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Planejamento e Gestão do Transporte Multimodal

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Planejamento e 
Gestão do 
Transporte 
Multimodal
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 656:005
79 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Planejamento e Gestão do Transporte 
Multimodal – Brasília: SEST/SENAT, 2016.
1. Transporte - administração. 2. Transporte 
intermodal. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço 
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 7
Unidade 1 | O Transporte e Suas Modalidades 8
1 Decisão de Transporte: Elementos Intervenientes 9
2 O Transporte Internacional 10
3 Características dos Transportes 11
3.1 O Transporte Rodoviário 11
3.1.1 Mercado 11
3.1.2 Tipos de Veículos 12
3.1.3 Vantagens e Desvantagens do Transporte Rodoviário de Cargas 14
3.1.4 Regulamentação 15
3.2 O Transporte Ferroviário 16
3.2.1 Principais Ferrovias 17
3.2.2 Tipos de Vagões 18
3.2.3 Vantagens e Desvantagens do Transporte Ferroviário 20
3.2.4 Regulamentação 21
3.3 O Transporte Aquaviário: Fluvial 21
3.3.1 Fatores Intervenientes 22
3.3.2 Tipos de Embarcações 23
3.3.3 Vantagens e Desvantagens 23
3.3.4 Principais Hidrovias 24
3.3.5 Regulamentação 24
3.4 O Transporte Aquaviário: Marítimo 25
3.4.1 Tipos de Embarcações 25
3.4.2 Vantagens e Desvantagens 26
4
3.4.3 Principais Portos 27
3.4.4 Regulamentação 27
3.5 O Transporte Aéreo 28
3.5.1 Tipos de Aeronaves 28
3.5.2 Vantagens e Desvantagens 29
3.5.3 Regulamentação 30
3.6 O Transporte Dutoviário 30
3.6.1 Tipos de Dutos 30
3.6.2 Vantagens e Desvantagens 31
3.6.3 Regulamentação 31
3.7 Panorama Atual dos Transportes de Carga no Brasil 32
Glossário 32
Atividades 33
Referências 34
Unidade 2 | Tipos e Preparação de Cargas 36
1 Tipos de Cargas 37
2 Classificações da Carga 38
2.1 Carga Geral 38
2.1.1 Soltas (Não Unitizadas) 38
2.1.2 Unitizadas 38
2.2 Carga a Granel 39
2.3 Carga Frigorificada 39
2.4 Neo-Granel 39
2.5 Carga Perigosa 39
2.5.1 Explosivos 40
2.5.2 Gases 40
5
2.5.3 Líquidos Inflamáveis 40
2.5.4 Sólidos Inflamáveis 41
2.5.5 Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos 41
2.5.6 Tóxicos (Venenosos) e Substâncias Infecciosas 41
2.5.7 Substâncias Radioativas 41
2.5.8 Corrosivos 42
2.5.9 Variedades de Substâncias Perigosas 42
3 Preparação da Carga 42
3.1 A Embalagem 42
3.1.1 Tipos de Embalagem 43
3.1.2 Fechamento em Embalagens 44
3.2 A Carga Unitizada 45
3.2.1 Vantagens 45
3.2.2 Formas de se Unitizar um Produto 46
Glossário 47
Atividades 48
Referências 49
Unidade 3 | Transporte Multimodal 51
1 Definição e Operação 52
1.1 Operador de Transporte Multimodal (OTM) 52
1.2 Responsabilidade 53
1.4 Habilitação 53
2 Vantagens do Transporte Multimodal 53
3 Intermodalidade X Multimodalidade 54
4 Composição de Cadeias Multimodais 55
5 Documentos 56
6
5.1 Conhecimentos de Embarque 56
5.1.1 Composição 56
6 Documentação Exigida para o Transporte Nacional De Cargas 58
6.1 Transporte Rodoviário Nacional de Cargas 58
6.2 Documentos Fiscais Exigidos para o Transporte de Produtos Não Perigosos 58
6.3 Documentos Fiscais Exigidos para o Transporte de Produtos Perigosos 62
Atividades 63
Referências 64
Unidade 4 | Logística, Mapas e Rotas 66
1 Logística 67
1.1 Embalagem 67
1.2 Armazenamento 68
1.3 Movimentação 68
1.4 Transporte 68
2 Planejamento de Transportes 69
3 Métodos de Avaliação de Desempenho 70
3.1 Definições 70
3.2 O Que Medir 70
4 Interpretação de Mapas e Rotas 72
4.1 Definições 72
4.2 Análise das Características de um Mapa 72
Atividades 75
Referências 76
Gabarito 78
7
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Planejamento e Gestão do Transporte Multimodal! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
Este curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 4 unidades, 
conforme a tabela a seguir.
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | O Transporte e Suas Modalidades 9h
Unidade 2 | Tipos e Preparação de Cargas 8h
Unidade 3 | Transporte Multimodal 7h
Unidade 4 | Logística, Mapas e Rotas 6h
8
UNIDADE 1 | O TRANSPORTE E 
SUAS MODALIDADES
9
Unidade 1 | O Transporte e Suas Modalidades 
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao curso Planejamento e Gestão do Transporte 
Multimodal! Nesta primeira unidade, vamos descrever as principais modalidades de 
transporte e apresentar as características fundamentais, as vantagens e desvantagens de 
cada um deles. 
1 Decisão de Transporte: Elementos Intervenientes 
Vários elementos contribuem para a escolha de determinada modalidade de transporte 
ou para a combinação de várias modalidades, seja tanto no transporte nacional quanto 
no internacional, que são os seguintes: 
• Modos de transporte disponíveis 
• Tipo de produto
• Tempo médio de entrega e o tempo em trânsito (incluem também o tempo total 
entre o embarcador em uma extremidade e o destinatário em outra)
• Valor do frete
• Informação sobre localização do produto (alguns transportadores fornecem 
informações sobre a localização geográfica exata da carga)
• Vias de acesso ao local de destino (podem limitar fisicamente a escolha das 
modalidades de transporte)
10
Os modos de transporte existentes limitam a escolha das combinações das modalidades 
e o valor do frete. 
As características do produto quanto ao peso, volume, perecibilidade, valor, ocorrência 
de perdas e danos, justificam a utilização de uma determinada modalidade com valor 
de frete maior. 
2 O Transporte Internacional 
O transporte internacional de cargas pode ser definido como um deslocamento da 
carga regido por um contrato internacionalmente aceito. Esse contrato é representado 
pelo conhecimento de embarque, que é um documento de transporte emitido pelo 
proprietário do veículo transportador, o qual irá se constituir em prova fundamental 
de que a mercadoria foi efetivamente embarcada. 
Geralmente, o transporte intermodal e multimodal são as formas mais comuns em 
movimentações internacionais, pois, mesmo que os custos de remanuseio sejam mais 
altos do que as movimentações em uma única modalidade, poderão resultar melhorias 
de serviço e economias de custo ao longo da movimentação. 
O transporte internacional de cargas pode envolver qualquer uma das cinco 
modalidades de transporte, embora o transporte aéreo e o aquaviário sejam, talvez, 
os mais importantes no transporte internacional. 
Os embarcadores e gerentes de empresas transportadoras envolvidos em mercados 
internacionais devem conhecer os diferentes serviços do transporte, custos e 
disponibilidade de modalidades de transporte dentro dos países onde pretendem 
comercializar seus produtos; uma vez que poderá haver grandes diferenças entre as 
infraestruturas de transporte encontradas em todo o mundo. 
11
3 Características dos Transportes
3.1 O Transporte Rodoviário 
Paraviagens de curta e média distâncias, o modal rodoviário é o mais utilizado no 
comércio de mercadorias, sendo peça fundamental, permitindo que a multimodalidade 
e a intermodalidade possam ser realizadas. Apenas ele tem a capacidade de interligar 
os diversos modais, abrangendo todo o percurso da mercadoria. 
Porém, o transporte rodoviário, por via de regra, apresenta preços de frete mais 
elevados do que os modos de transporte ferroviário e aquaviário, sendo, portanto, 
recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é recomendado, por 
exemplo, para produtos agrícolas a granel, que possuem baixo valor específico. 
No Brasil, o modo de transporte mais empregado é o rodoviário; inclusive para a 
movimentação de mercadorias para países limítrofes com o Brasil, como o Paraguai, 
Uruguai, Chile e Bolívia. 
3.1.1 Mercado 
O mercado de transporte rodoviário de cargas está segmentado em: 
• Empresas de Transporte Rodoviário de Carga: pessoas jurídicas legalmente 
constituídas que transportam cargas para terceiros. 
• Transportadores Rodoviários Autônomo: que são os carreteiros, empresas de 
carga própria e os transportadores individuais. 
O carreteiro é pessoa física proprietária ou coproprietária de um ou mais veículos, 
conduzidos pelo próprio ou por motorista, sem vínculo empregatício, e utilizados na 
prestação de serviços de transporte rodoviário de carga para terceiros. 
12
As empresas de carga própria correspondem a empresas industriais, comerciais, 
agrícolas, agroindústrias e cooperativas que utilizam veículos de sua propriedade 
ou fretados para a movimentação das cargas que comercializam ou produzem. 
Eventualmente, também podem realizar transporte remunerado de cargas para 
terceiros. 
O transportador individual realiza atividade similar à da empresa de carga própria, 
embora seja pessoa física. Inclui fazendeiros, pequenos empreiteiros e outros. 
3.1.2 Tipos de Veículos 
Os veículos utilizados nesta modalidade são basicamente:
• Caminhões: veículos fixos 
constituídos de cabine, motor e 
unidade de carga (carroceria), nos 
mais diversos tamanhos, com 2 ou 
3 eixos, podendo atingir a 
capacidade de carga de até 23 
toneladas. Apresenta carroceria 
aberta, em forma de gaiola, 
plataforma, tanque ou fechados 
(baús), sendo que estes últimos 
podem ser equipados com maquinário de refrigeração para o transporte de 
produtos refrigerados ou congelados. 
• Carretas: veículos articulados, 
com unidades de tração e de 
carga em módulos separados 
(cavalo mecânico e semirreboque). 
Também podem ser abertos 
ou fechados, com as mesmas 
configurações dos caminhões. 
Apresentam diversos tamanhos, 
com capacidade de carga chegando 
até 30 toneladas, dependendo do 
13
número de eixos do cavalo mecânico e do semirreboque. Mais versáteis que 
os caminhões, podem deixar o semirreboque sendo carregado e recolhê-lo 
posteriormente, permitindo com isso que o transportador realize maior número 
de viagens.
• Cegonheiras: veículos específicos para transporte de automóveis.
• Boogies/Trailers/Chassis/Plataformas: veículos apropriados para transporte 
de contêineres, geralmente de 20’ e 40’ (vinte e quarenta pés).
• Treminhões: veículos semelhantes às carretas, 
formados por cavalos mecânicos, semirreboques 
e reboques, portanto compostos de três partes, 
podendo carregar dois contêineres de 20’. Não 
podem transitar em qualquer estrada, face ao 
seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas). 
Seguem apenas roteiros preestabelecidos e 
autorizados pelo Ministério dos Transportes. 
14
As vantagens dos treminhões sobre os boogies, os quais também podem transportar 
dois contêineres de 20’ sobre a plataforma para 40’, são: 
• Maior segurança no transporte dos dois contêineres, suportados cada um por 
uma plataforma individual. 
• Capacidade para suportar um peso maior. 
• Facilidade no estufamento dos contêineres separadamente, em plataformas 
de embarque onde não existam equipamentos próprios para movimentação de 
contêineres. 
3.1.3 Vantagens e Desvantagens do Transporte Rodoviário 
de Cargas 
As principais vantagens inerentes ao transporte rodoviário são: 
• Serviço porta a porta. 
• Frequência e disponibilidade de vias de acesso. 
• Maior velocidade de cruzeiro. 
• Menor tempo de carregamento do veículo devido à sua capacidade, o que permite 
a rápida partida do mesmo. 
• Facilidade de substituir o veículo por outro, em caso de acidente ou quebra do 
veículo. 
• Permite o despacho de carga parcelada. 
As principais desvantagens são: 
• Apresenta maior custo operacional, se comparado com a ferrovia e a hidrovia; 
• Afeta o nível de serviço das estradas, principalmente nos períodos de safra 
quando provoca grandes congestionamentos nas rodovias; 
15
• Menor capacidade de carga, se comparado com o ferroviário e o aquaviário.
Classificação do Estado Geral - Extensão Total
Fonte: Pesquisa CNT (2016)
Uma das preocupações que esse modal apresenta é o mau estado das rodovias 
brasileiras, como mostra a tabela: 58,2% das rodovias brasileiras apresentam-se 
deficientes para uso, isso faz com que o custo de manutenção de um veículo brasileiro 
seja, em média, o dobro do custo nos EUA. 
3.1.4 Regulamentação 
Os principais órgãos regulamentadores deste modal são: 
• Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MT) 
• Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER)
• Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT)
• Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
• Departamento de Trânsito (DETRAN) 
• Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN)
Estado Geral
Extensão total
Km %
Ótimo 11.936 11,6
Bom 31.158 30,2
Regular 35.840 34,6
Ruim 17.838 17,3
Péssimo 6.487 6,3
Total 103.259 100
16
3.2 O Transporte Ferroviário
Transporte ferroviário é efetuado por vagões, puxados por locomotivas, sobre trilhos 
e com trajetos devidamente delineados, ou seja, não têm flexibilidade quanto a 
percursos e estão presos a caminhos únicos, o que pode provocar atrasos na entrega 
das mercadorias em caso de obstrução da ferrovia. 
A distância é apenas um dos fatores que influenciam o custo deste transporte e, tal 
como também ocorre no transporte marítimo, a densidade de tráfego em determinada 
rota é fundamental para justificar a construção da ferrovia. O ferroviário é um modal 
apropriado para transporte de mercadorias agrícolas a granel, como açúcar, grãos, 
etc., assim como minérios, derivados de petróleo e produtos siderúrgicos, que são 
os produtos mais transportados, pois apresentam grandes volumes e preços baixos, 
necessitando de um frete competitivo. 
É adequado para viagens de curta e de média distâncias, onde os demais modais não 
são tão convenientes, em face de tempo e custos, sendo que sua utilização não pode 
ser descartada em distâncias mais longas para mercadorias de baixo custo, justamente 
em virtude das tarifas mais baixas que este modal oferece. 
A variabilidade do tempo de viagem apresenta-se como um dos principais problemas 
da ferrovia e ocorre devido a vários fatores, tais como: 
• Congestionamento das vias em determinados horários (parcela apreciável da 
malha é composta por linha singela); 
• Variação no tempo para formação da composição; 
• Paradas durante o percurso; 
• Mudança de bitola estreita para larga ou vice-versa.
17
3.2.1 Principais Ferrovias 
As principais ferrovias em operação no país são: 
• Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), cuja malha se encontra em todas as regiões 
geográficas do País (embora não em todos os estados) exceto na região Norte, 
cujas linhas ligam o interior aos principais portos e o Brasil ao Mercosul. 
• Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA),que opera no estado de São Paulo e cujas linhas 
também seguem até o porto de Santos. 
• Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), vinculada à Companhia Vale do Rio 
Doce (CVRD), ligando os estados de Minas Gerais e Espírito Santo aos portos do 
Espírito Santo. 
O porto de Santos é atendido tanto pelas linhas da FEPASA como da RFFSA. 
Estão em construção outras ferrovias que permitirão, principalmente, aumentar a 
capacidade para escoamento de grãos através dos portos. 
O Brasil tem aproximadamente 30.000 km de ferrovias (contra 150.000 km de rodovias), 
o que é muito pouco para um país com as nossas dimensões territoriais. 
De modo geral, o transporte ferroviário é o mais utilizado no deslocamento de cargas 
nos países desenvolvidos. 
18
3.2.2 Tipos de Vagões 
Os principais tipos de vagões utilizados na ferrovia são os seguintes:
• Tanque 
• Aberto
19
• Fechado 
• Plataforma 
• Gaiola 
20
• Gôndola
As capacidades dos vagões variam sensivelmente, tanto em função do comprimento, 
da bitola (1,00 ou 1,60 m) quanto do tipo. Os vagões plataforma são os utilizados para 
transportar contêineres. Nos EUA, os vagões utilizados para movimentar contêineres 
os transportam empilhados em duas alturas, o que evidentemente dobra a capacidade 
de transporte de uma composição, mas no Brasil há uma restrição quanto à altura dos 
túneis, o que não permite o transporte de contêineres na ferrovia em duas alturas.
3.2.3 Vantagens e Desvantagens do Transporte Ferroviário 
As principais vantagens do transporte ferroviário são:
• Frete baixo comparado com o rodoviário; 
• Baixo consumo de combustível por tonelada/quilômetro; 
• Adequado para o transporte de embarques grandes e homogêneos, notadamente 
granéis, quando a diferença de frete, em relação ao rodoviário supera os custos 
adicionais em estoques e armazenagem. 
As principais desvantagens do transporte ferroviário são: 
• Custo elevado, quando associado a distâncias médias há necessidade de 
realização de transbordo; 
21
• Necessidade de manter maior estoque nas extremidades, embora, devido à 
menor velocidade dessa modalidade de transporte, a mesma, também, possa ser 
utilizada temporariamente como armazém; 
• Baixa flexibilidade; 
• Maior tempo de viagem comparado com o rodoviário; 
• Rota ou via fixa. O serviço é oferecido apenas entre os terminais ou despachantes 
ao longo de suas linhas; 
• Frequentemente, a distância entre origem e destino é maior se comparada com 
o rodoviário, devido à restrição quanto a graus de aclive e raios de curvas. 
3.2.4 Regulamentação 
Os principais órgãos regulamentadores deste modal são: 
• Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MT)
• Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT)
• Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
3.3 O Transporte Aquaviário: Fluvial 
A navegação fluvial é a navegação praticada em rios, chamada de navegação interior. 
Os principais portos brasileiros não são servidos por hidrovia. O sistema de transporte 
fluvial utilizado em conexão com o comércio exterior tem sua abrangência limitada 
pelo próprio sistema hidroviário interior, hoje em dia, praticamente limitado à hidrovia 
Tietê-Paraná. A utilização dos rios exige, portanto, que o usuário esteja localizado 
em suas margens ou utilize outra modalidade de transporte combinadamente até a 
hidrovia. 
22
Pode transportar qualquer carga e com navios de todos os tipos e tamanhos, desde 
que a via navegável os comporte. 
O grande volume de mercadorias transportadas por este modal é de produtos agrícolas, 
fertilizantes, minérios, derivados de petróleo e álcool. Na Bacia Amazônica, porém, 
o transporte de mercadoria manufaturada é bastante difundido e, juntamente com 
madeiras da região, é feita na forma internacional, ligando diversos portos brasileiros 
com o Peru e a Colômbia. 
3.3.1 Fatores Intervenientes 
Dentre os diversos fatores que influenciam a navegação fluvial, destacam-se os 
seguintes: 
• Relevo: Enquanto os rios de planície são ótimos para a navegação, os de planalto 
costumam apresentar cachoeiras. Entretanto, com a evolução da engenharia, 
esse entrave já é superável com a construção de comportas (como eclusas). 
• Clima: Nas áreas muito frias, os rios são utilizados para navegação somente 
na primavera e no verão; no outono e inverno, devido ao congelamento, a 
navegação fica paralisada. Nas áreas com seca prolongada, a navegação também 
é prejudicada por causa da grande variação do nível das águas. Nesse caso, a 
solução para uma navegação permanente está na construção de represas ou 
barragens para regularizar o nível das águas. 
23
3.3.2 Tipos de Embarcações 
Neste tipo de modal, as embarcações utilizadas são as balsas, chatas, além de navios 
de todos os portes, pequenos, médios e grandes. 
As balsas são embarcações tracionadas por rebocadores, destinadas ao transporte de 
veículos e pessoas. 
As chatas são embarcações largas com fundo plano e pouco fundas, destinadas ao 
transporte de granéis, combustíveis, manufaturas, etc. 
3.3.3 Vantagens e Desvantagens 
As principais vantagens do transporte fluvial são: 
• Elevada capacidade de transporte, particularmente com o emprego de comboios; 
• Frete inferior às modalidades rodoviária e ferroviária; 
• Custos variáveis baixos. 
As principais desvantagens são: 
• Baixa velocidade; 
• Disponibilidade limitada; 
• Utilização geralmente associada à combinação com outra modalidade, o que 
requer instalações e equipamentos para transbordo; 
• Capacidade de transporte variável ao longo do ano, em função do nível de água 
dos rios; 
• Rotas ou vias fixas, limitadas às hidrovias. 
24
Tendo em vista o desnível observado em alguns trechos dos rios, podem ser necessários 
investimentos elevados para tornar as hidrovias navegáveis ao longo de percursos 
maiores. Vamos relembrar quais são as principais hidrovias brasileiras?
3.3.4 Principais Hidrovias 
• Hidrovia Tietê-Paraná 
• Hidrovia do Madeira 
• Hidrovia do São Francisco 
• Hidrovia Tocantins-Araguaia 
• Hidrovia Paraguai-Paraná 
3.3.5 Regulamentação 
Os principais órgãos regulamentadores deste modal são: 
• Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MT)
• Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
• Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ)
• Secretaria Nacional de Portos (SEP)
25
3.4 O Transporte Aquaviário: Marítimo 
O transporte marítimo é aquele realizado por navios em oceanos e mares. 
Pode ser utilizado para todos os tipos de carga e para qualquer porto do globo, sendo 
o único meio de transporte que possibilita a remessa de milhares de toneladas ou de 
metros cúbicos de qualquer produto de uma só vez. 
O transporte marítimo depende principalmente de fatores como disponibilidade, 
qualidade e embarcações, bem como de instalações e eficiência portuárias. Poucos são 
os portos marítimos em condições de receber navios de 300 mil toneladas ou mais.
No Brasil, um dos principais problemas que afetam o transporte marítimo é a ineficiência 
portuária, responsável pelos grandes congestionamentos e pela deterioração de 
muitos produtos, acarretando enormes prejuízos. Os navios permanecem cerca de 
70% do tempo útil parados, seja por problemas portuários, seja por reparos técnicos. 
3.4.1 Tipos de Embarcações 
Os navios são construídos conforme a natureza da carga a ser transportada (embalada 
e unitizada, embalada fracionada, granel sólido, granel líquido, etc.), ou até em relação 
à unidade de carga a ser utilizada, com o objetivo de atender suas necessidades 
específicas. 
Os principais tipos são: 
• General Cargo Ship, Cargueiro ou Convencional: para o transportede carga 
geral, com os porões divididos de forma a atender diferentes tipos de carga. 
• Bulk Carrier ou Graneleiro: visando ao transporte de granéis sólidos (geralmente 
tem baixo custo operacional). 
• Tanque: destina-se ao transporte de graneis líquidos. 
26
• Roll-on/Roll-off: apropriado para o transporte de veículos, que são embarcados 
e desembarcados, através de rampas, com os seus próprios movimentos. Pode 
propiciar a conjugação com o transporte terrestre, ao carregar a própria carreta 
ou o contêiner sobre rodas (boogies). 
• Full Container Ship ou Porta-Contêiner: exclusivo para o transporte de 
contêineres, que são alocados através de encaixes perfeitos. A utilização intensa 
de guindastes reduz sensivelmente a necessidade de mão de obra. 
• Lash ou porta-barcaças: projetado para operar em portos congestionados, 
transporta, em seu interior, barcaças com capacidade de aproximadamente 400t 
ou 600 m³, cada uma, as quais são embarcadas e desembarcadas na periferia do 
porto. 
• Sea-bea: mais moderno tipo de navio mercante, pois pode acomodar barcaças e 
converter-se em graneleiro ou porta-contêiner. 
3.4.2 Vantagens e Desvantagens 
A principal vantagem do transporte marítimo é que ele é competitivo para produtos 
com baixo custo por tonelada (químicos industriais, ferro, cimento, petróleo, minerais). 
Já as principais desvantagens são: 
• Não apresenta flexibilidade de rotas e terminais, dependendo de soluções 
intermodais; 
• Baixa velocidade; 
• Limitado a mercados com orla marítima navegável; 
• Muito pouco flexível. 
27
3.4.3 Principais Portos 
Os principais portos de movimentação de cargas no Brasil estão nesta tabela, onde 
vemos que o porto de Santos, no estado de São Paulo, apresenta 34,8% da participação 
no Comércio Exterior. 
Tabela: 10 melhores portos do Brasil
Fonte: IPEA (2009)
3.4.4 Regulamentação 
Os principais órgãos regulamentadores deste modal são: 
• Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MT)
• Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
• Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ)
• Secretaria Nacional de Portos (SEP)
Porto Porte
Participação 
no Comércio 
Exterior (%)
N° de 
Setores de 
Atividades
Nacional, 
Regional 
ou Local
Valor 
Agregado 
Médio
1° Santos (SP) Grande Porte 34,8 14 Nacional 20
2° Paranaguá (PR) Grande Porte 8,8 13 Regional 15
3° Rio de Janeiro (RJ) Grande Porte 6,5 13 Regional 20
4° Itajaí (SC) Grande Porte 4,2 11 Regional 20
5° Vitória (ES) Grande Porte 9,1 12 Regional 10
6° Rio Grande (RS) Grande Porte 7,1 13 Regional 15
7° São Francisco do Sul (SC) Grande Porte 2,9 8 Local 15
8° Salvador (BA) Médio Porte 2,3 12 Local 20
9° Manaus (AM) Grande Porte 2,6 9 Regional 20
10° Aratu (BA) Grande Porte 3,0 3 Local 15
28
3.5 O Transporte Aéreo 
É o transporte realizado por empresas de navegação aérea, através de aeronaves de 
vários tipos e tamanhos, nacional e internacionalmente. 
Pode ser utilizado praticamente para todas as cargas, embora com limitações em 
relação ao marítimo, quanto à quantidade e especificação. 
Através da navegação aérea, pode-se atingir qualquer ponto do planeta, sendo esta 
opção interessante para cargas de alto valor ou de alta perecibilidade, ou amostras, 
que necessitem chegar rapidamente ao seu destino. 
O transporte aéreo internacional é baseado nas normas da ICAO (em inglês, United 
Nations Specialized Agency) e em acordos e convenções internacionais. 
As reservas para transporte de cargas podem ser feitas para um espaço na aeronave, 
para o espaço total ou ainda afretamento de aviões cargueiros. As reservas são 
realizadas pelos expedidores diretamente com a companhia aérea. 
3.5.1 Tipos de Aeronaves 
Os principais tipos de aeronaves são: 
• All Cargo ou Full Cargo: aeronaves para transporte exclusivo de cargas. 
• Combi: aeronaves utilizadas tanto para cargas como para passageiros, nas 
quais as cargas são transportadas tanto no lower deck quanto no upper deck, 
localizado no fundo da aeronave.
• Full Pax: nestas aeronaves, o deck inferior é utilizado para transportar 
mercadorias, ficando o deck superior destinado apenas a passageiros. 
29
3.5.2 Vantagens e Desvantagens 
As principais vantagens do transporte aéreo são: 
• Boa confiabilidade e frequência entre as principais cidades; 
• Apropriado para o transporte de mercadorias de pouco peso/volume e alto valor; 
• Usado particularmente com muita eficácia para transporte de amostras; 
• Ideal para o transporte de mercadorias com prioridade de entrega (urgência); 
• Os aeroportos normalmente são localizados mais próximos de centros de 
produção, espalhados por praticamente todas as grandes cidades do mundo; 
• Os fretes internos para colocação das mercadorias nos aeroportos são menores, 
e o tempo mais curto, em virtude da localização dos mesmos; 
• Possibilidade de redução de estoques em trânsito, através de embarque contínuo, 
praticamente diário; 
• Rapidez na utilização de materiais perecíveis; 
• Redução dos custos de embalagens, não necessitando ser robustas; 
• Segurança no transporte de pequenos volumes. 
As principais desvantagens são: 
• Custos elevados; 
• Pouco flexível (trabalha terminal a terminal e não ponto a ponto, como o modo 
rodoviário).
30
3.5.3 Regulamentação 
Os principais órgãos regulamentadores deste modal são: 
• Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MT)
• Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO)
• Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
• Força Aérea Brasileira (FAB)
• ICAO (em inglês, United Nations Specialized Agency)
3.6 O Transporte Dutoviário 
O transporte dutoviário é aquele que utiliza a força da gravidade ou pressão mecânica, 
através de dutos para o transporte de granéis. É uma alternativa de transporte não 
poluente, não sujeita a congestionamentos e relativamente barata. 
A importância deste modal está relacionada principalmente com o transporte de 
produtos que são matéria-prima ou fonte de energia para outros processos, como 
óleo cru, petróleo, gás natural, etc. Produtos químicos e petroquímicos, além da água e 
esgoto domésticos e industriais são outros produtos que se utilizam largamente deste 
modal. 
3.6.1 Tipos de Dutos 
No Brasil, os principais dutos existentes são: 
• Gasodutos: destina-se ao transporte de gases, e destaca-se a recente construção 
do gasoduto Brasil-Bolívia, com quase 3.150 Km de extensão, para o transporte 
de gás natural.
31
• Minerodutos: aproveita a força da gravidade para transportar minérios entre as 
regiões produtoras e as siderúrgicas e ou portos. Os minérios são impulsionados 
por um forte jato de água. 
• Oleodutos: utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petróleos 
brutos e derivados aos terminais portuários ou centros de distribuição. 
3.6.2 Vantagens e Desvantagens 
As principais vantagens do transporte por duto são: 
• Transporte não poluente; 
• Não está sujeito a congestionamentos; 
• Transporte de produtos 24 horas por dia. 
As principais desvantagens do transporte por duto são: 
• Limitado a transportar produtos que são matéria-prima ou fonte de energia; 
• Altos investimentos necessários para a instalação. 
3.6.3 Regulamentação 
Os principais órgãos regulamentadores deste modal são: 
• Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MT)
• Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT)
• Agência Nacional de Petróleo (ANP)
32
3.7 Panorama Atual dos Transportes de Carga no Brasil
Confira a matriz de transportes de cargas no Brasil. 
Matriz do transpote de cargas no Brasil - 2014
Analisando o quadro atual do transporte de cargas brasileiro, pode-se verificar,conforme a tabela, que o modal rodoviário é o que apresenta maior participação em 
volume de cargas transportadas (61,1%), seguido pelo modal ferroviário (20,7%) e, em 
seguida, pelo aquaviário (13,6%). Os modais dutoviário e aéreo ainda são insipientes 
no Brasil.
Glossário
Lower deck: do inglês, plataforma inferior
Upper deck: do inglês, plataforma superior
Modal Milhões (TKU*) Participação (%)
Rodoviário 485.625 61,1
Ferroviário 164.809 20,7
Aquaviário 108.000 13,6
Dutoviário 33.300 4,2
Aéreo 3.169 0,4
Total 794.903 100
33
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O transporte aeroviário é 
aquele realizado por navios em oceanos e mares. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Para viagens de curta e média 
distâncias, o modal rodoviário é o mais utilizado no comércio 
de mercadorias, sendo peça fundamental, permitindo que a 
multimodalidade e a intermodalidade possam ser 
realizadas. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
34
Referências
ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre. ANTT. Portal da internet, 2017. 
Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso em: 2 maio de 2017. 
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: 
Saraiva, 2003. 
BRASIL. Decreto n. 3.411, de 12 de abril de 2000. Regulamenta a Lei n. 9.611, de 19 
de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas, altera os 
Decretos n. 9I.030, de 5 de março de 1985, e 1.910, de 21 de maio de 1996, e dá outras 
providências. Brasília, 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/d3411.htm>. Acesso em: 2 maio 2017. 
_______. Lei n. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o Transporte 
Multimodal de Cargas e dá outras providências. Brasília, 1998. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9611.htm>. Acesso em: 2 maio 2017. 
_______. Lei n. 6.288, de 11 de dezembro de 1975. Dispõe sobre a utilização, 
movimentação e transporte, inclusive intermodal, de mercadorias em unidades de 
carga, e dá outras providências. Brasília, 1975. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6288.htm>. Acesso em: 2 maio 2017. 
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura 
e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. 
GOEBEL, D. Logística: otimização do transporte e estoques na empresa. Estudos em 
Comércio Exterior, v. 1, n. 1, Rio de Janeiro, 1996. 
GUIA DO TRC. Guia do TRC. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http://www.
guiadotrc.com.br>. Acesso em: 2 maio 2017. 
GUIA GEO. Guia geográfico: mapas do Brasil e do mundo. Portal da internet, 2017. 
Disponível em: <http://www.guiageo.com/>. Acesso em: 2 maio 2017. 
LAMBERT, D.; VANTINE, J. G. Administração estratégia da logística. São Paulo: 
Vantine Consultoria, 1998. 
MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. MDIC. Portal da 
internet, 2017. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/>. Acesso em: 2 maio 2017. 
35
NAZÁRIO, P. Intermodalidade: importância para a logística e estágio atual no 
Brasil. Portal da internet, 2000. Disponível em: <http://www.ilos.com.br/web/
intermodalidade-importancia-para-a-logistica-e-estagio-atual-no-brasil/>. Acesso em: 
2 maio 2017.
PASSARI, A. F. L. O setor de transportes no Brasil: um estudo comparativo. In: IV 
SemeAd – Seminários de Administração da FEA/USP, 1999. São Paulo. Anais do IV 
SemeAd – Seminário de Administração da FEA/USP, 1999.
POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma 
abordagem logística. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
QUATRO RODAS. Quatro rodas. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http://
quatrorodas.abril.com.br/>. Acesso em: 2 maio 2017.
SILVA, C. F.; SANTOS, C. O.; REIS, E. M. Transporte internacional de cargas do momento 
de planejar ao consumidor final. Campinas: Faculdades Integradas da IPEP, 2001. 
VALENCIA, C. M. N.; BRUNHEROTO, M. H. Transporte internacional de cargas: do 
momento do planejamento ao consumidor final. Campinas: Faculdades Integradas da 
IPEP, 2001. 
36
UNIDADE 2 | TIPOS E 
PREPARAÇÃO DE CARGAS
37
Unidade 2 | Tipos e Preparação de Cargas
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à Unidade 2 do nosso curso. Agora, vamos falar um 
pouco sobre cargas. Citaremos os tipos, as classificações e os processos de preparação de 
cada um delas. 
1 Tipos de Cargas 
Na classificação do tipo de carga, deve-se ficar atento às características da carga 
observando aspectos como: 
• Perecibilidade: propriedade que certos produtos têm de se deteriorarem com 
o tempo; é o inverso do prazo de validade dos produtos em dias. Os produtos 
do setor de alimentos são, em média, os mais perecíveis, sendo seguidos pelos 
produtos do setor farmacêutico. Já nos setores eletroeletrônico, automobilístico 
e de tecnologia e computação, a perecibilidade é zero, uma vez que o prazo de 
validade para produtos desses setores é indeterminado. 
• Fragilidade: propriedade que certos produtos têm de se quebrarem com 
facilidade. Dentre os produtos frágeis estão os eletroeletrônicos, vidros, 
produtos cerâmicos etc. 
• Periculosidade: propriedade que certos produtos têm de agredir a estrutura 
física de certos objetos ou seres vivos. Exemplo: explosivos, líquidos inflamáveis 
e substâncias corrosivas. 
• Dimensões: são as medidas do comprimento, altura e largura do produto ou da 
carga. 
• Pesos considerados especiais: consistem em produtos cujos pesos não são 
comuns em relação aos produtos transportados frequentemente. Exemplo: 
turbinas de hidrelétricas. 
38
2 Classificações da Carga
Logo, observando estes aspectos, a carga pode ser classificada basicamente em:
2.1 Carga Geral
Carga embarcada, com marca de identificação e contagem de unidades, podendo ser 
soltas ou unitizadas: 
2.1.1 Soltas (Não Unitizadas) 
Itens avulsos, embarcados separadamente 
em embrulhos, fardos, pacotes, sacas, 
caixas, tambores, etc. Mas cuidado! Este 
tipo de carga gera pouca economia de 
escala para o veículo transportador, 
pois há significativa perda de tempo 
na manipulação, carregamento e 
descarregamento provocado pela grande 
quantidade de volumes a manusear. 
2.1.2 Unitizadas
Agrupamento de vários itens em unidades de transporte. Esse tipo de carga facilita o 
uso de pallets.
39
2.2 Carga a Granel
Carga líquida ou seca (sólida) embarcada e transportada sem acondicionamento, sem 
marca de identificação e sem contagem de unidades. São exemplos desse tipo de 
carga: petróleo, minérios, trigo, farelos, grãos, etc. 
2.3 Carga Frigorificada
Esse tipo de carga necessita ser refrigerada ou congelada para conservar as qualidades 
essenciais do produto durante seu transporte e sua armazenagem. São exemplos desse 
tipo de carga: frutas frescas, pescados, carnes, etc.
2.4 Neo-Granel
Carregamento formado por conglomerados homogêneos de mercadorias, de carga 
geral, sem acondicionamento específico, cujo volume ou quantidade possibilita o 
transporte em lotes, em um único embarque. Como exemplo, temos o transporte de 
veículos automotores. 
2.5 Carga Perigosa
É aquela carga que é composta por produtos classificados como “perigosos” que, por 
causa de sua natureza, pode provocar acidentes, danificar outras cargas ou os meios 
de transporte ou, ainda, gerar riscos para as pessoas. É dividida pelo Organização 
Marítima Consultiva Internacional (IMCO), segundo as seguintes classes: 
40
2.5.1 Explosivos
Material que pode sofrer o processo de explosão, liberando grandes quantidades de 
gases, calor e pressão. Como exemplo, tem-se a pólvora, o tricloreto de nitrogênio, o 
nitrato de amônio e o cloreto de alumínio. 
2.5.2 Gases 
• Comprimidos: são gases permanentesque não podem ser liquefeitos em 
temperatura ambiente. 
• Liquefeitos: são gases que podem se tornar líquidos sob pressão em temperatura 
ambiente. 
• Dissolvidos sob pressão: são gases que podem ser dissolvidos sob pressão em 
solvente. Como exemplo desses tipos de gases, citam-se: hidrogênio, propano, 
butano, metano, cloro, flúor, nitrogênio e néon. 
2.5.3 Líquidos Inflamáveis
São líquidos, misturas de líquidos ou líquidos contendo sólidos em solução ou suspensão 
(ex.: tintas e vernizes) que desprendem vapores inflamáveis. Como exemplo, tem-se 
acetona, benzina, solventes, gasolina e álcool. 
41
2.5.4 Sólidos Inflamáveis
Materiais sólidos que podem produzir fogo por fricção, absorção de água, alterações 
químicas espontâneas, ou calor retido resultante da fabricação ou processamento, ou 
que podem ser prontamente inflamados e queimar vigorosamente. Como exemplo, 
tem-se carbureto de cálcio, produtos de nitrato de celulose, magnésio, fósforo, 
potássio, sódio, hidrato de sódio e pó de zinco. 
2.5.5 Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos
Substâncias que, sozinhas, não são necessariamente combustíveis e podem, em contato 
com o oxigênio, causar ou contribuir para a combustão de outros materiais. Como 
exemplo, tem-se bromatos, cloretos, nitrato, percloratos, permanganatos e peróxidos. 
2.5.6 Tóxicos (Venenosos) e Substâncias Infecciosas
Substâncias que podem causar morte ou ferimentos se engolidas ou inaladas, ou 
por contato de pele; ou ainda substâncias contendo micro-organismos vivos ou suas 
toxinas que causam, ou são suspeitas de causar, doenças em animais ou no homem. 
Como exemplo, tem-se arsênio, berílio, cianureto, mercúrio, flúor, soro, vacinas e 
material patogênico. 
2.5.7 Substâncias Radioativas
Substâncias que emitem radiação. Como exemplo, tem-se o Urânio 235 e lixo radioativo 
(urânio ou minério de tório). 
42
2.5.8 Corrosivos
Substâncias que, por ação química, causam danos quando em contato com tecido vivo 
ou, quando derramadas, causam danos ao veículo de transporte ou a outras cargas. 
Como exemplo, tem-se o cloreto de alumínio, soda cáustica, ácido nítrico, ácido 
sulfúrico e ácido hidroclorídrico.
2.5.9 Variedades de Substâncias Perigosas
São as substâncias e materiais perigosos que não se enquadram nas demais classes. 
Nessa classe incluem-se também os produtos classificados como “poluentes do mar”, 
que representam risco à vida no meio aquático, caso ocorra derramamento. Como 
exemplo, tem-se o amianto e gelo seco.
3 Preparação da Carga 
3.1 A Embalagem 
Na preparação para o transporte, os produtos devem ser acondicionados em 
embalagens, que devem atender às condições de uso, atuar na promoção e proteção 
dos produtos envolvidos, além de servir como instrumentos para o aumento da 
eficiência na distribuição.
 e
A embalagem está para o produto assim como a vestimenta está 
para o ser humano.
43
A logística de distribuição de mercadorias envolve uma correta relação da embalagem 
com o modal a ser utilizado. O grau de exposição a danos físicos, o meio onde será 
armazenado e a frequência de manuseio devem ser considerados na decisão do tipo de 
embalagem a ser empregada.
3.1.1 Tipos de Embalagem 
Os tipos mais usuais de embalagens são: 
• Caixa de papelão ondulado: normalmente diminui o frete e é mais barata. 
Porém, apresenta dificuldades em suportar o transbordo e o redespacho, além 
de facilitar o roubo. 
• Tambores: Têm insuperável resistência para o transporte e armazenagem, 
facilitam o manuseio e são muito usados no transporte de óleo combustível e 
lubrificante. Sua grande desvantagem é seu elevado custo. 
44
• Fardos: A grande motivação para embalar um produto em “fardo”, é o excessivo 
volume que algumas mercadorias apresentam (caso do algodão, alfafa, borracha 
sintética e bagaço de cana); pois o frete marítimo, por exemplo, é cobrado pela 
cubagem do produto. 
Características de resistência, tamanho e configuração dos envoltórios determinam os 
equipamentos necessários para a movimentação, empilhamento máximo e estabilidade 
das mercadorias no armazenamento e manuseio. 
3.1.2 Fechamento em Embalagens
Os principais tipos de fechamento em embalagens são: 
• Por costura: usada em embalagens de papelão e de papel 
• Grampos metálicos: usada em embalagens de madeira, fibra, papelão e papel 
• Fita adesiva: usada em papelão e fibra
• Fita metálica: usada em madeira e papelão 
45
3.2 A Carga Unitizada 
O aprimoramento no embarque de cargas teve um grande impulso com a utilização em 
larga escala do conceito de carga unitizada. 
A unitização consiste no agrupamento de um ou mais itens de carga geral que serão 
transportados como uma unidade única e indivisível. Tem a finalidade de facilitar o 
manuseio, movimentação, armazenagem e transporte da mercadoria. 
3.2.1 Vantagens 
As principais vantagens da unitização são: 
• Diminuição das avarias e roubos de mercadorias
• Incentivo da aplicação do sistema porta a porta
• Melhoria no tempo de operação de embarque e desembarque
• Padronização internacional dos recipientes de unitização
• Redução do número de volumes a manipular
• Redução dos custos de embarque e desembarque
• Redução de custo com embalagens, já que ele dispensa o uso de embalagens
46
3.2.2 Formas de se Unitizar um Produto
As formas mais comuns de unitização são: 
• Pré-lingado: rede especial, ou cinta, adequada para permitir o içamento de 
mercadorias ensacadas, empacotadas ou acondicionadas em outras formas.
• Pallet: é uma unidade 
semelhante a um estrado 
plano, construído em madeira, 
alumínio, aço ou outro 
material resistente, de modo 
a permitir a movimentação 
por meio de empilhadeiras, 
bem como a um perfeito 
empilhamento nos veículos e 
nos locais de armazenagem. 
Sua principal vantagem é a 
otimização do espaço vertical 
e, se combinado com outros sistemas eficientes de armazenagem, proporciona 
facilidade e maior segurança à entrada e saída de materiais no estoque.
• Contêiner: é um recipiente, construído em aço, alumínio ou fibra, criado para o 
transporte unitizado de mercadorias e suficientemente forte para resistir ao uso 
repetitivo.
Os contêineres possuem identificações com informações pertinentes à carga estocada, 
proprietário dentre outras. As características de resistência e identificação visam dar 
ao contêiner vantagens sobre os demais equipamentos para unitização, tais como 
segurança, inviolabilidade, rapidez e redução de custos nos transportes. 
47
Com a introdução dos contêineres a partir da década de 1980, a operação nos terminais 
ganhou maior agilidade, já que se tornou mecanizada e repetitiva, diminuindo 
sobremaneira a utilização de mão de obra. Geralmente no transporte marítimo, 
os contêineres mais utilizados medem 40’ ou 20’ pés. Esse último serve de padrão 
para definição de tamanho de navio porta-contêiner e como referência para medir o 
desempenho de movimentação dos portos. 
Estufar ou ovar é o ato de encher o contêiner com mercadorias, podendo ser estas a 
granel, embaladas ou paletizadas. 
Já o termo “desovar o contêiner” é o ato de retirar mercadorias do mesmo. 
Veja alguns símbolos utilizados internacionalmente para identificar mercadorias que 
apresentam características especiais:
Glossário
Içamento: Ato ou efeito de içar; fazer subir.
X
Frágil
Sensível ao Calor
Sensível à umidade
Não pode ser tombada
Não admite uso de guincho
48
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Na classificação do tipo de 
carga, deve-se ficar atento às características da carga 
observando aspectos como: Perecibilidade, Fragilidade, 
Periculosidade, Dimensões e Pesos considerados especiais. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgueverdadeiro ou falso. Armazenamento é o processo 
que envolve a administração dos espaços necessários para 
manter os materiais e os produtos estocados. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
49
Referências
ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre. ANTT. Portal da internet, 2017. 
Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso em: 2 maio de 2017. 
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: 
Saraiva, 2003. 
BRASIL. Decreto n. 3.411, de 12 de abril de 2000. Regulamenta a Lei n. 9.611, de 19 
de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas, altera os 
Decretos n. 9I.030, de 5 de março de 1985, e 1.910, de 21 de maio de 1996, e dá outras 
providências. Brasília, 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
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_______. Lei n. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o Transporte 
Multimodal de Cargas e dá outras providências. Brasília, 1998. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9611.htm>. Acesso em: 2 maio 2017. 
_______. Lei n. 6.288, de 11 de dezembro de 1975. Dispõe sobre a utilização, 
movimentação e transporte, inclusive intermodal, de mercadorias em unidades de 
carga, e dá outras providências. Brasília, 1975. Disponível em: <http://www.planalto.
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CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura 
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50
NAZÁRIO, P. Intermodalidade: importância para a logística e estágio atual no 
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PASSARI, A. F. L. O setor de transportes no Brasil: um estudo comparativo. In: IV 
SemeAd – Seminários de Administração da FEA/USP, 1999. São Paulo. Anais do IV 
SemeAd – Seminário de Administração da FEA/USP, 1999.
POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma 
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VALENCIA, C. M. N.; BRUNHEROTO, M. H. Transporte internacional de cargas: do 
momento do planejamento ao consumidor final. Campinas: Faculdades Integradas da 
IPEP, 2001. 
51
UNIDADE 3 | TRANSPORTE 
MULTIMODAL
52
Unidade 3 | Transporte Multimodal
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à terceira Unidade do nosso curso! Definiremos o 
Transporte Multimodal de Cargas e citaremos suas principais vantagens e desvantagens. 
Além disso, você vai descobrir quais são os documentos necessários para o transporte de 
cargas e para produtos perigosos. 
1 Definição e Operação 
A Lei n° 9.611 de 19/02/98 dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas (TMC), e 
em seu artigo 2°, define o TMC como sendo “aquele que, regido por um único contrato, 
utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é 
executado sob a responsabilidade de um Operador de Transporte Multimodal (OTM)”. 
Além do transporte propriamente dito, esse tipo de operação inclui os serviços de 
coleta, unitização, desunitização, movimentação, armazenagem e entrega de carga ao 
destinatário. 
1.1 Operador de Transporte Multimodal (OTM) 
Essa mesma lei, em seu Artigo 5°, ainda define o Operador de Transporte Multimodal 
(OTM) como sendo “pessoa jurídica contratada como principal para a realização do 
Transporte Multimodal de Cargas da origem até o destino, por meios próprios ou por 
intermédio de terceiros”. 
53
1.2 Responsabilidade 
O OTM não precisa ser necessariamente um transportador, mas assume perante o 
contratante a responsabilidade pela execução do contrato de transporte multimodal, 
pelos prejuízos resultantes de perda, por danos ou avarias às cargas sob sua custódia, 
assim como por aqueles decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo 
acordado.
A Lei n° 9.611 também determina a emissão do documento de transporte multimodal 
de cargas, o qual evidencia o contrato e rege toda a operação. Nele, são mencionados 
os locais de recebimento e entrega da mercadoria, sob responsabilidade total do OTM. 
1.4 Habilitação 
O exercício da atividade do OTM depende de prévia habilitação e registro na Agência 
Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Caso o OTM deseje atuar em âmbito 
internacional, deverá também se licenciar na Secretaria da Receita Federal. Essas 
habilitações serão concedidas por um prazo de 10 anos. 
O Decreto Lei n° 3.411, de 12/04/00, e Decreto 5.276/04 que regulamenta a Lei n° 
9.611, define os requisitos necessários para a obtenção das habilitações. 
2 Vantagens do Transporte Multimodal 
Algumas das vantagens da utilização do transporte multimodal: 
• Contratos de compra e venda mais adequados; 
• Melhor utilização da capacidade disponível da nossa matriz de transporte; 
• Utilização de combinações de modais mais eficientes energeticamente; 
54
• Melhor utilização das tecnologias de informação; 
• Ganhos de escala e negociações do transporte; 
• Melhor utilização da infraestrutura para as atividades de apoio, tais como 
armazenagem e manuseio; 
• Aproveitamento da experiência internacional tanto do transporte como dos 
procedimentos burocráticos e comerciais; 
• Redução dos custos indiretos. 
3 Intermodalidade X Multimodalidade 
A multimodalidade e a intermodalidade são operações que se realizam pela utilização 
de mais de um modal de transporte. Isto quer dizer exatamente: “transportar uma 
mercadoria do seu ponto de origem até a entrega no destino final por modalidades 
diferentes”. 
A intermodalidade foi definida pelo artigo 8° da Lei n° 6.288 de 11/12/75 apenas 
como sendo “o transporte de cargas onde são utilizados 2 ou mais modalidades numa 
mesma operação utilizando vários documentos, sendo um para cada modal utilizado”. 
Mas esta lei foi revogada pela Lei n° 9611, que dispõe sobre o transporte multimodal 
e que caracteriza a intermodalidade “pela emissão individual de documento de 
transporte para cada modal, bem como pela divisão de responsabilidade entre os 
transportadores”. Aí está a grande diferença, pois na multimodalidade, ao contrário, 
existe a emissão de apenas um documento de transporte, cobrindo o trajeto total da 
carga, do seu ponto de origem até o ponto de destino. Esse documento é emitido pelo 
OTM, que também toma para si a responsabilidade total pela carga sob sua custódia. 
55
4 Composição de Cadeias Multimodais 
No transporte de cargas realizado por meio da multimodalidade pode-se fazer a 
composição de diferentes cadeias multimodais, já que essas cadeias se caracterizam 
pela utilização de duas ou mais modalidades. 
Existem dez combinações de cadeiasmultimodais com a utilização combinada de duas 
modalidades, conforme mostrado a seguir: 
• Ferroviário – Rodoviário 
• Ferroviário – Hidroviário 
• Ferroviário – Aéreo 
• Ferroviário – Dutoviário 
• Rodoviário – Aéreo 
• Rodoviário – Hidroviário 
• Rodoviário – Dutoviário 
• Hidroviário – Aéreo 
• Hidroviário – Dutoviário 
• Aéreo – Dutoviário 
Porém, utilizando mais de duas modalidades há a possibilidade de montagem de 
diversas combinações de cadeias multimodais. Por exemplo: 
• Ferroviário – Rodoviário – Hidroviário 
• Ferroviário – Dutoviário – Aéreo 
• Rodoviário – Hidroviário – Aéreo – Dutoviário 
• Dutoviário – Ferroviário – Rodoviário – Aéreo – Hidroviário 
56
5 Documentos 
5.1 Conhecimentos de Embarque 
O conhecimento de embarque, como é chamado o documento fiscal de transporte 
de cargas, é o documento emitido pela companhia transportadora que atesta o 
recebimento da carga, as condições de transporte e a obrigação de entrega das 
mercadorias ao destinatário legal, no ponto de destino pré-estabelecido, conferindo a 
posse das mercadorias. 
5.1.1 Composição 
Geralmente, o conhecimento é composto por três vias: uma pertence ao transportador, 
outra ao embarcador e a última segue com a carga. E, portanto, é ao mesmo tempo: 
• Um recibo de mercadorias; 
• Um contrato de entrega; 
• Um documento de propriedade.
Vamos conhecer agora o conhecimento utilizado para o transporte multimodal:
Conhecimento de Embarque Multimodal ou Conhecimento de 
Transporte Multimodal de Cargas (CTMC) é o documento fiscal 
de uso exclusivo do OTM (Operador de Transporte Multimodal) 
utilizado na execução do serviço de transporte intermunicipal, 
interestadual e internacional. Evidencia o contrato de transporte 
multimodal e rege toda a operação de transporte desde o 
recebimento da carga até a sua entrega no destino, podendo 
ser negociável ou não negociável, a critério do expedidor. 
57
Na prestação de serviço para destinatário localizado na mesma unidade federada de 
início do serviço, o Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC) será 
emitido, no mínimo, em quatro vias, que terão a seguinte destinação: a 1ª via será 
entregue ao tomador do serviço; a 2ª via ficará fixa ao bloco para exibição ao fisco; a 
3ª via terá o destino previsto na legislação da unidade federada de início do serviço; e 
a 4ª via acompanhará o transporte até o destino, podendo servir de comprovante de 
entrega. 
Na prestação de serviço para destinatário localizado em unidade federada diversa a 
do início do serviço, o Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC) será 
emitido com uma via adicional (5ª via), que acompanhará o transporte para fins de 
controle do fisco do destino. 
Quando o serviço for prestado para zona franca de Manaus, área de benefício fiscal, 
havendo necessidade de utilização de via adicional do Conhecimento de Transporte 
Multimodal de Cargas (CTMC), esta poderá ser substituída por cópia reprográfica da 1ª 
via do documento. 
Nas prestações internacionais poderão ser exigidas tantas vias do Conhecimento de 
Transporte Multimodal Cargas, quantas forem necessárias para o controle dos demais 
órgãos fiscalizadores. 
Ainda poderá ser acrescentada via adicional, a partir da 4ª ou 5ª via, conforme o caso, a 
ser entregue ao tomador do serviço no momento do embarque da mercadoria, a qual 
poderá ser substituída por cópia reprográfica da 4ª via do documento. 
A figura a seguir apresenta um modelo do CTMC. 
Identificação dos modais e dos transportadores
Mercadoria transportada
Composição do frete em R$
Identificação do veículo transportador Informações complementares
Observações Termo de concordância do expedido
Recebimento pelo OTM
_____________________________________
____________________________. ___/___/____
Assinatura do OTM
Nome, endereço e inscrições estaduais e no CNPJ do impressor; n° da AIDF, a data e quantidade de
impressão; o n° de ordem do 1° e do último impresso e a sua série e subsérie.
Recebimento pelo destinatário
_____________________________________
____________________________. ___/___/____
Assinatura do OTM
Gris Pedágio
Total
Prestação
Base de
cálculo Alíquota ICMS
Frete
Peso
Frete
Valor
N° Ordem
Natureza da
carga Quant. Peso (Kg) M
a ou L Nota fiscal N° Valor damercadoria
Espécie ou
acondicionamento
Modal EmpresaLocal de início -Município - UF
Local de término -
Município - UF
58
6 Documentação Exigida para o Transporte Nacional De 
Cargas 
6.1 Transporte Rodoviário Nacional de Cargas 
Para o transporte rodoviário de cargas são exigidos documentos obrigatórios do 
veículo e também do motorista, que são:
• Autorização, Permissão para dirigir ou Carteira de Habilitação, válidos 
exclusivamente no original.
• Certificado de Registro e Licenciamento Anual - CRVL, no original ou cópia 
autenticada pela repartição de trânsito que o expediu.
• Comprovante do pagamento atualizado do imposto sobre Propriedade de 
Veículos Automotores - IPVA, conforme normas estaduais, inclusive do Distrito 
Federal.
• Comprovante de pagamento do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados 
por veículos Automotores de Vias Terrestres - DPVAT, no original, ou cópia 
autenticada.
• Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Cargas.
6.2 Documentos Fiscais Exigidos para o Transporte de 
Produtos Não Perigosos 
Para o transporte de cargas de produtos não perigosos são exigidos os seguintes 
documentos: 
59
• Nota Fiscal de Transporte da Mercadoria: é o documento que comprova a 
existência de um ato comercial (compra e venda de mercadorias ou prestação 
de serviços); tem a necessidade maior de atender às exigências do Fisco quanto 
ao trânsito das mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e 
fornecedores. 
Esta figura apresenta um modelo desse tipo de documento.
XYX
Ind. Com.
1a Via
Destinatário /
Remetente
Data limite
Para emissão
00.00.00
11.00
279,00 279,00
363,03
000.001
50,22 513,36 42,18
41,85
SPSão Paulo
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx 12/02/2009
12/02/2009
Emitente
XYZ Indústria e Comércio
Bairro / Distrito
Nota Fiscal
Saída Entrada
N° 000.001
CEP
CFOP
Razão social
Nome / Razão social
Emitente
Endereço
Quantidade Espécie Marca Número
Município
Peso bruto Peso líquido
N° de controle do formulário
Recebemos de (Razão social do emitente) os produtos contantes da nota fiscal indicada ao lado
Inscrição estadual
CNPJ / CPFPlaca do veículoFrete por conta
Emitente
Destinatário
UF
UF
Endereço
Município Fone / Fax UF
CNPJ
CNPJ / CPF Data de emissão
Data de saída / entrada
Hora de saída
Valor do IPIQuantidadeU.M.CF CST Valor
Unitário
Valor
Total
Cód. Produto
Natureza da operação
B. de cálculo do ICMS
Valor do frete
Valor do ICMS
Valor do seguro
B. de cálculo ICMS SUBSTIT Valor do ICMS substituição
Valor total do ipiOutras despesas
Valor total dos produtos
Valor total da NF
Discrição do Produto
Alíquota
ICMI IPI
CEP
Inscrição estadual
Inscrição estadual
Inscri. Estadual do Substitutivo Tributário
5481
Destinatário / Remetente
Fatura
111 Pneus para motocicleta 01 Unid. 03 93,00 279,00 18% 15% 41,85010
Dados do produto
Cálculo do imposto
Dados adicionais
Dados da AIDF e do impressor
Data do recebimento Identificação e assinatura do recebedor
(1) 4011.40.00
Imposto Retido (cada mercadoria):
B.C. ICMS Retido R$ 171,12
ICMS Retido R$ 14,06
Reservado ao FISCO
Transportador / volumes transportados
Venda de prod. do
estabelecimento
UF: SP
x
60
• Conhecimento de Transporte Rodoviário 
• Autorização de Carregamento e Transporte: será utilizadano transporte de 
carga, a granel, de combustíveis líquidos ou gasosos e de produtos químicos ou 
petroquímicos, quando, no momento da contratação do serviço, não forem 
conhecidos os dados relativos a peso, distância e valor da prestação do serviço; 
sendo que a utilização da autorização de carregamento não dispensa a posterior 
emissão do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas. Ver a figura a 
seguir. 
Autorização de carregamento e transporte
____ Via N° de ordem____ Série___ Subsérie____
Data da emissão: _______, ____/___/_____
Dados do eminente
Nome:
Endereço:
CNPJ: Insc. estadual
Remetente:
Endereço:
CNPJ: Insc. estadual
Remetente:
Endereço:
CNPJ: Insc. estadual
Remetente:
Endereço:
CNPJ: Insc. estadual
Mercadoria transportada
Ordem N°
Dados do veículo Motorista
Carga
________________________________
(assinatura do emitente)
________________________________
(assinatura do destinatário)
Descarga
Quantidade
solicitada
Quantidade
carregada
Valor da nota
fiscalMercadoria Nota fiscal
Local_______________________________________
Data/hora da saída ___/___/_____hs
Quilometragem inicial____________
O conhecimento de transpote rodoviário de carga será emitido após a realização do transporte,
de acordo com convênio.
Foi emitido o CTRC N°_______________ Sério ____________ de ___/___/_____
Nome, endereço, incrição estadual e CNPJ da empresa impressora; n° e data da AIDF, n°s de ordem 1°, última impressão; mês/ano
impressão
Local_______________________________________
Data/hora da saída ___/___/_____hs
Quilometragem inicial____________
61
• Ordem de Coleta de Carga: será utilizada pelo estabelecimento transportador 
que executar serviço de coleta de cargas no endereço do remetente, e destina-se 
a abrigar a prestação de serviço, do endereço do remetente até o do transportador, 
para emissão obrigatória do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, 
no qual será anotado o número da respectiva ordem de coleta. Veja a figura. 
• Manifesto de Carga: é de uso obrigatório somente no transporte rodoviário de 
carga fracionada, sendo utilizado pelos transportadores de cargas que 
executarem serviço de transporte intermunicipal e interestadual. Veja a figura.
Ordem de coleta de carga
Descrição da carga a ser coletada
Espécie do volume ou mercadoria
Nome, endereço e inscrições estadual e no CQC do impressor, o número da AIDF, a data e a quantidade de
impressão, e número de ordem do 1° e do último documento impresso e a sua série e subsérie.
Local Data Ass. do recebedor
N° e data
Documento fiscal
Quantidade ou
volume
N° Série - subsérie Via
Nome do emitente
Endereço
CGC Insc. estadual
Nome da empresa ou pessoa remente
Endereço
CGC;CPF Insc. estadual
Nome do emitente
Endereço
CGC Insc. estadual
Marca___Placa___Local___UF_____
Nome do motorista______________
RG:________UF____CNH__________
Dados do veículo
Conhecimento
N° Série N° Série
Nota fiscal
Valor mercadoria Remente Destinatário
Observações:
_________,___ de_____________de_______
_________________
Assinatura
N° Série
Local_________________________
Data ___/___/_____
Manifesto de carga
62
6.3 Documentos Fiscais Exigidos para o Transporte de 
Produtos Perigosos 
Para o transporte de cargas de produtos perigosos, é exigida a seguinte documentação: 
• Certificado de capacitação do veículo e dos equipamentos: compatíveis com a 
carga, original, expedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada. 
• Conhecimento de transporte rodoviário. 
• Documento fiscal do produto transportado, contendo n° ONU (número 
especificado pela Organização das Nações Unidas), classe ou subclasse, nome 
apropriado para o embarque, e a quantidade total por produto perigoso 
abrangido pela descrição. 
• Ficha de emergência e envelope para transporte, no idioma do país de origem, 
trânsito e destino da carga, contendo: identificação do expedidor ou do fabricante 
do produto que forneceu as instruções, identificação do produto ou grupo de 
produtos a que as instruções se aplicam, natureza dos riscos apresentados pelos 
produtos, medidas a serem adotadas em caso de emergência (medidas a adotar 
em caso de contato com o produto, incêndio, ruptura de embalagens ou tanques, 
realização de transbordo e telefones de emergência dos bombeiros, polícia e 
defesa civil). 
• Carteira Nacional de Habilitação (CNH), com observação de habilitação para 
produtos perigosos Movimentação e Operações de Produtos Perigosos (curso 
MOPP). 
• Licença especial quando exigível (IBAMA, INMETRO, FEPAM, etc.).
• Kit de emergência e Equipamento de Proteção Individual (EPI).
• Rótulo de risco, que consiste em um painel em formato de losango, onde estão 
estipulados o símbolo gráfico e a cor que correspondem à classe do produto 
perigoso em questão. 
• Painel de segurança, que consiste em um painel retangular de cor laranja 
contendo o nº ONU e o número de risco do produto transportado. 
63
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O OTM necessariamente deve 
ser um transportador, pois assume perante o contratante a 
responsabilidade pela execução do contrato de transporte 
multimodal, pelos prejuízos resultantes de perda, por danos 
ou avarias às cargas sob sua custódia, assim como por aqueles 
decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo 
acordado. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. A multimodalidade e a 
intermodalidade são operações que se realizam pela 
utilização de mais de um modal de transporte. Isto quer dizer 
exatamente: “transportar uma mercadoria do seu ponto de 
origem até a entrega no destino final por modalidades 
diferentes”. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
64
Referências
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Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso em: 2 maio de 2017. 
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: 
Saraiva, 2003. 
BRASIL. Decreto n. 3.411, de 12 de abril de 2000. Regulamenta a Lei n. 9.611, de 19 
de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas, altera os 
Decretos n. 9I.030, de 5 de março de 1985, e 1.910, de 21 de maio de 1996, e dá outras 
providências. Brasília, 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/d3411.htm>. Acesso em: 2 maio 2017. 
_______. Lei n. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o Transporte 
Multimodal de Cargas e dá outras providências. Brasília, 1998. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9611.htm>. Acesso em: 2 maio 2017. 
_______. Lei n. 6.288, de 11 de dezembro de 1975. Dispõe sobre a utilização, 
movimentação e transporte, inclusive intermodal, de mercadorias em unidades de 
carga, e dá outras providências. Brasília, 1975. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6288.htm>. Acesso em: 2 maio 2017. 
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura 
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Comércio Exterior, v. 1, n. 1, Rio de Janeiro, 1996. 
GUIA DO TRC. Guia do TRC. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http://www.
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GUIA GEO. Guia geográfico: mapas do Brasil e do mundo. Portal da internet, 2017. 
Disponível em: <http://www.guiageo.com/>. Acesso em: 2 maio 2017. 
LAMBERT, D.; VANTINE, J. G. Administração estratégia da logística. São Paulo: 
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MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. MDIC. Portal da 
internet, 2017. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/>. Acessoem: 2 maio 2017. 
65
NAZÁRIO, P. Intermodalidade: importância para a logística e estágio atual no 
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PASSARI, A. F. L. O setor de transportes no Brasil: um estudo comparativo. In: IV 
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POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma 
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SILVA, C. F.; SANTOS, C. O.; REIS, E. M. Transporte internacional de cargas do momento 
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VALENCIA, C. M. N.; BRUNHEROTO, M. H. Transporte internacional de cargas: do 
momento do planejamento ao consumidor final. Campinas: Faculdades Integradas da 
IPEP, 2001. 
66
UNIDADE 4 | LOGÍSTICA, MAPAS 
E ROTAS
67
Unidade 4 | Logística, Mapas e Rotas
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à última unidade do nosso curso! Trataremos agora 
dos processos que permitem a entrada e a saída de bens e informações, desde o momento 
da produção, até chegarem ao cliente. Também veremos um pouco sobre a interpretação 
de mapas e rotas. 
1 Logística 
A logística trata das atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo 
de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, 
assim como todos os fluxos de informações que colocam os produtos em movimento, 
com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo 
razoável. Portanto, a logística enfoca basicamente: 
• A embalagem /o acondicionamento; 
• O armazenamento; 
• A movimentação; 
• O transporte de produtos. 
1.1 Embalagem
Esse termo designa a colocação de mercadoria em caixa, pacote, etc., com o objetivo 
de protegê-la de qualquer agressão e também de facilitar o manuseio e o transporte. 
Um bom projeto de embalagem de produto auxilia a garantir perfeita e econômica 
movimentação sem desperdícios, além de otimizar o espaço de um armazém; pois 
a embalagem deve se ajustar perfeitamente às dimensões do pallet utilizado no 
armazenamento. Assim, o comprimento e a largura da embalagem devem ser 
submúltiplos das medidas do pallet. 
68
A altura útil da mercadoria sobre um pallet é de cerca de 1,70 m, o que implica que a 
altura da carga seja um submúltiplo da altura mencionada. 
1.2 Armazenamento
É o processo que envolve a administração dos espaços necessários para manter os 
materiais e os produtos estocados, que podem ser internamente, na fábrica, como 
em locais externos, mais próximos dos clientes (como os centros de distribuição). Essa 
atividade de apoio logístico envolve fatores como localização, dimensionamento de 
área, arranjo físico, equipamentos de movimentação, projeto de docas ou baías de 
atracação e necessidades de recursos financeiros e humanos. 
1.3 Movimentação
Refere-se a um conjunto de atividades que resulta no deslocamento da carga, dentro 
de um armazém, de um almoxarifado, de um pátio, de uma fábrica, etc. Fazem parte 
da movimentação o carregamento, o empilhamento, o descarregamento e também 
os movimentos horizontal e vertical. Toda manipulação de mercadoria mecanizada ou 
manual também faz parte da movimentação. 
A movimentação, quando se refere à grande distância, passa a ser tratada como 
transporte de carga. 
1.4 Transporte
É a atividade básica da logística que, juntamente com as atividades de manutenção 
de estoques e processamento de pedidos, é responsável pelo cumprimento dos 
objetivos logísticos de custo e nível de serviço que o mercado deseja. É considerada 
por muitos como a atividade mais notória e conhecida no meio empresarial, devido a 
69
sua importância nos custos logísticos: absorve cerca de 2/3 desses custos e nenhuma 
empresa ou organização pode operar sem providenciar a movimentação (transporte) 
de suas matérias-primas ou de seus produtos acabados para serem levados, de alguma 
forma, até ao consumidor final. 
À medida que o transporte fica mais barato e de fácil acesso, contribui para aumentar 
a competição no mercado. Na falta de um bom sistema de transporte (seja no modo 
rodoviário, ferroviário, aéreo, dutoviário ou hidroviário), o mercado fica limitado à 
produção local, e, com melhores serviços de transporte, o custo de mercados distantes 
pode se tornar bastante competitivo. 
2 Planejamento de Transportes 
O planejamento de transportes define a estrutura de circulação e a oferta de transporte 
e serviços que permitem os deslocamentos de pessoas e mercadorias. Podem ser 
citados como objetivos do planejamento de transporte: 
• Oferecer alternativas de transporte rápido, econômico e seguro; 
• Assegurar a máxima utilização dos meios de transporte existentes; 
• Orientar os novos meios de transporte para complementação dos atuais; 
• Equilibrar as capacidades em vista das futuras movimentações de tráfego. 
O planejamento é um processo dinâmico e contínuo, necessitando de atualização e 
revisões permanentes além de avaliação de desempenho, que será visto no tópico a 
seguir. 
70
3 Métodos de Avaliação de Desempenho 
3.1 Definições
Avaliação de desempenho pode ser definida como o processo de quantificar ação, 
fazendo uma relação da quantificação da ação esperada e da quantificação da 
ação obtida realmente. É, portanto, uma maneira de medir o desempenho em uma 
determinada área, e de agir sobre os desvios em relação aos objetivos traçados. 
A avaliação de desempenho tem como função satisfazer os clientes da empresa de 
forma mais eficiente e eficaz que seus concorrentes. A eficácia refere-se à extensão 
de satisfação das necessidades dos clientes. Já a eficiência é a medida de quanto 
economicamente os recursos da organização são utilizados quando promovem 
determinado nível de satisfação dos clientes. 
Portanto, o nível de desempenho de uma operação é função destes dois parâmetros: 
eficiência e eficácia. 
3.2 O Que Medir 
Podem-se adotar algumas estratégias para medição de desempenho na operação de 
transporte de cargas, como por exemplo, fazendo agrupamentos de: 
• Custo; 
• Qualidade; 
• Flexibilidade; 
• Velocidade; 
• Confiabilidade.
71
Exemplo: 
Como exemplo de medida de desempenho no grupo “qualidade”, pode-se verificar a 
taxa de entrega de mercadorias sem defeitos de uma empresa X: 
• Quantidade de mercadorias entregue no prazo e sem defeito: 150 unidades 
• Quantidade de mercadorias prevista para a entrega (valor esperado): 200 
unidades 
Medida de desempenho: 150/200 = 0,75 = 75%, ou seja, em cada 100 clientes 25 não 
foram atendidos conforme solicitado e possivelmente, ficaram insatisfeitos com os 
serviços prestados pela empresa X. 
Se o desempenho esperado era, neste caso de 100% (meta da empresa em questão), é 
necessária a adoção de medidas de correção que venham retificar este resultado real 
(75%). Como exemplo de medida de correção, poder-se-iam complementar os serviços 
de distribuição da empresa X por meio da terceirização nesta área (distribuição). 
Porém, devem-se tomar alguns cuidados na análise da medida de desempenho e 
sempre questionar: “Será que a medida de desempenho realmente está medindo o 
que queríamos?” Se para mensurar, por exemplo, a satisfação do cliente, usarmos 
o número de telefonemas com reclamações, poderemos não conseguir o resultado 
desejado; pois muitos dos clientes podem não reclamar e simplesmente o resultado 
ser mascarado. Portanto,

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