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CTSP PP E5 REV APROV

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CURSO TÉCNICO EM 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
Políticas Públicas 
 
Encontro nº 5 
 
João André 
Nascimento Ribas 
Professor Conferencista 
 
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ENCONTRO Nº 5 
 
 
TEMA DO ENCONTRO: 
 
Modelos de análise de políticas 
públicas 
REVENDO O ENCONTRO ANTERIOR 
Instituições no processo de políticas públicas: 
• Institucionalismo; 
• Neoinstitucionalismo; 
• Cultura política; 
• Instituições de participação social. 
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OBJETIVOS DESTA AULA 
Que ao final da aula o estudante possa: 
• Identificar os diferentes modelos de análise 
de políticas públicas; 
• Compreender como e porque o governo faz 
ou deixa de fazer uma política pública. 
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MODELOS DE ANÁLISE 
• Modelo 
institucional; 
• Modelo de processo; 
• Modelo racional; 
• Modelo incremental; 
• Modelo da teoria de 
grupos; 
 
• Modelo de elite; 
• Modelo da escolha 
pública; 
• Modelo da teoria 
dos jogos; 
• Modelo sistêmico. 
 
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MODELO INSTITUCIONAL 
A abordagem estrutural no modelo institucional é relevante 
para a formulação da política, uma vez que as instituições 
podem provocar importantes consequências nas políticas. 
Os estudos geralmente 
descrevem instituições 
governamentais 
específicas – estrutura, 
organização, deveres e 
funções. 
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Fonte: http://raioxdf.com.br/wp-
content/uploads/2016/04/222222222222plan.jpg 
 
MODELO DE PROCESSO 
Pode-se entender o processo político como uma 
série de atividades políticas na identificação de 
problemas, definição e formação da agenda, 
formulação, tomada de decisão, legitimação, 
implementação e avaliação. 
 
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MODELO RACIONAL 
Na escolha de uma política racional, os decisores 
políticos devem: 
• Saber as preferências da sociedade, valores e seus pesos 
relativos; 
• Conhecer todas as alternativas políticas disponíveis; 
• Conhecer todas as consequências de cada alternativa 
política; 
• Calcular a relação de benefícios para os custos de cada 
alternativa política; e 
• Selecionar a alternativa política mais eficiente. 
 
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MODELO INCREMENTAL 
A visão da política pública como um processo 
incremental foi desenvolvida por Lindblom (1979) e 
Caiden e Wildavsky (1980). Este modelo vê a política 
pública como uma continuação das atividades do 
governo do passado com modificações apenas 
incrementais. O modelo incremental descreve um 
processo mais conservador de tomada de decisão. O 
incrementalismo é importante na redução de 
conflitos, mantendo a estabilidade e a preservação 
do próprio sistema político. 
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MODELO DA TEORIA DE GRUPOS 
A tarefa do sistema político é o de: 
• Estabelecer as regras do jogo na luta do grupo; 
• Organizar compromissos e equilibrar interesses; 
• Promulgar compromissos na forma de políticas 
públicas; 
• Fazer cumprir estes compromissos. A influência 
dos grupos é determinada por seus números, 
riquezas, força organizacional, liderança, acesso 
aos tomadores de decisão, e de coesão interna. 
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MODELO DE ELITE 
A política pública pode também ser vista sob os 
prismas das preferências e valores da elite 
governante, de forma que os administradores 
apenas executem as políticas públicas estabelecidas 
pela elite, de forma que as mudanças e as inovações 
nas políticas públicas decorram das redefinições que 
as elites fazem de seus valores. 
 
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MODELO DA ESCOLHA PÚBLICA 
Esta teoria pressupõe que todos os atores procuram 
maximizar os seus benefícios pessoais na política e no 
mercado. Esta teoria reconhece que o governo deve 
desempenhar determinadas funções que o mercado é 
incapaz de lidar, isto é, ele deve resolver certas falhas de 
mercado. 
A teoria da escolha pública pode ser definida como a 
aplicação da análise econômica a tomada de decisões 
políticas que incluem a teoria do Estado, regras de votação, 
comportamento do eleitor, partidos políticos, regulação. 
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MODELO DA TEORIA DOS JOGOS 
Tem como objeto a análise de situações onde o 
resultado da ação de indivíduos, grupo de 
indivíduos, ou instituições, depende 
substancialmente das ações dos outros 
envolvidos, ou seja, trata de situações onde 
nenhum indivíduo pode convenientemente 
tomar decisão sem levar em conta as possíveis 
decisões dos outros. 
 
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MODELO SISTÊMICO 
Este modelo procura explicar como os estímulos 
ambientais e as características do sistema político 
afetam o conteúdo da política pública, e como a 
política pública afeta o ambiente e a dinâmica do 
sistema político através de processos de feedback 
(SANTOS, 2012). 
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MODELO SISTÊMICO 
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Fonte: Easton (1969), Rua (2009) e 
Santos (2012). 
 
AVALIAÇÃO DOS MODELO 
Dye (2011) aponta alguns critérios para avaliar a 
utilidade dos modelos de políticas públicas: 
• Ordenar e simplificar a realidade; 
• Identificar o que é significativo; 
• Ser congruente com a realidade; 
• Fornecer uma comunicação significativa; 
• Pergunta e pesquisa direta; 
• Sugerir explicações. 
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RESUMO DO ENCONTRO 
Para Heidemann e Salm (2009), a transformação 
das políticas em ações e mudanças efetivas 
depende de teorias e modelos que auxiliem os 
agentes a pensá-las e operacionalizá-las. Nesta 
unidade, vimos os modelos de políticas públicas 
apontados por Dye (2009), quais sejam: 
institucional, de processo, racional, incremental, de 
grupo, de elite, de escolha pública, da teoria dos 
jogos e o modelo sistêmico. 
 
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REFERÊNCIAS 
CAIDEN, N. e WILDAVISKY, A. Planning and budgeting in developing 
countries. New York: John Wiley. 1980. 
 
DYE, T. R. Understanding public policy. 13 ed. USA: Pearson Education, 
2011. p. 1-27. 
 
HEIDEMAN, F. G.; SALM, J. F. Políticas públicas e desenvolvimento: 
bases epistemológicas e modelos de análise. Brasília: UNB, 2009, 338 p. 
 
LINDBLOM, C. E. Still Muddling, Not Yet Through. Public administation 
review. 39: 517-526. 1979. 
 
SANTOS, M. P. G. Políticas Públicas e sociedade. 2. ed. reimp – 
Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração. UFSC, 2012. 
98p. 
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