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Noções de Direção Segura para Caminhoneiros MÓDULO 1 2 Sumário Apresentação 3 Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias 5 1 Introdução à Direção Segura 7 2 Distâncias de Segurança no Trânsito 7 3 Traçados da Via e seus Elementos 11 Atividades 15 Referências 16 Unidade 2 | Direção Segura 19 1 Como se Tornar Praticante da Direção Segura? 21 2 O Comportamento do Motorista Praticante da Direção Segura 22 3 As Principais Ações Defensivas do Motorista Profissional 24 4 Preparando-se para os Congestionamentos 25 Atividades 27 Referências 28 Unidade 3 | sinalização Viária 31 1 Sinalização Vertical 33 1.1 Sinalização de Regulamentação 33 1.2 Sinalização de Advertência 34 1.3 Sinalização de Indicação 34 2 Sinalização Horizontal 36 3 Dispositivos Auxiliares 38 4 Sinalização Semafórica 38 5 Outros Tipos de Sinalização 39 Atividades 40 Referências 41 Gabarito 44 3 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Noções de Direção Segura para Caminhoneiros! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 50 horas e foi organizado em 5 módulos e 10 unidades, conforme a tabela a seguir. Módulos Unidades Carga Horária 1 Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias 5 h Unidade 2 | Direção Segura 5 h Unidade 3 | Sinalização Viária 5 h 2 Unidade 4 | Legislação: Trânsito, Rodovias e Veículos – Parte 1 5 h Unidade 5 | Legislação: Trânsito, Rodovias e Veículos – Parte 2 5 h 3 Unidade 6 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 1 5 h Unidade 7 | Pontos Críticos em Rodovias – Parte 2 5 h 4 Unidade 8 | Circulação e Conduta no Trânsito nas Rodovias – Parte 1 5 h Unidade 9 | Circulação e Conduta no Trânsito nas Rodovias – Parte 2 5 h 5 Unidade 10 | Manutenção Periódica e Preventiva 5 h 4 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! 5 UNIDADE 1 | CONHECIMENTO DO TRAÇADO DAS VIAS 6 Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias d Os motoristas profissionais possuem experiência suficiente para encarar as estradas? Será que os profissionais do transporte ainda precisam de capacitação para uma direção preventiva e segura? Tecnicamente falando, você sabe o que é uma via pública? A estrada representa o local de trabalho para o motorista. Por isso, é importante que ele conheça e se atualize sobre o traçado da via e seus elementos. E durante a interação com os demais usuários no trânsito, é essencial que exerça a direção segura. Nesta primeira Unidade, apresentaremos, incialmente, a introdução à direção segura e as distâncias de segurança no trânsito. Na sequência, falaremos sobre o traçado da via e seus elementos. 7 1 Introdução à Direção Segura Muitas vezes o conceito de direção segura é mal interpretado. Algumas pessoas dizem que dirigir com segurança é dirigir bem devagar, freando sempre a cada ocorrência no trânsito. No entanto, esse é o mais comum dos erros quando se fala em direção segura. Na verdade, a direção segura é uma atitude diferenciada que o condutor deve ter no trânsito. Direção segura, também conhecida como direção defensiva, é uma maneira de dirigir e de se comportar no trânsito que ajuda a preservar a vida, a saúde e o meio ambiente. É a forma de dirigir que permite reconhecer, antecipadamente, as situações de perigo e prever o que pode acontecer com você, com o seu veículo, com a carga e com os outros usuários da via. (ANDRADE, 2012; DENATRAN, 2015). 2 Distâncias de Segurança no Trânsito De acordo com Cardo (2015) e Andrade (2012), a partir do momento em que o condutor vê um obstáculo enquanto está dirigindo, ele começa a frear. O intervalo de tempo entre o momento em que ele vê o obstáculo e o momento em que ele de fato aciona os freios é chamado de Tempo de Reação (TR). Podemos entender que o TR é o intervalo de tempo entre a observação do obstáculo (outro veiculo, buracos, pedestres) e a reação necessária (mudança de direção, reduzir, parar, dentre outras reações). 8 O TR varia de indivíduo para indivíduo, pois está relacionado com sua capacidade de reagir aos estímulos visuais. Além disso, o TR pode ser afetado pelas condições físicas e psíquicas do condutor como, por exemplo, seu estado de fadiga e o grau de alcoolemia do indivíduo. Normalmente, o intervalo médio de reação é de aproximadamente 0,75 segundos. A distância percorrida durante o Tempo de Reação (DTR) varia em função da velocidade em que se encontra o veículo. Observe alguns exemplos. Tabela 1: Relação entre velocidades e tempos de reação Fonte: adaptado de Andrade, 2012. Após acionados os freios, sejam eles convencionais ou com Sistema Antitravamento (ABS), cada veículo leva um tempo até parar completamente. Este tempo é denominado de Tempo de Frenagem (Tf). A distância percorrida pelo veículo entre o momento em que o condutor aciona os freios e aquele em que o veiculo para completamente é chamada Distância de Frenagem (Df). VELOCIDADE (km/h) TEMPO DE REAÇÃO NORMAL (0.75 segundos) RETARDADO (2 segundos) DISTÂNCIA (m) DISTÂNCIA (m) 40 8 22 50 10 24 60 12 28 80 16 33 90 18 37 100 20 41 110 22 45 9 A Df pode variar de acordo com o tipo de veículo. Por exemplo, um veículo em condições normais de manutenção e condução, que trafega a uma velocidade de 40 km/h, percorre aproximados 6,4 metros. Entre os elementos que podem interferir, aumentando ou reduzindo, a DF, citam-se: • Veículo, especialmente quanto ao estado de conservação do sistema de frenagem (convencional ou ABS); • Velocidade desenvolvida pelo veículo; • Aderência dos pneus do veículo à pista, que varia em função do estado de conservação dos pneus, do estado de conservação da pista e do estado em que ela se encontra (seca, molhada, com óleo). O Tempo de Parada (TP) corresponde ao intervalo do Tempo de Reação acrescido ao Tempo de Frenagem. A Distância Total de Parada (Dtp) é aquela percorrida pelo veículo desde o momento em que o condutor percebeu o obstáculo até o momento em que o veículo parou por completo. Para que você possa ter ideia da importância de conhecer e respeitar essas distâncias, um veículo trafegando a 50 km/h pode parar em 45 metros. No entanto, se ele estiver a 70 km/h, ele precisará de 70 metros para parar. Ao trafegar atrás de outro veículo, é preciso manter distância para evitar uma colisão, caso ele freie bruscamente. Uma boa distância permite que você tenha tempo de reagir e acionar os freios diante de uma situação de emergência e haja tempo também para que o veículo, uma vez freado, pare antes de colidir. h Mas, qual a distância recomendada? A distância que você deve manter entre o seu veículo e o que vai à frente é chamada Distância de Seguimento (DS). Quando você estiver conduzindo em condições normais de pista e de clima, o tempo necessário para manter uma distância segura é de, aproximadamente, dois segundos. 10 Há uma regra simples que ajudará você a manter uma distância segura deoutro veículo: • Escolha um ponto fixo à margem da via (placa de sinalização, poste, marcação viária entre outros); • Quando o veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo escolhido, comece a contar; • Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar seis palavras em sequência como: cinquenta e um; cinquenta e dois; • A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser segura se o seu veículo passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos e • Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até estabelecer a distância segura. g A distância de seguimento deve ser sempre maior do que a distância de parada, garantindo que haja espaço suficiente para que seu veículo pare antes de colidir com o que vai à sua frente! Assista a uma reportagem, através do link a seguir, que apresenta dicas sobre a frenagem dos caminhões e que pode lhe auxiliar no dia a dia. https://www.youtube.com/watch?v=d3O0izSkuIU 11 3 Traçados da Via e seus Elementos A via é muito mais do que o local que chamamos de rua. Ela abrange mais elementos do que a pista em que o seu caminhão trafega. A via é a superfície completa por onde transitam os veículos, as pessoas e os animais. Os componentes básicos das vias são: pista, calçada, acostamento, ilhas e canteiro central. São também consideradas partes das vias: as lombadas, as rotatórias, as alças de acesso, dentre outras. (ANDRADE, 2012; DENATRAN, 2015) A Tabela 2, apresenta as definições presentes no Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para os principais elementos das vias e para outros componentes urbanos, configurados a partir da constituição das vias. 12 Tabela 2: Principais elementos das vias e suas definições Fonte: Brasil, 1997, com adaptações. Elemento Definição Pista Parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. Calçada Parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. Acostamento Parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos em casos de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim. Bordo da pista Margem da pista, podendo ser demarcada por linhas longitudinais de bordo, que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos. Canteiro central Obstáculo físico construído como separador de duas pistas de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício). Ilha Obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção. Cruzamento Interseção de duas vias em nível. Interseção Todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. 13 h Mas, para uma direção segura, não basta apenas conhecer os elementos das vias. Para evitar situações de risco, é necessário conhecer, também, os elementos fundamentais do tráfego, conhecidos como trinômio do trânsito. Esses elementos estão presentes sempre, em qualquer situação. Caso contrário, não poderíamos afirmar que existe tráfego. Esses elementos são: • Usuário: como o próprio termo diz, é aquele que faz uso da via. E pode ser usuário da via em diversas condições: como motorista, passageiro, pedestre, ciclista ou morador do local. Qualquer estudo de trânsito tem que considerar a percepção, identificação, decisão e ação de cada um destes usuários. De todos, o mais participativo é o motorista. E o que exige mais vigilância, também! • Veículo: é qualquer meio de transporte: automóveis, ônibus, motocicletas, bicicletas, caminhões, carroças, trens etc. Normalmente, para estudos de tráfego são utilizadas unidades de veículo-padrão, que correspondem aos automóveis. • Via: contempla todos os percursos, caminhos e espaços onde usuários e veículos podem circular. O conjunto de todas as vias corresponde ao sistema viário. Lembre-se de que pedestres e ciclistas também possuem suas vias (calçadas, ciclo faixas, faixas especiais, passarelas). 14 Resumindo Direção segura é a forma de dirigir que permite reconhecer, antecipadamente, as situações de perigo e prever o que pode acontecer com você, com o seu veículo, com a carga e com os outros usuários. Dirigir defensivamente tornou-se uma questão de sobrevivência no trânsito cada vez mais conturbado das estradas brasileiras. Você, que diariamente transportará mercadorias pelas rodovias e estradas do nosso país, participa como elemento fundamental do trânsito e deve ser um dos maiores defensores dessa prática defensiva. Para uma direção segura, não basta apenas conhecer os elementos das vias. Também, é necessário saber interagir com os elementos fundamentais do tráfego: usuário, via e veículo. 15 a 1) A distância de seguimento deve ser sempre menor do que a distância de parada, garantindo que haja espaço suficiente para que seu veículo pare antes de colidir com o que vai à sua frente. ( ) Certo ( ) Errado 2) Parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. Estamos falando de qual elemento da via? a. ( ) Calçada. b. ( ) Pista. c. ( ) Acostamento. d. ( ) Canteiro central. 3) O conjunto de todas as vias corresponde ao sistema viário ( ) Certo ( ) Errado 4) Constituem o trinômio do trânsito: a. ( ) Usuário. b. ( ) Veículo. c. ( ) Via. d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas. Atividades 16 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009. ______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo Diesel. São Paulo, 2002. ______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001. ______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001. ______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001. ______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001. AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015. ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado Federal, 2012. ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 4.799, de 27 de julho de 2015. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. ______. Resolução n° 3.665, de 4 de maio de 2011, e suas alterações. Atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Disponível em: <www.antt.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. ______. Resolução n° 420, de 13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Disponível em: </www.antt.gov.br>.Acesso em: 15 out. 2015. BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, entre outros. Brasília, 2015. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. 17 ______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, entre outros. Brasília, 2012. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. ______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. ______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. ______. Lei Complementar n° 121, de 9 de fevereiro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá outras providências. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. CARDO, A. Atualização em Transporte Rodoviário de Cargas. Brasília, 2015. CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 412, de 9 de agosto de 2012. Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos – SINIAV em todo o território nacional. Disponível em: <www.denatran. gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. _______. Resolução nº 285, de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II da Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, entre outros. Disponível em: <www. denatran.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. _______. Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004. Estabelece novas normas e procedimentos para a formação de condutores automotores, elétricos, exames, expedição da CNH, cursos e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran. gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012. DENATRAN. Manual de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2016. DETRAN/SP. Dicas de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.detran.sp.gov.br>. Acesso em: out. 2016. DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Identificação e Priorização de Segmentos Críticos para Estudos de Intervenção. DNIT: 2010. 18 DUALIBI, S.; PINSKY, I.; LARANJEIRA, R. Álcool e Direção: Beber ou Dirigir. Um guia prático para educadores, profissionais da saúde e gestores de políticas públicas. São Paulo: Unifesp, 2012. FILHO, G. B. Custos em Manutenção. Rio de Janeiro: LCM, 2010. FUNENSEG – ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS. Gerenciamento de Riscos nos Transporte Rodoviário de Cargas. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www. funenseg.org.br>. Acesso em: out. 2016. GÜNTHER, H. Pesquisas sobre o Comportamento no Trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2015. GRISTEC – ASSOCIAÇÃO DE EMPRESAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE TECNOLOGIA DE RASTREAMENTO E MONITORAMENTO. Portal Oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.gristec.com.br>. Acesso em: out. 2016. HOFFMANN, M. H.; CRUZ, R. 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Cengage, 2008. 19 UNIDADE 2 | DIREÇÃO SEGURA 20 Unidade 2 | Direção Segura d Como está o número de acidentes nas estradas brasileiras? Há alguma relação com o modo de dirigir dos motoristas? Quais são os comportamentos característicos dos motoristas que exercem a direção segura? Você conhece algumas ações defensivas dos motoristas profissionais? As pressões sobre os caminhoneiros são muitas e variadas, compreendendo desde os tempos de entrega das cargas, a situação das estradas, os custos dos insumos e da ausência da família. Contudo, o motorista profissional deve estar maduro para lidar com estes fatores, de forma a não se esquecer da prática da direção segura. Nesta Unidade, abordaremos o mecanismo de como se tornar praticante da direção segura, o comportamento do motorista praticante da direção segura, as principais ações defensivas e como se preparar para os congestionamentos. 21 1 Como se Tornar Praticante da Direção Segura? De acordo com a matéria veiculada no Jornal do Brasil em novembro de 2015 (JB, 2015), o número de mortos em acidentes ocorridos em estradas brasileiras cresceu, na contramão da média mundial, afirma levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Relatório 2015 sobre a Segurança nas Estradas no Mundo, o órgão levanta os custos humanos e econômicos de tragédias dessa espécie e aponta o Brasil como o emergente com mais violência no trânsito do mundo. Apenas para se ter uma ideia, em 2012, o Brasil registrou, aproximadamente, 47 mil mortes no trânsito. Desse valor, apenas 42,2 mil foram efetivamente registradas. No ranking compilado da organização, que analisa números desde 2010, o trânsito brasileiro ocupa a 33ª posição no critério perigo. Quando a análise se destina apenas a nações latino- americanas, sobe para a 5ª colocação. Já no ranking com informações de 2013, o país é classificado como o 56º mais mortal e o 3º das Américas, atrás apenas da República Dominicana e de Belize. Para reverter essa situação, é imprescindível a prática da direção segura. E isso pode ser realizado mediante dois importantes passos: (1) Mudar a atitude: essa mudança de atitude começa no respeito mútuo entre os pedestres e os motoristas, cada um tendo consciência e responsabilidade quanto aos seus direitos e deveres no trânsito; e (2) Estar atento às condições adversas: o motorista que está sempre atento a todas as situações de perigo que possam a vir interferir na condução do veículo tem menos chance de se acidentar. 22 e Um motorista, - como outros profissionais em suas atividades - está sujeito a cometer erros durante uma viagem. Tais erros podem levá-lo a se envolver em um acidente de trânsito. É a sucessão diária desses erros, – muitas vezes por hábitos equivocados arraigados, - que são a principal causa dos acidentes. A linha de sucessão de falhas pode ser resumida da seguinte forma: Atrasos de horários → abusos do veículo → falta de cortesia → infrações de trânsito e transporte → acidente. h E como quebrar essa corrente de vícios? Experimentando e adquirindo novos hábitos corretos. Dirigir, mediante um comportamento seguro no volante, permite que você realize cada viagem sem acidentes, sem infrações de trânsito e transporte, sem abuso do veículo, sem atrasos de horários e sem faltar com a devida cortesia. 2 O Comportamento do Motorista Praticante da Direção Segura Para Cardo (2015) e Cristo (2012), o motorista amadurecido não precisa afirmar-se pela alta velocidade ou por uma manobra arriscada, nem dirigir sob efeito de drogas oucom sono. g Assista à reportagem que ilustra irresponsabilidade e imprudência na condução de um caminhão. Confira no link a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=T46Gij1eAZo 23 Tais atitudes somente demonstram imaturidade e insegurança, como também a falta da direção segura ou defensiva. A pessoa demonstra ser um motorista defensivo quando: • Conhece o seu trabalho e as suas tarefas; • Tem clareza das suas responsabilidades; e • Age com profissionalismo no exercício da sua função. h Ser solidário no trânsito também é uma atitude do motorista defensivo. O condutor demonstra a sua solidariedade quando: • Aprende as lições no dia a dia, observando as suas falhas e as dos outros, para não repeti-las; • Não usa as falhas dos outros como motivos para discussões; • Avisa quando percebe algum problema em outros veículos; • Dá a preferência no trânsito; • Facilita a ultrapassagem; • Informa o caminho aos solicitantes; e • Socorre em casos de defeitos e acidentes; Enfim, para ser um motorista defensivo, é preciso querer modificar o comportamento, superando preconceitos e adquirindo novos hábitos. E você deve estar se perguntando como fazer essa mudança de comportamento. Há algumas ações que ajudam a transformar o comportamento atual em comportamento defensivo, tais como: Fazer uma avaliação sincera do comportamento na direção do veículo; 24 • Reconhecer e superar os erros e limites; • Aprender a aceitar as deficiências dos outros motoristas e pedestres; e • Identificar de que maneira você pode evitar um acidente. 3 As Principais Ações Defensivas do Motorista Profissional De acordo com Cardo (2015) e DENATRAN (2015), podem-se elencar importantes procedimentos que caracterizam um modo de condução seguro por parte do motorista profissional: • Usar sempre o cinto de segurança; • Guiar sempre com as duas mãos no volante, com os braços ligeiramente dobrados, segurando a direção firmemente. Isso faz com que possa controlar o veículo com mais facilidade e reagir, rapidamente, em qualquer situação de emergência, como, por exemplo, durante um estouro de pneu; • Enxugar sempre o volante, evitando deixá-lo escorregadio; • Evitar deixar objetos soltos dentro do caminhão, pois em uma curva ou freada brusca, eles podem deslocar-se, desviando a atenção. E nunca tentar apanhar estes objetos com o veículo em movimento; • Parar o veículo, caso precise retirar algum inseto que tenha entrado nele, para atender ao telefone celular ou para realizar qualquer procedimento nos computadores de bordo; • Fazer refeições leves antes de dirigir. Alimentos pesados podem dar sono ou causar um mal-estar que pode atrapalhar a concentração ao volante; 25 • Usar roupas leves e confortáveis, que permitam liberdade de movimentos para os braços e as pernas; e • Dirigir somente com calçados apropriados. 4 Preparando-se para os Congestionamentos Para Cardo (2015) e DENATRAN (2015), o motorista profissional deve estar preparado para enfrentar os congestionamentos tanto nas estradas quanto nas confluências com o tráfego urbano. Eis algumas ações que podem ajudar-lhe: • Planeje o trajeto antes de sair; • Evite as vias de tráfego intenso, procurando outro caminho; • Saia meia hora antes ou depois, em caso de pico de tráfego, e somente se for necessário; • Tenha sempre um roteiro alternativo no caso de engarrafamentos inesperados; • Relaxe, caso você não tenha alternativa, porque não adianta se estressar por nada; • Procure sair 15 minutos mais cedo do que deveria, se tiver hora marcada no destinatário. Com isso, fica mais fácil manter a calma e o humor; • Dirija fazendo movimentos tranquilos, ficando atento às manobras dos outros motoristas e percebendo, com antecedência, se existe algum pedestre atravessando ou um veículo freando mais adiante; e • Mantenha maior distância dos veículos grandes e fique atento às luzes de freio. 26 Resumindo Mudar a atitude em relação aos outros motoristas e pedestres e estar atento às condições adversas do veículo, vias e tempo constituem o cerne da direção segura. Realizar uma avaliação sincera do comportamento na direção do veículo e reconhecer e superar os erros e limites são atitudes maduras do caminhoneiro na condução pelas rodovias. Na direção segura, o caminhoneiro também deve estar preparado para enfrentar os congestionamentos nas rodovias e nas confluências com o tráfego urbano. 27 a 1) Os atrasos nos horários das viagens não têm qualquer relação com o estabelecimento da linha de falhas que leva ao acidente. ( ) Certo ( ) Errado 2) Constituem principais ações defensivas do motorista profissional, exceto: a. ( ) Usar sempre o cinto de segurança. b. ( ) Guiar sempre com as duas mãos no volante. c. ( ) Enxugar sempre o volante, evitando deixá-lo escorregadio. d. ( ) Apanhar os objetos caídos no interior com o caminhão em movimento. 3) “Dar a preferência” no trânsito em nada contribui para a direção segura. ( ) Certo ( ) Errado 4) Para se planejar para enfrentar os congestionamentos nas vias, o motorista deve: a. ( ) Evitar as vias de tráfego intenso, procurando outro caminho. b. ( ) Sair meia hora antes ou depois, em caso de pico de tráfego. c. ( ) Ter sempre um roteiro alternativo no caso de engarrafamentos inesperados. d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas. Atividades 28 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009. ______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo Diesel. São Paulo, 2002. ______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001. ______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. São Paulo, 2001. ______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001. ______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. São Paulo, 2001. AKIO, M. Como Evitar Acidentes de Trânsito. São Paulo: Chiado Brasil, 2015. ANDRADE, C. Manual para Primeira Habilitação de Condutores. Brasília: Senado Federal, 2012. 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Acesso em: 15 out. 2015. _______. Resolução nº 285, de 29 de julho de 2008. Altera e complementa o Anexo II da Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, entre outros. Disponível em: <www. denatran.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. _______. Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004. Estabelece novas normas e procedimentos para a formação de condutores automotores, elétricos, exames, expedição da CNH, cursos e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran. gov.br>. Acesso em: 15 out. 2015. CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012. DENATRAN. Manual de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2016. DETRAN/SP. Dicas de Direção Defensiva. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.detran.sp.gov.br>. Acesso em: out. 2016. 30 DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Identificação e Priorização de Segmentos Críticos para Estudos de Intervenção. DNIT: 2010. DUALIBI, S.; PINSKY, I.; LARANJEIRA, R. Álcool e Direção: Beber ou Dirigir. Um guia prático para educadores, profissionais da saúde e gestores de políticas públicas. São Paulo: Unifesp, 2012. FILHO, G. B. Custos em Manutenção. Rio de Janeiro: LCM, 2010. FUNENSEG – ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS. Gerenciamento de Riscos nos Transporte Rodoviário de Cargas. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www. funenseg.org.br>. Acesso em: out. 2016. GÜNTHER, H. Pesquisas sobre o Comportamento no Trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2015. GRISTEC – ASSOCIAÇÃO DE EMPRESAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE TECNOLOGIA DE RASTREAMENTO E MONITORAMENTO. Portal Oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.gristec.com.br>. Acesso em: out. 2016. HOFFMANN, M. H.; CRUZ, R. M.; ALCHIERI, J. C. Comportamento Humano no Trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. JB – JORNAL DO BRASIL. 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O que diferencia a sinalização de regulamentação, de advertência e de indicação? Quais os tipos de marcas na sinalização horizontal? Os gestos fazem parte de sinalização nas vias? Depois de conseguir a habilitação, muito provavelmente a sinalização viária vem novamente à nossa mente quando nos deparamos com alguma placa desconhecida ou quando alguém faz algum tipo de manobra e ficamos na dúvida se é permitida ou não. Porém, o motorista profissional deve estar afinado com os vários padrões de sinalização viária e reciclar-se sempre! Nesta Unidade, estudaremos a sinalização vertical, horizontal, dispositivos auxiliares, sinalização semafórica e outros tipos de sinalização. 33 1 Sinalização Vertical De acordo com o DENATRAN (2015), a sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária cujo meio de comunicação está na posição vertical, normalmente em placa, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, através de legendas e/ ou símbolos pré-reconhecidos e legalmente instituídos. A sinalização vertical é classificada de acordo com sua função, compreendendo os seguintes tipos: sinalização de regulamentação, sinalização de advertência e sinalização de indicação. 1.1 Sinalização de Regulamentação A sinalização de regulamentação tem por finalidade informar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias (DENATRAN, 2015). Suas mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui infração. A forma padrão do sinal de regulamentação é a circular, e as cores são vermelha, preta e branca. Devem ser observadas as dimensões mínimas regulamentadas dos sinais, conforme o ambiente em que são implantados, considerando-se que o aumento no tamanho dos sinais implica aumento nas dimensões de orlas, tarjas e símbolos. 34 Os sinais de regulamentação podem ter informações complementares, tais como período de validade, condições de estacionamento, características e uso do veículo. 1.2 Sinalização de Advertência A sinalização de advertência tem por finalidade alertar os usuários da via para condições potencialmente perigosas, indicando sua natureza (DENATRAN, 2015). A forma padrão dos sinais de advertência é quadrada, devendo uma das diagonais ficar na posição vertical. À sinalização de advertência estão associadas as cores amarela e preta. Há, também, a sinalização especial de advertência, que são sinais empregados nas situações em que não é possível a utilização das placas de advertência. Referem-se a: sinalização especial de faixas ou pistas exclusivas de ônibus; sinalização especial para pedestres; e sinalização especial para rodovias, estradas e vias de trânsito rápido. 1.3 Sinalização de Indicação A sinalização de indicação tem por finalidade identificar as vias e os locais de interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto aos percursos, os destinos, as distâncias e os serviços auxiliares, podendo também ter como função a educação do usuário (DENATRAN, 2015). 35 Suas mensagens possuem caráter informativo ou educativo e elas se dividem nos seguintes grupos: • Placas de identificação: posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou com relação a distâncias ou ainda aos locais de destino. São elas: placas de identificação de rodovias e estradas; de municípios; de regiões de interesse de tráfego e logradouros; de pontes, viadutos, túneis e passarelas; quilométrica; de limite de municípios, divisa de Estados, fronteira e perímetro urbano; e de pedágio. • Placas de Orientação de Destino: indicam ao condutor a direção que o mesmo deve seguir para atingir determinados lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias. São elas: placas indicativas de sentido (direção); placas indicativas de distância; e placas diagramadas. • Placas educativas: têm a função de educar os usuários da via quanto ao seu comportamentoadequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que reforcem normas gerais de circulação e conduta. São elas: placas para condutores (área de estacionamento, serviço telefônico) e placas para pedestres (travessia de pedestres). • Placas de atrativos turísticos: indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos podem dispor dos atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua direção ou identificando estes pontos de interesse. São elas: placas de identificação de atrativo turístico; placas indicativas de sentido de atrativo turístico; e placas indicativas de distância de atrativos turísticos. 36 2 Sinalização Horizontal A sinalização horizontal é um subsistema da sinalização viária que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos sobre o pavimento das vias (DENATRAN, 2015). Tem como função organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria, topografia ou frente a obstáculos; complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação. Em casos específicos, tem poder de regulamentação. A sinalização horizontal mantém alguns padrões cuja mescla e a forma de coloração na via definem os diversos tipos de sinais. Seu padrão de traçado pode ser: • Contínuo: são linhas sem interrupção pelo trecho da via onde estão demarcando; podem estar longitudinalmente ou transversalmente apostas à via. • Tracejado ou seccionado: são linhas interrompidas, com espaçamentos respectivamente de extensão igual ou maior que o traço. • Símbolos e legendas: são informações escritas ou desenhadas no pavimento, indicando uma situação ou complementando sinalização vertical existente. Com relação às cores, a sinalização horizontal se apresenta em cinco tonalidades: amarela, vermelha, branca, azul e preta. 37 A sinalização horizontal é classificada em: • Marcas longitudinais: separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da pista destinada normalmente à circulação de veículos, a sua divisão em faixas, a separação de fluxos opostos, faixas de uso exclusivo de um tipo de veículo, reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem e transposição. • Marcas transversais: ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade e indicam travessia de pedestres e posições de parada. Em casos específicos têm poder de regulamentação. • Marcas de canalização: orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando a circulação de veículos, regulamentando as áreas de pavimento não utilizáveis. Devem ser na cor branca, quando direcionam fluxos de mesmo sentido e na proteção de estacionamento, e na cor amarela, quando direcionam fluxos de sentidos opostos. • Marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada: delimitam e propiciam melhor controle das áreas onde é proibido ou regulamentado o estacionamento e a parada de veículos, quando associadas à sinalização vertical de regulamentação. • Inscrições no pavimento: melhoram a percepção do condutor quanto às condições de operação da via, permitindo-lhe tomar a decisão adequada, no tempo apropriado, para as situações que se lhe apresentarem. g Assista ao vídeo acessível no link a seguir e veja como a falta de sinalização em uma obra pode atrapalhar muito a condução do caminhoneiro. http://globoplay.globo.com/v/3488280 38 3 Dispositivos Auxiliares Os dispositivos auxiliares são elementos aplicados ao pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos próximos, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via (DENATRAN, 2015). São constituídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou não de refletividade, com as funções de: incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da via ou de obstáculos à circulação; reduzir a velocidade praticada; oferecer proteção aos usuários; e alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial ou que requeiram maior atenção. 4 Sinalização Semafórica A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas alternada ou intermitentemente através de sistema elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos. (DENATRAN, 2015) De acordo com o DENATRAN (2015), existem dois grupos: • Sinalização semafórica de regulamentação: tem a função de efetuar o controle do trânsito num cruzamento ou seção de via, através de indicações luminosas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres. • Sinalização semafórica de advertência: tem a função de advertir da existência de obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante. 39 5 Outros Tipos de Sinalização De acordo com o DENATRAN (2015), há outros tipos de sinalização, tais como: a sinalização de obras, os gestos e os sinais sonoros. A sinalização de obras tem como característica a utilização dos sinais e elementos de sinalização vertical, horizontal, semafórica e de dispositivos e sinalização auxiliares combinados. Os gestos (de agentes da autoridade de trânsito e de condutores), sendo que as ordens emanadas por gestos de agentes da autoridade de trânsito prevalecem sobre as regras de circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito. Há, também, os sinais sonoros (silvos), que somente devem ser utilizados em conjunto com os gestos dos agentes. Resumindo O conhecimento da sinalização viário por parte do caminhoneiro é fundamental para o bom desempenho de suas atividades profissioanais. Como forma de comportamento relacionado à direção segura, recomenda- se ao caminhoneiro que sempre consulte as condições de sinalização viária da rota a percorrer, principalmente se há a realização de obras e os desvios utilizados. É importante que o caminhoneiro fique atento e domine outros modos de sinalização viária, tais como os gestos de agentes da autoridade de trânsito, pois os mesmos prevalecem sobre as regras de circulação, bem como os sinais sonoros. 40 a 1) A forma padrão do sinal de regulamentação é a quadrada, e as cores são vermelha, preta e branca. ( ) Certo ( ) Errado 2) Tem por finalidade informar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias. Estamos falando de: a. ( ) Sinalização de advertência. b. ( ) Sinalização de regulamentação. c. ( ) Sinalização de indicação d.( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 3) Os sinais sonoros (silvos) somente devem ser utilizados em conjunto com os gestos dos agentes. ( ) Certo ( ) Errado 4) São exemplos de sinalização horizontal, exceto: a. ( ) Marcas longitudinais. b. ( ) Marcas transversais. c. ( ) Marcas de canalização. d. ( ) Placas de orientação de destino. Atividades 41 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15681:2009 Veículos rodoviários automotores – Qualificação de mecânico de manutenção. São Paulo, 2009. ______. NBR 14889:2002 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em regulagem de motores ciclo Diesel. São Paulo, 2002. ______. NBR 14778:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de freios. São Paulo, 2001. ______. NBR 14779:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de direção. SãoPaulo, 2001. ______. NBR 14780:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de suspensão. São Paulo, 2001. ______. NBR 14781:2001 Veículos rodoviários automotores em manutenção – Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão. 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Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage, 2008. VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo: Ed. Cengage, 2008. 44 Gabarito Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Unidade 1 E B C D Unidade 2 E D E D Unidade 3 E B C D Apresentação Unidade 1 | Conhecimento do Traçado das Vias 1 Introdução à Direção Segura 2 Distâncias de Segurança no Trânsito 3 Traçados da Via e seus Elementos Atividades Referências Unidade 2 | Direção Segura 1 Como se Tornar Praticante da Direção Segura? 2 O Comportamento do Motorista Praticante da Direção Segura 3 As Principais Ações Defensivas do Motorista Profissional 4 Preparando-se para os Congestionamentos Atividades Referências Unidade 3 | sinalização Viária 1 Sinalização Vertical 1.1 Sinalização de Regulamentação 1.2 Sinalização de Advertência 1.3 Sinalização de Indicação 2 Sinalização Horizontal 3 Dispositivos Auxiliares 4 Sinalização Semafórica 5 Outros Tipos de Sinalização Atividades Referências Gabarito
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