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Planejando a Aposentadoria SEST - Serviço Social do Transporte SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte Qualquer parte dessa obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. Fale Conosco 0800 728 2891 ead.sestsenat.org.br 3 Sumário Apresentação 6 Unidade 1 | Tipos de Aposentadoria 8 1. Tipos de Aposentadoria 9 1.1. O Regime Geral da Previdência Social 9 1.2. Aposentadoria por Idade 11 1.3. Aposentadoria por Tempo de Contribuição 12 1.4. Aposentadoria por Invalidez 12 1.5. Aposentadoria Especial 13 2. Aposentadoria, um Direito de Todos? 14 3. Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) 15 4. Previdência Complementar 16 Glossário 18 Atividades 19 Referências 20 Unidade 2 | O que é a Previdência Social? 21 1. O que é a Previdência Social? 22 1.1. O que a Previdência Social Pode Fazer por seus Segurados e Dependentes 24 1.2. Para os Segurados 25 1.3. Auxílio-Doença 25 1.4. Salário-Família 26 1.5. Salário-Maternidade 26 1.6. Auxílio-Acidente 27 1.7. E os Dependentes ? 27 1.8. Pensão por Morte 27 1.9. Auxílio-Reclusão 27 2. Outros Benefícios de Abrangência Geral 28 4 2.1. Serviço Social 28 2.2. Reabilitação Profissional 28 Glossário 30 Atividades 31 Referências 32 Unidade 3 | Previdência Privada: Vantagens e Desvantagens 33 1. Previdência Privada 34 1.1. As Principais Diferenças entre os Dois Modelos de Previdência 34 1.2. Vantagens e Desvantagens da Previdência Privada 36 1.4. Segurança nas Aplicações 37 1.5. Disciplina no Planejamento da Aposentadoria 37 1.6. Flexibilidade no Uso dos Recursos 38 1.7. Custos para Desistência 38 1.8. Taxas Administrativas 38 2. Tipos de Previdência Privada 39 2.1. PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre 39 2.2. VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre 40 2.3. Dicas para uma Boa Previdência Privada 40 2.4. Mude de Perfil se Estiver Perdendo Dinheiro 41 2.5. Mude de Banco se Você não Gostar da Gestão do seu Dinheiro 41 2.6. Não Quer Correr Muitos riscos? Opte Pelo Perfil Conservador 41 2.7. Quando usar o PGBL? 42 2.8. Quando usar o VGBL? 42 2.9. Tem Volume em Dinheiro? Diminua as Taxas 42 2.10. Quanto mais jovem, melhor 43 Glossário 45 Atividades 46 Referências 47 5 Unidade 4 | Planejando a Aposentadoria 48 1. Planejando a Aposentadoria 49 1.1. Uma Conquista Alcançada por Etapas 49 1.2. Como Planejar a Aposentadoria! 50 Glossário 51 Atividades 52 Referências 53 Unidade 5 | Organização do Planejamento Familiar 54 1. Organização do Planejamento Familiar 55 1.1. O Planejamento Familiar, Desde o Começo... 55 1.2. Conhecimento da Realidade Financeira 56 1.3. Acompanhamento Regular 56 1.4. Definição de Investimentos 57 1.5. Cuidado com os Investimentos 57 1.6. Projeção das Necessidades e Expectativas 57 2. E no Dia a Dia, Sempre! 58 Glossário 61 Atividades 62 Referências 63 6 Apresentação Prezado aluno, Seja bem-vindo ao Curso Planejando a Aposentadoria! Neste curso você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 20h e foi organizado em 5 unidades, conforme a tabela a seguir: Unidade Carga horária 1 - Tipos de Aposentadoria 5 horas 2 - O Que É a Previdência Social? 4 horas 3 - Previdência Privada: Vantagens e Desvantagens 4 horas 4 - Planejando a Aposentadoria 3 horas 5 - Organização do Planejamento Familiar 4 horas Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar pelos conteúdos e realizar as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas entre em contato com a suporteead@sestsenat.org.br (0800 7282891). Bons estudos! 7 8 UNIDADE 1 | TIPOS DE APOSENTADORIA 9 1 Tipos de Aposentadoria Vamos começar nossa abordagem falando dos tipos de aposentadoria contemplados pelo sistema previdenciário brasileiro. Segundo o Ministério da Previdência Social, esse sistema está dividido em três categorias de aposentadoria: • Regime Geral da Previdência Social • Regimes Próprios de Previdência Social • Previdência Complementar Vejamos cada uma delas nos subtópicos a seguir. 1.1 O Regime Geral da Previdência Social Se você está empregado com carteira assinada em regime de Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja, o regime CLT, certamente é um contribuinte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O INSS é uma autarquia do Ministério da Previdência Social encarregada de receber as contribuições dos trabalhadores e pagar as aposentadorias, as pensões por morte ou invalidez, o auxílio-acidente e outros tipos de benefícios que a lei assegura e coloca sob a responsabilidade do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Fonte: Previdência Social Fonte: Previdência Social 10 e O Regime Geral da Previdência Social (RGPS) é a previdência da grande maioria dos trabalhadores brasileiros. Ele foi estabelecido pela Lei n.o 8.213/1991 e inclui todos os indivíduos que contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Todo trabalhador que não estiver vinculado a um regime próprio de previdência e exercer alguma atividade econômica está automática e compulsoriamente vinculado ao Regime Geral de Previdência Social. Em outras palavras, a vinculação ao RGPS é obrigatória para a maioria dos trabalhadores brasileiros. Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social são de dois tipos: segurados e dependentes. Os segurados são, principalmente, os trabalhadores em regime de CLT, os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais, os empregados sob outras categorias menores – como os que exercem mandatos eletivos. Há também os segurados especiais, que fogem um pouco do espírito do regime previdenciário, em que todos contribuem compulsoriamente para garantir os benefícios. Os segurados especiais são aqueles que, embora não tenham contribuído regularmente, têm direito a algum benefício. Nessa categoria estão os pescadores artesanais, os pequenos arrendatários, os trabalhadores em regime familiar e outros. Finalmente, o segurado contribuinte individual (o antigo “autônomo”) é aquele que obtém renda, mas não se enquadra em nenhuma das categorias anteriores. 11 e A segunda categoria de beneficiários do Regime Geral de Previdência Social são os dependentes dos segurados. Nessa categoria estão, entre outros, os cônjuges, companheira, companheiro (inclusive em união homoafetiva), os filhos não emancipados menores de 21 anos ou inválidos. Em algumas situações, os pais e irmãos, desde que comprovem dependência econômica, também são considerados dependentes. Os segurados da Previdência Social têm direito a um de quatro tipos de aposentadoria. A seguir, você poderá conhecer cada tipo em detalhes. • Aposentadoria por idade; • Aposentadoria por tempo de contribuição; • Aposentadoria por invalidez; • Aposentadoria especial. 1.2 Aposentadoria por Idade A aposentadoria por idade é uma das formas de aposentadoria mais conhecidas. É concedida aos homens que atingiram 65 anos e às mulheres com 60 anos de idade. No caso de trabalhadores rurais, esses limites são de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. 12 e Para segurados inscritos após 25 de julho de 1991, o tempomínimo de contribuição para efeito de aposentadoria é de 15 anos ou 180 contribuições. Caso o segurado tenha começado a contribuir antes dessa data, o limite mínimo é de 144 contribuições. 1.3 Aposentadoria por Tempo de Contribuição Para este tipo de aposentadoria, ao invés da idade mínima, o segurado precisa comprovar 35 anos de contribuição, no caso de homem, e 30 anos para as mulheres. e Existem categorias profissionais para as quais o tempo de contribuição é diferenciado. Veja o caso de professores, por exemplo: 30 anos para homens e 25 para mulheres. 1.4 Aposentadoria por Invalidez A aposentadoria por invalidez é concedida quando a pessoa fica incapacitada para o trabalho. Esse tipo de aposentadoria é concedido após perícia médica do INSS, e pode ocorrer por doença ou acidente. 13 1.5 Aposentadoria Especial A aposentadoria especial é concedida a trabalhadores que, por necessidades profissionais, foram expostos a substâncias nocivas à saúde. Nessa categoria enquadram- se os produtos químicos, físicos ou biológicos. Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho não exigem tempo de contribuição. O processo de aposentadoria por invalidez ou aposentadoria especial é complexo e, às vezes, ocorre depois de um longo acompanhamento por parte da perícia técnica do INSS. Tudo vai depender da gravidade do quadro clínico do segurado, o qual será constatado por intermédio de um ou mais exames feitos por perito do órgão, acompanhado de laudo médico e demais documentos comprobatórios do estado de saúde do segurado. a Para efeito de aposentadoria especial, o segurado deverá ter em mãos documentação, de acordo com os padrões estabelecidos pelo INSS, que comprove sua exposição aos agentes nocivos. Essa documentação deverá ser fornecida pelo empregador e terá como base laudo técnico de condições ambientais expedido por profissional da área: médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Aposentadoria especial é um tipo de aposentadoria assegurada apenas a algumas profissões que, por sua natureza, submetem os profissionais a algum tipo de risco. Pintores, eletricitários, metalúrgicos, frentistas, profissionais que ligam com agentes de risco físico, químico ou ergométrico, além de infectocontagiosos, estão entre que podem usufruir da aposentadoria especial. 14 Para conseguir esse tipo de aposentadoria, o grau de risco ao qual o trabalhador está constantemente exposto é analisado pelo INSS, ou pela Justiça, segundo um conjunto de critérios que são somados ao tempo de contribuição mínima necessária para a aposentadoria especial de cada tipo de atividade. Existem vários passos para se conseguir esse tipo de aposentadoria, mas muitos trabalhadores submetidos a riscos comprovados têm conseguido se aposentar por meio de processos judiciais, quando o INSS nega o pedido. 2 Aposentadoria, um Direito de Todos? Você já aprendeu que a primeira condição para se ter direito à aposentadoria pelo RGPS é ser segurado. Isso significa contribuir regularmente e cumprir os períodos de carência que cada benefício exige. h Existem duas maneiras de um trabalhador se filiar à Previdência Social. A primeira delas acontece automaticamente quando ele assina um contrato de trabalho. A segunda se aplica aos contribuintes individuais, que devem fazer sua inscrição diretamente na previdência, acessando o site www.previdencia. gov.br ou ligando para 0800 78 0191. 15 3 Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) Voltando um pouquinho, vimos que as aposentadorias se dividem em três tipos: Regime Geral da Previdência Social, Regimes Próprios de Previdência Social e Previdência complementar. Neste tópico, vamos falar sobre o segundo grupo, que é regido pela Lei n.º 9.717/1998 que contempla os regimes organizados pela União, estados, Distrito Federal e municípios para servidores públicos estatutários. Os RPPS se dividem em dois tipos: • A repartição simples, que é parecida com o RGPS que acabamos de conhecer e se baseia no recolhimento de contribuições das pessoas que estão em atividade para o pagamento dos benefícios. • A capitalização, que, por sua vez, adota o conceito de pré-financiamento do benefício. Nesse caso, é criado um fundo para investimento das contribuições dos trabalhadores. Devidamente administrado, esse fundo deverá produzir os recursos necessários para sustentar o custo total da aposentadoria do segurado. h A capitalização é um modelo sujeito às mudanças do mercado e pode não dar os resultados esperados por quem contribui para esse modelo. No entanto, ela é interessante porque rompe com o elo entre gerações: a princípio, quem está trabalhando hoje não precisa pagar a aposentadoria de quem já parou de trabalhar. 16 4 Previdência Complementar Agora, vamos falar sobre um tipo de previdência diferente, que vem se consolidando como alternativa para quem deseja ter mais segurança em termos de rendimentos pós-aposentadoria: a previdência complementar, um regime regulamentado (Lei Complementar n.º 109/2001) e colocado à disposição do trabalhador como opção para ele escolher conforme sua vontade. Por trás dos planos de previdência complementar existem entidades gestoras, as quais se encarregam de aplicar os benefícios dos segurados. Esses valores são estabelecidos com base em cálculos que visam garantir o valor das aposentadorias esperadas. As entidades de previdência complementar são classificadas segundo sua natureza: • Abertas: como o próprio nome diz, as entidades de previdência complementar abertas oferecem planos de benefícios que podem ser individuais, quando disponíveis para qualquer pessoa física, ou coletivos, quando são oferecidos a uma determinada pessoa jurídica contratante. • Fechadas: as entidades de previdência complementar fechadas são fundações ou sociedades civis acessíveis exclusivamente a empregados de uma ou mais empresas ou aos servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. Os fundos de pensão são entidades fechadas. 17 Agora é com Você! Você já pensou, seriamente, em fazer um plano de previdência privada para compor ou complementar sua aposentadoria? Muitas vezes, valores pequenos aplicados mensalmente garantem uma segurança no futuro. Que tal fazer uma simulação que mostre o quanto você poderia receber, no futuro, se aplicasse uma pequena quantia mensal a partir de hoje? No link <http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/ferramentas/previdencia- privada/>, é possível fazer exatamente esse cálculo. Ao inserir sua idade, a idade com a qual pretende se aposentar e o valor de sua contribuição mensal desejada, você consegue prever o quanto poderia receber no futuro. Ótimo, você acaba de finalizar sua unidade e está apto a testar seus conhecimentos nas questões referentes a ela. Prossiga em seus estudos para concluir o restante de seu curso. 18 Glossário Aposentadoria especial: concedida a trabalhadores que, por necessidades profissionais, foram expostos a substâncias ou condições de trabalho nocivas à saúde. Aposentadoria por idade: uma das formas de aposentadoria mais conhecidas. É concedida aos homens que atingiram 65 anos e às mulheres com 60 anos de idade. No caso de trabalhadores rurais, esses limites são de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres. Aposentadoria por invalidez: é concedida quando a pessoa fica incapacitada para o trabalho. Aposentadoria por tempo de contribuição: aposentadoria para a qual o segurado precisa comprovar 35 anos de contribuição, no caso de homens, e 30 anosde contribuição, no caso de mulheres. Capitalização: adota o conceito de pré-financiamento do benefício. INSS: uma autarquia do Ministério da Previdência Social encarregada de receber as contribuições dos trabalhadores e pagar as aposentadorias, as pensões por morte ou invalidez, o auxílio-acidente e outros tipos de benefícios que a lei assegura e coloca sob a responsabilidade do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Repartição simples: baseia-se no recolhimento de contribuições das pessoas que estão em atividade para o pagamento dos benefícios. Segurado contribuinte individual: (o antigo “autônomo”) é aquele que aufere renda mas não se enquadra em nenhuma das categorias anteriores. Segurados especiais: aqueles que, embora não tenham contribuído regularmente, têm direito a algum benefício. Nessa categoria estão os pescadores artesanais, os pequenos arrendatários, os trabalhadores em regime familiar e outros. Segurados: os trabalhadores em regime de CLT, os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais, os empregados sob outras categorias menores – como os que exercem mandatos eletivos. 19 d 1 - Para ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição, um homem precisa ter: ( ) 30 anos de contribuição. ( ) 35 anos de contribuição. ( ) 60 anos de idade. ( ) 32 anos de contribuição. 2 - Os segurados da Previdência Social têm direito a um de quatro tipos de aposentadoria, exceto: ( ) aposentadoria por idade ( ) aposentadoria por tempo de retribuição ( ) aposentadoria por invalidez ( ) aposentadoria especial 3 - Sobre os tipos de aposentadoria, é correto afirmar que: ( ) A aposentadoria por tempo de contribuição é concedida às mulheres após 32 anos de contribuição. ( ) A aposentadoria por invalidez, concedida após perícia médica do INSS, pode ocorrer por doença ou acidente. ( ) O trabalhador que não estiver vinculado a um regime próprio de previdência não pode ser vinculado ao Regime Geral de Previdência Social. ( ) A capitalização é um modelo de renda fixa e sempre confirma os resultados esperados por quem contribui. Atividades 20 Referências ALVIM, M. Aposentadoria especial. Curitiba: Juruá, 2014. BRASIL. Lei nº 13.183, de 4 de novembro de 2015. Altera, entre outras, a Lei nº 8.212/1991, e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: <www.planalto. gov.br/ ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13183.htm>. Acesso em: 3 nov. 2016. ______. Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012. Institui o regime de previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo, entre outros, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12618.htm>. Acesso em: 3 nov. 2016. ______. Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001. Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp109.htm >. Acesso em: 3 nov. 2016. ______. Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998. Dispõe sobre regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências. Brasília, 1998. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9717.htm>. Acesso em: 3 nov. 2016. _______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em: <www. planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L8213cons.htm>. Acesso em: 3 nov. 2016. IEPREV. Quais profissões têm aposentadoria especial garantida. Portal da internet, 2008. Disponível em: <http://www.ieprev.com.br/conteudo/id/6407/t/quais- profissoes-tem-aposentadoriaespecial-garantida>. Acesso em: 3 nov. 2016. LUQUET, M. Guia Valor Econômico de Planejamento da Aposentadoria. São Paulo: Globo, 2001. MPS. Ministério da Previdência Social. Portal oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.previdencia.gov.br>. Acesso em: 3 nov. 2016. MORAGAS, R. Aposentadoria. São Paulo: Paulinas, 2009. PRESOTTO, J. Preparação para a aposentadoria. São Paulo: LTR, 2009. VIEIRA, M. Aposentadoria especial. São Paulo: Jhmizuno, 2014. 21 UNIDADE 2 | O QUE É A PREVIDÊNCIA SOCIAL? 22 1 O que é a Previdência Social? De acordo com a Lei n.º 8.213, que trata sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social: Título I - Da finalidade e dos princípios básicos da Previdência Social Art. 1.º A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. (BRASIL, 1991, p.1) Como você viu, optamos por abrir esta unidade apresentando o que a Lei n.º 8.213/1991 define como sendo a natureza da previdência social brasileira. Trocando em miúdos, o que ela determina é que todo beneficiário deve ter asseguradas as condições para se manter dignamente em caso de incapacitação para o trabalho, idade avançada, tempo de serviço ou impedimentos daqueles de quem dependiam economicamente. Para ser eficaz, a Previdência Social também possui princípios e objetivos estabelecidos na Lei n.º 8.213 (Brasil, 1991). Vamos a eles: Art. 2.º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos: I - universalidade de participação nos planos previdenciários; 23 II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; h A previdência busca atender de forma universal e igualitária a todos os brasileiros, estejam eles na cidade ou no campo. III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários de contribuição corrigidos monetariamente; V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo; h Os valores dos benefícios são irredutíveis, isto é, não podem ser diminuídos para não perderem poder de compra. VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário de contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo; VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional; 24 h É direito do segurado optar, caso seja de seu interesse, por alguma forma de previdência complementar facultativa. VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados. Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII deste artigo será efetivada em nível federal, estadual e municipal. 1.1 O que a Previdência Social Pode Fazer por seus Segurados e Dependentes Quando se fala em Previdência Social, a primeira ideia que nos vem à mente é a estrutura que garante ao trabalhador o auxílio-doença, em caso de afastamento do trabalho por problemas de saúde, e a aposentadoria. Porém, a verdade é que o Regime Geral de Previdência Social presta uma grande gama de serviços a seus segurados e dependentes. Vejamos de que maneira esses serviços se distribuem, sua finalidade e o cidadão beneficiário de cada modalidade: 25 1.2 Para os Segurados Desde que preencha os requisitos e atenda às condições legais exigidas, o segurado do INSS tem direito aos seguintes serviços: • Aposentadoria por invalidez; • Aposentadoria por idade; • Aposentadoria por tempo de contribuição; • Aposentadoria especial; • Auxílio-doença; •Salário-família; • Salário-maternidade; • Auxílio-acidente. As aposentadorias ocupam boa parte do conteúdo deste curso. Que tal falarmos, então, de alguns benefícios importantes que também são de responsabilidade da previdência? 1.3 Auxílio-Doença O auxílio-doença é um direito ao qual o segurado faz jus quando fica incapacitado para trabalhar por mais de 15 dias consecutivos. 26 1.4 Salário-Família O salário-família é pago ao segurado na proporção do número de filhos ou equiparados. Têm direito a ele todos os empregados, inclusive o trabalhador doméstico e avulso, trabalhador rural e aposentados. Para ter direito ao pagamento do salário-família, o segurado deve apresentar os seguintes documentos: • Certidão de nascimento de todos os filhos, enteados e tutelados (original e cópia autenticada); • Documento de Identificação com foto e CPF; • Se o filho é inválido, avaliação da perícia médica do INSS; • Termo de Responsabilidade; • Comprovação de frequência escolar das crianças dependentes que tenham entre 7 e 14 anos de idade; • Caderneta de vacinação ou semelhante para as crianças dependentes que tenham até 6 anos de idade; • Requerimento de salário-família. 1.5 Salário-Maternidade O salário-maternidade é um direito com duração de 120 dias, equivalente a quatro meses, iniciando-se a contagem a partir de 28 dias antes do parto até o nascimento do filho. 27 1.6 Auxílio-Acidente Pode acontecer de um segurado sofrer um acidente e, mesmo depois de passada a fase crítica e curadas as lesões primárias, apresentar sequelas que limitem sua capacidade de retornar ao trabalho. Quando isso ocorrer, o segurado terá direito a um auxílio- acidente, que começará a ser pago no momento em que o auxílio-doença cessar. Esse pagamento independe de o segurado ter qualquer rendimento no período, mas não pode ser cumulativo com aposentadorias. 1.7 E os Dependentes ? Esposa, filhos e demais dependentes de um segurado da previdência têm direito aos seguintes benefícios: 1.8 Pensão por Morte Esta é uma garantia oferecida aos dependentes de um segurado que vier a falecer. Ela independe de o segurado ser aposentado ou não. 1.9 Auxílio-Reclusão O auxílio-reclusão é parecido com a pensão por morte. Nesse caso, se o segurado estiver preso e não receber qualquer provento – como aposentadoria, auxílio-doença ou abono –, os dependentes têm direito ao benefício. 28 2 Outros Benefícios de Abrangência Geral Existem alguns benefícios que estão fora da esfera financeira e que podem ser usufruídos tanto pelo segurado quanto por seus dependentes. Vejamos que benefícios são esses: 2.1 Serviço Social É uma frente de atuação da previdência que presta uma grande quantidade de serviços aos segurados e beneficiários. Tem cumprido papel fundamental no atendimento à família brasileira, fornecendo apoio jurídico, pesquisa social e intercâmbio, ajuda material, recursos sociais, parcerias com a sociedade civil, etc. 2.2 Reabilitação Profissional Voltado para proporcionar ao beneficiário que necessitar desses serviços a possibilidade de retorno à vida produtiva plena por meio de reeducação para o mercado de trabalho. Esse trabalho pode ser feito em diversas frentes, obedecendo às diretrizes do Regime Geral da Previdência Social para eventos decorrentes de acidentes de trabalho, conforme dispõe o Decreto nº 3.048 de 6 de maio de 1999, em seu capítulo V - Da Habilitação e da Reabilitação Profissional. 29 Agora é com Você! A Previdência Social possui um canal de vídeos no YouTube, na internet. Nesse canal, que se pode acessar pelo link <https://www.youtube.com/ channel/UCFFAOswsHmpEzb-RAGrIq3g>, você tem acesso a tópicos importantes para a chamada educação previdenciária. Assim, por esse link, você pode assistir a vídeos sobre auxílio-doença, salário-maternidade, aposentadoria especial etc. Trata-se de um excelente modo para obter informações sobre o tema. Aproveite a chance para navegar pelo canal e descobrir dicas importantes para o seu futuro e o de sua família! Você acaba de concluir o conteúdo desta unidade. Agora, você pode prosseguir para testar o que já aprendeu até este momento de seu curso e, na sequência, avançar em seus estudos até finalizar os tópicos. Mãos à obra! 30 Glossário Auxílio-acidente: auxílio para um segurado que sofra um acidente e, mesmo depois de passada a fase crítica e curadas as lesões primárias, apresente sequelas que limitem sua capacidade de retornar ao trabalho. Auxílio-doença: um direito ao qual o segurado faz jus quando fica incapacitado para trabalhar por mais de 15 dias consecutivos. Auxílio-reclusão: aplica-se ao segurado que estiver preso e não receber qualquer provento – como aposentadoria, auxílio-doença ou abono. Pensão por morte: esta é uma garantia oferecida aos dependentes de um segurado que vier a falecer. Reabilitação profissional: existe para proporcionar ao beneficiário que necessitar desses serviços a possibilidade de retorno à vida produtiva plena por meio de reeducação para o mercado de trabalho. Salário-família: pago ao segurado na proporção do número de filhos ou equiparados. Têm direito a ele todos os empregados, inclusive o trabalhador doméstico e avulso, trabalhador rural e aposentados. Salário-maternidade: um direito no qual a segurada possui 120 dias, ou quatro meses, iniciando-se a contagem a partir de 28 dias antes do parto até o nascimento do filho. Serviço social: é uma frente de atuação da previdência que presta uma grande quantidade de serviços aos segurados e beneficiários. 31 d 1 - O auxílio a que o segurado que sofrer um acidente e apresentar sequelas que limitem sua capacidade de retornar ao trabalho tem direito é conhecido como: ( ) Seguro-acidente ( ) Auxílio-acidente ( ) Auxílio-doença ( ) Seguro-saúde. 2 - Sobre os princípios, finalidade e objetivos da Previdência Social, é correto afirmar que: ( ) Não há necessidade de comprovação da frequência escolar para receber o salário-família. ( ) O salário-família é pago ao segurado na proporção do número de filhos ou equiparados.. ( ) Os dependentes do segurado têm direito a receber auxílio-doença e auxílio-acidente. ( ) O auxílio-acidente será pago juntamente com o auxílio- doença. 3 - O auxílio-doença é um direito ao qual o segurado faz jus quando fica incapacitado para trabalhar por mais de 05 dias consecutivos. ( ) verdadeiro ( ) falso Atividades 32 Referências BRASIL. Decreto nº 3.048 de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/decreto/d3048compilado.htm>. Acesso em: 3 nov. 2016. _______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em: <www. planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L8213cons.htm>. Acesso em: 3 nov. 2016. MORAGAS, R. Aposentadoria. São Paulo: Paulinas, 2009. PRESOTTO, J. Preparação para a aposentadoria. São Paulo: LTR, 2009. 33 UNIDADE 3 | PREVIDÊNCIA PRIVADA: VANTAGENS E DESVANTAGENS 34 1 Previdência Privada Nesta unidade vamos falar um pouco sobre a previdência privada, uma forma de aposentadoria complementar que costuma despertar interesse, curiosidade e dúvidas. Isso acontece porque o “desenho” da previdência privada, embora acene como uma proteção contra as perdas de poder aquisitivo da aposentadoria pública, ainda gera dúvidas quanto a ser, realmente, uma boa alternativa de investimento. 1.1 As Principais Diferenças entre os Dois Modelos de Previdência Para começar, é importante esclarecer que a previdência privada não tem nenhuma ligação com aprevidência social ou pública. Ou seja, não há qualquer vínculo com o Instituto Nacional do Seguro Social, que é o órgão responsável pelo pagamento das aposentadorias dos brasileiros que contribuem com a Previdência Social. Na verdade, podemos pensar na previdência privada como um tipo de investimento, ou melhor, uma poupança de longo prazo que o cidadão faz para se precaver contra o grande temor dos aposentados: a redução da renda quando da aposentadoria pública. e No entanto, isso não quer dizer que a previdência privada esteja livre de regulação pelo poder público. Existe um órgão do governo federal que se encarrega justamente de fiscalizar a atuação desse setor: a Susep – Superintendência de Seguros Privados. 35 Estamos falando, então, de dois modelos bastante distintos. Vejamos quais seriam as diferenças fundamentais entre eles: • A previdência privada pode ser vista como um tipo de renda vitalícia como aposentadoria. A previdência social, por sua vez, é um tipo de seguro social. Seu objetivo é substituir a renda do trabalhador em caso de incapacidade, doença, morte e idade avançada. • A previdência social é obrigatória, enquanto a previdência privada é opcional. • A previdência social tem um teto; a previdência privada não tem limitação e pretende, justamente, ser uma complementação aos limites da previdência social. • O pagamento dos benefícios pela previdência social é garantido pelo orçamento da seguridade social ou, caso não seja suficiente, com os recursos da União. A única garantia de pagamento da previdência privada é a boa gestão do investimento que o participante fez durante os anos de contribuição. a Uma insegurança da previdência privada: se o valor acumulado na conta do participante não for bem administrado, ou seja, se ocorrer má gestão das aplicações, existe o risco de o participante não receber o benefício combinado no início do contrato. É preciso muito cuidado para escolher o plano mais confiável! • A previdência social obedece a critérios de tempo de contribuição e de idade mínima para o recebimento do benefício, entre outros requisitos; a previdência privada é uma espécie de poupança, que pode ser retirada a qualquer momento se o participante desistir do plano. 36 • No caso de interrupção da atividade profissional, a previdência social funciona como uma espécie de seguro, amparando temporariamente o trabalhador. Isso pode acontecer no caso de acidente de trabalho, doença ou, para mulheres, por ocasião da gravidez. A previdência privada não prevê esse tipo de assistência. 1.2 Vantagens e Desvantagens da Previdência Privada Conforme estudamos até aqui, não existe um conflito entre os modelos de previdência pública e privada. Primeiro, porque a previdência pública é obrigatória para trabalhadores contratados no Brasil. Segundo, porque a previdência privada se apresenta como uma alternativa de garantia de manutenção do poder aquisitivo do aposentado, ou seja, como um complemento de renda à aposentadoria pública. Então, se não há conflito entre os modelos, a previdência privada, por funcionar como uma garantia de manutenção da renda do trabalhador, só pode ter vantagens, certo? Não é bem assim. Planos de previdência privada têm características próprias, que merecem um estudo cuidadoso antes da decisão de participar de um deles. Os Prós... 1.3 Benefício Fiscal Quem opta por um plano de previdência privada está fazendo um investimento de longo prazo. Nas aplicações tradicionais, como fundos de investimentos, o Imposto de Renda é recolhido sobre a rentabilidade mensal. No caso da previdência privada, o imposto só é recolhido na hora do resgate da aplicação. 37 h Se o imposto de renda será recolhido de qualquer forma, qual a vantagem? Aí é que está! O valor não recolhido mensalmente pode ser reaplicado e aumentar os rendimentos. 1.4 Segurança nas Aplicações Deixando de lado a natural insegurança sobre os futuros das aplicações, a verdade é que os gestores desses planos são especialistas em investimentos. Nesse caso, podem funcionar como uma excelente assessoria para quem, como a maioria dos trabalhadores, não conhece muito sobre as melhores alternativas de aplicação dos seus recursos. 1.5 Disciplina no Planejamento da Aposentadoria Fazer um plano de previdência privada implica pensar no futuro com antecedência e evitar fazê- lo só “lá na frente”. Isso se torna ainda mais importante quando pensamos nos enormes desafios que a previdência social vem enfrentando, não só no Brasil, os quais podem torná-la uma solução muito limitada de aposentadoria para as gerações futuras. 38 1.6 Flexibilidade no Uso dos Recursos Na previdência privada o participante não é obrigado a esperar o final do contrato para reaver seu dinheiro. Se ele precisar, pode retirá-lo antes. E os Contras: 1.7 Custos para Desistência Conforme foi dito, o participante pode deixar o plano de previdência privada a qualquer momento e reaver seu investimento, mas, para isso, deverá arcar com taxas de retirada antes do prazo. 1.8 Taxas Administrativas Fundos de previdência privadas são administrados por instituições que cobram por esses serviços. É preciso saber escolher aquele que oferece as melhores condições, pois é o investimento de cada um que vai pagar por esses serviços. 39 2 Tipos de Previdência Privada Basicamente, são dois os tipos de previdência privada: • Previdência aberta: pode ser contratada individualmente em bancos e seguradoras; • Previdência fechada: é o tipo de previdência contratado pela empresa para seus funcionários. As bases de negociação, nesse caso, costumam ser melhores, pois a empresa negocia coletivamente. Além disso, o empregador investe um percentual próprio. Nessa categoria enquadram-se os fundos de pensão, ou seja, as EFPC – Entidades Fechadas de Previdência Complementar. A previdência aberta, que você pode contratar individualmente, apresenta dois modelos de contratação. Vejamos: 2.1 PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre O PGBL é um plano de previdência complementar aberta (que pode ser contratado individualmente) em que o participante faz aportes de recursos, ou seja, investe seu dinheiro para, no futuro, obter uma renda a partir do usufruto do total acumulado. Assim, a lógica é simples: quanto mais você acumular, maior será a renda à qual você terá direito no futuro. É o tipo de plano indicado para quem faz declaração completa de Imposto de Renda, porque permite deduzir até 12% da renda total. Além disso: • As taxas de administração costumam ser menores do que as do VBL. • Cobra-se uma taxa de saída para quem se retira do plano durante os primeiros cinco anos. 40 2.2 VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre O VGBL é, em termos técnicos, um seguro de sobrevivência para pessoas. Assim, o participante faz aportes de recursos por algum tempo para, no futuro, usufruir destes recursos. Ele pode ser mais vantajoso que o PGBL para alguns usuários em função de suas peculiaridades tributárias, porque, no VGBL, o Imposto de Renda cobrado sobre a renda obtida no momento de usufruto dos recursos incide somente sobre os rendimentos, enquanto no PGBL este imposto pode incidir sobre o valor total a ser resgatado. É recomendado para quem faz declaração simplificada ou é isento de Imposto de Renda. O VGBL: • Em algumas instituições, como a Caixa Econômica Federal, é possível retirar-se do plano sem taxa de saída a partir do terceiro ano. • A cobrança de Imposto de Renda é feita apenas sobre a rentabilidade e não sobre o saldo total, como ocorre com o PGBL. • Por outro lado, o VGBL não permite dedução do Imposto de Renda. Para finalizar, aqui vão algumas dicaspara quando chegar o momento de você decidir pela contratação de um plano de previdência privada: 2.3 Dicas para uma Boa Previdência Privada Segundo Amanda Camasmie, consultora do site MoneyGuru, é preciso estar preparado para tomar as decisões acertadas no momento de escolher uma previdência privada. A seguir, você encontra algumas informações importantes baseadas nas orientações da consultora. 41 2.4 Mude de Perfil se Estiver Perdendo Dinheiro Os bancos e as seguradoras não costumam falar, mas você pode mudar de um perfil moderado para um conservador, se julgar que está perdendo dinheiro. O moderado tem uma promessa de ganhos maiores – mas os riscos também são maiores, então é mais fácil perder dinheiro. Segundo Fernando Nogueira da Costa, professor do Instituto de Economia da Unicamp, é importante optar por um banco em que é possível conferir mensalmente os rendimentos da sua previdência. O perfil pode ser alterado de dois em dois meses. 2.5 Mude de Banco se Você não Gostar da Gestão do seu Dinheiro Se você não estiver satisfeito com o banco ou a seguradora em que contratou a previdência, é possível fazer a transição do seu “patrimônio” para outra instituição financeira – operação também conhecida como portabilidade. Não se paga nenhuma taxa ou multa, é preciso apenas respeitar a carência estabelecida, que normalmente é de 60 dias. Mas a migração só vale se for na mesma modalidade de plano. Se você contratou um fundo PGBL, precisará continuar com esse plano. Não é possível alterar para VGBL e vice-versa. 2.6 Não Quer Correr Muitos riscos? Opte Pelo Perfil Conservador É fácil cair em tentação e optar por um plano de previdência com promessas de mais rendimentos. Mas os riscos são muito maiores. 42 “O perfil conservador normalmente trabalha com a renda fixa, que geralmente são aplicações em títulos públicos e oferecem menos riscos. Já os perfis moderados e agressivos costumam ter aplicações em ações, câmbio e fundos imobiliários, investimentos com maiores riscos”, aponta Fernando Nogueira da Costa, professor do Instituto de Economia da Unicamp. 2.7 Quando usar o PGBL? Use esse plano de previdência se tiver carteira assinada e fizer a Declaração do Imposto de Renda Completo. O PGBL permite deduzir até 12% da renda bruta total (valor investido + rendimentos) do IR. Ao invés de gastar esses 12% com outras coisas, invista novamente no plano de previdência, recomenda o educador financeiro Mauro Calil. 2.8. Quando usar o VGBL? Ele é vantajoso para quem faz a declaração simplificada do Imposto de Renda. Isso porque, nesta declaração, as deduções são substituídas por um desconto padrão de 20% sobre os seus rendimentos. Logo, não dá para aproveitar a dedução de 12% da renda bruta existente no PGBL. Compensa ainda porque a cobrança de 15% do Imposto de Renda é apenas sobre a rentabilidade. No PGBL, essa incidência do Imposto de Renda de 15% é sobre o saldo total (valor investido + rendimentos). 2.9 Tem Volume em Dinheiro? Diminua as Taxas Ter entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para investir em uma previdência pode significar um bom poder de barganha. “Com investimentos altos, dá para conseguir taxas de administração menores”, explica Fernando Nogueira da Costa, do Instituto de Economia da Unicamp. 43 Há previdências que oferecem vantagens para mulher Ao invés de contratar uma previdência tradicional, a mulher pode escolher produtos que oferecem algumas vantagens interessantes. Alguns bancos criaram produtos com vantagens como consulta ginecológica anual gratuita e gravidez premiada. 2.10 Quanto mais jovem, melhor Para maiores rendimentos, é bom começar a previdência antes dos 30 anos e esquecer o dinheiro por lá. Opte por um perfil conservador, corra menos riscos e ganhe mais no longo prazo. Antes de finalizar seus estudos, que tal conhecer um exemplo de simulação do quanto se poderia obter, no futuro, ao investir hoje uma pequena parcela de sua renda? Neste exemplo, você vê a projeção de acumulação de capital para um trabalhador que contribua para a previdência complementar por 20 anos, ou seja, 240 meses, com R$ 100,00 por mês. Considerando uma taxa de juros média do mercado brasileiro (8% ao ano), normalmente equivalente à taxa de juros da poupança, este trabalhador conseguiria acumular R$ 56.899,91 ao final deste período. Deste total, R$ 24.000 seriam resultado do investimento original e R$ 32.899,91 seriam resultado dos juros agindo sobre o capital próprio. Ou seja: em longo prazo, os juros formariam a maior parte do capital que se acumularia. Observe, no gráfico, como o montante obtido cresce significativamente ao longo dos 20 anos: 44 Neste exemplo, você pode ver de que forma um trabalhador pode acumular um capital significativo com apenas uma pequena parcela de contribuição mensal. Em uma simulação de aposentadoria, este capital acumulado seria convertido em uma renda mensal a título de aposentadoria e o valor desta renda dependeria das regras de cada instituição financeira. Ou seja: de um banco para o outro, o valor do rendimento recebido a título de aposentadoria certamente sofrerá variações, razão pela qual preferimos focar nossa simulação no valor possível do capital. Na hora de contratar sua aposentadoria, certifique-se de fazer simulações para os benefícios em mais de uma instituição financeira, pois os valores variam bastante. Caso você deseje realizar mais simulações sobre acumulação de capital, basta acessar a Calculadora Cidadã do Banco Central <https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/ publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFormCorrecaoValores>. Agora é com Você! E na hora de escolher sua opção para VGBL ou PGBL, você estará seguro? Que tal conhecer um pouco mais sobre as diferenças entre esses dois produtos? No vídeo https://www.youtube.com/watch?v=RvCk7UqPQks, você terá acesso à opinião de um especialista sobre a utilidade e a aplicação de cada um desses produtos. Além disso, conhecerá dicas para comparar a oferta de diferentes bancos públicos e privados e, assim, poderá escolher a melhor opção para você e sua família. Muito bem, você concluiu o conteúdo desta unidade. Agora, está apto para testar seus conhecimentos na bateria de questões. Ao finalizar esta etapa, prossiga em seus estudos. 45 Glossário PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre: é o tipo de plano indicado para quem faz declaração completa de Imposto de Renda, porque permite deduzir até 12% da renda total. Previdência aberta: pode ser contratada individualmente em bancos e seguradoras. Previdência fechada: é o tipo de previdência contratada pela empresa para seus funcionários. VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre: é recomendado para quem faz declaração simplificada ou é isento de Imposto de Renda. 46 d 1 - Sobre as diferenças entre previdência social e previdência privada, é correto afirmar que: ( ) A previdência privada tem teto para o benefício mensal. ( ) O pagamento dos benefícios pela previdência social é garantido pelo orçamento da seguridade social. ( ) A previdência social pode ser recebida a qualquer tempo, sem prejuízo ao segurado. ( ) A previdência privada prevê o pagamento de auxílio- doença e auxílio-acidente. 2 - Sobre a previdência privada, é correto afirmar que: ( ) VGBL é o tipo de plano indicado para quem faz a declaração completa de Imposto de Renda. ( ) O participante pode deixar o plano a qualquer momento. Mas, para isso, deverá arcar com taxas de retirada antes do prazo. ( )O PGBL permite deduzir até 18% da renda bruta total do Imposto de Renda. ( )A instituição financeira é proibida de cobrar taxas de administração do participante. 3 - Assinale V (Verdadeiro e F( Falso). Uma das desvantagens da previdênciaprivada é que o participante pode deixar o plano de previdência privada a qualquer momento e reaver seu investimento, mas, para isso, deverá arcar com taxas de retirada antes do prazo. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 47 Referências BRASIL. Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001. Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp109.htm >. Acesso em: 3 nov. 2016. CAMASMIE, A. 10 dicas para uma boa previdência privada. Portal da internet, 2013. Disponível em: <http://www.moneyguru.com.br/meu-bolso/10-dicas-para-uma-boa- previdencia-privada>. Acesso em: 3 nov. 2016. 48 UNIDADE 4 | PLANEJANDO A APOSENTADORIA 49 1 Planejando a Aposentadoria Você sabe qual é a origem dos principais problemas com a aposentadoria? Muita gente pensa que é o modelo de aposentadoria atual, baseado em um sistema previdenciário em crise e com perspectivas preocupantes. Isso é em parte verdade, mas a origem dos problemas não está no modelo. Também não está nas alternativas colocadas pelo mercado, que exigem disciplina e visão de futuro para um bom planejamento. A origem dos problemas com a aposentadoria está no fato de que, para muitos de nós, esse é um assunto que pode esperar para quando formos mais velhos. e É um grande equívoco imaginar que a aposentadoria é um problema a ser resolvido quando chegar o momento de se aposentar. Aposentadoria deve ser o coroamento de um projeto de longo prazo. Logo, seu planejamento deve começar o quanto antes. Felizmente, essa visão de que “o futuro” pode esperar está mudando. As novas gerações já perceberam o grande desafio que é garantir uma renda futura que assegure a manutenção do padrão de vida conquistado. Essa garantia só é possível em um projeto de longo prazo. 1.1 Uma Conquista Alcançada por Etapas Na maioria das vezes, a grande dificuldade de se fazer um projeto de aposentadoria é o fato de que ele precisa ser colocado em prática em um momento complicado da vida, quando a pessoa ainda está se organizando em termos de vida pessoal e familiar. Sonhos estão sendo colocados em prática, filhos estão sendo criados, patrimônios estão sendo constituídos. Tudo isso ameaça tornar o projeto de aposentadoria uma preocupação secundária. 50 Qual é a solução para isso? Planejamento! Existem algumas recomendações que podem ajudá-lo a estabelecer sua trajetória rumo a uma aposentadoria tranquila. A seguir, elaboramos algumas orientações para sua reflexão, baseadas no texto “Aposentadoria: planeje seu futuro” disponível no site Serasa Consumidor: 1.2 Como Planejar a Aposentadoria! Se você deseja realmente investir em aposentadoria será preciso começar a poupar desde cedo. Assim, quando parar de trabalhar terá acumulado o suficiente para ter uma vida mais tranquila. Para isso, será preciso planejar esse investimento. Veja algumas dicas para ajudar a elaborar um planejamento. Exercite, tente fazer o seu, mesmo que no momento não seja o que mais o preocupa. Um bom planejamento acaba sempre respondendo perguntas. Apresentamos aqui uma sequência delas que pode ajudar a organizar as informações. 1. Onde você pretende chegar? Faça a si mesmo essa pergunta e outras mais aparecerão, como por exemplo: quando pretendo me aposentar? Na minha profissão, geralmente é saudável e produtivo trabalhar até que idade? Etc. 2. Quanto dinheiro você pretende ter quando se aposentar? Essa questão leva à reflexão se você deseja ter outras fontes de renda ao se aposentar, se pretende contar apenas com a previdência social, se pensa em investir em algum tipo de previdência completar, etc. Para isso, também é necessário estimar os gastos que pretende ter ao se aposentar. Não se esqueça de levar em conta que atualmente as pessoas tem uma vida mais longa e isso precisa ser computado nos custos da aposentadoria. 3. Depois de definir com quanto dinheiro deseja contar no futuro, é hora de saber como vai juntar esse dinheiro. Faça estimativas em seu ramo de atuação, veja outras alternativas de fontes de renda e insira no seu planejamento. 4. O último ponto é definir quando pretende começar a investir na sua aposentadoria. Lembre-se que quanto antes começar, mas conseguirá juntar para o seu futuro. 51 Pronto! Com o planejamento em mãos, é hora de colocá-lo em ação. Procure fontes confiáveis, pessoas e instituições que conhecem o assunto e que têm credibilidade. Não esqueça de consultar os órgãos de defesa do consumidor antes de fechar qualquer proposta. Todo planejamento precisa ser revisto de tempos em tempos, pois muitas coisas podem mudar em sua vida e no mercado. Avaliar o que se programou é saudável e permite ajustes de metas e de objetivos para novas etapas da vida. Ótimo, você acaba de finalizar sua unidade e está apto a testar seus conhecimentos nas questões referentes a ela. Prossiga em seus estudos para concluir o restante de seu curso. Glossário Perspectiva: ponto de vista. Equívoco: enganado, iludido, precipitado. 52 d 1 - Para juntar dinheiro para a aposentadoria, deve-se: ( ) Pensar em seu padrão de gastos hoje, pois ele deve se manter igual no futuro.. ( ) Ser conservador e projetar sua expectativa de vida para 90 anos. ( ) Juntar o máximo possível sem pensar em um valor fixo. ( ) Considerar uma expectativa de vida pequena, de no máximo 60 anos. 2 - Sobre a previdência social, assinale a opção correta: ( ) É a única opção de aposentadoria no Brasil. ( ) É direito do trabalhador brasileiro que contribui para ela durante sua vida de trabalho. ( ) É suficiente para o trabalhador e, assim, não é preciso pensar em alternativas. ( ) Não pode ser combinada com opções alternativas. 3 - Assinale V (Verdadeiro e F( Falso). Para ter uma vida tranquila na aposentadoria é preciso começar a poupar. Assim, quando parar de trabalhar terá acumulado o suficiente para ter uma vida mais sossegada. ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 53 Referências MORAGAS, R. Aposentadoria. São Paulo: Paulinas, 2009. PRESOTTO, J. Preparação para a aposentadoria. São Paulo: LTR, 2009. SERASACONSUMIDOR. Aposentadoria: planeje seu futuro. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.serasaconsumidor.com.br/guias/aposentadoria-planeje- seu-futuro/>. Acesso em: 3nov. 2016. 54 UNIDADE 5 | ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO FAMILIAR 55 1 Organização do Planejamento Familiar A esta altura do nosso curso, uma coisa já ficou clara: qualquer projeto de aposentadoria depende, antes de tudo, de uma vida financeira organizada. Por que isso acontece? Porque um bom projeto de aposentadoria precisa estar apoiado em uma poupança regular e constante. Em outras palavras, a aposentadoria de daqui a alguns anos começa pela poupança que você começa a fazer agora! Por trás de tudo isso está um bom projeto de planejamento familiar. Aliás, planejamento familiar é a resposta não apenas para uma aposentadoria tranquila como também para todos os projetos pessoais que você espera conquistar durante a vida. Porém, o que caracteriza um bom planejamento familiar? Como saber se estamos cumprindo as etapas necessárias para que isso aconteça? A verdade é que aquelas dicas que você conheceu na unidade passada já são capazes de fornecer uma boa parte das respostas necessárias. Aqui vão mais algumas orientações importantes: 1.1 O Planejamento Familiar, Desde o Começo... Qualquer projeto de investimento – e uma boa aposentadoria é um projeto de investimento – depende de você saber dimensionar seus recursos. O que isso significa? Primeiramente, que é importante saber com que receitas você vai poder contar. Em segundo lugar, e não menosimportante, o que deseja alcançar. Relacionamos alguns elementos que podem ajudá-lo a se organizar financeiramente. Primeiro, em nível pessoal; depois, na esfera familiar. 1.2 Conhecimento da Realidade Financeira Você sabe exatamente quanto gasta todo mês? Desse gasto, você sabe quanto se transforma em patrimônio e quanto é despesa? Ninguém vai a lugar nenhum sem saber exatamente se sua vida financeira está sendo viável. Ou seja, se o que ganha é suficiente para cobrir seus custos e permitir algum nível de acumulação de patrimônio. Fonte: www.thinkstockphotos.com 56 1.3 Acompanhamento Regular Controle financeiro é tarefa de todo dia. Ao fazer o acompanhamento regular de suas receitas e despesas – e de sua família, o que implica ampliar essa análise –, você terá pleno domínio sobre o destino dos seus rendimentos e sabe do que mais? É bem provável que um maior controle financeiro mostre que algumas despesas são perfeitamente dispensáveis! a Uma boa planilha de finanças familiares pode ajudá-lo nessa tarefa e elas estão ao alcance de um download. 57 1.4 Definição de Investimentos Você precisa saber no que precisará gastar ao longo da vida para não enfrentar surpresas. Lembre-se de que a vida familiar exige gastos com viagens, casa, carro, estudo dos filhos etc. Tudo isso pesará em sua estrutura de receitas, podendo ser decisivo na hora dos investimentos para a aposentadoria. Sempre que possível, opte pela segurança de sua família e de seu patrimônio. Uma boa apólice de seguros pode ajudar! 1.5 Cuidado com os Investimentos Seu agente financeiro pode ser muito eficiente para fazer suas aplicações, mas o dono é você. Acompanhe de perto a evolução de seus investimentos e compare-a com outras opções disponíveis no mercado. Conhece o ditado de que “o olho do dono é que engorda o gado”? 1.6 Projeção das Necessidades e Expectativas Uma projeção da realidade que você espera daqui a alguns anos é fundamental para começar a se estruturar financeiramente. Isso se inicia por uma pergunta fundamental: que padrão de vida você espera ter quando se aposentar? A resposta para essa pergunta vai dizer quanto será necessário poupar até esse momento chegar. 58 2 E no Dia a Dia, Sempre! • Anote gastos, controle preços, registre receita e despesa. Lembre-se de que o orçamento familiar não é uma prisão, é uma ferramenta de apoio ao seu projeto de vida! • Pesquise, compare, use o que a tecnologia coloca à sua disposição na busca da melhor compra: a internet. • Compre somente aquilo do que você precisa. Evite o supérfluo. Elimine o consumismo de seu vocabulário. Ok, é difícil, mas você pode ajudar muito nesse sentido e evitar boa parte das tentações... • Busque sempre as melhores condições de compras. De preferência, com desconto à vista. • Viva conforme sua realidade. Seja realista e adapte-se ao seu momento financeiro, mas, claro, projete avanços e melhoras! • Acima de tudo, como todo especialista recomenda, assuma o controle de sua vida financeira! 2.1 Para relembrar! • No sistema previdenciário brasileiro, as aposentadorias se dividem em três tipos: Regime Geral da Previdência Social, Regimes Próprios de Previdência Social e Previdência complementar. • O Regime Geral da Previdência Social determina os seguintes tipos de aposentadoria: aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e por invalidez e aposentadoria especial. 59 • O Regime Geral da Previdência Social (RGPS) é a previdência da grande maioria dos brasileiros. Ele foi estabelecido pela Lei n.o 8.213/1991 e inclui todos os indivíduos que contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os segurados da Previdência Social têm direito a um desses quatro tipos de aposentadoria: por idade, por tempo de contribuição e por invalidez ou aposentadoria especial. • Os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) são regidos pela Lei n.º 9.717/1998, que contempla os regimes organizados pela União, estados, Distrito Federal e municípios para servidores públicos estatutários. • A previdência social brasileira determina que todo beneficiário deve ter asseguradas as condições de se manter dignamente em caso de incapacitação para o trabalho, idade avançada, tempo de serviço ou impedimentos daqueles de quem dependiam economicamente. • O Regime Geral de Previdência Social presta uma grande gama de serviços a seus segurados e dependentes: aposentadoria por invalidez, por idade, por tempo de contribuição, especial, auxílio-doença, salário-família, salário-maternidade e auxílio-acidente, entre outros. • Podemos pensar na previdência privada como um tipo de investimento, ou melhor, uma poupança de longo prazo que o cidadão faz para se precaver contra o grande temor dos aposentados: a redução da renda quando da aposentadoria pública. Existe um órgão do governo federal que se encarrega de fiscalizar a atuação desse setor: a Susep – Superintendência de Seguros Privados. • A previdência social obedece a critérios de tempo de contribuição e de idade mínima para o recebimento do benefício, entre outros requisitos; a previdência privada é uma espécie de poupança que pode ser retirada a qualquer momento se o participante desistir do plano. • Quem opta por um plano de previdência privada está fazendo um investimento de longo prazo. Nas aplicações tradicionais, como fundos de investimentos, o Imposto de Renda é recolhido sobre a rentabilidade mensal. No caso da previdência privada, o imposto só é recolhido na hora do resgate da aplicação. 60 • A origem dos problemas com a aposentadoria está no fato de que, para muitos de nós, esse é um assunto que pode esperar para quando formos mais velhos. As novas gerações já perceberam o grande desafio que é garantir uma renda futura que assegure a manutenção do padrão de vida conquistado. Essa garantia só é possível em um projeto de longo prazo. • Uma boa aposentadoria é um projeto de investimento. Como tal, depende de você saber dimensionar seus recursos. O que isso significa? Primeiramente, que é importante saber com que receitas você vai poder contar. Em segundo lugar, e não menos importante, o que você deseja alcançar. • Seu agente financeiro pode ser muito eficiente para fazer suas aplicações, mas o dono é você. Acompanhe de perto a evolução de seus investimentos e compare-a com outras opções disponíveis no mercado. • Uma projeção da realidade que você espera daqui a alguns anos é fundamental para começar a se estruturar financeiramente. Isso se inicia por uma pergunta fundamental: que padrão de vida você espera ter quando se aposentar? A resposta para essa pergunta vai dizer quanto será necessário poupar até esse momento chegar. Agora é com Você! Nesta unidade, você conheceu a importância da organização e do planejamento para o futuro de sua família. Um aspecto importante nesse sentido está em planejar e controlar as finanças familiares. Por isso, neste momento, que tal conhecer dicas valiosas sobre como elaborar um orçamento familiar de qualidade e efetivo? No vídeo 3 passos para montar um orçamento familiar e controlar as finanças, que você pode acessar pelo link https://www.youtube.com/watch?v=wLPownwKZY4, são apresentadas dicas simples, mas valiosas, para seus projetos em conjunto. Siga as dicas e comece a elaborar um orçamento familiar para sua família. 61 Parabéns! Você concluiu todo o conteúdo deste curso. Você está pronto para finalizar seus estudos testando todo o seu conhecimento na bateria final de questões. Siga em frente! Glossário Dimensionar: saber o tamanho. 62 d 1 - Quando se fala em organização do planejamento familiar, para uma boa gestão financeira, a regra básica é: ( ) Gastar mais do quese ganha. ( )Gastar menos do que se ganha. ( ) Gastar, no mínimo, o que se ganha. ( ) Gastar, no máximo, o que se ganha. 2 - São exemplos de receitas que devem ser computadas em seu planejamento familiar: ( ) Conta do plano de saúde. ( ) Salário mensal de todos os membros da família ( ) Parcela de financiamento de veículo. ( ) Aluguel pago 3 - Planejamento familiar é a resposta não apenas para uma aposentadoria tranquila como também para todos os projetos pessoais que você espera conquistar durante a vida. Assinale V (Verdadeiro) e F( Falso). ( ) Verdadeiro ( ) Falso Atividades 63 Referências MORAGAS, R. Aposentadoria. São Paulo: Paulinas, 2009. PRESOTTO, J. Preparação para a aposentadoria. São Paulo: LTR, 2009. 64 Gabarito Unidade 1 1. Resposta: 35 anos de contribuição. 2. Resposta: aposentadoria por tempo de retribuição 3. Resposta: A aposentadoria por invalidez, concedida após perícia médica do INSS, pode ocorrer por doença ou acidente. Unidade 2 1. Resposta: Auxílio-acidente 2. Resposta: O salário-família é pago ao segurado na proporção do número de filhos ou equiparados. 3. Resposta: Falso Unidade 3 1. Resposta: O pagamento dos benefícios pela previdência social é garantido pelo orçamento da seguridade social. 2. Resposta: O participante pode deixar o plano a qualquer momento. Mas, para isso, deverá arcar com taxas de retirada antes do prazo. 3. Resposta: Verdadeiro Unidade 4 1. Resposta: Ser conservador e projetar sua expectativa de vida para 90 anos. 2. Resposta: É direito do trabalhador brasileiro que contribui para ela durante sua vida de trabalho. 3. Resposta: Verdadeiro 65 Unidade 5 1. Resposta: Gastar menos do que se ganha. 2. Resposta: Salário mensal de todos os membros da família 3. Resposta: Verdadeiro
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