade 5 | Atividades de Apresentação e Interação 1 Introdução Uma viagem de ônibus pode ser enfadonha e cansativa. Mas, se uma viagem conta com a presença de um animador turístico, passa a ser um momento muito prazeroso. Há muitas atividades que podem ser desenvolvidas durante os deslocamentos. Esta Unidade visa apresentar algumas sugestões de atividades de animação. 2 Atividades de Entretenimento No plano de atividade, que foi elaborado antes da viagem e a partir do diagnóstico elaborado, são previstas atividades de animação. Agora é a hora de colocá-las em prática. • Procure preparar várias atividades, dessa forma, se houver algum imprevisto ou se o grupo não gostar de determinada atividade proposta, haverá opções de escolha. É importante observar algumas recomendações importantes: • Evite as atividades que exijam deslocamento dos passageiros, pois com o movimento do ônibus, os viajantes podem machucar-se; • Antes da execução da atividade, deve-se dar orientações claras sobre as instruções e regras do jogo/brincadeira. Use o microfone para isso; 39 • Enfatizando, evite as piadas e pegadinhas que envolvam opiniões políticas, religião, sexo e questões raciais. Alguns desses temas podem ser utilizados, mas nunca trate o assunto de forma pejorativa e evite chacotas; • O material utilizado não deve ser muito pequeno, para não se perder, e nem pontiagudo, para não ferir ninguém. Nunca utilize objetos pessoais valiosos dos turistas, como alianças, documentos, relógios e joias em geral. Esses objetos podem se perder ou estragar e isso criará uma situação muito constrangedora para todos; • Ofereça brindes ou lembranças para os vencedores das competições. Mesmo que as brincadeiras não provoquem uma grande competição entre os participantes, o oferecimento de brindes pode ajudar na descontração do grupo; • Há pessoas que, por timidez, preferem somente assistir às brincadeiras, por isso, não obrigue ninguém a participar das atividades. Aos poucos o animador pode aproximar essas pessoas do grupo e inseri-las nas brincadeiras. Uma opção é fazer com que os não participantes “elejam” os vencedores ou entreguem os prêmios aos vencedores. Mas, mesmo nessas situações, é importante usar o bom senso para não constranger ninguém; • O tempo de duração das atividades deve estar de acordo com o percurso da viagem. É importante evitar as atividades muito longas, mas também é importante manter os turistas entretidos por boa parte da viagem. Outro fato que precisa ser considerado são as paradas técnicas. Procure evitar a interrupção das atividades em função da parada e dê tempo para que os passageiros se preparem para elas. Se o animador perceber que a atividade não está mais tão empolgante quanto estava no início, cabe a ele encerrá- la. Caso haja uma boa receptividade, a atividade pode ser prolongada. Nesse caso, é importante a percepção do animador e mais uma vez é importante usar o bom senso; • A orientação sobre a programação geral da viagem é uma função do guia, mas é comum os turistas pedirem orientações ao animador. Por essa razão, é importante conhecer a programação da viagem. O animador deve orientar o turista para que ele se dirija ao guia, mas se for necessário, as informações podem ser passadas pelo próprio animador – por isso há necessidade de se ter acesso a essas informações e ter uma relação de cordialidade com o guia oficial da viagem; 40 • Ao final da viagem, o animador deve usar o microfone para agradecer a presença e participação de todos. Essa fala não deve ser muito longa e deve ter sido previamente escrita para evitar os improvisos. h O recebimento de presentes ou de gorjetas é um procedimento comum nessas viagens. Essa gentileza deve ser aceita pelo animador, mas nunca se deve sugerir essa prática. 3 Atividades de Apresentação e Interação Há atividades de apresentação, mais conhecidas como descongelamento ou quebra- gelo. Depois que essa aproximação ocorreu, outras atividades de interação podem ser desenvolvidas. Algumas precauções devem ser tomadas antes de aplicar as atividades: • Verifique se todos querem participar das brincadeiras. Caso nem todos aderirem à atividade, sugira que eles troquem de lugar e aproxime o grupo que participará das atividades; • Explique de forma clara as regras e orientações gerais sobre a brincadeira; • Se na atividade houver a necessidade de deslocamento dos passageiros, oriente-os a se apoiarem e a andar com cuidado dentro do ônibus; • Preste atenção à dinâmica da brincadeira. Se os participantes demonstrarem fadiga ou desinteresse, passe para outra atividade ou encerre as brincadeiras; • Lembre-se de que ao propor alguma atividade que exija materiais como lápis, papel, barbantes e outros objetos, você deve fornecer esse material; • Tenha sempre em mãos um estojo de primeiros-socorros. 41 4 Dinâmicas de Grupo de Descongelamento Essas dinâmicas têm como objetivo fazer com que os integrantes da viagem se conheçam e contribuem também para que o animador conheça o grupo. Seguem algumas sugestões de atividades de descongelamento: a) Entrevista Nessa técnica, os integrantes do grupo formarão pares e terão 15 minutos para se entrevistar mutuamente. Depois, um apresentará o outro para o grande grupo. As perguntas que podem ser feitas são: • Quem são? • De onde são? • Como são? • O que esperam da viagem? • Qual a sua cor favorita? • Qual o seu prato preferido? Os vencedores serão os membros da dupla que apresentar mais detalhes sobre a conversa. Monte um júri com dois ou três turistas para julgar os pares e declarar os vencedores. b) Quem conta um conto, aumenta um ponto Cada integrante da viagem deve responder a um questionário com cinco perguntas, sendo queuma das respostas deve ser uma mentira. Dividem-se os participantes em dois grupos (pode ser as fileiras da direita contra a fileira da esquerda). O animador 42 deve escolher, aleatoriamente, um questionário de cada grupo e ler as respostas. O outro grupo deve adivinhar qual é a resposta errada. A cada acerto o grupo acumula pontos e, ao final, vence aquele grupo que mais descobrir mentiras do grupo adversário. Sugestão de perguntas: Nome – estado civil – cor preferida – comida preferida – time de futebol. Outras atividades a) Incidentes da infância O animador seleciona cinco voluntários que contarão para os demais um incidente ocorrido na infância. Fica a critério do animador definir quantas histórias devem ser verdadeiras e quantas devem ser fictícias. Os demais membros do grupo devem adivinhar quais histórias são verdadeiras e quais são fictícias. b) Pergunta indiscreta O animador distribuirá papéis com a pergunta: o que você faria...? A pessoa é orientada a completar a pergunta e colocar a resposta no verso do papel. Depois, o animador pede para uma pessoa ler a sua pergunta e para outro responder com a resposta que ele mesmo deu para a pergunta elaborada por ele. As respostas serão desconectadas e isso torna a brincadeira muito divertida. c) Confusão de países e cidades Cada equipe escreverá 10 nomes de países e cidades em um papel. Mas, o nome desses países e cidades deve estar com as letras embaralhadas. Depois, trocam-se os papéis e as equipes devem descobrir o nome da cidade ou país. Exemplo: OROJIANERDE (Rio de Janeiro) d) Memória Alguém começa a brincadeira: — Meu nome é Maria. A segunda dirá: — O Meu nome é Maria e eu gosto de laranja. 43 A terceira dirá: — Meu nome é Maria, gosto de laranja e tomate. E assim por diante. A pessoa que errar a sequência de palavras pagará uma prenda. e) Quantos feijões? Coloca-se um tanto de feijões dentro de um recipiente transparente. O recipiente deve ser passado de mão em mão e quem adivinhar o número de feijões ganha um prêmio. f) Ata e desata o nó Os viajantes devem ser divididos em dois grupos: a fileira da esquerda contra a fileira da direita. O animador entrega um barbante para o passageiro que está no banco da frente. Ele deve fazer um nó no barbante e passar para a pessoa que está ao seu lado. Ela deverá desatar o nó e passar o barbante para o passageiro que está sentado no banco de trás. Esse, por sua vez, deverá fazer um nó no barbante e assim por diante. Ganha aquela equipe que fizer chegar primeiro o barbante no último passageiro. g) Vocês se lembram? Essa atividade deve ser feita ao final da viagem. Os participantes devem escrever num papel uma situação engraçada que aconteceu durante a viagem, mas não se deve colocar o nome dos protagonistas da história. Quando o animador ler o relato, todos devem se lembrar da história e apontar o protagonista. Além dessas brincadeiras e jogos, proponha a exibição de filmes e músicas variadas. Um “bate papo” entre os turistas também é uma atividade prazerosa. Conclusão É importante planejar atividades de recreação que devem ser aplicadas no início da viagem – atividades de “descongelamento”, atividades que podem ser desenvolvidas no decorrer da viagem e atividades que encerram a viagem. Para isso, o animador deve conhecer o perfil dos turistas e estudar várias formas e brincadeiras de entretenimento. Neste curso, algumas técnicas de entretenimento foram apresentadas, mas não se esgotou o leque de brincadeiras, que podem ser criadas e desenvolvidas de acordo com a criatividade e conhecimento do animador. 44 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O recebimento de presentes ou de gorjetas é um procedimento comum nessas viagens. Essa gentileza deve ser sempre proposta pelo animador. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. É importante que o animador evite as atividades que exijam deslocamento dos passageiros, pois com o movimento do ônibus, os viajantes podem machucar-se. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 45 Referências HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: McGraw-Hill, 1990. SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 2003. TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004. 46 Gabarito Questão 1 Questão 2 Unidade 1 F F Unidade 2 F V Unidade 3 V V Unidade 4 F V Unidade 5 F V Apresentação Unidade 1 | Conceitos Básicos sobre Lazer e Animação Turística – O Perfil do Profissional de Animação Turística 1 Introdução 2 Lazer, Viagens e Animação Turística: Algumas Definições 3 O Perfil do Animador Turístico Atividades Referências Unidade 2 | O Papel do Animador Turístico e Regras de Comportamento 1 Introdução 2 Funções do Animador Turístico 3 Regras de Comportamento do Animador Turístico 4 Alguns Problemas Recorrentes em Viagens Atividades Referências Unidade 3 | Planejamento de Atividades de Lazer e Recreação – Diagnóstico, Prognóstico, Execução e Avaliação 1 Introdução 2 Planejamento: Noções Básicas 3 Diagnóstico 3.1 Público-Alvo 3.2 Estrutura e Recursos 3.3 Destino 4 Prognóstico 4.1 Faixa Etária 4.2 Estrutura e Recursos 4.3 Destino 5 Execução e Avaliação Atividades Referências Unidade 4 | Viagens Rodoviárias – Procedimentos Específicos 1 Introdução 2 Configuração dos Veículos 3 Controle da Refrigeração e Som Ambiente 4 Serviço de bordo Atividades Referências Unidade 5 | Atividades de Apresentação e Interação 1 Introdução 2 Atividades de Entretenimento 3 Atividades de Apresentação e Interação 4 Dinâmicas de Grupo de Descongelamento Atividades Referências Gabarito
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