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Resumo Ferramentas Governança de TI

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Universidade Federal do Piauí - UFPI 
Campus Senador Helvídio Nunes de Barros - CSHNB 
Bacharelado em Sistemas de Informação 
Disciplina: Sistemas de Informação II 
Profª. Me. Francisca Pâmela Carvalho Nunes 
Alunos: Henrique Coelho, Igor Grangeiro, Ivan Nascimento Filho, Vitório da Rocha. 
 
Resumo das Principais Ferramentas de Auxílio à Governança de TI. 
 
ITIL 
 
ITIL (​Information Technology Infrastructure Library​) é o ​framework para gerenciamento de serviços 
de TI mais adotado mundialmente. Desenvolvida no fim dos anos 1980 pela ​Central Computer and 
Telecommunications Agency​, a biblioteca ITIL é um conjunto de boas práticas em infraestrutura, 
operação e manutenção de serviços de TI para as áreas operacional e tática da empresa. O modelo 
desta biblioteca, totalmente flexível e adaptável ao negócio e estratégia de TI, busca promover uma 
gestão direcionada à entrega eficiente dos serviços ao cliente. 
 
A ITIL é composta por processos e funções que visam focar a área de TI no negócio ao qual a 
empresa está inserida e desenvolver os serviços com mais qualidade, rapidez e preço justificável ao 
usuário final. Para maximizar os resultados, as recomendações ainda podem ser seguidas 
concomitante a outras normas e padrões de projetos. Independente do porte da empresa, seguir as boas 
práticas da biblioteca pode ser fator decisivo para que a mesma se mantenha competitiva no mercado. 
 
Em sua última versão, a ITIL está agrupada em cinco volumes: 
● Estratégia do Serviço (“​Service Strategy​”): Definição dos requisitos e necessidades do 
negócio; 
● Projeto de Serviço (“​Service Design​”): Definição da solução a ser adotada; 
● Transição de Serviço (“​Service Transition​”): Relacionado ao gerenciamento de mudanças; 
● Operação do Serviço (“​Service Operation​”): Assegura que os serviços estão sendo atendidos 
baseado nos SLAs; 
● Melhoria Contínua do Serviço (“​Continual Service Improvement​”): Manter a constante 
melhoria dos serviços baseando-se no ciclo PDCA. 
 
 
Figura 1 - Os Processos da ITIL 
 
Atualmente, a biblioteca ITIL é considerada um dos principais manuais de boas práticas do mercado. 
Isso se dá, principalmente, em função dos benefícios do seu uso, dos quais podemos destacar como 
principais: 
● Alinhamento de TI, seus serviços e riscos com as necessidades do negócio; 
● Níveis de Serviço (SLA) negociáveis; 
● Processos consistentes e previsíveis; 
● Eficiência na entrega de serviço; 
● Serviços e Processos mensuráveis e passíveis de melhorias; 
● Otimização da experiência do cliente; 
● Uma linguagem comum; 
 
COBIT 
 
COBIT (​Control Objectives for information and Related Technologies​) é um ​framework ​de boas 
práticas criado pela ISACA (​Information Systems Audit and Control Association​) para a Governança 
de Tecnologia de Informação (TI). O guia possui uma série de recursos que podem servir como 
modelo de referência para a governança de TI e do negócio, incluindo um sumário executivo, um 
framework​, objetivos de controle, mapas de auditoria, ferramentas para a sua implementação e 
principalmente um guia com técnicas de gerenciamento. 
 
O COBIT não depende das plataformas adotadas nas empresas, tal como não depende do tipo de 
negócio e do valor e participação que a tecnologia da informação tem na cadeia produtiva da empresa. 
Isso acontece porque o COBIT não foca apenas nos serviços de tecnologia, como é o caso de outras 
metodologias, e sim em todo o modelo de negócio da organização. No entanto, assim como muitos 
guias, é necessário investir em pesquisa para verificar como as práticas do COBIT se adequam à 
organização e assim modelar um projeto para solucionar os problemas da empresa. 
 
A utilização das boas práticas do COBIT permitem maior segurança de dados e informação, uma 
linguagem unificada para os administradores da empresa, maior transparência na execução das 
atividades, aumento de eficiência da infraestrutura de TI, aumento de investimentos, aumento de 
vantagens competitivas e uma melhor gestão da empresa como um todo. 
 
PMBOK 
 
O PMBOK (​Project Management Body of Knowledge​) é um guia de melhores práticas para a gerência 
de projetos reconhecido internacionalmente, possuindo o objetivo de trazer sucesso ao projeto. Neste 
contexto, um projeto é um empreendimento temporário que emprega recursos visando obter um 
produto ou serviço que atenda a alguma necessidade do mundo real. Embora o guia possua 
recomendações eficientes, cabe ao gerente selecionar os processos mais adequados aos objetivos do 
projeto. 
 
Quando aplicado na Governança de TI, as técnicas do PMBOK tiveram resultados significativos no 
cumprimento de prazos, redução de custos, maior qualidade do produto final, dentre outros benefícios. 
O guia abrange cinco grupos de processos, sendo cada processo um conjunto de atividades, que 
utilizam conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas que recebem dados de entrada e geram 
saídas para os demais processos, conforme esboça a Figura 2. 
 
 
Figura 2 - Representação da Mecânica dos Processos da Gerência de Projetos 
 
O PMBOK abrange 10 áreas de conhecimento: 
- Escopo; 
- Integração; 
- Tempo; 
- Custo; 
- Qualidade; 
- Recursos Humanos; 
- Comunicações; 
- Risco; 
- Aquisições; 
- Participantes (​Stakeholders​). 
 
Essas áreas de conhecimento estão relacionadas às atividades presentes nos cinco grupos de 
processos, sendo eles: processos de iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle; e 
processos de encerramento. Durante cada processo são gerados dados e informações que são usados 
como entrada em outros grupos de processos ou em outras atividades do projeto, um exemplo é o 
processo de planejamento que gera subsídios para todos os processos e atividades adiante. 
 
CMMI 
 
CMMI (​Capability Maturity Model Integration ou ​Modelo Integrado de Maturidade na Capacitação) é 
um modelo que tem foco no nível de maturidade do processo de ​software​, um processo dentro da 
engenharia de ​software é um conjunto de atividades que juntas visam atingir um objetivo. No CMMI, 
o foco é tanto na maturidade quanto na capacidade de fazer com que um processo atinja sua qualidade 
ao fim de sua execução. Em resumo o CMMI trabalha no amadurecimento de processos durante a 
criação de um ​software​ visando um produto final com mais qualidade. 
 
O CMMI tem como principal função servir de guia para gerenciamento de processos de ​software​, 
oferecendo um conjunto de melhores práticas para atestar o grau de maturidade de uma organização. 
A CMMI é dividia em 5 níveis, são eles: Inicial, Gerenciado, Definido, Quantitativamente Gerenciado 
e Otimização, apresentados na figura logo abaixo. 
 
 
Figura 3 - Níveis do CMMI (Fonte: Fábrica de Software) 
 
O guia CMMI é mais indicado para empresas de grande porte, pois a sua implantação requer árduos 
trabalhos para atingir todos os níveis e também investimentos financeiros elevados, tornando sua 
implantação trabalhosa e demorada, o que geralmente leva à busca de serviços terceirizados para se 
obter uma certificação CMMI.

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