Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FI´SICA FI´SICA I – 2012/2 PRIMEIRA PROVA – 22/05/2013 VERSA˜O: A Nas questo˜es em que for necessa´rio, considere que g e´ o mo´dulo da acelerac¸a˜o da gravidade. Sec¸a˜o 1. Mu´ltipla escolha (10×0,5 = 5,0 pontos) 1. Uma massa m esta´ suspensa no campo gravitacional por uma mola de contante ela´stica k presa ao teto. Efeitos de atrito sa˜o desprez´ıveis e observa-se que o sistema oscila verticalmente em torno de sua posic¸a˜o de equil´ıibrio. A opc¸a˜o correta e´: (a) A energia mecaˆnica do sistema na˜o se conserva, pois ale´m da forc¸a gravitacional sobre a massa ha´, adicionalmente, a forc¸a ela´stica exercida pela mola. (b) A energia mecaˆnica do sistema se conserva, se considerarmos que esta e´ a soma das energias cine´tica e energia potencial gravitacional da massa. (c) A energia mecaˆnica do sistema se conserva, se considerarmos que esta e´ a soma das energias cine´tica e energia potencial ela´stica da mola. (d) A energia potencial total, dada como a soma das contribuic¸o˜es de energia potencial gravi- tacional e energia potencial elastica, e´ conser- vada. (e) A energia mecaˆnica do sistema se conserva, se considerarmos que esta e´ a soma das energias cine´tica e das energias potencial gravitacional e potencial ela´stica da mola. 2. Um pequeno bloco de massa m sobre uma mesa ho- rizontal comprime uma mola de constante ela´stica k de uma distaˆncia d, a partir da posic¸a˜o relaxada da mola em O, como mostra a figura. Liberado a partir do repouso, ele realiza um movimento retil´ıneo hori- zontal para a direita percorrendo depois da posic¸a˜o O uma distaˆncia d ′, quando atinge o repouso; ha´ uma forc¸a de atrito constante da superf´ıcie da mesa sobre o bloco em toda a extensa˜o do movimento. O coefici- ente de atrito cine´tico µc entre a superf´ıcie e o bloco e´: (a) k 2mg (d− d ′); (b) k 2mg (d+ d ′); (c) k mg (d+ d ′); (d) k mg (d ′); (e) k 2mg (d ′). 1 3. Forc¸as conservativas sa˜o tais que: (a) Na˜o produzem variac¸a˜o de energia cine´tica. (b) Na˜o produzem variac¸a˜ode energia potencial. (c) Na˜o produzem trabalho jamais. (d) Produzem trabalho em trajeto´rias fechadas (e) Na˜o produzem trabalho em trajeto´rias fecha- das. 4. Um proje´til e´ lanc¸ado do solo com uma velocidade que faz um aˆngulo θ0 com a horizontal (0 < θ0 < π/2). Ignorando efeitos de resisteˆncia do ar e considerando o intervalo de tempo decorrido entre o instante do lanc¸amento e o instante em que o proje´til atinge a altura ma´xima, pode-se afirmar que o aˆngulo entre o vetor velocidade me´dia e o vetor acelerac¸a˜o me´dia e´: (a) igual a θ0 (b) igual a θ0/2 (c) maior do que π + θ0/2 (d) menor do que π/2 + θ0 (e) igual a π/2− θ0 5. Dois carros A e B (considerados como part´ıculas) par- tem da mesma posic¸a˜o no instante t = 0 e percorrem estradas perpendiculares, seguindo para o norte e o leste, respectivamente, com velocidades constantes ~vA e ~vB. A distaˆncia d entre os dois carros no instante t satisfaz a` relac¸a˜o (a) |~vA| t < d < |~vB| t; (b) |~vB| t < d < |~vA| t; (c) d = √ |~vA|2 + |~vB|2 t ; (d) d = √ |~vA|2 − |~vB|2 t; (e) d = |~vA| t− |~vB| t. 6. A figura mostra um trilho no plano horizontal no qual uma part´ıcula desloca-se da posic¸a˜o A para a posic¸a˜o B. Dentre os vetores ~a1, ~a2 e ~a3 indicados na fi- gura, na˜o pode(m) representar uma acelerac¸a˜o da part´ıcula, nas respectivas posic¸o˜es 1, 2, e 3, (a) ~a1; (b) ~a2; (c) ~a3; (d) ~a1 e ~a2; (e) ~a2 e ~a3; 7. Uma part´ıcula desloca-se ao longo do eixo x sob a ac¸a˜o de uma forc¸a conservativa ~F , correspondente a um potencial U(x), dado pela figura abaixo. Para este potencial entre as opc¸o˜es abaixo a u´nica incorreta e´: (a) na posic¸a˜o xB a forc¸a sobre a part´ıcula e´ nula; (b) na posic¸a˜o xD, tem-se a condic¸a˜o de equil´ıbrio insta´vel; (c) no deslocamento do corpo de xA para xB o tra- balho realizado pela forc¸a ~F e´ negativo; (d) o sentido da forc¸a ~F na posic¸a˜o xE e´ positivo; (e) na posic¸a˜o xC a forc¸a ~F na˜o e´ nula. 2 8. Um bloco encontra-se em equil´ıbrio suspenso por uma mola de constante ela´stica k, presa ao teto e com alongamento d. O bloco e´ levantado ate´ a posic¸a˜o em que o alongamento e´ nulo e abandonado a partir do repouso. Ao descer uma altura d/2 o bloco ganha uma energia cine´tica, (a) (1/2)kd2 ; (b) (1/4)kd2; (c) (3/4)kd2; (d) (3/8)kd2; (e) 2kd2. 9. Uma part´ıcula de massa m esta´ dentro de um funil de vidro e percorre a sua superf´ıcie interior com um mo- vimento circular uniforme horizontal. Na˜o ha´ atrito entre a parede do funil e a part´ıcula. O aˆngulo que a parede do funil faz com o seu eixo de simetria e´ igual a θ, como mostra a figura. Desprezando a presenc¸a do ar, o mo´dulo da forc¸a da superf´ıcie sobre a part´ıcula e o mo´dulo da acelerac¸a˜o centr´ıpeta da part´ıcula sa˜o, respectivamente, (a) mg/cosθ e g/tanθ (b) mg/senθ e g/cotθ (c) mg/cosθ e g/cotθ (d) mg/senθ e g/senθ (e) mg/senθ e g/tanθ 10. Em um lago tranquilo treˆs barcos A, B e C teˆm veloci- dades respectivas ~vA=vıˆ−vˆ, ~vB=vıˆ e ~vC=−vıˆ+vˆ (v uma constante dada), todas relativas ao referen- cial constitu´ıdo por um oˆnibus estacionado na margem com um sistema de eixos OXY Z, sendo OXY na ho- rizontal, conforme a figura. Considere o barco A como um referencial com sistema de eixos OAXAYAZA, cada um deles com mesma direc¸a˜o e sentido dos respectivos eixos de OXY Z. Em relac¸a˜o ao referencial do barco A as velocidades do oˆnibus, do barco B e do barco C sa˜o, respectivamente, O X Y vA OA XA YA vB vC (a) ~v ′ O =−vıˆ+ vˆ, ~v ′ B =vˆ e ~v ′ C =−2vıˆ+ 2vˆ. (b) ~v ′ O =vıˆ+ vˆ, ~v ′ B =vˆ e ~v ′ C =2vıˆ+ 2vˆ (c) ~v ′ O =−vıˆ+ vˆ, ~v ′ B =vˆ e ~v ′ C =−2vıˆ− 2vˆ (d) ~v ′ O =vıˆ− vˆ, ~v ′ B =vˆ e ~v ′ C =2vıˆ+ 2vˆ (e) nenhuma das respostas anteriores. 3 Sec¸a˜o 2. Questo˜es discursivas (2×2,5 = 5,0 pontos) 1. A figura seguinte representa um sistema formado por duas cunhas A e B, ambas com massa igual a m, sobre uma superf´ıcie horizontal perfeitamente lisa; na˜o ha´ contato entre a cunha A e essa superf´ıcie horizontal. O coeficiente de atrito esta´tico entre as superf´ıcies das cunhas e´ igual a µe. Sob a ac¸a˜o de uma forc¸a ~F horizontal constante, aplicada em B, como mostra a figura, o sistema se move em movimento retil´ıneo uniformemente acelerado, sem que a cunha A deslize sobre a cunha B. O mo´dulo de ~F e demais condic¸o˜es sa˜o tais que o atrito entre as cunhas tem que impedir a cunha A de deslizar para cima sobre a B. Considere como dados m, µe, ~F , o aˆngulo θ indicado na figura e a acelerac¸a˜o da gravidade ~g. a) Determine a forc¸a resultante sobre a cunha A. b) Calcule o mo´dulo da forc¸a total que a cunha B exerce sobre a cunha A. c) Represente em um diagrama todas as forc¸as que agem sobre cada uma das cunhas. d) Calcule o mo´dulo da forc¸a de atrito entre as cunhas. e) Determine a ma´xima intensidade da forc¸a aplicada ~F , de modo que a cunha A ainda na˜o suba deslizando sobre a cunha B. 2. Um objeto de massa m e dimenso˜es desprez´ıveis parte do repouso e de uma altura 4R, deslizando por uma rampa suave ate´ encontrar uma superf´ıcie horizontal, por onde segue ate´ encontrar uma rampa circular de raio R, sobre a qual continua seu movimento (veja a figura). Na˜o ha´ atrito em todo o percurso do objeto, que se da´ em um mesmo plano vertical (da figura). Expressando suas respostas em termos dos unita´rios horizontal ıˆ e vertical ˆ indicados na figura, determine a) o vetor velocidade, ~v, nos pontos A, B e C; b) o vetor de forc¸a normal, ~N , nos pontos A, B e C. 4 Universidade Federal do Riode Janeiro Centro de Cieˆncias Matema´ticas e da Natureza Instituto de F´ısica Primeira Prova de F´ısica IA - 22/05/2013 Respostas para provas h´ıbridas Gabarito das Questo˜es objetivas (valor=5.0 pontos) Versa˜o A Questa˜o (a) (b) (c) (d) (e) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Versa˜o B Questa˜o (a) (b) (c) (d) (e) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Versa˜o C Questa˜o (a) (b) (c) (d) (e) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Versa˜o D Questa˜o (a) (b) (c) (d) (e) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Observac¸a˜o: a questa˜o 2 da prova A foi anulada e demais correspondentes das provas B, C e D; tarja preta. O texto na˜o cita que o bloco esta´ permanentemente preso a` mola e o desenho na˜o mostra esta condic¸a˜o, embora a u´nica opc¸a˜o compat´ıvel seja a resposta (a) da questa˜o, admtindo que o bloco esta´ preso a` mola. 1 Questa˜o discursiva 1 (valor=2.5 pontos) a) valor=0.5 ponto Pela segunda lei de Newton, o sistema de massa 2m se move com uma acelerac¸a˜o dada por ~a = ~F/(2m). A cunha A se move com a mesma acelerac¸a˜o ~a do conjunto. A resultante das forc¸as que atuam na cunha A corresponde a` soma vetorial das forc¸as ~NA, ~P e ~fe. Usando a segunda lei de Newton para a cunha A, ~NA + ~P + ~fe = m~a = m ~F/(2m) = ~F/2, ou diretamente neste caso: ~FA = m~a → ~FA = ~F/2 b) valor=0.5 ponto A forc¸a total exercida pela cunha B na cunha A e´ dada pela soma ~NA+ ~fe. Pela equac¸a˜o acima, | ~NA + ~fe| = |~F/2− ~P | = √ (F/2)2 + (−P )2 = √ F 2/4 + (mg)2 c) valor=0.5 ponto O diagrama de forc¸as das cunhas A e B sa˜o mostrados na figura abaixo, onde os vetores indicados por (′) correspondem a`s reac¸o˜es das forc¸as correspondentes. d) valor=0,5 ponto Projetando as forc¸as nas direc¸o˜es dos eixos x e y, e aplicando a segunda lei de Newton, NAsenθ+ fe cos θ = max = F/2 NA cos θ − fesenθ = may = 0 Resolvendo esse sistema de equac¸o˜es lineares nas inco´gnitas NA e fe, obtemos o mo´dulo fe da forc¸a de atrito entre as cunhas: fe = (1/2)Fcosθ −mg senθ 2 e) valor=0,5 ponto A intensidade ma´xima Fmax da forc¸a aplicada corresponde a` situac¸a˜o em que a cunha A esta´ na imineˆncia de deslizar sobre a cunha B. Nesse caso o mo´dulo da forc¸a de atrito esta´tico atinge o seu valor ma´ximo µeN . Usando os resultados do item (d), obtemos o mo´dulo da forc¸a normal N. NA = (1/2)Fsenθ +mg cosθ Com a condic¸a˜o de que o atrito ma´ximo dado por |~fe| = µeNA, temos: (1/2)Fmax cosθ −mg senθ = µe [(1/2)Fmax senθ +mg cosθ] ∴ Fmax=2mg ( senθ + µe cosθ cosθ − µe senθ ) 3 Questa˜o discursiva 2 (valor=2.5 pontos) a) valor=1,3 pontos Usando a lei de conservac¸a˜o da energia mecaˆnica podemos calcular os mo´dulos das veloci- dades em A, B e C. Os sentidos e direc¸o˜es dos vetores velocidade sa˜o dados em func¸a˜o do movimento se dar de A→ B → C e de que o vetor velocidade e´ tangente a` trajeto´ria. Em A: 4mgR = 1 2 mv2A. Assim, vA = 2 √ 2gR → ~vA = 2 √ 2gRıˆ. Em B: 4mgR = mgR + 1 2 mv2B. Assim, vB = √ 6gR → ~vB = √ 6gRˆ. Em C: 4mgR = 2mgR + 1 2 mv2C. Assim, vC = 2 √ gR → ~vC = −2 √ gRıˆ. b) valor=1,2 pontos No trecho circular do movimento ascendente, a projec¸a˜o da resultante na direc¸a˜o radial e´ identificada a` forca centr´ıpeta. Com os valores das velocidade obtidos do item anterior, temos, Em A: NA −mg = mv 2 A R = 8mg. Assim, NA = 9mg → ~NA = 9mgˆ. Em B: NB = mv2B R = 6mg. Assim, NB = 6mg → ~NB = −6mgıˆ. Em C: NC +mg = mv2C R = 4mg. Assim, NC = 3mg → ~NC = −3mgˆ. 4
Compartilhar