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Portugues BB Aula 2

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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O BANCO DO BRASIL 
LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
AULA 2 
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Olá, prezado(a) aluno(a)! 
Já estamos na metade do nosso curso; depois desta aula, faltarão 
apenas duas. Preciso ser bem objetivo e apontar para você o que a Carlos 
Chagas poderá exigir na prova ao tratar de pontuação e concordância 
verbal. 
Torno a fazer a mesma recomendação: mantenha uma gramática 
com você, para revisão da parte teórica no caso de dúvida. Lembre-se de que 
este é um curso de exercícios. 
Apenas para descontrair um pouco, peço que você empregue uma 
vírgula no período abaixo. 
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua 
procura. 
Se você é mulher, possivelmente colocou a vírgula depois de 
“mulher”. Se você é homem, deve ter colocado a vírgula depois de “tem”. 
No primeiro caso, o termo “a mulher” funciona como sujeito do 
verbo “ter”; o sujeito do verbo “andaria” refere-se ao termo “o homem”, 
expresso na oração subordinada adverbial condicional e oculto na oração 
principal. 
No segundo caso, o sujeito de “tem” refere-se ao termo “o 
homem”; o sujeito de “andaria” é o termo “a mulher”. 
Um pequeno deslize no emprego da vírgula, por exemplo, pode 
mudar o rumo de uma investigação! Leia o trecho de uma reportagem sobre a 
morte da menina Isabella Nardoni: 
O inquérito com mais de mil páginas sobre a morte da menina 
Isabella Nardoni, 5 anos, será entregue pela polícia nesta quarta 
(30/04) ao promotor Francisco Cembranelli. A conclusão é que a 
menina foi espancada e morta pelo pai, Alexandre e pela 
madrasta, Anna Carolina Trotta Jatobá. O principal motivo, 
 
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segundo a polícia, foi ciúmes. Para determinar a motivação do 
crime, a polícia se baseou em cerca de 65 depoimentos. 
Familiares, vizinhos e importantes testemunhas revelaram a 
conturbada vida conjugal de Alexandre e Anna Carolina. (Correio 
Brasiliense, 30/4/2008 – internet). 
A julgar pelo que foi noticiado no jornal, houve mais um acusado 
pela morte da Isabella: “Alexandre”. Sem a vírgula para separá-lo da 
conjunção “e”, tem-se a impressão de que existem três suspeitos: o “pai”, 
“Alexandre” e a “madrasta” (Anna Carolina). Na verdade, por ser apenas um 
aposto explicativo (esclarece ao leitor quem é o pai da menina morta), o termo 
“Alexandre” deveria vir ente vírgulas. 
Espero que com esses exemplos você tenha se conscientizado da 
importância do emprego adequado dos sinais de pontuação. 
Ainda que a vírgula seja o sinal com a maior frequência (e isso 
justifica a ênfase que darei a ela), neste material você encontrará questões 
sobre outros sinais de pontuação. 
1. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de 
pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. 
Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica que 
requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistência e 
no poder, hostilidade. 
Comentário – De acordo com o contexto, a primeira e a segunda vírgula 
isolam segmento de natureza adverbial (“sem idealismos”) intercalado entre o 
verbo (“requer”) e o seu objeto direto (“uma praxiologia”); a terceira vírgula 
separa oração subordinada adverbial reduzida de gerúndio; a última vírgula 
substitui a forma verbal “vendo”. Essa vírgula é conhecida como vicária. Veja 
outro exemplo: 
 
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No mar há os peixes; no céu, as estrelas... 
Resposta –Item certo. 
2. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente 
adequada a pontuação em: 
Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor 
revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda. 
Comentário – O ponto de interrogação foi usado adequadamente em uma 
frase interrogativa direta. Cuidado para não confundir frase com oração. 
Aquela necessariamente não precisa de verbo, ao contrário desta. Note ainda 
que eu disse “frase interrogativa direta”, pois há frases interrogativas 
indiretas, em que o ponto de interrogação é dispensável: Ele perguntou que 
horas são. 
Chamo a sua atenção para o fato de as duas primeiras 
vírgulas estarem isolando adjunto adverbial (“certamente”) que surgiu entre o 
sujeito (“esses fábulas”) e o verbo (“são”). Aqui você deve admitir certa 
flexibilidade e avaliar criteriosamente as demais alternativas da questão, pois 
há muitos gramáticos e escritores que não a empregam quando o termo é 
curto; todos, porém, são unânimes em empregar a vírgula quando o adjunto 
adverbial for uma oração. 
As duas últimas vírgulas têm a mesma função, pois isolam 
termo de natureza adverbial que se intercalou entre o verbo “revelou” e o 
complemento “uma significação mais profunda”. 
Por fim, a vírgula depois de “fábulas” (a terceira) foi 
empregada para separar oração (subordinada adjetiva) de natureza 
explicativa. Os termos de natureza explicativa – na forma de oração ou não – 
vêm destacados por vírgula, travessão ou parênteses. 
Resposta – Item certo. 
A vírgula substitui a forma verbal “há” 
 
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3. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente 
correta em: 
a) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem, 
escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou 
memorável. 
b) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o 
autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos. 
Comentário – Alternativa A: existem problemas de pontuação aqui. Deveria 
haver uma vírgula antes de “Graciliano”, para separar a oração subordinada 
adverbial temporal antecipada “Quando prefeito de Palmeira dos Índios,...”. 
Além disso, outra vírgula deveria ser utilizada logo após o verbo “escreveu”, 
para marcar o isolamento de expressão intercalada entre o verbo e o seu 
objeto: “um relatório...”. 
Alternativa B: a primeira vírgula marca a antecipação de 
oração subordinada de caráter adverbial; a segunda serve para isolar termo de 
natureza explicativa; a terceira tem a mesma função, já que a expressão “essa 
arma habitual dos céticos” é aposto do substantivo “ironia”. 
Resposta – B. 
4. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente 
correta: 
O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem 
técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. 
Comentário – É importante perceber que a intercalação de orações deve ser 
evidenciada por duas vírgulas, uma antes e outra depois: Creio, disse ele, que 
esse é um caso perdido. A falta de uma delas traz prejuízo ao período. 
 
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predicado sujeito 
sujeito predicado 
predicado sujeito 
No caso do item sob análise, a vírgula antes da oração 
intercalada acabou causando indevida separação entre o sujeito “O autor do 
texto” e o predicado “não investe...”. 
Resposta – Item errado. 
III. Não se usa vírgula 
a) entre sujeito e predicado (mesmo quando o sujeito é muito longo ou vem 
depois do predicado): 
 destruíram meu jardim. Ex.: Os pequenos filhotes de vira-lata 
Obs.: a intercalaçãode termos entre o sujeito e o verbo deve ser 
marcada por vírgulas, uma antes e outra depois. 
, ontem à tarde, decidiram aceitar o projeto do Ex.: Os deputados 
presidente da República. 
5. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente 
adequada a pontuação em: 
As fábulas populares são simplórias? Ora elas significam muito mais do 
que aparentam, tal como o provou, esse texto de Ítalo Calvino. 
Comentário – Quem é o sujeito do verbo “provou”? O termo que o segue: 
“esse texto de Ítalo Calvino”. Sendo assim, a vírgula que os separa não foi 
utilizada adequadamente. Lembre-se de que entre sujeito e predicado não se 
usa vírgula (mesmo quando o sujeito é muito longo ou vem depois do 
predicado): 
Os pequenos filhotes de vira-lata destruíram meu jardim. 
 
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Em virtude da acentuada pausa que há entre a expressão 
“Ora” (que não deve ser analisada como termo da oração seguinte, mas sim 
como elemento do discurso) e o termo “elas”, convém o emprego de uma 
vírgula entre ambos: “Ora, elas significam...”. 
Resposta – Item errado. 
6. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente 
correta em: 
A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está 
também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto. 
Comentário – Apesar da extensão do sujeito (“A ética rigorosa que Graciliano 
revela na escritura dos romances”), a vírgula não deve separá-lo do predicado, 
como aconteceu aqui. 
Resposta – Item errado. 
7. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente 
adequada a pontuação em: 
a) Simplórias, pois sim... As fábulas, na verdade são prenhes de profunda 
significação, exigindo muita atenção e senso interpretativo, dos leitores. 
b) Há quem julgue, essas fábulas, simplórias; mas atente-se bem, para seu 
sentido profundo, e teremos inevitavelmente, grandes surpresas. 
Comentário – Dois problemas estão presentes na primeira alternativa. Repare 
que o sujeito “As fábulas” ficou isolado do predicado pela vírgula. Se a 
intenção foi isolar o temo “na verdade”, que se intercalou entre o sujeito e o 
verbo “são”, deveria haver uma vírgula depois desse termo: “As fábulas, na 
verdade, são...”. 
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verbo OD OI 
nome
adjunto adnominal
O outro equívoco ocorreu no isolamento do termo “dos 
leitores”, visto que ele complementa o sentido do verbo “exigindo” (algo de 
alguém). Entre o verbo e seu complemento (OD ou OI) não pode haver 
vírgula: 
 o presenteEntreguei ao aniversariante. 
Em B, surgiu um verbo transobjetivo (aquele cujo significado 
requer algo além do objeto para ser satisfeito. Esse “algo” é conhecido como 
predicativo do objeto (lembra?). As duas vírgulas iniciais isolaram 
erroneamente o objeto do verbo e aquele do seu predicativo. Eis a correção: 
“Há quem julgue essas fábulas simplórias...”. O ponto e vírgula, que indica 
uma pausa maior do que a vírgula e menor do que o ponto, foi utilizado para 
acentuar o contraste entre os segmentos. A terceira vírgula está errada 
também, pois separa o complemento do verbo atentar (quem atenta... atenta 
para algo). A última vírgula causa problema semelhante, pois o termo 
“grandes surpresas” funciona como objeto direto da forma verbal “teremos”. 
Resposta – Itens errados. 
8. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente 
adequada a pontuação em: 
Sim, há quem julgue simplórias, as fábulas populares, mas basta 
atentarmos para elas e veremos o quanto são capazes, de nos revelar. 
Comentário – Outra vez o objeto direto (“as fábulas populares”) foi isolado 
erroneamente do verbo (“julgue”) pela vírgula. Além disso, a vírgula também 
causou separação indevida entre o nome “capazes” e o seu complemento: “de 
nos revelar”. Não pode existir vírgula entre o nome e seu adjunto ou 
complemento: 
A todos os presentes informamos os novos valores 
dos produtos que vendemos. 
 
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nome complemento nominal 
Or. Sub. Adj. Restritiva 
Não há necessidade de tanta estupidez. 
Resposta – Item errado. 
9. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente 
correta em: 
A retórica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou inútil, 
dependendo dos propósitos e do talento, de quem a manipula. 
Comentário – A primeira vírgula separa indevidamente o sujeito “A retórica” 
do predicado “pode ser...”. É possível concertar o trecho inserindo uma vírgula 
imediatamente após o vocábulo “retórica”, para isolar adequadamente a 
oração “entendida como arte do discurso” (subordinada adjetiva explicativa 
reduzida de particípio). 
A última vírgula isolou erradamente a oração (note que o 
segmento se constrói em torno do verbo manipular) que restringe o alcance 
semântico dos substantivos “propósitos” e “talento”. Vírgula não é empregada 
pra separar termos ou orações de natureza restritiva: 
Os alunos que estudam obtêm êxito. 
Resposta – Item errado. 
10. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) Está plenamente adequada 
a pontuação da seguinte frase: 
a) Faltariam a esses novos manifestantes, projetos de sociedade, na opinião 
do antigo líder estudantil milanez, Mario Capanna, até hoje lembrado, por 
suas posições stalinistas. 
b) Ex-líder estudantil, conhecido por suas posições políticas inflexíveis, Mario 
Capanna fez vários pronunciamentos, a maioria desabonadores, sobre as 
manifestações desses jovens. 
 
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Comentário – Alternativa A: não deve ser mais difícil para você notar que a 
primeira vírgula separa incorretamente o sujeito “projetos de sociedade” do 
verbo correspondente: “Faltariam”. Atenção especial deve ser dispensada à 
vírgula que separa a expressão “antigo líder estudantil milanez” do termo 
“Mario Capanna”. Esse termo é um aposto restritivo, e não um aposto de 
natureza explicativa (de qual líder se está falando?). Todo termo de natureza 
restritiva não deve ser separado do termo a que se refere por meio da 
vírgula. Além disso, a última vírgula isolou erroneamente o termo “por suas 
posições stalinisas”, complemento do particípio “lembrado” (forma nominal do 
verbo lembrar). 
Alternativa B: aqui, as vírgulas separam adequadamente 
termos e orações de natureza explicativa, ora antecipados, ora intercalados. 
Resposta – B 
11. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de 
pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. 
O Talmude equipara a mentira à pior forma de roubo: "Existem sete 
classes de ladrões e a primeira é a daqueles que roubam a mente de seus 
semelhantes através de palavras mentirosas." 
equipara a mentira à pior forma de roubo: − os dois-pontos indicam 
intervenção de novo interlocutor no contexto. 
Comentário – Por meio da pontuação (note as aspas, que indicam discurso 
direto), o autor do texto introduz o discurso do personagem do Talmude. Não 
se esqueça de que o sinal de dois pontos é normalmente usado 
a) antes de uma citação. 
Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; 
ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6) 
 
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b) para introduzir a fala de uma personagem, no discurso 
direto. 
Sempre que o professor entra em sala ele diz: 
– Essa moleza vai acabar. 
Resposta – Item certo. 
12. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Regulamentados por lei o 
horário máximo e as condições mínimas de adequação ao universo da 
criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e a ajudar a 
desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, inclusive, o 
acesso a uma educação suplementar: cursos profissionalizantes, estágios, 
atualizações etc. 
Considerando-se a redação do texto acima, é correto afirmar que: 
a) o sinal de dois-pontos abre uma enumeração de elementos que 
particularizam o sentido de educação suplementar. 
b) seria imprescindível o emprego de uma vírgula depois do vocábulo 
atualizações. 
Comentário – Alternativa A: os termos após os dois-pontos constituem uma 
enumeração e exemplificam o que são cursos profissionalizantes. Dessa forma, 
os dois-pontos cumprem outra função que lhe é típica: introduzir uma 
enumeração. Veja outro exemplo: 
A dupla articulação da linguagem caracteriza-se: a) pela 
combinação e b) pela comutação. 
Alternativa B: esclareça-se que “etc.” (et cetera) é uma 
expressão latina que significa e outras coisas. A rigor, o uso dele deveria 
impedir a vírgula, porque não faz muito sentido usá-la se pensarmos na 
tradução literal da expressão: “cursos profissionalizantes, estágios, 
 
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atualizações e outras coisas”. A ausência da vírgula é também uma forma de 
evitar a poluição visual. Todavia, é comum ver esse termo precedido de 
vírgula: “cursos profissionalizantes, estágios, atualizações, etc.”. Assim já 
escreveram consagrados professores e escritores. Conclui-se de tudo isso que 
a vírgula antes do “etc.” em enumerações é, usualmente, facultativa. 
Resposta – A 
13. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Analista Judiciário) Há justificativa para esta 
seguinte alteração de pontuação, proposta para o segmento final do 
primeiro parágrafo: 
“...o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e 
portanto meio ridícula.” 
a) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, 
meio ridícula. 
b) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, 
portanto, meio ridícula. 
c) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto, 
meio ridícula. 
d) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e 
portanto meio ridícula. 
e) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e 
portanto, meio ridícula. 
Comentário – Esta questão serve para enfatizar que as relações 
sujeito–predicado e verbo–complemento não podem ser “quebradas” pela 
pontuação. 
Dito isso, observe a letra C. Nela, a primeira vírgula foi 
mantida, a qual separa a oração subordinada adverbial concessiva reduzida de 
gerúndio. Por estar na ordem direta (primeiro a principal e depois a 
 
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subordinada), a vírgula não é necessária. A conjunção conclusiva “portanto” 
veio isolada pelas vírgulas para marcar sua intercalação. Isso é possível 
sempre que ela surgir fora da sua posição natural: o início do segmento. 
Resposta – C 
14. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de 
pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. 
Recorrendo a metáforas do reino animal, Maquiavel aponta que o príncipe 
precisa ter, ao mesmo tempo, no exercício realista do poder, a força do 
leão e a astúcia ardilosa da raposa. Raposa, leão, assim como camaleão, 
serpente, polvo – metáforas que frequentemente são utilizadas na 
descrição de políticos – não podem, com propriedade, caracterizar o ser 
humano moral que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e 
do "não mentir", como lembra Norberto Bobbio. 
– metáforas que frequentemente são utilizadas na descrição de políticos −
os travessões isolam segmento explicativo. 
Comentário – O segmento esclarece o uso dos termos anteriormente 
enumerados (“Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, polvo”). Sendo 
assim, pode vir entre vírgulas, parênteses ou travessões. O enunciador 
preferiu os últimos. Travessões também servem para isolar expressões ou 
frases explicativas, intercaladas, de caráter elucidativo. 
Mesmo com o tempo revoltoso – chovia, parava, chovia, 
parava outra vez... – a claridade devia ser suficiente p’ra 
mulher ter avistado mais alguma coisa. (Mário Palmério) 
Resposta – Item certo. 
 
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Pouco comentado nos manuais de gramática é o uso de 
travessões para isolar orações ou palavras que se quer realçar ou enfatizar e 
substituir a vírgula. O primeiro caso é facilmente entendido por meio dos 
exemplos abaixo: 
“Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, 
triste e constante...” (Machado de Assis); 
“O obelisco aponta aos mortais as coisas mais altas: o céu, a 
Lua, o Sol, as estrelas – Deus.” (Manuel Bandeira). 
Mas o segundo requer uma explicação melhor, por isso me 
proponho a comentá-lo com mais detealhes. Leia tudo com atenção. 
A substituição de vírgulas por travessões confere 
modernidade ao texto, além de deixá-lo mais claro. Veja: 
1) E aquelas que ainda não tiveram a sua oportunidade – a 
sua hora e sua vez, como diria mestre Rosa – ficam num desespero de 
"aparecer", de "vencer", de "ser alguém". (Ser alguém, Rachel de Queiroz) 
2) Hoje é dia de falar das sogras, essas santas senhoras tão 
mal compreendidas neste mundo de Deus. Acredite em tudo o que você 
sempre ouviu falar de mal delas, que são perigosas; a melhor política, já que 
não se pode matá-la – ainda –, é a distância. (Danuza Leão. Sogra X Sogra) 
3) Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional) 
decidiu, alguns dias antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15 
de março o Dia Internacional do Consumidor –, reduzir o rendimento das 
cadernetas de poupança e, por tabela, do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço). (Maria Inês Dolci. Balas perdidas contra o consumido. In: Folha, 
13/32007) 
4) Primeiro, partindo do fato de que os êxitos da medicina 
estão eliminando infecções que são das causas mais freqüentes de mortes – e 
com isso alongam a vida média das pessoas –, coloca-se esta questão: a 
 
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contrapartida da vida mais longa costuma ser a convivência com doenças 
crônicas, degenerativas e/ou desabilitantes; O que é mesmo a morte? E a 
vida? (Washington Novaes. In: Estadão, 1/2/2008) 
Você deve ter observado que, nos exemplos 3 e 4, há vírgula 
após o travessão. Por quê? Experimente tirar o que está entre os travessões. 
Você perceberá que a vírgula é obrigatória. Vamos analisar o terceiro exemplo 
dado. 
3) ...o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, alguns 
dias antes da semana do consumidor, reduzir... Æ as vírgulas isolam adjunto 
adverbial de tempo intercalado entre o verbo e o seu complemento (Decidiu o 
quê? Decidiu reduzir...). É por isso que elas não podem sair do texto, mesmo 
com a inserção dostravessões. Estes isolam oração intercalada como se 
fossem parênteses – é por isso que são necessários dois. Observe novamente: 
Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, alguns dias 
antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15 de março o Dia 
Internacional do Consumidor –, reduzir... 
Deste ponto em diante, começaremos a analisar questões sobre 
concordância que a FCC vem inserindo nas provas que elabora. 
Você sabe que existem muitas regras específicas, detalhes, 
exceções envolvendo esse assunto. Aqui abordarei os casos que 
recentemente apareceram em provas da Carlos Chagas e que, segundo a 
experiência, poderão surgir na prova do Banco do Brasil. 
A teoria, repito, é o mínimo necessário. Por isso mantenha próximo 
a você uma boa gramática, caso precise dela para uma eventual consulta. 
 
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sujeito
sujeito
15. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal 
encontram-se plenamente observadas na frase: 
a) Jogar dados com o Universo, segundo Einstein, não estariam nos hábitos 
e procedimentos de Deus. 
b) Parece não caber aos jovens operadores das bolsas outra coisa senão 
fazer apostas em riquezas puramente virtuais. 
c) A metafísica dos jovens operadores, diferentemente das antigas religiões, 
não contam com hierarquias e valores tradicionais. 
d) O que movem os jovens semideuses das bolsas de valores são as apostas 
em arriscadas especulações financeiras. 
e) Aos que apostam tudo no mercado financeiro caberiam refletir sobre os 
efeitos sociais de suas operações. 
Comentário – Alternativa A: item errado. Se o sujeito for oracional (“Jogar 
dados com o Universo”), o verbo da oração principal ficará no singular 
(estaria). Veja outros exemplos: 
Falta fazer quatro linhas. 
Urge que tomemos uma atitude radical. 
Alternativa B: item certo. Chamo sua atenção para o verbo 
parecer, que pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo: 
Os dias parecem voar. Î a forma verbal parecem é verbo auxiliar 
de voar; Os dias é o sujeito da oração. 
Os dias parece voarem. Î aqui houve uma inversão da ordem dos 
termos: Parece voarem os dias. Neste caso, o verbo parece é o 
verbo da oração principal, cujo sujeito é a oração subordinada 
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo voarem os dias. Se 
 
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desenvolvermos essa oração, teremos: Parece que os dias 
voam. 
Alternativa C: item errado. A regra geral de concordância verbal 
estabelece que o verbo e o núcleo do sujeito de uma oração concordam em 
número e pessoa: “A metafísica dos jovens operadores (...) não conta...”. 
Veja outros exemplos: 
"O outono é mais estação da alma..." (C. D. A.) 
"Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.) 
Alternativa D: item errado. Se o sujeito for o pronome relativo 
que (sujeito sintático), o verbo concordará com o antecedente (sujeito 
semântico): “O que move os jovens...”. Veja outros exemplos. 
Fui eu que cheguei por último. 
Foste tu que chegaste por último. 
Alternativa E: item errado. Aqui vale a mesma regra da alternativa 
A, pois é mais um caso de sujeito oracional. Experimente reorganizar o 
período na forma direta (primeiro o sujeito, depois o verbo e por último o 
objeto): “Refletir sobre os efeitos sociais de suas operações caberia aos que 
apostam tudo no mercado financeiro”. 
Resposta – B 
16. (FCC/2009/TRT 4ª REGIÃO/Analista Judiciário) As normas de concordância 
verbal estão plenamente observadas na frase: 
a) Sem o concurso do poder público não se implanta políticas de segurança e 
não se impede a deterioração do espaço urbano. 
b) Não deixaram de haver experimentos bem sucedidos, apesar de a 
comunidade acadêmica ter acusado falta de comprovação da teoria. 
 
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c) Logo se verificaram que medidas semelhantes foram tomadas por outros 
países, como a Inglaterra, a Holanda e a África do Sul. 
d) O que se conclui das experiências relatadas é que cabe aos poderes 
públicos tomar iniciativas que nos levem a respeitar o espaço urbano. 
e) O fato de haver desordem e sujeira no espaço urbano acabam por incitar 
o cidadão a reagir como um contraventor ou pequeno criminoso. 
Comentário – Alternativa A: item errado. Trata-se de um caso de 
concordância verbal envolvendo voz passiva sintética (aquela formada por 
VTD + SE): “não se implanta políticas de segurança”. 
Eis a construção correta: “não se implantam políticas de 
segurança”. Para facilitar o seu entendimento, sugiro trocar a ordem dos 
termos e transformar a passiva sintética em passiva analítica (construída com 
locução verbal): “políticas de segurança não são implantadas”. 
Alternativa B: item errado. O problema agora é a locução 
“deixaram de haver” (o primeiro é o auxiliar; o segundo – com sentido de 
existir – é o principal e determina o tipo de concordância). Muito cuidado com 
o uso de verbos impessoais, pois eles não possuem sujeito e ficam na 
terceira pessoa do singular. Quando constituírem o verbo principal de uma 
locução, a impessoalidade deles será transmitida ao auxiliar, que permanecerá 
na terceira pessoa do singular. Eis a correção da alternativa: “Não deixou de 
haver experimentos...”. Frise-se que o termo “experimentos” constitui o objeto 
direto do verbo haver. Se fosse usado o verbo existir, o mesmo termo 
exerceria a função de sujeito, com o qual teria que ser feita a concordância em 
número e pessoa: Não deixaram de existir experimentos... 
Alternativa C: item errado. Você percebeu a malícia da banca 
examinadora? A estrutura “se verificaram” (VTD + SE) indica voz passiva 
sintética. Mas agora o sujeito do verbo é a oração subsequente “que medidas 
semelhantes foram tomadas...”. Repetindo: com sujeito oracional, o verbo da 
oração principal fica na terceira pessoa do singular. Eis a correção: “...se 
 
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verificou que medidas semelhantes foram tomadas...”. Vou lhe dar uma dica: 
substitua toda a oração que funciona como sujeito pelo pronome ISSO, assim: 
“...se verificou ISSO...”. Não ficou bom? Então coloque os termos na ordem 
direta (primeiro o sujeito, depois o verbo): “...ISSO se verificou...”. 
Alternativa E: item errado. Mais uma vez a FCC explorou a 
concordância verbal envolvendo sujeito oracional. Você já sabe que, nesses 
casos, o verbo da oração principal deve ficar na terceira pessoa do singular. Eis 
a correção: “O fato de haver desordem e sujeira no espaço urbano acaba...”. 
Aqui também vale a dica anterior: “ISSO acaba...” 
Resposta – D 
17. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) A concordância verbal e 
nominal está inteiramente correta na frase: 
a) São vários os animais que representam clubes, à maneira de totens, como 
demonstração das qualidades que é inerente a todos os seus membros. 
b) O nome dos clubes de futebol devem ser significativos para a comunidade 
e costumam homenagear países, continentes e atividades profissionais. 
c) O escudo dos clubes, usado na bandeira e na camisa dos jogadores, 
constitui o sinal de reconhecimento para o grupo social que se estabelece 
em seu entorno. 
d) O orgulho de pertencer a um clube se estende a qualquer objetosrelacionados a ele, como bandei ras, camisas, bonés, que os identifica. 
e) No brasão de um clube ressalta as cores, impressa nos uniformes dos 
atletas, que vai desempenhar papel central na identidade comunitária. 
Comentário – Alternativa A: item errado. Voltamos ao caso em que o 
pronome relativo “que” é sujeito (sintático) de verbo: “...demonstração 
das qualidades que é inerente a todos...”. Em casos assim, o verbo da oração 
adjetiva deve concordar com o antecedente dele (sujeito semântico): 
“...qualidades que são...”. 
 
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Além disso, há um problema de concordância nominal. 
Conforme a regra geral de concordância nominal, o artigo, o adjetivo, o 
pronome adjetivo e o numeral adjetivo concordam com o substantivo a que se 
referem em gênero e número. 
O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças. 
Portanto, a concordância correta é “...qualidades que são 
inerentes...”. 
Alternativa B: item errado. Repare como as regras gerais de 
concordância verbal e nominal foram transgredidas: 
“O NOME dos clubes de futebol DEVEM ser 
SIGNIFICATIVOS”. 
O verbo deixou de concordar com o núcleo do sujeito, que 
está no singular, e o adjetivo não se manteve no singular, como está o 
substantivo. Eis a correção: “O nome dos clubes de futebol deve ser 
significativo”. 
Alternativa D: item errado. Existem aqui alguns problemas. 
Vamos por parte. 
“qualquer objetos” – Lembra-se da regra geral de 
concordância nominal? Pois é, o pronome adjetivo deve ir para o plural, porque 
no plural está o substantivo a que ele se refere: quaisquer objetos. 
“que os identifica” – O vocábulo “que” é pronome relativo. 
Sua função sintática é de sujeito do verbo identificar. Este deve concordar 
como o sujeito semântico, ou seja, com o termo retomado pelo relativo: 
“objetos”. Eis a concordância verbal correta: “que [= objetos] os 
identificam”. 
No mesmo segmento aparece outro erro de concordância, 
mas agora é entre o pronome oblíquo “os” e o substantivo “clube”, termo 
Art. Adj. Pron. 
Adj. 
Num. 
Adj. 
 
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retomado pelo processo de coesão anafórica. Eis a correção: “que o [= 
clube] identificam”. Em outras palavras, é o mesmo que dizer: objetos 
identificam o clube. 
Alternativa E: item errado. Mais uma infração às normas 
gerais de concordância verbal. O verbo deve concordar com o núcleo do 
sujeito em número e pessoa, assim: ressaltam as cores (= as cores 
ressaltam). Creio que houve ainda desrespeito à concordância no uso da 
locução verbal “vai desempenhar” (note o verbo auxiliar no singular). Parece 
que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “atletas” ou o 
substantivo “cores”. Qualquer que seja o verdadeiro termo substituído, o verbo 
deve concordar com o antecedente do pronome relativo. Eis a correção: “...que 
vão desempenhar papel central...”. Além disso, responda-me: o que está 
impresso nos uniformes dos atletas? As cores!!! Logo, o correto é “[cores] 
impressas nos uniformes dos atletas”. 
Resposta – C 
18. (FCC/2009/TJ-SE/Analista Judiciário) As normas de concordância verbal 
encontram-se plenamente respeitadas na frase: 
a) A muitas pessoas costumam convencer a ideia de que as invenções se 
devem tão-somente a um lampejo de genialidade. 
b) Ocorreram, tanto na antiga Florença como no moderno Vale do Silício, 
segundo os termos do texto, uma tradição de inovação. 
c) Seria melhor se não continuassem a prevalecer, em nossos dias, a 
anacrônica visão dos românticos sobre a inovação. 
d) A identificação de tradições de inovação exemplifica- se, no texto, com os 
casos de Florença e do Vale do Silício. 
e) Não se poderiam imaginar que prensas de vinicultura viessem a inspirar, 
decisivamente, a invenção da imprensa. 
 
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Comentário – Alternativa A: item errado. A tática da FCC foi embaralhar as 
peças do quebra-cabeça. Ela fez um arranjo sintático de modo a disfarçar o 
verdadeiro núcleo do sujeito. Para você identificá-lo corretamente, proponho a 
seguinte reescritura: “A IDEIA de que as invenções se devem tão-somente a 
um lampejo de genialidade COSTUMAM convencer a muitas pessoas”. Notou 
agora a desarmonia entre o núcleo do sujeito e o verbo? Este deve ser 
flexionado na terceira pessoa do singular: costuma. 
Alternativa B: item errado. A FCC continua distanciando o 
verbo do verdadeiro núcleo do sujeito – e como se isso não bastasse, a banca 
ainda inverte a ordem dos termos; tudo para dificultar a sua análise. Observe: 
“Uma TRADIÇÃO de inovação OCORRERAM tanto na antiga Florença como 
no moderno Vale do Silício, segundo os termos do texto”. O que achou? O 
verbo ocorrer deve ser utilizado na terceira pessoa do singular: “Uma 
TRADIÇÃO de inovação OCORREU”. 
Alternativa C: item errado. Experimente a seguinte 
reescritura; “Seria melhor se a ANACRÔNICA visão dos românticos sobre a 
inovação não CONTINUASSEM a prevalecer em nossos dias”. A identificação 
do erro foi facilitada? Note que até aqui estamos falando da regra geral de 
concordância entre verbo e sujeito, os quais devem concordar em número e 
pessoa. 
Alternativa E: item errado. Preste bastante atenção neste 
comentário, pois o caso não é tão simples. Em construções do tipo 
PODER/DEVER + SE + INFINITIVO, é lícito considerar o SE como 
pronome apassivador e interpretar a construção como voz passiva 
formada: 
a) quer com o verbo auxiliar poder (locução verbal: 
“poderiam imaginar”; sujeito paciente: “que prensas de vinicultura viessem” = 
ISSO); 
 
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b) quer com o verbo principal poder (nesse caso, a 
locução verbal inexiste, e o verbo “imaginar” integra o sujeito.). 
É isso o que nos ensina, por exemplo, Domingos Paschoal 
Cegalla (Novíssima gramática da língua portuguesa – 48. ed. rev. – São Paulo: 
Companhia Editora Nacional – 2008 – páginas 461 e 462. 
Qualquer que seja o caso considerado, o sujeito é oracional, 
o que obriga o verbo poder a flexionar-se na terceira pessoa do singular: 
poderia. 
Resposta – D 
19. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário) Há um deslize na 
concordância verbal da seguinte frase: 
a) Será que cabe apenas aos governantes tomar medidas que impeçam a 
exploração profissional dos menores? 
b) Destacam-se, entre os argumentos já levantados contra o trabalho 
infantil, os que defendeu Darcy Ribeiro. 
c) Aos que não desejam alinhar-se contra o trabalho infantil resta combater 
em nome dos ideais de Darcy Ribeiro. 
d) Sempre haverá, por esta ou aquela razão, os que defendem a inserção das 
crianças pobres no mercado de trabalho. 
e) Não se devem abrir às crianças, sejam elas pobres ou não, a opção entre 
estudar ou trabalhar. 
Comentário – Alternativa A: item certo. É mais um caso de sujeito oracional, 
em que o verbo da oração principal deve flexionar-se na terceira pessoa do 
plural. Note: “...TOMAR medidas que impeçam a exploração profissional dos 
menores CABE apenas aos governantes? 
Alternativa B: item certo. Teve gente que deslizou aqui. 
Espero que não tenha sido esse o seu caso. A construção “Destacam-se” (VTD 
 
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+ SE) caracteriza voz passiva sintética ou pronominal. O verbo destacar 
concorda com o sujeito-paciente: “os” (= aqueles, pronome demonstrativo). 
Sempre que tiver dúvidas quanto a passividade de uma construção sintética, 
experimente transformá-la em analítica: “Entre os argumentos já levantados 
contra o trabalho infantil, são destacados os [= aqueles]que...”. Melhorou? 
Creio que sim. Agora volte sua atenção para a forma verbal “defendeu”. Que 
termo funciona como sujeito dele? Eis a resposta: “Darcy Ribeiro”. Aconteceu 
que a banca empregou o sujeito depois do verbo, só para distraí-lo. Leia a 
mesma informação escrita de forma um pouquinho diferente: “Entre os 
argumentos já levantados contra o trabalho infantil, destacam-se os [= 
aqueles] que Darcy Ribeiro defendeu”. 
Alternativa C: item certo. Perceba que a FCC segue tratando 
de sujeito oracional e invertendo a ordem dos termos: “COMBATER em nome 
dos ideais de Darcy Ribeiro RESTA aos que não desejam alinhar-se contra o 
trabalho infantil”. Basta você se perguntar o que resta aos que não desejam 
alinhar-se contra o trabalho infantil. A resposta será o sujeito. 
Alternativa D: item certo. Destaque para a utilização do verbo 
haver como impessoal, visto que, semanticamente, equivale-se ao verbo 
existir. Se este fosse empregado pela FCC, a concordância assim ficaria: 
“Sempre existirão (...) os [= aqueles] que...”. 
Alternativa E: item errado. Você ainda se lembra do que eu 
disse sobre a alternativa E da questão 4 (PODER/DEVER + SE + INFINITIVO)? 
Compare com este caso e constate a construção passiva. E mais: ou você 
considera “devem abrir” como locução verbal e “opção” como núcleo do sujeito 
simples, ou considera o verbo “devem” como verbo principal e a oração 
iniciada pelo verbo “abrir” como sujeito dele. Nas duas hipóteses válidas, o 
verbo dever precisa estar no singular – quer porque concorda com “opção” 
(núcleo do sujeito), quer porque o sujeito é oracional. 
Resposta – E 
 
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20. (FCC/2010/DNOCS/Agente Administrativo) A concordância verbal e 
nominal está inteiramente correta na frase: 
a) Chegou ao fim as campanhas voltadas para a reciclagem de materiais nas 
cidades escolhidas no projeto-piloto. 
b) A conscientização dos moradores daquela área contaminada pelos 
resíduos tóxicos acabaram surtindo bons resultados. 
c) Muitos consumidores se mostram engajados na luta pela sustentabilidade 
e traduzem seu compromisso em tudo aquilo que compram. 
d) Atitudes firmes e claras voltadas para a sustentabilidade na exploração 
dos recursos da natureza deve trazer lucros promissores para as 
empresas. 
e) Deveria ser divulgado claramente os princípios que norteiam as atividades 
empresariais, como diretriz para orientar os consumidores 
Comentário – Alternativa A: item errado. Pergunte-se o que chegou ao fim. 
Resposta: “As campanhas...”. Pronto! Está identificado o sujeito do verbo 
chegar, que deve ir para o plural em concordância com ele: “CHEGARAM ao 
fim as CAMPANHAS...”. 
Alternativa B: item errado. A FCC insiste em distanciar o 
verdadeiro núcleo do sujeito do verbo correspondente. Repare: “A 
CONSCIENTIZAÇÃO dos moradores daquela área contaminada pelos resíduos 
tóxicos ACABARAM surtindo bons resultados”. Assim não é possível! O verbo 
acabar precisa se manter na terceira pessoa do singular: acabou. Observe 
que o examinador tratou de colocar ao lado do verbo uma expressão também 
no plural (“resíduos tóxicos”). Fique atento! 
Alternativa C: item certo. Está perfeita a concordância entre 
verbo e o núcleo do sujeito. Repare: “Muitos CONSUMIDORES se MOSTRAM 
engajados na luta pela sustentabilidade e TRADUZEM seu compromisso em 
tudo aquilo que COMPRAM”. 
 
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Alternativa D: item errado. Fique de olho na locução verbal 
“deve trazer”. Pergunte-se agora o que deve trazer lucros promissores para as 
empresas. Eis a resposta: “Atitudes firmes e claras voltadas para a 
sustentabilidade na exploração dos recursos da natureza”. Está aí o sujeito, 
cujo núcleo é o termo plural “Atitudes”. Logo o verbo auxiliar da locução 
apontada deve flexionar-se na terceira pessoa do plural: devem. 
Chamo a sua atenção para a concordância nominal entre o 
substantivo “Atitudes” (feminino plural) e o adjetivo-particípio “voltadas”. 
Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se comportar como um 
adjetivo, o particípio flexiona-se em gênero e número para concordar com o 
substantivo a que se refere. É possível os verbos no particípio surgirem 
acompanhados de outros verbos (auxiliares), formando com eles uma locução 
verbal. Nesses casos, os verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, ficar) 
flexionam-se em pessoa, número, tempo e modo. Observe: Ficam autorizadas 
as visitas diurnas às praias desta região. (adequado) 
Alternativa E: Depois do que já foi explicado, não é difícil 
perceber que a concordância correta deve ser assim indicada: “DEVERIAM ser 
DIVULGADOS claramente os PRINCÍPIOS...”. 
Resposta – C 
21. (FCC/2010/TCM-PA/Técnico de Controle Externo) As normas de 
concordância verbal estão plenamente observadas na frase: 
a) Vejam-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial 
redundam em sentimento de intolerância com a diversidade étnica. 
b) Devem-se à rigidez da formação histórica dos Estados Unidos os conflitos 
dramáticos de consciência dos indivíduos. 
c) Nos Estados Unidos, conferem-se aos grupos e aos indivíduos o intolerável 
arbítrio das discriminações sociais. 
 
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d) Corresponde ao duro modelo bíblico do povo eleito as brutalidades com 
que são tratados os estranhos. 
e) Não se permitem juízos e comportamentos mais flexíveis quem se formou 
na mais rigorosa ordem legal e religiosa. 
Comentário – Como a FCC gosta de explorar a concordância envolvendo voz 
passiva sintética e sujeito oracional! Repare: 
Alternativa A: “Vejam-se” (VTD + SE) = voz passiva sintética. 
Sujeito-paciente = “que os intentos de formação de uma sociedade 
monorracial redundam...” (= ISSO). Compare: Vejam-se ISSO ou ISSO 
sejam visto. Notou a falta de harmonia entre sujeito e verbo? Vamos corrigir 
tudo: Veja-se que os intentos de formação de uma sociedade monorracial 
redundam... (Veja-se ISSO ou ISSO seja visto). 
Alternativa B: item correto: Vamos mudar a voz passiva 
sintética para a voz passiva analítica: Os CONFLITOS dramáticos de 
consciência dos indivíduos SÃO DEVIDOS à rigidez da formação histórica dos 
Estados Unidos. 
Alternativa C: item errado. Mantenha o mesmo raciocínio para 
proceder à correção: Nos Estados Unidos, o intolerável ARBÍTRIO das 
discriminações sociais É CONFERIDO aos grupos e aos indivíduos. 
Alternativa D: item errado. O núcleo do sujeito é um termo 
singular. A FCC o distanciou do verbo correspondente e inverteu a ordem dos 
termos. Perceba a correção: As BRUTALIDADES com que são tratados os 
estranhos CORRESPONDEM ao duro modelo bíblico do povo eleito. 
Alternativa E: item errado. Note a perfeita concordância entre 
o verdadeiro núcleo do sujeito e o verbo correspondente: QUEM se formou na 
mais rigorosa ordem legal e religiosa não se PERMITE juízos e 
comportamentos mais flexíveis. 
Resposta– B 
 
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22. (FCC/2010/TRE-AL/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal 
está inteiramente correta na frase: 
a) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que determinam as 
escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas decisões. 
b) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser embasados na 
percepção dos valores e princípios que regem a prática política. 
c) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regime democrático, 
em que se respeita tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. 
d) As instituições fundamentais de um regime democrático não pode estar 
subordinado às ordens indiscriminadas de um único poder central. 
e) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o momento eleitoral, 
que expõem as diferentes opiniões existentes na sociedade. 
Comentário – Alternativa A: item certo. Chamo a sua atenção para a 
concordância verbal envolvendo o pronome relativo QUE, sujeito sintático do 
verbo “determinam”. Nesse caso, a concordância deve ser feita com o 
antecedente do relativo (“os princípios e valores”). Não vá confundir esse caso 
com aquele em que o sujeito é o pronome relativo QUEM, situação que 
faculta a concordância tanto com o antecedente quanto com o próprio 
pronome relativo – no último caso, o verbo fica na terceira pessoa do plural. 
Veja alguns exemplos. 
Fui eu quem cheguei por último. 
Fui eu quem chegou por último. 
Alternativa B: item errado. Por constituir casos já discutidos 
nesta aula, passarei a indicar diretamente a correção: “A CONFIANÇA dos 
cidadãos em seus dirigentes DEVE ser EMBASADA...” 
Alternativa C: item errado. Existem dois problemas aqui. Veja 
o primeiro: “ELEIÇÕES livres e diretas É garantia...”. A concordância 
 
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adequada é a seguinte: “ELEIÇÕES livres e diretas SÃO garantia...”. Eis o 
outro problema: “...em que se RESPEITA tanto as LIBERDADES individuais 
quanto as [LIBERDADES] coletivas”. A voz é passiva sintética (VTD + SE), e o 
sujeito é composto (possui mais de um núcleo) e está posposto ao verbo. 
Nesse caso, a gramática possibilita ao verbo concordar com o núcleo do sujeito 
composto mais próximo. Já que ele está no plural, não há saída, o verbo deve 
mesmo ficar no plural: “...em que se RESPEITAM tanto as LIBERDADES in-
dividuais quanto as [LIBERDADES] coletivas”. 
Alternativa D: item errado. Eis a correção: “As INSTITUIÇÕES 
fundamentais de um regime democrático não PODEM estar SUBORDINADAS...”. 
Alternativa E: item errado. A concordância correta é a seguinte: “O 
INTERESSE de todos os cidadãos ESTÁ VOLTADO para o MOMENTO eleitor-
al, que EXPÕE...” 
Resposta – A 
23. (FCC/2010/TRE-AL/Analista Judiciário) O verbo indicado entre parênteses 
deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a 
lacuna da frase: 
a) ...... (haver) de se dar a conhecer, em algum dia do futuro, crianças 
semelhantes às de tempos passados? 
b) Crianças como as de hoje, ao que se sabe, jamais ...... (haver), tão 
absortas e imobilizadas em seus afazeres. 
c) Até quando se ...... (verificar), em relação às nossas crianças, tamanha 
incongruência nos valores e nas expectativas educacionais? 
d) Quase todo prazer que hoje às crianças se ...... (reservar) por longas 
horas diárias, está associado à tecnologia. 
e) ...... (caber) aos pais e professores, sobretudo, proporcionar às crianças 
espaço e tempo para as necessárias atividades físicas. 
 
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Comentário – Quero que você compare o emprego do verbo haver nas 
alternativas A e B. No primeiro caso, ele é mero auxiliar, integra o 
encadeamento verbal “Hão de se dar a conhecer”, não “manda” em nada, é 
mero coadjuvante; portanto deve se flexionar para concordar com o sujeito 
“crianças”. No segundo, ele é impessoal, fica na terceira pessoa do singular 
(haverá), já que se equivale ao verbo existir. 
Alternativa C: temos aqui outro caso de voz passiva sintética 
(VTD + SE). O núcleo do sujeito é o termo “incongruência” (no singular), o que 
impõe ao verbo a flexão em terceira pessoa do singular: verificará. 
Alternativa D: leia o período escrito na ordem direta (primeiro 
o sujeito, depois o verbo): “Quase todo PRAZER que hoje se RESERVA às 
crianças por longas horas diárias está associado à tecnologia”. 
Alternativa E: faça aquela perguntinha básica ao verbo: “O 
que cabe aos pais e professores?”, e depois responda: “proporcionar às 
crianças espaço e tempo...”. Já percebeu que o sujeito é oracional e que o 
verbo deve ficar na terceira pessoa do singular? 
Resposta – A 
É impressionante como a FCC gosta da concordância com 
verbo na voz passiva sintética e sujeito oracional. 
24. (FCC/2009/TJ-AP/Analista Judiciário) A frase em que há incorreção 
quanto à concordância verbal é: 
a) Não espantarão as atrocidades do nosso mundo a quem já conhece as 
crueldades de que um homem é capaz. 
b) Nenhum de nós se obrigará a viver num campo de prisioneiros da Sibéria 
para poder avaliar quão bárbaro é este nosso mundo. 
 
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c) Costumam chocar os pensamentos correntes todo aquele que esteja 
interessado em promover sua marca de originalidade. 
d) Assiste-se a tantos tristes espetáculos neste mundo que muitos passam a 
difundir uma visão inteiramente desesperançada de tudo. 
e) Interessou ao autor explorar os drásticos contrastes que há entre os que 
moram em Beverly Hills e os que vivem em Darfur. 
Comentário – Alternativa A: item certo. Basta reordenar os termos que a 
análise fica mais fácil: “As ATROCIDADES do nosso mundo não 
ESPANTARÃO a QUEM já CONHECE as crueldades de que um HOMEM É 
capaz”. 
Alternativa B: item certo. Lembre-se disto: Pronome 
indefinido, interrogativo ou demonstrativo + de (dentre) nós, vós ou 
vocês Î o verbo concorda com o pronome (sujeito); mas, se este estiver 
no plural, o verbo poderá concordar com o pronome pessoal. 
Algum dentre vós sairá antes? 
Quais de nós sairão (sairemos) antes? 
Alternativa C: item errado. Vamos reescrever a passagem na 
ordem direta e já com a devida correção: “Todo AQUELE que esteja 
interessado em promover sua marca de originalidade COSTUMA chocar os 
pensamentos correntes”. 
Alternativa D: item certo. Você já sabe que VTD + SE indica 
voz passiva sintética e que VTI + SE constitui voz ativa com índice de 
indeterminação do sujeito e verbo na terceira pessoa do singular. É 
isso o que ocorreu: “Assiste-se a tantos tristes espetáculos...”. O termo “tantos 
tristes espetáculo” é o objeto indireto do verbo assistir, que é transitivo 
indireto no sentido de ver, presenciar. 
 
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Alternativa E: item certo. Novamente a FCC explorou a 
concordância com sujeito oracional: “EXPLORAR os drásticos contrastes que 
há entre os que moram em Beverly Hills e os que vivem em Darfur 
INTERESSOU ao autor”. Note ainda o emprego do verbo haver com sentido 
de existir, o que o torna impessoal e o obriga a ficar na terceira pessoa do 
singular. Por fim, percebaa concordância dos verbos “moram” e “vivem” com 
o antecedente do pronome relativo “que”: “os” (= aqueles). 
Resposta – C 
Você já deve estar cansado de casos como esses. Mas é isso o que 
a FCC está explorando atualmente nas suas provas. Eu não inventei nenhuma 
dessas questões. São todas de provas recentíssimas. Então, fique de olho bem 
aberto!!! 
25. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) A frase em que a concordância 
está em total conformidade com o padrão culto escrito é: 
a) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados pela artista novata, ainda 
que os últimos não lhes pertencessem. 
b) Debateram sobre a utilidade de vários acessórios e concluíram que muitos 
não eram, de fato, nada acessível. 
c) O produto derramado atingiu muitas árvores, mas não as comprometeram 
de modo irreversível. 
d) As mais vultosas doações para o programa de emergência já haviam sido 
feitas, por isso as expectativas de que a arrecadação fosse muito mais alta 
não tinha fundamento. 
e) São muitos os aspectos do documento que merecem detida análise do 
advogado, mas tudo indica que não haverá alterações significativas. 
 
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Comentário – Alternativa A: item errado. No segmento “ainda que os últimos 
não lhes pertencessem”, o pronome “lhes” retoma “artista novata”, no 
SINGULAR. Substitua, pois, o “lhes” por lhe. 
Alternativa B: o adjetivo “acessível” refere-se ao substantivo 
“acessórios”, no plural, e com ele deve concordar em número: acessíveis. 
Alternativa C: o sujeito da forma verbal “comprometeram” é o 
termo “O produto derramado” (= ele), cujo núcleo é o substantivo singular 
“produto”. Isso deve fazer com que o verbo seja flexionado na terceira pessoa 
do singular: comprometeu. 
Alternativa D: o que não tinha fundamento? “As expectativas”. 
Logo, o verbo deve também ser flexionado no plural: tinham. 
Resposta – E 
26. (FCC/2010/TRE-AM/Técnico Judiciário) A concordância verbal e nominal 
está inteiramente correta na frase: 
a) Os caboclos da região, que vivem na floresta e dela retiram seu sustento, 
sabem que é importante res- peitar todas as formas de vida que nela se 
encontram. 
b) Existe, na mitologia de vários povos, duendes com diversos poderes 
mágicos que encarna, sobretudo, o espírito da floresta. 
c) É sempre relatado às crianças indígenas os feitos valorosos de ilustres 
guerreiros, como forma de manter as tradições da tribo. 
d) O repositório de lendas brasileiras de origem indígena variam muito, mas 
mostram, particularmente, uma explicação para os fenômenos da 
natureza. 
e) Quando se tratam de questões de sobrevivência na mata fechada, é 
necessário a presença de guias habituados às dificuldades da região. 
Comentário – Alternativa B: item errado. O verbo existir é pessoal, possui 
sujeito com o qual deve concordar: “Existem (...) duendes...”. Além disso, o 
 
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sujeito sintático do verbo encarnar é o pronome relativo “que”, o qual obriga o 
verbo a concordar com o sujeito semântico: “...que [= duendes] encarnam...”. 
Alternativa C: item errado. Já se perguntou o que é sempre 
relatado às crianças? A resposta é o sujeito do verbo: “os FEITOS valorosos 
de ilustres guerreiros”. O núcleo no plural leva o verbo ser a se flexionar no 
plural: SÃO. O particípio deve concordar em gênero e número com o 
substantivo ao qual se refere: RELATADOS. 
Alternativa D: item errado. Eis a correção: “O REPOSITÓRIO 
de lendas brasileiras de origem indígena VARIA muito, mas MOSTRA, 
particularmente, uma explicação para os fenômenos da natureza. 
Alternativa E: item errado. O verbo tratar-se é transitivo 
indireto. Com o pronome “se” (VTI + SE) ele forma estrutura de voz ativa com 
sujeito indeterminado. O verbo deve, pois, ficar na terceira pessoa do singular: 
“Quando se trata...”. O termo que lhe segue é seu objeto indireto, com o qual 
não deve haver concordância. Além disso, há um problema de concordância 
nominal no trecho “...é necessário a presença...”. O fato de o sujeito estar 
determinado pelo artigo feminino “a” faz com que o adjetivo se flexione no 
mesmo gênero: ...é necessária a presença... 
Resposta – A 
27. (FCC/2008/TRT 18ª Região/Analista Judiciário) É importante que você 
possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o 
decepcionarei. 
A frase acima permanecerá correta no caso de substituirmos os elementos 
sublinhados, respectivamente, por: 
a) tu possas - confies - te 
b) Vossa Excelência podeis - confiei - vos 
c) tu possas - confia - te 
d) vós possais - confiem - vos 
 
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e) Sua Senhoria podeis - confiai - vos 
Comentário – Nesse tipo de questão, você deve manter a uniformidade de 
tratamento. Se você decidir usar o tratamento referente à terceira pessoa, 
deve ir até o final. Caso prefira a segunda pessoa, deve, igualmente, 
mantê-la até o final. 
Alternativa A: item errado. A segunda pessoa (do singular e do 
plural) do imperativo afirmativo deriva da segunda pessoa do presente do 
indicativo sem a desinência –S: confias > confia tu; confiais > confiai vós. 
Descarte também a alternativa D. 
Alternativa B: item errado. Com pronome de tratamento, o 
verbo concordará sempre na terceira pessoa do singular ou do plural. 
Vossa Excelência é muito digno. 
Vossas Senhorias são muito exigentes. 
Descarte também a alternativa E. 
Resposta – C 
28. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A concordância verbal e 
nominal está inteiramente correta na frase: 
Dados obtidos pela ONU atesta que cerca de dois terços das pessoas que 
não dispõe de água de qualidade mínima para suas necessidades vivem 
com menos de dois dólares por dia. 
Comentário – O primeiro erro de concordância já é bem conhecido: “DADOS
obtidos pela ONU ATESTAM...”. O segundo tem a ver com o pronome relativo 
que em função de sujeito. Nesse caso, a concordância leva em consideração o 
termo antecedente (no nosso caso, o substantivo “pessoas”): 
...cerca de dois terços das pessoas que não dispõem de água 
Resposta – Item errado. 
 
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29. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Técnico Judiciário) A concordância verbal e 
nominal está inteiramente correta na frase: 
Alguns países optam por importar alimentos como forma de economizar 
água, que vem neles embutidos, já que a agricultura é que demandam 
enormes quantidades desse líquido. 
Comentário – O quem vem embutido neles (nos alimentos)? Água. Portanto a 
concordância correta é “que vem neles embutida”. Eis o outro erro: “...a 
AGRICULTURA é que DEMANDAM...”. O verbo deve ser flexionado na 
terceira pessoa do singular: demanda. 
Resposta – Item errado. 
30. (FCC/2006/Banco do Brasil/Escriturário) As normas de concordância 
verbal estão plenamente atendidas na frase: 
Ficar em casa, divertir-se, jogar alguma coisa, nada disso lhes apeteciam. 
Comentário – Se o sujeito composto for resumido por um aposto (pronome 
indefinido), o verbo concordará com o aposto resumitivo. Eis a correção: 
“...NADA disso lhes APETECIA. 
Resposta – Item errado. 
31. (FCC/2006/TRT 24ª Região/Técnico Judiciário) A concordância está correta 
na frase: 
Romarias religiosas e festas folclóricasserve como atração a grande parte 
de turistas, que deseja visitar a região Centro-Oeste do Brasil. 
Comentário – O erro está na falta de concordância entre o verbo “serve” e os 
núcleos do sujeito composto “Romarias” e “festas”. O verbo deve ir para o 
plural: servem. 
 
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Resposta – Item errado. 
32. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) Ao se reconstruir uma frase 
do texto, houve deslize quanto à concordância verbal em: 
a) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um financiamento para os 
países pobres a quem coubesse adotar políticas de mitigação das 
emissões. 
b) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que 
dela acabou resultando. 
c) Acabou culminando num final dramático, naquele 18 de dezembro de 
2009, o período de duas semanas de acaloradas discussões. 
d) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 bilhões, medida a que 
não deu aval nenhum dos países insatisfeitos com as conversas finais. 
e) Deveram-se às manobras de desconversas, na definição das tarefas dos 
países, o impasse final das negociações entabuladas em Copenhague. 
Comentário – Quando o assunto é concordância, uma estratégia do 
examinador é pospor o sujeito ao verbo. Aquele normalmente é uma 
expressão longa e com termos no plural. Isso a banca faz tentando desviar sua 
atenção do verdadeiro núcleo do sujeito. Isso ocorre, por exemplo, nas 
alternativas A, C, D e E. 
Alternativa A: o sujeito do verbo “foi” é a oração seguinte, 
cujo núcleo é o termo “estabelecer”. Já comentei aqui este caso: o verbo da 
oração principal permanece na terceira pessoa do singular quando o sujeito for 
oracional. Item certo. 
Alternativa B: entre o sujeito “todos” (terceira pessoa do 
plural) e o verbo “esperávamos” (primeira pessoa do plural) houve 
concordância ideológica (de pessoa). Em sua fala, o locutor indica que se inclui 
entre os que esperavam o tal acordo. Item certo. 
 
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Alternativa C: repare que o sujeito da locução “Acabou cul-
minando” está no final do período e é uma expressão longa: “o período de duas 
semanas de acaloradas discussões”. Como o núcleo dele é o termo “período” 
(substantivo masculino singular), a concordância está perfeita. 
Alternativa D: o sujeito do verbo “propôs-se” é a expressão 
“uma ajuda de US$ 30 bilhões”, cujo núcleo é o termo “ajuda”; por isso o verbo 
está no singular. Item certo. 
Alternativa E: o erro caracterizou-se pela flexão do verbo de-
ver no plural, quando – na realidade – o núcleo do sujeito é o termo “impasse”. 
Confirma-se, com isso, que você precisa estar atento aos casos de sujeito pos-
posto ao verbo. 
Resposta – E 
33. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) O verbo indicado entre 
parênteses deverá adotar uma forma do plural para preencher de modo 
correto a lacuna da frase: 
a) Quaisquer que sejam as técnicas, não lhes . .... (caber) determinar por 
si 
mesmas o sentido que ganhará sua aplicação. 
b) Muito do que se . .... (prever) nos usos de uma nova técnica depende, 
para realizar-se, do que se chama “vontade política”. 
c) Nenhuma das vantagens que . .... (oferecer) a tecnologia mais ousada é 
capaz de satisfazer as aspirações humanas. 
d) Quando não se . .... (reconhecer) nas ciências o bem que elas nos 
trazem, as saídas místicas surgem como solução. 
e) Orson Welles talvez não imaginasse o risco da tragédia que . .... (poder) 
provocar as dramatizações de sua transmissão radiofônica. 
Comentário – Notou que a FCC exige que o verbo se flexione no plural? Pois 
então temos que encontrar um sujeito cujo núcleo esteja no plural. 
 
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Alternativa A: o sujeito do verbo caber é oracional 
(“determinar...”). Você já deve estar cansado de me ouvir dizer que o sujeito 
oracional impõe ao verbo principal a flexão no singular, não é mesmo? 
Alternativa B: o sujeito do verbo prever é o pronome relativo 
“que”. O verbo em negrito deve, então, concordar com o antecedente do 
relativo. Mas cadê esse antecedente? É o pronome demonstrativo “o” (= 
aquilo), que se contraiu com a preposição “de” (do = de + o). Como ele está 
no singular, o verbo em negrito também se flexiona no singular. 
Alternativa C: agora a concordância do verbo leva em conta a 
expressão “Nenhuma das vantagens”. Fica no singular o verbo cujo sujeito é 
formado por pronome indefinido singular + de + pronome ou nome 
plural (“algum de nós”, “nenhum de nós”, “cada um de vocês”, “qual das 
cidades”, “algum dentre vocês”, “nenhum dos candidatos”, “cada um dos 
agricultores”). Veja outro exemplo: “Nenhuma das jogadas do time adversário 
levou perigo ao goleiro do Brasil”. 
Alternativa D: quando apassivado pelo pronome apassivador 
se, o verbo concordará normalmente com o sujeito: “Quando não se 
reconhece (...) o bem” = “Quando não é reconhecido (...) o bem”. 
Alternativa E: muito cuidado – eu já disse – com a posposição 
do sujeito ao verbo. A expressão “as dramatizações de sua transmissão 
radiofônica” é o sujeito da locução “podem provocar”, a qual concorda com o 
núcleo “dramatizações”. Veja a reescritura na ordem direta: “que as 
dramatizações de sua transmissão radiofônica podem provocar”. 
Resposta – E 
34. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) As normas de concordância verbal estão 
plenamente observadas na frase: 
a) Cabem a nós, zelosos fiscais das repartições públicas, determinar se 
nossos funcionários devem ou não produzir literatura? 
 
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b) Não se costumam reconhecer nos funcionários-escritores talento artístico, 
quando são pegos a escrever literatura na repartição. 
c) São injustas as razões pelas quais se maldizem, costumeiramente, a 
atividade literária de um funcionário público. 
d) Como a um funcionário não se oferecem a fome e o fausto, ele se 
aproveita dessa condição para desenvolver seu imaginário. 
e) Dão uma bela resposta às obrigações não escolhidas, de que é feito o 
nosso mundo, o talento dos escritores-funcionários. 
Comentário – A essa altura, você já percebeu que as últimas questões sobre 
concordância verbal vêm se repetindo: sujeito posposto ao verbo; verbo 
na voz pasisva; sujeito oracional. Mudam-se as expressões, os períodos; 
mas mantém-se o mesmo tipo de abordagem. 
Alternativa A: apresenta sujeito oracional (“determinar”) e 
posposto ao verbo “Cabem”, que deveria se flexionar na terceira pessoa do 
singular: “Cabe”. 
Alternativa B: “talento artístico” é o sujeito da locução “se 
costumam reconhecer” (indicativa de voz passiva sintética). Como o sujeito 
está na terceira pessoa do singular, assim deveria ser flexionado o verbo 
auxiliar: “costuma”. Veja, agora, a correspondente voz passiva analítica: “Não 
costuma ser reconhecido (...) talento artístico”. 
Alternativa C: o núcleo do sujeito do verbo apassivado 
“maldizem” é o termo “atividade”, com o qual deve haver concordância no 
singular. Veja a correspondente voz passiva analítica: “pelas quais é maldita 
(...)a atividade literária de um funcionário público”. 
Alternativa D: a forma verbal “oferecem” (apassivada por meio 
do pronome se) está em perfeita concordância com os núcleos do sujeito 
composto “a fome e o fausto”(= luxo, pompa, ostentação, magnificência). 
Alternativa E: novamente o sujeito veio posposto ao verbo. O 
examinador sabe que tal estrutura dificulta a correta identificação do sujeito. 
 
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Para complicar um pouquinho mais a sua vida, ele ainda utiliza várias 
expressões no plural. Cuidado! A dica é reescrever a passagem na ordem 
direta: “O talento dos escritores-funcionários dá...”. Percebeu a correção? 
Resposta – D 
35. (FCC/2010/TCE-SP/Agente de Fiscalização Financeira) Para cumprimento 
das normas de concordância verbal, será necessário CORRIGIR a frase: 
a) Atribui-se aos esquemas de construção das fábulas populares a 
capacidade de representarem profundos anseios coletivos. 
b) Reserva-se a pobres camponeses, nas fábulas populares, a possibilidade 
de virem a se tornar membros da realeza. 
c) Aos desejos populares de ascensão social correspondem, em algumas das 
fábulas analisadas, a transformação de pobres em príncipes. 
d) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontáveis imagens, pelas 
quais se traduzem aspirações de poder e de justiça. 
e) Não cabe aos leitores abastados avaliar, em quem é pobre, a sensatez ou 
o descalabro das expectativas alimentadas. 
Comentário – Na terceira alternativa, o termo “transformação” (núcleo do 
sujeito simples “a transformação de pobres em príncipes”) obriga o verbo 
corresponder a se flexionar na terceira pessoa do singular: “corresponde”. 
Resposta – C 
36. (FCC/2010/Pref. São Paulo/EAOFP) As normas de concordância verbal 
estão plenamente observadas na frase: 
a) Não deveriam caber aos jovens estudantes o peso das responsabilidades 
políticas que o autor a eles pretende atribuir. 
b) É fatal que venham a decepcionar-se com os jovens todo aquele que os vê 
como sujeitos políticos já inteiramente constituídos. 
 
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c) O embate a que se costumam lançar os jovens estudantes são quase 
sempre marcados por uma natural imaturidade política. 
d) Não se devem confiar a um jovem os atributos políticos que mesmo ao 
político mais experiente costumam faltar. 
e) Creio que nenhuma referência a autores como Nelson Rodrigues ou 
Maquiavel poderão trazer alento aos jovens idealistas. 
Comentário – Alternativa A: o verbo auxiliar da locução “deveriam caber” 
correto estaria se fosse flexionado na terceira pessoa do singular, para 
concordar com o termo “peso”, núcleo do sujeito. 
Alternativa B: o erro existente aqui se caracteriza pela falta de 
concordância entre a forma verbal “venham” (terceira pessoa do plural) e o 
sujeito “todo aquele” (terceira pessoa do singular). 
Alternativa C: o primeiro erro diz respeito à forma verbal 
“costumam”. Note que ele está apassivado pelo pronome se e possui como 
sujeito a oração iniciada pelo verbo “lançar”. Leia-se: “costuma-se lançar os 
jovens estudantes ao embate”. Já disse repetidas vezes que o sujeito oracional 
leva o verbo principal para o singular. O segundo erro: a forma verbal “são” 
deve flexionar-se no singular em virtude do termo “embate”, sua referência 
para efeitos de concordância. Maliciosamente, o examinador o colocou ao lado 
da expressão plural “jovens estudantes”. Além disso, o particípio “marcados”, 
no plural, não concorda com o termo “embate”, que é marcado “por uma 
natural imaturidade política”. 
Alternativa E: o verbo auxiliar da locução “poderão trazer” 
deve concordar no singular com o termo “referência”, núcleo do sujeito. 
Resposta – D 
Estas questões resumem muito bem o que a FCC está cobrando 
atualmente quando o assunto é pontuação e concordância. 
 
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Meu intuito nesta aula não foi derramar sobre você uma avalanche 
de informações “desnecessárias”, mas sim orientá-lo(a) quanto à tendência 
da FCC, banca que elaborará a sua prova. 
Adiante estão as questões sem os respectivos comentários, para 
que você tenha a oportunidade de revisar o conteúdo por meio dos exercícios 
propostos. O gabarito vem logo depois. 
Fique com Deus e bons estudos! 
Professor Albert Iglésia 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
1. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário) Considere o emprego de sinais de 
pontuação no trecho abaixo e julgue as assertivas seguintes. 
Esta tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica que 
requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistência e 
no poder, hostilidade. 
2. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente 
adequada a pontuação em: 
Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor 
revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda. 
3. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente 
correta em: 
a) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem, 
escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou 
memorável. 
b) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o 
autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos. 
4. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente 
correta em: 
O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem 
técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. 
 
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5. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente 
adequada a pontuação em: 
As fábulas populares são simplórias? Ora elas significam muito mais do 
que aparentam, tal como o provou, esse texto de Ítalo Calvino. 
6. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente 
correta em: 
A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está 
também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto. 
7. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente 
adequada a pontuação em: 
a) Simplórias, pois sim... As fábulas, na verdade são prenhes de profunda 
significação, exigindo muita atenção e senso interpretativo, dos leitores. 
b) Há quem julgue, essas fábulas, simplórias; mas atente-se bem, para seu 
sentido profundo, e teremos inevitavelmente, grandes surpresas. 
8. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira) Está plenamente 
adequada a pontuação em: 
Sim, há quem julgue simplórias, as fábulas populares, mas basta 
atentarmos para elas e veremos o quanto são capazes, de nos revelar. 
9. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) A pontuação está inteiramente 
correta em: 
A retórica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou inútil, 
dependendo dos propósitos e do talento, de quem a manipula. 
 
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10. (FCC/2009/TRT 3ª Região/Analista Judiciário) Está plenamente adequada 
a pontuação da seguinte frase: 
a) Faltariam a esses novos manifestantes, projetos de sociedade, na opinião 
do antigo líder estudantil milanez, Mario Capanna, até hoje lembrado, por 
suas posições stalinistas.

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