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3 SUMÁRIO DA DISCIPLINA 102Plano da Disciplina ........................................................................................................................................ UUUUUNIDADENIDADENIDADENIDADENIDADE I I I I I Texto 1: Conceito de Empreendedorismo .................................................................................................. Texto 2: Perfil do Empreendedor ................................................................................................................. Texto 3: Características do Comportamento Empreendedor .................................................................... Leitura Complementar I ................................................................................................................................. Leitura Complementar II ............................................................................................................................... UUUUUNIDADENIDADENIDADENIDADENIDADE II II II II II Texto 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão, Oportunidade e Criatividade .......................................... Texto 5: Plano de Negócios .......................................................................................................................... Modelo de Plano de Negócios .................................................................................................................... Glossário ......................................................................................................................................................... Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ Sites Úteis ........................................................................................................................................................ 104 140 105 106 110 114 122 124 127 141 142 Relevância da Disciplina A disciplina pretende apresentar a concepção de empreendedorismo na sociedade contemporânea e a importância do perfil empreendedor no gerenciamento de projetos e constituição de novos negócios, tendo em vista o acelerado processo de mudança porque passam as relações de trabalho neste final de século, onde o emprego dá lugar a novas formas de participação. As exigências do mundo contemporâneo apontam para a necessidade do desenvolvimento de características do comportamento empreendedor, independente da condição de empregado ou empregador. Portanto, a introdução da cultura empreendedora no ambiente educacional e a formação de empreendedores não significa apenas formar empresários, mas sobretudo, despertar nos futuros profissionais, a capacidade de identificar oportunidades e buscar recursos para transformá-las em riquezas e inovação, sob os princípios da ética e da cidadania, priorizando o respeito ao homem e ao meio ambiente. A inserção da disciplina Empreendedorismo no seu curso de graduação reflete o interesse da Universidade Castelo Branco em despertar nos seus alunos, independentemente da profissão escolhida, o olhar do empreendedor que é: aquele que escolhe cuidadosamente o caminho para atingir suas metas e define seus objetivos conduzindo seus parceiros nessa jornada. Objetivos da Disciplina Analisar as transformações históricas entre, de um lado, produção e produtividade e, de outro, consumo e concorrência. Lidar com o ambiente econômico, institucional e tecnológico das organizações. Construir competências em flexibilidade de produção, gerenciamento e marketing nas organizações. Redefinir processos de trabalho e práticas, introduzindo novos modelos de atuação. EMPREENDEDORISMO PLANO DA DISCIPLINA Carga Horária Total: 30h/atividades Créditos:02 EMPREENDEDORISMO 4 5 UNIDADE II: O Planejamento de Negócios Tempo estimado de auto-estudo nesta unidade: 6h/atividades Objetivos Possibilitar a concretização de um Plano de Ação para um negócio, através da confecção de um Plano de Negócios, baseado em um roteiro básico que permite a objetivação de expectativas e desejos na forma de metas tangíveis. Assuntos Local Atividades complementares Quadro-resumo da unidade Texto 1: Conceito de empreendedorismo Texto 2: Perfil do empreendedor Texto 3: Característica do comportamento empreendedor Leituras complementares: FABIÃO, Maurício França. Desenvolvimento Econômico Solidário. Rio de Janeiro: CIEDS, 2006. PORTINHO, Paulo Roberto. Liderança. Rio de Janeiro: 2005 Sites recomendados: www.sebrae.com.br Página: 102 Página: 103 Página: 104 UNIDADE I: Empreendedorismo e Organizações Tempo estimado de auto-estudo nesta unidade: 7h/atividades Objetivos Apresentar o conceito de empreendedorismo e sua importância na formação do profissional na atual realidade do mercado de trabalho, compreendendo o perfil e as características do comportamento empreendedor. Quadro-resumo da unidade Texto 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão, Oportunidade e Criatividade Texto 5: Plano de Negócios Modelo de Plano de Negócios Leituras complementares: Melhores Estudos de Casos da Pequena Empresa. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio: Sebrae, 2005. Sites recomendados: www.geranegócio.com.br www.pucrj.br/agt/raiar/download/plano.pdf Página: 120 Página: 122 Página: 125 Assuntos Local Atividades complementares 6 TEXTO 1: Conceito de EmpreendedorismoTEXTO 1: Conceito de EmpreendedorismoTEXTO 1: Conceito de EmpreendedorismoTEXTO 1: Conceito de EmpreendedorismoTEXTO 1: Conceito de Empreendedorismo UNIDADE I Iniciaremos entendendo a origem e o significado do termo “empreendedorismo” e a relação deste conceito com a idéia de desenvolvimento. Trataremos também do perfil do empreendedor e das características do comportamento empreendedor. Empreendedorismo é um termo derivado da palavra entrepreneurship e utilizado para designar estudos relativos ao empreendedor, seu perfil e universo de atuação. A palavra entrepreneur é de origem francesa e foi usada com diferentes significados por vários autores, até chegar a concepção que permanece até hoje que define o empreendedor como alguém que inova e é agente de mudanças. A projeção deste tema o coloca em íntimo contato com a idéia de geração de riquezas e desenvolvimento econômico, com foco no homem e na sociedade. De nada adianta que existam condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento, se não há projetos e pessoas imbuídas de capacidade de liderança e criatividade, aliando inovação tecnológica e crescimento econômico. Assim, o Estado e as grandes empresas não são mais considerados as únicas bases econômicas importantes para a sociedade. A mundialização da economia, as grandes transformações nos processos produtivos e a aceleração no uso da tecnologia, configuram um novo panorama e uma nova organização econômica. Neste cenário, as PME - pequenas e médias empresas adquirem um papel central na produção e criação de empregos, o que ocorre de forma bastante dependente das comunidades locais onde nascem estas PME. É portanto, no nível local, que se estabelece o dinamismo necessário, envolvendo o setor público, privado e terceiro setor, para o surgimento e disseminação de valores empreendedores. Como podemos perceber, o elemento humano é essencial no desenvolvimento do conceito de empreendedorismo, ao contrário do que muitas vezes pensamos, quando associamos esta idéia a uma noção de “capitalismo selvagem”, onde só os valores econômicos importam e a palavra de ordem é “negócio”. Mais adiante veremos o que realmente quer dizer a palavra “negócio” e verificaremos também que uma visão humanista do mundo não está nem um pouco dissociada do conceito de empreendedorismo. Basta apenas, que coloquemos as coisas nos seus lugares e deixemosum pouco de lado as habituais resistências que nos impedem de enxergar as mudanças sob todos os seus aspectos. Adotar o conceito de empreendedorismo não é acatar cegamente as leis do mercado, sem qualquer análise ou visão crítica. É, antes de tudo, associar ética, cidadania e comprometimento com o meio ambiente, abrangendo o social, o político e as empresas com gestão moderna. Isto envolve mais do que estar habilitado para abrir um negócio ou montar uma empresa, implica necessariamente, uma postura que chamamos de intrapreneurship – atitude empreendedora dentro das organizações. Diante deste entendimento, encontramos um desdobramento do conceito de empreendedorismo em três ítens: 1. Capacidade individual de empreender: Iniciativa, busca de soluções inovadoras para problemas econômicos, sociais, pessoais e outros. 2. Processo de iniciar e gerir empreendimentos: Conceitos, métodos instrumentos e práticas relacionadas com a criação, implantação e gestão de novas empresas ou organizações. Isto deve ser ensinado. 3. Movimento social de desenvolvimento do espírito empreendedor: Criação de emprego e renda, com incentivo de governos e diferentes instituições. Palavras-Chave Desenvolvimento Riqueza Mudança Inovação 7 Vamos então ao perfil do Empreendedor, mas antes, deixaremos aqui um trecho de Rodrigues (2004), extraído da Revista Ensino Superior. “ Empreendedorismo é a capacidade de transformar uma idéia em uma realidade seja ela inovadora ou não. Ser empreendedor é ser capaz de identificar oportunidades, desenvolver uma visão do ambiente; ser capaz de contagiar pessoas com suas idéias; é estar pronto para assumir riscos e aprender com os erros; é ser um profundo conhecedor do todo e não só de algumas partes; é, TEXTO 2: Perfil do EmpreendedorTEXTO 2: Perfil do EmpreendedorTEXTO 2: Perfil do EmpreendedorTEXTO 2: Perfil do EmpreendedorTEXTO 2: Perfil do Empreendedor Há duas vertentes na definição do termo “Empreendedor” – a dos economistas, que associa o empreendedor à inovação e a dos comportamentalistas, que enfocam os aspectos atitudinais, como a criatividade e a intuição. Dolabela (2003) se refere ao empreendedor da seguinte forma: Palavras-Chave Comportamento Valores Idéias Foco “ A palavra empreendedor, de emprego amplo, é utilizada para designar principalmente as atividades de quem se dedica à geração de riquezas, seja na transformação de conhecimentos em produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento ou na inovação em áreas como marketing, produção e organização”. ( p. 43) Este conceito incorpora a idéia de que empreendedorismo é um tema que transita tanto no mundo dos negócios quanto no mundo acadêmico, pois implica geração e agregação de novos valores e tecnologias. Assim, para tornar-se um empreendedor, não basta acumular conhecimentos nesta área, é fundamental a incorporação de atitudes, valores e comportamentos que vão fazer o sujeito olhar o mundo por um outro prisma. Neste contexto, incerteza, dúvidas e dificuldades são vistos como oportunidades, de riquezas, de negócios, de benefícios para a sociedade. Há inúmeras variáveis que incidem na formação do um perfil de um empreendedor e também não há consenso nos estudos que se dedicaram a definir as características dos empreendedores. Mesmo assim, nos fazemos algumas perguntas, tais como: 1. Quais são as razões que levam uma pessoa a empreender? 2. Quais são as características comumente encontradas nos empreendedores? 3. O que garante o sucesso de um empreendedor? As pesquisas nesta área, apesar de não apresentarem resultados homogêneos, nos auxiliam e possibilitam delinear estas características. O consultor de empresas e dentre outras atribuições ser capaz de utilizar essas informações para seu próprio aperfeiçoamento. Dessa forma, o empreendedor precisa estar atento a dois aspectos: a) Ser capaz de definir sua idéia em um plano de negócios, delineando o que é e como deve funcionar o novo empreendimento e b) prestar serviços de qualidade visando a satisfação do cliente”. (p.20) Pelo que vimos, concluímos que continuar abordando este conceito nos levaria naturalmente à necessidade de compreender o próprio empreendedor, já que quando falamos em empreendedorismo naturalmente abordamos a figura do “Empreendedor”. 8 1. O empreendedor não tem apenas boas idéias, ele passa do pensamento à ação. 2. Todo empreendedor tem verdadeira paixão pelo que faz. É um entusiasmado e proativo. 3. O empreendedor sabe ter foco. 4. O empreendedor estuda, busca aumentar o seu conhecimento e checa opiniões com o seu “feeling’. 5. O empreendedor tem tenacidade, é perseverante, não teimoso. 6. O empreendedor acredita na própria capacidade. Tem auto-confiança. antropólogo Marins (2005) em um artigo escrito na Revista Fomento Mercantil apresenta dez dicas para ser um empreendedor, as quais resumiremos abaixo: Na verdade parece quase impossível seguir todas as recomendações do profº Marins. Entretanto, sabemos que é errando que se aprende, o importante é entender que o comportamento empreendedor é aprendido, através do desenvolvimento e potencialização de dez características que veremos na seção seguinte. Prestemos atenção no que disse Bill Gates: “ Toda empresa precisa ter gente que erre, que não tem medo de errar e que aprende com o erro”. 7. O empreendedor não tem fracassos. Ele os vê como oportunidade, aprende e segue em frente. 8. O empreendedor tem imagem positiva de si mesmo. 9. O empreendedor não fica preso a um único caminho. Tem a visão de vários cenários. 10. O empreendedor nunca se acha uma vítima. Ele age para modificar a realidade. TEXTO 3: Características do ComportamentoTEXTO 3: Características do ComportamentoTEXTO 3: Características do ComportamentoTEXTO 3: Características do ComportamentoTEXTO 3: Características do Comportamento EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor 1. Busca de oportunidades e iniciativa Antecipa-se às demandas, cria soluções para problemas potencias. Atua na expansão do negócio em novos produtos ou serviços e mercados. Encontra na crise oportunidades excepcionais para criar um negócio, clientes, obter financiamentos, equipamentos, instalações, parcerias ou assistência. O empreendedor é alguém que está sempre buscando novas oportunidades. Observa o ambiente, cria idéias transformando-as em negócios e, efeti-vamente, as coloca em prática. 2. Persistência Supera cada obstáculo, transpõe-no, elimina-o ou contorna-o. Atua eficazmente ou muda de estratégia a fim de vencer um desafio ou superar um obstáculo. Chama a si a responsabilidade para atingir metas e objetivos. Encara os momentos difíceis. Luta com vigor buscando continuamente a superação. Palavras-Chave Oportunidade Planejamento Meta 9 3. Comprometimento Dedica-se sobremaneira para realizar as tarefas necessárias. Auxilia os colaboradores e parceiros, coloca a mão na massa, se necessário, para concluir um trabalho. Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a qualidade no atendimento em longo prazo, acima do lucro imediato. O comprometimento com a empresa pressupõe uma real dedicação para manter a qualidade e honrar os compromissos com o mercado de forma a crescer continuamente. Outra área que exige bastante atenção é a área financeira, que é o termômetro da situação da empresa. Finalmente, na área de produção deve-se dar atenção à qualidade e ao cumprimento dos prazos de forma a garantir a satisfação do cliente. 4. Exigência de qualidade e eficiência Busca formas de fazer as coisas melhor, mais rapidamente e com menores custos e prazos. Busca atender ou superar os padrões de excelência. Otimiza as etapas de produção de forma a garantir qualidade e prazos que observem os compromissos assumidos comos parceiros (clientes, fornecedores e demais colaboradores). O diferencial competitivo é a superação das expectativas do seu cliente. Encantar o cliente é oferecer-lhe qualidade, prazos e eficiência. Isso deve ser uma atitude contínua de forma a nunca ser superada pelos concorrentes. Isso fideliza os clientes, desencorajando-os a aceitar propostas da concorrência e não ter o mesmo excelente tratamento que a sua empresa oferece. 5. Correr riscos calculados Busca e avalia as alternativas e calcula seus riscos sistematicamente. Busca minimizar os riscos controlando continuamente os resultados a cada etapa. Aceita situações que implicam desafios ou riscos moderados. Deve-se ser prudente e usar ferramentas de apoio para avaliar e gerir os riscos de uma empresa. Fazer pesquisas de mercado, analisar tendências e cenários, monitorar resultados e as ações corretivas são algumas das ferramentas que o empreendedor deve usar habitualmente. No idioma chinês, o ideograma CRISE contém também a idéia de OPORTUNIDADE. A crise, assim como o medo, é um forte estímulo para que o ser humano supere seus limites e alcance resultados importantes. 6. Estabelecimento de metas Estabelece objetivos e metas arrojadas e persegue a sua superação. Define claramente os objetivos a longo prazo. Define e controla as metas a curto prazo. Num plano é fundamental estabelecer as metas. Uma forma atual de gerenciar o desenvolvimento da empresa é utilizar a Gerência por Projetos. Nele são identificados o objetivo, o resultado esperado, os recursos necessários, o responsável e os demais envolvidos, a fonte de recursos e as estratégias a serem seguidas e, claro, o plano alternativo (Plano B) se algo falhar. Se seu objetivo é criar uma empresa, esta disciplina é uma ótima oportunidade para você testar e aperfeiçoar o seu comportamento empreendedor. 10 Se seu objetivo é melhorar os resultados de sua empresa ou negócio, você também encontrará na disciplina conhecimentos e informações que irão auxiliar a gerenciar adequadamente o seu empreendimento. Mas esteja atento para definir claramente o seu objetivo, aonde você quer chegar. O filósofo Sêneca ensina: “Quando não sabemos aonde queremos chegar, qualquer vento nos é favorável”. Escolha o destino, coloque a proa em sua direção e aja conforme a força do mar, dos ventos e demais obstáculos que encontrar. Nada adianta ficar no meio do oceano. 7. Busca de informações Preocupa-se sistematicamente em obter informações de clientes, fornecedores, colaboradores e concorrentes. Analisa pessoalmente como produzir um produto ou fornecer um serviço. Utiliza especialistas para obter assessoria técnica ou comercial. Mantém contatos freqüentes com os clientes, fornecedores, colaboradores e concorrentes visando melhorar a aceitação da sua empresa no mercado. O empreendedor sempre deseja saber mais e mais ($$). Leia muito sobre assuntos do seu negócio (jornais, revistas, livros). Acesse e pesquise na Internet, freqüente feiras, palestras e associações, busque fontes alternativas e novas. Faça sistematicamente pesquisa de opinião com os seus clientes focando o seu produto e a qualidade do atendimento recebido. Peça sugestões e aceite críticas. Levante a situação dos seus fornecedores e concorrentes. Saiba das novidades que pretendem lançar e aproveite para aprimorar as suas vantagens e resolver as pendências e recuperar as desvantagens competitivas. Mantenha contato freqüente com o seu cliente. Surpreenda-o com uma visita amistosa. Respeite as suas preferências, mas mantenha-o informado das novidades do mercado. Faça-o seu parceiro e amigo. Descubra sempre o que a concorrência está planejando. Se for necessário, contrate um técnico sobre o assunto. Continue sempre aprimorando os seus conhecimentos e de toda a sua equipe ($$). 8. Planejamento e monitoramento sistemáticos Habitua-se a fazer planos antes de começar um projeto ou negócio. Revisa-os constantemente, anota os resultados alcançados, os problemas encontrados e as alterações necessárias. Um empreendedor bem-sucedido deve saber planejar. Comece agora a fazer um planejamento sistemático de todas as suas ações futuras. Habitue-se a trabalhar por projetos: defina responsável, prazos, recursos, atividades e um cronograma para controlar a evolução dos seus objetivos. Estabeleça metas realistas e verifique o fiel cumprimento e formas alternativas para imprevistos. Divida criteriosamente as tarefas de forma a não sobrecarregar a sua equipe nem você. 9. Persuasão e rede de contatos Cria e expande constantemente a sua rede de contatos e mantém um perfeito relacionamento empresarial. Usa diversas estratégias motivacionais para influenciar ou persuadir os parceiros. Tem contatos com as pessoas-chave para solucionar as tarefas pendentes e as usa quando necessário. 11 Para manter um bom relacionamento com a sua rede de contatos é muito importante estar constantemente atualizado com assuntos diversos que podem eventualmente ser abordados nessa conversa. Faça com que você seja considerado alguém com conhecimentos úteis na discussão de assuntos do mercado e respeitado pelas suas opiniões e conclusões abalizadas e pela sua atitude ética e imparcial. Seja uma pessoa comunicativa e feliz, demonstrando satisfação em participar do grupo de parceiros. Aprenda a convencer as pessoas a agirem favoravelmente aos seus objetivos. Obter melhores preços e prazos dos fornecedores de compras mais significativas dos clientes, maior dedicação dos colaboradores, etc. Esteja atento "Sonho sem ação é apenas ilusão. Ação sem sonho é apenas passatempo. Mas sonhos com ações podem mudar o mundo". Autor desconhecido 10. Independência e autoconfiança Busca autonomia em relação a normas e controles dos outros parceiros. Possui a audácia de manter o seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores - desde que tenha fortes argumentos a acreditar nos seus planos. Confia em si próprio e na sua capacidade de realizar tarefas complexas e vencer desafios. Para tanto, exercita e aprende constantemente. Acredita nos seus sonhos e desenvolve as ações necessárias para realizá-los. 12 Leitura Complementar I DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOLIDÁRIO O Cenário Crescimento econômico. Essa é a palavra de ordem do momento. Essa grande diretriz do país, que esbarra sempre na racionalidade fiscal da macroeconomia vigente, tem sua crença baseada no pressuposto de que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) acarretará um correlato aumento do emprego e da renda dos trabalhadores. Porém, é imperioso destacar que a desigualdade social impede que o bolo seja repartido em partes iguais, cabendo aos mais fortes de ontem a mesma grande porção de amanhã. Aliado ao crescimento, é preciso garantir que os mais pobres tenham acesso aos ganhos econômicos de forma autônoma. Uma forma de democratizar o acesso ao emprego e à renda é dando início a um processo de desenvolvimento econômico solidário. Essa política, ainda embrionária e experimental de algumas ONGs e grupos socioeconômicos informais, é uma combinação de duas estratégias: desenvolvimento econômico e economia solidária. Pode-se afirmar que toda ação de economia solidária é uma contribuição ao desenvolvimento econômico da população mais pobre, mas o contrário não é verdadeiro. Os modelos vigentes de desenvolvimento econômico na América Latina, na segunda metade do século 20, eram inspirados nas receitas cepalinas e presumiam um programa de substituição das importações com a instalação de indústrias de base e produção de bens de capital com base na demanda do mercado interno (tais como automóveis e eletrodomésticos). Tal modelo, que teve início embrionário na Era Vargase se encerrou no Regime Militar, ocorreu graças a uma liquidez de crédito internacional, permitindo a construção de centenas de indústrias e a realização de incontáveis obras faraônicas, mas acarretou grande endividamento externo. Graças, em grande medida, a esse processo, desde a década de 1980, o Brasil vem atingindo baixíssimas taxas de crescimento e se vê obrigado, atualmente, a contigenciar o orçamento anual para saldar o pagamento dos juros da dívida, impedindo o investimento adequado às necessidades do povo. Por conta disso, faz-se urgente à sociedade civil fazer sua parte. A economia solidária vem sendo um bom exemplo, representando uma alternativa digna ao desemprego e servindo como laboratório mundial de experiências de geração de trabalho e renda. Tendo como carro-chefe as cooperativas populares, existentes desde meados do século 19, os empreendimentos solidários são iniciativas coletivas de trabalhadores que se associam para produzir, consumir, vender, comunicar, dar crédito e tantas outras novas formas de união voluntária para o trabalho. Nas ações economicamente solidárias, os trabalhadores são os próprios donos do negócio. Eles se apropriam dos meios da produção de forma coletiva, fazendo retiradas iguais ou equivalentes ao seu trabalho. As formas de associativismos econômico são inúmeras: cooperativas populares, grupos de trabalho coletivo, feiras de negócios, rede solidária de compra no atacado, mini-empresas e, até mesmo, negócios individuais que realizem alguma ação solidária para a comunidade. Não importa o tamanho, o tipo ou a finalidade do negócio. O importante é tornar a esperança por dias melhores em uma renda digna, que se consegue mais facilmente com a ajuda mútua. Por Maurício França Fabião* mauriciofranca@ibest.com.br 13 Esse campo não é consensual e sem conflitos ou contradições. Ao contrário, há críticos de ambas as tendências. Pelo lado do desenvolvimento econômico, considera-se que a corrida por ampliar os processos produtivos esgota os recursos naturais e não amplia o acesso ao capital, acabando com o meio ambiente e explorando cada vez mais o trabalhador. Já pelo lado da economia solidária, coloca-se que o empreendedorismo econômico não pode ser um subterfúgio ao desemprego estrutural, para convencer o trabalhador à não mais procurar o “emprego-de- carteira-assinada” porque esse estaria em extinção. As duas correntes críticas se encontram em um ponto: as dificuldades do capitalismo neoliberal não podem ser assumidas, apenas, pelos trabalhadores. Todos têm as suas cotas nesta sociedade. O Conceito Na tentativa de pontuar conceitualmente a proposta do título, me arrisco a desvendar o que seria o desenvolvimento econômico solidário. Segundo a filosofia [1], desenvolvimento significa “o movimento para o melhor”. Para Aristóteles, movimento seria ir “da potência ao ato” ou buscar “o progresso, que é equivalente à evolução”. Desta forma, podemos considerar como desenvolvimento o processo de se partir de uma potencialidade até a sua realização, visando evoluir. O desenvolvimento é sempre um “caminhar para o alto e avante”, mas se for feito de forma meramente competitiva e egoísta, perpetua a desigualdade social. Economia solidária é todo e qualquer processo em que trabalhadores ou consumidores se unem para compartilhar conhecimento, recursos e força de trabalho para compartilhar a riqueza existente em determinada localidade. O sentimento de cooperação é predominante e a visão política se faz presente como uma crítica pragmática e permanece ao modelo econômico vigente. Se formos juntar os dois conceitos, temos que o desenvolvimento econômico solidário é o processo de ir da potência ao ato para melhorar a autogeração de trabalho e renda dos trabalhadores, na forma de um associativismo cooperativista. A seguir, irei exemplificar a aplicação desse conceito com um projeto desenvolvido pela ONG CIEDS, em comunidades cariocas em 2003. * Maurício França Fabião é Mestre em Ciências Sociais (PPCIS-UERJ: “A busca dos Jovens”); Sociólogo (UERJ: “O Negócio da Ética: um estudo sobre o terceiro setor empresarial” – monografia vencedora do Prêmio Ethos Valor – 2a edição); A Prática O CIEDS [2] executou um projeto-piloto da Prefeitura do Rio (financiado pelo BID [3]) chamado “Orientação para Integração Econômica”, que tinha como objetivo promover o desenvolvimento econômico individual e local de 2.884 trabalhadores ou empreendedores de dez comunidades da cidade do Rio de Janeiro. Contando com uma equipe de mais de vinte pessoas, trabalhamos durante dez meses em comunidades da zona norte e da zona sul carioca. No âmbito do desenvolvimento econômico individual, traçávamos o perfil econômico individual dos trabalhadores para encaminhá-los para cursos de capacitação profissional da Prefeitura e de outras instituições compatíveis com o objetivo do projeto. Ao mesmo tempo, fazíamos o currículo e um plano de desenvolvimento individual do mesmo. Numa forma de realizar um aconselhamento econômico do beneficiário, fazíamos uma espécie de consultoria individualizada, procurando tornar real o potencial que cada um daqueles trabalhadores possui. No que tange ao desenvolvimento econômico local, focamos nos empreendedores. No primeiro momento, tentamos articular os comerciantes, já estabelecidos, em associações comerciais que realizariam compras coletivas de matéria-prima para reduzir o custo dos produtos e, assim, aumentar a renda (gerando, talvez, até novos postos de trabalho). Com as dificuldades de mobilização e adesão desse público, partimos para a formação de novos empreendedores que tinham grande potencial de gerar renda, mas ficavam confinados em casa, pois não sabiam como vender. Por isso, fizemos 11 fóruns econômicos, onde os empreendedores se reuniam para discutir os problemas socioeconômicos da comunidade (que iam da falta de capacitação, falta de crédito e dificuldade de venda, até a violência urbana e a não existência de capital social entre os vizinhos, que não se falam, pois sequer se conheciam). Destes fóruns, surgiram mais de 800 encaminhamentos para cursos, mais de 500 encaminhamentos para um programa de crédito social (Fundo Carioca), duas cooperativas populares, uma rede de compra coletiva de produtos no atacado, dezenas de grupos de trabalhos (de duas a dez pessoas de uma mesma profissão, tal como costureira) e as grandes feiras de negócios comunitários. Essas feiras merecem um comentário à parte, pois representaram não só uma união entre os trabalhadores para vender (o que aumentou a renda de muitos), mas eram verdadeiros eventos comunitários: festas de esperança. 14 Explica-se: quando alocamos recursos em uma atividade que nós planejamos sem ouvir nossos colaboradores e beneficiários, estamos correndo o sério risco de não atendermos às necessidades de nosso público-alvo, pois podemos estar distantes deles. Ao contrário, se o gestor submete suas idéias interna e externamente, adaptando-as, minimamente, aos desejos das partes interessadas (stakeholders), a sua ação será aceita com maior facilidade e os ganhos se multiplicarão, pois todos os envolvidos tendem a abraçar a iniciativa. Essa é uma forma de promover o desenvolvimento da economia solidária de forma democrática e com resultados. Acredito que esse seja um caminho para que nós brasileiros sejamos capazes de construir um país mais justo, igualitário e solidário para todos, mesmo. Acredite também. [1] Nicola Abbagano, Dicionário de Filosofia – 2a edição, São Paulo: Editora Mestre Jou, 1982. [2] Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (www.cieds.org.br) [3] Banco Interamericano de Desenvolvimento. Tudo isso aconteceu porque acreditávamos que uma forma eficiente de se atender as demandas dos beneficiários de políticas socioeconômicas, preservando tanto as metas da organização quantoos direitos dos cidadãos de tomar decisões sobre a sua vida, seria o amadurecimento de uma gestão estratégica com participação. Essa forma de gerenciamento de ação já vem sendo utilizada informalmente por muitas ONGs, inclusive aquelas que trabalham em parceria com o Estado ou o Mercado, e pode ser uma forma de alcançar resultados com democracia, sem perder muito tempo com debates improdutivos e sem criar arestas por conta da imposição de serviços ou políticas que não alimentam a necessidade do cliente/cidadão/beneficiário. A gestão estratégica com participação é um processo de planejamento, execução e avaliação onde a organização define diretrizes, metas e método de trabalho, porém, em cada uma dessas etapas, aprimora suas decisões com as opiniões e demandas internas (funcionários e colaboradores) e externas (parceiros e cidadãos-beneficiários). Ao invés de perder tempo, o gestor percebe que, ao contrário, está investindo agora para ganhar depois. 15 * Maurício França Fabião é Mestre em Ciências Sociais (PPCIS-UERJ: “A busca dos Jovens”); Sociólogo (UERJ: “O Negócio da Ética: um estudo sobre o terceiro setor empresarial” – monografia vencedora do Prêmio Ethos Valor – 2a edição); professor-orientador de Elaboração de Projetos Sociais no curso de Pós-Graduação “Planejamento, Gerência e Avaliação de Projetos Sociais” (Interação Ensino, Pesquisa e Consultoria); professor de sociologia e filosofia pela Secretaria de Educação (Governo do Estado do Rio de Janeiro); é autor de artigos sociais para páginas eletrônicas de organizações não- governamentais. Fontes: (1) Programa Fome Zero (20/08/04): www.fomezero.gov.br/exec/listaartigos.aspx (2) Pauta Social – Agência de Pautas de Responsabilidade Social (19/08/04): www.pautasocial.com.br/artigo.asp?idArtigo=71 (3) Fundação Banco do Brasil (22/04/04): www.bb.com.br/appbb/portal/bb/cdn/psc/art/ ArtigosdDetalhe.jsp?Artigo.codigo=743 Copyleft Maurício França Fabião 16 Leitura Complementar II LIDERANÇA O que é ser um líder? Será líder aquele que diz: “Não tenho enfarte, provoco- o nos outros?” Uma pequena história: Um vendedor de papagaios possuía três exemplares que proclamava ser excepcionais. Por um deles, após descrever suas maravilhosas qualidades em reproduzir qualquer tipo de música, pedia um preço altíssimo. Pelo outro, pedia o dobro, prodigalizando seus méritos de exímio cantor em várias línguas. Indagado sobre o terceiro, estimava um preço três vezes maior. Diante da surpresa e da sua curiosidade quanto às virtudes deste último, que justificaria tal fortuna, afirmava: “Bom, sobre o que ele é capaz de fazer, até hoje não percebi, mas sei que os outros só o tratam por meu chefe.” A moral da estória é que a grande qualidade de um líder não está expressa em atributos individuais como canto em várias línguas, mas na capacidade de extrair o melhor de seus subordinados ou de seus seguidores. Função de um Líder Função educativa/cultural Promover a integração da sua equipe à luz das verdades e crenças que orientam as políticas e estratégias empresariais e contribuir na cultura organizacional. Função estratégica Esclarecer os objetivos empresariais para sua equipe e negociar metas de produção, considerada a conjuntura, de modo a tornar todos motivados e co- responsáveis pelos resultados. Função integradora/educativa Formar equipes integradas, harmônicas e coesas. É a explicitação mais visível de seu papel de educador e a garantia da continuidade, tanto em relação à eficiência quanto a eficácia de seu grupo. Função instrutora Disponibilidade do líder em ministrar instruções e promover o estímulo e autodesenvolvimento. Delegação de autoridade e reuniões são dois instrumentos gerenciais imprescindíveis à ação de liderança no trabalho. Função inovadora Manter a equipe motivada, integrada, coesa e criativa é a missão de uma gerência verdadeiramente líder e eficaz. Quando as transformações se tornam radicais e irreversíveis, quem não mantém mente aberta às inovações torna-se rapidamente obsoleto e substituível. Só a criatividade e a renovação asseguram a continuidade numa sociedade em mudança. Função estratégica da Qualidade Total O cliente é a referência essencial do negócio e a justificativa da empresa. Sem ele, perde sentido qualquer organização. Por Portinho, Paulo Roberto 17 Há pouco este tema vem sendo difundido e tornando- se um novo paradigma. É pouco provável que organizações que não satisfaçam as necessidades de seus empregados, consigam “encantar o Cliente”. Qualidade total significa que não bastam bons serviços e bons produtos, mas que a empresa deve ser essencialmente boa. CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER • Ambição Baseada na obtenção do sucesso e do poder, mas quando não administrada corretamente gera Demagogia. • Valores Diretamente ligada à busca de ideais e à existência de um comportamento ético que quando não sustentada por uma dose de ambição e de competência, se transforma em Ideologia. • Competência Agrupa capacidade e habilidades profissionais juntamente com a ambição e valores. A divergência desses fatores poderia gerar um tecnocrata. Para o sucesso de um líder é necessário estar positivamente em evidência, apresentando propostas estimuladoras e soluções confiáveis. IDENTIFICANDO UM LÍDER Como identificar o líder dos líderes e como ele consegue administrar talentos excepcionais de forma estimuladora e eficaz? • Estar sempre aberto para o novo, ou seja, aceitar e se colocar a disposição para aprender as inovações que essas transformações podem acarretar. •Criar uma equipe forte que atue sempre com espírito de grupo. •Ter a negociação como instrumento fundamental para obter participação e cooperação espontâneas. •Aprender a delegar autoridade gerando co- responsabilidades e desenvolvendo o exercício da decisão. •Manter uma postura ética, ou seja, estar sintonizado com o bem comum, com a qualidade e com os valores de uma política empresarial sadia, criando assim credibilidade. •Promover a inovação, o rejuvenescimento e a revitalização cultural para garantir assim a continuidade da organização. LIDERANÇA E VISÃO ESTRATÉGICA Para se encontrar um “empreendedor” de sucesso é necessário avaliar sua visão estratégica, ou seja, não bastam audácia, coragem em enfrentar riscos e persistência: É preciso saber pensar estrategicamente. Posturas habituais no contexto dos negócios: Centrar a visão no problema e em suas conseqüências diretas; Fixar-se nas oportunidades como um sonho bom, todavia sem base; Perceber as oportunidades, gerando meios e recursos para transformá-las em realizações, agindo assim estrategicamente. “Um exército de cervos chefiados por um leão é mais temível do que um exército de leões liderados por um cervo.” A NATUREZA DA LIDERANÇA Sabe-se que a liderança é um fator inevitável e necessário para o desenvolvimento da vida humana, apesar de ainda não ser bem compreendido. ADMINISTRAÇÃO x LIDERANÇA Administração e liderança caminham lado a lado, porém, afirma-se que para os administradores, o importante é manter o funcionamento da organização, enquanto que para os líderes, iniciar e promover uma nítida visão de mudança, é mais compensador. 18 LIDERANÇA x DOMÍNIO Por gerarem confiança, os líderes assumem um papel perante a sociedade que poder ser confundido com domínio: O domínio é uma característica que cria invasão, constrangimento e autoritarismo, o que pode ser tolerado por algum tempo, mas que de modo sutil acaba sendo destruída. Associa-se o nome Ferro, Margareth Thatcher a “Dama de Ferro”, à força que este metal exerce na natureza. Apesar de duro e frio, pode-se fundir e moldar para criar objetos úteis à vida humana. O que isso se aplica ao ser humano? Será que no ferro não existe um pontode ferrugem que o impede de ser tão perfeito? “Se a única ferramenta que você tem é um martelo, então tudo começa a se parecer com um prego.” LIDERANÇA x CORAGEM O combustível básico para o sucesso como líder, é ter coragem. Líderes correm riscos, almejam destaques, obtém energia, tanto positiva quanto negativa do do meio onde agem. Por correrem riscos tornam-se vulneráveis aquele que é sensato é corajoso, o insensato, imprudente. EXECUTIVOS x LIDERANÇA Como os executivos identificam e classificam os líderes: Nos nomes citados como líderes pelos executivos, estão entre outros, Hitler, Napoleão, Martin Luther King, surgindo até nomes como Jesus e Buda. Todos de uma maneira geral, transmitiram confiança, personalidade forte, mobilizaram seguidores, tinham uma visão clara e eram bons comunicadores. GENERAIS ou POLÍTICOS Durante uma crise, a imagem do líder vem em forma de generais e políticos, ou seja, pessoas que por ocuparem tal posição, tem como dever esperar por conflitos e se encarregam de solucioná-los. LIDERANÇA x DECISÃO Não se pode confiar em uma pessoa cujo poder de decisão deixa a desejar, ou seja, é necessário agir rapidamente. Se analisarmos a história, veremos que muitos dos líderes agiram de maneira a se alto promover, ou seja, eles criaram e administraram crises em que a liberdade de controlar os acontecimentos estavam unicamente em suas mãos. 19 TER VISÃO CLARA Visão não é somente aplicada como faculdade de ver. Estipular o que é objetivo e ter uma direção para os outros seguirem, é o que mais define ter uma visão clara, ou seja, ver o futuro longínquo com notável clareza. TER UMA MENSAGEM SIMPLES O que faz o líder, na maioria das vezes, ter sucesso, é o modo como ele expressa suas mensagens. Ter uma mensagem clara e brilhante, pode ser o ponto chave para conseguir a aprovação de seus subordinados. CONCENTRAÇÃO x OBSTINAÇÃO Concentra-se em uma mensagem simples, ajuda a atrair, fundir e canalizar energias para alcançar metas. Líderes concentrados em alcançar seus objetivos tem como base uma dedicação muitas vezes direcionada, obsessiva e compulsiva. COMUNICAÇÃO Evidente que uma boa comunicação não depende somente de quem conduz, depende também da mensagem e do ouvinte. Pessoas com alto poder de persuasão, diante de pessoas predispostas a ouvir, geralmente obtém sucesso. SEGUNDO MASLOW • O potencial mental das pessoas (sua maior ou menor velocidade de aprendizado) é aleatoriamente distribuído na face da terra não sendo na sua origem afetado por nenhum fator isolado ou formalizado. O potencial mental poderá diminuir, mas dificilmente aumentar durante toda a vida do ser humano. • A insatisfação é um estado natural do ser humano. O ser humano fica satisfeito em situações momentâneas, retornando sempre ao seu estado natural que é a insatisfação. • Se um ser humano convive com um grupo de pessoas que tem suas necessidades básicas atendidas, ele desfrutará do estado de satisfação mais freqüentemente e o grupo de pessoas estará num “estado de saúde mental” ou “moral elevado”. • O ser humano tem necessidades básicas que devem ser satisfeitas simultaneamente. No entanto, quando o homem está ainda num estado muito primitivo de ter suas necessidades básicas atendidas, ele dará mais importância às necessidades fisiológicas que as outras e assim por diante. Em cada estágio haverá ênfase em uma das necessidades, mas todas estarão sempre presentes. LIDERANÇAS NÃO-INTEGRADAS Uma estratégia de empresa não-consensual, não compreendida, não assumida, leva cada dirigente a uma postura feudal, realizando-se o que denominamos arquipélago organizacional: ilhas de poder desagregadoras minando o todo, fracionando a organização. A verdade bíblica da “casa dividida”: Em Buda, a imagem da ave de duas cabeças. Uma comia um fruto saboroso. A outra, por competição, por inveja, come uma erva venenosa. E todo o corpo morre. As lideranças de um sistema integram-se por idéias, não por tecnologias. Essa formação, na prática é disvirtuada a todo momento. Vivemos uma era de supervalorização do ser tecnológico em detrimento do ser humano. HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW Fisiológicas > segurança >social > auto-estima >auto- realização Fisiológicas > inclui fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades corporais Segurança > segurança e proteção contra mal físico e emocional Social > incluem afeto, relacionar-se com alguém, aceitação e amizade Auto-estima > incluem fatores internos de estima como amos próprio, autonomia e realização; e fatores externos de estima como estatus, reconhecimento e atenção. 20 EXERCÍCIOS DE REVISÃO 1 - O domínio das 10 CCEs (Características de Comportamento Empreendedor) é garantia de 100 % de chance de sucesso do empresário no seu negócio. A- Certamente, com 100 % de certeza. B- Na maioria das vezes, sim. C- É algo altamente recomendável, mas não assegura o total sucesso do empreendimento. D- Pode ser se a empresa for uma indústria. E- Só funciona se o Empreendedor tiver curso superior. 2 – O bom empresário precisa ter domínio completo de todas as competências de gestão empresarial. A- Claro senão ele deixará algumas funções a descoberto B- O empresário pode e deve colocar na empresa colaboradores que complementem as suas competências de forma a cobrir todas as funções empresariais. C- Não é necessário se o empresário tiver bom senso. D- É mais fácil contratar permanentemente um Consultor para essas áreas. E- O importante é trabalhar mais que os concorrentes. 3 – O empreendedor necessita ter o seu próprio negócio para desenvolver as suas atividades e posturas. A- Claro. O Empreendedor só trabalha para o seu próprio negócio. B- Tanto faz. Na atual situação econômica do país não vai dar certo mesmo. C- Muitos empreendedores ainda não têm o seu próprio negócio, mas colocam toda a sua competência e as CCEs ao fazer as tarefas nas firmas em que trabalham. D- Vai dar certo se o negócio pertencer a sua família ou de um amigo. E- Se ele tiver uma excelente idéia pode dar certo em qualquer situação. 4- A criação de uma empresa com sócios com a mesma formação é garantia de sucesso. A- Nunca. É necessário no mínimo que um seja administrador, um Economista e um Contador. B- O importante é que existam pessoas competentes, eficientes e eficazes em todas as áreas da empresa, sejam o dono, sócios ou colaboradores. C- Basta que ele tenha curso de Administração. D- Certamente. Eles poderão discutir e realizar os serviços ou produtos com a maior qualidade. E- Desde que possam dividir todas as funções empresariais apenas entre si. 5- Na escolha dos membros de uma sociedade é importante contar com pessoas com facilidade de relacionamento e habilidades complementares. A- Correto. Sejam eles sócios ou colaboradores. B- Apenas se for uma empresa de Marketing Direto. C- Sim, o relacionamento entre colaboradores entre si, com os Clientes e com os Fornecedores é importante para o bom desempenho da empresa. D- As opções A e C. E- Essas pessoas têm que existir para lidar com os grandes clientes. 6 – O Empreendedor dedica-se pouco tempo à sua empresa, pois tem colaboradores responsáveis por todas as tarefas. Correto? A- O Empreendedor deve sempre estar disponível quando alguma situação não pode ser solucionada por outros membros da empresa. 21 B- Todo empreendedor trabalha no mínimo 2 horas a menos que os seus funcionários. C- Normalmente nunca é necessária a presença do Empreendedor todo dia na empresa. D- Sim, mas deve ir à empresa de duas a três vezes por mês. E- Com excelentes sistemas informatizados de gestão empresarial o Empresário não precisa dedicar mais de uma hora ao dia à Empresa.. 7 - A missão da empresa é estática: uma vez definida, não deve ser alterada. A-Sim. Não se pode mudar o Foco da empresa. B- A missão da empresa deve estar continuamente evoluindo e adaptando-se as tendências de mercado. C- Não podemos alterá-la, pois perderíamos todo o investimento feito em Marketing. D- A missão da empresa deve ser revista a cada dois anos. E- A missão da empresa deve ser revista a cada três meses. 8 – A missão da empresa é normalmente definida após identificarmos uma oportunidade de negócio que decidimos explorar. A- Recomenda-se que a Missão da empresa seja estabelecida logo após a decidirmos explorar determinada oportunidade de negócio. B- Normalmente a missão da Empresa é a primeira coisa que fazemos quando decidimos criar um negócio. C- Podemos deixar para definir a missão da Empresa depois do primeiro ano de funcionamento da empresa. D- Não é importante definirmos a missão ou a visão da empresa. E- Só devemos fazer essa definição após a empresa estar legalizada. 9 – Com o atual nível de impostos e taxas cobrados de uma empresa é melhor ficar na clandestinidade. A- Apesar do alto nível de impostos devemos iniciar a empresa legalizando-a se quisermos ingressar no mercado. B- Podemos optar por pagar os que tiverem multas mais altas. C- Não há necessidade de legalizar e pagar os impostos, pois não há fiscalização. D- Embora ninguém possa comprovar há muita sonegação e ninguém é punido. E- É melhor esperar mais uns anos, pois as coisas irão melhorar. 10 - No Brasil, podemos legalizar qualquer empresa em apenas dois dias (março de 2005). A- O prazo para legalização de uma empresa apesar das inúmeras gestões para diminuí-lo é em média, superior a um mês. B- Agora, ficou tudo mais fácil. Pela Internet, você pode legalizar uma empresa em uma semana. C- Você pode começar a funcionar e ir tratando a papelada aos poucos. D- O melhor a fazer é contratar um despachante especializado, pois ainda fica mais barato. E- Embora dê muito trabalho para abrir uma empresa, para encerrá-la demora no máximo três dias. Gabarito 1-C; 2 - B; 3 – C; 4 – B; 5 – D ; 6 – A; 7- B; 8 – A; 9 – A ; 10 - A 22 UNIDADE I: Auto-Avaliação Planejando a nossa vida e a nossa empresa Vamos começar com a sua vida pessoal. 1- Pegue uma folha de papel. Se preferir pode criar um documento no seu micro. 2- Escreva primeiro: a data de hoje, seu nome e “Daqui a 10 anos”. 3- Descreva o que você deseja ter, fazer, como será a sua vida familiar, o seu trabalho, onde estará morando, etc. Leia, releia e mude/acrescente o que julgar necessário. 4- Pegue outra folha de papel ou, se preferir, pode criar um outro documento no seu micro. 5- Nessa outra folha, escreva primeiro: a data de hoje, seu nome e “Daqui a 5 anos”. 6- Descreva o que você deseja ter, fazer, como será a sua vida familiar, o seu trabalho, onde estará morando, seu carro, etc. Compare com o seu plano anterior e ajuste o que for necessário. Leia, releia e mude/acrescente o que julgar necessário. 7- Em outra folha, escreva primeiro: a data de hoje, seu nome e “Daqui a 2 anos”. 8- Descreva o que você deseja ter, fazer, como será a sua vida familiar, o seu trabalho, onde estará morando, etc. Compare os seus planos anteriores e ajuste o que for necessário. Leia, releia e mude/acrescente o que julgar necessário. 9- Repita os passos 6 e 7 agora considerando “Daqui a 1 ano”. 10- Finalmente, repita os passos 6 e 7 considerando “aqui e agora”. Quais serão os seus primeiros passos para atingir os seus planos, etc. O que você deve começar a fazer agora mesmo para conseguir tudo que deseja no futuro! Dúvidas? Entre em contato com seu monitor. 23 Agora, vamos passar para a sua vida profissional ou empresarial. Nesse caso, descreva o que você deseja estar fazendo profissionalmente, seu cargo, quanto você ganha, suas responsabilidades, como será a empresa, o que ela produz, etc. Agora os passos de 1 a 9 serão relativos à sua vida profissional. Guarde esses planos e periodicamente os releia, altere e ajuste ao já realizado e aos seus novos objetivos. Cobre de si mesmo para atingir as suas metas. Seja um bom patrão de você mesmo, mas não aceite um baixo desempenho. Nota do autor O empreendedor é aquele que tem as qualidades e as competências necessárias para corrigir as falhas e os problemas de um negócio e fazê-lo progredir sistematicamente. Ele tem a atitude pró-ativa para antecipar-se aos problemas de uma forma dinâmica e partir para conquistas no seu mercado respeitando a ética empresarial e pessoal. “A atitude é uma pequena coisa que estabelece uma grande diferença”. Lambert Muito SUCESSO para você!!!! 24 TEXTO 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão,TEXTO 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão,TEXTO 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão,TEXTO 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão,TEXTO 4: O Plano Estratégico: Missão, Visão, Oportunidade e CriatividadeOportunidade e CriatividadeOportunidade e CriatividadeOportunidade e CriatividadeOportunidade e Criatividade Palavras-Chave Novo Código Civil Sociedades Associações Como já dissemos, é necessário organizar nossos desejos e expectativas, concentrando em um foco e nos dedicando à concretização dele. Precisamos saber o que queremos e os recursos necessários para atingir nossos objetivos. Isto se obtém, através de um plano claro, objetivo e conciso, que traduza o futuro com base nos aspectos positivos do presente e na coragem de nos desvencilharmos do ultrapassado, não do passado. UNIDADE II Entender onde estamos, quem somos, quem são nossos parceiros e quais as condições favoráveis e desfavoráveis para realizarmos nossos ideais, ajuda a definir um cenário e a dimensionar realisticamente o que temos pela frente. Vamos aos conceitos: “É a finalidade, a razão de ser, a mais elevada aspiração que legitima e justifica social e economicamente a existência de uma organização e para a qual devem se orientar todos os esforços”. (Tenório, 1998. P.30) A definição da missão é o principal aspecto de um plano estratégico, pois reflete o futuro da organização, expresso nos compromissos presentes. A missão estabelece o porquê da organização (a razão da existência), o que ela faz ( o que ela gera) e como faz (a maneira e os métodos para produzir). É importante que a missão descreva a atividade fim ou principal da organização de uma maneira simples, curta e clara, lançando um desafio a todos os seus participantes e que tenha consenso entre todos os dirigentes da organização. Alguns exemplos de missão: 1. Criar valor oferecendo produtos e serviços que ajudem os clientes a terem sucesso. Estas ofertas incluem: Serviços, software (SW), Produtos (HW) e Tecnologia. (IBM) Missão 2. Oferecer soluções em transportes, através do aluguel de carros, buscando a excelência. (Localiza National) 3. Servir alimentos de qualidade com rapidez e simpatia, num ambiente limpo e agradável. (Mc Donald´s) 4. Estimular a criação e o fortalecimento de cooperativas de produção no âmbito do estado do Rio de Janeiro. ( ONG Cooperando) Visão A visão de uma empresa é o seu objetivo maior, a direção do seu caminho e o foco das suas ações no mercado em que atua. Estabelece o que a empresa será no futuro. 25 Ela deverá ser desafiadora para motivar os colaboradores no desempenho das suas atribuições e fazer-lhes vibrar com a sensação de vitória ao alcançar cada uma das metas e o objetivo final. Dolabela (2003) fazendo referência a Filion define visão como “uma imagem projetada para o futuro, lugar que se quer ver ocupado pelos seus produtos e serviços no mercado, assim como a imagem projetada do tipo de organização necessária para consegui-lo”. São elementos de suporte ao processo visionário: o conceito de si, a energia, a liderança, a compreensão de um setor e as relações. Alguns exemplos de visão: 1. O homem sadio, física e mentalmente,integrado na sociedade. A Faculdade de Medicina como modelo de escola pública, ágil e autônoma, de ensino assistência e pesquisa e formando profissionais preparados para atendimento de necessidades atuais e futuras de saúde da população. ( Faculdade de Medicina de Botucatu) 2. ABNT: Referencial de excelência da sociedade brasileira. ( ABNT) Oportunidade Oportunidade é a possibilidade de se obter um produto ou serviço por meio do oferecimento da satisfação de uma necessidade identificada ou induzida ao cliente. A identificação de oportunidades tem papel central na atividade empreendedora. O conceito de oportunidade está sempre atrelado ao conceito de idéia, pois boas idéias nem sempre são oportunidades. O imprescindível é poder identificar as idéias que podem dar origem a uma oportunidade. É através do estabelecimento de foco que o empreendedor identifica oportunidades. Sem isto, corre-se o risco de se perder no caminho. Alguns pensamentos que expressam com muita clareza o conceito de oportunidade: “Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. Provérbio Chinês “É melhor estar preparado para uma oportunidade e não Ter nenhuma do que Ter uma oportunidade e não estar preparado”. Whitney Young Jr. “ Um otimista vê uma oportunidade em cada calamidade Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade”. Winston Churchill Criatividade Criatividade é chegar à soluções inusitadas e que simplesmente outros não encontraram ou perceberam a sua possibilidade. Muitas vezes é num ambiente totalmente diverso ao que temos experiência ou formação que somos mais criativos. Um fator importante é estar aberto e evitar os limites, especialmente quando eles não existem. A percepção de que a criatividade pode ser aprendida é de grande importância na atividade empreendedora. Assim, trabalho e persistência são importantes ingredientes da criatividade. Eis alguns exemplos: “ John Dunlop adaptou câmaras de ar de borracha ao ticiclo de seu filho visando oferecer mais conforto. Inventou o pneumático em 1888. Ele era veterinário em belfast”. “ Henry Sidgier, estofador inglês inventou a máquina de lavar roupa em 1782”. “ Alex Osborn, o idealizador do Brainstorming (tempestade de idéias), a mais praticada técnica de criatividade, era sócio de uma agência de propaganda e banqueiro”. “ A maioria dos membros do conhecido grupo humorista “Casseta e Planeta” é engenheiro”. Nota: Visite o site www.geranegocio.com.br e faça o exercício de plano estratégico que lá se encontra disponível. 26 TEXTO 5: Plano de NegóciosTEXTO 5: Plano de NegóciosTEXTO 5: Plano de NegóciosTEXTO 5: Plano de NegóciosTEXTO 5: Plano de Negócios 1 - O que é um Plano de Negócio? O Plano de Negócio é um documento que reúne informações sobre as características, condições e necessidades do futuro empreendimento, com o objetivo de analisar sua potencialidade e viabilidade, facilitando sua implantação. O Plano de Negócio também é um importante instrumento de ajuda ao empresário para enfrentar obstáculos e mudanças de rumos na economia ou no ramo em que atua. Para os empreendedores, que costumam ser mais realizadores do que redatores de propostas, é uma ferramenta extremamente útil. Um bom plano é peça indispensável para o sucesso de qualquer negócio. 2 - Para que serve o Plano de Negócio? a) Examina a viabilidade do empreen-dimento nos aspectos mercadológico, financeiro e operacional. O PN permite desenvolver idéias a respeito de como o negócio deve ser conduzido. É uma oportunidade para refinar estratégias e cometer erros no papel em lugar da vida real, examinando a viabilidade da empresa sob todos os pontos de vista, tais como o mercadológico, o financeiro e o operacional. b) Integra o Planejamento Estratégico. O PN é uma ferramenta pela qual o empresário pode avaliar o desempenho atual da empresa ao longo do Palavra-Chave Planejamento tempo. Por exemplo: a parte financeira de um plano de negócios pode ser usada como base para um orçamento operacional e ser cuidadosamente monitorada, para se verificar o quanto a empresa está se mantendo dentro do orçamento. A esse respeito, o Plano pode e deve ser usado como base para um planejamento estratégico. Depois de decorrido algum tempo e, a partir de então, periodicamente, o PN deve ser examinado para se ver onde a empresa se desviou do rumo, se esse desvio foi benéfico ou danoso e como ela deverá operar no futuro. c) É ferramenta de negociação e ajuda a levantar recursos. A maior parte dos financiadores ou investidores não colocará dinheiro em uma empresa sem antes ver o seu plano de negócio. O empreendedor poderá não ser levado a sério, nem mesmo convidado a voltar. O plano pode ser usado como uma ferramenta de negociação e contribui para aprovação de empréstimos nos bancos e acesso a linhas de financiamento. Um velho axioma ensina que se deve “ser claro a respeito do que se deseja do investidor, mas vago a respeito daquilo que está disposto a ceder”. 273 - A quem se destina O Plano de Negócio é um documento confidencial. Deve ser distribuído somente àqueles que têm necessidade de vê-lo, tais como a equipe gerencial, conselheiros profissionais e fontes potenciais de recursos. Público-alvo 1. Mantenedores de Incubadoras – iniciação de empresas, com condições operacionais facilitadas, mantidas por instituições de classe, centros de pesquisas, órgãos governamentais; 2. Parceiros – para definição de estratégias e discussão sobre formas de interação entre as partes; 3. Bancos – para pleitos de finan-ciamentos de equipamentos e instalações, capital de giro, expansão da empresa, etc; 4. Investidores – entidades de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimento, etc; 5. Fornecedores – para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamentos; 6. A própria empresa – para comunicação interna, da gerência com o conselho de administração e com os em- pregados (comprometimento mútuo de metas e resultados); 7. Clientes – para venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa; 8. Sócios – para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade. A apresentação do Plano de Negócio é formatada mais objetivamente nas ênfases relacionadas com o público específico. Cuidados importantes ao redigir um Plano de Negócio As fontes de financiamento não vêem com bons olhos um plano que está sendo “leiloado” por aí. O ideal é que seja enviado para poucos, no máximo dez fontes financeiras. Nunca se deve enviar os planos às fontes financeiras em seqüência. Esta abordagem pode adiar por anos um sucesso. Ao determinar a quem enviar o plano, pesquise cuidadosamente que espécies de fontes estão interessadas no campo em que eles estão. Espere a resposta de cada instituição, antes de passar à seguinte. Alguns bancos somente emprestam em certas áreas geográficas; alguns investidores só investem em determinados tipos de empresas. 28 Um Plano de Negócios bem estruturado é fundamental para o sucesso do novo empreendimento. Antes de entrar diretamente na montagem do seu Plano de Negócios, atente para quatro elementos que são fundamentais: 1.Conceito do Negócio 2.Funções fundamentais do Negócio 3.Planos de Ação 4.Orçamento Nota: No site www.geranegocio.com.br você encontrará o detalhamento deste elementos e a possibilidade de levantar perguntas sobre o seu empreendimento. Utilizaremos a seguir um Modelo de Plano de Negócios que você também poderá baixar através do site www.pucrs.br/agt/raiar/download/plano.pdf. 29 1. Resumo Executivo 2. O Produto/Serviço 2.1 Características 2.2 Diferencial tecnológico 2.3 Pesquisa e desenvolvimento 3. O Mercado 3.1 Clientes 3.2 Concorrentes 3.3 Fornecedores 3.4 Participação no Mercado 4.Capacidade Empresarial 4.1 Empresa 4.1.1 Definição da Empresa 4.1.2 Missão 4.1.3 Estrutura Organizacional 4.1.4 Parceiros 4.2 Empreendedores 4.2.1 Perfil Individual dos Sócios (Formação/Qualificações) 5. Estratégia de Negócio 5.1 Ameaças e Oportunidades 5.2 Pontos fortes e fracos 5.3 Objetivos 5.4 Estratégias 6. Plano de Marketing 6.1 Estratégias de Vendas 6.2 Diferencial Competitivo do produto 6.3 Distribuição 6.4 Política de preços 6.5 Projeção de vendas 6.6 Serviços Pós-venda e Garantia 7. Planejamento e Desenvolvimento do Projeto 7.1 Estágio atual 7.2 Cronograma 7.3 Gestão das Contingências 8. Plano Financeiro 8.1 Investimento Inicial 8.2 Receitas 8.3 Custos e Despesas 8.4 Fluxo de caixa 8.5 Demonstrativo de Resultados / Lucratividade Prevista 8.6 Ponto de Equilíbrio 8.7 Balanço Patrimonial 9.Anexos Modelo de Plano de NegóciosModelo de Plano de NegóciosModelo de Plano de NegóciosModelo de Plano de NegóciosModelo de Plano de Negócios 30 1. Resumo Executivo O Resumo Executivo é comumente apontada como a principal seção do plano de negócios, pois através dele é que o leitor perceberá se o conteúdo a seguir o interessa ou não e, portanto, se continuará, ou não, a ler o documento. Portanto, é no resumo executivo que o empreendedor deve "conquistar" o leitor. Nesta seção do plano o empreendedor apresenta um breve resumo da empresa ou negócio, sua história, área de atuação, foco principal e sua missão. É importante que esteja explícito ao leitor o objetivo do documento (ex.: requisição de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para potenciais parceiros ou clientes, apresentação de projeto para ingresso em uma incubadora etc.). Devem ser enfatizadas as características únicas do produto ou serviço em questão, seu mercado potencial, seu diferencial tecnológico e competitivo. Também devem ser apontadas perspectivas de futuro do negócio (oportunidades identificadas, o que se pretende fazer para abraçá-las, o que é preciso para tal, porque os empreendedores acreditam que terão sucesso, etc). Tudo isso, de maneira sucinta, sem detalhes, mas em estilo claro. Recomenda-se que esta seção tenha cerca de 01 a 02 páginas, no máximo. É importante salientar que o empreendedor apenas terá condições de elaborar o sumário executivo ao final da elaboração do plano de negócios, pois ele depende de todas as outras informações do plano para ser feito. 2. O Produto/Serviço 2.1 Características Deve-se relacionar aqui as principais características dos produtos e serviços da empresa, para que se destinam, como são produzidos, os recursos utilizados, fatores tecnológicos envolvidos etc. Se a empresa estiver, através do plano de negócio, apresentando um produto ou serviço específico, deve centrar-se nele. 2.2 Diferencial tecnológico Relaciona-se neste item o diferencial tecnológico dos produtos e serviços da empresa em relação à concorrência. Para manter-se competitivo é necessário manter-se atualizado quanto às tendências tecnológicas; e as empresas intensivas em tecnologia, especialmente, dependem do desenvolvimento continuo de produtos e serviços que promovam a inovação tecnológica. 2.3 Pesquisa e desenvolvimento A empresa deve cultivar um plano de desenvolvimento de novos projetos, produtos e tecnologias, que atendam às demandas futuras do mercado e deve expressar, neste item, quais suas perspectivas para o futuro. É importante que o empreendedor perceba que todo produto tem um ciclo de vida e que, para manter-se na vanguarda, precisa continuamente estar pesquisando e desenvolvendo novos projetos. Não é efetivo centrar-se apenas no projeto/produto atual. 3. O Mercado 3.1 Clientes Neste item deve-se descrever quem são os clientes ou grupos de clientes que a empresa pretende atender, quais são as necessidades destes clientes potenciais e como o produto/serviço poderá atendê-los. É fundamental procurar conhecer o que influencia os futuros clientes na decisão de comprar produtos ou serviços: qualidade, preço, facilidade de acesso, garantia, forma de pagamento, moda, acabamento, forma de atendimento, embalagem, aparência, praticidade etc. 31 É importante estar atento ao definir quem é o cliente. O cliente não é apenas quem vai tomar a decisão de compra. Cliente é quem vai usar diretamente o produto; é quem vai ser afetado pelo uso do produto; é quem vai tomar a decisão de compra e por aí afora. Por exemplo: Quem é o cliente de uma empresa que se propõe ao desenvolvimento de um software para automação de padarias? É o funcionário que deverá manusear o software (o usuário)? É o dono da padaria? É o padeiro? Quem é? O empreendedor deve perceber a complexidade da definição de quem é o seu cliente. No caso do software para padaria, identificar apenas o dono da padaria como cliente pode ser um grande problema, porque o software pode não contemplar as necessidades do usuário final e ser inviabilizado por uma questão operacional. Da mesma maneira, se apenas o usuário for foco de atenção, talvez o software deixe de agradar o dono da empresa que é quem vai tomar a decisão de compra. Também o cliente da padaria precisa sentir-se satisfeito pelo impacto que o software irá gerar sobre o atendimento que recebe. Ou seja, é importante que se faça uma boa reflexão acerca de quem é o cliente para o produto/serviço em questão. Partir de um pressuposto limitado pode comprometer a aceitação do produto/serviço final. Outro exemplo para reflexão: Quem é o cliente de um software educacional infantil? É a criança? São os pais da criança? São os diretores de escola? Os professores? Quem deve ser considerado no momento de concepção e desenvolvimento das idéias que caracterizarão o software? 3.2 Concorrentes Aqui deve-se relacionar os principais Concorrentes, que são as pessoas ou empresas que oferecem mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes àqueles que serão colocados no mercado consumidor pelo novo empresário. Deve-se descrever quantas empresas estão oferecendo produtos ou serviços semelhantes, qual é o tamanho dessas empresas e, principalmente, em que a empresa nascente se diferencia delas. Diversas características podem ser foco de análise, tais como: qualidade, preço, acabamento, durabilidade, funcionalidade, embalagem, tamanho, qualidade no atendimento, facilidade de acesso, forma de apresentar a mercadoria, e o nível de satisfação em relação às mercadorias ou serviços disponíveis. Neste item, é importante que o empreendedor perceba que não pode se limitar a identificar apenas o concorrente atual; precisa estar atento aos concorrentes potenciais. Ou seja, se o mercado em questão é um mercado extremamente atraente, que não impõe muitas barreiras a novos empreendedores, certamente outras empresas irão em breve se instalar. Quando um negócio é "quente", muitos correm em direção a ele; neste caso, a concorrência que num determinado momento é pequena, em outro pode ser bem maior. Outro ponto a ser considerado é o produto substituto. O empreendedor não deve prender-se apenas a empresas que desenvolvem produtos e serviços iguais aos seus; deve estar atento a tudo o que acontece em sua volta, porque produtos, serviços e tecnologias que aparentemente não constituem uma ameaça, podem vir a substituir o seu produto ou a tornar seu negócio obsoleto.Cabe mencionar ainda a relevância de que a análise da concorrência não se restrinja ao ambiente local e regional; especialmente na área tecnológica, o concorrente pode estar em qualquer lugar do globo. 3.3 Fornecedores Os Fornecedores são o conjunto de pessoas ou organizações que suprem a empresa de equipamentos, matéria-prima, mercadorias e outros materiais necessários ao seu funcionamento. Na escolha de fornecedores deve-se considerar a qualidade, quantidade, preço, prazo e forma de pagamento e de entrega, garantia e assistência técnicade equipamentos, e outras informações úteis, dependendo das mercadorias ou serviços a serem oferecidos. 3.4 Participação no Mercado Identifica-se, neste item, a fatia de mercado da empresa, dentre os principais concorrentes. Mostra- se a situação atual da empresa, a performance da empresa, qual sua participação no mercado. Para que o empreendedor possa planejar a participação desejada, deve, neste item realizar uma pesquisa de mercado (investigar informações como tamanho atual do mercado, quanto está crescendo ao ano, quanto está crescendo a participação de cada concorrente, nichos pouco explorados pelos concorrentes etc). 32 4. Capacidade Empresarial 4.1 Empresa 4.1.1 Definição da Empresa Neste item deve-se descrever a empresa, seu histórico, área de atuação, crescimento, faturamento dos últimos anos, sua razão social, estrutura legal, composição societária, etc. Evidentemente, aqueles empreendedores que estiverem iniciando sua empresa a partir deste plano de negócios não terão muito sobre o que explanar neste item além da composição societária da empresa e a área de atuação. Notar que quando falamos em empresa neste documento, estamos nos referindo também a projetos e equipes ainda não formalizados como empresa; consideramos que cada equipe proponente de um projeto constitui uma empresa em potencial. 4.1.2 Missão A missão da empresa deve refletir a razão de ser da empresa, qual o seu propósito e o que a empresa faz; corresponde a uma imagem/filosofia que guia a empresa. 4.1.3 Estrutura Organizacional Demonstrar como a empresa será estruturada/ organizada (ex.: área comercial, administrativa, técnica, etc) relacionando a área de competência de cada sócio nesta estrutura e suas atribuições. 4.1.4 Parceiros É importante que o empreendedor perceba que sua empresa não pode estar sozinha. Ela precisa de parceiros para se viabilizar e crescer. Neste item, deve-se identificar os parceiros do negócio, a natureza da parceria e como cada um deles contribui para o produto/serviço em questão e para o negócio como um todo. 4.2 Empreendedores 4.2.1 Perfil Individual dos Sócios (Formação/Qualificações) Elabora-se um breve resumo da formação, qualificações, habilidades e experiência profissional dos sócios. O sucesso de uma empresa pode ser determinado pela capacidade dos donos do negócio e pela quantidade de tempo que eles serão capazes de dedicar a este negócio. Se os empreendedores desejarem disponibilizar o currículo completo dos sócios, devem colocá-lo em anexo. 33 5. Estratégia de Negócio Neste item, o empreendedor deve despertar para o fato de que para que sua empresa obtenha êxito, não basta ter um bom produto. É preciso ter um negócio. Produtos não geram receita por si só; negócios geram receita. E para que se tenha um negócio, é preciso ter uma estratégia e uma estrutura que permitam posicionar o produto em seu mercado. É comum empresas que possuem um bom produto "morrerem" porque não conseguiram encontrar uma maneira de posicionar este produto no mercado. Alguns exemplos para ilustrar este conceito: não basta uma empresa ter um produto tecnologicamente revolucionário, se o preço dele está acima do que seu cliente pode pagar; não basta ter um produto "quentíssimo", que pode gerar receita a curto prazo para a empresa, se os empreendedores não identificaram outros espaços no mercado para explorar depois que este espaço inicial estiver esgotado (uma empresa não nasce para viver por apenas 02 ou três anos – deve ter perspectiva de vida indeterminada e crescer continuamente); não adianta uma empresa ter o produto ideal para seu cliente, se não for encontrada uma maneira viável de fazer este produto chegar até ele; não adianta ter um produto interessante mas sem diferencial, que qualquer empresa possa fazer igual, sem dificuldade; e assim por diante. Portanto, o empreendedor deverá planejar seu negócio. A partir da análise já feita nos itens anteriores, deve identificar as oportunidades e as ameaças que o ambiente lhe apresenta; identificar os pontos fortes e fracos de sua empresa; definir objetivos a alcançar; identificar estratégias que permitirão o atingimento destes objetivos e encontrar maneiras de colocar estas estratégias em prática. 5.1 Ameaças e Oportunidades Com base no que pesquisou e escreveu até o momento, e evidentemente com base em tudo o que sabe sobre seu negócio, o empreendedor deve ter identificado um conjunto de oportunidades que poderá explorar para crescer e ter sucesso, bem como um conjunto de ameaças, que deverá administrar adequadamente para resguardar sua empresa do fracasso. Vale ressaltar aqui que oportunidades não identificadas ou não aproveitadas devidamente, podem se transformar em ameaças. E ameaças bem administradas podem ser transformadas em oportunidades. Portanto, este item merece atenção especial do empreendedor que está planejando seu negócio. Na identificação das ameaças e oportunidades o empreendedor deve olhar para fora de sua empresa e buscar os mais diversos aspectos que podem afetar seu negócio: concorrentes, mercado consumidor, legislação, tecnologia, etc. 5.2 Pontos fortes e fracos Neste item, o empreendedor deve olhar para dentro de sua empresa – disponibilidade de recursos, disponibilidade de pessoal, qualificação do pessoal, rede de parcerias, etc. Quais são os pontos fortes e os pontos fracos desta estrutura interna? 5.3 Objetivos De maneira bem sucinta, o que a empresa quer conquistar? É isto que este item deve esclarecer. Os objetivos da empresa devem ser definido de maneira quantitativa, passível de mensuração. Por exemplo: qual a participação de mercado pretendida pela empresa? Quanto ela quer faturar? Em quanto tempo? Quanto quer crescer ao ano? E assim por diante. 5.4 Estratégias Levando em consideração as ameaças e oportunidades que já identificou em seu ambiente de negócio e os pontos fortes e fracos que identificou internamente na sua empresa, o empreendedor deverá identificar e definir as estratégias, ou seja, os caminhos que irá trilhar para chegar aos objetivos propostos. As estratégias afetam a empresa como um todo e definem sua postura perante o mercado. Estão relacionadas ao longo prazo. É em função das estratégias aqui definidas que serão elaborados os planos operacionais (sugeridos nos itens a seguir). Os planos detalham, sob a ótica operacional, a estratégia; definem como traduzi-la em ações e implementá-la. Estão relacionados com o curto prazo. Alguns aspectos nos quais o empreendedor deverá refletir ao definir as estratégias são: Os investimentos para implantação e crescimento da empresa serão feitos com recursos próprios ou será buscado recurso externo? No caso de recursos externos, que tipo de recurso o empreendedor vislumbra obter? Quais parcerias serão estabelecidas para a decolagem do 34 negócio? Qual segmento do mercado será explorado (a empresa irá se posicionar inicialmente frente a um determinado público identificado ou irá atacar em diversas frentes)? A empresa irá se diferenciar de seu concorrente em função de preço ou qualidade? E outras questões que correspondam a fatores críticos ao sucesso do negócio em questão, segundo a percepção do empreendedor. Aqui ele tem a oportunidade de mostrar sua "visão" do negócios. 6. Plano de marketing O Plano de Marketing apresenta como o empreendedor pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda, sempre de acordo com a estratégia definida anteriormente acerca do posicionamento da empresa no mercado. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. 6.1 Estratégias de Vendas Descreve-se aqui qual opúblico-alvo ao qual o produto/serviço será dirigido e como será apresentado para venda. Aqui o empreendedor deve explicitar o argumento central de venda que irá adotar, ou seja, o que será enfatizado em seu produto/serviço como ponto forte para que ele seja atrativo a seu público alvo. Por exemplo, pode-se enfatizar o fator preço, qualidade, marca, garantia/assistência técnica, benefícios potenciais ao cliente etc. 6.2 Diferencial Competitivo do produto O empreendedor deve deixar claro qual o valor ou benefícios adicionais que seus clientes obtêm quando escolhem sua empresa em lugar da concorrência. Toda empresa deve concentrar esforços para alcançar desempenho superior em uma determinada área de benefício para o consumidor; pode esforçar-se para ser líder em serviços, em qualidade, em estilo, em tecnologia etc. O empreendedor deve identificar a vocação de sua empresa e enfatizá-la, porque é muito difícil liderar em todas as áreas. 6.3 Distribuição Aqui deve-se identificar e determinar os possíveis canais de distribuição para disponibilizar o produto/ serviço, no local, tempo e quantidade certos, para 6.4 Política de preços Neste item será indicada a estratégia de preços a adotada pela empresa e as margens de lucro praticadas. É interessante listar um ranking de preços que permita um comparativo com a concorrência. O empreendedor deve demonstrar a lógica de sua estratégia: Por que o preço praticado é efetivamente o melhor preço em termos de resultado para a empresa? É melhor porque permite maior volume de vendas? É melhor porque oferece maior margem de lucro? Neste segundo caso, o cliente estará disposto a pagar por esta maior margem? Por que? Enfim, o empreendedor deve buscar subsídios (em outras partes do próprio plano de negócios) para demonstrar que existe harmonia entre as diversas estratégias propostas. Pausa para reflexão: O prezado leitor está percebendo como todos os itens acerca do qual estamos discorrendo estão estreitamente relacionados? Se você não estiver se sentido absolutamente amarrado ao escrever cada um destes itens, em relação ao que escreveu nos itens anteriores, dê uma pausa e volte a refletir em sua estratégia de negócio. 6.5 Projeção de vendas Estima-se o quanto a empresa pretende vender ao longo do tempo, levando-se em conta a participação de mercado planejada. A demonstração das projeções deverá ser elaborada de acordo com a finalidade que se deseja: se desejo um controle operacional diário, as projeções deverão se iniciar em períodos diários, passando a semanais, mensais e assim por diante; se desejo um controle estratégico de médio prazo, os períodos da demonstração poderão ser mensais, trimestrais, e assim por diante; se desejo um controle estratégico de longo prazo, os períodos da demonstração poderão ser anuais; etc. A seguir sugere- se uma forma bastante razoável de demonstração destas projeções para um período de 5 anos: mensalmente para o primeiro semestre, trimestralmente para o segundo, semestralmente para o segundo ano e anualmente para os três últimos. O empreendedor pode optar por adotar a técnica de cenários. Ou seja, ao invés de fazer uma única projeção, o que pode ser considerado extremamente arriscado num contexto de tanto incerteza e instabilidade como o atual, o empreendedor pode fazer, por exemplo, três projeções: uma tendencial (se as coisas continuarem melhor atender às necessidades do consumidor. A distribuição deve ser feita de maneira adequada para que seja possível dominar o seu nicho no mercado, através da maximização das vendas, alavancagem demarca, valor agregado, satisfação e lealdade dos clientes. 35 7. Planejamento e Desenvolvimento do Projeto Evidentemente, antes de se vender alguma coisa, é preciso ter um produto/serviço. Portanto, é preciso fazer um planejamento para o desenvolvimento “físico” do projeto. A pergunta chave é: quanto tempo será necessário até que a empresa possa começar efetivamente a vender? 7.1 Estágio atual Apresenta-se o estágio em que se encontra o projeto em questão. 7.2 Cronograma Deve ser apresentado um cronograma esperado para a conclusão do projeto. 7.3 Gestão das Contingências O empreendedor deve apontar as principais dificuldades que poderão ser enfrentadas pela empresa durante o desenvolvimento do projeto e descrever as estratégias que serão utilizadas para reduzir ou eliminar o impacto destas dificuldades. 8. Plano Financeiro No plano financeiro, apresentam-se, em números, todas as ações planejadas para a empresa. Algumas perguntas chave que o empreendedor deverá responder neste item são: Quanto será necessário para iniciar o negócio? Existe disponibilidade de recursos para isto? De onde virão os recursos para o crescimento do negócio? Qual o mínimo de vendas necessário para que o negócio seja viável? O volume de vendas que a empresa julga atingir torna o negócio atrativo? A lucratividade que a empresa conseguirá obter é atrativa? 8.1 Investimento Inicial Especifica-se neste item os custo com as instalações, suprimentos, equipamentos e mobiliário necessários para a implantação do negócio. Estas especificações ajudarão no levantamento do investimento fixo – ativo permanente - necessário para implantação da empresa. Mesmo que a empresa esteja instalada (ou pretenda se instalar) numa incubadora, que comumente oferece parte desta estrutura inicial, estes valores devem ser considerados. 8.2 Receitas No item "6.5 Projeção de Vendas" o empreendedor já definiu a projeção das suas vendas esperadas para o horizonte de cinco anos. Com estes dados em mãos, juntamente com a determinação do preço a ser praticado pelo seu produto ou serviço, poderá visualizar suas vendas em termos de valores, as quais denominamos de receitas. 8.3 Custos e Despesas Neste item deverão ser levantados todos os valores que serão despendidos para a produção do produto/ serviço que a empresa está se propondo. Deverão ser levantados tanto os custos de produção quanto as despesas relativas ao suporte à produção como à administração, vendas etc. Por questões de simplificação adotaremos a nomenclatura de despesas a todos os custos e despesas incorridos pela empresa. Estas despesas poderão ser denominadas de fixas ou variáveis. A diferenciação entre ambas é a sua relação direta com o volume de produção/vendas ou não, isto é, as despesas variáveis irão sofrer acréscimos (ou como estão...), uma pessimista (se isto ou aquilo der errado...) e uma otimista (se isto ou aquilo der certo...). O empreendedor que se sente confortável para fazer estas diferentes projeções de maneira coerente e fundamentada comprova bom conhecimento de seu ambiente de negócios, porque precisa ter noção de tendências acerca das mais diversas variáveis que podem afetar sua empresa. Para a projeção das vendas, o empreendedor não deve esquecer de considerar se os produtos/serviços estão sujeitos a oscilações sazonais. 6.6 Serviços Pós-venda e Garantia Neste item o empreendedor pode apontar os serviços pós-venda e de garantia que a empresa oferece para seu cliente. Além deste tipo de serviço ser percebido de maneira positiva pelo cliente, ele é um importante canal de comunicação da empresa com seu ambiente de negócios, porque aponta preciosas informações de mercado que poderão nortear o aprimoramento do produto/serviço ou mesmo o processo de inovação da empresa. 36 decréscimos) proporcionalmente ao aumento (redução) do volume produzido/vendido, enquanto que as fixas poderão ter aumentos também mas não diretamente proporcionais à produção/vendas. O site indicado ao final deste modelo de PN fornece, de forma bem didática e simplificada, planilhas para o desenvolvimento destas projeções. (Obs: neste primeiro momento não será necessário levar em consideração os efeitos da inflação utilizando-se dos valores atuais, tanto de receitascomo de despesas, para as projeções futuras). 8.4 Fluxo de caixa O fluxo de caixa é um instrumento que tem como objetivo básico, a projeção das entradas (receitas) e saídas (custos, despesas e investimentos) de recursos financeiros por um determinado período de tempo. Com o fluxo de caixa, o empreendedor terá condições de identificar se haverá excedentes ou escassez de caixa durante o período em questão, de modo que este constitui um importante instrumento de apoio ao planejamento da empresa (especialmente na determinação de objetivos e estratégias). Evidentemente não haverá condições de executar- se um plano sem disponibilidade financeira para tal. A partir das informações levantadas nos itens anteriores, juntamente com investimentos adicionais que porventura venham a ser feitos e retirando-se itens não monetários (quando não existe o efetivo pagamento da despesa, é somente um valor contábil. P.Ex.: depreciação), o fluxo de caixa pode ser montado. 8.5 Demonstrativo de Resultados / Lucratividade Prevista Com base nos valores já identificados, relativos às entradas e saídas da empresa, o empreendedor poderá utilizar a planilha “Demonstrativo de Resultados” para chegar à lucratividade de seu negócio. A partir disso, terá condições de apurar informações cruciais como o retorno que terá sobre o capital investido na empresa e o prazo de retorno sobre o investimento inicial. Isto é fundamental para que se avalie o grau de atratividade do empreendimento. Por exemplo: você investiria anos de sua vida num negócio que não pode lhe oferecer retorno melhor que uma aplicação financeira de baixo risco? 8.6 Ponto de Equilíbrio O cálculo do ponto de equilíbrio ajuda o empreendedor a encontrar qual o nível de vendas em que a receita será igual a todas as saídas de caixa da empresa. Isto é importante porque indica qual o nível mínimo de vendas que a empresa deverá manter para que não opere com prejuízo. De uma forma simplificada poderemos identificar o Ponto de Equilíbrio (PE) através da seguinte fórmula: PE=Despesas Fixas ($) Receitas ($) – Despesas Variáveis ($) Receitas ($) 8.7 Balanço Patrimonial No caso de empresas já constituídas, é conveniente apresentar o balanço patrimonial, que possibilita a visualização das disponibilidades e obrigações de curto e longo prazo da empresa e, assim, uma avaliação da solidez da empresa. 9. Anexos Curriculum Vitae dos principais sócios/gerentes e referências profissionais, se houver Ilustrações dos produtos, se houver Estudos de mercado, se houver Publicações pertinentes. 37 Perguntas que devem estar respondidas no Plano de Negócios: • Descrição do Negócio. • Que tipo de negócio você está planejando? • Que produtos ou serviços você vai oferecer? • Por que o seu produto ou serviço vai ter êxito? • Quais são as suas oportunidades de crescimento? • Plano de Marketing • Quem são os seus clientes potenciais? • Como você atrairá os seus clientes e se manterá no mercado? • Quem são os seus concorrentes? Como eles estão prosperando? • Como vai promover as suas vendas? • Quem serão os seus fornecedores? • Qual será o sistema de distribuição utilizado para o seu produto/serviço? • Qual imagem sua empresa vai transmitir aos clientes? • Como você vai desenvolver o design de seu produto? • Plano Organizacional • Quem administrará o seu negócio? • Que qualificações deverá ter sue gerente? • Quantos empregados precisará e quais as suas funções? • Como você administrará as suas finanças? • Quais são os consultores ou especialistas necessários? • Que legislações ou movimentos de ONGs poderão afetar seu negócios? • Plano Financeiro • Qual a renda total estimada para seu negócio no primeiro ano? • Quanto lhe custará para abrir o negócio e mantê-lo durante 18 meses de operação? • Qual será o fluxo de caixa mensal durante o primeiro ano? • Que volume de vendas você vai precisar para obter lucros durante os primeiros três anos? • Qual será o valor do capital em equipamentos? • Quais serão as suas necessidades financeiras totais? • Como você pretende assegurar o pagamento dos seus custos fixos? • Quais serão as suas fontes financeiras potenciais? • Como utilizará o dinheiro do empréstimo ou dos investidores? • Como o empréstimo será assegurado? 38 Unidade II: Auto-Avaliação Chegamos ao final de nossa disciplina e esperamos ter despertado o empreendedor que existe em você. Os textos que seguem têm o objetivo de levá-lo a mais alguns momentos de reflexão. O Tesouro de Bresa Por Raul Candeloro Outro dia recebi uma história muito interessante, chamada ‘O Tesouro de Bresa’, onde uma pessoa pobre compra um livro com o segredo de um tesouro. Para descobrir o segredo e chegar ao tesouro, a pessoa tem que decifrar todos os idiomas escritos no livro. Ao estudar e aprender estes idiomas começam a surgir oportunidades na vida do sujeito, e ele lentamente (de forma segura) começa a prosperar. Depois ele precisa decifrar os cálculos matemáticos do livro. É obrigado a continuar estudando e se desenvolvendo, e a sua prosperidade aumenta. No final da história, não existe tesouro algum. Na busca do segredo, a pessoa se desenvolveu tanto que ela mesma passa a ser o tesouro. Qualquer um que quiser ter sucesso e prosperidade precisa aprender a trabalhar a si mesmo com muita disciplina e persistência. Não há profissional algum que alcance objetivos sem dominar antes seu próprio ‘mercado interior’; se não o fizer, vai produzir o quê? Que produto vai ser interessante para quem? Vejo com freqüência as pessoas dando um duro danado no trabalho, porque foram preguiçosas demais para darem um duro danado em si mesmas. Os piores são os que acham que podem dar duro de vez em quando. Ou que já deram duro e agora podem ‘puxar de volta’, se acomodar, usufruir. Entenda: o processo de melhoria não deve acabar nunca. A acomodação é o maior inimigo do sucesso!!! Por isso dizem que a viagem é mais importante que o destino, e que a felicidade não é um porto de chegada, mas a maneira de navegar. O que você fez e faz de si mesmo, o que e quem você é acaba sendo muito mais importante do que o que você tem. O ‘pulo do gato’ não pode ser dado pelo rato: não está dentro do roedor, só do felino. A pergunta importante não é ‘quanto vou ter?’ mas, sim, ‘no que vou me transformar?’ Não é ‘quanto vou ganhar?’ mas sim o ‘quanto vou aprender para saber fazer?’. Pense bem e você notará que tudo o que você tem é fruto direto da pessoa que você se fez, somando cada pequena escolha de todos os momentos que foram usados em seus pensamentos, ações e expressões. Se você não tem o suficiente, ou se acha o mundo injusto, é a hora de rever conceitos e mudar. Alguém certa vez comentou que se todo o dinheiro do mundo fosse repartido igualmente, em pouco tempo estaria de volta ao bolso de poucos. Há a lguns meses , o empresá r io ma i s r i co do mundo hoje, Bill Gates, nas páginas amarelas da “Veja”, repetiu este conceito acrescentando, ainda, que no seu caso pessoal, de certa forma, acertou porque estava preparado para agir do jeito certo, no momento preciso e no lugar adequado. Porque a verdade é que é difícil receber mais do que se é. Como diz Jim Rohn, no que ele chama de ‘grande axioma da vida’: ‘Para ter mais amanhã, você precisa ser mais do que é hoje’. Esse deveria ser o foco da sua atenção. Não são necessários esforços e saltos fantásticos, revolucionários e repentinos. Melhore 1% todos os dias (o conceito de “Kaizen”), em diversas áreas da sua vida, sem parar. Continue, mesmo que os resultados não sejam imediatos e que aparentemente/ superficialmente pareça que não se está melhorando. Porque existe, de acordo com Rohn, um outro axioma: o de não mudar. ‘Se você não mudar quem você é, você continuará tendo o que sempre teve’. (texto capturado em 16 de janeiro de 2005 – www.idph.com.br)O Vôo dos Gansos No outono, quando se vê bandos de gansos voando rumo ao sul, formando um grande “V” no céu, indaga- Bons negócios! 39 se sobre o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que, quando cada ave bate as asas, move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás. Ao voar em forma de “V”, o bando se beneficia de pelo menos 71% a mais de força de vôo do que uma ave voando sozinha. Pessoas que têm a mesma direção e sentido de comunidade podem atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil, pois viajam beneficiando-se de impulso mútuo. Sempre que um ganso sai do bando, sente subitamente o esforço e a resistência necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra outra vez em formação para aproveitar o deslocamento de ar provocado pela ave que voa imediatamente à sua frente. Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, manter- nos-íamos em formação com os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir. Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da formação e outro ganso assume a liderança. Vale a pena nos revezarmos em tarefas difíceis, e isto serve tanto para as pessoas quanto para os gansos que voam rumo ao sul. Os gansos de trás gritam, encorajam os da frente para que mantenham a velocidade. Finalmente, quando um ganso fica doente ou ferido por um tiro e cai, dois gansos saem da formação e o acompanham para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que consiga voar novamente, ou até que morra. Só então levantam vôo sozinhos ou em outra formação, a fim de alcançar seu bando. Se tivéssemos o sentido dos gansos, também ficaríamos sempre ao lado do outro para cuidarmos dele. (texto capturado em 20 de janeiro de 2005 – www.idph.com.br) Reflita e responda: O que o vôo dos gansos pode nos ensinar? 40 Desafios - Fábula da águia “A águia empurrou gentilmente os filhotes para a beira do ninho. Seu coração trepidava com emoções conflitantes enquanto sentia a resistência deles. ‘Por que será que a emoção de voar precisa começar com o medo de cair?’ - pensou. Esta pergunta eterna estava sem resposta para ela. Como na tradição da espécie, seu ninho localizava- se no alto de uma saliência, num rochedo escarpado. Abaixo, havia somente o ar para suportar as asas de cada um de seus filhotes. A despeito de seus medos, a águia sabia que era tempo. Sua missão materna estava praticamente terminada. Restava uma última tarefa: o empurrão. A águia reuniu coragem através de uma sabedoria inata. Enquanto os filhotes não descobrissem suas asas, não haveria objetivos em suas vidas. Enquanto não aprendessem a voar, não compreenderiam o privilégio de terem nascido águias. O empurrão era o maior presente que a águia-mãe tinha para dar-lhes, era seu supremo amor. E por isso, um a um, ela empurrou, e todos voaram”. (Autor desconhecido) (texto capturado em 20 de janeiro de 2005 – www.idph.com.br) Renovação - A Águia A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos ela está com: 1. As unhas compridas e flexíveis, não conseguem mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. 2. O bico alongado e pontiagudo se curva, apontando contra o peito. 3. As asas estão envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!! Então, a águia só tem duas alternativas: 1. Morrer... ou 2. Enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz. (texto capturado em 18 de janeiro de 2005 – www.idph.com.br) Como nasce um paradigma Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de um tempo, quando um dos macacos ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo da surra no novato. Um terceiro foi trocado e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas. paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos. 41 Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui, por que mudar?” Observação: É incrível como ouvimos freqüentemente essa resposta, nos mais diversos lugares e situações. De vez em quando, devemos avaliar porque estamos “batendo” em algo, alguém ou em nós mesmos, sem nenhum motivo concreto ou que justifique muitas das nossas atitudes. (texto capturado em 4 de janeiro de 2005 – www.idph.com.br) “É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Albert Einstein 42 Glossário Amistosa Próprio de amigo, amical, amigável. Averbação Averbar – escrever em verba, à margem de. Declarar em nota, à margem de título ou de um registro. Axioma Premissa imediatamente evidente que se admite como universalmente verdadeira sem exigência de demonstração. Cessionário Que faz cessão (ato de ceder). Equiparados Equiparar – guarnecer ou prover do necessário para a manobra, defesa, sustentação do pessoal. Esmera-se Adquirir ou mostrar esmero – cuidado excepcional em qualquer serviço. Ideograma Sinal de notação das escritas analíticas, como, p. ex., o hieróglifo egípcio ou os símbolos abstratos das escritas chinesas. Indivisibilidade Que não pode ser dividido. Inserção Ato de inserir, colocar, introduzir, intercalar, incluir. Inusitada Não usado, incomum, estranho. Multiplicidade Qualidade de multíplice, grande nº, abundância. Pecuniária Relativo a, ou representado por dinheiro. Pertinentes Relativo, referente, pertencente. Pressupostos Que se pressupõe – circunstâncias ou fato considerado como antecedente necessário de outro. Quorum Número mínimo de pessoas presentes exigido por lei ou estado para que um órgão coletivo funcione. Reciprocamente Recíproco – que implica troca ou permuta. Sistematicamente Sistemático – referente ou conforme a um sistema. Suplentes Que supre; substituto; pessoa que supre, substituto. Suscetíveis Passíveis de receber impressões, modificações ou adquirir qualidades, capaz. Tipificando Tipificar – tornar-se típico, caracterizar-se. Transmitação Num sistema que recebe energiaradiante, fração dessa energia que é transmitida pelo sistema. 43 Referências Bibliográficas DEGEN, Ronald Jean. O Empreendedor – Fundamentos da Iniciativa Empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1989. Aprender a Empreender – SEBRAE. IPGN – Iniciando um Pequeno Grande Negócio – SEBRAE. MALHEIROS, Rita de Cássia. Viagem ao Mundo do Empreendedorismo. Florianópolis: IEA, 2003. IRLEY, Sue. Dominando os Desafios do Empreendedor. São Paulo: Makron Books, 2001. LODISH, Leonardo. Empreendedorismo e Marketing. Rio de Janeiro: Campus, 2002. SALIM, César Simões. Construindo Planos de Negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. DORNELAS, José Carlos. Empreendedorismo Corporativo. Rio de Janeiro: Campus, 2003. Bibliografia Complementar CHIAVENATO, Idalberto. Vamos abrir um novo negócio? São Paulo: Makron Books, 1995. CORRADO, Frank M. A força da comunicação - quem não se comunica... Tradução Bárbara Theoto Lambert; revisão técnica Mario Tapias Gomes. São Paulo: Makron Books, 1994. DOLABELLA, Fernando. O segredo de Luisa. São Paulo: Centro de Arte e Cultura, 2000. DRUKER, P. F. Inovação e Espírito Empreendedor. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1987. 44 Prof. José Maria da Costa Ferreira Sites Úteis Ministério da Fazenda: www.receita.fazenda.gov.br Instituto Nacional do Seguro Social – INSS: http://www.previdenciasocial.gov.br Secretaria de Estado da Fazenda: http://www.sef.rj.gov.br Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro - JUCERJA http://www.jucerja.rj.gov.br Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro: http://www.rio.rj.gov.br/clf SEBRAE Nacional: www.sebrae.com.br SEBRAE / RJ: www.sebraerj.com.br Novo Código Civil Brasileiro - Lei número 10.406, de 10 de janeiro de 2002. http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm Instituto Empreender Endeavor http://www.endeavor.org.br Starta Centro de Empreendedorismo. http://www.starta.com.br Geranegócio. http://www.geranegocio.com.br