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Tópicos Especiais da Logística de Transporte de Cargas SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 656.025.4 45 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Tópicos Especiais da Logística de Transporte de Cargas – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Transporte de carga. 2. Logística. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 5 Unidade 1 | Conceito de Logística e de Cadeia Logística 6 1 Logística 7 2 Atividades nas Cadeias Logísticas 8 3 Fluxo de Produtos e Serviços nas Cadeias Logísticas 9 4 O Papel das Empresas e Cooperativas de Transporte de Cargas nas Cadeias Logísticas 11 Atividades 12 Referências 13 Unidade 2 | Organização e Controle da Operação de Transporte em Terminais de Cargas e Armazéns 15 1 Importância do Transporte 16 2 Tipos de Terminais e Armazéns 17 3 Atividades Realizadas nos Terminais e Armazéns 18 3.1 Recepção e Conferência de Mercadorias 19 3.2 Expedição de Mercadorias 20 4 Controle de Chegadas e Manobras dos Veículos 20 4.1 Posicionamento Perpendicular à Plataforma 21 4.2 Posicionamento Diagonal à Plataforma 22 Atividades 23 Referências 24 Unidade 3 | Noções de Gestão do Transporte 26 1 Tecnologias para a Gestão da Frota 27 2 Tecnologia para Transmissão de Dados 28 3 Sistemas de Rastreamento e Comunicação 29 4 Gestão da Operação do Veículo 29 4 5 Qualificação e Treinamento de Funcionários e Prestadores de Serviço 31 Atividades 33 Referências 34 Unidade 4 | Adequação e Manutenção de Instalações Operacionais 36 1 Layout das Áreas de Recebimento e Expedição 37 2 Recomendações para o Layout Externo 38 2.1 Portaria 38 2.2 Balança 39 2.3 Espaço para Circulação de Veículos 39 Atividades 41 Referências 42 Gabarito 44 5 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Tópicos Especiais da Logística de Transporte de Cargas! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 4 unidades, conforme a tabela a seguir. Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! Unidades Carga Horária Unidade 1 | Conceito de Logística e de Cadeia Logística 2 h Unidade 2 | Organização e Controle da Operação de Transporte em Terminais de Cargas e Armazéns 3 h Unidade 3 | Noções de Gestão de Transporte 3 h Unidade 4 | Adequação e Manutenção de Instalações Operacionais 2 h 6 UNIDADE 1 | CONCEITO DE LOGÍSTICA E DE CADEIA LOGÍSTICA 7 Unidade 1 | Conceito de Logística e de Cadeia Logística A logística está presente em grande parte das atividades econômicas, sendo fator de influência direta para o sucesso delas. A seguir vamos conhecer melhor as características e funções desenvolvidas pela logística. 1 Logística Você, certamente, já deve ter ouvido a palavra logística diversas vezes. Mas, já parou para pensar se realmente sabe o que ela significa? Segundo definição utilizada pelo Council of Supply Chain Management Professionals (BOWERSOX et al., 2003), uma das mais importantes entidades que estudam o assunto, Logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades do cliente. Traduzindo para uma linguagem mais simples, a logística é a arte de comprar, receber, armazenar, separar, expedir, transportar e entregar o produto ou o serviço certo, na hora certa, no lugar certo, ao menor custo possível. c A logística é responsável pela movimentação das mercadorias entre os pontos de fornecimento e os pontos de consumo. Assim, para movimentar e gerenciar as mercadorias, é necessário realizar corretamente atividades, como transporte, pedidos, estoque, armazenagem, embalagem. 8 2 Atividades nas Cadeias Logísticas Qualquer cadeia logística é formada por um conjunto de elementos: • Fixos: locais onde estão as fontes de matérias-primas (fornecedores), depósitos, armazéns, indústrias, lojas, pontos de consumo final. • Ligações: conectam as partes fixas, estabelecendo a comunicação entre os vários pontos fixos da cadeia. Para você entender melhor as cadeias logísticas, analise a figura a seguir, que representa uma cadeia logística genérica e simplificada. Ela é composta por três elementos fixos: um fornecedor, uma fábrica/empresa e um cliente, como representado na Figura 1. Figura 1: Cadeia logística h Todas as cadeias logísticas devem possuir, no mínimo, um fornecedor, uma empresa e um cliente! 9 3 Fluxo de Produtos e Serviços nas Cadeias Logísticas Um dos aspectos importantes nas cadeias logísticas é a forma como se dá o fluxo de materiais, possibilitado pelos serviços de transporte, bem como o fluxo financeiro e de informações possibilitados por meio dos serviços de comunicação. Veja na Figura 2 a seguir como se dão os fluxos nas cadeias. Figura 2: Fluxo nas cadeias logísticas Como você sabe, as matérias-primas devem sair dos fornecedores em direção à fábrica, onde são processados e transformados em produtos. Estes, por sua vez, devem sair das fábricas em direção aos clientes. Esta etapa, chamamos de distribuição física. Para que esse fluxo de matérias-primas e de produtos acabados ocorra de maneira adequada, é preciso cumprir uma sequência de atividades, o que chamamos de Ciclo Crítico da Logística. e O Ciclo Crítico é formado pelo conjunto das atividades que são indispensáveis para que ocorra a troca de informações e a movimentação dos produtos (transporte) entre fornecedores, indústria e consumidores. 10 O Ciclo Crítico funciona assim: primeiro o cliente solicita os produtos que deseja à empresa (atividade 1 – processamento de pedidos). A empresa verifica seus estoques (atividade 2 – gestão de estoques), processa e monta o pedido e, em seguida, entrega a mercadoria a um transportador, que vai levá-la até o cliente (atividade 3 – transporte). Como você pode perceber, três atividades devem ser realizadas para que o ciclo crítico se complete: (1) processamento de pedidos; (2) gestão de estoques; e (3) transporte. Por sua importância elas são chamadas de atividades primárias da logística. Vamos detalhar cada uma delas na Tabela 1 a seguir. Tabela 1: Atividades primárias da logística Sem uma adequada execução das atividades de processamento de pedidos e gestão de estoques não é possível planejar corretamente o transporte, pois são estas atividades que definem, dentre outros fatores: • o que será movimentado; • quantos itens serão transportados; • qual a origem e o destino dos itens transportados; • qual veículo deve ser utilizado; • qual o volume dos itens transportados; • quais os horários de saída e de chegada; • quem irá entregar e receber as mercadorias; Atividades primárias da logística Processamento de pedidos É a atividade que inicia a movimentaçãode produtos nas cadeias logísticas. Ela resulta de uma necessidade do cliente. Manutenção de estoques Corresponde ao controle dos itens do estoque da empresa. Quando bem executada, ela permite avaliar a necessidade de repor ou aumentar os estoques. O desafio é definir a quantidade de produtos em estoque para conseguir atender seus clientes. Transporte É a atividade que viabiliza a movimentação dos produtos entre os pontos de produção e os pontos de consimo nas cadeias logísticas, interligando fornecedores, indústrias e consumidores. 11 • qual o custo das mercadorias e do frete. 4 O Papel das Empresas e Cooperativas de Transporte de Cargas nas Cadeias Logísticas Como vimos, o transporte é uma das atividades primárias da logística. Ele é responsável por movimentar insumos, mão de obra, matéria-prima e outros elementos para viabilizar o processo produtivo, além de garantir o deslocamento do produto final até os consumidores. Em relação à qualidade do serviço oferecido, são fatores avaliados no transporte: pontualidade, tempo de viagem, flexibilidade para o manuseio de vários tipos de cargas, gerenciamento dos riscos quanto a roubos, danos e avarias, capacidade do veículo, dentre outros. Por ser tão importante, a administração da atividade de transporte em uma cadeia logística envolve muitas ações, tais como: • Decisões quanto ao modo ou combinação de modos (multimodalidade), que serão utilizados para movimentar produtos. • Definição dos roteiros que os veículos devem seguir para efetuar as entregas de mercadorias. • Dimensionamento do número de veículos da frota e escolha do tipo de veículo para compor a frota. Você já deve ter percebido que nenhuma empresa pode realizar negócios sem movimentar matérias-primas ou produtos de alguma forma. Por esse motivo, o transporte é o elemento mais importante no cálculo do custo logístico para a maior parte das empresas. Por isso, é fundamental de promover a ligação entre os outros agentes da cadeia logística (fornecedores, indústrias, centros de distribuição, atacadistas, varejistas etc.), deslocando as mercadorias no prazo e na qualidade desejados e com o menor custo de transporte possível. Nesse sentido, os transportadores e as cooperativas de transporte são elementos essenciais para o sucesso de uma cadeia logística integrada. 12 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. A logística é responsável pela movimentação das mercadorias entre os pontos de fornecimento e os pontos de consumo. Assim, para movimentar e gerenciar as mercadorias, é necessário realizar corretamente atividades, como transporte, pedidos, estoque, armazenagem, embalagem. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Você já deve ter percebido que nenhuma empresa pode realizar negócios sem movimentar matérias-primas ou produtos de alguma forma. Por esse motivo, os suprimentos são o elemento mais importante no cálculo do custo logístico para a maior parte das empresas. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 13 Referências ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000. BOMBEIROS. Glossário do Incêndio. Portal da internet, 2015. Disponível em: <http:// www.bombeiros.com.br/br/bombeiros/glossario.php>. Acesso em: 18 fev. 2017. BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply Chain Integration A Reality. Michigan: CSCMP, 2003. BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. ______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2015. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção Individual - EPI, publicada em 08 de junho de 1978 e suas alterações. Disponível em: <http://portal. mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 12 jan. 2015. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, publicada em 08 de junho de 1978 e suas alterações. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015. CASA OLIVETTI. Equipamentos contra incêndio. Classes de Fogo. Disponível em: <http://www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: 5 mar. 2015. CENTODUCATO, Darcio. O Sonho de Dez entre Dez gestores de Logística. Revista Tecnologística – Especial TI, agosto/2010. Disponível em: <http://www.gps-pamcary. com.br/Tecnologistica_Ed_Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2015. CNT – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE. Pesquisa CNT de Rodovias — 2014. Brasília, 2014. CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução n° 36, de 21 de maio de 1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46 do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 1998. 14 DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Dados estatísticos de acidentes de trânsito – Ano 2011 — número de pessoas envolvidas por estado físico. Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.dnit.gov.br/rodovias/ operacoes-rodoviarias/estatisticas-de-acidentes/quadro-0201-numero-de-pessoas- envolvidas-por-estado-fisico-ano-de-2011.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2015. MASCARELLO. Cabines Especiais. Cuidados com a coluna do motorista. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://mascarellocabines.com/blog/2014/05/ cuidados-com-a-coluna-do-motorista.html>. Acesso em: 5 mar. 2015. MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: IMAM, 1989. PORTAL DO TRÂNSITO. Caminhões: 3ª causa de acidentes e mortos no trânsito no Brasil. Publicado por Mariana Czerwonka, em 12/11/2013. Disponível em: <http:// portaldotransito.com.br/noticias/acontecendo-no-transito/caminhoes-sao-a-3-o- causa-de-acidentes-e-mortes-no-transito-no-brasil>. Acesso em: 12 jan. 2015. 15 UNIDADE 2 | ORGANIZAÇÃO E CONTROLE DA OPERAÇÃO DE TRANSPORTE EM TERMINAIS DE CARGAS E ARMAZÉNS 16 Unidade 2 | Organização e Controle da Operação de Transporte em Terminais de Cargas e Armazéns Nesta unidade, conheceremos melhor as atividades realizadas nestes pontos das cadeias logísticas. 1 Importância do Transporte Vamos começar falando do papel do transporte para as operações em terminais e armazéns de mercadorias. Não é preciso muito esforço para compreender sua importância, pois sem transporte, a mercadoria não chega e nem sai dos terminais e armazéns. O transporte tem papel importante na movimentação das mercadorias entre os pontos de fornecimento e os pontos de consumo. Veja na Figura 3 um esquema que liga uma fábrica a um armazém e a seus clientes. Figura 3: O transporte e suas operações 17 É o transporte que promove a conexão entre eles, garantindo que a carga seja movimentada entre os pontos da cadeia. 2 Tipos de Terminais e Armazéns Os terminais e armazéns de mercadorias podem ser classificados de várias formas. A seguir, na Tabela 2, vamos conhecer algumas delas. Tabela 2: Classificação dos Terminais Classificação dos terminais Quanto à propriedade (quem é dono) • do transportados • de uma empresa usuária • de órgãos públicos • de empresas de armazenagem • de empresas produtoras de distribuidoras comerciais Quanto ao tipo de carga movimentada os armazenada • cargas gerais (para qualquer tipo de carga) • carga típica • carga específica Quanto à sua função • concentradores de produção (ficam em áreas produtoras) • beneficiadores (armazename transformam os produtos antes do embarque, melhorando a sua qualidade) • reguladores / estocadores (garantem que um produto esteja desponível mesmo fora da época) • pontos de passagem e rearranjo (exemplos: centros de distribuição, pontos de trânsito e terminais de cross - docking) 18 e Nos terminais que realizam o cross-docking, a carga coletada chega em veículos de grande capacidade, é separada por rota de entrega e consolidada em carros menores que realizam a sua distribuição. Figura 4: Cross-docking 3 Atividades Realizadas nos Terminais e Armazéns As principais atividades são: recebimento, conferência, estocagem e expedição de mercadorias. Recebimento = entrada de produtos no terminal/armazém Expedição = saída de produtos do terminal/armazém 19 Figura 5: Atividades nos terminais e armazéns 3.1 Recepção e Conferência de Mercadorias Antes de começar a descarga do caminhão, é necessário fazer um exame rápido da Nota Fiscal de entrega e do Manifesto de Transporte, para verificar se os documentos estão de acordo com o pedido de compra de materiais. Na sequência, você deve conduzir o caminhão para a doca de descarga, para que as cargas sejam retiradas (descarga do caminhão). h Nas docas, um conferente realiza um exame de avarias e a conferência das mercadorias conferidas. Caso ele encontre irregularidades significativas, poderá recusar a carga. Por isso, é importante que você acompanhe todo o processo. Se estiver tudo certo, inicie a descarga das mercadorias. 20 3.2 Expedição de Mercadorias A expedição refere-se à saída das mercadorias do terminal ou do armazém para serem distribuídas aos clientes. Quando um pedido é recebido, a mercadoria é separada e levada para uma área de preparação dos pedidos, onde eles serão agrupados por cliente. Antes de carregar o caminhão, os pedidos devem ser conferidos pelo responsável pela expedição. Esse procedimento evita erros no envio dos pedidos e complicações na entrega ao cliente, o que geraria um alto custo de retorno da mercadoria, além de desagradar o cliente. h As cargas colocadas em primeiro lugar na carroceria do caminhão são as que sairão por último! 4 Controle de Chegadas e Manobras dos Veículos Quando o veículo chega na portaria, o profissional responsável pelo seu recebimento deverá ter em mãos uma relação das entregas programadas. Ele irá encaminhar o veículo para a doca pré-definida para a descarga. Em alguns terminais existem docas separadas para cada tipo de carga, facilitando sua movimentação após o desembarque. h Enquanto você não recebe a autorização para seguir até a doca, é possível adiantar o processo de soltura de amarras e tomar as outras providências para o desembarque. Fique atento às instruções para a circulação do portão até a doca, assim pode evitar congestionamentos dentro do terminal ou armazém! Ao chegar nas docas, você vai encontrar as plataformas de acostagem. Em geral, elas permitem (ALVARENGA; NOVAES, 2000): 21 • Posicionamento dos veículos perpendicularmente à plataforma, ou seja, a 90 graus (veículo para reto); • Posicionamento dos veículos diagonalmente à plataforma, ou seja, a 45 graus (veículo para inclinado). Vejamos cada uma delas! 4.1 Posicionamento Perpendicular à Plataforma Conhecida como acostagem a 90 graus. Nesse caso, a plataforma forma uma linha reta e contínua e a descarga é realizada pela traseira do veículo. Caminhões-baú, por exemplo, são descarregados pela traseira. Recomenda-se um espaço de no mínimo 33,5 m para as manobras, sendo que o ideal é dispor de 35,0 m. Figura 6: Acostagem à 90 graus 22 Quando há um grande movimento de veículos na área das docas, plataformas estreitas podem prejudicar as manobras e causar esperas. Por este motivo, a prática recomenda docas de 3,50 m de largura. Os equipamentos utilizados para descarga de mercadorias dos caminhões (empilhadeiras, carrinhos, paletes) podem exigir uma largura maior, podendo chegar a mais de 5,0 m. A área de descarga é o local usado para que as pessoas tenham acesso ao caminhão e possam fazer a descarga, sendo 5,0 m a largura mínima recomendada. Logo atrás deve haver uma área de acumulação da carga que foi retirada dos veículos, onde a mercadoria passará pela primeira triagem. Recomenda-se uma faixa de 12,0 m para acomodar provisoriamente as cargas. 4.2 Posicionamento Diagonal à Plataforma É a forma mais usada quando a descarga dos veículos é feita não só pela parte traseira, mas também pela lateral. O espaço de manobra de veículos pode ser menor, com dimensão de aproximadamente 25,0 m. Figura 7: Acostagem à 45 graus 23 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Na atividade de expedição da mercadoria, antes de carregar o caminhão, não é necessária a conferência das mercadorias. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Quando o veículo chega na portaria, o profissional responsável pelo seu recebimento deverá ter em mãos uma relação das entregas programadas. Ele irá encaminhar o veículo para a doca pré-definida para a descarga. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 24 Referências ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000. BOMBEIROS. Glossário do Incêndio. Portal da internet, 2015. Disponível em: <http:// www.bombeiros.com.br/br/bombeiros/glossario.php>. Acesso em: 18 fev. 2017. BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply Chain Integration A Reality. Michigan: CSCMP, 2003. BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. ______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2015. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção Individual - EPI, publicada em 08 de junho de 1978 e suas alterações. Disponível em: <http://portal. mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 12 jan. 2015. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, publicada em 08 de junho de 1978 e suas alterações. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015. CASA OLIVETTI. Equipamentos contra incêndio. Classes de Fogo. Disponível em: <http://www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: 5 mar. 2015. CENTODUCATO, Darcio. O Sonho de Dez entre Dez gestores de Logística. Revista Tecnologística – Especial TI, agosto/2010. Disponível em: <http://www.gps-pamcary. com.br/Tecnologistica_Ed_Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2015. CNT – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE. Pesquisa CNT de Rodovias — 2014. Brasília, 2014. CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução n° 36, de 21 de maio de 1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46 do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 1998. 25 DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Dados estatísticos de acidentes de trânsito – Ano 2011 — número de pessoas envolvidas por estado físico. Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.dnit.gov.br/rodovias/ operacoes-rodoviarias/estatisticas-de-acidentes/quadro-0201-numero-de-pessoas- envolvidas-por-estado-fisico-ano-de-2011.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2015. MASCARELLO. Cabines Especiais. Cuidados com a coluna do motorista. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://mascarellocabines.com/blog/2014/05/cuidados-com-a-coluna-do-motorista.html>. Acesso em: 5 mar. 2015. MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: IMAM, 1989. PORTAL DO TRÂNSITO. Caminhões: 3ª causa de acidentes e mortos no trânsito no Brasil. Publicado por Mariana Czerwonka, em 12/11/2013. Disponível em: <http:// portaldotransito.com.br/noticias/acontecendo-no-transito/caminhoes-sao-a-3-o- causa-de-acidentes-e-mortes-no-transito-no-brasil>. Acesso em: 12 jan. 2015. 26 UNIDADE 3 | NOÇÕES DE GESTÃO DO TRANSPORTE 27 Unidade 3 | Noções de Gestão do Transporte A qualidade da informação pode ser o diferencial de um processo decisório. Em função disso, vêm sendo desenvolvidas e aplicadas no setor do transporte as chamadas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). 1 Tecnologias para a Gestão da Frota A obtenção de informação com qualidade, na precisão requerida e em tempo hábil para que o tomador de decisão possa desenvolver suas atividades é, atualmente, uma das grandes preocupações nas cadeias logísticas e na atividade de transporte de cargas. Muitas tecnologias estão disponíveis para que o uso do caminhão seja otimizado. Não importa se sua empresa tem uma frota grande ou pequena – a gestão dos veículos permitirá uma economia de tempo e dinheiro. Nos casos de grandes transportadoras, as centrais de controle podem estar instaladas na sede da empresa. É possível, também, subcontratar uma outra empresa, apenas para fazer o controle da frota, que vai operar coletando e fornecendo dados dos caminhões para a transportadora. As empresas especializadas em fornecer serviços de monitoramento auxiliam as empresas de transporte a cuidar de sua frota. Elas proporcionam: • Controle do vencimento de documentos, como CHN e outros. • Auxílio na localização do veículo em caso de furto ou roubo. • Monitoramento do botão de pânico. • Controle de restrição de horários do trânsito de seu caminhão. • Registro do consumo de combustível. • Relatórios de histórico por período. Porém, para que haja a comunicação entre a central de monitoramento e o caminhão, os equipamentos instalados nos veículos devem permitir o monitoramento, rastreamento e comunicação entre os veículos e com a equipe técnica na central. 28 2 Tecnologia para Transmissão de Dados As principais tecnologias utilizadas para transmissão de dados entre o caminhão e a central são: via satélite, via rádio, via celular e os chamados sistemas híbridos, que reúnem, por exemplo, tecnologia de satélite e de telefonia móvel GSM/GPRS. Um satélite é um equipamento construído pelo homem e colocado no espaço ao redor da Terra para permitir a comunicação entre dois ou mais pontos distantes de forma rápida. Para a transmissão de dados via satélite, é necessário que seja instalado no caminhão um dispositivo receptor de sinais dos satélites (aquele equipamento muitas vezes visto sobre a cabine). Esse tipo de tecnologia assemelha-se à utilizada pelas antenas parabólicas nos locais onde não existe TV a cabo. A comunicação entre o caminhão e a central de monitoramento de frota é realizada por códigos pré-definidos, criados para impedir que criminosos possam entender todo o conteúdo das mensagens, e para facilitar o entendimento entre o motorista e a central. O GPS (do inglês Global Positioning System), ou Sistema de Posicionamento Global, permite que o veículo obtenha sua localização em qualquer local do planeta. O dispositivo utiliza satélites para fazer os cálculos com exatidão. Figura 8: Transmissão de dados via satélite 29 3 Sistemas de Rastreamento e Comunicação Essa tecnologia permite maior segurança nas viagens, pois possibilita a localização do veículo onde quer que ele esteja, e garante a comunicação entre a central de monitoramento e o motorista. Em caso de emergência, é possível enviar comandos para o veículo e controlar o seu funcionamento. Assim, quando a central é avisada do roubo de um caminhão, por exemplo, é possível interromper a alimentação do motor (o veículo para de funcionar) ou travar as portas. Tais mecanismo podem ser classificados em bloqueadores e rastreadores de veículos. Tabela 4: Sistemas de rastreamento 4 Gestão da Operação do Veículo O computador de bordo é um equipamento que possibilita ao motorista saber, em tempo real, dados como: • distância percorrida • velocidade máxima e mínima • alertas de excesso de velocidade em chuva Bloqueadores São dispositivos de segurança que permitem o bloqueio do veículo a distância. Eles não fornecem a localização do veículo e são indicados para evitar e dificultar o furto e roubo de veículos. Rastreadores Funções básicas: Comunicação emtre a central de monitoramento da frota da empresa e os caminhões; localização on-line de veículos; Controle da frota, permitindo monitorar: nível de combustível, velocidade do veículo durante as viagens, abertura das portas, temperatura, presençã de caronas, entre outros. 30 • alerta de frenagem brusca • se as portas estão abertas ou fechadas • se a carreta está engatada ou desengatada • se o motor está ligado ou não • a temperatura no baú Além de auxiliar o motorista para uma condução mais eficiente e segura, o computador de bordo permite extrair um relatório final contendo dados de desempenho e consumo. Exemplos: • Consumo de combustível • Tempo da viagem nas faixas de rotações do motor • Tempo do veículo parado com a ignição ligada • Tempo de carreta engatada e desengatada • Tensão de bateria • Número de vezes que o motorista pisou no freio e na embreagem • Tempo de viagem Outro equipamento importante é o botão de pânico, utilizado em casos de emergência para estabelecer a comunicação imediata com a central de controle. Basta um toque no botão para que a empresa seja notificada de que algo errado está acontecendo (roubo, sequestro, acidente etc.), podendo tomar as providências necessárias. Botão do pânico é a nomenclatura dada ao dispositivo instalado em local discreto e de fácil acesso, dentro de um veículo, para acionamento em casos de emergência. Além do interior de veículos, o botão do pânico pode ser instalado em porta- malas e nos baús de caminhões. O botão estabelece contato com a central via telefones cadastrados no sistema. 31 Estes equipamentos e sistemas permitem que a central de monitoramento da empresa possa tomar conhecimento imediato de qualquer situação não programada e, assim, tomar decisões a distância, buscando a segurança e o controle das operações de transporte de cargas. 5 Qualificação e Treinamento de Funcionários e Prestadores de Serviço Finalmente, é importante conhecer os programas existentes no mercado para realizar a qualificação, tanto dos funcionários das empresas e das cooperativas de transporte, quanto dos prestadores de serviços que é o caso dos transportadores autônomos contratados pelas empresas e cooperativas. De acordo com o parágrafo 1º do artigo 15 da Resolução 4.799/2015 “O Responsável Técnico responde solidariamente com a ETC ou CTC pela adequação e manutenção de veículos, equipamentos e instalações, bem como pela qualificação e treinamento profissional de seus empregados e prestadores de serviço.” Empresas que capacitam seus funcionários podem oferecer seus produtos e serviços com qualidade, reduzem os índices de reclamações, otimizam o tempo e fidelizam clientes. A qualificação em qualquer área é importante por que prepara o funcionário para atender melhor e para desempenhar da melhor forma suas atividades. Seu objetivo principal é a incorporação de conhecimentos teóricos, técnicos e operacionais relacionados à produção de bens e serviços, por meio de processos educativos desenvolvidos em diversas instâncias(escolas, sindicatos, empresas, associações). Neste sentido, o maior, mais completo e amplo programa de capacitação de mão de obra qualificada em transporte rodoviário de cargas no Brasil é oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT, em praticamente todo o território nacional, por meio de suas Unidades Operacionais (ver www.sestsenat. org.br). 32 O SENAT oferece cursos de capacitação e de qualificação sobre diversos temas do setor de transporte rodoviário de cargas, alguns na modalidade de ensino presencial e outros na modalidade de ensino a distância. Os cursos são destinados tanto ao pessoal do nível operacional quanto aos profissionais das empresas de transporte de nível gerencial. Cabe destacar a oferta dos cursos especializados obrigatórios por exigência do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, para qualificar condutores de veículos de transporte de produtos perigosos e de carga indivisível. 33 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. As principais tecnologias utilizadas para transmissão de dados entre o caminhão e a central são: via satélite, via rádio, via celular e os chamados sistemas híbridos, que reúnem, por exemplo, tecnologia de satélite e de telefonia móvel GSM/GPRS. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com o parágrafo 1º do artigo 15 da Resolução 4.799/2015 “O Responsável Técnico responde solidariamente com a ETC ou CTC pela adequação e manutenção de veículos, equipamentos e instalações, bem como pela qualificação e treinamento profissional de seus empregados e prestadores de serviço.” Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 34 Referências ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000. BOMBEIROS. Glossário do Incêndio. Portal da internet, 2015. Disponível em: <http:// www.bombeiros.com.br/br/bombeiros/glossario.php>. Acesso em: 18 fev. 2017. BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply Chain Integration A Reality. Michigan: CSCMP, 2003. BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. ______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2015. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção Individual - EPI, publicada em 08 de junho de 1978 e suas alterações. Disponível em: <http://portal. mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 12 jan. 2015. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, publicada em 08 de junho de 1978 e suas alterações. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015. CASA OLIVETTI. Equipamentos contra incêndio. Classes de Fogo. Disponível em: <http://www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: 5 mar. 2015. CENTODUCATO, Darcio. O Sonho de Dez entre Dez gestores de Logística. Revista Tecnologística – Especial TI, agosto/2010. Disponível em: <http://www.gps-pamcary. com.br/Tecnologistica_Ed_Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2015. CNT – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE. Pesquisa CNT de Rodovias — 2014. Brasília, 2014. CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução n° 36, de 21 de maio de 1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46 do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 1998. 35 DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Dados estatísticos de acidentes de trânsito – Ano 2011 — número de pessoas envolvidas por estado físico. Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.dnit.gov.br/rodovias/ operacoes-rodoviarias/estatisticas-de-acidentes/quadro-0201-numero-de-pessoas- envolvidas-por-estado-fisico-ano-de-2011.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2015. MASCARELLO. Cabines Especiais. Cuidados com a coluna do motorista. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://mascarellocabines.com/blog/2014/05/ cuidados-com-a-coluna-do-motorista.html>. Acesso em: 5 mar. 2015. MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: IMAM, 1989. PORTAL DO TRÂNSITO. Caminhões: 3ª causa de acidentes e mortos no trânsito no Brasil. Publicado por Mariana Czerwonka, em 12/11/2013. Disponível em: <http:// portaldotransito.com.br/noticias/acontecendo-no-transito/caminhoes-sao-a-3-o- causa-de-acidentes-e-mortes-no-transito-no-brasil>. Acesso em: 12 jan. 2015. 36 UNIDADE 4 | ADEQUAÇÃO E MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES OPERACIONAIS 37 Unidade 4 | Adequação e Manutenção de Instalações Operacionais O planejamento e a organização das áreas externas do terminal definem o que chamamos de layout das áreas externas. Seu objetivo é contribuir para a redução de custos e, também, para o aumento da produtividade por meio de: • Melhor utilização do espaço disponível; • Redução da movimentação de material e pessoal; • Fluxo mais racional; • Menor tempo para o desenvolvimento dos processos; • Melhores condições de trabalho. Nesta unidade focaremos nossa atenção na definição do layout das áreas externas dos terminais e armazéns. 1 Layout das Áreas de Recebimento e Expedição Quando o veículo chega na portaria, o profissional responsável pelo seu recebimento deverá ter em mãos uma relação das entregas programadas. Ele irá encaminhar o veículo para a doca pré-definida para a descarga. Em alguns terminais existem docas separadas para cada tipo de carga, facilitando sua movimentação após o desembarque. h Enquanto o motorista não recebe a autorização para seguir até a doca, é possível adiantar o processo de soltura de amarras e tomar outras providências para o desembarque. O motorista deve estar atento às instruções para circulação do portão até a doca, assim contribuindo para evitar congestionamentos dentro do terminal ou armazém! 38 2 Recomendações para o Layout Externo Veja algumas recomendações úteis para o projeto das áreas de circulação e plataformas de um terminal ou armazém. 2.1 Portaria É o ponto de contato do terminal ou armazém com o ambiente externo. Quanto mais portarias houver no terminal ou armazém, mais “aberto” ele será para o ambiente externo. Moura (1998) cita diversos motivos para utilizar somente uma portaria, mas também menciona os inconvenientes desta escolha: • Centralização do controle de entradas e saídas do pessoal e de visitantes, bem como dos veículos de carga; • Maior segurança devido à facilidade de controle de entrada e saída; • Diminuição do número de funcionários (porteiros) necessários. Porém o autor cita alguns inconvenientes a respeito do uso de somente uma portaria, como vemos a seguir: • Congestionamento de veículos nos horários de início e fim de expediente de trabalho; • Confusão entre a circulação de veículos de passeio (visitantes e funcionários) e veículos de carga; • Confusão entre veículos entrando e saindo do terminal ou armazém. 39 h Uma sugestão é dispor de: uma portaria de entrada para veículos que chegam dos fornecedores; uma portaria de saída para veículos que farão a distribuição aos clientes; e uma portaria para funcionários e visitantes. 2.2 Balança Deve ficar próxima à portaria para permitir a conferência do peso do veículo antes e depois de descarregado, permitindo a verificação da quantidade de carga que ficou no armazém. 2.3 Espaço para Circulação de Veículos Os veículos, após adentrarem o terminal, deverão circular naárea do terreno até o estacionamento na doca de recebimento e, após a descarga, circular até a saída. Algumas sugestões para as áreas de circulação: • As vias devem ter largura mínima de 4,0 metros por sentido de tráfego. • Os portões de entrada devem ter aproximadamente 6,0 metros de largura para uma via de direção, e 9,0 m no caso de entrada e saída pelo mesmo portão. • Caso haja circulação de pedestres no portão de passagem de veículos, aumentar aproximadamente 2,0 metros na sua largura. Figura 9: Área de circulação 40 • As vias devem permitir uma movimentação fácil do veículo, sem necessidade de manobras para fazer curvas ou para mudar de direção. c A elaboração adequada do layout do pátio externo é fundamental para que o prazo de preparação dos pedidos e os tempos de carga e descarga das mercadorias sejam minimizados. Isso contribui com a melhoria do nível de serviço logístico. 41 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Quando o veículo chega na portaria, não há a necessidade do profissional responsável pelo seu recebimento ter em mãos a relação das entregas programadas, pois nesse momento apenas é necessária a identificação do motorista. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. A Portaria é o ponto de contato do terminal ou armazém com o ambiente externo. Quanto menos portarias houver no terminal ou armazém, mais “aberto” ele será para o ambiente externo. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 42 Referências ALVARENGA, A.; NOVAES, A. G. Logística aplicada. São Paulo: Pioneira, 2000. BOMBEIROS. Glossário do Incêndio. Portal da internet, 2015. Disponível em: <http:// www.bombeiros.com.br/br/bombeiros/glossario.php>. Acesso em: 18 fev. 2017. BOWERSOX, D. J.; CLOSS D. J.; STANK T. P. 21st Century Logistics: Making Supply Chain Integration A Reality. Michigan: CSCMP, 2003. BRASIL. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. ______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 2015. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de Proteção Individual - EPI, publicada em 08 de junho de 1978 e suas alterações. Disponível em: <http://portal. mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 12 jan. 2015. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, publicada em 08 de junho de 1978 e suas alterações. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015. CASA OLIVETTI. Equipamentos contra incêndio. Classes de Fogo. Disponível em: <http://www.casaolivetti.com.br/classes.html>. Acesso em: 5 mar. 2015. CENTODUCATO, Darcio. O Sonho de Dez entre Dez gestores de Logística. Revista Tecnologística – Especial TI, agosto/2010. Disponível em: <http://www.gps-pamcary. com.br/Tecnologistica_Ed_Especial_-_ago2010.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2015. CNT – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE. Pesquisa CNT de Rodovias — 2014. Brasília, 2014. CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução n° 36, de 21 de maio de 1998. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46 do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, 1998. 43 DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Dados estatísticos de acidentes de trânsito – Ano 2011 — número de pessoas envolvidas por estado físico. Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.dnit.gov.br/rodovias/ operacoes-rodoviarias/estatisticas-de-acidentes/quadro-0201-numero-de-pessoas- envolvidas-por-estado-fisico-ano-de-2011.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2015. MASCARELLO. Cabines Especiais. Cuidados com a coluna do motorista. Portal da internet, 2014. Disponível em: <http://mascarellocabines.com/blog/2014/05/ cuidados-com-a-coluna-do-motorista.html>. Acesso em: 5 mar. 2015. MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo: IMAM, 1989. PORTAL DO TRÂNSITO. Caminhões: 3ª causa de acidentes e mortos no trânsito no Brasil. Publicado por Mariana Czerwonka, em 12/11/2013. Disponível em: <http:// portaldotransito.com.br/noticias/acontecendo-no-transito/caminhoes-sao-a-3-o- causa-de-acidentes-e-mortes-no-transito-no-brasil>. Acesso em: 12 jan. 2015. 44 Gabarito Questão 1 Questão 2 Unidade 1 V F Unidade 2 F V Unidade 3 V V Unidade 4 F F Apresentação Unidade 1 | Conceito de Logística e de Cadeia Logística 1 Logística 2 Atividades nas Cadeias Logísticas 3 Fluxo de Produtos e Serviços nas Cadeias Logísticas 4 O Papel das Empresas e Cooperativas de Transporte de Cargas nas Cadeias Logísticas Atividades Referências Unidade 2 | Organização e Controle da Operação de Transporte em Terminais de Cargas e Armazéns 1 Importância do Transporte 2 Tipos de Terminais e Armazéns 3 Atividades Realizadas nos Terminais e Armazéns 3.1 Recepção e Conferência de Mercadorias 3.2 Expedição de Mercadorias 4 Controle de Chegadas e Manobras dos Veículos 4.1 Posicionamento Perpendicular à Plataforma 4.2 Posicionamento Diagonal à Plataforma Atividades Referências Unidade 3 | Noções de Gestão do Transporte 1 Tecnologias para a Gestão da Frota 2 Tecnologia para Transmissão de Dados 3 Sistemas de Rastreamento e Comunicação 4 Gestão da Operação do Veículo 5 Qualificação e Treinamento de Funcionários e Prestadores de Serviço Atividades Referências Unidade 4 | Adequação e Manutenção de Instalações Operacionais 1 Layout das Áreas de Recebimento e Expedição 2 Recomendações para o Layout Externo 2.1 Portaria 2.2 Balança 2.3 Espaço para Circulação de Veículos Atividades Referências Gabarito
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