Buscar

Cronograma Seminário e análise de caso I

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
1 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
 
 
 
Curso de Especialização em 
Direito Tributário 
 
Módulo I 
Direito Material Tributário I 
 
 
Coordenação 
Prof. Dr. Paulo de Barros Carvalho 
 
 
Assistente da Coordenação 
Profa. Dra. Fabiana Del Padre Tomé 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
2 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
 
1. CRONOGRAMA 
 
 
Tema I: DIREITO TRIBUTÁRIO E O CONCEITO DE TRIBUTO 
Aula 1. 27/02/2018 (3ª f) – Seminário (presencial) 
Aula 2. 01/03/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
Aula 3. 06/03/2018 (3ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
 
 
Tema II: ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
Aula 4. 08/03/2018 (5ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
Aula 5. 13/03/2018 (3ª f) – Seminário (presencial) 
Aula 6. 15/03/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
 
 
Tema III: TAXA, PREÇO PÚBLICO, CONTRIBUIÇÃO DE 
MELHORIA E EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
Aula 7. 20/03/2018 (3ª f) – Seminário (presencial) 
Aula 8. 22/03/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
Aula 9. 27/03/2018 (3ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
 
 
Tema IV: CONTRIBUIÇÕES 
Aula 10. 03/04/2018 (3ª f) – Seminário (presencial) 
Aula 11. 05/04/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
Aula 12. 10/04/2018 (3ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
 
 
Tema V: FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
Aula 13. 12/04/2018 (5ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
Aula 14. 17/04/2018 (3ª f) – Seminário (presencial) 
Aula 15. 19/04/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
 
 
Tema VI: VALIDADE, VIGÊNCIA, EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS 
NORMAS TRIBUTÁRIAS 
Aula 16. 24/04/2018 (3ª f) – Seminário (presencial) 
Aula 17. 26/04/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
Aula 18. 03/05/2018 (5ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
3 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
 
Tema VII: SISTEMA E PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
Aula 19. 08/05/2018 (3ª f) – Seminário (presencial) 
Aula 20. 10/05/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
Aula 21. 15/05/2018 (3ªf) – Análise de casos (atividade remota) 
 
 
Tema VIII: COMPETÊNCIA E IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
Aula 22. 17/05/2018 (5ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
Aula 23. 22/05/2018 (3ªf) – Seminário (presencial) 
Aula 24. 24/05/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
 
 
Tema IX: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
Aula 25. 29/05/2018 (3ªf) – Seminário (presencial) 
Aula 26. 05/06/2018 (3ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
Aula 27. 07/06/2018 (5ªf) – Palestra (presencial) 
 
 
Tema X: REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
Aula 28. 12/06/2018 (3ª f) – Seminário (presencial) 
Aula 29. 14/06/2018 (5ª f) – Palestra (presencial) 
Aula 30. 19/06/2018 (3ª f) – Análise de casos (atividade remota) 
 
 
26/06/2014 (3ª f) - Avaliação Final (presencial) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
4 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
2. DINÂMICA DO CURSO 
O curso compõe-se de aulas expositivas (palestras), seminários e 
análises de casos. 
As questões de seminário, constantes do programa do curso, deverão 
ser resolvidas previamente pelo aluno, com entrega das correspondentes 
respostas na data da aula de seminário. 
O seminário relativo ao tema I deve ser entregue, ao Professor 
Assistente, no dia 27/02/2018. 
As aulas de seminário serão presenciais e terão a participação dos 
Professores Assistentes, que dirigirão as turmas no debate e na 
problematização da matéria em foco, municiando-as com os subsídios 
teóricos e metodológicos necessários para a tarefa conjunta de resolver as 
questões propostas. 
As matérias indicadas para estudo serão as mesmas desenvolvidas 
nos seminários (que ocorrem sempre às terças-feiras) e nas palestras 
(quintas-feiras), nas datas indicadas no cronograma. 
Cada turma elegerá um RELATOR que terá por função expor ao 
conferencista as conclusões deduzidas, consignando os pontos de 
divergência verificados em seu grupo. Tal exposição ocorrerá na quinta-
feira subsequente, por ocasião da aula expositiva. 
Além disso, para cada tema estudado serão indicados “casos” a 
serem analisados pelo aluno, em atividade remota, conforme datas previstas 
no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
5 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
 
TEMA I 
DIREITO TRIBUTÁRIO E CONCEITO DE TRIBUTO 
 
Leitura: 
 ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6ª ed. São Paulo: Malheiros, 
2009. Primeira parte (“Noções Introdutórias”). 
 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 29ª ed. São Paulo: 
Saraiva, 2018. Capítulo I e itens 1 a 3 do Capítulo II. 
 CARVALHO, Aurora Tomazini de. Curso de teoria geral do direito (o 
constructivismo lógico-semântico). 5ª ed. São Paulo: Noeses, 2016. Capítulos III e 
V. 
 
Leitura complementar: 
 BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 6ª ed. São Paulo: 
Noeses, 2013. Itens 3 (Sistema dos fundamentos óbvios), 10 (O maior equívoco), 11 
(Diagnóstico da demência e terapêutica), 12 (Doutrina do direito tributário e des 
raisons que la raison ne conntait pas), 16 (Ciência do Direito), 17 (Lei científica e 
lei jurídica. Ser e dever-ser. Causação e normatividade), 18 (Crítica aos críticos da 
teoria normativa do direito [Kelsen]), 19 (Direito é instrumento) e 71 (Conceito de 
tributo). 
 CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: fundamentos jurídicos da 
incidência. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015. Itens 1 a 5. 
 CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 6ª ed. São 
Paulo: Noeses, 2015. Segunda Parte, Capítulo 2, item 2.2.1. 
 FAVACHO, Fernando Gomes. A definição do conceito de tributo. São Paulo: 
Quartier Latin, 2011. 
 MARTINS,
Natanael. A tributação do ilícito – limites à aplicação do princípio do 
‘non olet’. In: XIII Congresso Nacional de Estudos Tributários – 50 anos do Código 
Tributário Nacional. São Paulo: Noeses, 2016. Disponível em: 
http://www.ibet.com.br/a-tributacao-do-ilicito-limites-a-aplicacao-do-pricipio-do-non-olet-por-
natanael-martins/ 
 SOUSA, Rubens Gomes de; ATALIBA, Geraldo; CARVALHO, Paulo de Barros. 
Comentários ao Código Tributário Nacional. 3ª ed. São Paulo: Quartier Latin, 2007. 
Artigos 3º e 4º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
6 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
 
SEMINÁRIO I 
As respostas devem ser entregues ao Professor Assistente, no dia 
27/02/2018. 
 
 
1. Que é direito positivo? E Ciência do Direito? Quais as diferenças existentes entre 
suas linguagens? 
 
2. Que é norma jurídica? Existe diferença entre texto de lei, enunciado prescritivo e 
norma jurídica? Qual(is)? 
 
3. Identificar o (i) suporte físico, (ii) o significado e (iii) a significação no plano da 
linguagem do direito positivo. 
 
4. Analise criticamente o art. 3º do Código Tributário Nacional e proponha uma 
definição pessoal para o vocábulo “tributo”. 
Com base em sua definição, identificar quais dessas hipóteses são consideradas 
tributos, fundamentando cada resposta: 
a) seguro obrigatório de veículo; 
b) multa decorrente do atraso no pagamento do tributo; 
c) FGTS; 
d) estadia e pesagem de veículos em terminal alfandegário; 
e) locação de imóvel público; 
f) estacionamento rotativo "zona azul"; 
g) custas judiciais; 
h) prestação de serviço eleitoral; 
i) imposto sobre a renda de atividade ilícita; 
j) taxa de ocupação em terreno de marinha. 
 
5. O desconto de IPVA concedido para contribuintes que não incorreram em infrações 
de trânsito é uma utilização do tributo como sanção de ato ilícito? Exemplo: 
contribuinte que, por ter cometido infrações de trânsito em exercícios anteriores, 
tem que pagar IPVA maior, pois não submetido ao desconto previsto no art. 1º da 
Lei do Estado do Rio Grande do Sul n°. 11.400/1999
1
. 
 
1
 “Art. 1º Aos contribuintes que não tenham incorrido em infração de trânsito, fica instituído desconto no 
valor anual do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, nos seguintes patamares: 
I – dez por cento (10%) no caso de não ter cometido infração de trânsito no ano civil anterior, 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
7 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
6. Dada a lei (fictícia) a seguir transcrita, responda aos questionamentos: 
Lei estadual nº 5.777, de 15 de dezembro de 2010. 
Art. 1º - É instituído, no Estado de São Paulo, o imposto sobre a 
propriedade de veículos automotores, devido no primeiro dia de cada 
ano pelos proprietários de veículos automotores registrados e 
licenciados nesta Unidade da Federação. 
Parágrafo único - O valor do imposto será recolhido diretamente pelo 
contribuinte na rede bancária autorizada, até o dia 10 do mês de 
março. 
Art. 2º - A base de cálculo do imposto é o valor venal do veículo 
automotor. 
§ 1º - Para a fixação do valor venal deverá ser levado em consideração 
o preço usualmente praticado no mercado do Estado de São Paulo, os 
preços médios aferidos por publicações especializadas, a potência, a 
capacidade máxima de tração, ano de fabricação, o peso, a cilindrada, 
o número de eixos, tipo de combustível, a dimensão e o modelo do 
veículo, devendo o contribuinte prestar tais informações por meio de 
preenchimento do formulário adequado, entregue na ocasião da renovação 
do registro do veículo automotor, que deve ocorrer até o 1º dia do mês 
de fevereiro. 
§ 2º - A alíquota do imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores é de 7% (sete por cento). 
Art. 3º - Não havendo o recolhimento do imposto no prazo previsto, 
deverá a autoridade fiscal lavrar Auto de Infração com imposição de 
multa de 50% (cinquenta por cento), calculada sobre o valor do imposto 
corrigido monetariamente. 
Parágrafo único – Havendo ausência de renovação do registro do veículo 
automotor e da entrega do formulário previsto no § 1º do art. 2º da 
presente lei, fica a autoridade fiscal também obrigada a lavrar Auto 
de Infração impondo multa de R$ 500,00. 
 
Pergunta-se: 
a) Quantas normas jurídicas são veiculadas nessa lei? Identifique-as. 
b) Qual das normas jurídicas identificadas institui o tributo? 
c) Qual(is) dessas normas são estudadas pela Ciência do Direito Tributário? Por quê? 
 
 
 
II – quinze por cento (15%) no caso de não ter cometido infração de trânsito nos últimos dois anos civis; 
III – vinte por cento (20%) no caso de não ter cometido infração de trânsito nos últimos três anos civis.” 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
8 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
ANÁLISE DE CASOS I 
(atividade remota, a ser realizada em 06/03/2018) 
 
Caso I: 
Tributo cobrado indevidamente é tributo? 
1.1.Emitir opinião sobre o posicionamento do STJ no AGRESP 429413-RJ. 
 
1.2.O que seria mais correto dizer: (i) repetição do indébito tributário ou (ii) 
repetição do indébito “não-tributário”? 
 
1.3. Analisar a questão considerando os seguintes momentos: (a) do pagamento do 
tributo, (b) do pedido de restituição e (c) da decisão de defere o pedido. 
 
AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 429.413-RJ 
(2002/0044542-2) 
 
RELATOR : MINISTRO FRANCIULLI NETO 
AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL 
PROCURADOR : CÉSAR MACIEL RODRIGUES E OUTROS 
AGRAVADO : M SARAIVA PUBLICIDADE LTDA. 
ADVOGADO : JOSÉ OSWALDO CORRÊA E OUTRO 
 
EMENTA 
 
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. COMPENSAÇÃO. PIS. COFINS. PRESCRIÇÃO. 
DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. CONTAGEM A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO 
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PROVIMENTO NEGADO. 
 A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora de um tributo 
altera a natureza jurídica dessa prestação pecuniária, que, retirada do âmbito 
tributário, passa a ser de indébito para com o Poder Público, e não de 
indébito tributário. Com efeito, a lei declarada inconstitucional desaparece 
do mundo jurídico, como se nunca tivesse existido. (grifamos) 
 Afastada a contagem do prazo prescricional/ decadencial para repetição 
do indébito tributário previsto no Código Tributário Nacional, tendo em
vista 
que a prestação pecuniária exigida por lei inconstitucional não é tributo, mas 
um indébito genérico contra a Fazenda Pública, aplica-se a regra geral de 
prescrição de indébito contra a Fazenda Pública, prevista no artigo 1º do 
Decreto 20.910/32. 
 A declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal não 
elide a presunção de constitucionalidade das normas, razão pela qual não 
estava o contribuinte obrigado a suscitar a sua inconstitucionalidade sem o 
pronunciamento da Excelsa Corte, cabendo-lhe, pelo contrário, o dever de 
cumprir a determinação nela contida. (grifamos) 
 A tese que fixa como termo a quo para a repetição do indébito o 
reconhecimento da inconstitucionalidade da lei que instituiu o tributo deverá 
prevalecer, pois, não é justo ou razoável permitir que o contribuinte, até 
então desconhecedor da inconstitucionalidade da exação recolhida, seja lesado 
pelo Fisco. 
 Ainda que não previsto expressamente em lei que o prazo 
prescricional/decadencial para a restituição de tributos declarados 
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal é contado após cinco anos do 
trânsito em julgado daquela decisão, a interpretação sistemática do 
ordenamento jurídico pátrio leva a essa conclusão. 
 Cabível a restituição do indébito contra a Fazenda, sendo o prazo de 
decadência/prescrição de cinco anos para pleitear a devolução, contado do 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
9 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
trânsito em julgado da decisão do Supremo Tribunal Federal que declarou 
inconstitucional o suposto tributo. 
 Agravo regimental a que se nega provimento. 
 
ACÓRDÃO 
 
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima 
indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de 
Justiça, por maioria, vencida a Sra. Ministra Eliana Calmon, negar o 
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. 
Vencido, preliminarmente, o Sr. Ministro Francisco Peçanha Martins. Os Srs. 
Ministros Laurita Vaz, Paulo Medina, e Francisco Peçanha Martins votaram com o 
Sr. Ministro-Relator. 
Brasília (DF), 19 de setembro de 2002 (Data do Julgamento). 
 
MINISTRO FRANCIULLI NETTO, Relator 
 
 
AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº429.413-RJ (2002/0044542-2) 
 
VOTO 
 
 EXMO. SR. MINISTRO FRANCIULLI NETTO (Relator): 
 A egrégia Primeira Seção desta Corte desenvolveu tese segundo a qual, 
para as hipóteses de devolução de tributos declarados inconstitucionais pelo 
Supremo Tribunal Federal, admite-se, como dies a quo para a contagem do prazo 
para repetição/compensação do indébito pelo contribuinte, a aludida 
declaração. 
Conforme dispõe o artigo 3º do Código Tributário Nacional, “tributo é 
toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora de um tributo, 
entretanto, altera a natureza jurídica dessa prestação pecuniária, que, 
retirada do âmbito tributário, passa a ser de indébito para com o Poder 
Público, e não de indébito tributário. Com efeito, aquela lei declarada 
inconstitucional desaparece do mundo jurídico, como se nunca tivesse existido. 
 Diante da observação de que a prestação pecuniária não constitui 
tributo a ser restituído, por ter sido declarada inconstitucional, mas simples 
indébito contra a Fazenda Pública, é equivocado, a rigor, falar-se em 
restituição de tributo, como faz o Código Tributário Nacional. Cuida-se, na 
verdade, de restituição de pagamento indevido. 
O ordenamento jurídico pátrio não prevê expressamente um direito à 
repetição do indébito fundado na inconstitucionalidade da lei que o 
instituiu... 
 
 
 
 
Caso II: 
Pesquisar sobre o conceito de “contribuição sindical” e responder às questões que 
seguem: 
 
2.1. Antes da entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, a contribuição sindical 
preenchia os requisitos configuradores de tributo? Justificar. 
 
2.2. E após a Lei nº 13.467/2017? Caso a resposta à questão anterior tenha sido 
afirmativa, a contribuição sindical perdeu o caráter de tributo? Ou permanece 
sua qualidade de tributo, sendo inconstitucional a retirada de sua 
compulsoriedade? Justificar. 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
10 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
 
Notícias STF
2
 
Terça-feira, 16 de janeiro de 2018 
 
Confederação patronal questiona fim da obrigatoriedade da contribuição 
sindical 
 
O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu mais uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) questionando o fim da contribuição sindical 
compulsória, uma das alterações decorrentes da Reforma Trabalhista (Lei 
13.467/2017) aprovada ano passado. A diferença é que a ADI 5859, que se soma 
às demais ações ajuizadas na Corte com o mesmo objeto, é a primeira ajuizada 
por uma entidade patronal. Nela, a Confederação Nacional do Turismo (CNTur) 
ataca o dispositivo que alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para 
tornar facultativa a contribuição sindical anual de empregados e patrões. 
A entidade sindical patronal que representa a categoria econômica do turismo 
afirma que a contribuição sindical é uma receita “imprescindível e 
fundamental” para a subsistência e manutenção do sistema sindical brasileiro, 
e que a alteração promovida pela lei resultará no estrangulamento do caixa das 
instituições sindicais, “levando à bancarrota todo o sistema existente há mais 
de 80 anos”. Por isso, pediu a concessão de liminar para suspender a eficácia 
do dispositivo impugnado (artigo 1ª da Lei 13.467/2017, que deu nova redação 
aos artigos 545, 578, 579, 582, 583, 587 e 602 da CLT). 
“Se a principal receita das entidades sindicais patronais deriva das 
contribuições sindicais pagas pelas empresas, e a modificação proposta pela 
norma impugnada tornou essa contribuição facultativa, pretendendo modificar, 
assim, sua natureza tributária prevista na Constituição Federal, é evidente 
que haverá uma queda abrupta, repentina, sem precedentes em nossa história, no 
faturamento dessas entidades sindicais patronais, em todo o país, impedindo 
que as mesmas façam frente à suas obrigações não apenas perante seus 
associados mas também perante terceiros, deixando de honrar compromissos, 
contratos, tornando-as absolutamente inadimplentes”, argumenta. 
Entre outros fundamentos jurídicos, a CNTur alega que a norma apresenta 
inconstitucionalidade formal, pois a alteração na natureza da contribuição 
sindical não poderia ter sido feita por lei ordinária, mas somente por lei 
complementar, nos termos do artigo 146 da Constituição Federal. Quanto à 
inconstitucionalidade material, sustenta que a facultatividade no 
recolhimento da contribuição sindical viola o princípio da isonomia tributária
(artigo 150, II, da Constituição). “A Lei 13.467/2017, ao promover as 
alterações nos dispositivos ora impugnados, instituiu tratamento desigual 
entre os contribuintes de uma mesma relação jurídica ao tornar facultativo o 
recolhimento de tal tributo, em completa e absoluta afronta ao texto 
constitucional. Além de promover o enriquecimento ilícito daqueles que serão 
beneficiados pela atuação da Confederação requerente [CNTur] e demais 
entidades patronais, sem contribuir para o custeio das suas iniciativas 
estatutárias”, ressalta. 
A CNTur aponta ainda que o regime de recolhimento das contribuições sindicais 
das entidades patronais difere das entidades que representam trabalhadores. No 
caso dos trabalhadores, de acordo com a nova redação do artigo 582 da CLT, o 
desconto é feito na folha de pagamento do mês de março, mediante autorização 
prévia e expressa. Entretanto, no que concerne à contribuição sindical 
patronal, há a emissão de guias para pagamento em dezembro para que o 
pagamento seja feito dentro do mês de janeiro. 
Rito abreviado 
Relator de todas as ações, o ministro Edson Fachin aplicou, em 19 de dezembro 
passado, o rito abreviado para julgamento da ADI 5859 (artigo 12 da Lei 
9.868/1999), a fim de possibilitar o julgamento definitivo da questão pelo 
Plenário do STF, sem prévia análise do pedido de liminar, em razão da 
relevância da matéria constitucional suscitada e de seu especial significado 
para a ordem social e a segurança jurídica. Foram solicitadas informações ao 
presidente da República, Michel Temer, e aos presidentes da Câmara dos 
Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Eunício Oliveira. 
Outras ADIs 
 
2
 http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=367049 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO 
Rua da Consolação, 881 - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 
www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 
11 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
_______________________________________________________
_ 
 
______________________ 
A primeira ADI ajuizada contra o fim da contribuição sindical compulsória (ADI 
5794) foi proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte 
Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF) em outubro do ano 
passado, antes mesmo de a Reforma Trabalhista entrar em vigor. Nos meses de 
novembro e dezembro, o Tribunal recebeu diversas outras ações – ADIs 5806, 
5810, 5811, 5813, 5815, 5850 – questionando a mudança, ajuizadas por entidades 
representativas de trabalhadores.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando