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Direito Civil – material II

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Direito Civil – material II
Professora Paula Regina Martins
Sujeitos do direito nascimento e fim
Personalidade
Art.2º, CC "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro".
 
Pessoa - O vocábulo pessoa é derivado do latim persona, no sentido técnico-jurídico, exprime ou designa todo ser, capaz ou suscetível de direitos e obrigações. Praticamente, é o ser, a que se reconhece aptidão legal para ser sujeito de direitos, no que se difere da coisa, tida sempre como o objeto de uma relação jurídica.
Sujeitos do direito nascimento e fim
Conceito de pessoa: em consonância a doutrina dita como tradicional, “pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo sinônimo de sujeito de direito” (Maria Helena Diniz).
 
Personalidade jurídica: toda pessoa é dotada de personalidade, é conceito básico da ordem jurídica, que a estende a todos os homens indistintamente, consagrando-a na legislação civil e nos direito constitucionais de vida, liberdade e igualdade. É a qualidade jurídica que se revela como condição preliminar de todos os direitos e deveres (Haroldo Valladão in Maria Helena Diniz).
Sujeitos do direito nascimento e fim
OBS: a personalidade das pessoas naturais ou físicas começa no momento em que nascem com vida. Permanece por toda a existência da pessoa, que só a perde com a morte. Todo ser humano é pessoa, do momento em que nasce até o momento em que morre.
Pessoa natural: nascimento com vida.
Pessoa jurídica: atos constitutivos são registrados no órgão competente.
 
Sujeitos do direito nascimento e fim
Para Caio Mário da Silva Pereira, liga-se à pessoa a ideia de personalidade, que exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações.
O CC de 2002 reconhece a personalidade para toda pessoa natural (ser humano), bem como para certas entidades morais, denominadas pessoas jurídicas (agrupamentos humanos), que se subordinam aos preceitos legais e se associam para melhor atingir seus objetivos sejam de ordem econômica ou social, como associações e sociedades, ou através de fundações, constituídas de um patrimônio destinado a um fim determinado.
 
Capacidade jurídica e legitimação:
Art. 1º, CC, “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”.
 
Para Sílvio Rodrigues, “afirmar que o homem tem personalidade é o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos”. O direito civil pátrio encaixou o conceito de capacidade ao de personalidade, assim pode-se dizer que a capacidade é a medida jurídica da personalidade, ou seja, “manifestação do poder de ação implícito no conceito de personalidade”.
Capacidade jurídica e legitimação:
No entanto, apesar dos autores via de regra considerarem sinônimas as expressões personalidade jurídica e capacidade jurídica, para José Carlos Moreira Alves, se faz necessário diferenciá-las. Assim, personalidade jurídica é conceito absoluto, ou seja, ela existe ou não existe enquanto capacidade jurídica é conceito relativo, ou seja, pode ter-se mais capacidade jurídica, ou menos. Concluindo, a personalidade jurídica é a potencialidade de adquirir direitos e contrair obrigações; a capacidade jurídica é o limite dessa potencialidade.
 
OBS: só mediante representação ou assistência poderá realizar-se um ato de interesse de um incapaz e, ainda assim, sob a observância de rigorosas formalidades legais.
 
Capacidade jurídica e legitimação:
OBS: só mediante representação ou assistência poderá realizar-se um ato de interesse de um incapaz e, ainda assim, sob a observância de rigorosas formalidades legais.
 
Capacidade de direito ou de gozo: é a que todos têm e adquirem ao nascimento com vida, não pode ser recusada ao indivíduo, sob pena de se negar sua qualidade de pessoa. Pode ser chamada também de capacidade de aquisição de direitos.
Todo ser humano possui a capacidade de direito, indistintamente, estendendo-se aos privados de discernimento e as crianças, independentemente do seu grau de desenvolvimento mental, podendo assim herdar, receber doações, etc.
Capacidade jurídica e legitimação:
Capacidade de fato ou de exercício ou de ação: é a aptidão para exercer por si só, os atos da vida civil. Por faltarem para algumas pessoas requisitos como a maioridade, saúde, desenvolvimento mental, a lei no intuito de protegê-las, exige a participação de outra pessoa, que as represente ou assista.
Por isso os recém nascidos e amentais possuem apenas a capacidade de direito, mas não capacidade de fato.
Aquele que possui as duas capacidades tem a chamada capacidade plena, já os que só tem a de direito, tem a capacidade limitada, necessitando que outra pessoa o substitua ou complete sua vontade, por essa razão são denominados incapazes.
Capacidade relativa e absoluta
Capacidade relativa 
 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:  
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;   (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015) 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;   (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.   (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
Capacidade relativa e absoluta
Os relativamente incapazes são assistidos, o que difere da regra acima, uma vez que os absolutamente incapazes são representados. Os atos praticados pelos relativamente incapazes são atos anuláveis, segundo a legislação. No entanto, os atos por eles praticados são passíveis de ratificação ou confirmação se não comprometerem direito de terceiro. A limitação do pródigo é restrita, e o curador só precisa assisti-lo em alguns atos (art. 1.782 do Código Civil).
Capacidade relativa e absoluta
Uma pessoa física pode adquirir a capacidade de fato ao longo de sua vida, tanto como pode perdê-la. Mas como adquiri-la? A regra geral é que a pessoa humana adquire a capacidade de fato quando:
– ao completar 18 (dezoito) anos;
– pela concessão dos pais (emancipação);
– pelo casamento;
– pelo exercício de emprego público efetivo;
– pela colação em curso de ensino superior;
– pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Capacidade relativa e absoluta
Incapacidade Absoluta
Sujeitos :
Menor de 16 anos. 
Enfermos ou deficientes mentais que não possuem discernimento.
Suprimento da incapacidade
Representação
Negócios Jurídicos
Nulos.
Atos jurídicos, ato ilícito e negócio jurídico.
FATOS e ATOS JURÍDICOS 
 
O conceito de “fato jurídico” tem por definição em seu stricto sensu, evento de caráter natural que incide ou repercute no âmbito jurídico. Ou seja, ocorre independentemente da vontade humana, possui uma motivação naturalística, mesmo que sendo decorrente de atos humanos. Dentre os exemplos mais conhecidos: um raio cai sobre uma casa ou o nascimento de uma criança.
O fato jurídico é todo aquele fato que possui ou engendra relevância jurídica, sendo então, nesse sentido, origem do Direito, ao mesmo tempo para o qual este se volta e torna-se o seu fim. O fato jurídico já está e só existe, na competência do Direito.
Atos jurídicos, ato ilícito e negócio jurídico.
* Fatos Naturais (ordinários: comuns, esperados - Ex: nascimento, morte, completar 16, 18, 70 anos).
(extraordinários: ocorrem raramente, sendo impossível prevê-los, tampouco evitá-los. Casos fortuitos, força maior -> ex: terremoto). 
* Atos Jurídicos: Lícitos: ato jurídico propriamente dito - vontade simples; negócio jurídico: vontade qualificada; ato-fato jurídico: o ato humano visto pelo Direito como fato, ou seja, os efeitos jurídicos nascem de um comportamento humano, contudo, por não ser razoável invalidar o ato, considerar-se-á o ato como fato.Ex: Um menino de 8 anos de idade compra um sorvete, porém, aquele não possui capacidade jurídica para tal, mas não invalida-se o ato, por não ser razoável, e sim considera-se como fato. 
Atos jurídicos, ato ilícito e negócio jurídico.
Ilícitos: antijurídicos; contrários à lei.
 
OBS : qualquer ato jurídico é proveniente de pessoa. Para sua validade reclama o ato jurídico essencialmente de que seu agente seja capaz, seja licito o seu objeto e sua forma seja prescrita ou não vedada em lei.
Atos jurídicos, ato ilícito e negócio jurídico.
NEGOCIO JURIDICO
 
Conceito: É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o intuito de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos. Para diferenciar o Ato jurídico do Negócio jurídico, observa-se que no primeiro a vontade é simples (realizar ou não o ato) e no segundo, por sua vez, a vontade é qualificada (realizar ou não o ato e escolher o conteúdo/efeito do ato), ou seja, no Ato jurídico os efeitos são previstos em lei, ao passo que no Negócio jurídico alguns efeitos decorrem das leis, podendo outros efeitos ser acordados entre as partes.
Atos jurídicos, ato ilícito e negócio jurídico.
NEGÓCIO JURÍDICO – Existência e Validade = Elementos Essenciais
 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
  I - agente capaz;
  II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
  III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Atos jurídicos, ato ilícito e negócio jurídico.
Defeito do negocio jurídico
 
A vontade é a mola propulsora dos atos e dos negócios jurídicos. Essa vontade deve ser manifesta ou declarada de forma idônea para que o ato tenha vida normal na atividade jurídica e no universo negocial. Se essa vontade não corresponder ao desejo do agente, o negocio jurídico torna-se susceptível de nulidade ou anulabilidade.
Quando a vontade é totalmente tolhida, não se pode nem mesmo se falar em existência do negocio jurídico. O negocio jurídico será inexistente por lhe faltar o requisito essencial.
Quando, porém, a vontade é declarada, com vício ou defeito que torna mal dirigida, mal externada, estamos, na maioria das vezes, no campo do negocio jurídico ou ato anulável, isto é, o negocio terá vida jurídica somente até que, por iniciativa de qualquer prejudicado, seja pedida sua anulação.
Atos jurídicos, ato ilícito e negócio jurídico.
Nesse tema, o Código Civil, o Capitulo IV, do livro III, dá a essas falhas de vontade a denominação de “defeitos dos negócios jurídicos”.
 
 Classificação dos defeitos do negócio jurídico
Os defeitos dos negócios jurídicos se classificam em:
a) Vícios do Consentimento: são aqueles em que a vontade não é expressa de maneira absolutamente livre, podendo ser eles: Erro; Dolo; Coação; Lesão e; Estado de Perigo.
b) Vícios Sociais: são aqueles em que a vontade manifestada não tem, na realidade, a intenção pura e de boa-fé que enuncia, sendo eles: Fraude contra Credores e Simulação.
Atos jurídicos, ato ilícito e negócio jurídico.
Classificação dos defeitos do negócio jurídico
Erro ou Ignorância
Conceito: O erro é um engano fático, uma falsa noção da realidade, ou seja, em relação a uma pessoa, negócio, objeto ou direito, que acomete a vontade de uma das partes que celebrou o negócio jurídico.
Dolo
Conceito: Nossa lei não define dolo, limitando-se o art. 145, do CC a estatuir que “são os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a causa”.
Sendo assim, podemos qualificar dolo como artifícios ou manobras de uma pessoa visando a induzir outra em erro a fim de tirar proveito para si ou pra terceiro na realização do negócio jurídico.
Não se pode confundir erro com o dolo, pois naquele o equivoco se forma espontaneamente, no dolo ele é induzido.
Classificação dos defeitos do negócio jurídico
Coação
Conceito: A coação pode ser conceituada como sendo uma pressão de ordem moral, psicológica, que se faz mediante ameaça de mal serio e grave, que poderá atingir o agente, membro da família ou a pessoa a ele legada, ou, ainda, ao patrimônio, para que a pessoa pratique determinado negócio jurídico.
Classificação dos defeitos do negócio jurídico
Estado de Perigo
Conceito: Configura o estado de perigo quando alguém premido pela forte necessidade de livrar-se de grave dano à pessoa, realiza negócio jurídico com outrem, sabedor dessa necessidade, em condições excessivamente onerosas, o declarante expressa a sua vontade sob efeito de forte pressão psicológica. No entanto, no estado de perigo, diferentemente do que ocorre com a coação, o beneficiário não empregou violência psicológica ou ameaça para que o declarante assumisse a obrigação excessivamente onerosa. 
ex: Ocorre quando alguém para se livrar de forte dor de dente e por falta de opção aceita as condições excessivamente onerosa do cirurgião dentista ou, então, uma pessoa almejando salvar seu filho de doença que necessita de cirurgia urgente promete um milhão de reais ao médico e este aceita sabendo da situação emocional em se encontra o pai).
Classificação dos defeitos do negócio jurídico
Lesão:
Conceito: É vício do negócio jurídico que se caracteriza pela obtenção de um lucro exagerado por se valer uma das partes da inexperiência ou necessidade econômica da outra. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob preeminente necessidade, ou inexperiência, se obriga à prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta, sendo que a avaliação dessa desproporção será feita segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado.
Fraude Contra credores:
A fraude contra credores é um vício social.
Conceito: É a prática de qualquer negócio jurídico pelo devedor insolvente ou na iminência de o ser, que importe em diminuição de seu patrimônio, coma finalidade de frustrar o direito de seus credores.
Classificação dos defeitos do negócio jurídico
Simulação
A simulação é um vicio social.
Conceito: É uma declaração falsa, enganosa, da vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente desejado. Negócio jurídico simulado, assim, é o que tem aparência contrária à realidade. A simulação é o produto de um conluio entre contratantes, para lesar terceiro ou obter efeito diferente que a lei estabelece, (ex. adoção efetuada em juízo, mas que nunca se concretizou de maneira factual, pois o adotado e adotante nunca mantiveram uma relação familiar, ou seja, não há relação de affectio familiares).
 
Contratos
Conceito: Contrato é negócio jurídico bilateral que gera obrigações para ambas as partes, que convencionam, por consentimento recíproco, a dar, fazer ou não fazer alguma coisa, verificando, assim, a constituição, modificação ou extinção do vínculo patrimonial
 
Validade do contrato: acordo de vontades, agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei.
Contratos
A compra e venda de imóveis 
Elementos da compra e venda: coisa; preço e consentimento.
Características: 
Bilateral (sinalagmático) - Cria obrigações para ambos os contratantes, que são ao mesmo tempo credores e devedores.
Oneroso - Ambas as partes auferem vantagens, que correspondem a sacrifícios patrimoniais.
Comutativo - Com equivalência aproximada das prestações e contraprestações. 
Consensual - Aperfeiçoa-se com o simples consenso dos contraentes.
Solene - Quando a lei o exigir (ex.: escritura pública para compra de imóveis).
Contratos
Do aluguel
 
O contrato de locação é um dos mais importantes e também um dos mais utilizados no meio contratual.
Características: trata-se de um contrato bilateral, comutativo, oneroso, consensual, de relação duradoura e não solene.
Os seus elementos são idênticos ao da compra e venda.
 
Contratos
Doação
Art. 12 CC - Considera-se doação contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere de seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.
 
Conceito: É a transmissão voluntária de uma coisa ou de um conjunto delas, que faz uma pessoa, doador, em favor de outra, donatário sem receber nada comocontraprestação.
O contrato de doação possui características bastante específicas como:
 
Contratos
A natureza contratual - A natureza contratual da doação refere-se ao fato de o Código Civil ter a considerado como um contrato, devido ao fato de ser necessária a sua forma duas partes, o doador e o donatário. Esta concepção contratual predomina na doutrina moderna.
O animus donandi - ânimo do doador de fazer uma liberalidade.
A transferência de bens para o patrimônio do donatário - é necessária e o elemento objeto da doação. A vantagem deve ser patrimonial e deve haver aumento de um patrimônio a custa de outro.
A aceitação do donatário - é indispensável para o aperfeiçoamento da doação.
 
OBS: A doação é um contrato, em regra, gratuito, unilateral e formal. Tendo como requisito a capacidade.
Contratos
Dação em pagamento
Ocorre quando o devedor, com a anuência do credor, solve sua obrigação mediante a entrega de outro bem que não seja dinheiro, em substituição da prestação originalmente acordada, extinguindo a obrigação. Após a apuração do preço da coisa a ser dada em pagamento.
 O devedor só se desonera da obrigação após entregar ao credor exata­mente o objeto que prometeu dar, ou realizar o ato a que se comprome­teu. Do contrário, a obrigação converter-se-á em perdas e danos.
Em regra, o credor não é obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa (art. 313 - CC). No entanto, se aceitar a oferta de uma coisa por outra, estará caracterizada a dação em pagamento.
Contratos
Novação
A palavra novação origina-se da expressão latina novatio ( novus, novo, nova obligatio).
Os romanos já os conheciam, definindo-a como a "transferência (translatio, transfusio) duma dívida antiga para uma obrigação nova".
A novação é uma operação jurídica do Direito das obrigações que consiste em criar uma nova obrigação, substituindo e extinguindo a obrigação anterior e originária. O próprio termo "novar" já é utilizado no vocabulário jurídico para se referir ao ato de se criar uma nova obrigação persiste, assumindo nova forma.
Conceito: Novação é a extinção de uma obrigação pela formação de outra, destinada a substituí-la. Dessa forma, a novação é o ato jurídico pelo qual se cria uma nova obrigação com o objetivo de, substituindo .outra anterior, a extinguir
Contratos
Requisitos:
Existem três requisitos elencados por Orlando gomes, segundo ele "para restar configurada concorrer três elementos :
a)   A existência jurídica de uma obrigação - "obligatio novanda".
b)   Constituição de nova obrigação - "aliquid novi".
c)   O ânimo de novar - "animus novandi".
 Efeitos:
A novação tem um duplo efeito: ora se apresenta como força extintiva, porque faz desaparecer a antiga obrigação, ora como energia criadora, por criar uma nova relação obrigacional. Exerce, concomitantemente, uma dupla função: pela sua força extintiva, é ela liberatória, e como força criadora, é obrigatória.
Contratos
Empréstimos: mútuo e comodato
Mútuo é um adjetivo masculino que classifica algo que acontece reciprocamente entre duas ou mais pessoas.
Esta palavra tem origem no latim mutuus e significa algo que é recíproco e expressa a ideia de troca ou permuta entre duas partes.
 Contrato de mútuo é um conceito do âmbito jurídico que indica uma situação onde existe o empréstimo de uma coisa fungível, ou seja, que pode ser consumida com o uso.
Nos casos onde a coisa que é emprestada é consumida e desaparece, a pessoa que recebeu a coisa emprestada mantém a obrigação de devolver o mesmo gênero de coisa, na mesma quantidade.
Contratos
Um dos principais exemplos é o empréstimo de dinheiro. O contrato que define as condições do empréstimo de dinheiro é conhecido como mútuo feneratício.
OBS: quando o empréstimo de dinheiro é feito por uma instituição financeira, certamente, será na modalidade de mútuo oneroso, o qual implica na cobrança de juros (remuneração devida pela utilização de capital alheio)
 
Contratos
Comodato é um tipo de contrato em que ocorre o empréstimo gratuito de coisas que não podem ser substituídas por outra igual, como um imóvel. A única obrigação de quem recebe o bem é devolver no prazo combinado e nas mesmas condições que recebeu.
Pelo direito, o conceito de comodato é o empréstimo de bens não fungíveis. Fungível é o bem consumível, e que pode ser trocado por outro exatamente igual em valor ou quantidade. O termo é normalmente relacionado à moeda ou mercadorias agrícolas, por exemplo. 
Contratos
Ou seja, unidades de sacos de soja são bens fungíveis e podem ser trocadas em um contrato mútuo, enquanto um imóvel é não fungível e seu regime de empréstimo é o comodato.
Um exemplo usual de comodato é o comodato de aparelhos celulares pelas operadoras de telefonia. Nestes as operadoras emprestam o aparelho a empresas, em regime de contrato para uso empresarial, e a companhia cliente paga apenas pelo consumo em telefonia e dados, podendo desfrutar do aparelho sem custos.
 
Contratos
Mútuo e comodato
Tanto no mútuo como no comodato, alguém recebe uma coisa emprestada. A diferença é que enquanto no caso mútuo o bem recebido é consumível, e a pessoa deve restituir na mesma quantidade e qualidade; no comodato a pessoa deve devolver a mesma coisa que foi emprestada.

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