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portugues1ano 2004

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ATENÇÃO! ESTA PROVA CONTÉM 30 QUESTÕES. 
 
 
Leia, com atenção, os Textos I e II. Em seguida, responda às 
questões a eles referentes. 
 
Texto I 
 
ONDE HÁ DEMOCRACIA NÃO HÁ GUERRA 
 Fascismo, comunismo, nazismo e todos os outros ismos 
totalitários produziram ao longo dos tempos algumas das mais 
pavorosas cenas de intolerância perpetradas pelo homem contra 
alguém que ele julga diferente. "Fogueiras, patíbulos, decapitações, 
guilhotinas, fuzilamentos, extermínios, campos de concentração, 
fornos crematórios, suplícios dos garrotes, as valas dos cadáveres, as 
deportações, os gulags, as residências forçadas, a Inquisição e o 
índex dos livros proibidos", descreveu o jurista italiano Italo Mereu, 
são algumas das mais bárbaras manifestações de ódio adotadas por 
quem julga "possuir a verdade absoluta e se acha no dever de 
impô-la a todos, pela força". A praga da intolerância só atinge esse 
patamar de perversidade quando um outro valor já não vigora mais 
há muito tempo: a democracia. É mais ou menos assim que as coisas 
funcionam. Aniquila-se a democracia em nome de um ideal 
revolucionário que promete semear a liberdade e o fim da opressão 
dos mais fracos. Essa é a promessa, mas o que se colhe jamais é a 
libertação, apenas abuso e intolerância. Numa primeira fase, o abuso 
é interno e concentrado contra os inimigos políticos do regime. 
Depois, todos se tornam inimigos em potencial e até a delação de 
vizinhos vira uma arma de controle social. Na fase seguinte, surgem 
as guerras contra os inimigos externos. No Iraque de Saddam 
Hussein, a intolerância matou pelo menos 100 000 pessoas nos 
porões do regime. A seguir, vieram as invasões do Irã e do Kuwait. 
Nada disso teria acontecido num país democrático. 
 Sempre que se argumenta que a democracia é o único 
detergente eficaz contra os abusos, surge uma voz discordante 
alegando que não é bem assim. Que o princípio democrático do 
direito à expressão e à liberdade política se subordina ao direito à 
alimentação e à saúde. O que se quer dizer com isso? Que 
democracia é um valor secundário. Saddam adoraria ouvir isso. Para 
colocar a discussão num terreno que contorna as posições 
ideológicas, o ex-ministro da Suécia Per Ahlmark foi buscar 
números para enfrentar o debate de forma fria, sem paixão. E 
descobriu estatísticas fabulosas. O resultado pode ser conferido num 
artigo que integra o livro A Intolerância, publicado no Brasil pela 
Editora Bertrand Brasil. De acordo com o levantamento apresentado 
por Ahlmark, durante os primeiros oitenta anos do século passado, 
170 milhões de pessoas foram mortas em situações de 
não-beligerância. Isso significa que os próprios dirigentes dos países 
resolveram eliminar seus opositores. Desse total, 99% das mortes 
ocorreram em regimes totalitários e autoritários. Mais de 
100 milhões de pessoas foram massacradas por ditaduras 
comunistas. Na China, morreram 35 milhões. A União Soviética 
matou 62 milhões de pessoas. Esses números impressionantes levam 
a uma conclusão: nas democracias, os governos representam seu 
povo. Nos regimes autoritários, massacram-no. 
 Além de diferenças evidentes no tratamento que reservam aos 
seus cidadãos, países democráticos e não democráticos se 
comportam de forma distinta também em tempos de guerra. Eles 
estão sempre em lados opostos. De 1815 até hoje, Per Ahlmark 
catalogou a ocorrência de 353 guerras no mundo. Dessas, 198 
levaram ao campo de batalha apenas países não democráticos. Nas 
155 ocasiões em que democracias pegaram em armas, entraram em 
campo para enfrentar um país não democrático. Não há caso em que 
duas democracias tenham guerreado. As duas guerras mais 
abrangentes da história servem de exemplo. Participaram da 
I Guerra Mundial 33 países. Entre eles, dez eram democracias  e 
não lutaram umas contra as outras. A II Guerra Mundial envolveu 52 
países, entre os quais quinze democracias que também não brigaram 
entre si. 
 A superioridade da democracia fica inquestionável quando se 
analisam os dados apresentados por Per Ahlmark. A dúvida que 
atormenta os estudiosos é sobre o papel do mundo democrático para 
conter o avanço da intolerância, característica maior do 
autoritarismo. Cabe aos países democráticos, que normalmente não 
matam ninguém fora do âmbito de guerra, impedir a barbárie nos 
regimes que convivem com outra realidade? Segundo um estudo 
realizado em 2001 pela organização não-governamental Freedom 
House, três quartos das 145 nações não-muçulmanas são 
democracias. Enquanto isso, no mundo islâmico, os pesquisadores 
classificaram apenas onze regimes como democracias  ou 
precisamente 23% do total dos 47 países que adotam essa religião 
como a predominante. Vale repetir a conta: 75% das nações 
não-muçulmanas são democracias, contra apenas 23% dos países do 
mundo islâmico. Os países democráticos têm o direito de tentar 
mudar esse quadro? 
 Há um quase consenso de que a resposta é não. A realidade 
desses países diz respeito apenas aos seus habitantes, e a ninguém 
mais. Tudo muda, no entanto, quando o exercício da intolerância 
ultrapassa as fronteiras nacionais. Em 1935, quatro anos antes de a 
II Guerra começar, Adolf Hitler reiniciou a produção de armamentos 
e restabeleceu o serviço militar obrigatório na Alemanha, ações que 
desrespeitavam o Tratado de Versalhes. 
 Um ano depois, Hitler ocupou a Romênia, um sinal 
inequívoco de sua política de expansão. Apesar dos recados 
enviados pelo líder alemão, o mundo ocidental não se deu conta do 
perigo. Deixou a tirania de Hitler ganhar corpo. Em 1939, a 
Alemanha invadiu a Polônia e deu início à II Guerra Mundial. 
Diante disso, é razoável perguntar: a ação de Hitler poderia ter sido 
evitada se os países democráticos não tivessem sido tolerantes? Até 
que ponto se deve tolerar o intolerável? 
 De acordo com Per Ahlmark, a passividade das democracias 
diante de tiranias é um comportamento que a humanidade deve 
evitar. As nações livres e democráticas têm uma enorme 
responsabilidade na manutenção da paz mundial (...). 
 Ahlmark diz que a tolerância só prevalecerá se os países 
democráticos forem intolerantes diante de governos que praticam a 
violência e a opressão. O problema que os estudiosos do assunto 
observam nessa questão é definir o que é de fato intolerável. A 
existência da ONU facilita o debate, pois a entidade é o fórum certo 
para analisar, caso a caso, os níveis de transgressão. (...) Acatar as 
decisões da ONU é uma obrigação das nações democráticas. Foi o 
que os Estados Unidos se recusaram a fazer nesta guerra ao Iraque. 
(Amauri Segalla. Revista Veja, 16 de abril de 2003.) 
 
 
Texto II 
 
CONGRESSO INTERNACIONAL DO MEDO 
Provisoriamente não cantaremos o amor, 
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. 
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, 
não cantaremos o ódio porque esse não existe, 
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, 
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, 
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, 
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, 
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte, 
depois morreremos de medo 
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. 
Carlos Drummond de Andrade 
COMANDO DA AERONÁUTICA 
DEPARTAMENTO DE ENSINO 
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR 
 
CONCURSO DE ADMISSÃO AO 1 o ANO DO CPCAR 2004 
 
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA 
13 de agosto de 2003 
VERSÃO: A ANO: 1 A 
 CPCAR 2004 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1º ANO – VERSÃO A 2
01 - Leia as afirmativas abaixo, referentes à reportagem Onde há 
democracia não há guerra. 
 
I - Democracias e regimes autoritários tratam o povo de 
maneira inteiramenteoposta. 
II - O livro A intolerância, de Per Ahlmark, argumenta 
apaixonadamente contra o avanço da intolerância. 
III - O autor da reportagem transcrita é contra a intervenção 
dos países democráticos nos sistemas totalitários. 
 
Está(ão) correta(s) apenas 
 
a) I. c) II. 
b) II e III. d) I e II. 
 
 
02 - Da leitura do Texto II, só NÃO é possível inferir que 
 
a) o medo domina a vida. 
b) já não existe amor no planeta. 
c) o fruto do medo é pálido e sem vida. 
d) somos fruto do medo. 
 
 
03 - Em seu texto, Amauri Segalla sustenta que 
 
a) o direito à alimentação e à saúde se sobrepõe ao direito à 
expressão e à liberdade. 
b) as democracias são boas para os seus seguidores, mas 
guerreiras em relação a outras nações. 
c) ditadores acreditam ser portadores da verdade absoluta e 
tutores inquestionáveis do povo. 
d) embora em número reduzido, há exemplos de regimes 
totalitários em que imperam a justiça e a paz. 
 
 
04 - Relacione a segunda coluna com a primeira e, em seguida, 
marque a alternativa correspondente. 
 
A – Texto I 
B – Texto II 
 
( ) A crueldade é fruto do medo. 
( ) Onde impera a força, o amor deixa de frutificar. 
( ) A intolerância existe e é responsável por verdadeiras 
atrocidades catalogadas ao longo da história. 
( ) O medo é causa e também conseqüência nas barbaridades 
perpetradas por ditadores. 
 
a) A – A – B – A c) B – B – A – B 
b) A – B – A – B d) B – A – A – A 
 
 
05 - Analise as afirmações sobre o poema Congresso Internacional 
do Medo, de Carlos Drummond. 
 
I - Na antítese empregada no texto, a intenção do poeta é 
mostrar uma realidade em que o amor e o ódio dominam. 
II - Repetindo a palavra “medo”, o poeta intensifica a 
preocupação com o problema e o mostra presente em toda 
parte. 
III - Nem mesmo a morte é vista como solução, pois o medo 
do homem volta para o mundo personificado numa flor. 
IV - Pessimista, o poeta vê os homens, no desespero, repetirem 
as mesmas atitudes, utilizando os mesmos caminhos. 
 
Estão corretas apenas 
 
a) I e II. c) I, II e IV. 
b) II e IV. d) II, III e IV. 
 
 
06 - Analise estas afirmações sobre o Texto II, de Carlos 
Drummond. 
 
I - Trata-se de uma poesia, pois o texto está organizado em 
versos. 
II - Não há preocupação com o ritmo dos versos, o que se 
verifica também pela ausência de rimas. 
III - As figuras empregadas são marcas características de um 
texto literário. 
 
Está(ão) correta(s) 
 
a) I apenas. c) I e III apenas. 
b) I e II somente. d) I, II e III. 
 
 
07 - Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta apenas 
recursos estilísticos utilizados no poema Congresso 
Internacional do Medo. 
 
a) Ironia, personificação, antítese. 
b) Anacoluto, sínquise, paradoxo. 
c) Metonímia, personificação, hipérbato. 
d) Comparação, paradoxo, repetição. 
 
 
08 - Da análise do Texto II, é correto afirmar que 
 
a) no título do poema, a expressão “do medo” é um adjunto 
adnominal. 
b) o substantivo concreto “medo” tem seu sentido 
complementado por várias expressões, dentre elas: “dos 
sertões”, “dos mares” e “dos desertos”. 
c) o adjetivo “medrosas” formou-se pelo processo de 
composição por aglutinação. 
d) no penúltimo verso, a expressão “de medo” expressa o 
modo como o eu-lírico irá morrer. 
 
 
09 - Em relação à acentuação gráfica, assinale a opção que contém 
ERRO. 
 
a) Juízes, júri, córtex, órgão. 
b) Pacaembú, ruído, hífens, esôfago. 
c) Vírus, atraí-lo, hífen, pára-brisa. 
d) Perdôo, atrás, têxtil, Brasília. 
 
 
10 - Leia este texto com atenção. 
 
Avião 
 
A Audi acaba de exibir sua aposta de carro para o futuro. O 
Audi Nuvolari usa o conceito “by-wire”, em que os tradicionais 
sistemas mecânicos são substituídos por sensores e comandos 
eletrônicos. O carro batizado em homenagem ao lendário 
piloto italiano Tazio Nuvolari tem 600 cavalos de potência, 
alcança velocidade máxima de 250 Km/h e acelera de 0 a 
100 Km/h em quatro segundos. 
 
Assinale a alternativa em que as palavras recebem, 
respectivamente, o acento gráfico pelas mesmas regras das 
palavras destacadas no texto acima. 
 
a) Partículas – caíste – violência – índice. 
b) História – asteróide – repórter – acúmulo. 
c) Infância – disponível – apóio – doméstico. 
d) Acadêmico – malícia – vícios – esferóide. 
 
 CPCAR 2004 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1º ANO – VERSÃO A 3
11 - Leia atentamente os trechos abaixo, retirados de letras de 
música. 
 
I) “Quero sua ri__ada mais gostosa. 
 Esse seu __eito de achar 
 que a vida pode ser maravilho__a.” 
II) “Volta pra casa, 
 me tra__ na bagagem 
 tua via__em sou eu.” 
III) Se é amor, que tal agir 
 e não radicali__ar? 
 
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente 
as lacunas acima. 
 
a) Rizada, geito, maravilhosa, trás, viagem, radicalisar. 
b) Risada, jeito, maravilhosa, traz, viagem, radicalizar. 
c) Rizada, geito, maravilhosa, traz, viajem, radicalizar. 
d) Risada, jeito, maravilhoza, trás, viajem, radicalisar. 
 
 
12 - Marque a opção em que o emprego da vírgula é facultativo, 
visto que depende da intenção semântica do autor. 
 
a) “Sempre que se argumenta que a democracia é o único 
detergente eficaz contra os abusos, surge uma voz 
discordante alegando que não é bem assim.” 
b) “Tudo muda, no entanto, quando o exercício da intolerância 
ultrapassa as fronteiras nacionais.” 
c) Além das diferenças evidentes no tratamento que reservam 
aos seus cidadãos, países democráticos e não democráticos 
se comportam de forma distinta também em tempos de 
guerra. 
d) “(...) cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, / não 
cantaremos o ódio porque esse não existe”. 
 
 
13 - Com relação ao Texto I, analise e julgue cada uma destas 
afirmativas como verdadeira (V) ou falsa (F). 
 
( ) Nas palavras “fascismo” e “comunismo”, os afixos 
sublinhados são sufixos nominais indicadores de um 
sistema político. 
( ) Na frase “A praga da intolerância só atinge esse patamar 
de perversidade quando um outro valor já não vigora 
mais há muito tempo: a democracia.”, a expressão em 
negrito é um aposto, pois amplia o significado do 
substantivo “valor”. 
( ) Neste período composto apenas por coordenação: “Essa é 
a promessa, mas o que se colhe jamais é a libertação, 
apenas abuso e intolerância.”, o pronome “se” é índice 
de indeterminação do sujeito. 
( ) No período: “A seguir, vieram as invasões do Irã e do 
Kuwait.”, as palavras destacadas compõem o objeto 
direto do verbo “vieram”. 
( ) Nesta passagem: “Que o princípio democrático do direito 
à expressão e à liberdade política se subordina ao direito 
à alimentação e à saúde.”, as expressões negritadas são 
termos regidos pelo substantivo “direito”, exercem, pois, 
a função de complemento nominal. 
( ) No trecho: “Desse total, 99% das mortes ocorreram em 
regimes totalitários e autoritários.”, o verbo deve se 
flexionar na terceira pessoa do singular, já que o núcleo 
do sujeito é um número percentual. 
 
A seqüência obtida é: 
 
a) V, V, F, F, V, F. c) F, V, F, V, V, F. 
b) V, V, F, F, V, V. d) V, F, F, V, F, F. 
 
14 - Marque a opção em que as palavras ou locuções em negrito 
estão respectiva e corretamente classificadas de acordo com o 
contexto no qual estão inseridas. 
 
a) “Há um quase consenso de que a resposta é não. A 
realidade desses países diz respeito apenas aos seus 
habitantes, e a ninguém mais.”  ADVÉRBIO, 
ADVÉRBIO, PRONOME INDEFINIDO. 
b) “Diante disso, é razoável perguntar: a ação de Hitler 
poderia ter sido evitada se os países democráticos não 
tivessem sido tolerantes?”  PRONOME, LOCUÇÃO 
ADVERBIAL, PRONOME. 
c) “Provisoriamente não cantaremos o amor, / quese refugiou 
mais abaixo dos subterrâneos.”  ADVÉRBIO, 
CONJUNÇÃO, ADVÉRBIO. 
d) Em 1935, quatro anos antes de a II Guerra Mundial 
eclodir, Adolf Hitler reiniciou a produção armamentista e 
restabeleceu o serviço militar obrigatório na Alemanha, 
ações que desrespeitavam o Tratado de Versalhes.  
NUMERAL, SUBSTANTIVO, SUBSTANTIVO. 
 
 
15 - Em cada um dos trechos abaixo, há pelo menos uma 
conjunção, EXCETO na alternativa: 
 
a) “A dúvida que atormenta os estudiosos é sobre o papel do 
mundo democrático para conter o avanço da intolerância 
(...).” 
b) “A superioridade da democracia fica inquestionável quando 
se analisam os dados apresentados por Per Ahlmark.” 
c) “Segundo um estudo realizado em 2001 pela organização 
não-governamental Freedom House, três quartos das 
145 nações não-muçulmanas são democracias.” 
d) “Tudo muda, no entanto, quando o exercício da intolerância 
ultrapassa as fronteiras nacionais.” 
 
 
16 - Considere a seguinte situação: 
 
O Cadete Antônio dirigiu-se a um Juiz de Direito, a um Reitor 
de Universidade, a um Brigadeiro e, por fim, a um Coronel. 
Sabendo-se que esse cadete é um conhecedor da norma culta da 
Língua Portuguesa, assinale a opção que apresenta os 
pronomes de tratamento por ele utilizados para iniciar diálogo 
com essas autoridades. (Os pronomes foram associados, 
respectivamente, ao enunciado). 
 
a) Vossa Eminência, Vossa Reverendíssima, Vossa 
Eminência, Vossa Excelência. 
b) Vossa Reverendíssima, Vossa Eminência, Vossa Senhoria, 
Vossa Senhoria. 
c) Vossa Meritíssima, Vossa Magnificência, Vossa 
Excelência, Vossa Senhoria. 
d) Vossa Magnificência, Vossa Eminência, Vossa 
Magnificência, Vossa Meritíssima. 
 
 
17 - Quanto à flexão e ao uso dos verbos semear, guerrear e 
refugiar, assinale a opção correta. 
 
a) Na primeira pessoa do pretérito perfeito, esses verbos 
flexionam-se, respectivamente, da seguinte forma: semeei, 
guerriei, refugiei. 
b) As formas semeie, guerreie e refugie estão no presente do 
indicativo. 
c) “Não semeies tu” está no imperativo negativo, assim como 
“guerreias tu” está no imperativo afirmativo. 
d) Semear, guerrear e refugiar são formas coincidentes do 
infinitivo com a primeira pessoa do futuro do subjuntivo 
desses verbos. 
 
 CPCAR 2004 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1º ANO – VERSÃO A 4
18 - Assinale a frase que apresenta adjetivo no grau comparativo de 
superioridade. 
 
a) O abacateiro é a mais alta árvore do pomar. 
b) Entre os colegas, o mais alegre era Ramon. 
c) Ele é o menor aluno de sua turma. 
d) A lua é menor do que a Terra. 
 
 
19 - Reflita com os versos de Bertolt Brecht. 
 
Da violência 
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento 
Mas ninguém diz violentas 
As margens que o comprimem. 
 
A oração destacada “que tudo arrasta” tem: 
 
valor de função sintática de 
a) substantivo objeto direto 
b) adjetivo adjunto adnominal 
c) advérbio adjunto adverbial 
d) substantivo aposto 
 
 
20 - Assinale a alternativa que NÃO possui aposto. 
 
 
a) “Fonte, flor em fogo, 
que é que nos espera 
por detrás da noite?” 
 
b) “Conheço todas as roças 
que neste chão podem dar: 
o algodão, a mamona, 
a pita, o milho, o caroá.” 
 
c) “Muito bom dia, senhora, 
que nessa janela está; 
sabe dizer se é possível 
algum trabalho encontrar?” 
 
d) “Nuvens, caravela branca 
no ar azul do meio-dia: 
 quem te viu como eu te via?” 
 
 
21 - No excerto abaixo, de Guimarães Rosa: 
 
“Sertão. Sabe o senhor: o sertão é onde o pensamento da gente 
se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito 
perigoso.” 
 
o núcleo dos termos sintáticos destacados classificam-se 
corretamente como: 
 
a) objeto direto, predicativo, predicativo, sujeito. 
b) adjunto adverbial, adjunto adnominal, sujeito, predicativo. 
c) objeto direto, adjunto adverbial, objeto direto, predicativo. 
d) sujeito, predicativo, sujeito, sujeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 - Leia atentamente esta tira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Analise as afirmativas quanto à sintaxe. 
 
I - O termo amar, no 2º quadrinho, é um caso de derivação 
imprópria. 
II - Ainda no quadrinho II, os termos com a vida, com as 
pessoas, os animais são complementos nominais. 
III - No 3º quadrinho, o verbo ser exige como complemento 
um objeto direto. 
IV - No quadrinho IV, os pés é objeto direto do verbo tirar. 
 
Está(ão) correta(s) apenas 
 
a) I. c) III. 
b) II, III e IV. d) I, II e IV. 
 
 
23 - Leia o texto com atenção. 
 
Columbia 
 
Ao analisar a caixa de gravação do Columbia, os 
investigadores sugeriram que o defeito que levou ao acidente 
de 1º de fevereiro ocorreu antes da reentrada na atmosfera. 
Cada vez aperta mais o cerco na direção das espumas que se 
soltaram no lançamento do ônibus espacial, que se desintegrou, 
levando à morte seus sete tripulantes. 
(Revista ISTOÉ, 9/4/2003.) 
 
Analise estas afirmações referentes a ele, de acordo com a 
norma culta. 
 
I - “Ao analisar a caixa de gravação do Columbia”, essa 
oração expressa, com relação ao texto, uma noção de 
tempo. 
II - O primeiro “que” é uma conjunção integrante que 
concorre para a coesão textual. 
III - A expressão “cada vez... mais”, no 2º período, não exerce 
função sintática no texto. 
 
Está(ão) correta(s) apenas 
 
a) I e II. c) I. 
b) II e III. d) I e III. 
 
I II III IV
 CPCAR 2004 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 1º ANO – VERSÃO A 5
24 - Leve em consideração o seguinte conceito de frase: 
 
É a unidade mínima de comunicação lingüística. Na fala, 
a frase apresenta uma entoação que indica claramente seu 
início e seu fim. Na escrita, esses limites são indicados pelas 
iniciais maiúsculas e pelo emprego do ponto (final, de 
exclamação ou interrogação) ou das reticências. 
 
Pode-se concluir, a partir dele, que só NÃO existe(m) frase(s) 
na alternativa: 
 
a) Rio na sombra (fragmento) 
 
Som O longo som 
frio. do rio 
 frio. 
Rio 
sombrio. (Cecília Meireles) 
 
 
b) “(...) a menina não fazia outra coisa senão chupar 
jabuticaba...” 
 
 
c) 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Diálogo desencontrado 
 
Um garoto pergunta para o outro: 
 Você nasceu em Pelotas? 
 Não, eu nasci inteiro. 
 (Platão et Fiorin. Lições de texto: leitura e redação, ed. Ática: São Paulo.) 
 
 
25 - Identifique a alternativa em que a oração subordinada tenha a 
mesma classificação da oração sublinhada na seguinte 
manchete: 
 
Livro mostra como 
a noção de cidadania 
evoluiu da Antigüidade 
aos tempos atuais. 
 
a) É necessário que se extinga a violência no mundo. 
b) O turista queria que lhe indicassem o hotel mais próximo. 
c) A Mongólia tem 30% da população vivendo como nômade. 
d) Todos agiram como o diretor mandou. 
 
 
26 - Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente 
as lacunas abaixo. 
 
I - O motorista ________ paguei a corrida era inglês. 
II - A recepcionista ________ eu me informei foi atenciosa. 
III - O médico atendeu a todos ________ estavam na fila. 
IV - Este é o projeto ________ ele participou desde o início. 
V - Os funcionários ________ crachás foram entregues 
podem sair. 
 
a) a quem, com a qual, quantos, de que, cujos 
b) o qual, a qual, que, o qual, de cujos 
c) do qual, que, aqueles que, que, cujo os 
d) que, de quem, os quais, cujo, dos quais 
 
 
 
27 - Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal. 
 
a) Muito obrigadas — agradeceram os meninos. 
b) Estou quites com as dívidas — declarou o rapaz. 
c) Eu mesmo ajudarei vocês — prontificou-se a menina. 
d) Nós próprios fizemos aquilo — disseram osjovens. 
 
 
28 - Identifique a alternativa INCORRETA, observando a 
concordância verbal. 
 
a) Os Estados Unidos declararam guerra ao Iraque. 
b) Voltou, ao acampamento, o tenente e a tropa. 
c) O mundo e eu reivindicam a paz. 
d) A guerra são as vergonhas da humanidade. 
 
 
29 - Assinale a opção correta quanto ao uso e à colocação do 
pronome. 
 
a) “Imagino-te já idosa, 
Frondosa toda folhagem, 
Multiplicada a ramagem de agora, 
Tendo tudo transcorrido, 
Flores e frutos da imagem 
Com que faço essa viagem 
Pelo reino do teu nome, oh! Flora!” (Gilberto Gil) 
b) “Se lembra da fogueira 
Se lembra dos balões 
Se lembra dos luares dos sertões 
A roupa no varal 
Feriado nacional 
E as estrelas salpicadas nas canções...” (Chico Buarque) 
c) Nunca houve acordo entre eu e ele. 
d) Me dará um cigarro, não é? 
 
 
30 - Leia atentamente o texto abaixo e, a seguir, assinale a 
afirmativa correta em relação a ele. 
 
Graças a um de seus filhos, grande fisioterapeuta, logo se 
afastou o risco de paralizia, que parecia eminente. Filho 
pródigo! Foi fundamental para sua recuperação e para 
economizar um bom dinheiro. As despesas com médicos, 
nesses casos, costumam ser vultuosas. 
 
a) Todos os vocábulos do referido excerto estão grafados 
corretamente. 
b) Eminente significa que está prestes a acontecer. 
c) O vocábulo pródigo apresenta a mesma relação sinonímica 
de prodígio. 
d) Deve-se substituir o vocábulo vultuosas por vultosas.

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