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Apostila Recreação infantil

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E S C O L E G I S C M M
1
CURSO DE 
RECREAÇÃO 
INFANTIL
CARGA HORÁRIA - 20 HORAS
PROFESSOR -VALDERCLEY SANTOS
R E C R E A Ç Ã O I N F A N T I L
2
MESA DIRETORA
Presidente - David Reis (AVANTE)
1º Vice-Presidente - Wallace Oliveira (PROS)
2º Vice-Presidente – Diego Afonso (PSL)
3º Vice-Presidente – Caio André (PSC)
Secretária Geral – Glória Carrate (PL)
1º Secretário – Elissandro Bessa (SOLIDARIEDADE)
2º Secretário – Eduardo Alfaia (PMN)
3º Secretário – João Carlos (REPUBLICANOS)
Ouvidor – Amom Mandel (SEM PARTIDO)
Corregedor – Jaildo Oliveira (PC do B)
Ficha Técnica
Ebook - Curso de Recreação Infantil
Autor: Prof. Valdercley Santos
Revisão Pedagógica e EAD: Dr. Wender Antônio da Silva.
Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização da editora. 
A distribuição e download deste e-book são gratuitos dentro da plataforma Escolegis CMM, 
no entanto, sua comercialização e/ou redistribuição é terminantemente proibida. 
©️ Copyright 2021 – Istud Ltda ME
Categoria: Curso de Recreação Infantil
E S C O L E G I S C M M
3
APRESENTAÇÃO DO 
PROFESSOR E DO CURSO DE
RECREAÇÃO INFANTIL
O sistema de educação realmente está crescendo e com isso novos cargos 
estão surgindo no ambiente escolar, assim fazendo-se necessário a capacitação 
tantos dos profissionais que já atuam na escola, bem como aos que buscam 
formação para atuação na área, o curso de monitor escolar é a capacitação para 
o mercado de trabalho e para a vida.
R E C R E A Ç Ã O I N F A N T I L
4
E S C O L E G I S C M M
5
SUMÁRIO
UNIDADE I .............................................................................................. 7
1.1 O CONTEXTO HISTÓRICOS DA RECREAÇÃO ...................................7
1.2 DEFINIÇÃO DE RECREAÇÃO ......................................................................9
1.3 A RECREAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS ......................................10
1.4 OS OBJETIVOS DA RECREAÇÃO .............................................................12
1.5 OS JOGOS E BRINCADEIRAS E SUAS DIFERENÇAS ..................13
UNIDADE II ............................................................................................. 18
2.1 - RECREAÇÃO INFANTIL- O DESENVOLVIMENTO .....................18
DA CRIANÇA .................................................................................................................18
2.2 - AS PARTICULARIDADES DE CADA FAIXA ETÁRIA EM 
RELAÇÃO À RECREAÇÃO ....................................................................................19
2.3 - TRABALHO COM A RECREAÇÃO ........................................................22
2.4 - TIPO DE ATIVIDADE .....................................................................................24
 2.5 - RECREAÇÃO E PROCESSO EDUCACIONAL ...............................29
 2.6 - RECREAÇÃO E A INCLUSÃO .................................................................32
UNIDADE III ............................................................................................ 34
3.1 - PERFIL PROFISSIONAL ...............................................................................34
3.2 -PASSOS PARA PROGRAMAÇÃO DE UMA ATIVIDADE REC-
REATIVA ...........................................................................................................................36
3.3 - O PERFIL E CARACTERÍSTICAS DO PROFISSIONAL DO 
LAZER ................................................................................................................................36
3.4 - POSTURA PROFISSIONAL ........................................................................38
3.4 - LOCAIS DE ATUAÇÃO ..................................................................................39
UNIDADE IV ........................................................................................... 44
4.1 - TÉCNICAS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA ........................................44
R E C R E A Ç Ã O I N F A N T I L
6
E S C O L E G I S C M M
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UNIDADE I
1.1 O CONTEXTO HISTÓRICO DA RECREAÇÃO
Segundo o autor Canto (2004) e PCN’s (1997). “A recreação teve sua origem 
na pré-história, quando o homem primitivo se divertia festejando o início da 
temporada de caça, ou a habitação de uma nova caverna, já que as atividades 
se caracterizavam por festas de adoração, celebrações fúnebres, invocação de 
deuses, o vencimento de um obstáculo, com alegria, caracterizando assim um 
dos principais intuitos da recreação moderna. As atividades, jogos coletivos dos 
adultos em caráter religioso foram passadas de geração em geração às crianças 
em forma de brincadeiras, quer dizer: já era uma constante na vida do homem, 
sendo que era manifestada através das danças primitivas de adoração, rituais 
fúnebres e invocação de deuses, destacando-se seu aspecto recreativo de alegria 
e vencimento de obstáculos. A criança ao nascer, após todo o impacto sofrido 
pela diferença de ambiente, adaptando-se à medida que o sistema nervoso se 
desenvolve, tornando-a capaz de movimentar-se, começa então a recrear-se, 
mexendo as mãos, pegando os pés, entre outros movimentos, isto vem afirmar 
que a recreação é algo instintivo do ser humano.Começando com a criança em 
forma de brincadeiras, a recreação chega até o adulto como fator social, que 
surgiu nos fins do século passado.
O movimento da recreação sistematizada iniciou-se na Alemanha em 1774 com 
a criação do Philantropinum (mais importante instituição educacional com bases 
filantrópicas) por Johann Bernhard Basedow, professor das escolas nobres da 
Dinamarca. Lá as atividades intelectuais ficavam lado a lado às atividades físicas, 
como equitação, lutas, corridas e esgrima.
Na Fundação Philantropinum havia cinco horas de matérias teóricas, duas 
horas de trabalhos manuais, e três de recreação, incluindo a esgrima, equitação, 
lutas, caça, pesca, excursões e danças. A concepção Base dowiana contribuía 
para a execução de atividadesa fim de preparação física e mental para as classes 
escolares maiores.
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Froebel contribuiu criando os Jardins de Infância onde as crianças brincavam na 
terra. Nos EUA (Estados Unidos da América) o movimento iniciou-se em Boston, 
em 1885 com a criação de jardins de areia para as crianças se recrearem. Com 
o tempo, o espaço tornou-se pequeno visto que os irmãos mais velhos vinham 
também se recrearem nos jardins, Criavam-se então os playgrounds em prédios 
escolares, chamados também de pátios de recreio.
No ano de 1892, em Chicago acontecera o 1º HULL HOUSE, área para jogos, 
aparelhos de ginástica e caixa de areia.
Prevendo a necessidade de atingir um público de diferente faixa etária, como 
os jovens e adultos, e também devido a crescente importância do tempo de lazer, 
o termo playground foi mudado para “recreação”, com um conceito mais amplo 
de brincadeiras para crianças e outras atividade para os adultos, a partir daí 
foram criados os centros recreativos, que funcionavam o ano todo. Eram casas 
campestres com sala de teatro, de reuniões, clubes, bibliotecas e refeitórios. 
Havia estruturas semelhantes as de hoje em dia, caixas de areia, escorregadores, 
quadras e ginásio para ambos os sexos com vestiários e banheiros, balanços, 
gangorra, entre outros. Para orientação das atividades existiam os líderes 
especialmente treinados.
No Brasil, a criação de praças públicas iniciou-se em 1927, no Rio Grande do 
Sul com o professor Frederico Guilherme Gaelzer. O evento chamava “Ato de 
Bronze”, onde foram improvisadas as mais rudimentares aparelhagens. Pneus 
velhos amarrados em árvores construíam um excelente meio de recreação para 
as crianças.
Em 1929, aparecem as praças para a Educação Física, orientadas por instrutores, 
pois não havia professores especializados. A partir daí foram surgindo novas 
praças, parques e os Centros Comunitários Municipais, sendo que o primeiro 
chefe desse serviço foi o professor Gaelzer.
Em 1972, foi criado o “Projeto RECOM” (Recreação - Educação - Comunicação), 
pelo prefeito Telmo Thompson Flores, com o SecretárioMunicipal de Educação 
e Cultura Profº. Frederico Lamacchia Filho, juntamente com o professor Gaelzer. 
Porto Alegre foi a pioneira desse tipo de projeto, realizou atividades recreativas e 
físicas promovendo o aproveitamento sadio das horas de lazer e a integração do 
homem com sua comunidade. Funcionavam no RECOM uma tenda e um carrossel 
de Cultura, desmontáveis e de fácil remoção. A tenda é uma casa de espetáculos. 
O carrossel foi criado para apresentações externas e espetáculos ao ar livre.
Ressalvando a importância da recreação, a Alemanha a introduziu nas 
escolas e criou os parques infantis. Os EUA criaram os playgrounds equipados 
E S C O L E G I S C M M
9
revolucionando a recreação pública. O Rio Grande do Sul pelo pioneirismo e a 
implantação do “RECOM” com a recreação móvel.
A palavra recreação provém do verbo latino “recreare”, que significa recrear, 
reproduzir ou renovar. A recreação pode, desta forma, compreender as atividades 
espontâneas, prazerosas e criadoras, que o indivíduo busca para melhor ocupar 
o seu tempo livre. A recreação tem como objetivo principal criar as condições 
necessárias para o desenvolvimento integral das pessoas, além de promover a 
participação de forma coletiva e individual em ações que possam melhorar a 
qualidade de vida das pessoas; possui ainda o caráter educacional, auxiliando na 
preservação da natureza e na afirmação dos valores imprescindíveis à convivência 
social e profissional.
Independente do conceito que se use, a recreação está vinculada ao ato de 
realizar, por vontade própria, situações relacionadas aos jogos, brinquedos e 
brincadeiras, nomomento em que se sente a necessidade disso. Dessa maneira, 
está atrelada ao fato da busca espontânea por atividades recreativas. Estas sempre 
ocorrerão em forma de um jogo ou de uma brincadeira, sendo a principal forma 
de diferenciação existente entre estes que o jogo necessita de regras, enquanto 
a brincadeira não necessariamente as terá. Qualquer brinquedo, brincadeira 
ou jogo pode ser considerado recreativo, a partir do momento que o indivíduo 
participe espontaneamente, com o fim único de obter prazer na própria execução.
Principais características das atividades recreativas (CAVALLARI, Vinícius Ricardo 
e ZACHARIAS, Vani):
1.2 DEFINIÇÃO DE RECREAÇÃO
Deve ser desenvolvida de forma espontânea, sem esperar resultados ou benefícios 
específicos. Para tanto a opção por sua prática deve ser livre, atendendo os 
interesses de cada indivíduo;
• A prática das atividades recreativas leva as pessoas a “estados psicológicos
positivos” se realizadas em um clima e com uma atitude predominantemente 
alegre e entusiasta;
• Deve ser um estímulo para a criatividade, um benefício para a formação pessoal
e para as relações sociais, dando lugar à liberação de tensões da vida cotidiana,
resgatando os valores essenciais para uma autorrealização.
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A atividade recreativa tem sua essência na organização própria dos jogos e 
brincadeiras, segundo KISHIMOTO, Tizuko Morchida o jogo, aqui entendido em 
seu sentido amplo, ou seja, também denominado como brincadeira, tem por 
excelência duas funções:
Função lúdica: propicia diversão, prazer e até o desprazer, quando escolhido 
voluntariamente;
Função educativa: ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu 
saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.
1.3 A RECREAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS
As pessoas divertem-se com as mais variadas formas de atividade: caminhadas, 
passeios, atividades esportivas, pintura, teatro, cinema, culinária, enfim, buscam 
as atividades que lhes dão como retorno o prazer em sua realização. Assim, 
podemos classificar a recreação em duas formas, que devem ser observadas pelo 
recreacionista no momento de montar seus programas de atividades. 
a) Recreação Passiva: onde o indivíduo participa, mas não de maneira 
ativa, da proposta escolhida, assumindo papel de espectador. Por exemplo, 
quando nos dispomos a assistir uma peça de teatro ou vamos a um jogo de futebol.
 
b) Recreação Ativa: aquela em que a pessoa é a executante, ou seja, participa 
ativamente da proposta pela qual optou. Como exemplos temos o indivíduo que 
joga futebol, ao invés de simplesmente assistir ou então pilota um barco, pesca, 
entre outros.
Outro fator importante que caracteriza a recreação é o fato desta poder ser 
realizada de maneira individual ou coletiva. Por ser de livre escolha, o indivíduo 
opta por integrar-se a um grupo ou simplesmente realizar uma atividade sozinho.
Atividades individuais: ler um livro, saltar de asa delta, correr, etc.
Atividades coletivas: jogar voleibol, brincadeiras de roda, etc.
A forma e local de realização da atividade também é de extrema importância, 
pois podemos criar nossas próprias brincadeiras, e dessa maneira termos a 
recreação gratuitamente, ou então frequentarmos um espaço onde se ofertem 
atividades recreativas, podendo ser esse gratuito ou comercializado (pago).
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1 - Física ou funcional, tais como ginástica, dança ou jogos 
desportivos;
2 - Atividades teatrais e sua forma;
3 - Arte ou trabalhos manuais;
4 - Atividade ao ar livre (excursões, estudo da natureza, jardinagem, etc);
5 - Atividades mentais e linguísticas: estudo de línguas, ler, escrever, 
jogos de habilidades mentais;
6 - Colecionismo e fotografia;
7 - Atividades sociais, tanto no sentido de festas e vida social como no 
sentido de assistência feita através de clubes, igrejas, etc.
A recreação pode ser dividida em:
Dessa maneira, é importante ressaltar que recrear nada mais é que uma 
circunstância, uma atitude, pela qual o ser humano procura a satisfação interna 
por meio de atividades nos momentos de lazer. O monitor de recreação deve ser 
a pessoa preparada a auxiliar no desenvolvimento de situações que permitam 
criar situações que permitam a cada um alcançar aquilo que buscava, ou seja, 
prazer em efetuar atividades nos momentos de descanso.
Para tanto, é importante observar que a recreação apresenta algumas 
características importantes que devem ser analisadas no momento de montar 
um perfil do grupo (ou pessoa) com a qual irão aplicar-se as atividades recreativas.
a) Fim em si mesma: A pessoa busca apenas recrear, sem assumir compromisso nenhum 
com alguma situação. Apenas tem a intenção de se divertir.
b) Espontaneidade: A escolha da atividade é inerente a cada um, devendo assim serem 
respeitados os interesses e objetivos que o levaram a buscar aquela proposta. Ao profissional 
de recreação, cabe ofertar situações e circunstâncias propícias para que cada pessoa se recreie. 
Ninguém recreia ninguém.
c) Caráter hedonístico: O participante busca apenas obter prazer e satisfação na atividade. 
Dessa maneira, cabe ao(s) profissional(is) que está aplicando recreação tomar o cuidado para 
que esta adquira, ao invés de uma visão positiva do participante, um fator negativo, que o leve 
a não querer mais efetuar as propostas, ou mesmo fale para outros que não obteve satisfação 
na execução do programa.
d) Criatividade: Propiciar as pessoas exercícios de criatividade. De acordo com as características 
anteriores, não existe cobrança, o que nos proporciona sermos criativos, pois não há nada a 
perder. A criatividade é de suma importância, pois engrandece a personalidade e melhora a 
condição de vida.
e) Interesses comuns: A recreação deve ser escolhida levando em consideração o interesse 
comum de seus participantes. Pessoas semelhantes buscam situações semelhantes de 
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12
recreação. Pessoas diferentes buscam recreação diferente. É difícil atingir a totalidade em uma 
atividade lúdica em grupos muito heterogêneos: É a isso que se deve a dificuldade de se atrair 
• a recreação de cada grupo é escolhida de acordo com interesses comuns dos
participantes.
• pessoas com as mesmas características têm uma tendência natural de se
procurarem e se agruparem. Seu comportamento é semelhante. Essas pessoas 
formam os chamados gruposde iguais, que busca um determina do grupo de 
recreação.
• pessoas semelhantes buscam situações semelhantes de recreação.
• pessoas diferentes buscam recreações diferentes.
um grupo muito heterogêneo na sua totalidade para uma mesma atividade lúdica. 
O bom profissional fará antes uma análise do grupo, buscando informações que 
permitam ofertar situações que possam agradar a todos os públicos, 
proporcionando dessa maneira uma programação que não somente seja 
interessante, mas que traga retorno na participação e resposta positiva dos 
integrantes.
1.4 OS OBJETIVOS DA RECREAÇÃO
• Formar hábitos nos indivíduos de recrear-se com seu grupo social nas horas de 
lazer;
• Contribuir para o desenvolvimento emocional, trazendo um equilíbrio entre 
tensão e satisfação;
• Proporcionar ao homem alegria e prazer por meio de atividades de sua livre 
vontade;
• Proporciona também se acatar, isto é, a transformação das energias instintivas 
em energias canalizadas, permitindo a razão da vivência, complexa e recalques;
• Tornar o indivíduo integral (inteiro): físico, psíquico e social;
• Desenvolver o espírito de iniciativa, capacidade de observação, análise e 
julgamento.
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13
1.5 OS JOGOS E BRINCADEIRAS E SUAS DIFERENÇAS
Brincar é uma invenção humana “um ato em que sua intencionalidade e 
curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a 
realidade e o presente”. (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Os jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e 
curiosidades resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando 
a (re)construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, 
materiais e experiências culturais, isto é, o imaginário. A natureza dos jogos e das 
brincadeiras 
não é discriminatória, pois implica o reconhecimento de si e do outro, traz 
possibilidades de lidar com os limites como desafios, e não como barreiras. Além 
disso, os jogos e as brincadeiras possibilitam o uso de diferentes linguagens 
verbais e não verbais, o uso do corpo de formas diferentes e conscientes; a 
organização, ação e avaliação coletivas.
Alguns autores consideram os termos “jogo”, “brinquedo” e “brincadeira” como 
sinônimos, pois todos eles sintetizam a vivência do lúdico. Huizinga, autor clássico 
nateoria do jogo, afirma ser esse um fenômeno anterior à cultura. 
O jogo cumpre funções sociais. É sério, mas não é sisudo. É uma ação 
voluntária, desinteressada, é liberdade. Provoca a evasão da vida real para uma 
esfera temporária de atividade com orientação e espaços próprios. Todo jogo 
tem regras, pois ele cria ordem e é ordem. Absorve inteiramente o jogador que, 
ativamente, participa criando e recriando regras. Aquele que desrespeita as 
regras é considerado um “desmancha-prazeres” (HUIZINGA, 1980).
Recuperar, relembrar, reconstruir, vivenciar o brincar, o jogar nas aulas de 
recreação e jogos possibilitam a vivência do caráter lúdico que acompanha tais 
práticas corporais. O jogo e a brincadeira, para além do prazer, da satisfação, são 
entendidos como instantes de reconhecimento do homem como produtor de 
história e de cultura, por isso merecem ser problematizados.
Na parte que falamos da recreação, comentamos que toda atividade recreativa, 
independentemente de seu formato, sempre será uma brincadeira ou um jogo.
O professor que irá trabalhar com a área de recreação deve conhecer as diversas 
formas como um jogo ou uma brincadeira ocorrem, e suas modalidades, para 
poder ajudar na elaboração de situações que atendam objetivos específicos a 
cada público, tipo de atividade realizada e características do local onde trabalha.
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14
Apesar de existirem diversos diferenciais, basicamente o que separa uma 
situação da outra é o fato de que o jogo solicita regras mais elaboradas, que 
o levem a um resultado de vencedor ou perdedor, enquanto a brincadeira 
não necessariamente possui tais fatores, o que as torna muitas vezes mais 
interessantes por evitar a frustração da derrota, possuindo um caráter de maior 
ludicidade, e permitindo exercitar a criatividade na forma de execução, o que o 
jogo impede pelo fato de terem de ser seguidas as suas normas preestabelecidas 
(regras).
Para tanto, o quadro abaixo é um demonstrativo das principais diferenças 
existentes entre os dois formatos possíveis de efetuar atividades recreativas.
BRINCADEIRA
Vencedor
Final
Ápice
Regras
Vencedor
Regras
Final
Ápice
JOGO
É a principal e fundamental diferença. 
Não há como se vencer uma brincadeira. 
Ela simplesmente acontece e segue 
se desenvolvendo enquanto houver 
motivação e interesse por ela.
A brincadeira não tem final pré-
determinado, ela prossegue enquanto 
tiver motivação e interesse pelos 
participantes. Pode-se terminar por 
fatores externos: final do tempo livre, 
chuva, etc..
O jogo sempre terá um ponto alto a ser 
atingido, como por exemplo, marcar o 
ponto ou cumprir uma tarefa.
jogo sempre terá regras. 
Não existe jogo sem pelo menos uma 
regra que seja.
Permite alcançar vitórias, ou seja pode 
haver um vencedor. O jogo busca um 
vencedor, podendo, no entanto, em 
alguns casos, apresentar empate no 
resultado.
brincadeiras são mais livres, podem 
ter regras, mas podem também não 
ter. As brincadeiras sem regras são 
individuais. O grupo só por existir, já 
sugere regras.
Sempre tem o seu final previsto, 
quer seja por pontos, por tempo, por 
número de repetições ou por tarefas 
cumpridas.
As brincadeiras podem ter um ponto 
alto a ser atingido, mas muitas vezes 
não tem.
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15
Evolução
Consequências
Modificações
Evolução
Consequências
Modificações
Nem sempre apresentam evolução 
regular, nem sempre há maneiras 
formais (estruturação) de proceder 
seu desenvolvimento.
As brincadeiras por ser muito mais 
desvinculadas de padrões têm 
consequências imprevisíveis.
Se pretendemos fazer uma modificação 
em um jogo, devemos interrompê-los 
inserir a modificação como nova regra 
e depois iniciá-lo.
Todo jogo apresenta uma evolução 
regular, ele tem começo, meio e 
fim. Existem maneiras formais de se 
proceder.
Podemos tentar prever algumas
consequências dos jogos.
A brincadeira pode sofrer modificações
durante seu desenrolar, de acordo 
com os interesses do momento e com 
a vontade dos participantes.
Entender as explicações do quadro acima facilita a preparação de atividades 
de acordo com a faixa etária. As brincadeiras são mais comuns entre crianças 
e idosos, enquanto que adolescentes e adultos tem a tendência a preferir 
participar de jogos.
Jogo: É uma atividade embasada em regras próprias, que devem ser seguidas 
para sua realização, visando sempre um vencedor. Jogar sempre fez parte da 
essência humana e para a criança é uma das formas de conhecimento do mundo 
e exploração dos seus potenciais.
Brinquedo: É o objeto com o qual se brinca ou se joga. É o suporte da brincadeira.
Pode ser feito de material específico como também de materiais recicláveis. Por 
exemplo, uma bola de futebol oficial deve ser feita de couro, enquanto que uma 
de material reciclável pode ser de meia, de papel, de sacolas plásticas, enfim, 
com o material que estiver disponível e puder ser usado com segurança.
Brincadeira: É a forma como uma criança estrutura a execução de uma atividade 
relacionada a um brinquedo. Um mesmo brinquedo pode trazer diversos tipos 
de brincadeira. Uma bola, por exemplo, pode ser usada de diversas maneiras, 
assim como uma boneca. A brincadeira é a execução da imaginação, do lúdico.
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Existem diversas formas de classificar um jogo:
Quanto à dificuldade de execução:
• Pequenos jogos: a duração da sessão é pequena, as regras são fáceis e flexíveis, 
combinadas na hora, não exigem preparação técnica e o número de participantes 
é variável.
• Grandes jogos: a duração da sessão é de 10 a 20 minutos, exigem mais tempo 
de preparação. Aqui entram as primeiras regras de jogo, conhecidas porfalta, 
penalidade e marcação de campo. São jogos que preparam para os desportos, 
destina-se aos alunos do 4º ano em diante.
Quanto à intensidade:
Ativos: a atividade é intensa e todos participam ao mesmo tempo.
• Moderados: atividade mais ou menos intensa, sendo que cada aluno participa 
de uma vez, enquanto os outros aguardam a sua vez.
• Calmos: são jogos realizados (quase sempre) na posição sentada, podendo 
seracompanhados por canto (atividades rítmicas calmas).
Quanto às funções:
• Jogos sensoriais: atuam sobre os sentidos, proporcionando sensações 
agradáveis.
• Jogos motores: desenvolve força, coordenação, velocidade. Desempenham 
um papel preponderante no desenvolvimento da criança.
• Jogos psíquicos: subdivididos em intelectuais e afetivos.
• Intelectuais: atuam sobre as capacidades intelectuais (p. ex.: xadrez, 
quebracabeça, charadas, damas etc.).
• Afetivos: proporcionam prazer através de emoções (p. ex.: quem fica mais 
tempo em baixo da água etc.).
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Quanto a funções especiais:
• Jogos de competição: caracterizados pela disputa, e podem ser individuais ou 
em equipe.
• Jogos de caça: são os jogos de perseguição em que se procura esconder ou 
não ser descoberto, ou ainda jogos de pegar.
• Jogos sociais: seu objetivo é a socialização.
• Jogos familiares: são originados no ambiente doméstico (casinha, carrinho, 
etc.).
• Jogos de imitação: a imitação pode ser o objetivo do jogo (espelho). Ou o jogo 
onde se imita pelo exclusivo prazer de imitar.
• Jogos populares: tem caráter tradicional, não são regulamentados e o espaço 
de jogo depende da disponibilidade (p. ex.: bocha, peteca, queimada etc.).
• Jogos cooperativos: o objetivo é jogar com o outro e a cooperação é a principal 
meta na busca de um objetivo.
• Jogo simbólico: é o faz de conta e implica a representação de um objeto ausente 
(inicia a partir dos 2 anos).
Quanto à formação: Círculo, coluna, fileira e livre (sem formação específica, à 
vontade)
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UNIDADE II
2.1 - RECREAÇÃO INFANTIL- O DESENVOLVIMENTO 
DA CRIANÇA
A criança de 6 a 7 anos para Ferreira (2003) pode ser definida como estando 
no estágio pré-operatório sendo a de 6 a 7 onde aparece a linguagem oral. 
Pensamentos egocêntricos, rígidos, centrado em si mesmo e com características 
de animismo. Não possui noção de conservação, quantidade, volume, massa, 
peso e não consegue retornar ao ponto de partida mentalmente (condição básica 
para a realização de operações).
No período pré-operatório a assimilação, isto é, a interpretação de novas 
formações baseada em interpretações presentes é uma tarefa suprema para a 
criança. Nesta fase, a ênfase no “por que” e no “como” torna-se uma ferramenta 
básica para que a adaptação ocorra (GALLAHU e OZMUN, 2005).
Brincar serve como um importante meio de assimilação e ocupa maior parte 
das horas que a criança passa acordada. As brincadeiras imaginárias e as 
paralelas são importantes ferramentas para o aprendizado. Brincar também 
serve para demonstrar as regras e os valores dos familiares mais velhos do 
indivíduo. A ampliação do interesse social por seu mundo é característica da fase 
do pensamento pré–operatório da criança. Como resultado o egocentrismo é 
reduzido e a participação social aumenta. A criança começa a exibir interesse 
nos relacionamentos entre as pessoas. A compreensão dos papéis sociais de 
“mamãe”, “irmã” e “irmão” e seu relacionamento uns com os outros é importante 
para a criança nesta fase. A criança pequena demonstra crescente pensamento 
simbólico pela ligação do seu mundo com palavras e imagens. A assimilação 
é avançada usando a atividade física para realizar os processos cognitivo, cita 
Gallahue e Ozmun (2005).
Na fase operatória concreta de 7 a 11 anos para Ferreira (2003) a criança 
começa a ter um pensamento mais lógico, menos egocêntrico, ações mentais 
mais reversíveis, móveis e flexíveis. Apesar de o pensamento basear-se mais 
no raciocínio, ainda precisa de materiais e exemplos concretos, não consegue 
ordenar, seriar e classificar.
E S C O L E G I S C M M
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2.2 - AS PARTICULARIDADES DE CADA FAIXA ETÁRIA 
EM RELAÇÃO À RECREAÇÃO
Nesta fase, as percepções são mais precisas e a criança aplica a interpretação 
dessas percepções ambientais sabiamente. Ela examina as partes para obter 
conhecimento do todo e estabelece meios de classificação para organizar as partes 
em um sistema hierárquico. A criança brinca para compreender seu mundo físico. 
Regras e regulamento são de interesse da criança quando aplicadas à brincadeira. 
A criança raciocina logicamente sobre eventos concretos e consegue classificar 
objetos de seu mundo em vários ambientes, existindo a reversibilidade com 
experimentação intelectual através da brincadeira ativa. (GALLAHUE E OZMUN, 
2005).
O ser humano, em seu desenvolvimento, apresenta diferenças nas suas 
capacidades, sejam elas físicas, cognitivas, sociais, motoras ou psicológicas. Assim, 
somente a partir de alguma fase da vida consegue realizar algumas atividades, 
que anteriormente não lhe eram possíveis.
Mesmo assim, pode-se entender que uma atividade recreativa não possui faixa 
etária, já que ela pode ser adaptada para qualquer momento da vida, desde que 
respeitados os limites de quem a executa.
Algumas características que podem auxiliar na seleção de atividades para 
determinados grupos e idades:
 De 0 a 2 anos
Características: Descoberta do tato, movimento, formas, texturas, sons. 
Começa a engatinhar e andar, melhoria da coordenação motora com movimentos 
exploratórios de abrir, fechar, empilhar, encaixar, puxar, empurrar, comunicação.
Atividades adequadas: Brincadeiras referentes à educação sensório-motora 
(sentir/executar), exploração motora, canto, brincar de esconder e achar, 
brinquedos de encaixar, puxar, empurrar, abrir, fechar, reproduzir sons, móbiles 
coloridos e que se movimentam.
 De 2 a 4 anos
Características: Continuam as características anteriores: fantasia, invenção e 
criatividade.
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Atividades adequadas: Brincar sem regras ou poucas regras e bem simples, 
imitações conhecidas, formas básicas de movimentos, gosta de representar e de 
ser estimulada. Proporcionar situações que desenvolvam os sentidos como: tato, 
visão e audição.
 De 4 a 6 anos
Características: Começa a aceitar regras e compreendê-las, apresenta 
maior atenção e concentração, interesse por números, letras, palavras e seus 
significados, o grupo começa a ter importância.
Atividades adequadas: Trabalhar qualidades em que a criança possa explorar. 
Exemplos: manipulação do barro, trepar, saltar, atividades que tentem somar 
as atividades físicas. Brincadeiras com ou sem regras, atividades de muita 
movimentação.
 De 6 a 8 anos
Características: Boa discriminação visual e auditiva, atenção e memória, aceitam 
regras, convive bem com o grupo, começa definir seus próprios interesses, 
despertar da competitividade.
Atividades adequadas: Nesta fase a criança tem muita energia física e suporta 
até 3 horas seguidas de atividade. Brincadeiras, pequenos jogos, atividades em 
equipes, desafios e contestes, jogos pré-desportivos.
Ex: nunca três, alerta, bola ao túnel.
 De 8 a 10 anos
Características: Capacidade de reflexão (entende consequências de atos), 
memória bem desenvolvida, raciocínio concreto e abstrato, o grupo é cada vez 
mais importante. Fase de competição entre as meninas e os meninos.
Atividades adequadas: Brincadeiras, pequenos jogos, atividades em grupos, 
atividade de ação, atividade que envolva raciocínio, desafios, inicio das 
experiências, pré-desportivos. 
Ex: pular sela, queimada, mãe da rua, pega-pega.
 De 10 a 12 anos
Características: Excesso da disputa, separação dos sexos, meninas pré-púberes, 
meninos ainda infantis, necessidade de aceitação no grupo, necessidade de 
cooperação entre os sexos, isolam-se em grupos fechados (“panelinhas”).
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Atividades adequadas: Menorinteresse pelas brincadeiras, pequenos jogos, 
grandes jogos com regras adaptadas, integração social, pré-desportivos e 
participação em campeonatos. 
Exemplos: bola ao guarda, estafetas, caça ao tesouro.
 De 12 a 14 anos
Características: Revalorização do sexo oposto, supervalorização da competição, 
falta de percepção dos limites sociais, necessidade de autoafirmação, conflitos 
de personalidade, fase de muita vergonha e rebeldia.
Atividades adequadas: Desvalorização das brincadeiras, pequenos jogos em 
grande escala, grandes jogos, atividades que demonstrem habilidades, pré-
desportivos e esporte completo com regras. 
Ex: handebol, gincanas, futebol, jogos de estafetas. Utilizar-se de brincadeiras nas 
quais o grupo inteiro possa participar e procurar não responder com violência às 
suas atitudes. Gostam de atividades de aventura, vertigem, fantasia e competição.
 De 14 a 18 anos
Características: Grande identificação com o sexo oposto, grande diferença 
de habilidades e força entre os sexos, aceitação e discussão das diferenças 
de habilidades entre os sexos, apresentam um pouco de necessidade de 
autoafirmação, desprezo pelas atividades físicas, valorização por atitudes culturais 
e sociais.
Atividades adequadas: Esporte propriamente dito, gincanas com múltiplas 
dificuldades, grandes jogos, valorização por atividades juntos à natureza. 
Exemplo: torneios simples e rápidos, gincanas, jogos com grande apelo social 
(vôlei, futsal e outros).
 Idade Adulta
Características: Revalorização da atividade física, valorização da atividade 
lúdica, aceitação do sexo oposto nas atividades, supervalorização da estética, a 
atividade lúdica não serve somente para a prática de atividade física, e sim para 
lazer, dificuldade de se expor, dificuldade para se organizar, aceita a derrota e a 
vitória mais facilmente, prefere atividades lúdicas em grupos.
Atividades adequadas: Esportes, atividades em grupo, gincanas, jogos de salão, 
desafios culturais, modismos, cinema, teatro, shows, dança, festas, reuniões em 
grupos para bate-papo, atividades culturais, passeios e viagens em grupo.
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Terceira Idade
Características: Necessidade de integração social necessita e valoriza a 
atividade em grupo, necessidade de atividade física, necessidade de atividade 
lúdica, valoriza a atividade cultural, não sente dificuldade de se expor, valoriza 
mais a participação que o resultado, aceita a derrota com naturalidade.
Atividades adequadas: Esportes e brincadeiras com adaptação à regra para 
facilitar de acordo com sua faixa etária, supervalorização de atividades recreativas 
com o grupo, atividades artesanais e manuais, passeios junto à natureza, viagens, 
turismo em geral. 
Ex: festas, danças, música, bocha, canto, cinema, jogo de baralho, bricolagem, 
atividades artesanais, trabalhos manuais e bingo.
Observação: Não devemos nos esquecer das restrições físicas próprias da terceira 
idade, uma regra geral é usarmos bom senso em tudo aquilo que nos propomos 
a fazer.
2.3 - TRABALHO COM A RECREAÇÃO
É essencial, pois possibilita aos alunos terem desde cedo, o contato com jogos 
e brincadeiras, que favorecem o despertar de novas experiências psicomotoras 
e que progressivamente se ampliam para níveis de competências cada vez mais 
complexas. A Educação psicomotora é uma técnica que através de exercícios e 
jogos adequados a cada faixa etária leva a criança ao desenvolvimento global 
do ser, devendo estimular toda atitude relacionada ao corpo, respeitando as 
diferenças pessoais e levando à autonomia do indivíduo como forma de percepção, 
expressão e criação em todo o seu potencial. Dentro da Educação Psicomotora 
deve-se buscar o desenvolvimento da lateralidade, da orientação espacial, além 
de coordenação motora, do equilíbrio e da flexibilidade e ainda a concentração e 
o desenvolvimento de atitudes, tais como: lealdade, companheirismo.
PSICOMOTRICIDADE
Psicomotricidade é a integração das funções motrizes e mentais sob o efeito 
da Educação e do desenvolvimento do sistema nervoso. Fonseca (1988) comenta 
que a psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da 
motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. É um 
instrumento privilegiado através do qual a consciência se forma e se materializa. 
A educação psicomotora é a educação da criança através do seu próprio corpo e 
do seu movimento proporcionando gradativamente o controle até o domínio dos 
movimentos mais complexos.
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Segundo Fonseca (1988), são objetivos das atividades psicomotoras: 
• Vivenciar estímulos sensoriais para discriminar as partes do próprio corpo e 
exercer um controle sobre elas.
• Vivenciar através da percepção do próprio corpo em relação aos objetos, a 
organização espacial e temporal.
• Aquisição dos pré-requisitos necessários à aprendizagem da leitura e da 
escrita. A aplicação dos conteúdos deverá respeitar a individualidade e o 
desenvolvimento psicológico da criança.
• Recortar
• colar
• encaixar peças
• completar figuras seguindo a numeração 
• escrever o nome de dois tipos de letras etc
COORDENAÇÃO MOTORA
É a ação de combinar diversos grupos musculares, através do sistema nervoso 
central, para a execução de uma série de movimentos e ações com o máximo de 
eficiência e economia de energia.
Segundo Newell (1986), a coordenação envolve necessariamente relações 
próprias múltiplas entre diferentes componentes, definidas em uma escala 
espaço- temporal. Um padrão “ótimo” de coordenação é estabelecido pelo 
controle da interação das restrições da tarefa, do organismo e do ambiente. 
Falhas na coordenação motora podem ser acusadas pela deficiência de 
movimentos na primeira infância. 
Devemos oferecer o máximo de experiência de movimentos coordenados à 
criança. 
Entre todas as qualidades físicas, podemos situar a coordenação motora como 
de grande importância para a atividade escolar.
COORDENAÇÃO MOTORA FINA
Segundo Rocha (2007), é a capacidade de usar de forma eficiente e precisa 
os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos 
(complexos). Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propiciando 
manuseio dos objetos.
É uma coordenação segmentada normalmente com a utilização das mãos 
exigindo precisão nos movimentos para a realização de tarefas complexas. 
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COORDENAÇÃO VISO-MOTORA
É a habilidade de coordenar a visão com movimentos do corpo. E segundo 
Cabral (2007), na ausência de uma adequada coordenação viso-motora, a criança 
se mostra desajeitada em todas as suas ações apresentando dificuldades na 
escola. 
O desenvolvimento de uma boa coordenação motora geral é indispensável 
como pré-requisito. 
• Tentar acertar alvos fixos e móveis.
• Correr, lançar e receber objetos durante a corrida.
• Rolar, conduzir objetos em corrida e por entre obstáculos.
• Saltar e saltitar sobre objetos.
• Corrida lateral e cruzando as pernas.
• Rolar para frente e para trás.
• Executar sequência de movimentos com braços e pernas simultâneos ounão, 
numa segunda fase, de forma lenta até realizá-los em velocidade.
COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA
De acordo com Cabral (2007), a coordenação motora grossa ou geral é aquela 
que visa utilizar os grandes músculos (esqueléticos) de forma mais eficaz tornando 
o espaço mais tolerável à dominação do corpo.
Para as crianças é mais fácil fazer movimentos simétricos e simultâneos, pois 
só numa segunda etapa é que ela movimentará os membros separadamente.
BRINCADEIRAS DE RODA
São atividades cantadas onde os participantes ficam dispostos em círculo, 
geralmente de mãos dadas. Muito utilizadas com crianças até aproximadamente 
sete anos, porém apresentam possibilidades de aplicação em qualquer idade. 
Seu aspecto lúdico favorece a socialização e serve para fortalecer grupos 
diferenciados.
Atividades sugeridas: ciranda cirandinha, não atire o pau no gato, Terezinha de 
Jesus, entre outras.
2.4 - TIPODE ATIVIDADE
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• Ensinar a música a todos (em idades menores, deve ser curta e com palavras
def ácil assimilação).
• Demonstrar a sequência de movimentos (se houver).
• Dificuldade crescente (gestos simples para mais complexos).
• Repetição: o recreacionista canta e os participantes repetem.
• Coordenação: os gestos realizados vão se acumulando, tornando cada vez 
mais difícil a movimentação.
• Ritmo: os movimentos devem ser realizados no tempo correto, podendo ser
iguais ou diferentes.
• Letras com movimentação: a letra do brinquedo deve ser reproduzida com
gestos que representem aquilo que está sendo cantado.
• Ocultar palavras: a medida que se desenvolve a atividade, vão se retirando 
as palavras da música e substituindo apenas pelos gestos.
BRINQUEDOS CANTADOS
Variação das cantigas de roda, onde utiliza-se música ou ritmo para efetuar a 
atividade, estando os indivíduos dispostos em uma ordem predeterminada ou 
livres no espaço preparado para essa tarefa. 
Tanto a brincadeira de roda como o brinquedo cantado partem dos seguintes 
princípios:
Podem ser efetuadas da seguinte maneira: 
O brinquedo cantado ou brincadeira de roda são excelentes atividades 
para realizarem dias de chuva, ambientes fechados ou mesmo para distração. 
Atividades sugeridas: trem maluco, rabo de serpente, entre outras.
DINÂMICAS DE GRUPO
Aplicação de técnicas a um determinado grupo visando alcançar objetivos 
predeterminados por esforços comuns. Servem para promover e estimular as 
potencialidades de um grupo, por meio de tarefas reflexivas e socializantes, que 
buscam humanizar as relações afetivas e sociais.
Usadas por empresas na seleção de funcionários, assim como para melhorar 
o ambiente de relacionamento ou mesmo servir como forma de recreação dos 
profissionais e suas famílias, criando assim um vínculo maior do empregado com 
a empresa.
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Além disso, no ambiente profissional, servem como forma de suprir as 
necessidades lúdicas, sem sair do ambiente laboral. Atividades sugeridas: 
brincadeiras com nomes (para grupos recém formados), atividades com desenhos 
(para demonstrar características dos profissionais ou pessoais), situações de 
cooperação etc.
ESTAFETAS OU REVEZAMENTOS
São jogos de revezamento realizados em equipe (atividades de “vai e volta”), 
onde todos os elementos tem de executar a mesma tarefa em colunas ou filas, 
buscando terminar a atividade no menor tempo possível.
As estafetas podem ser mescladas com outros tipos de atividades. 
Por exemplo, pode ser um jogo motor, onde o participante tenha de quicar 
uma bola até um ponto determinado e repassar a outro colega.
Atividades sugeridas: corridas onde se tenha de levar, trazer ou transportar 
objetos, salada dos tênis, etc.
JOGOS COOPERATIVOS
Atividades ou dinâmicas realizadas em grupo(s) que busca(m) a cooperação 
dos colegas, para superação de limites coletivos. 
A ideia é que os membros do grupo, juntos, criem alternativas para superar os 
obstáculos apresentados na atividade.
A característica básica é encontrar soluções por meio da cooperação e não 
deforma individual.
Atividades sugeridas: corrente humana, nó humano etc.
JOGOS EDUCATIVOS
Caracterizam-se pela presença de elementos formativos que, por meio de ações 
lúdicas, técnicas mentais e associativas, oportunizam a aquisição de informações 
e o desenvolvimento do raciocínio.
Atividades sugeridas: xadrez, salada de frutas, stop etc.
JOGOS POPULARES INFANTIS (JOGOS TRADICIONAIS)
Desenvolvidos geralmente nas ruas, quintais, terrenos baldios, pátios escolares, 
tendo como característica a participação maior de pessoas das classes menos 
favorecidas. Utiliza muito de materiais alternativos. 
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São passados de geração em geração (por isso, tradicionais).
Atividades sugeridas: pular tábua, pular corda, amarelinha etc.
JOGOS DE VOLTA A CALMA
Dinâmicas desenvolvidas ao final de uma programação, buscando recuperar 
os padrões metabólicos basais. Servem como forma de trazer os participantes 
ao seu ritmo Habitual.
Atividades sugeridas: Coitadinho do meu gatinho, detetive e bandido etc.
JOGOS NA NATUREZA
Concepção recente, se refere as atividades que utilizam relação íntima do 
homem com o ambiente natural como coadjuvante do jogo (bosques, cachoeiras, 
rios, entre outros). Servem na conscientização da necessidade de preservar e 
manter o espaço natural.
Atividades sugeridas: gincanas da limpeza (em rios e bosques), rapel, escalada, 
caminhada, tirolesa, falsa baiana etc.
JOGOS SENSORIAIS
Estimulam as capacidades de recordar e refletir sobre os sentidos: visão, olfato, 
tato, audição e paladar. Excelentes nas primeiras fases da vida, para desenvolver 
capacidade de entendimento sobre cada um dos sentidos. 
Atividades sugeridas: adivinhe o que é (pessoa de olhos fechados, tocando 
com os pés em objetos numa bacia, tentando adivinhar o que é), quem sou eu 
(indivíduo vendado ouve os sons das vozes e tenta dizer de quem é a voz) etc.
JOGOS SIMBÓLICOS
Atividades sem regras previamente estabelecidas, onde crianças de 2 a 7 anos 
lembram de situações externas vividas e/ou observadas e as narram de forma 
representativa. 
Usa a imaginação para expor comportamentos (imitar o professor etc) ou 
apresentar outro sentido a objetos (garrafa pet que se transforma em foguete).
Atividades sugeridas: situações de imitação, mímica, brincadeiras com materiais
confeccionados pelos próprios participantes, etc.
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JOGOS DESPORTIVOS
Utilizam como base as modalidades esportivas conhecidas e suas variações 
(jogos pré-desportivos, por exemplo).
Atividades sugeridas: torneios de futebol, voleibol, tênis de mesa, etc.
MATROGINÁSTICA
Vem do latim Mater (mãe). Seriam atividades para serem realizadas pelas mães 
e seus filhos. Porém, com a evolução social, passou a ser considerada atividades 
ginásticas e recreativas realizadas em família, pelos pais juntos a seus filhos. 
Atividades sugeridas: mãe, pai e filho(s) caminhar pelo ambiente de mãos 
dadas, conhecendo as outras famílias; pai e mãe sentados um de frente para 
outro, de pernas abertas, as crianças deverão saltitar entre todos os pais; pais 
com as pernas afastadas, filhos passam por baixo de todos os pais. Brincadeiras 
de roda, brincadeiras historiadas, situações emotivas com música etc.
GINCANAS
Atividade recreativa composta de uma variedade de provas (determinadas, 
pré-determinadas ou surpresas) caracterizadas por regras fixas, que devem ser 
cumpridas com eficácia e rapidez. As equipes pode ser formadas individualmente, 
em pequenos ou grandes grupos, sendo o principal objetivo vencer a competição.
Podem ocorrer em duas formas:
INTERNAS: São as que ficam restritas a determinado local. Ex. Ginásio. 
EXTERNAS: Realizadas em diversos ambientes, ou mesmo fora da cidade.
Sua pontuação pode ser por: prova cumprida, ordem de chegada, qualidade 
de execução, podendo ser utilizados recursos de deslocamento definidos em 
regulamento como sendo: a pé, de bicicleta, de carro, barco etc.
Além de busca de diversão, do lúdico, os organizadores de uma gincana 
podem ter alguns outros objetivos com ela, como, por exemplo, educacionais, 
de integração dos participantes, de divulgação a entidades que promovem essa 
gincana ou produtos que oferecem, beneficentes etc.
Possui algumas modalidades de execução:
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1 - Gincana esportiva: utiliza das modalidades esportivas em suas provas.
2 - Gincana de busca e apreensão: o recreador solicita que busquem em 
determinado prazo de tempo objetos ou pessoas, para cumprir a tarefa.
3 - Gincana de estafeta: voltada a atividades competitivas de habilidades 
físicas com transporte de objetos ou pessoas.
1. CONVIVER 2. BRINCAR 3. PARTICIPAR 4. EXPLORAR 5. EXPRESSAR 6. CONHECER-SE.
 2.5 - RECREAÇÃO E PROCESSO EDUCACIONAL
Deve ser desenvolvida de forma espontânea, sem esperar resultados ou 
benefícios específicos. 
Para tanto aopção por sua prática deve ser livre, atendendo os interesses de 
cada indivíduo.
A prática das atividades recreativas deve levar as pessoas a “estados psicológicos 
positivos”, se realizando em um clima e com uma atitude predominantemente 
alegre e entusiasta.
Deve ser um estímulo para a criatividade, um benefício para a formação pessoal 
e para as relações sociais, dando lugar à liberação de tensões da vida cotidiana, 
resgatando os valores essenciais para uma autorealização.
A recreação é fundamental ao desenvolvimento humano, independente de 
faixa etária, pois amplia suas possibilidades de inserção social, além de gerar 
satisfação e prazer. 
É inquestionável a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil. 
Ela está inserida na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo um dos seis 
direitos de aprendizagem e desenvolvimento da criança:
A partir dos seis direitos, a BNCC estabeleceu também os campos de experiência, 
fundamentais para que a criança possa aprender e se desenvolver:
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O EU, O OUTRO E O NÓS;
CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS;
TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS;
ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO;
ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES.
A brincadeira é, portanto, uma parte fundamental da aprendizagem e 
desenvolvimento da criança, momento em que ela exercita todos os seus direitos 
e estabelece contato com os campos de experiência, como protagonista de seu 
desenvolvimento.
Particularmente, as brincadeiras têm um papel destacado nas Escolas 
Democráticas, cuja preocupação principal é a adaptação entre as novas gerações 
e as formas de trabalhar na Educação Infantil.
A brincadeira povoa o imaginário infantil, enriquecendo o universo, as vivências 
e as experiências da criança, pois pela brincadeira apropria-se de sua imagem, 
espaço e meio sociocultural, interagindo consigo e com a comunidade.
O eu, o outro e o nós – Trabalha diretamente com o desenvolvimento pessoal 
e social da criança, considerando que a maneira como eu me relaciono com os 
outros e eles comigo é um fator de grande influência para a pessoa que vou me 
tornar. Em síntese, busca-se desenvolver conhecimento acerca de si mesmo, bem
como o respeito ao outro.
Corpo, gestos e movimentos – Foca nas atividades que desenvolvam a 
coordenação motora das crianças, para que essas conheçam melhor o seu corpo, 
bem como a sua utilização e autocuidado.
Traços, sons, cores e formas – Apresenta à criança as produções artísticas, 
culturais e científicas, locais e universais.
Oralidade e escrita – Trabalha com o falar e o ouvir como atos de apropriação 
da linguagem. Vale destacar que a Educação Infantil não deve preparar para a 
alfabetização, porque objetiva o pleno desenvolvimento da criança. Assim, nesse 
Campo de Experiência, é trabalhada a comunicação verbal com o foco na fala e 
escuta.
A verdadeira recreação contém todos os elementos - entretenimento, diversões, 
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31
passatempos e distração, mas em um nível construtivo. Atividades feitas apenas 
com o sentido de “matar o tempo” não podem ser classificadas como recreação.
Os jogos surgiram na Grécia como forma de diversão passando mais tarde a 
serem aperfeiçoados e estudados por grandes mestres a fim de tomá-lo parte do 
desenvolvimento educacional da criança.
Depois da Segunda Guerra Mundial e com a criação da ACM- Associação Cristã 
de Moços em vários países, o jogo como um fator educacional, começou a ocupar 
espaço.
Jogo é uma atividade física e/ou mental que favorece a sociabilização obedecendo 
a um sistema de regras, visando um determinado objetivo, sendo uma atividade 
que tem começo, meio e fim, regras a seguir e um provável vencedor.
O jogo educativo é um elemento de observação e conhecimento metodológico 
da psicologia da criança, suas tendências, qualidades, aptidões, lacunas e defeitos. 
A maneira como se joga pode tornar o jogo mais importante o que imaginamos, 
pois significa nada menos que a maneira como, estamos no mundo.
Os jogos de que as crianças participam tornam-se seus jogos de vida. 
Participando destes jogos tocamos uns aos outros pelo coração. Desfazemos a 
ilusão de sermos separados e isolados.
O professor tem seu papel nos jogos, ele representa e projeta a maneira de 
jogar, ele é quem comunicar-se através de voz audível e gestos harmoniosos, 
afim de promover uma atmosfera agradável sua experiência é fundamental, pois 
através de seus exemplos conquista a confiança e cria uma relação de atividade 
criativa e amigável.
Desde a civilização o brincar é uma atividade das crianças naquela época a 
brincadeira não era considerada um elemento cultural, do riso, do folclore e do 
carnaval.
Para a criança brincar é a coisa mais séria do mundo, é tão necessária ao seu 
desenvolvimento quanto o alimento e o descanso. É o meio que a criança tem de 
travar conhecimento com o mundo e adaptar-se ao que a rodeia.
É brincando também, que a criança deixa de ser passiva para tornar-se 
responsável pela ação realizada, decidindo os rumos das situações socioculturais 
por ela criadas é vivenciando sentimentos diversos, que contribui para a formação 
da sua personalidade.
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32
Uma vez que os valores e conteúdos culturais do lazer não se diferenciam dos 
usuais, não é conveniente falar em “atividades recreativas para a pessoa com 
deficiência”, não apenas porque existem diferentes tipos de deficiência (mental, 
física e sensorial) e diversos níveis de envolvimento, mas porque as pessoas 
são diferentes! É preferível falar em “atividades de recreação que incluam a 
pessoa com deficiência”, ou seja, que permitam a sua efetiva participação, pois 
as atividades de recreação e de lazer também são as mesmas; o que muda são 
as condições nas quais essas atividades chegam até a criança com deficiência 
(MUNSTER, 2011).
O que deve variar são as estratégias e a metodologia de ensino voltadas às 
necessidades de cada indivíduo, sendo necessárias algumas adaptações que 
tornem possível a inclusão e o efetivo envolvimento da pessoa com deficiência 
nas atividades propostas (MUNSTER, 2011).
Dessa forma, se o profissional atuante deseja propor uma atividade de pintura 
ao seu grupo, e entre as crianças existe uma que apresenta deficiência motora, 
a qual, aparentemente, a impede de realizar essa atividade, devem ser utilizadas 
estratégias de apoio, para tornar essa atividade acessível a ela também. Nesse 
caso, se a criança não consegue se juntar às demais no chão, basta convidar 
todas elas a sentarem-se numa grande mesa.
Talvez, em vez de uma folha de papel sulfite, o profissional possa oferecer a 
ela um papel maior e mais grosso (como a cartolina). Fixar essa cartolina sobre a 
mesa, com o uso de fita adesiva, pode auxiliar bastante a quem não pode contar 
com o auxílio total das mãos. Pode ser que o profissional precise oferecer um 
pincel mais grosso à referida criança, pois, assim, sua preensão se torna mais 
fácil, ou, ainda, que seja necessário fixar o pincel à mão da criança envolvendo-a 
com uma faixa. Ou, quem sabe, essa criança prefira segurar o pincel com a boca e 
os dentes... Como se pode perceber, embora simples, tais adaptações permitem 
a participação da criança e, por isso mesmo, fazem a diferença.
Não existe uma “bula” para a indicação ou prescrição das atividades recreativas 
a pessoas com essa ou aquela deficiência. O que temos é um processo contínuo 
de descobertas, por meio de tentativas e aprimoramento, de qual será a melhor 
forma de orientação para a atividade, quais serão as adaptações necessárias com 
relação ao material e/ou espaço físico, ou se a mudança de regras, de alguma 
forma, pode colaborar no sentido de garantir o envolvimento dessa criança nas 
atividades de recreação e de lazer. Estas são algumas etapas do processo de 
 2.6 - RECREAÇÃO E A INCLUSÃO
E S C O L E G I S C M M
33
adaptação de atividades de recreação e de lazer às necessidades e interesses da 
pessoa com deficiência.Cuidados e adaptações metodológicas
Alguns cuidados e dicas gerais podem contribuir para o bom andamento do 
programa, tais como: incentivar a autonomia e independência da pessoa com 
deficiência, evitando superproteção; posicionar os participantes com maior e 
menor nível de comprometimento intercaladamente durante a realização das 
atividades; oferecer quantas chances forem necessárias; elogiar as tentativas 
que realmente expressam o esforço do aluno.
A seguir será apresentada uma síntese superficial de alguns cuidados e 
adaptações metodológicas que devem ser considerados durante o planejamento, 
elaboração e aplicação de um programa de atividades recreativas e de lazer 
inclusivo. Faz-se necessário reforçar que a consulta ao quadro a seguir serve 
apenas como referência. Durante a fase de planejamento, é essencial que o 
profissional iniciante procure trocar ideias com outros profissionais que já tenham 
atuado junto à clientela em questão, ou que já possuam alguma experiência na 
área.
Propostas de atividades
Antes de apresentar algumas sugestões de atividades de recreação e de lazer, na 
perspectiva de inclusão da pessoa com deficiência, tornam-se necessárias algumas 
considerações. Embora as atividades descritas já tenham sido experimentadas 
com diferentes grupos, de diferentes faixas etárias e condições variadas, vale 
ressaltar que a escolha do momento oportuno e a adequação da atividade ao 
grupo ficam a critério do bom senso profissional, assim como a adesão por parte 
do grupo à atividade está diretamente relacionada à motivação impressa pelo 
profissional responsável.
As atividades a seguir selecionadas estão direcionadas a um público infantil com 
faixa etária entre 7 e 12 anos, independentemente da deficiência apresentada. 
Conforme a atividade, varia também a necessidade de adaptações quanto à 
instrução, materiais, espaço físico e regras. Todavia, pode ser necessário proceder 
a mais alguns ajustes ou adaptações, conforme as situações específicas.
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UNIDADE III
3.1 - PERFIL PROFISSIONAL
Todo profissional envolvido com recreação é chamado de RECREACIONISTA ou 
RECREADOR. Porém, em situações diferentes, os recreacionistas assumem papéis 
definidos de acordo com a necessidade do momento, podendo ser animadores, 
supervisores ou técnico em recreação.
Uma mesma pessoa pode ocupar cargos diferentes em momentos diversos, 
ou mesmo acumular funções concomitantemente, caso seja necessário.
O animador: é aquele que tem contato direto e estrito com o público 
participante e com as atividades lúdicos desenvolvidas. O monitor de recreação 
exerce geralmente esta função. Para que seu trabalho seja efetivo e se possa obter 
o resultado desejado, o animador precisa apresentar algumas características 
básicas, como: ser comunicativo; simpático; alegre; maleável; perspicaz; divertido 
e brincalhão; saber estabelecer e respeitar limites; ter feeling para perceber o 
momento de trocar ou parar uma atividade.
Suas funções são diversificadas, e devido a isso, o animador deve ter 
conhecimento em: auxiliar o planejamento das atividades lúdicas; operacionalizar 
as atividades lúdicas; liderar para que todos participem das atividades lúdicas; 
explicar o funcionamento das atividades lúdicas; coordenar as atividades lúdicas; 
propiciar a integração dos grupos; criar situações de estados psicológicos 
positivos; arbitrar quando se fizer necessário; zelar pelo material antes, durante 
e depois da atividade; responsabilizar-se pela integridade física do grupo em 
nível de primeiros socorros; responsabilizar-se por todos os participantes desde 
o início até o término da atividade lúdica.
O supervisor: é aquele que tem uma equipe de animadores (ou monitores) sob 
seu controle e se torna o elo de ligação entre os componentes da equipe e desta 
com o empreendedor.
Para que seu trabalho seja efetivo e se possa obter o resultado desejado, o 
animador precisa apresentar algumas características básicas, como: ser alegre; 
simpático; acessível e adequadamente comunicativo com habilidade para mediar 
E S C O L E G I S C M M
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questões; deve ter espírito de liderança; ter capacidade de avaliar a equipe, o 
desempenho dessa equipe e as atividades desenvolvidas.
Dentre suas funções, pode-se destacar: orientar e supervisionar a equipe de 
animadores; mediar questões entre os diversos grupos; substituir qualquer 
um dos animadores na sua ausência; adquirir, reparar e substituir materiais e 
equipamentos recreativos; orientar a programação e o desenvolvimento das 
atividades de acordo com a expectativa da clientela.
O técnico de recreação: É quem geralmente efetua as propostas e parcerias 
com empresas, clubes, instituições, no sentido de viabilizar a realização de uma 
atividade recreativa. 
Dentro das características desejadas, deve possuir conhecimento sobre o 
comportamento humano, saber o que as pessoas esperam para sua recreação, 
ter uma visão organizacional e de planejamento e projetos na intenção de ter uma 
visão de futuro a médio e longo prazo, ter a capacidade de analisar a sociedade 
criticamente com relação às necessidades de lazer e recreação do ser humano, 
possuir pensamento científico quanto aos aspectos filosóficos, sociológicos, 
antropológicos e psicológicos dos pequenos e grandes grupos humanos, ter a 
capacidade de liderar, organizar, promover, desenvolver e observar criticamente 
eventos na área de recreação e conhecer e saber explorar os diversos campos 
existentes e disponíveis ao técnico em recreação.
Suas funções são: 
• IDEALIZAR, ORGANIZAR, DIVULGAR, FAVORECER, VIABILIZAR E AVALIAR OS 
PROJETOS DE EVENTOS RECREATIVOS;
• ADMINISTRAR BUROCRÁTICA E FINANCEIRAMENTE ESSES EVENTOS; 
CONTATAR, SELECIONAR E CONTRATAR O PESSOAL;
• SUPERVISIONAR TODOS OS RECURSOS MATERIAIS E OS EQUIPAMENTOS A 
SEREM UTILIZADOS.
Esses três modelos de profissionais são os responsáveis por efetuar as 
programações dos locais que ofertam lazer e entretenimento, dentro de 
parâmetros que iremos conhecer na sequência. 
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3.2 -PASSOS PARA PROGRAMAÇÃO DE UMA ATIVIDADE 
RECREATIVA
Todo evento ou atividade, dentro da recreação ou em qualquer outra profissão, 
necessita dos 4 passos: planejamento, organização, direção e controle. Para 
tanto, agora veremos um esquema de planejamento e organização, que permitirá 
desenvolver situações como essa nos mais variados lugares, para qualquer tipo 
de público, bastando para isso alterar as atividades, tempo de duração ou outras 
características que se façam necessárias, porém o “esqueleto” inicial pode ser 
assim determinado. 
1 - Tipo de evento a ser realizado. 
Exemplo: rua de lazer, tarde recreativa no parque, passeio ciclístico, torneio esportivo etc.
2 - Objetivo da atividade: o que se pretende com a organização desse evento?
3 - Definir a que público o evento se destina (Crianças? Adolescentes? etc).
4 - Escolher as atividades que serão ofertadas.
5 - Determinar a forma de divulgação (rádio, jornal, televisão, panfletos, visita in loco etc.
6 - Selecionar e checar o material necessário para efetuar o programa escolhido (esportivo, 
recreativo, aparelhagem de som, material de pintura etc).
7 - Verificar como serão ofertados os primeiros socorros e questões de segurança.
8 - Determinar a quantidade necessária de pessoas para monitorar as atividades 
(desde aqueles que estarão diretamente nas brincadeiras, até os que ficarão responsáveis 
pelo direcionamento do evento).
9 - Formular uma ficha de inscrição e regulamento (caso seja necessário).
10 - Fazer um check list e especificar os possíveis imprevistos que podem ocorrer, principalmente 
as situações relacionadas à segurança em brinquedos ou no ambiente.
11 - Avaliar a todo tempo se o evento está transcorrendo da maneira esperada e, em caso de 
haver necessidade de mudança, encontrar rapidamente a melhor solução, que não prejudique o 
andamento das atividades.
- Avaliar, ao final, o desenvolvimento da atividade e efetuar umrelatório com as 
impressões referentes ao desenvolvimento do evento, para servir como suporte em 
futuras programações semelhantes.
3.3 - O PERFIL E CARACTERÍSTICAS DO PROFISSIONAL 
DO LAZER
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1 - Formação: o profissional que aplica atividades recreativas não deve 
necessariamente ser formado em algum curso superior. Nem deve ser formado 
por algum curso superior específico. Porém a formação universitária pode 
contribuir para a sua capacitação profissional e para um melhor desempenho. 
Alguns cursos são mais interessantes neste caso (Turismo, Educação Física, 
Educação Artística);
2 - Informação: o profissional da recreação deve ser uma pessoa muita bem 
informada. Saber o que acontece no seu tempo, no seu lugar, no seu Estado, 
no seu país, no mundo e no seu campo profissional. Deve ler sempre jornais, 
revistas semanais, revistas especializadas nas diferentes áreas relacionadas. 
Assistir a noticiários, acompanhar culturais todas as programações culturais 
(incluindo esportivas) que acontecem em sua comunidade e em sua cidade. 
Procurar informações sobre aquelas que não pode acompanhar diretamente;
3 - Comportamento e atitude: o recreacionista trabalha com pessoas 
individualmente, em pequenos grupos, em grandes grupos e em massa. Deve 
se relacionar bem com todas as pessoas, indistintamente, com simpatia e 
naturalidade, porém separando na medida do possível o lado profissional do 
pessoal. Deve haver sempre alguns limites para o envolvimento pessoal com os 
participantes da atividade;
4 - Atualização: deve ser também uma pessoa atualizada, estar em dia com o 
seu tempo social e cultural;
5 - Imaginação e intuição: deve ser capaz de utilizar em seu trabalho estas 
características humanas inerentes a todos os seres. Somos pessoas que devemos 
saber usar bem nossas diferentes capacidades de raciocinar, de imaginar e de 
intuir. 
6 - Criatividade: neste caso, entendida como capacidade de adaptação às 
circunstâncias, aos recursos disponíveis, como capacidade de transformação do 
que existe em termos de idéias, de alternativas, de possibilidades de recursos;
7 - Cooperativismo: deve ser sempre capaz de trabalhar ou de atuar em grupo, 
em equipe, em conjunto. Isolado e solitário, poderá fazer muito pouco. Deve 
aprender a incentivar e estimular as pessoas a expressarem suas capacidades e 
o seu potencial. Cumprir e respeitar as normas do grupo;
8 - Dedicação: assumir o que faz ou que pode fazer. Estar sempre pronto a 
atender as pessoas, cujo interesse nas atividades vem como resposta à sua atuação 
profissional. Concluir sempre o que começou. Muitas vezes, o encerramento de 
uma atividade pode significar o início de outras (desdobramento);
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9 - Comunicação: saber se comunicar nos dois sentidos (expressar e escutar). 
As
informações e ideais do público, dos colegas de profissão ou de curso serão 
geralmente interessantes para alimentar o seu processo de trabalho;
10 - Autoformação permanente: finalmente, desenvolve um processo de 
autoformação permanente. Estar sempre procurando aprender, em cursos, 
com os colegas, participando de eventos e também de modo autodidata. 
Buscar permanentemente novas informações profissionais, responsabilidade, 
conhecimento da programação, bom humor, conhecimento do ser humano, 
conhecimento dos objetivos do acampamento ou outro local de trabalho.
3.4 - POSTURA PROFISSIONAL
Um dos grandes trunfos para conseguir êxito na profissão, é possuir ética no 
desenvolvimento das atividades.
O monitor de recreação, como qualquer outro trabalhador, precisa apresentar 
ao público uma imagem profissional que lhes dê segurança e, principalmente, os 
faça querer participar daquilo que está sendo ofertado.
Para isso, algumas características posturais são essenciais: 
• Aparência pessoal: deve trajar roupas próprias ao ambiente, limpas, apresentáveis 
e, principalmente, às atividades que vai desenvolver. Da mesma maneira, atentar aos 
cabelos, unhas etc.
• Cuidar da postura física (maneira de andar, de sentar-se a mesa, de cumprimentar, 
etc), além da forma de expressão oral e corporal.
• Evitar qualquer tipo de relacionamento íntimo com participantes ou colegas de 
equipe, durante a realização das atividades. Porém, é preciso dar igual atenção a todos, 
e não somente àqueles que se apresentam mais dispostos a participar ou são mais 
carismáticos. Ninguém deve ficar em segundo plano.
• Cigarro e bebida não combinam com atuação profissional. Nunca devem ser utilizados 
no ambiente profissional da recreação.
• Procurar manter nos participantes a disposição na participação, alegria e respeito 
mútuo. Público feliz é significado de êxito no evento.
• Aceitar críticas e reclamações, procurando dirimir quaisquer dúvidas, e satisfazendo 
anseios dos participantes. Porém, não se pode ir contra as regras estabelecidas para 
realização do evento. 
Exemplo: alguém quer ficar mais tempo que o permitido em um brinquedo, sendo que 
há outros na espera.
• Possuir iniciativa nos momentos necessários, procurando sempre evitar que problemas 
aconteçam.
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3.4 - LOCAIS DE ATUAÇÃO
Além dessas, inúmeras outras situações podem ocorrer com qualquer 
profissional, principalmente nas situações de lazer e recreação, onde é comum 
inclusive haver divergências entre participantes. A função então será tentar fazer 
com que todos possam se divertir, sem comprometer a segurança uns dos outros, 
ou ocupar demasiado espaço, que impeça outros de participarem.
O profissional que consegue manter o grupo animado e participativo, que 
apresenta iniciativa e disposição, possui bom relacionamento com a equipe de 
trabalho, tem grandes chances de ascensão não somente no local onde atua, 
mas pode ser observado e convidado por outras instituições, melhorando assim 
sua vida laboral.
Acantonamento e Acampamento
A diferença está na atitude e no espaço físico utilizado. Todo indivíduo que 
pernoitar em local aberto, com barracas ou algo semelhante, estará acampando. 
As pessoas que se dirigem a um local específico e pré-construído, estarão 
acantonando.
Ótima estratégia que ganha espaço nas empresas, para melhorar o rendimento 
dos funcionários, o relacionamento interpessoal, entre outros objetivos de 
rendimento.
Atividades sugeridas: gincanas (diurnas e noturnas), atividades competitivas 
(cabo-de-guerra, estafetas, caça ao tesouro), atividades cooperativas etc.
Colônia de Férias
Junção de um grupo específico de pessoas (de qualquer faixa etária) que 
participam de um programa com atividades de caráter recreativo, esportivo, 
ecológico, filantrópico ou mesmo educativo, durante o período de férias (escolares 
ou do trabalho).
Espaço usado pelos pais principalmente para dar autonomia aos filhos e permitir 
que estes aprendam noções de responsabilidade e construção social, porém 
também usadas por famílias para fortalecer seus laços ou conviver socialmente 
num ambiente diferenciado.
Atividades sugeridas: jogos desportivos, gincanas (diurnas e noturnas), 
atividades competitivas (cabode guerra, estafetas, caça ao tesouro), atividades 
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cooperativas, concursos (karaokê, teatro, imitações,...) etc.
Rua de Lazer
Somatório de atividades recreativas sistematizadas que são ofertadas em ruas, 
praças ou outros locais, com intuito de estimular a prática e o acesso contínuo ao 
lazer e recreação comunitários. Podem ser ampliados juntamente com atividades 
culturais, ou seja, além da recreação ofertada, pode ter em sua composição 
espaços de leitura, pintura, música, entre outros.
Em geral, são ofertadas por instituições públicas como prefeituras ou escolas, 
mas já são prática comum de empresas e instituições, principalmente quando 
desejam divulgar suas marcas ou produtos.
Atividades sugeridas: pintura com tinta guache, jogos competitivos (minifutebol, 
minivolei,...),brincadeiras variadas (pular corda, pular elástico, corrida do saco, 
acertar a boca do palhaço,...)etc.
Escolar
Realizada nas instituições educacionais, como escolas públicas e privadas, ou 
outros ambientes de ensino (universidades, casas de apoio etc). Pode ocorrer 
durante qualquer aula ou nos horários de intervalo. O interessante aqui é que 
se busca com as atividades recreativas auxiliar o desenvolvimento do caráter 
social, cultural e formativo. Assim, foge da premissa da recreação, de que seja 
apenas para o divertimento e entretenimento. Porém, se analisarmos, toda 
recreação, quando proporcionada por outrem, terá um objetivo. O escolar é usar 
da recreação como forma de auxílio na construção da cidadania.
São comuns gincanas e todos os tipos de jogos (competitivos, cooperativos,...), 
com o mesmo foco da formação integral.
Natureza
Forma cada vez mais comum de recreação, é aquela efetuada em contato 
direto com os recursos e forças naturais, como florestas (caminhas, trakking,...), 
rios (rafting, canoagem, mergulho,...), montanhas (escalada, rapel,...), mar (surf, 
bodyboard,...), ar (paraquedismo, skysurf,...) etc.
É importante ressaltar que o recreacionista que organiza atividades nesses 
ambientes deve estar consciente que a atividade não pode denegrir o ambiente, 
e um dos objetivos é justamente conscientizar as pessoas sobre a necessidade 
de preservação da natureza como um todo.
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Clubes Sociais
O clube, seja ele aberto ou privado, é um dos locais onde mais se apresenta 
a possibilidade de efetuar atividades recreativas, principalmente nos finais de 
semana.
Para desenvolver programas de recreação, é preciso levar em conta o ambiente, 
os recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis, além da clientela 
que será alvo das atividades. Desse modo, estudar antecipadamente quais as 
melhores ações a serem implementadas, é fundamental.
As programações como gincanas e atividades recreativas costumam atrair mais 
crianças e adolescentes, enquanto que adultos preferem as práticas esportivas, 
piscina, sauna e festas.
A recreação, entretanto, deve estar disponível a todos, e dessa forma o 
programa deve contemplar atividades que possam suprir necessidades de 
crianças, adolescentes, adultos e idosos.
São atividades comuns a hidroginástica, natação, esportes de maneira geral 
(futebol, voleibol, tênis de campo,...), caminhadas etc.
Empresas Privadas
Prática cada vez mais utilizada pelas empresas, a recreação assumiu um lugar 
privilegiado em diversos ramos, e atualmente goza de excelente status, seja 
como forma puramente de entretenimento aos profissionais, como gincanas de 
final de semana, jogos nos intervalos de almoço etc, e é vista ainda como uma 
oportunidade de melhoria do rendimento dos trabalhadores.
A integração é o ponto alto da recreação no ambiente profissional, ampliando 
laçosde amizade e transformando as relações de trabalho. Esse prisma tem 
levado cada vez mais instituições a aderirem a programas internos de atividades 
recreativas direcionadas e com profissional atuante.
São atividades comuns as dinâmicas de grupo, ginásticas, atividades 
cooperativas e jogos competitivos.
Navios
Ótima oportunidade de atuação do recreacionista, já que em alto mar as opções 
se esgotam rapidamente e a recreação surge como uma forma de complemento 
do tempo, aliado a integração com outros passageiros.
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Como os espaços de recreação são geralmente visíveis a todos, a participação 
costuma ser intensa e dessa maneira o recreador deve possuir conhecimento e 
analisar a clientela, para propor atividades condizentes às expectativas.
São atividades comuns a hidroginástica, shows, dança, karaokê, os jogos de 
cartas, atividades de academia em geral e atividades recreativas.
Ônibus
Logicamente, somente são encontradas atividades recreativas em ônibus de 
turismo. O recreacionista nesse ambiente precisa ser criativo e animado, devido 
as dificuldades que o espaço reduzido apresenta.
São atividades comuns as músicas, jogos de adivinhação e desafio, atividades 
motoras que possam ser efetuadas com os passageiros sentados.
Academias e Clubes de Ginástica
Apesar de ser ainda recente, a introdução da recreação nos ambientes de 
manutenção da saúde é cada vez mais bem aceito entre seus frequentadores.
Pode ser realizada em situações ocasionais, como uma aula diferente ministrada 
pelo professor, assim como datas marcadas para tal fim, com intuito de reunir os 
clientes e profissionais, fortalecendo assim os laços entre estes.
É uma forma interessante de atrair o público e está sendo cada vez mais usada, 
sendo apresentada como um diferencial da empresa para seus frequentadores.
Festas
É mais comum verificarmos a recreação em festas infantis e de adolescentes. 
Raramente é utilizada nas comemorações de adultos ou idosos. Esse também é 
um campo fértil e aberto, já que poucas são as pessoas que ofertam esse tipo de 
serviço.
As principais atividades são os jogos, a pintura com tinta guache, profissionais 
circenses (mágicos, malabaristas etc), além de brinquedos como cama elástica, 
piscina de bolinhas, entre outros.
Hotelaria
É prática comum no mundo atual verificarmos hotéis, pousadas e estâncias 
que ofertam atividades recreativas. Mas uma diferenciação deve ser feita: as 
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atividades precisam ser voltadas ao ambiente onde estão inseridas. Para isso, 
serão separados os hotéis em três categorias: hotéis urbanos, hotéis rurais e 
hotéis de praia.
Os hotéis urbanos utilizam da recreação como forma de entrenimento e tentativa 
de fazer com que o hóspede permaneça por mais tempo no hotel, durante sua 
estada. As atividades são voltadas geralmente a massagens, hidroginástica e sala 
de jogos. A atuação do recreacionista é mais limitada.
Os hotéis de praia são uma excelente opção da recreação. Neles, podem ser 
desenvolvidos caminhadas na praia, exercícios, jogos, excursões, etc. A variação 
de atividades pode ser imensa.
Os hotéis rurais, baseiam suas atividades no descanso dos hóspedes, já que 
estes procuram, em sua maioria, por tranquilidade, já que a clientela é composta 
grandemente por pessoas da terceira idade. 
Assim, a recreação acontece com aulas de hidroginástica menos intensas, jogos 
de cartas, passeios e caminhadas a pé, a cavalo etc.
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UNIDADE IV
4.1 - TÉCNICAS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
Contar histórias é a mais antiga das artes. Elas são fontes maravilhosas de 
experiências. São meios de ampliar o horizonte da criança e de aumentar seu 
conhecimento em relação ao mundo que a cerca.
É através do prazer ou emoções que as histórias lhes proporcionam que o 
simbolismo, implícito nas tramas e personagens, vai agir em seu inconsciente. 
Ali atuando, ajudamos, pouco a pouco, a resolverem os conflitos interiores que 
normalmente vivem.
Os significados simbólicos dos contos estão ligados aos eternos dilemas que 
o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional, quando se dá 
a evolução, a passagem do eu para nós. A literatura infantil, principalmente os 
contos de fadas, podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si 
mesma e ao mundo a sua volta.
As diferenças que mostram os personagens bom e maus, feios e bonitos, 
poderosos e fracos, facilitam à criança a compreensão de certos valores básicos 
da conduta humana ou do convívio social.
Através deles a criança incorporará valores que desde sempre regem a vida 
humana. Confrontada com o bom e o belo a criança é levada a com eles se 
identificar, por trazerem em si a semente da bondade e da beleza. 
Identificando-se com heróis e heroínas, ela é levada a resolver sua própria 
situação, superando o medo que a inibe e ajudando-a a enfrentar os perigos e 
ameaças que sente a sua volta.
Vamos aprender:
As histórias formam o gosto pela leitura: quando a criança aprende a gostar de 
ouvir
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O que é e como fazer a hora do conto;
Sugestões de histórias infantis;
Quais critérios utilizar para escolher as histórias;

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