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Teoria Microeconômica I Prof. Marcelo Matos Aula 15 Trocas Varian - cap. 29 (ou 30) A Caixa de Edgeworth • A Caixa de Edgeworth constitui uma representação gráfica deste sistema econômico simplificado – Largura equivalente a ?A1 + ?B1 – Altura equivalente a ?A2 + ?B2 • Ponto de dotação inicial W – Cestas indiferentes e preferidas a (?A1??A2) ? possível escolha (xA1,xA2) – Cestas indiferentes e preferidas a (?B1??B2) ? possível escolha (xB1,xB2) • Alocação M: ponto na interseção dos conjuntos das cestas fracamente preferidas por A e por B A Caixa de Edgeworth Trocas na Caixa de Edgeworth • Movendo-se de W para M: • Bem 1: – xA1 ? ?A1 ? demanda líquida de A pelo bem 1 é negativa, ou seja, ele abre mão de certa quantidade do bem 1 – xB1 ? ?B1 ? demanda líquida de B é positiva, ou seja, ele adquire a quantidade do bem 1 que A abriu mão em troca.... • Bem 2: – xA2 ? ?A2 ? demanda líquida de A pelo bem 2 é positiva, ou seja, ele adquire certa quantidade do bem 2 – xB2 ? ?B2 ? demanda líquida de B é negativa, ou seja, ele abre mão de certa quantidade do bem 2 • A partir de M: novo conjunto formado pela interseção das cestas fracamente preferidas por cada um dos indivíduos Alocações Eficientes de Pareto • Trocas tendem a ser realizadas até que se exaurem as possibilidades de movimentos mutuamente benéficos • Alocações eficientes de pareto – Onde cessam as trocas – não há mais trocas mutuamente benéficas – Não há mais meios de melhorara situação de um indivíduo sem piorara de outro ? Curvas de indiferença têm que ser tangentes • Conjunto dos pontos de tangência das curvas de indiferença: Curva de contrato As Trocas de Mercado • Forma específica de realizar as trocas: usando o sistema de preços • Dados preços relativos específicos, as demandas líquidas vão se equivaler? • Exemplo: – A: (?A1, ?A2) = (8, 2); u(x1, x2) = x13 x22 – B: (?A1, ?A2) = (4, 6); u(x1, x2) = x1 x2 – (p1, p2) = (4, 4) • Excesso de oferta ou de demanda tende a influenciar os preços – interação dos agentes ou figura do leiloeiro Demandas brutas e líquidas com preços relativos específicos As Trocas de Mercado • Equilíbrio de mercado (ou eq. Competitivo ou walrasiano): oferta se iguala a demanda nos dois mercados Demandas líquidas (ou excedentes): – eA1 = xA1 ? ?A1 equivalendo a eB1 = xB1 ? ?B1 – eA2 = xA2 ? ?A2 equivalendo a eB2 = xB2 ? ?B2 ? conjunto de preços tais que cada consumidor escolhe a cesta mais preferida pela qual pode pagar e todas as escolhas dos consumidores são compatíveis, no sentido de que a demanda e iguala à oferta em todos os mercados ? TMSA=TMSB=p1/p2 Equilíbrio de mercado – com preços relativos que conduzem a equilíbrio A Álgebra do Equilíbrio Quantidade demandada se iguala à quantidade disponível: • xA1 (p1*,p2*) + xB1 (p1*,p2*) = ?A1 + ?B1 • xA2 (p1*,p2*) + xB2 (p1*,p2*) = ?A2 + ?B2 Rearrumando: • [xA1 (p1*,p2*) – ?A1 ]+ [xB1 (p1*,p2*) – ?B1] = 0 • [xA2 (p1*,p2*) – ?A2 ]+ [xB2 (p1*,p2*) – ?B2] = 0 Definindo as Demandas Excedentes Agregadas • z1(p1,p2) = eA1(p1,p2) + eB1(p1,p2) • z2(p1,p2) = eA2(p1,p2) + eB2(p1,p2) Em equilíbrio (p1*,p2*): • z1(p1,p2) = 0 e z2(p1,p2) = 0 ? Se z1 =0 então z2 necessariamente terá de ser zero eA1 (p1,p2) = xA1 (p1,p2) – ?A1 Lei de Walras Valor da cesta consumida tem que ser igual o valor da dotação • p1 xA1 (p1,p2) + p2 xA2 (p1,p2) = p1 ?A1 + p2 ?A2 ou • p1 eA1 (p1,p2) + p2 eA2 (p1,p2) = 0 O mesmo vale para agente B: • p1 eB1 (p1,p2) + p2 eB2 (p1,p2) = 0 Somando: • p1 z1 (p1,p2) + p2 z2 (p1,p2) = 0 • Como valor de demanda excedente de cada agente é igual a zero, o valor da soma das demandas excedentes tem que ser igual a zero. Para quaisquer preços p1 e p2. • Se a demanda se igualar a oferta em um mercado? z1 (p1,p2) logo isto também ocorrerá no outro mercado? z2 (p1,p2) • Se houver k bens,precisamos encontrar conjunto de preços em que k-1 mercados estejam em equilíbrio. Lei de Walras garante que mercado do bem k também estará em equilíbrio Preços Relativos • Lei de Walras implica em k-1 equações independentes em um sistema com k incógnitas • De fato, só há k-1 variáveis independentes • Se (p1*, p2*) são preços de equilíbrio, (tp1*, tp2*) também serão, para qualquer t>0 • Podemos dividir todos os preços, por exemplo, por p¹ Exemplo • Cobb douglas – demandas por x1: – xA1 (p1,p2,mA) = a (p1?A1 + p2?A2) / p1 – xB1 (p1,p2,mA) = b (p1?B1 + p2?B2) / p1 Demanda excedente agregada: • z1 (p1,p2) = ([a (p1?A1 + p2?A2) / p1] - ?A1) + ([b (p1?B1 + p2?B2) / p1] - ?B1) • Definindo p2=1 e z1 (p1,p2) = 0 e resolvendo para p1: • Retomando o exemplo numérico anterior: – A: (?A1, ?A2) = (8, 2); u(x1, x2) = x13 x22 – B: (?A1, ?A2) = (4, 6); u(x1, x2) = x1 x2 11 22 1 )1()1( * BA BA ba bap ?? ?? ??? ?? Existência de um equilíbrio • No exemplo anterior dispusemos de funções de demanda para cada bem • Contudo, em geral não dispomos de fórmulas algébricas explícitas para a demanda de cada consumidor por cada bem. • Como garantir então que existirá um equilíbrio competitivo? • Fato de existirem k-1 equações e k-1 incógnitas não garante, por si só, que exista uma solução para o sistema • Pressuposto de que função de demanda excedente agregada seja uma função contínua – Pequenas mudanças nos preços resultarão em pequenas variações na demanda agregada • Condição para que f. de dem. excedente agreg. seja contínua: – f. de dem. excedente de cada indivíduo seja contínua? pref. convexas – Mesmo que consumidores tenham comportamento de demanda descontínuo, se foram pequenos em relação ao mercado, f. dem. agreg. será contínua
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