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26/03/2018 O Demônio Familiar | Resumos de livros | Literatura | Educação
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O Demônio Familiar
O Demônio Familiar
autor: José de Alencar
movimento: Romantismo - Primeira Geração
Por Fernando Marcílio
Mestre em Teoria Literária pela Unicamp
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RESUMO CONTEXTO ANÁLISE
ENEM BIOLOGIA FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LITERATURA MATEMÁTICA PORTUGUÊS QUÍMICA PROVAS TELECURSO
26/03/2018 O Demônio Familiar | Resumos de livros | Literatura | Educação
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/o-demonio-familiar.html 2/4
Peça em quatro atos, a ação transcorre no Rio de Janeiro na segunda metade do
século XIX. A trama gira em torno da família da viúva D. Maria. Seu filho mais velho,
Eduardo, médico recém-formado, assume a posição de líder familiar, auxiliando na
condução dos destinos da irmã Carlotinha – moça casadoura que mantém um discreto
namoro com Alfredo, amigo do irmão – e do caçula Jorge. Eduardo tem um escravo
particular, o moleque Pedro, pouco interessado no trabalho doméstico e que não
perdia nenhuma oportunidade de passear pela cidade que se urbanizava. O grande
amor de Eduardo é Henriqueta, amiga de Carlotinha, que também ama o rapaz. No
entanto, a união é impedida pelo projeto de casamento da moça com Azevedo, moço
rico recém-chegado de Paris, ao qual ela se submetia, para auxiliar seu pai,
Vasconcelos, a saldar algumas dívidas. 
Pedro, menino escravo da família de Eduardo, assume um papel essencial no enredo
em função de suas intromissões na vida amorosa dos amos. Ao mesmo tempo em que
luta para promover a união entre Carlotinha e Alfredo, usa artifícios para separar
Henriqueta e Eduardo, aproximando-o de uma viúva rica interessada nele. 
Quando Eduardo descobre tudo, ameaça vender Pedro, mas o menino implora para
ficar e se compromete a resolver tudo. Começa, então, a desenvolver ações no sentido
contrário, inventando coisas a respeito de Henriqueta para fazer Azevedo desistir do
casamento. Enquanto isso, Eduardo também se movimenta no sentido de romper a
obrigação do casamento da amada com Azevedo. Para tanto, salda por conta própria
as dívidas de Vasconcelos. 
Procurando agora deixar Henriqueta livre para seu amo, Pedro busca separá-la de
Azevedo. Para tanto, tenta aproximar este de Carlotinha, provocando um mal-
entendido entre esta e Alfredo. Mais uma vez, Eduardo descobre todas as ações do
moleque e esclarece tudo aos familiares e aos envolvidos. Declara seu amor a
Henriqueta, ao mesmo tempo em que Azevedo se afasta. Alfredo e Carlotinha
finalmente tornam público seu amor. 
Para o moleque Pedro, responsável por todos os desencontros da peça, sobra o
castigo final: Eduardo lhe entrega a sua carta de alforria, o que significa deixá-lo, dali
por diante, por sua própria conta e sem a proteção da família que o acolhia. 
Sobre o autor 
José de Alencar foi o principal escritor do nosso Romantismo. Teve uma longa carreira
dedicada ao teatro, visto por ele como um importante instrumento de pedagogia social.
Embora o principal tema de suas peças fosse a liberdade, o autor não se mostrou tão
complacente quando o assunto era a abolição. Escravocrata convicto, fez de muitas de
suas obras um veículo de propaganda de suas ideias. 
Importância do livro 
A peça O Demônio Familiar expõe alguns dos termos em que se dava o debate em
torno do tema da escravidão em meados do século XIX no Brasil. A par disso, mostra
a exploração de recursos teatrais por um escritor especialista no assunto, e também a
exploração de alguns clichês românticos. A peça nos transmite ainda um retrato da
sociedade da época. 
Período histórico 
Quando da estreia de O Demônio Familiar, a sociedade brasileira vivia um período de
discussão em torno da escravidão. A propaganda abolicionista crescia, conquistando
adeptos entre as classes médias, principalmente os estudantes. Nesse debate, as
propostas para o fim da escravidão era muitas: algumas propunham o fim imediato,
enquanto outras defendiam sua eliminação gradativa. 
ver página do autor 
RESUMO
CONTEXTO
José de Alencar
AUTOR
01 de Maio de 1829
12 de Dezembro de 1877 (48 anos)
26/03/2018 O Demônio Familiar | Resumos de livros | Literatura | Educação
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/o-demonio-familiar.html 3/4
A peça de José de Alencar reúne alguns dos ingredientes românticos mais
convencionais. Todo o enredo é montado sobre tensões, maledicências, fofocas, mal-
entendidos, que lhe dão o ritmo rocambolesco e complicado das narrativas
folhetinescas do Romantismo. Estão presentes, ainda, os inescapáveis obstáculos
para a realização amorosa do par central, como o projetado casamento da heroína
com Azevedo e as atitudes de Pedro, que fazem com que o herói não se sinta amado
por Henriqueta. 
 
Mas Alencar conduz as confusões da narrativa até o nível das contradições, que fazem
com que a peça atinja um nível superior, ao expor ao espectador diferentes
perspectivas a respeito dos conceitos em jogo. Assim, o amor romântico aparece em
duas formas distintas: de um lado, o amor contido e conformado de Henriqueta, que se
submete às vontades do destino; de outro, o amor decidido e ativo de Carlotinha, que
luta por seu amor, não se rendendo às circunstâncias que conduziam à inevitável
separação. A peça vai ainda além: há, de um lado, o amor ornamental defendido por
Azevedo; de outro, o amor que é pura sinceridade proposto por Alfredo. Os dois
rapazes personificam ainda duas posições contrárias a respeito da arte brasileira: o
afrancesado Azevedo vê nela apenas imitação de modelos europeus, enquanto
Alfredo – nesse sentido, porta-voz do autor – destaca seus traços de originalidade e
nacionalismo. 
A peça consegue ainda registrar os novos costumes de uma sociedade que se
urbaniza com rapidez. A novidade capitalista atinge as relações sociais, colocando em
foco a chamada question d’argent (problemas financeiros), um dos temas mais
frequentes do nascente Realismo francês. Ressalve-se que essa questão é focalizada
de uma perspectiva romântica, na medida em que desvia os homens de sentimentos
verdadeiros. Além disso, há uma cena em que se relata o interesse que as vitrines
coloridas despertam em Pedro – sugestão de que aqueles novos hábitos teriam
contribuição decisiva nos desvios morais do menino. 
A moral da peça é justamente esta: os efeitos do progresso sobre as relações sociais,
principalmente para quem – como Pedro – não tem consciência plenamente formada
pela educação. Esse argumento caminha no sentido da defesa da escravidão, como
forma de tutela sobre o negro que, de outra maneira, estaria submetido aos desvios
morais fornecidos pela liberdade plena. Na transmissão dessa moralidade tão peculiar,
destaca-se a imagem do herói, Eduardo, moço equilibrado e honrado, cuja nobreza de
caráter contrasta com os maus princípios defendidos por Azevedo, com manias
europeizadas. 
O livro está disponível para download, confira. 
No plano da linguagem, é louvável o esforço de Alencar no sentido de mostrar as
potencialidades da língua brasileira, que serve tanto ao coloquialismo desregrado de
Pedro quanto à retórica mais educada de Eduardo. 
ANÁLISE
OBSERVAÇÃO 
 
Além da presença dos recursos
folhetinescos – muitos dos quais
tiveram sua origem exatamente no
teatro –, como as revelações
inesperadas, o enredo complicado, os
diálogos vivos, a peça apresenta uma
interessante associação entre
personalidade e expressãolinguística.
Assim, temos o moralismo retórico de
Eduardo, o coloquialismo de Pedro, a
hipocrisia de Azevedo e a
passionalidade de Alfredo.
26/03/2018 O Demônio Familiar | Resumos de livros | Literatura | Educação
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