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Estrutura de Mercados e Formação de Preços

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DEFINIÇÃO 
Curvas de oferta e demanda – instrumentos teóricos essenciais para compreensão do 
funcionamento dos mercados, da formação de preços e da definição de quantidades 
produzidas. Mercados em competição perfeita e sob monopólio. Equilíbrio de mercado. 
Conceito de Eficiência de Pareto e teoremas do bem-estar. 
PROPÓSITO 
Compreender os processos de formação de preços e quantidades – base de processos 
decisórios no dia a dia do mercado –, bem como a avaliação da eficiência do equilíbrio 
de mercado. 
PREPARAÇÃO 
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, recomendamos que tenha em mãos uma 
calculadora científica. 
OBJETIVOS 
MÓDULO 1 
Definir demanda e oferta agregadas 
MÓDULO 2 
Descrever a formação de preços e quantidades de equilíbrio em um mercado 
competitivo 
MÓDULO 3 
Definir excedente do produtor e do consumidor para aplicá-lo como medida de bem-
estar 
MÓDULO 4 
Descrever o comportamento de uma firma monopolista 
INTRODUÇÃO 
Neste tema, vamos começar analisando uma estrutura de mercado específica, os 
mercados competitivos. Em um mercado competitivo, há muitos compradores e 
vendedores, de forma que ações individuais não afetam o preço da venda do bem e nem 
a quantidade total que será vendida. Quando um indivíduo não tem capacidade de afetar 
individualmente os resultados do mercado, dizemos que ele não possui poder de 
mercado e é tomador de preços. 
Vocês devem estar se perguntando por que estudar mercados competitivos e que outros 
tipos de estrutura existem. A escolha para começarmos apresentando os mercados 
competitivos deve-se ao fato de ser a estrutura mais fácil de modelar. A partir dela, 
temos uma base de comparação para as demais. 
No módulo 1, veremos como obter as curvas de oferta e demanda agregadas. No 
módulo 2, a partir dessas curvas, veremos como são definidos o preço e a quantidade no 
equilíbrio de mercado, e como se alteram com mudanças na economia. No módulo 3, 
apresentaremos os conceitos de excedente do consumidor e do produtor, que serão 
usados em análises de bem-estar. No módulo 4, estudaremos o comportamento de 
mercado da firma monopolista, que é capaz de afetar preços. 
MÓDULO 1 
 
Definir demanda e oferta agregadas 
CURVA DE DEMANDA AGREGADA 
VOCÊ SABE O QUE É CURVA DE 
DEMANDA INDIVIDUAL E AGREGADA? 
Escolha uma das Etapas a seguir. Escolha uma das Etapas a seguir. 
Curva de demanda individual 
Mostra quanto um consumidor está disposto a pagar para obter um bem ou serviço, ou 
quantas unidades irá adquirir para cada preço. 
Curva de demanda agregada 
É análoga: representa a quantidade total que o conjunto de consumidores de uma 
economia irá adquirir para cada preço. 
Supondo que em uma certa economia existam N indivíduos. A curva de demanda 
agregada pelo bem X será o somatório de todas as curvas de demanda individuais 
por aquele bem: 
Q = Q1 + Q2 + ... + QN 
Em que q1, q2, ..., qn são as demandas individuais de cada um dos N consumidores. 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
EXEMPLO 
Suponha que o preço da maçã seja R$1,00 e João e Maria desejem comprar, 
respectivamente, 5 e 4 unidades. Então, a demanda total a esse preço é 𝑄 (𝑝𝑚𝑎çã = 
𝑅$1)= 5+4= 9. Se o preço aumenta para R$2,00, talvez cada um passe a comprar apenas 
3 maçãs, e teremos: 𝑄 (𝑝𝑚𝑎çã = 𝑅$2) = 3+3= 6. 
A demanda de cada indivíduo para cada bem depende dos preços e da renda individual. 
Assim, a demanda agregada depende dos preços e também da distribuição de renda. 
Para simplificarmos, costumamos olhar para a demanda agregada como a demanda de 
um consumidor representativo, que tem sua renda igual à soma de todas as rendas 
individuais. 
 
Fonte: Hyejin Kang / Shutterstock 
A figura 1, a seguir, ilustra a curva de demanda agregada para um dado bem, mantendo 
a renda fixa: 
 
Figura 1 ‒ Curva de demanda de um bem 
Podemos notar que a curva de demanda agregada tem inclinação negativa, ou seja, 
quanto maior o preço, menor a quantidade demandada pelos consumidores, tudo o mais 
sendo constante. No geral, as curvas de demanda possuem inclinação negativa, com 
algumas exceções. Temos, então, a proposição de que, Ceteris Paribus, um preço mais 
alto de um bem faz com que as pessoas queiram uma quantidade menor deste. 
CETERIS PARIBUS 
Ceteris Paribus é uma expressão latina que significa “todo o mais constante”. Ou seja, 
estamos analisando um elemento de cada vez. 
ELASTICIDADE-PREÇO DA 
DEMANDA 
É interessante ter uma medida da sensibilidade da demanda a mudanças no preço e na 
renda, que também é conhecida como elasticidade. A primeira delas é a elasticidade-
preço da demanda (denotada por ∈): é apenas a mudança percentual da quantidade 
dividida pela mudança percentual no preço. Representamos a variação da quantidade 
por ∆𝑄 e, portanto, a variação percentual é a razão ∆𝑄/𝑄 (análoga para o preço). 
Podemos escrever a expressão da elasticidade-preço e manipulá-la ligeiramente: 
ÇÃ∈=∆Q/Q∆P/P=∆Q∆P×PQ=INCLINAÇÃO DA C
URVA × PQ 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Ou seja, a “inclinação da curva” é apenas o nome da razão entre a variação da 
quantidade (∆𝑄) e a variação do preço (∆𝑝): se o preço aumenta em uma unidade 
(∆𝑝=1), a inclinação informa simplesmente quanto muda na quantidade demandada. 
COMENTÁRIO 
O motivo para multiplicamos a inclinação da curva pela razão de preço e quantidade é 
ter uma medida que independa da unidade de medida utilizada: a elasticidade não tem 
unidade de medida, ao contrário do preço (medido em reais, dólares etc.) e da 
quantidade (medido em quilos, pacotes etc.). 
 
Fonte:Shutterstock 
No exemplo das maçãs, temos: 
∆𝑝=1 (o preço aumentou de R$1,00 para R$2,00), ∆𝑄=3 (a quantidade demandada total 
diminuiu de 9 para 6 maçãs), para valores iniciais 𝑝=1 e 𝑄=9. 
Substituindo na fórmula acima, obtemos uma elasticidade igual a 1/3 (interprete esse 
número a partir da definição de elasticidade). 
O sinal da elasticidade da demanda é, em geral, negativo, e por isso nos referimos 
comumente ao seu valor absoluto, de forma a permitir comparações mais simples – ou 
seja, ignoramos o sinal, suposto negativo salvo menção explícita em contrário. 
A figura 2 apresenta a elasticidade da curva de demanda linear. Como podemos 
observar, em uma curva de demanda linear, a elasticidade da demanda varia conforme a 
quantidade e o preço. 
 
Figura 2 ‒ Elasticidade da demanda linear 
Seja a curva de demanda linear igual a q = a – bp, em que a e b são parâmetros 
quaisquer. A inclinação dessa curva é, portanto, -b. Utilizando a fórmula da elasticidade 
apresentada, temos: 
 
 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Quando p = 0, a elasticidade é 0 (zero). Quando q = 0, a elasticidade é infinita. 
Para encontrarmos o valor de p para que a elasticidade seja, em valor absoluto, igual a 
1, podemos resolver a equação abaixo para p: 
-BPA-BP=-1 
 
P=A2B 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Como pudemos observar na figura 2, a elasticidade é igual a 1 em valor absoluto no 
ponto médio. 
Podemos classificar um bem em: 
Escolha uma das Etapas a seguir. Escolha uma das Etapas a seguir. 
Elástico 
Inelástico 
De elasticidade unitária 
ELÁSTICO 
Quando sua elasticidade-preço for maior do que 1 em módulo. 
Uma curva de demanda elástica é bastante sensível a variações no preço, e um 
aumento de 1% faz a quantidade reduzir em mais do que 1% (são bens dos quais os 
consumidores têm facilidade para abrir mão). 
INELÁSTICO 
Quando sua elasticidade for menor do que 1 em valor absoluto. 
Uma curva de demanda inelástica é pouco sensível a variações no preço, e um aumento 
de 1% ocasionará uma redução de menos de 1% na quantidade. 
DE ELASTICIDADE UNITÁRIA 
Quando sua elasticidade for igual a |1|. 
Uma curva de demanda com elasticidadeunitária é aquela em que a variação de 1% no 
preço leva a uma variação de 1% na quantidade demandada. 
A elasticidade da demanda de um determinado bem depende da quantidade de 
substitutos próximos. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/estrutura_de_mercados_e_formacao_de_precos/index.html#collapse-steps1
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/estrutura_de_mercados_e_formacao_de_precos/index.html#collapse-steps2
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/estrutura_de_mercados_e_formacao_de_precos/index.html#collapse-steps3
EXEMPLO 
Suponha que pão e tapioca sejam considerados substitutos perfeitos. Se o preço do pão 
aumenta, a demanda de pão iria para zero, de forma que todos os consumidores 
prefeririam consumir tapioca, afinal, para os consumidores, eles são perfeitamente 
equivalentes. 
Caso um bem tenha muitos substitutos próximos, ele será extremamente sensível a 
variações nos preços, e sua demanda será bastante elástica. O oposto também vale: se 
um bem possui poucos substitutos próximos, ele será pouco sensível a qualquer 
variação de preço e, portanto, inelástico. 
ELASTICIDADE RENDA DA 
DEMANDA 
Além da elasticidade-preço, temos a elasticidade-renda da demanda, que mede o 
quanto a quantidade demandada reage a variações da renda. 
 
Fonte: NATNN / Shutterstock 
Sua equação é análoga à de elasticidade preço da demanda, sendo nada mais do que a 
razão entre as variações percentuais da quantidade e da renda: 
Ε=∆QQ∆MM 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
A partir da elasticidade-renda, podemos classificar os bens em: 
 
Fonte: Alena Veasey / Shutterstock 
“NORMAIS” 
Cuja demanda cresce devido ao aumento da renda, e cuja elasticidade-renda é positiva. 
Exemplos comuns de bens normais são produtos de qualidade (como carne de primeira), 
que o consumidor quer adquirir em maior quantidade quando sua renda aumenta. 
 
Fonte: mmttp22 / Shutterstock 
“INFERIORES” 
Cuja demanda diminui devido ao aumento da renda, e cuja elasticidade-renda é 
negativa. 
Bens de baixa qualidade (como carne de segunda), por sua vez, são frequentemente 
inferiores, porque os consumidores os abandonam à medida que a renda aumenta. 
Também classificamos bens cuja elasticidade-renda é maior do que 1, como os de luxo, 
isto é, cuja demanda aumenta em mais de 1% quando a renda aumenta em 1%. Quando 
a elasticidade-renda fica entre 0 (zero) e 1, falamos em bens de necessidade (pense, por 
exemplo, em remédios: você compraria o dobro se sua renda duplicasse?). É frequente 
que a elasticidade-renda seja próxima de 1. 
RECEITA E ELASTICIDADE 
Receita é o quanto se ganha com a venda do bem, ou seja, é a quantidade vendida 
multiplicada pelo preço do bem. Quando o preço do bem varia, a quantidade também 
variará, ocasionando mudanças na receita. 
Se o preço da batata aumenta, sua quantidade demandada irá reduzir. 
MAS O QUE ACONTECERÁ COM A 
RECEITA DA VENDA DAS BATATAS? 
Isso dependerá da elasticidade-preço da batata. 
 
Fonte: Bacho / Shutterstock 
Seja a receita de vendas igual a: 
R= PQ 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Quando o preço muda para 𝑝 + ∆𝑝, a quantidade passa para 𝑞 + ∆𝑞 (lembre-se de que ∆ 
indica variação: se o preço original é p = $5 e a variação é ∆𝑝 = $2, o novo preço é igual 
a $7). A nova receita será: 
𝑹′= (𝒑+∆𝒑) (𝒒+ ∆𝒒) 
𝑹′=𝒑𝒒+𝒒∆𝒒+𝒑∆𝒒+∆𝒑∆𝒒 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Para calcularmos a variação da receita, devemos subtrair R de R’. Desta forma: 
∆𝑹= 𝑹′−𝑹 = 𝒒∆𝒑 + 𝒑∆𝒒 + ∆𝒑∆𝒒 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Para pequenas variações, o último termo da equação é muito menor que os outros (é 
“quase” zero multiplicado por zero!), e podemos ignorá-lo. Agora que já calculamos a 
variação da receita, gostaríamos de chegar a uma equação em que fosse possível 
identificar qual é a variação da receita quando o preço varia. Para isso, vamos dividir a 
variação da receita, na última equação, pela variação do preço: 
∆R∆P=Q+P∆Q∆P 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
O lado esquerdo dessa equação representa a variação na receita (∆𝑅) em resposta a uma 
variação no preço (∆𝑝). 
Gostaríamos de responder à questão: 
SOB QUE CONDIÇÕES UM AUMENTO DO 
PREÇO (∆𝒑>𝟎) GERA UM AUMENTO DA 
RECEITA (∆𝑹>𝟎)? 
Para que essa resposta seja positiva, devemos ter: 
∆R∆P=Q+P∆Q∆P>0=>PQ∆Q∆P>-1 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Lembrando da equação da elasticidade, notamos que o lado esquerdo da última equação 
nada mais é do que a própria elasticidade: ou seja, temos 𝜖>−1, ou |𝜖|< 1. 
Portanto, um aumento de preço ocasiona um aumento da receita quando a 
demanda por aquele bem for inelástica. 
É intuitivo: se um aumento de 10% no preço gera uma queda de menos de 10% da 
demanda (porque a demanda é inelástica), a receita aumenta. De maneira análoga, se 
|𝜖|>1, a demanda será elástica, e um aumento do preço reduz a receita. 
Podemos também calcular a variação de forma gráfica, como na figura 3: 
Clique nas setas para ver o conteúdo. Objeto com interação. 
 
A receita é a área da caixa correspondente à multiplicação do preço pela quantidade, 
mostrada no painel A. 
 
No painel B, o aumento do preço em ∆𝑝 faz com que a nova quantidade seja 𝑞+∆𝑞. 
Quando o preço se eleva, acrescentamos uma área 𝑞∆𝑝, o retângulo azul menor na 
figura, e tiramos uma área equivalente a 𝑝∆𝑞, o retângulo maior em azul na figura. 
Quando a variação é pequena, isso será exatamente igual à razão entre as variações da 
receita e do preço. A parte que resta, em laranja, é normalmente muito pequena em 
comparação às outras áreas, e é ignorada. Assim, para calcular a variação na receita 
podemos somar os dois quadriláteros azuis do painel B. 
Considere novamente a expressão da variação na receita: 
∆𝑹 = 𝒑∆𝒒 + 𝒒∆𝒑 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Dividindo essa expressão pela variação ∆𝑞 da quantidade, obtemos a expressão da 
variação da receita em resposta a uma variação da quantidade. Se a variação da 
quantidade for “pequena” (no sentido que se torna preciso em um curso de Cálculo 
Diferencial), chamamos essa resposta de Receita Marginal (RMg), como usaremos 
abaixo: 
 
 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Se recordarmos a expressão da elasticidade-preço da demanda (∈), podemos notar que o 
termo entre parênteses é igual ao seu inverso, ou seja,1⁄∈. 
Assim: 
RMG =P1+1∈ 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
Para evitar confusões pela elasticidade-preço ser, às vezes, um número negativo, 
podemos reescrever a receita marginal usando valor absoluto, como a seguir: 
RMG =P1-1∈ 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
 
Se a elasticidade for igual a -1, a receita marginal terá valor de zero, indicando que a 
receita não varia quando aumenta a venda. 
Se a demanda for inelástica, ou seja,|∈|< 1, a fração dentro do parêntese será maior do 
que 1, e a receita diminuirá quando a venda aumentar. 
ESSE FATO ILUSTRA QUE, CASO A DEMANDA 
SEJA INELÁSTICA, PARA QUE SEJAM 
VENDIDAS MAIS UNIDADES, SERÁ PRECISO 
DIMINUIR MUITO O PREÇO, PROVOCANDO 
UMA QUEDA DE RECEITA. 
DESLOCAMENTOS DA CURVA DE 
DEMANDA AGREGADA 
A lei da demanda diz que, todo o mais constante, um aumento do preço faz com 
que a quantidade demandada se reduza. Contudo, existem situações em que um 
aumento de preço faz com que a quantidade aumente. 
VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO: 
“COMO ISSO É POSSÍVEL?”. 
A resposta para essa pergunta reside no “todo o mais constante” da lei da demanda. 
Como pode o preço da cerveja ter aumentado e, mesmo assim, o consumoter 
aumentado nos últimos anos? Certamente, todo o resto não foi mantido constante. A 
população cresceu, os hábitos se modificaram, logo, a curva de demanda agregada 
também se modificou, ela se deslocou para a direita. 
A figura 4, ao lado, ilustra os possíveis deslocamentos da curva de demanda agregada. 
 
Figura 4 ‒ Deslocamento da curva de demanda agregada 
Existem cinco principais motivos pelos quais a demanda agregada se desloca: mudança 
na renda, mudança nas preferências, mudança na quantidade de consumidores, mudança 
no preço de bens relacionados e mudança de expectativas. 
ANTES DE PROSSEGUIRMOS, PRECISAMOS 
FAZER UMA DISTINÇÃO ENTRE 
MOVIMENTOS AO LONGO DA CURVA E 
DESLOCAMENTOS DA CURVA. PARA QUE 
FIQUE CLARO, MOVIMENTOS AO LONGO DA 
CURVA DE DEMANDA OCORREM DEVIDO A 
MUDANÇAS NO PREÇO. 
A figura 5, a seguir, mostra a diferença entre o deslocamento da curva e o movimento 
ao longo dela: 
Os movimentos ao longo de uma curva de demanda ocorrem quando há mudança no 
preço do bem em questão. Observando a figura ao lado, suponha que, inicialmente, 
estejamos na curva D1, no ponto a, que tem preço p1 e quantidade demandada q1. 
Se o preço do bem cai para p2, a quantidade demandada será q2, e então nos 
moveremos para o ponto b. Por outro lado, se estamos no ponto a, e há, por exemplo, 
um aumento da renda, nos deslocamos para D2. O aumento da renda não aumenta o 
preço, portanto, estaremos no ponto c, cujo preço é p1 e a quantidade demandada é q3. 
 
Figura 5 ‒ Deslocamento vs. movimento ao longo 
Agora que já compreendemos a diferença entre movimentos ao longo da curva e 
deslocamento, podemos avançar e falar um pouco mais de cada um dos motivos que 
fazem uma curva se deslocar. 
Vamos começar pela mudança de renda, ilustrada na figura 5. 
A MUDANÇA NA RENDA, EM GERAL, LEVA 
AS PESSOAS A CONSUMIREM MAIS DE UM 
DETERMINADO BEM, UMA VEZ QUE, EM 
GERAL, OS BENS SÃO NORMAIS 
Como vimos na parte de elasticidade-renda, um aumento de renda eleva a quantidade 
demandada de bens normais e reduz a quantidade demandada de bens inferiores. 
Para entendermos como a mudança no preço relativo de bens relacionados desloca a 
curva de demanda agregada, vamos a um exemplo. 
EXEMPLO 
Suponha que pão e tapioca sejam substitutos: um aumento no preço da tapioca fará com 
que os consumidores substituam o consumo de tapioca por pão, elevando a quantidade 
demandada de pão. Esse aumento leva a um deslocamento da curva de demanda 
agregada. Agora, suponha que café e pão sejam complementares, afinal, nada como um 
pão na chapa com cafezinho. Uma queda no preço do café fará com que mais pessoas 
consumam café, mas como o consumo do café é acompanhado do pão, ocorrerá um 
aumento na demanda por pão, e a curva de demanda agregada do pão se deslocará. Note 
que a redução do preço do café leva a um deslocamento ao longo da curva de demanda 
agregada de café e um deslocamento para direita da curva de demanda agregada de pão, 
de forma que o preço do pão se mantém, mas a quantidade demandada aumenta. 
A variação no número de consumidores desloca a curva de demanda agregada pois, 
como vimos, ela é a soma das demandas individuais (para cada preço). Já uma mudança 
nas preferências pode fazer com que os consumidores demandem mais a cada preço 
(deslocando a curva para a direita) ou menos (deslocando para a esquerda). Isso pode 
ocorrer por questões culturais. 
 
Fonte: Africanstar/Shutterstock 
EXEMPLO 
Se um ator famoso usa uma determinada roupa, é comum que a demanda por essa roupa 
aumente. 
Por fim, a expectativa futura do preço do bem pode afetar a demanda no presente. Como 
exemplo, temos as liquidações de ovos de Páscoa. Muitas pessoas, sabendo que o preço 
se reduzirá após a Páscoa, irão aguardar para consumir depois. Da mesma forma, 
expectativas sobre a renda também afetam a demanda presente: se um indivíduo tem 
uma expectativa de aumento de renda no futuro, ele pode aumentar sua demanda por 
bens no presente, pagando parcelado. 
OFERTA AGREGADA 
Assim como a demanda agregada, estudamos também as curvas de oferta das firmas. 
Estas curvas são individuais, assim com as curvas de demanda dos consumidores. 
Suponha que tenhamos N firmas que produzam um determinado bem. Para obtermos a 
curva de oferta agregada, ou curva de oferta da indústria, devemos somar a curva de 
oferta individual das N firmas: 
𝑺 = 𝑺𝟏 + 𝑺𝟏 + ... + 𝑺N 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
A oferta agregada é apenas a soma horizontal das curvas de oferta individuais. A 
curva de oferta mede o quanto um produtor está disposto a ofertar a cada preço. 
Portanto, a curva de oferta agregada define, a cada preço P, a quantidade do bem que 
será ofertada naquela indústria. 
Para compreendermos melhor como construímos a oferta de mercado, vamos a um 
exemplo: 
SOMA HORIZONTAL 
Significa que fixamos um preço e somamos as quantidades, exatamente como fizemos 
para a curva de demanda agregada. 
Seja um mercado de pães com apenas dois produtores, Joana e Gabriel. 
 
Fonte: Phonlamai Photo/shutterstock 
Joana oferta 2 pães ao preço de R$1,00, e 5 pães quando o preço é R$3,00. 
 
Fonte: autor/shutterstock 
Gabriel, por sua vez, oferta 3 pães ao preço de R$1,00, e 7 pães quando o preço é de 
R$3,00. 
Na figura 6, temos nos painéis A e B a curva de oferta individual desses produtores. 
Para chegarmos à oferta agregada desse mercado, somemos a quantidade ofertada pelos 
dois produtores a cada preço, de modo que a R$1,00 são ofertados 5 pães e a R$3,00 
são ofertados 12 pães. A curva de oferta agregada está ilustrada no painel C da figura a 
seguir: 
 
Figura 6 ‒ Curva de oferta agregada do pão 
A curva de oferta da indústria tem inclinação positiva, refletindo a proposição de que 
preços mais altos levam a uma quantidade ofertada maior. Assim como a demanda 
agregada, existem acontecimentos que deslocam a curva de oferta. A entrada de novos 
produtores no mercado, por exemplo, desloca a oferta para a direita, fazendo com que, 
ao mesmo preço, seja ofertada uma quantidade maior do bem em questão. Para que haja 
um movimento ao longo da curva de oferta, é preciso que seja ocasionado por variações 
no preço do bem cuja oferta agregada esteja em análise. 
OS MOTIVOS PELOS QUAIS A CURVA DE 
OFERTA SE DESLOCA SÃO VARIADOS: 
MUDANÇAS NA TECNOLOGIA, NA 
EXPECTATIVA, NO PREÇO DOS INSUMOS, NO 
NÚMERO DE PRODUTORES E NOS PREÇOS 
DE BENS E SERVIÇOS RELACIONADOS. 
A mudança do preço esperado no futuro pode levar um produtor a fornecer mais ou 
menos quantidade daquele bem no presente. Uma expectativa do aumento de preços 
futuro faz com que a oferta no presente se reduza, deslocando a curva de oferta para a 
esquerda. Já uma expectativa de queda dos preços no futuro leva ao aumento da oferta 
no presente e desloca a curva de oferta para a direita. 
Considere agora os insumos, ou seja, bens e serviços utilizados no processo produtivo. 
Um aumento no preço dos insumos deixará o preço do bem final mais alto. 
EXEMPLO 
Para produzir pão é preciso de trigo. Gabriel precisa de 10kg de farinha de trigo por mês 
para produzir 100 pães, e paga R$2,00 no quilo de farinha de trigo. Gabriel gasta 
R$20,00, e cobra R$0,50 por pão produzido. Assim, sua receita da venda de pães é de 
R$50,00. Se por algum motivo, o preço do trigo sobe para R$3,00, para produzir 100 
pães, Gabriel gastará R$30,00. Sua receita de vendas continuará no valor de R$50,00, 
contudo, seu lucro se reduzirá. Dessa forma, é bem provável que Gabriel repasse parte 
da alta dos preços dos insumos para o consumidor, e o preço do pão aumente como 
consequência. 
Tecnologia é o termo usado por economistas para descrever a relação entre insumos e 
produto em um dado processo produtivo. Uma melhora tecnológica geralmente reduz o 
custo de produção. Essa redução de custo permite que o produtor gaste uma quantidade 
menorde insumo para produzir o mesmo bem, de modo que a quantidade ofertada 
aumenta e a curva de oferta se desloque para a direita. Podemos observar isso na figura 
7. 
 
Figura 7 ‒ Deslocamento da oferta 
Quando há um aumento no número de produtores naquele mercado, a oferta se desloca 
para a direita, afinal, a oferta agregada nada mais é do que a soma das ofertas 
individuais. 
HÁ SITUAÇÕES EM QUE PRODUTORES 
PRODUZEM DIVERSOS BENS E NÃO APENAS 
UM, COMO UMA REFINARIA PRODUZ 
GASOLINE E DIESEL, ENTRE OUTROS 
COMBUSTÍVEIS, POR EXEMPLO. 
 
Quando um produtor oferta bens diferentes, a quantidade que ele está disposto a ofertar 
dependerá conjuntamente dos preços dos bens que ele produz. 
EXEMPLO 
Um aumento de preço do diesel faz com que uma refinaria produza menos gasolina e 
mais diesel, deslocando para a direita a curva de oferta do diesel e para a esquerda a 
oferta da gasolina. Isso acontece porque, em termos produtivos, a gasolina e o diesel são 
substitutos. Pode ser que também haja bens complementares na produção. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
ATENÇÃO! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a 
uma das seguintes questões: 
1. A PARTIR DOS CONHECIMENTOS APRESENTADOS 
SOBRE DEMANDA AGREGADA, CONSIDERE AS 
AFIRMATIVAS A SEGUIR: 
 
I. A CURVA DE DEMANDA AGREGADA POSSUI 
INCLINAÇÃO POSITIVA, POIS, EM GERAL, UM MAIOR 
PREÇO REDUZ A QUANTIDADE DEMANDADA. 
II. A ELASTICIDADE-PREÇO É UMA MEDIDA DE 
SENSIBILIDADE DA DEMANDA AGREGADA DE UM BEM EM 
RELAÇÃO AO PREÇO, E QUANTO MAIS SUBSTITUTOS UM 
BEM POSSUI, MENOS ELÁSTICA É A DEMANDA. 
III. BERNARDO CONSIDERA LARANJA E TANGERINA 
IGUALMENTE GOSTOSAS, E AS CONSOME COMO SE 
FOSSEM SUBSTITUTAS. UMA GEADA ACABOU COM A 
SAFRA DE LARANJAS, MAS NÃO AFETOU A SAFRA DE 
TANGERINAS DEVIDO À DISTÂNCIA GEOGRÁFICA. COMO 
RESULTADO DA GEADA, O PREÇO DA LARANJA 
AUMENTOU. BERNARDO, QUANDO FOI À FEIRA, SE 
DEPAROU COM PREÇOS MAIS ALTOS DA LARANJA. ELE 
COMPRARÁ TANGERINAS EM VEZ DE LARANJAS. 
IV. UMA REDUÇÃO DO NÚMERO DE CONSUMIDORES EM 
UM DETERMINADO MERCADO FAZ COM QUE A DEMANDA 
AGREGADA POR UM BEM SE REDUZA. 
V. BATATA FRITA E HAMBÚRGUER SÃO CONSIDERADOS 
BENS COMPLEMENTARES. UM AUMENTO NO PREÇO DO 
HAMBÚRGUER LEVA A UMA REDUÇÃO DA QUANTIDADE 
DEMANDADA DE BATATA FRITA. 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
 
As afirmativas III, IV e V são falsas. 
 
As afirmativas I, III, IV e V são verdadeiras. 
 
As afirmativas I e II são falsas. 
 
Apenas a afirmativa III é verdadeira. 
Tentar novamenteResponder 
Comentário 
2. SOBRE A OFERTA AGREGADA, CONSIDERE AS 
AFIRMATIVAS A SEGUIR: 
 
I. A CURVA DE OFERTA AGREGADA É A SOMA VERTICAL 
DAS CURVAS DE OFERTA INDIVIDUAIS. 
II. EXISTE UMA CURVA DE OFERTA AGREGADA PARA 
CADA MERCADO. 
III. UMA MUDANÇA NO PREÇO DO CAFÉ AUMENTA A SUA 
OFERTA, E, PORTANTO, ELA SE DESLOCA PARA A 
DIREITA. 
IV. UMA NOVA TECNOLOGIA QUE PERMITE A PRODUÇÃO 
DE 10 PEDAÇOS DE QUEIJO A PARTIR DE 1 LITRO DE LEITE 
FOI DESCOBERTA RECENTEMENTE POR CIENTISTAS E 
FAZENDEIROS. ESSA NOVA TECNOLOGIA DESLOCARÁ A 
OFERTA DE QUEIJO PARA A DIREITA. 
V. UMA EXPECTATIVA DE AUMENTO DO PREÇO NO 
PETRÓLEO FAZ COM QUE A OFERTA DE PETRÓLEO 
AUMENTE NO PRESENTE, DESLOCANDO A CURVA DE 
OFERTA PARA A DIREITA. 
 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
 
As afirmativas III e V são falsas. 
 
Somente a afirmativa IV é verdadeira. 
 
As afirmativas I, III e V são falsas. 
 
As afirmativas II, III e IV são verdadeiras. 
Tentar novamenteResponder 
Comentário 
GABARITO 
1. A partir dos conhecimentos apresentados sobre demanda agregada, considere as 
afirmativas a seguir: 
 
I. A curva de demanda agregada possui inclinação positiva, pois, em geral, um maior 
preço reduz a quantidade demandada. 
II. A elasticidade-preço é uma medida de sensibilidade da demanda agregada de um 
bem em relação ao preço, e quanto mais substitutos um bem possui, menos elástica é a 
demanda. 
III. Bernardo considera laranja e tangerina igualmente gostosas, e as consome como se 
fossem substitutas. Uma geada acabou com a safra de laranjas, mas não afetou a safra 
de tangerinas devido à distância geográfica. Como resultado da geada, o preço da 
laranja aumentou. Bernardo, quando foi à feira, se deparou com preços mais altos da 
laranja. Ele comprará tangerinas em vez de laranjas. 
IV. Uma redução do número de consumidores em um determinado mercado faz com 
que a demanda agregada por um bem se reduza. 
V. Batata frita e hambúrguer são considerados bens complementares. Um aumento no 
preço do hambúrguer leva a uma redução da quantidade demandada de batata frita. 
 
Assinale a alternativa correta: 
A alternativa "C " está correta. 
 
I. A afirmativa é falsa. A lei da demanda diz que quanto maior o preço, menor a 
quantidade demandada. A inclinação da curva de demanda ilustra essa proposição. 
 
II. A afirmativa é falsa. A elasticidade-preço da demanda é uma medida de sensibilidade 
da demanda em relação às mudanças no preço. Quanto mais substitutos um bem possui, 
maior é a redução da demanda quando um preço aumenta, pois se dois bens são 
indiferentes entre si, o consumidor optará por obter aquele que é mais barato. 
 
III. A afirmativa é verdadeira. Como laranja e tangerina são indiferentes para Bernardo, 
ou seja, são igualmente satisfatórias, elas são substitutas. Quando dois bens são 
substitutos perfeitos, o consumidor demandará o bem cujo preço é menor, neste caso, a 
tangerina. 
 
IV. A afirmativa é verdadeira. A demanda agregada corresponde à soma das curvas de 
demanda individuais. Quanto menos indivíduos, menor é a demanda agregada. 
 
V. A afirmativa é verdadeira. Quando bens são complementares, o aumento no preço de 
um bem X reduz a quantidade demandada, tanto dele quanto do seu complemento Y. 
Neste caso, um aumento do preço do hambúrguer faz com que a quantidade demandada 
diminua, assim como a de batata frita. 
 
A única alternativa correta é a letra c. 
2. Sobre a oferta agregada, considere as afirmativas a seguir: 
 
I. A curva de oferta agregada é a soma vertical das curvas de oferta individuais. 
II. Existe uma curva de oferta agregada para cada mercado. 
III. Uma mudança no preço do café aumenta a sua oferta, e, portanto, ela se desloca para 
a direita. 
IV. Uma nova tecnologia que permite a produção de 10 pedaços de queijo a partir de 1 
litro de leite foi descoberta recentemente por cientistas e fazendeiros. Essa nova 
tecnologia deslocará a oferta de queijo para a direita. 
V. Uma expectativa de aumento do preço no petróleo faz com que a oferta de petróleo 
aumente no presente, deslocando a curva de oferta para a direita. 
 
Assinale a alternativa correta: 
A alternativa "C " está correta. 
 
I. A afirmativa é falsa. A curva de oferta agregada é igual à soma horizontal das curvas 
de ofertas individuais. 
II. A afirmativa é verdadeira. A curva de oferta agregada é única para cada mercado, ou 
seja, para o de livros, que, por sua vez, é diferente da curva de oferta agregada de alface. 
III. A afirmativa é falsa. Uma variação no preço de um bem leva a um movimento ao 
longo da curva de oferta deste mesmo bem. No caso do aumento do preço, há um 
movimento ao longo da curva, que resulta em maior quantidade ofertada. Os casos de 
deslocamento da curva de oferta são: mudança na quantidade de produtores no mercado, 
mudança tecnológica, mudança no preço dos insumos, mudança no preço de bens 
relacionados e mudança de expectativas. 
IV. A afirmativa é verdadeira. Os casos de deslocamento da curva de oferta são: 
mudança na quantidade de produtores no mercado, mudança tecnológica, mudança no 
preço dos insumos, mudança no preço de bens relacionados e mudanças de expectativas. 
V. A afirmativa é falsa. A expectativa que o preço do petróleo aumente faz com que a 
oferta de petróleo se reduza no presente e aumente no futuro. No presente, há um 
deslocamentopara a esquerda da curva de oferta, e no futuro, há um deslocamento para 
a direita na curva de oferta. 
 
A única alternativa correta é a letra c. 
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E, com isso, você: 
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MÓDULO 2 
 
Descrever a formação de preços e quantidades de equilíbrio 
em um mercado competitivo 
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OFERTA, DEMANDA E EQUILÍBRIO 
No módulo 1, cobrimos os elementos essenciais para a determinação do equilíbrio, a 
oferta e a demanda agregadas. Neste módulo, apresentaremos o conceito de equilíbrio e 
como calculá-lo a partir da interação entre oferta e demanda. 
Quando já estivermos familiarizados com o equilíbrio, veremos um pouco sobre 
excedente do consumidor e do produtor, medidas úteis de bem-estar econômico. 
Em Economia, dizemos que há equilíbrio em uma determinada situação quando não há 
incentivos para que qualquer agente econômico (consumidor ou firma) altere seu 
comportamento individual, dado o que os demais agentes estão fazendo. 
 
Fonte: Eviart/Shutterstock Forte em Saint Tropez ao por do sol 
Segundo a Definição de Equilíbrio em Varian (2012): 
“TODOS OS AGENTES ESCOLHEM A 
MELHOR AÇÃO POSSÍVEL DE ACORDO COM 
SEUS PRÓPRIOS INTERESSES, E O 
COMPORTAMENTO DE CADA PESSOA É 
COERENTE COM O DAS OUTRAS.” 
Isso significa que ninguém ficaria melhor caso decidisse agir individualmente de forma 
diferente. 
Sabemos que em um mercado competitivo, nenhum agente tem capacidade de afetar o 
mercado, o preço e a quantidade total. Contudo, o que determina o preço e a quantidade 
de equilíbrio é a interação conjunta de todos os indivíduos nesse mercado. 
O PREÇO DE EQUILÍBRIO É AQUELE EM QUE 
OFERTA E DEMANDA SÃO IGUAIS. A ESSE 
PREÇO, NENHUM CONSUMIDOR PODERIA 
MELHORAR SUA SITUAÇÃO AO PROPOR A 
COMPRA POR UM PREÇO DIFERENTE, ASSIM 
COMO NENHUM PRODUTOR PODERIA FICAR 
MELHOR PROPONDO VENDER O BEM POR 
OUTRO PREÇO. 
Como curvas de oferta e demanda representam as melhores escolhas dos agentes 
envolvidos, quando elas se igualam em um preço de equilíbrio denotado por 𝑝∗, temos 
que o comportamento dos consumidores e dos produtores são compatíveis. Em qualquer 
outro preço, essa condição não seria satisfeita. 
O PREÇO DE EQUILÍBRIO É O PREÇO QUE 
AJUSTA O MERCADO, GARANTINDO QUE 
CADA INDIVÍDUO QUE DEMANDE UM BEM 
ENCONTRE UM OFERTANTE DISPOSTO A 
VENDÊ-LO PELO MESMO PREÇO. 
Geometricamente, podemos encontrar o equilíbrio ao colocar as curvas de oferta e 
demanda no mesmo diagrama, como na figura 8. O ponto E é o ponto em que as 
curvas se cruzam, e oferta e demanda são iguais; 𝑝∗ representa o preço de equilíbrio e 
𝑞∗ é a quantidade de equilíbrio. 
 
Figura 8 – Equilíbrio 
Existe um princípio básico de que os mercados, com frequência, se movem para o 
equilíbrio. Para melhor ilustrar esse princípio, observe a figura 9. 
 
Figura 9 ‒ Preço acima do equilíbrio 
Suponha que o preço de mercado, isto é, o preço pelo qual o bem é transacionado, seja 
igual a 𝑝′, acima do equilíbrio. 
A esse preço, a quantidade ofertada é 𝑞𝑠, e a quantidade demandada é 𝑞𝑑. 
Como a quantidade ofertada é maior do que a demandada, temos um excedente, 
ilustrado pela diferença entre 𝑞𝑠 e 𝑞𝑑. 
Existem alguns produtores que não encontram consumidores para comprar seus 
produtos. O excesso de oferta fornece incentivos para que os produtores ofereçam um 
preço mais baixo, buscando atrair outros consumidores. O preço vai sendo 
gradativamente reduzido, até chegar no preço de equilíbrio. Portanto, sempre que o 
preço está acima do equilíbrio, há um excesso de oferta, que faz o preço baixar até o 
equilíbrio. 
Agora, suponha que o preço esteja abaixo do preço de equilíbrio, em 𝑝′′. A figura 10 
ilustra a seguinte situação: 
Com o preço em 𝑝′′, a quantidade demandada é maior do que a quantidade ofertada, e, 
portanto, há excesso de demanda ou escassez. Nessa situação, existem consumidores 
que gostariam de comprar, mas não conseguem, e então passam a oferecer preços mais 
altos. É possível que os produtores notem que também podem cobrar um preço maior. 
Em qualquer mecanismo, o resultado é o mesmo. O preço vai aumentando 
gradualmente, atraindo novos produtores e expulsando consumidores que não estão 
dispostos a pagar um preço mais alto. Esse movimento acontece até o preço de 
equilíbrio, em que as quantidades ofertada e demandada se igualam. 
 
Figura 10 - Preço abaixo do equilíbrio 
MUDANÇAS NA OFERTA, DEMANDA 
E EQUILÍBRIO 
Como vimos no módulo 1, há muitos eventos que deslocam as curvas de oferta e 
demanda. Existem eventos que deslocam a curva de demanda, como um relatório 
médico afirmando que chocolate faz bem à saúde, o que não tem efeito algum sobre a 
oferta. Da mesma forma, existem situações que deslocam a oferta, como a entrada de 
novos produtores de cacau, mas que não afetam a demanda. 
O QUE ACONTECE COM O EQUILÍBRIO 
NESSES DOIS EVENTOS DESCRITOS? 
Quando um novo estudo médico divulgado credita benefícios ao chocolate, a curva de 
demanda se desloca, como na figura 11. 
Na figura ao lado, você pode observar que o ponto 𝐸1 mostra o equilíbrio 
correspondente à curva de demanda original, 𝐷1, cujo preço de equilíbrio é 𝑝1∗, e a 
quantidade de equilíbrio é 𝑞1∗. 
O relatório médico divulgado faz com que a curva de demanda se desloque 
positivamente, para a direita, de 𝐷1 para 𝐷2. Ao preço original, 𝑝1∗, o mercado não está 
mais em equilíbrio. Há um excesso de demanda, uma escassez. O preço do chocolate 
aumenta, gerando um aumento da quantidade ofertada. Esse aumento da quantidade 
ofertada é um movimento ao longo da curva de oferta. Um novo equilíbrio, 𝐸2, se 
estabelece. Nesse ponto, oferta e demanda voltam a se cruzar. O equilíbrio 𝐸2 ocorre 
com um preço mais alto e uma quantidade maior. Isso reflete um princípio geral: 
quando a demanda de um bem aumenta, seu preço e sua quantidade de equilíbrio 
também aumentam. 
 
Figura 11 – Deslocamento positivo da demanda e novo equilíbrio 
Suponha agora uma situação diferente. Pão e tapioca são substitutos. Se o preço do pão 
cai, a demanda por tapioca diminui. 
A figura 12 ilustra esse evento. 
 
Figura 12 ‒ Deslocamento negativo da demanda e novo equilíbrio 
Observando a figura acima, vemos que a queda do preço do pão faz a demanda por 
tapioca se deslocar, negativamente, para a esquerda. Ao preço inicial 𝑝1∗, há um excesso 
de oferta, uma vez que a quantidade ofertada é maior do que a quantidade demandada. 
O preço cai até que a nova curva de demanda, 𝐷2, encontre a curva de oferta 𝑆. Isso é 
ilustrado no ponto 𝐸2, o novo equilíbrio. Nesse ponto, o preço e a quantidade de 
equilíbrio são menores. Assim, quando a demanda de um bem se reduz, sua quantidade 
e preço de equilíbrio também se reduzem. 
Considere a figura 13: 
 
Figura 13 - Deslocamento positivo da oferta e o novo equilíbrio 
Inicialmente, o mercado estava em equilíbrio, no ponto 𝐸1, em que as curvas de oferta e 
demanda eram 𝑆1 e 𝐷, respectivamente. No ponto 𝐸1, o preço de equilíbrio é 𝑝1∗, e a 
quantidade de equilíbrio é 𝑞1∗. 
Como vimos no módulo 1, a entrada de novos produtores no mercado de cacau desloca 
a curva de oferta para a direita. Assim, a nova curva de oferta é 𝑆2. Ao preço inicial 𝑝1∗, 
há um excesso de oferta, que faz com que o preço se reduza, até que a nova curva de 
oferta cruze com a curva de demanda. Esse ponto é ilustrado por 𝐸2, o novo ponto de 
equilíbrio. Em 𝐸2, o novo preço de equilíbrio é 𝑝2∗, e a nova quantidade de equilíbrio é 
𝑞2∗. Portanto, quando a oferta aumenta, o preço de equilíbrio diminuie a quantidade de 
equilíbrio aumenta. 
Nova Friburgo é uma cidade no estado do Rio de Janeiro que produz hortaliças. 
Suponha que, em 2012, a cidade teve um verão atípico, com altas temperaturas e pouca 
chuva. Esse fenômeno fez com que as hortaliças morressem, ocasionado um 
deslocamento para a esquerda da curva de oferta. A figura 14 ilustra essa situação: 
 
Figura 14 - Deslocamento negativo da oferta e o novo equilíbrio 
A curva de oferta passa, então, a ser 𝑆2. Ao preço inicial 𝑝1∗ há um excesso de demanda, 
que pressiona os preços para cima, que vão subindo, gradualmente, até que a nova curva 
de oferta cruze com a demanda. Isso é ilustrado pelo ponto 𝐸2, o novo equilíbrio. Nesse 
ponto, o preço de equilíbrio é 𝑝2∗, e a quantidade de equilíbrio é 𝑞2∗. Portanto, quando 
há uma redução da oferta, o preço de equilíbrio é mais alto e a quantidade de equilíbrio 
é menor. 
Por fim, veremos o que acontece quando há deslocamentos simultâneos de oferta e 
demanda. Na figura 15, painel A, temos um grande deslocamento da demanda para a 
direita, e um pequeno deslocamento da oferta para a esquerda, enquanto no painel B, a 
oferta se desloca bastante para a esquerda, e a demanda sofre um pequeno deslocamento 
para a direita: 
 
Figura 15 ‒ Deslocamento simultâneo e novo equilíbrio 
Esses deslocamentos podem ser imaginados como uma mudança nas preferências por 
milho, junto com uma quebra de safra. A diferença entre os dois painéis é a magnitude 
de deslocamento. 
NO PAINEL A 
A demanda sofre um deslocamento de magnitude maior que a oferta. 
NO PAINEL B 
A oferta sofre um deslocamento maior do que a demanda. 
Nos dois painéis, o preço se move de 𝑝1∗ para 𝑝2∗, conforme o equilíbrio se move de 𝐸1 
para 𝐸2. Como no painel A a queda de oferta é menor do que o aumento da demanda, a 
quantidade de equilíbrio aumenta de 𝑞1∗ para 𝑞2∗. Já no painel B, com retração da oferta 
maior do que a expansão da demanda, a quantidade de equilíbrio é reduzida de 𝑞1∗ para 
𝑞2∗. 
Esse exemplo nos permite constatar que quando a oferta se reduz e a demanda aumenta, 
o preço de equilíbrio aumenta, mas o que de fato ocorre com a quantidade de equilíbrio 
dependerá de qual efeito é maior, ou seja, qual deslocamento tem maior magnitude. 
Quando oferta e demanda se deslocam em direções opostas, no geral, podemos fazer 
algumas previsões: 
Se a demanda aumenta e a oferta cai, o preço de equilíbrio sobe, mas a quantidade 
dependerá de qual dos deslocamentos teve maior magnitude. 
Quando a demanda cai e a oferta aumenta, o preço de equilíbrio é menor, mas o efeito 
sobre a quantidade de equilíbrio é ambíguo. 
Se as duas curvas se deslocam no mesmo sentido, ou seja, oferta e demanda se 
deslocam ambas para a esquerda ou para a direita, podemos saber o efeito sobre a 
quantidade, mas não sobre o preço de equilíbrio. Se oferta e demanda aumentam, a 
quantidade de equilíbrio é maior, mas nada podemos dizer sobre o preço. Quando oferta 
e demanda diminuem, a quantidade de equilíbrio é reduzida, mas, mais uma vez, nada 
podemos afirmar sobre o preço de equilíbrio. Em ambos os casos, o preço de equilíbrio 
dependerá de qual efeito prevalecerá. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
ATENÇÃO! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a 
uma das seguintes questões: 
1. (ADAPTADO DE KRUGMAN, 2011) AS AFIRMATIVAS 
ABAIXO REPRESENTAM SITUAÇÕES EM QUE O MERCADO 
ESTAVA INICIALMENTE EM EQUILÍBRIO. DEPOIS DE CADA 
EVENTO DESCRITO HAVERÁ UM EXCEDENTE OU 
ESCASSEZ. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
 
Após uma nevasca, muitas pessoas querem comprar removedores de neve de segunda 
mão nas lojas de ferragens, gerando um excedente. 
 
2005 foi um ano excelente para os vinhedos da Califórnia, que produziram uma colheita 
recorde. Esta colheita gerou uma escassez de vinho. 
 
Depois de um furacão, os hotéis da Flórida verificaram que muitas pessoas cancelam 
suas férias, deixando-os com quartos vazios, havendo um excedente. 
 
Depois de uma tempestade, o rio que fornece água a uma cidade norte-americana 
apresentou diversas algas, o que impactou a distribuição de água potável pela 
companhia local. Com medo de tomarem a água com cheiro, gosto e cor diferentes, os 
moradores passaram a comprar água mineral. Esta situação gerou um excedente. 
Tentar novamenteResponder 
Comentário 
2. (ADAPTADO DE KRUGMAN, 2011) DE TEMPOS EM 
TEMPOS, UM FABRICANTE DE CHIPS PARA 
COMPUTADORES, COMO A INTEL, PRODUZ UM NOVO TIPO 
DE CHIP MAIS RÁPIDO QUE O ANTERIOR. COM ISSO, A 
DEMANDA POR COMPUTADORES QUE USAM CHIPS MAIS 
ANTIGOS CAI, CONFORME NOVOS CONSUMIDORES ADIAM 
AS COMPRAS ESPERANDO O LANÇAMENTO DO 
EQUIPAMENTO COM A NOVA TECNOLOGIA. OS 
FABRICANTES DE COMPUTADORES, POR SUA VEZ, 
AUMENTAM A PRODUÇÃO DE MÁQUINAS COM CHIPS 
ANTIGOS, BUSCANDO TERMINAR O ESTOQUE DESTES 
PRODUTOS. COM BASE NESSAS INFORMAÇÕES, ASSINALE 
A ALTERNATIVA CORRETA SOBRE O QUE OCORRE NO 
MERCADO DE COMPUTADORES COM CHIP MAIS ANTIGO: 
 
A curva de oferta desloca-se para a direita, e a de demanda, para a esquerda. O preço de 
equilíbrio neste mercado diminui, e a quantidade também. 
 
A demanda desloca-se para a esquerda, e o novo equilíbrio tem um preço e quantidade 
menores. 
 
O deslocamento da curva de oferta para a direita compensa o da curva de demanda para 
a esquerda, e o novo equilíbrio tem preço e quantidade exatamente iguais aos iniciais. 
 
A curva de oferta desloca-se para a direita, e a de demanda, para a esquerda. O preço de 
equilíbrio neste mercado diminui, mas nada podemos afirmar sobre o que ocorre com a 
quantidade do mesmo, uma vez que dependerá de qual efeito tem magnitude maior. 
Tentar novamenteResponder 
Comentário 
GABARITO 
1. (Adaptado de KRUGMAN, 2011) As afirmativas abaixo representam situações em 
que o mercado estava inicialmente em equilíbrio. Depois de cada evento descrito haverá 
um excedente ou escassez. Assinale a alternativa correta: 
A alternativa "C " está correta. 
 
a) A alternativa está incorreta. Uma nevasca desloca a curva de demanda por removedor 
de neve para a direita, aumentando a demanda. Com a oferta inalterada, esse 
deslocamento da demanda gera uma escassez. 
b) A alternativa está incorreta. Uma colheita recorde significa um aumento na oferta. 
Com a demanda inalterada, essa oferta recorde levou a um excedente neste mercado. 
c) A alternativa está correta. Um furacão reduz a demanda por quartos de hotéis, 
deslocando a demanda agregada para a esquerda. Com a oferta inalterada, há um 
excedente de quartos de hotéis no novo equilíbrio. 
d) A alternativa está incorreta. A situação do rio fez com que os moradores decidissem 
comprar água mineral, gerando um deslocamento da curva de demanda para a direita. 
Neste novo equilíbrio, com a curva de oferta constante, há uma escassez de água 
mineral. 
2. (Adaptado de KRUGMAN, 2011) De tempos em tempos, um fabricante de chips para 
computadores, como a Intel, produz um novo tipo de chip mais rápido que o anterior. 
Com isso, a demanda por computadores que usam chips mais antigos cai, conforme 
novos consumidores adiam as compras esperando o lançamento do equipamento com a 
nova tecnologia. Os fabricantes de computadores, por sua vez, aumentam a produção de 
máquinas com chips antigos, buscando terminar o estoque destes produtos. Com base 
nessas informações, assinale a alternativa correta sobre o que ocorre no mercado de 
computadores com chip mais antigo: 
A alternativa "D " está correta. 
 
a) A alternativa está incorreta. De fato, o preço será menor no novo equilíbrio, devido 
ao deslocamento da oferta para a direita e da demanda para a esquerda. Contudo, a nova 
quantidade de equilíbrio dependerá de qual curva tem maior deslocamento. Se a 
demanda se desloca mais do que a oferta, a quantidade de equilíbrio diminui. Caso 
contrário, a quantidade de equilíbrio se reduz. Logo, não podemos afirmar com certezaque, no novo equilíbrio, o preço será maior e a quantidade menor. 
b) A alternativa está incorreta. Não sabemos qual efeito domina no novo equilíbrio, 
portanto, nada podemos afirmar. 
c) A alternativa está incorreta. Não sabemos se o deslocamento da oferta compensa o da 
demanda, portanto, não sabemos afirmar com certeza que isto ocorre. 
d) A alternativa está correta. De fato, o preço será menor no novo equilíbrio, devido ao 
deslocamento da oferta para a direita e da demanda para a esquerda. Já a nova 
quantidade de equilíbrio dependerá de qual curva tem maior deslocamento. Se a 
demanda se desloca mais do que a oferta, a quantidade de equilíbrio diminui. Caso 
contrário, a quantidade de equilíbrio se reduz. 
O CONTEÚDO AINDA NÃO ACABOU. 
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VOCÊ CHEGOU AO FINAL DO MÓDULO 
2! 
E, com isso, você: 
Compreendeu o processo de formação de preços e quantidades de equilíbrio em um 
mercado competitivo. 
Retornar para o início do módulo 2 
MÓDULO 3 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/estrutura_de_mercados_e_formacao_de_precos/index.html#module2-unlock-hide
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/estrutura_de_mercados_e_formacao_de_precos/index.html#modulo2
Definir excedente do produtor e do consumidor para aplicá-lo 
como medida de bem-estar 
EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E 
CURVA DE DEMANDA 
A curva de demanda é derivada a partir das preferências dos consumidores, que, por sua 
vez, definem o quanto de bem-estar um indivíduo obtém ao realizar transações em um 
mercado. 
Considere, por exemplo, o mercado de roupas usadas. Uma calça jeans usada pode não 
ser tão boa quanto uma nova, pois pode estear gasta, manchada etc. O quanto isso 
incomoda alguém, dependerá das preferências de cada um. Vitória pode valorizar uma 
roupa de brechó mais do que Fernando, que só compraria uma roupa usada se fosse 
muito barata. 
Esse exemplo ilustra um conceito importante, o de disposição a pagar. 
 
Fonte: gabriel12/Shutterstock 
A DISPOSIÇÃO A PAGAR, OU PREÇO 
RESERVA, REFLETE O PREÇO MÁXIMO QUE 
UM CONSUMIDOR ESTÁ DISPOSTO A PAGAR 
POR DETERMINADO BEM. 
Um indivíduo não pagará mais do que este valor por um bem. Se o preço é igual à 
disposição a pagar, o consumidor estará indiferente entre comprar ou não. 
A figura 16 ilustra a disposição a pagar de três consumidores, Júlia, Manuel e Beatriz, 
com preços de reserva de R$50,00, R$35,00 e R$22,00, respectivamente. Seus preços 
de reserva estão acima do preço pelo qual o bem é vendido, que é de R$10,00. O preço 
de reserva deles está acima do preço de mercado, e, portanto, eles irão realizar a 
transação. Há também aqueles consumidores com preço de reserva abaixo do preço de 
mercado. Esses indivíduos não irão comprar o bem. 
 
Figura 16 ‒ Preço de reserva e excedente do consumidor 
A compra do bem por consumidores cuja disposição a pagar é maior ou igual ao 
preço de mercado do bem gera bem-estar para os mesmos. Esse bem-estar pode ser 
medido, e é conhecido como excedente do consumidor. 
Nesse exemplo, podemos notar que cada comprador de um bem alcança algum 
excedente individual. Ao somarmos os excedentes individuais, chegamos ao 
excedente total do consumidor. Supondo que no exemplo acima só haja três 
consumidores no mercado, o excedente total do consumidor é de R$40,00 + R$25,00 + 
R$ 22,00 = R$87,00. 
A figura 17 representa graficamente o excedente total do consumidor para um grande 
mercado: 
EXCEDENTE DO CONSUMIDOR 
O excedente do consumidor é a diferença entre o preço de reserva do consumidor e o 
preço de mercado. Voltando à figura 16, o excedente de Júlia é igual a R$50,00 - 
R$10,00 = R$ 40,00. Já o de Manuel é de R$35,00 - R$10,00 = R$25,00, enquanto o de 
Beatriz é de R$22,00 - R$10,00 = R$12,00 . 
Esse mercado possui tantos consumidores que a curva de demanda é contínua. O 
excedente total do consumidor é a área abaixo da curva de demanda e acima do preço, 
sendo igual a R$20,00. 
 
Figura 17 ‒ Excedente total do consumidor 
Quando o preço muda, o excedente do consumidor também varia. A figura 18 ilustra o 
que acontece quando o preço aumenta: 
 
Figura 18 ‒ Mudança no preço e mudança no excedente 
EXCEDENTE DO PRODUTOR E 
CURVA DE OFERTA 
Considere um grupo de amigos que são vendedores potenciais de discos usados. 
 
Como eles possuem preferências distintas, cada vendedor terá um preço pelo qual 
estará disposto a realizar a venda. Vejamos: 
Afonso 
Não vende um disco por menos de R$9,00, mas por qualquer preço acima deste. 
Robson 
Só aceita vender por, pelo menos, R$15,00. 
Joaquim 
Vende por R$22,00. 
Assim, podemos definir o custo do vendedor como o menor preço pelo qual o 
produtor está disposto a vender seu produto. 
A diferença entre o preço que o produtor, de fato, vende o produto e seu custo é o 
excedente do produtor. Da mesma forma que a curva de demanda foi derivada a partir 
da disposição a pagar dos consumidores, podemos derivar a curva de oferta do custo 
do produtor. 
A figura 19 ilustra a curva para um mercado de discos com três produtores: 
 
Figura 19 ‒ Custo individual e excedente do produtor 
COMENTÁRIO 
O excedente de Afonso equivale à área do polígono mais escuro da esquerda, o de 
Robson, à área do retângulo do meio, e o de Joaquim, ao do polígono mais claro da 
direita. 
Como no caso do excedente do consumidor, podemos somar os excedentes 
individuais para chegarmos ao excedente total do produtor. Com um grande 
mercado e uma curva de oferta contínua, como na figura 20, o excedente total do 
produtor é a área acima da curva de oferta e abaixo do preço, sendo igual a R$20,00: 
 
Figura 20 - Excedente total do produtor 
Assim como para o excedente do consumidor, mudanças de preço afetam o excedente 
total. A figura 21 ilustra o que ocorre quando o preço aumenta: 
O excedente inicial era de R$20,00, correspondente à área do triângulo azul mais 
escuro. O aumento do preço aumenta o excedente para R$45,00, valor correspondente à 
soma das áreas em azul. 
 
Figura 21 ‒ Mudança no preço e no excedente 
BEM-ESTAR E EXCEDENTE 
Um dos princípios fundamentais da Economia é que os mercados são, frequentemente, 
uma maneira eficiente de alocar recursos. De forma geral, a alocação de recursos pelo 
mercado torna a situação da sociedade a melhor possível (não é sempre assim ‒ você 
verá ao final deste tema um caso em que isso não acontece). Por meio do excedente, 
podemos entender porque isso acontece. 
Seja um grande mercado competitivo, com N consumidores e K produtores. As curvas 
de oferta e de demanda desse mercado estão representadas na figura 22, junto com os 
excedentes totais do consumidor e do produtor: 
O equilíbrio do mercado de livros encontra-se no ponto E, com o preço de R$45,00 e a 
quantidade de 100 unidades. 
A área em azul mais claro é igual ao excedente do consumidor, e a área em azul mais 
escuro é igual ao excedente do produtor. 
 
Figura 22 ‒ Equilíbrio de mercado e excedente 
Podemos calcular o excedente total da sociedade ao somarmos as duas áreas. O exemplo 
do mercado de livros deixa claro que há ganhos tanto para os produtores quanto para os 
consumidores. Isso indica que produtores e consumidores estão melhores, pois o 
mercado existe, refletindo o princípio econômico sobre ganhos de troca, em que 
ocorrem ganhos no comércio. 
Esses ganhos são a razão pela qual todos, quando fazem parte de uma economia de 
mercado, estão em uma situação melhor do que se fossem autossuficientes. 
DESSE MODO, PARTICIPAR DE UMA 
ECONOMIA DE MERCADO É MELHOR DO 
QUE SER AUTOSSUFICIENTE, MAS SERÁ QUE 
ESTÃO TODOS EM UMA SITUAÇÃO TÃO BOA 
QUANTO POSSÍVEL? 
Um critério útil para compararmos diferentes situações econômicas é o de eficiência de 
Pareto. 
Para começar a defini-lo, primeiro vamos delinear outro conceito, o de melhora de 
Pareto: 
SE HÁ UMA FORMA ALTERNATIVA DE 
MELHORAR A SITUAÇÃODE UM INDIVÍDUO 
SEM PIORAR A SITUAÇÃO DE OUTRO, 
TEMOS UMA MELHORA DE PARETO. 
PARETO 
Vilfredo Pareto, economista e cientista politico italiano 
EXEMPLO 
Se João está disposto a vender um produto por R$10,00, e Maria, a comprá-lo por R$ 
20, então, a venda a R$15,00 (ou a qualquer valor entre R$10,00 e R$20,00) é uma 
melhora de Pareto, pois nenhum dos dois perde e ao menos um fica em situação 
estritamente melhor. 
Se uma situação admite uma melhora de Pareto, dizemos que a alocação de recursos é 
Pareto ineficiente, ou seja, existem ações (ou transações) que podem melhorar a 
situação de alguém sem prejudicar ninguém. Se existe essa possibilidade, devemos 
exercê-la, ou estaremos desperdiçando recursos. 
Caso seja impossível melhorar a situação de alguém sem piorar a de outra pessoa (ou 
seja, se não houver melhorias de Pareto disponíveis), dizemos que estamos em uma 
situação Pareto eficiente, ou, simplesmente, que a alocação de recursos é eficiente no 
sentido de Pareto, ou ainda ótima de Pareto. Há diferentes alocações eficientes de 
Pareto, correspondendo a distribuições de recursos mais benéficas a um ou outro agente 
econômico. 
Supondo que em uma economia de mercado todas as trocas voluntárias sejam 
realizadas, de modo a esgotar os ganhos de troca, obtemos um resultado conhecido 
como primeiro teorema do bem-estar: todo equilíbrio em um mercado competitivo é 
ótimo de Pareto. Em equilíbrio, um mercado competitivo esgota a possibilidade de 
ganhos com novas trocas. 
O segundo teorema do bem-estar nos diz que qualquer alocação ótima de Pareto pode 
ser obtida como equilíbrio de mercado, bastando, então, distribuir recursos e permitir 
que os agentes econômicos realizem trocas voluntárias. 
Para ilustrar esse teorema, suponhamos que exista um comitê que busca melhorar o 
equilíbrio de mercado. A finalidade do comitê é aumentar o excedente total. Para isso, 
eles pensam em três planos: 
Clique nas barras para ver as informações. Objeto com interação. 
Realocar consumo entre consumidores 
Na tentativa de realocar o consumo entre os consumidores, o comitê realoca bananas 
entre Letícia e Lucas, cujos preços de reserva são de R$1,00 e R$2,00, respectivamente. 
Com o preço de equilíbrio da banana igual a R$1,50, Letícia compra o produto, mas 
Lucas não. Se o consumo é realocado entre Lucas e Letícia, o excedente do consumidor 
cairá, de forma que só o equilíbrio de mercado gera o excedente de consumidor mais 
alto possível, pois assegura que quem consome o bem é aquele que mais o valoriza. 
Realocar a venda entre produtores 
De maneira análoga, o comitê decide realocar a produção entre Arlindo e Teresa, cujos 
custos de produção de banana são, respectivamente, de R$2,50 e R$0,50. Como o preço 
de equilíbrio é de R$1,50, Arlindo não irá ofertar nenhuma unidade neste mercado, mas 
Teresa o fará. Se o comitê reorganiza a produção entre Teresa e Arlindo, impedindo a 
primeira de ofertar neste mercado e induzindo o segundo a fazê-lo, o excedente também 
cairá. Assim, o equilíbrio do mercado competitivo gera o maior excedente do produtor 
possível. 
Mudar a quantidade que será transacionada 
Por fim, o comitê está convencido de que mudar a quantidade transacionada vai 
melhorar o resultado. Sejam Letícia e Lucas os compradores, e Arlindo e Teresa os 
produtores. Para reduzir as vendas, o comitê terá de impedir que Arlindo venda para 
Letícia. Como Lucas está disposto a pagar R$2,00, mas o custo de Arlindo é de R$ 2,50, 
impedir esta venda reduz o excedente total em R$ 2,50 - R$ 2,00 = R$0,50. Se o comitê 
opta por aumentar a quantidade, forçando que Arlindo, que não ofertou nada, venda à 
Letícia, que não comprou, a redução do excedente total é de R$2,50 - R$0,50 = R$ 2,00. 
Esse resultado independe do par de consumidores e produtores escolhidos para 
exemplificar. Pode ser qualquer produtor que tenha um custo de R$1,50 ou menos, e 
qualquer consumidor que tenha um preço de reserva de R$1,50 ou mais. Portanto, 
impedir vendas reduz o excedente total. Da mesma forma, qualquer um que não 
estivesse comprado banana estaria disposto a pagar menos de R$1,50, e qualquer um 
que não tivesse vendido banana tem um custo maior que R$1,50. 
Apesar de termos exemplificado os teoremas, existem algumas ressalvas a serem feitas. 
A primeira delas é que o conceito de eficiência de Pareto nada diz sobre equidade, de 
forma que é possível que um resultado no qual um indivíduo detenha toda a riqueza e os 
demais não tenham nada seja Pareto eficiente. 
A outra ressalva diz respeito ao funcionamento dos mercados competitivos. Em todos os 
exemplos, o mercado funcionava perfeitamente. Quando existe alguma falha que 
impeça que o mercado funcione corretamente, ele não maximiza mais o excedente total, 
e, portanto, os resultados do primeiro e do segundo teoremas do bem-estar não são mais 
válidos. Por fim, mesmo que o equilíbrio de mercado maximize o excedente total, isso 
não diz nada a respeito de maximização de excedente individual. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
ATENÇÃO! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a 
uma das seguintes questões: 
1. (ADAPTADO DE KRUGMAN, 2011) CONSIDERE O 
MERCADO DE PIMENTÃO RECHEADO, NO QUAL HÁ DOIS 
PRODUTORES, JOSÉ E MÁRCIA, E DOIS CONSUMIDORES, 
CAROLINA E MATEUS. A TABELA A SEGUIR APRESENTA O 
PREÇO DE RESERVA DOS CONSUMIDORES E O CUSTO DOS 
PRODUTORES. A PARTIR DA TABELA, ASSINALE A 
ALTERNATIVA CORRETA: 
Quantidade Preço reserva de Carolina Preço reserva de Mateus 
1 R$ 0,90 R$ 0,80 
2 R$ 0,70 R$ 0,60 
3 R$ 0,50 R$ 0,40 
4 R$ 0,30 R$ 0,30 
 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃOCOMPLETA DA TABELA 
UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL 
 
Quando o preço do pimentão é de R$0,40, o excedente do consumidor individual de 
Carolina é de R$ 1,00, e ela demanda 3 pimentões. 
 
Quando o preço do pimentão é de R$ 0,40, o excedente de Mateus é de R$ 0,00, e ele 
demanda 3 pimentões. 
 
O excedente total do consumidor, quando o preço de mercado do pimentão é de R$0,40, 
é a soma do excedente de Carolina com o de Mateus, sendo igual a R$1,00. 
 
O excedente total do consumidor ao preço de R$0,40 é de R$1,50. 
Tentar novamenteResponder 
Comentário 
2. A PARTIR DA TABELA A SEGUIR, CONSIDERE AS 
ALTERNATIVAS ABAIXO E ASSINALE A CORRETA : 
Quantidade Preço reserva de José Preço reserva de Márcia 
1 R$ 0,10 R$ 0,30 
2 R$ 0,10 R$ 0,50 
3 R$ 0,40 R$ 0,70 
4 R$ 0,60 R$ 0,90 
 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃOCOMPLETA DA TABELA 
UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL 
 
Quando o preço do pimentão é de R$0,70, o excedente de José é de R$ 0,60, e ele 
fornece 3 pimentões. 
 
O excedente de Márcia ao preço de R$0,70 é igual a R$1,60, e ela oferta 3 unidades. 
 
Ao preço de R$0,70, o excedente total é a soma do excedente de José com o de Márcia, 
sendo igual a R$2,00. A quantidade total ofertada é de 7 unidades. 
 
Ao preço de R$0,70 o excedente total é a soma do excedente de José com o de Márcia, 
sendo igual a R$2,20. A quantidade total ofertada é de 7 unidades. 
Tentar novamenteResponder 
Comentário 
GABARITO 
1. (Adaptado de KRUGMAN, 2011) Considere o mercado de pimentão recheado, no 
qual há dois produtores, José e Márcia, e dois consumidores, Carolina e Mateus. A 
tabela a seguir apresenta o preço de reserva dos consumidores e o custo dos produtores. 
A partir da tabela, assinale a alternativa correta: 
Quantidade Preço reserva de Carolina Preço reserva de Mateus 
1 R$ 0,90 R$ 0,80 
2 R$ 0,70 R$ 0,60 
3 R$ 0,50 R$ 0,40 
4 R$ 0,30 R$ 0,30 
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal 
A alternativa "D " está correta. 
 
Preço 
(em 
R$) 
Quantidade 
total 
demandada 
Quantidade 
demandada por 
Carolina 
Quantidade 
demandada por 
Mateus 
0,90 1 1 0 
0,80 2 1 1 
0,70 3 2 1 
0,60 4 2 2 
0,50 5 3 2 
0,40 6 3 3 
0,30 8 4 4 
0,20 8 4 4 
0,10 8 4 4 
0,00 8 4 4 
 Atenção! Para visualizaçãocompletada tabela utilize a rolagem horizontal 
 
A) A alternativa está incorreta. A partir da tabela, podemos notar que Carolina receberá 
R$0,50 da primeira unidade demandada, R$0,30 pelo segundo pimentão e R$0,10 pelo 
terceiro. Portanto, seu excedente é de R$0,90, e ela consome 3 unidades. 
B) A alternativa está incorreta. A partir da tabela, observamos que o excedente de 
Mateus pela primeira unidade de pimentão é de R$0,40. Pela segunda unidade, é de 
R$0,20, e pela terceira, é de R$0,00. Assumindo que fica indiferente quando compra, 
Mateus demandará 3 unidades de pimentão. Seu excedente é de R$0,60. 
C) A alternativa está incorreta. Embora o excedente total seja igual à soma dos 
excedentes individuais, o valor está incorreto. O excedente de Carolina é igual a 
R$0,90, e o de Mateus é de R$0,60. Portanto, o excedente total do consumidor é de 
R$1,50. 
D) A alternativa está correta. Somando o excedente de Carolina, R$0,90, com o de 
Mateus, R$0,60, temos o excedente total do consumidor, igual a R$1,50. 
2. A partir da tabela a seguir, considere as alternativas abaixo e assinale a correta : 
Quantidade Preço reserva de José Preço reserva de Márcia 
1 R$ 0,10 R$ 0,30 
2 R$ 0,10 R$ 0,50 
3 R$ 0,40 R$ 0,70 
4 R$ 0,60 R$ 0,90 
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal 
A alternativa "D " está correta. 
 
Preço 
(em R$) 
Quantidade 
total ofertada 
Quantidade 
ofertada por 
José 
Quantidade 
ofertada por 
Marcia 
0,90 8 4 4 
0,80 7 4 3 
0,70 7 4 3 
0,60 6 4 2 
0,50 5 3 2 
0,40 4 3 1 
0,30 3 2 1 
0,20 2 2 0 
0,10 2 2 0 
0,00 0 0 0 
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal 
 
 
 
A) A alternativa está incorreta. Quando o preço é de R$0,70, o excedente de José é igual 
a R$1,60, e ele fornece 4 pimentões. 
B) A alternativa está incorreta. O excedente de Márcia, ao preço de R$0,70, é igual a R$ 
0,60, e ela oferta 3 unidades. 
C) A alternativa está incorreta. O excedente total é obtido a partir da soma dos 
excedentes individuais. Assim, o excedente total do produtor é de R$2,20. 
D) A alternativa está correta. O excedente total é obtido a partir da soma dos excedentes 
individuais. Assim, o excedente total do produtor é de R$2,20. O total de quantidade 
ofertada é dada pela soma das quantidades individuais ofertadas, sendo igual a 7. 
O CONTEÚDO AINDA NÃO ACABOU. 
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VOCÊ CHEGOU AO FINAL DO MÓDULO 
3! 
E, com isso, você: 
Compreendeu a definição de excedente do produtor e do consumidor para aplicá-lo 
como medida de bem-estar. 
Retornar para o início do módulo 3 
MÓDULO 4 
 
Descrever o comportamento de uma firma monopolista 
MONOPÓLIO 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/estrutura_de_mercados_e_formacao_de_precos/index.html#module3-unlock-hide
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/estrutura_de_mercados_e_formacao_de_precos/index.html#modulo3
Monopólios são mercados em que há apenas um produtor ofertando um bem, e, 
portanto, ao contrário de um mercado em concorrência perfeita, não há competição 
alguma. Além disso, o bem ofertado não deve possuir nenhum substituto próximo. 
Para que seja possível existir apenas um produtor em um mercado monopolístico, é 
preciso existir razões para dificultar a entrada de novos produtores. No geral, as 
barreiras de entrada que permitem a existência de um monopólio são a 
regulamentação governamental (patentes, por exemplo); grandes custos iniciais, 
diluídos apenas com uma grande produção (por exemplo, uma usina hidrelétrica); ou 
tecnologia e controle de insumos; ou recursos necessários à produção. 
 
Fonte: Antonio Salaverry/Shutterstock 
No monopólio, o monopolista se move para cima ao longo da curva de demanda: ou 
seja, aumenta o preço e diminui a quantidade produzida. Como só existe um produtor, a 
curva de demanda enfrentada pela firma é exatamente igual à curva de demanda 
agregada. 
Assim, a curva de demanda enfrentada pelo monopolista é negativamente inclinada. A 
figura 23 ilustra isso: 
𝐸𝑐 representa o equilíbrio do mercado competitivo. Em 𝐸𝑐, o preço de equilíbrio é 𝑃𝑐, e 
a quantidade ofertada em equilíbrio é igual a 𝑄𝑐. 
Já no equilíbrio de monopólio, a quantidade ofertada de equilíbrio é 𝑄m, ao preço 𝑃m. 
 
Figura 23 – Monopólio 
ESCOLHA DE PREÇO E DE 
QUANTIDADE 
PROVAVELMENTE, VOCÊ ESTÁ SE 
PERGUNTANDO: “COMO O MONOPOLISTA 
ESCOLHE O PREÇO PARA MAXIMIZAR O 
LUCRO?”. 
Como sabemos, um produtor que deseja maximizar seu lucro tem uma ótima regra: 
produz a quantidade em que o custo marginal se torna igual à receita marginal. A 
regra é válida para qualquer produtor, e a aplicação desta leva a diferentes quantidades 
ofertadas, embora todas maximizem o lucro. 
Isso acontece porque a curva de demanda que um produtor enfrenta em concorrência 
perfeita é diferente da enfrentada em monopólio. Enquanto a curva do produtor 
perfeitamente competitivo é horizontal, a do monopolista é negativamente inclinada. 
Dessa forma, a receita marginal da firma competitiva é o preço de mercado: se ela 
vende uma unidade a mais, sua receita adicional é o preço de mercado daquele bem. 
 
Fonte: NicoElNino/Shutterstock 
Como o monopolista enfrenta uma curva de demanda negativamente inclinada, a 
receita marginal do monopolista se altera conforme as quantidades vendidas: 
quanto mais unidades ele vende, menor é o preço! Isso ocorre exatamente porque a 
demanda de mercado (igual à demanda do monopolista) é negativamente inclinada: 
quanto maior a quantidade, menor o preço. 
A tabela 1 apresenta esta relação para um confeiteiro, que é monopolista no mercado de 
sonhos: 
Preço do sonho (em 
R$) 
Unidades 
Receita 
total 
Receita 
Marginal 
10 0 10 
9,5 1 19 9 
8,5 2 25,5 7 
8 3 32 7 
7,5 4 37,5 6 
6,5 5 39 2 
6 6 42 3 
5,5 7 44 2 
5 8 45 1 
4,5 9 45 0 
4 10 44 -1 
3,5 11 42 -2 
3 12 39 -3 
2,5 13 35 -4 
2 14 30 -5 
1,5 15 24 -6 
1 16 17 -7 
0,5 17 9 -8 
0 18 0 -9 
TABELA 1 ‒ PREÇO, RECEITA TOTAL E RECEITA 
MARGINAL DO MONOPOLISTA 
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal 
Podemos observar que a receita marginal do sonho é menor do que o preço pelo qual ele 
é vendido. Isso acontece porque o aumento da oferta do monopolista tem dois efeitos 
sobre a receita, o efeito quantidade, em que uma unidade a mais vendida aumenta a 
receita total, e o efeito preço, em que, para vender uma unidade a mais, o monopolista 
deve reduzir o preço de mercado de todas as demais unidades, o que reduz a receita. 
Assim, a curva de receita marginal do monopolista está sempre abaixo da curva de 
demanda, devido ao efeito preço. 
Para maximizar seu lucro, o monopolista irá, assim como um produtor em competição 
perfeita, olhar o ponto em que custo marginal é igual à receita marginal, como ilustrado 
na figura 24. 
 
Figura 24 ‒ Lucro de monopólio 
Para encontrar o preço ótimo de monopólio, contudo, é preciso subir verticalmente no 
ponto A até encontramos a curva de demanda, no ponto B. Assim, a regra da quantidade 
ótima é válida para determinar a quantidade escolhida pelo monopolista. O que muda é 
que, encontrada essa quantidade, devemos usar a curva de demanda para encontrar o 
preço. O polígono azul mostra o lucro de monopólio. 
MONOPÓLIO, CONCORRÊNCIA 
PERFEITA E BEM-ESTAR 
Voltemos à figura 24. O equilíbrio competitivo é o ponto C. Como o mercado é um 
monopólio, ou seja, há apenas um confeiteiro ofertando o bem, seu equilíbrio ocorre no 
ponto B, a uma quantidade menor e a um preço maior. 
ASSIM, A PRIMEIRA COMPARAÇÃO SIMPLES 
ENTRE MONOPÓLIO E CONCORRÊNCIA 
PERFEITA NOS PERMITE CONSTATAR QUE O 
MONOPOLISTA PRODUZ UMA MENOR 
QUANTIDADE, EM QUE 𝑄𝑚 < 𝑄𝑐, COBRA UM 
PREÇO MAIS ALTO, SENDO 𝑃𝑚 > 𝑃𝑐 = 𝐶𝑀𝑔, E 
TEM LUCRO ECONÔMICO POSITIVO DE 
LONGO PRAZO – OU SEJA, HÁ 
REMUNERAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE 
FATORES DE PRODUÇÃO.Em competição perfeita, isso não ocorre: se uma firma tem lucro econômico positivo, 
outras podem entrar no mercado cobrando um pouco menos. As barreiras à entrada em 
um mercado monopolista, porém, permitem que essa situação seja sustentável. 
COMENTÁRIO 
Observe que um monopolista não possui uma curva de oferta, uma vez que a curva de 
oferta mostra a quantidade que os produtores estão dispostos a ofertar a qualquer preço 
de mercado dado. Como o monopolista não toma o preço como dado, ele escolherá a 
quantidade que maximiza o lucro levando em conta sua própria capacidade de 
influenciar o preço. 
Como já sabemos algo sobre bem-estar, você deve estar se perguntando qual é o 
impacto do monopólio sobre o excedente do produtor, do consumidor, e total. 
A figura 25 apresenta dois painéis com o excedente do consumidor, tanto para o 
mercado competitivo quanto para o monopólio: 
 
Figura 25 ‒ Bem-estar 
PAINEL A 
Mostra o que acontece em um mercado no qual há concorrência perfeita. O produto de 
equilíbrio é Qc, e o preço Pc é igual ao custo marginal do bem. Cada firma tem receita 
igual ao custo, de forma que não há excedente do produtor. O excedente do consumidor 
é igual à área do triângulo azul, que também é igual ao excedente total. 
PAINEL B 
No painel B, o monopolista produz Qm e cobra Pm. O monopolista tem um lucro igual à 
área do polígono azul claro, que é igual ao excedente do produtor. Podemos notar que 
este lucro foi capturado dos consumidores, uma vez que o excedente do consumidor 
passa a ser igual à área do triângulo azul escuro. Assim, comparando o excedente total 
do painel A com o do painel B, vemos que há uma redução do excedente e, portanto, do 
bem-estar. A área do triângulo laranja é igual à perda de excedente, e é conhecida como 
peso morto, que nada mais é do que a perda líquida para a sociedade. 
Consumidores e produtores têm sempre um conflito de interesses. Contudo, no caso do 
monopólio, as perdas dos consumidores são maiores que os benefícios do monopolista. 
O monopólio é, portanto, uma fonte de ineficiência, no sentido de Pareto: é possível 
melhorar a situação de todos sem piorar a de ninguém – por exemplo, se a firma 
monopolista produzir uma unidade a mais e vendê-la a um preço maior que seu custo de 
produção, mas menor que o preço de reserva do consumidor, haverá ganho de troca. O 
monopolista, porém, não tem incentivo a fazer isso porque seria obrigado a reduzir 
o preço de todas as demais unidades vendidas, o que diminuiria seu lucro. Essa é a 
razão pela qual, com frequência, governos buscam impedir o surgimento de 
monopólios. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
ATENÇÃO! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a 
uma das seguintes questões: 
1. CONSIDERE AS ALTERNATIVAS ABAIXO SOBRE 
MONOPÓLIO E ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
 
O monopólio é um mercado em que há apenas um consumidor e diversos produtores. 
 
No monopólio, a quantidade produzida é menor do que em um mercado em que há 
concorrência perfeita, e o preço é maior. 
 
O monopolista não usa a regra de produção ótima em que a receita marginal é igual ao 
custo marginal, e por isso, há uma diferença entre a quantidade produzida de monopólio 
e de concorrência perfeita. 
 
A curva de receita marginal do monopolista encontra-se acima da curva de demanda. 
Tentar novamenteResponder 
Comentário 
GABARITO 
1. Considere as alternativas abaixo sobre monopólio e assinale a alternativa correta: 
A alternativa "B " está correta. 
 
A) A alternativa está incorreta. O monopólio é um mercado em que existe apenas um 
único produtor e diversos consumidores. 
B) A alternativa está correta. No monopólio, a quantidade produzida é determinada pela 
regra CMg = Rmg. Como a curva de receita marginal está sempre abaixo da curva de 
demanda, a quantidade em que a receita marginal é igual ao custo marginal é menor do 
que em concorrência perfeita. 
C) A alternativa está incorreta. No monopólio, a quantidade produzida é determinada 
pela regra CMg = Rmg. A diferença da quantidade produzida é decorrente da curva de 
demanda enfrentada pelo monopolista. 
D) A alternativa está incorreta. A curva de receita marginal do monopolista encontra-se 
sempre abaixo da curva de demanda. 
O CONTEÚDO AINDA NÃO ACABOU. 
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VOCÊ CHEGOU AO FINAL DO MÓDULO 
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E, com isso, você: 
Compreendeu as particularidades do comportamento de uma firma monopolista. 
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http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/estrutura_de_mercados_e_formacao_de_precos/index.html#modulo4
CONCLUSÃO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao longo deste tema, desenvolvemos uma série de ferramentas teóricas para entender o 
funcionamento dos mercados. Construímos as curvas de oferta e de demanda, 
estudamos a formação de preços e a definição de quantidades transacionadas, e 
consideramos diferentes estruturas de mercado – como competição perfeita e 
monopólio. Apresentamos ainda critérios para avaliar se uma alocação de recursos é 
“boa” em um sentido específico: eficiência de Pareto. 
Esses instrumentos estarão presentes em qualquer análise econômica, de estudos 
abstratos à prática cotidiana. Observe como esses conceitos podem ser usados em 
debate sobre o possível investimento em uma nova máquina ou sobre a definição de 
como distribuir tarefas entre os funcionários, ou sobre uma política pública. 
 
CONQUISTAS 
VOCÊ ATINGIU OS SEGUINTES OBJETIVOS: 
Compreendeu a definição de demanda e oferta agregadas. 
Compreendeu o processo de formação de preços e quantidades de equilíbrio em um 
mercado competitivo. 
Compreendeu a definição de excedente do produtor e do consumidor para aplicá-lo 
como medida de bem-estar. 
Compreendeu as particularidades do comportamento de uma firma monopolista. 
REFERÊNCIAS 
KRUGMAN, P.; WELLS, R. Introdução à Economia. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2011 
VARIAN, H. R. Microeconomia: uma abordagem moderna. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2012 
 
EXPLORE+ 
Para uma compreensão mais aprofundada dos tópicos desenvolvidos, sugerimos a 
leitura da obra a seguir: 
• ZINGALES, L; RAJAN, R. Salvando o capitalismo dos capitalistas. 1ª ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
 
CONTEUDISTA 
Maria Eduarda Barroso Perpétuo 
Currículo Lattes

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