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Apostila de Anatomia geral

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ANATOMIA HUMANA
1. Conceito:
	Anatomia, derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte), é a ciência que estuda macro e microscopicamente, os princípios arquitetônicos da construção de um organismo vivo e o estudo das suas mudanças ao longo da estrutura, passando pelo desenvolvimento até o envelhecimento.
	Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a Anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento.
2. Histórico:
Anatomia é uma das ciências médicas mais antigas do mundo. Hipócrates (460-377 aC.) foi fundador da ciência da anatomia, o pai da medicina no século IV aC.
Aristóteles (384-322 aC.), primeiro a usar o termo “anatome”. Inicialmente seu estudo baseava-se na observação a olho nu e pela manipulação dos corpos, a qual se expandiu até as tecnologias atuais que permitem estudos mais avançados. 
Especificamente, Anatomia é a ciência que estuda, macroscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. A Anatomia microscópica é aquela relacionada com o uso de instrumentais para ampliação das estruturas, dividida em Citologia, Histologia, etc. A Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta como a Embriologia, por exemplo.
3. Normal e Variação anatômica:
Normal para um anatomista, é o que denominamos de “comum” , encontrado na maioria dos casos. Caso existam diferenças que não acarretem perdas ou danos funcionais chamamos de variação anatômica. Quando esta diferença conta com um prejuízo funcional chamamos de anomalia. Se a anomalia seja incompatível com a vida, é uma monstruosidade.
	Outro fator de variação que encontramos nas espécies é o fator idade, que determina a duração da vida. Cada indivíduo recebe anatomicamente um nome especial, a saber, em duas fases distintas:
Fase intra-uterina: 
Ovo ou zigoto – quinze primeiros dias de geração; 
embrião – até o final do 2o mês de geração; 
feto – até o 9o mês de geração;
Fase extra-uterina:
4) recém-nato – até o 1o mês após o nascimento;
infante – até o fim do 2o ano;
menino(a) – até o fim do 10o ano;
pré-pubere – até a puberdade;
púbere – dos 12 aos 14 anos (que é variável conforme a maturação sexual);
jovem – 21 anos no sexo feminino e 25 no sexo masculino;
 adulto – até a menopausa; 
 velho – além dos 60 anos; 
4. Nomenclatura Anatômica:
		São os termos que definem a linguagem tratada em Anatomia. São usados para descrever ou caracterizar partes na tentativa de uniformizar os termos anatômicos que designam determinada região ou parte. A língua oficial da Anatomia é o latim, porém cada país pode traduzi-la para seu próprio idioma. Estes termos procuram trazer informações sobre a referida estrutura.
5. Divisão do Corpo Humano:
 Cabeça ( Crânio e Face)
 Pescoço
 Tronco ( Tórax, Abdome e Dorso)
Corpo Humano Raiz Ombro 
 Superiores (torácicos) 
 Parte Livre (Braço, antebraço, mão)
 Membros 
 Raiz Quadril ou Pelve
 Inferiores (pélvicos)
 Parte Livre (coxa, perna e pé)
6. Posição ou Norma Anatômica:
	Para se facilitar os estudos do corpo humano, profissionais da saúde usam uma linguagem comum admitida mundialmente. Usam-se termos precisamente definidos, que permitem nos comunicarmos através de um vocabulário próprio. Para isso foi desenvolvida uma norma anatômica do corpo humano que consiste em: Postura bípede, posição ortostática (ereto), face para frente, olhar dirigido ao horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para cima, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés ligeiramente voltados para frente e levemente afastados. Isto torna mais fácil a compreensão das regiões corporais.
7. Planos e eixos corporais: 
	Quando se estuda determinada parte do corpo, você a vê em corte (ou secção), significando que se está olhando para uma superfície plana tridimensional. Isso é importante, pois torna melhor o entendimento de partes do corpo entre si. Para tanto se usa como partida o princípio de um ângulo de 90°. 
► Plano Sagital: divide o corpo em direito e esquerdo. Pode ser chamado de plano médio-sagital. Em posições usam-se os termos lateral ou medial. Seu eixo é transversal.
► Plano Frontal ou Coronal: divide o corpo em anterior (frente) e posterior (costas). Em posições usam-se os termos ventral ou dorsal. Seu eixo é antero-posterior.
► Plano Horizontal (transverso): divide o corpo em superior (acima) e inferior (abaixo). Proximal ou distal. Eixo longitudinal.
SISTEMA ESQUELÉTICO – OSTEOLOGIA
1. Definição: Estudo das formações relacionadas com os ossos. São órgãos rígidos, esbranquiçados, que por meio de articulações, se interligam formando o arcabouço do corpo (esqueleto), para o desempenho de várias funções. Formados por células especializadas como osteoblastos (produtora de ossos), osteócitos (células ósseas maduras) que criam uma matriz óssea. Variam num total entre 205 e 208 ossos, conforme a idade. (os ossículos da orelha são considerados extra-numéricos).
1.1 Funções
►Servem de suporte para os órgãos e demais estruturas moles;
►Proteção contra lesões dos órgãos internos, como a caixa torácica e a craniana;
►Movimento: desempenham papel de alavanca pela ação dos músculos;
►Aderência: fornecem um ponto de fixação para a maioria dos músculos esqueléticos;
►Homeostasia mineral; íons Ca, P, K, que fortalecem o osso e são fornecidos ao organismo para manter o balanço mineral;
►Hemopoiese: produção de células sangüíneas;
1.2 Divisões
INTERNA - Porção Orgânica: é interna, apresenta colágeno e substância fundamental (mucoproteínas e mucopolissacarídeos). As fibras colágenas contribuem para a resistência e a elasticidade do osso. Está relacionado com a parte esponjosa do osso, geralmente nas extremidades ósseas, conferindo-lhe aspecto poroso, semelhante a uma esponja. É leve, reduzindo o peso total do osso, de modo que este se mova mais facilmente à tração de um músculo esquelético.
EXTERNA - Porção Mineral: é externa, apresenta fosfato de cálcio e carbonato de cálcio. Confere rigidez e dureza aos ossos. Está relacionado com a parte compacta do osso, a qual está presente na porção externa de todo seu corpo, reforçada na região central deste por ósteons ou (sistema de Havers). Possui canais perfurantes em sua estrutura chamados (canais de Volkmann), para vasos e nervos se conectarem com a cavidade medular. 
2. Esqueleto Humano
	A maioria dos 206 ossos apresenta-se aos pares, divididos em 80 axiais e 125 apendiculares. Estes grupos unem-se para formar o esqueleto inteiro.
2.1 Esqueleto Axial: todos os ossos do crânio, face, costelas, esterno, e toda a coluna vertebral. Constituem o eixo longitudinal do corpo. Função: proteção de órgãos internos, manutenção da postura ereta e suporte para outros ossos. 
2.2 Esqueleto Apendicular: ossos que se ligam ao esqueleto axial dando movimento ao corpo, proporcionando maior grau de liberdade e amplitude dos movimentos. São divididos em cinturas que conectam os membros ao esqueleto axial. São eles: 
Cintura Escapular: Clavículase escápulas formam a raiz dos membros superiores;
Membro Superior: braço, antebraço e mão, estes se articulam com a cintura escapular;
Cintura Pélvica: Formada por 3 ossos fundidos, (ílio,isquio e púbis) chamado de Ilíaco ou osso do quadril;
Membro Inferior: coxa, perna e pé, estes se articulam com a cintura pélvica.
3. Estrutura e Divisão Óssea
	As partes de um osso podem ser analisadas considerando-se a estrutura de um osso longo, cujo comprimento é maior que a largura.
Epífises: São as extremidades distais e proximais de um osso.
Diáfise: É o corpo do osso propriamente dito. Situa-se entre as epífises. 
Metáfises: São as regiões de junção entre epífises e diáfises. Regiões onde se encontra o disco epifisário (ponto em que a cartilagem é substituída por osso, permitindo que o osso cresça em comprimento), encontrada principalmente nas crianças e adolescentes.
Endósteo: É uma delgada membrana constituída por células osteogênicas (formadoras de osso), que precedem os osteoblastos (que iniciam a calcificação) revestindo toda a cavidade medular do osso.
Periósteo: É uma bainha de tecido conjuntivo que reveste a superfície externa de um osso, principalmente nas diáfises, que permite o osso crescer em espessura e diâmetro.
4. Medula Óssea
Medula Óssea Vermelha: é responsável pela produção de células sanguíneas (glóbulos vermelhos, brancos, leucócitos e plaquetas, etc.) Essa capacidade de produção de células do sangue denomina-se Hemopoiese. Nos recém-nascidos está presente na maioria dos ossos, no adulto restringem-se à epífise dos ossos longos, costelas, vértebras, esterno e do ílio. Artérias especializadas penetram nos ossos, por furos chamados forames nutrícios que contem artérias nutrícias. Espalham-se pelas epífises, diáfises e metáfises.
Medula Óssea Amarela ou Flava: representa a medula óssea vermelha que se tornou inativa e, com o desenvolvimento ocorreu o depósito de gordura (minerais, triglicérides, adipócitos e poucas células sanguíneas), sendo rica em lipídeos (tutano). É praticamente inativa na produção de células sanguíneas. Presente em alguns ossos longos como rádio, ulna, fíbula, fêmur.
5. Classificação de Ossos:
Quase todos os ossos podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com sua forma:
OSSOS LONGOS: seu comprimento predomina em relação à sua largura. Os ossos longos são normalmente os mais resistentes. São um pouco encurvados o que lhes garante melhor absorção do peso e estresse mecânico.
Ossos longos dos MMSS:
Clavícula, úmero, ulna, rádio e alguns ossos da mão;
Ossos longos dos MMII:
Fêmur, tíbia, fíbula e alguns ossos do pé;
OSSOS CURTOS: as dimensões se equivalem. São parecidos com cubos. Alguns exemplos são os ossos do carpo (exceto pisiforme) e do tarso, etc.
OSSOS PLANOS: são finos, largos, onde o comprimento e a largura predominam sobre a espessura. Fornecem grandes áreas de fixação para músculos. Exemplo: escápula, ileo, etc.
OSSOS SESAMÓIDES: (pequenos grãos): Geralmente se formam pelo estresse físico corporal e pela fricção de tendões. Variam entre as pessoas. Normalmente melhoram os movimentos das articulações. Exemplo são as patelas presentes em praticamente todas as pessoas.
OSSOS IRREGULARES: Possuem formas variadas que não se enquadram nas citadas acima. Exemplos são alguns ossos da face e da coluna vertebral. 
Alem desses grupos definidos, há outros intermediários, são assim distribuídos:
As costelas são ossos longos, porem achatados, e não apresentam canal medular pertencem ao grupo dos ossos alongados. 
Alguns ossos apresentam cavidades internas que possuem pouco peso em relação ao seu volume; esses ossos são os ossos pneumáticos como a maxila, esfenóide.
OBS: Alguns ossos podem apresentar mais de uma classificação.
6. Principais Ossos Humanos: NOMES
Os ossos apresentam inúmeras formações que os diferem entre si, nada mais sendo que o detalhe de cada osso chamado de acidente anatômico ósseo que serve como ponto de referência do osso. Ossos extranuméricos: não entram na contagem, por serem considerados extremamente pequenos: martelo, estribo e bigorna. (ouvido interno)
Crânio: (8 ossos) Os ímpares: Frontal, Occiptal, Esfenóide e Etmóide. 
Os pares: Temporais (lateral do crânio), Parietais (porção superior do crânio) onde estes ossos são unidos em sua maioria por suturas. Ex. Coronal, sagital, lambdóide e ptério. Nas crianças é a chamada comumente de “moleiras”, ou como chamamos Fontanelas.
Face: (14 ossos) Os ímpares: Mandíbula / Maxilar inferior e Vômer. 
Os pares: Conchas Nasais, Nasais, Lacrimais, Zigomáticos, Maxilares, Palatinos.
Pescoço: (1 osso): Hióide (único osso que não se articula com nenhum outro osso do esqueleto). Obs: A coluna vertebral tem estudo à parte.
Tórax: (25 ossos): Esterno e Costelas (12 pares):7 verdadeiros, 3 falsos e 2 flutuantes.
Coluna Vertebral: (32 ossos chamados Vértebras). Sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 3 coccígicos, sendo as últimas duas regiões vértebras fundidas. As duas primeiras vértebras cervicais são chamadas de Atlas e Axis, respectivamente. 
Cintura Escapular: (2 ossos): Clavícula e a Escápula.
Membros Superiores: (30 ossos) Úmero, Ulna, Rádio e os ossos do CARPO (escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme - 1ª fileira) e (trapézio, trapezóide, capitato e hamato - 2ª fileira). Apresenta os ossos Metacarpos I, II, III, IV, V, e nos dedos as Falanges proximal, medial e distal.
Cintura Pélvica: (1 osso) sendo o Ilíaco dividido em 3: (Ílio, Ísquio e Púbis).
Porção livre dos MM.II: (30 ossos) Fêmur, Patela, Tíbia, Fíbula, e os ossos do TARSO (tálus, calcâneo, navicular, cubóide, e 3 cuneiformes: lateral, medial e intermedial. Os ossos Metatársicos I, II, III, IV, V e nos dedos do pé as Falanges proximal, média e distal (falange distal chama-se hálux no 1° dedo do pé).
Professor Elton Jorge Vilela Matos – CREF 010948-G/PR
7. EXEMPLOS DE IMAGENS DE OSSOS
ROTEIRO PRÁTICO 1 – ANATOMIA I – ODONTOLOGIA
OSTEOLOGIA – Prof. Elton Jorge V. Matos
01 – Frontal: arco superciliar, glabela
02 – Occiptal: fossa cerebral, fossa cerebelar, côndilo occiptal, protuberância occipital externa, forame magno
03 – Esfenóide: sela túrcica, processo clinóide, processo pterigóide.
04 – Etmóide: crista galli
05 – Parietal (2): sutura sagital, sutura escamosa, sulcos de vasos meníngeos
06 – Temporal (2): processo estilóide, processo mastóide, fossa mandibular, processo zigomático, meato acústico externo
07 – Maxilar superior (2): forame infraorbital, face orbital
08 – Zigomático (2): arco zigomático, face orbital
09 – Palatino (2): lâmina horizontal,
10 – Lacrimal (2): forame naso lacrimal
11 – Concha Nasal (2): corpo
12 – Nasal (2): forame nasal
13 – Vômer: asa do vômer
14 – Maxilar Inferior: processo condilar, processo coronóide, incisura mandibular, ramo, ângulo, forame mental, protuberância mental, corpo
15 – Hióide:
Coluna Vertebral:
16 – Atlas: forame medular
17 – Axis: processo odontóide
18 – Vértebra Cervical: corpo, forame transverso, proc. espinhoso, proc. articular
19 – Vértebra Torácica: corpo, proc. transverso, proc. espinhoso, proc. articular
20 – Vértebra Lombar: corpo, proc. transverso, proc. espinhoso, proc. articular 
21 – Sacro: base, ápice, crista sacral, hiato sacral, forame sacral
22 – Cóccix: 
ROTEIRO PRÁTICO 2 – ANATOMIA I – ODONTOLOGIA
OSTEOLOGIA – Prof. Elton Jorge V. Matos
Esqueleto do Tórax:
23 – Esterno: manúbrio, corpo, processo xifóide
24 – Costelas: corpo e tubérculo
Ossos da Cintura Escapular e Membros Superiores (MMSS):
25 – Clavícula: tubérculo conóide;
26 – Escápula: processo coracóide, acrômio, cavidade glenóide, 
27 – Úmero: cabeça, tróclea, capítulo 
28 – Rádio: cabeça, tuberosidade
29 – Ulna: olécrano
30 – Carpo: 1a fileira: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme.2a fileira: trapézio, trapezóide, capitato e hamato. 
31 – Metacárpicos: I, II, III, IV e V. 
32 – Falange: proximal, média e distal. No 1odedo apenas falange proximal e distal
Ossos da Cintura Pélvica e Membros Inferiores (MMII):
33 – Ilíaco: Ílio: crista ilíaca. Isquio: espinha isquiática, fossa do acetábulo, corpo. Púbis: corpo, face sinfisial
34 – Fêmur: cabeça, colo, trocânter maior e menor, côndilo medial e lateral
35 – Patela: base, ápice
36 – Tíbia: tuberosidade e maléolo medial. 
37 – Fíbula: cabeça, maléolo lateral
38 – Tarso: tálus, calcâneo, navicular, cubóide, cuneiforme medial, intermédio, lateral
39 – Metatársicos: I, II, III, IV e V.
40– Falanges: proximal, média e distal. No 1o dedo a falange distal é o Hálux.
Professor Elton Jorge Vilela Matos – CREF 010948-G/PR
SISTEMA ARTICULAR - ARTROLOGIA
Ossos são estruturas rígidas e inflexíveis. Portanto, tecidos conjuntivos flexíveis formam articulações que unem os ossos, possuem características anatômicas próprias e, funcionalmente são classificadas de acordo com o movimento que realizam (na maioria delas). Sindesmologia ou Juntura também significam esta área da Anatomia que estuda as articulações. Articulações é o conjunto de tecidos que formam estruturas diversas, diretamente ligadas na união entre ossos, ossos e cartilagem, ossos e dentes.
Para entendermos melhor, é importante observarmos o que constitui uma articulação, ou seja, do que ela é basicamente formada. Para isso veremos seus elementos que a formam:
1. Elementos de uma Articulação:
1 ► Superfície óssea articular (Ossos): São as superfícies dos ossos que entram em contato entre si e formam a articulação. Este primeiro elemento é essencial, visto que só haverá articulação na presença de ossos. Portanto é encontrada em todas as articulações.
2 ► Cartilagem Articular: São as cartilagens que revestem as epífises dos ossos que entram em contato uns com os outros, em articulações móveis. Esta é uma cartilagem do tipo hialina, um gel transparente e elástico que reduz o atrito das articulações e melhora o encaixe entre elas.
3 ► Cápsula articular: é a principal união de uma articulação do tipo móvel. Constituída de tecido conjuntivo fibroso, denso e irregular, formando o envoltório geral das articulações. A flexibilidade da cápsula articular permite movimento considerável da articulação, enquanto sua força de tensão (resistência) ajuda a prevenir deslocamentos. 
4 ► Líquido Sinovial: uma membrana chamada sinovial (ovo), que forma fina camada sobre as partes internas da cápsula articular. Viscoso, amarelado, tem aspecto à clara de ovo crua. Entre suas funções está a de lubrificar e nutrir as articulações, retirando os metabólicos da mesma. Contem células fagocitárias que removem microorganismos e resíduos resultantes do uso e desgaste das articulações.
5 ► Ligamentos: São formados por tecido fibroso e fibrocartilaginoso. São estruturas resistentes e inelásticas. A força dos ligamentos é um dos principais fatores mecânicos que mantêm os ossos próximos uns aos outros. Em relação à cápsula articular são considerados ligamentos acessórios, visto que a cápsula possui a função de resistência principal. Função: limitar os movimentos, impedindo que as extremidades ósseas se afastem. A torção forçada da articulação é conhecida por entorse, que estira ou rompe seus ligamentos, mas não desloca os ossos. Elas danificam vasos sanguíneos, nervos, tendões que podem até a chegar a impedir o uso das articulações. Os ligamentos estão divididos em duas classes:
Ligamentos extra-capsulares: Chamados ligamentos de reforço (fora da cápsula articular).
Ex: ligamento colateral tibial (do joelho).
Ligamentos intra-capsulares: situados dentro da cápsula articular; Ex: cruzado do joelho.
6 ► Meniscos: Em algumas articulações, há discos de fibrocartilagem, que se situam entre os extremos ósseos presos à cápsula fibrosa. Modificam a superfície dos ossos permitindo que ossos de diferentes formas encaixem-se com maior perfeição. Tem a função de aumentar a superfície de um dos extremos ósseos, e ajudam a condicionar o fluxo de líquido sinovial para as áreas de maior atrito.
7 ► Lábios: Cartilagens existentes apenas nas articulações móveis do ombro e quadril, sendo encontrados ao lado da cavidade dos ossos para aumentar a área articular.
8 ► Bursas: não constitui um elemento da estrutura articular, mas estes sacos ficam estrategicamente situados para aliviar o impacto em articulações como ombro e joelhos. Estão entre a pele e o osso e secretam um líquido semelhante ao sinovial.
2. Classificação das Articulações:
	As articulações são descritas conforme o tipo de seu tecido, características anatômicas e, funcionalmente, de acordo com o movimento que executam em:
ARTICULAÇÕES FIBROSAS
ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
2.1 Articulações FIBROSAS (Sinartroses):
Compostas principalmente de tecido conjuntivo fibroso, rico em fibras colágenas. É o tipo de articulação onde os ossos são mantidos unidos diretamente pelo periósteo; permite a união entre os ossos, mas não os movimentos entre si. Não há líquido sinovial.
São subdivididas em:
A - Suturas: composta por uma fina camada de tecido fibroso que une os ossos do crânio. Na infância alguns ossos do crânio estão afastados e a sua fusão completa acontecerá pela linha da sutura chamada sinosteose. Dividida em quatro tipos:
1.1: Serrátil: entre os ossos da calota craniana; forma como dentes de um serrote. 
1.2: Escamosa – escama do temporal com o parietal; paredes finas de formato próprio. 
1.3: Plana – ossos nasais; quase não se percebe a junção dos ossos. 
1.4: Esquindilese – osso vômer e esfenóide; um esmagamento da superfície de um osso contra o outro.
B – Sindesmoses: constituída por muito tecido conjuntivo fibroso, com maior distância entre os ossos que a formam. O tecido parece estar disposto como uma lâmina, sendo encontrada nas extremidades e no corpo de ossos afastados. Por esse motivo as fibras são mais longas. Ex: articulação tíbio-fibular.
Obs.: 	As sindesmoses permitem certa elasticidade, mas não têm movimento próprio.
C – Gonfose: articulação fibrosa no qual uma estrutura cônica encaixa-se perfeitamente em uma depressão óssea. Os únicos exemplos são o encaixe dos dentes e os alvéolos dos maxilas e mandíbula. O ligamento que os fixa se chama periodontal.
D – Sincondrose: Ossos unidos por tecido cartilaginoso hialínico que se ossifica com a idade adulta. Por isso funcionalmente é classificada como sinartrose. Ex. Esfenóide com o Occipital e a 1ª costela com o manúbrio esternal que se ossifica na idade adulta.
2.2 Articulações CARTILAGINOSAS (anfiartroses):
São constituídos de tecido fibrocartilaginoso, os ossos são unidos por cartilagem e, portanto, permitem pouco ou nenhum movimento.
São subdivididas em dois tipos:
A – Sínfises: as superfícies dos ossos unidos por sínfises estão recobertas por uma fina camada de cartilagem hialina e a ligação entre os ossos é feita em plano exclusivo.
Ex. Sínfise púbica. (une os púbis anteriormente)
B – Anfiartroses típicas: fibrocartilagem também em forma de disco. O que as diferencia das sínfises é exatamente a repetição dos discos de forma similar. Ex. articulações intervertebrais.
2.3 Articulações SINOVIAIS (Diartroses):
São caracterizadas como sinoviais pelos movimentos que elas apresentam, amplos. Estas articulações apresentam espaços em sua cavidade articular. Possuem constante lubrificação feita pelo líquido sinovial. Como as formas das superfícies articulares dos ossos variam, elas podem ser subdivididas em seis gêneros: 
A – Esferóide:
B – Condilar:
C – Gínglimo; Pivô; Selar; Plana: 
3. Suprimento Sanguíneo das articulações:
	As artérias próximas às articulações enviam vários ramos que penetram na cápsula articular e nos ligamentos para oxigená-los e nutri-los. As veias removem o CO2 e metabólitosdas articulações. Os ramos artérias de várias artérias diferentes normalmente se unem em torno da articulação, antes de penetrar na cápsula articular. As partes internas das articulações são nutridas pelo líquido sinovial enquanto que o restante dos tecidos articulares recebe suprimento pelos capilares sanguíneos. 
	Uma cartilagem rompida pode se deteriorar dentro da articulação e precipitar uma artrite, por exemplo, a menos que seja retirada cirurgicamente (meniscectomia). O reparo articular pode ser feito através da artroscopia (instrumento óptico que viabiliza o interior articular que pode determinar a natureza da lesão, também para ajudar a remover cartilagem rompida, reparar ligamentos e monitorar a progressão da terapia de recuperação).
4. Principais Articulações SINOVIAIS:
Cabeça e Membros Superiores
1) Articulação Temporomandibular: ATM
Sinovial condilar: apresenta 3 ligamentos: lateral, esfenomandibular e estilomandibular. Possui um disco articular na forma de um menisco.
2) Articulação Escapulo-umeral: 
Sinovial esferóide. Envolve os ossos do ombro. Apresenta os ligamentos: glenoumeral, coracoumeral, coracoacromial e coracoclavicular. Apresenta o lábio glenoidal.
3) Articulações do Cotovelo:
Úmero-ulnar: sinovial gínglimo. Apresenta um ligamento: colateral ulnar.
Úmero-radial: sinovial condilar. Apresenta um ligamento: colateral radial.
Rádio-ulnar proximal: sinovial em pivô. Apresenta um ligamento: anular
Pelve e Membros Inferiores
4) Articulação Coxo-femural:
Sinovial esferóide: Apresenta 3 ligamentos extracapsulares: pubofemoral, isquiofemoral e íliofemoral, e 3 ligamentos intracapsulares: ligamento da cabeça do fêmur e transverso do acetábulo. Apresenta o lábio acetabular.
5) Articulação do Joelho:
Sinovial condilar, gínglimo e plana. Apresenta três ligamentos extracapsulares: colateral fibular, colateral tibial, e patelar. E três ligamentos intracapsulares: transverso do joelho cruzado anterior, cruzado posterior. Possui dois meniscos: lateral e medial.
6) Articulação do Tornozelo:
Talocrural: sinovial gínglimo. Apresenta os ligamentos: deltóide, talofibular anterior e talofibular posterior como destaques. 
Professor Elton Jorge Vilela Matos – CREF 010948-G/PR
SISTEMA MUSCULAR – MIOLOGIA
	Embora os ossos forneçam a alavanca, eles não podem por si só moverem as partes moles do corpo humano. Os músculos são órgãos especializados em contrair/relaxar e realizar movimentos, em resposta a um estímulo nervoso. Suas células possuem um aspecto alongado e são chamadas fibras musculares. Chegam a aproximadamente 40 a 45% do peso corporal total. Os músculos possuem um tecido conjuntivo resistente e esbranquiçado chamado tendão que fixa os músculos aos ossos e uma parte “carnosa” chamada de ventre muscular constituída por fibras musculares. Apresentam artérias, veias, nervos, etc. O tecido muscular exerce cinco funções chave: 
1) Produção de movimentos corporais; 2) estabilização do corpo; 3) regulação do volume dos órgãos; 4) produção de calor; 5) movimentação de substâncias no corpo
Existem três tipos de tecido muscular:
Tecido Muscular Estriado Esquelético:
Assim chamado porque sua função é a de mover os ossos do esqueleto. Apresenta (na observação microscópica), faixas alternadas transversais claras e escuras (estriações). Três camadas de tecido conjuntivo circundam o músculo. A amsi externa é o epimísio. O perimísio circunda feixes de fibras separando-as em feixes chamados fascículos. No interior dos fascículos, individualizando cada fibra muscular, fica o endomísio. A célula muscular estriada possui inúmeros núcleos que fornecem contração rápida, e seus neurônios a tornam voluntária.
Tecido Muscular Estriado Cardíaco:
Tecido formador do coração. Possuem a mesma disposição das proteínas de actina e miosina, as mesmmas faixas, zonas e discos Z das fibras esqueléticas. Contudo, ao microscópio, apresenta estriação transversal (desmossomas), o que faz com este tecido permaneça contraído por tempo 10 – 15 vezes maior que o esquelético. O tecido esquelético só se contrai pela liberação da acetilcolina (por um potencial de ação) ao contrário do tecido cardíaco que se contrai por suas fibras auto-rítmicas, em média 75 vezes por minuto. Suas células são uninucleadas e têm contração involuntária. Músculo de ação forte e ritmada. Controlado pelo SNA.
Tecido Muscular Liso:
	Presente em diversos órgãos internos (tubo digestivo, bexiga, útero, etc) e também na parede dos vasos sanguíneos. As células musculares lisas são uninucleadas e os filamentos de actina e miosina se dispõem em hélice em seu interior, sem formar padrão estriado como o tecido muscular esquelético.
A contração dos músculos lisos é involuntária e de ação vagarosa por não apresentar padrão estriado, ao contrário da contração dos músculos esqueléticos.
Contração Muscular:
As fibras musculares esqueléticas têm o citoplasma repleto de filamentos longitudinais muito finos, (miofibrilas) constituídas por microfilamentos das proteínas actina e miosina. A disposição regular dessas proteínas ao longo da fibra produz o padrão de faixas claras e escuras alternadas, típicas do músculo estriado. 
A contração muscular se dá pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina. Essa idéia é conhecida como teoria do deslizamento dos filamentos.
Nas pontas dos filamentos de miosina existem pequenas projeções, capazes de formar ligações com certos sítios dos filamentos de actina quando o músculo é estimulado. As projeções da miosina puxam os filamentos de actina como dentes de uma engrenagem, forçando-os a deslizar sobre os filamentos de miosina, o que leva ao encurtamento das miofibrilas e à conseqüente contração da fibra muscular.
Disposição das fibras estriadas ►
	O estímulo para a contração é geralmente um impulso nervoso que se propaga pela membrana das fibras musculares, atingindo o retículo sarcoplasmático (um conjunto de bolsas membranosas citoplasmáticas onde há cálcio armazenado), que libera íons de cálcio no citoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os sítios de ligação de actina, permitindo que se ligue a miosina, iniciando a contração muscular. Assim que cessa o estímulo, o cálcio é rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático e cessa a contração muscular. 
 A energia para contração muscular é suprida por moléculas de ATP (produzidas durante a respiração celular). O ATP atua na ligação de miosina à actina, o que resulta na contração muscular. Quando o trabalho muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de fosfocreatina, intensificando a respiração celular, utilizando o glicogênio como combustível.
FÁSCIA:
	Fáscia de um músculo caracteriza-se por uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. A espessura desta varia de músculo para músculo, dependendo de sua função. Ás vezes a fáscia muscular é muito espessada e pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto, substituindo o tendão. Para que os músculos esqueléticos possam exercer eficientemente um trabalho de tração ao se contrair, é necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia. Outra função é permitir o deslizamento dos músculos entre si. Exemplo: Tensor da fáscia lata.
APONEUROSE:
É uma lâmina de tecido conjuntivo que substitui o tendão. As aponeuroses geralmente ocorrem em músculos largos (planos), possuindo uma alta resistência e cobrindo uma área maior que o tendão, por este apresentar geralmente um formato cilíndrico ou em forma de fita. Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçadas e brilhantes, praticamente inextensíveis. São ricas em fibras colágenas, servindo basicamente para prender o músculo ao esqueleto. Ex. Dorsal.
Quando não se prendem ao esqueleto podem fazê-lo em outros elementos como cartilagens, cápsulas articulares, derme e tendões de outrosmúsculos, etc.
ROTEIRO PRÁTICO – ANATOMIA HUMANA I – FARMÁCIA – CESCAGE
MIOLOGIA – Prof. Elton Jorge V. Matos
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Músculos da CABEÇA (Crânio e Face):
01 - epicrânio
02 - temporal 
03 - frontal
04 - occipital 
05 - orbicular do olho
06 - orbicular da pálpebra
07 - levantador do lábio e asa nariz
08 - prócero
09 - nasal
10 – zigomático maior
11 – zigomático menor
12 - levantador da asa do nariz
13 - risório 
14 - mentual
15 - orbicular da boca
16 - bucinador
17 - depressor da boca
18 – depressor do lábio inferior
19 - masseter
Músculos do Pescoço:
Anterior: 20 - digástrico
 21 - esterno-hioídeo
Lateral: 22 - esternocleidomastóideo
 23 - escalenos
Posterior: 24 - esplênio 
 25 - longo do pescoço
Músculos do TRONCO (Dorso, Tórax e Abdome)
26 - deltóide
27 - trapézio 
28 - rombóide
29 - latíssimo do dorso
30 - redondo
31 - espinhal do tórax
32 - infraespinhal
33 - serrátil
34 - serrátil posterior-inferior 
35 - reto abdominal
36 - oblíquo externo abdominal 
37 - oblíquo interno abdominal
38 - transverso abdominal 
39 - Íliopsoas 
40 - Ilíaco
41 - quadrado lombar
42 - diafragma 
43 - intercostal externo
44 - intercostal interno
45 - peitoral maior
46 - peitoral menor
47 - subclávio
48 - supraespinhal
Músculos dos Membros Superiores
49 - bíceps braquial 
50 - braquial
51 - braquiorradial 
52 - tríceps braquial 
53 - ancôneo 
54 - pronador redondo 
55 - pronador quadrado
56 - flexor radial do carpo 
57 - flexor ulnar do carpo 
58 - palmar longo 
59 - extensor dos dedos
60 - abdutor curto do polegar
61 - abdutor do dedo mínimo
62 - lumbricais
Músculos dos Membros Inferiores
63 - pectíneo 
64 - sartório
65 - grácil
66 - adutor longo
67 - tensor da fáscia lata 
68 - vasto lateral da coxa
69 - vasto intermédio da coxa 
70 - vasto medial da coxa 
71 - reto femoral da coxa
72 - fibular longo
73 - fibular curto 
74 - tibial anterior
75 - glúteo máximo
76 - glúteo médio
77 - glúteo mínimo
78 - piriforme
79 - ileococcígico
80 - transverso do períneo
81 - bíceps da coxa 
82 - semitendíneo
83 - semimembranáceo
84 - adutor magno
85 - plantar
86 - poplíteo 
87 - gastrocnêmio
88 - sóleo
89 - flexor curto dos dedos
90 - aponeurose plantar
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SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório é responsável pelo fornecimento de oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios aos tecidos; além disso, também exerce a função de transportar os resíduos finais do metabolismo (excretas como CO2 e uréia) até os órgãos responsáveis por sua eliminação e defesa do organismo contra microorganismos através de células especializadas. O sistema é dividido em sistema cardiovascular (representado pelo coração, vasos e sangue) e sistema linfático (representado pela linfa, vasos e linfonodos).
O sistema em geral é constituído por vasos, no interior dos quais circulam líquidos chamados humores. Os humores são o sangue e a linfa. O sangue circula dentro de um sistema fechado de vasos, iniciando pelas artérias que se ramificam em vasos cada vez menores até atingirem praticamente todos os segmentos corporais, retornando também por uma outra rede de vasos que invertem o trajeto, até chegarem ao coração. Assim como os vasos sanguíneos a linfa também tem sua rede própria de vasos e capilares que se parece com veias em estrutura, nos quais circulam o líquido linfático. Em seu caminho encontram-se uma rede de gânglios por onde fluem estruturas da linfa, os linfonodos.
1. Sistema LINFÁTICO:
O Sistema linfático é composto basicamente de:
- 
- 
- 
- 
O sistema linfático consiste em um líquido (lympha= água) que flui dentro dos vasos linfáticos, em diversos órgãos e estruturas que contêm tecido linfático e medula óssea vermelha, e desenvolvem linfócitos. Após o líquido passar dos espaços intersticiais ao nível dos capilares sanguíneos, ele difunde-se por estes espaços das células (vasos linfáticos) e capta elementos sanguíneos como o plasma e proteínas anticoagulantes (C e S). Com isso a linfa acaba por conter hemácias, leucócitos, predominando as células conhecidas por linfócitos. 
1.1 Circulação Linfática
Os vasos linfáticos começam como capilares linfáticos, tubos terminais fechados localizados nos espaços entre as células. Como o sistema venoso sanguíneo, estes também se unem para formar vasos maiores, que se parece com veias, mas com paredes mais finas e mais válvulas. Encontram-se em todo o corpo, exceto nos tecidos avasculares (cartilagem, epiderme, etc.), existem em maior quantidade na derme da pele. A estrutura exclusiva dos capilares linfáticos permite que o líquido intersticial passa para dentro deles, mas não para fora.
Esses vasos conduzem à linfa dos capilares linfáticos para a corrente sanguínea. Há vasos linfáticos superficiais e vasos linfáticos profundos. Os superficiais estão colocados imediatamente sob a pele e acompanham as veias superficiais. Os profundos, em menor número, porém maiores que os superficiais, acompanham os vasos sanguíneos profundos.
Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea.
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1.2 
Em diversos pontos da rede linfática existem gânglios (ou nodos) linfáticos (pequenos órgãos perfurados por canais; aproximadamente 600 órgãos). Eles se concentram em maior número próximo das glândulas mamárias, nas axilas e virilha. A linfa, em seu caminho para o coração, circula pelo interior desses gânglios, onde é filtrada. Partículas como vírus, bactérias e resíduos celulares são fagocitadas pelos linfócitos existentes nos gânglios linfáticos. 
Os gânglios linfáticos são órgãos de defesa do organismo humano e produzem anticorpos. Quando este é invadido por microorganismos, por exemplo, os glóbulos brancos dos gânglios linfáticos, próximos ao local da invasão, começam a se multiplicar ativamente para dar combate aos invasores. Com isso, os gânglios incham, formando as ínguas. 
1.3 Baço
	O baço é um órgão ovalado que está situado na região hipocondríaco esquerdo, entre o fundo do estômago e o diafragma. É mole e esponjoso, fragmenta-se facilmente, e sua cor é vermelho-violácea escura. No adulto, mede cerca de 13 cm de comprimento e 8 a 10 cm de largura. É reconhecido como órgão linfático porque contém nódulos linfáticos repletos de linfócitos em seu parênquima, na produção de linfócitos e células sanguíneas (plaquetas). O sangue flui para ele através da artéria esplênica onde as células B e T executam funções imunes, e os macrófagos destroem por fagocitose os patógenos carregados pelo sangue. Entre suas funções está também a de remover células sanguíneas defeituosas, e a produção de células sanguíneas (hemopoiese), durante a vida fetal.
Obs.: Um baço rompido causa hemorragia intraperitonial intensa e severa. É necessária sua remoção (esplenectomia) para evitar que o paciente sangre até a morte. A medula óssea vermelha e o fígado podem assumir as funções do baço.
1.4 Timo
	Localiza-se no mediastino, atrás do esterno, próximo ao coração. Possui uma cápsula conjuntiva e dois lobos. Apesar de poucas funções conhecidas, é uma glândula hormonal (timosina) e auxilia no desenvolvimento das células T. É maior nas crianças e praticamente atrofia-se na idade adulta, sendo substituído por tecido adiposo. 
2. Sistema CARDIOVASCULAR:
Os órgãos encarregados da produção e distribuição dos humores corporais são basicamente: a medula óssea vermelha, os órgãos linfóides (baço e timo). O sangue é o único tecido conjuntivo líquido, com três funções gerais: 
Transporte, regulação e proteção.
Os vasos sanguíneos são os tubos pelo qual o sangue circula. Há três tipos principais:as artérias, que levam sangue do coração ao corpo; as arteríolas, sua ramificação; os capilares, que ligam artérias e veias; as veias, que o reconduzem ao coração; Num circuito completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao corpo; depois rumo aos pulmões, num tempo que gira aproximadamente um minuto.
2.1 Sangue
	Único tecido conjuntivo líquido, é formado por uma parte líquida, o plasma, e uma parte celular, que consiste em vários tipos de células e fragmentos de células. Mais denso e mais viscoso que a água, flui mais lentamente que esta. Sua temperatura gira em torno de 38º, pH alcalino entre 7,35 e 7,45. Representa cerda de 8% do peso corporal e varia de 5 a 6 l. no homem e 4 a 5 l. na mulher. Em uma pessoa normal sadia, cerca de 45% do volume de seu sangue são células (a maioria de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares), ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares. Este movimento circulatório do sangue ocorre devido à atividade coordenada do coração, pulmões e das paredes dos vasos sanguíneos. O sangue transporta ainda muitos sais e substâncias orgânicas dissolvidas.
No interior de muitos ossos, há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. No total, 55% do sangue são representados pelo plasma (proteínas, H2O e solutos), e os outros 45% constituem os elementos figurados como plaquetas, glóbulos brancos e vermelhos. No plasma sanguíneo estão presentes as proteínas plasmáticas (7%) que mantêm a pressão osmótica apropriada (troca de líquidos entre paredes capilares). Os hepatócitos sintetizam a maioria das proteínas plasmáticas entre elas as albuminas, globulinas e o fibrinogênio, que são chamadas de anticorpos ou imunoglobulinas, por serem produzidas durante respostas imunes como invasores estranhos no organismo (vírus, etc.).
2.2 Miocárdio (o coração)
	Está no centro do tórax, num espaço próprio chamado mediastino, fica entre os dois pulmões, por cima do diafragma, por diante da porção torácica da coluna vertebral, e por trás do corpo do osso esterno. É um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. Tem 12 x 9cm e pesa 250g nas mulheres e 300g nos homens. Formado por três túnicas que de fora para dentro são chamadas de epicárdio, miocárdio e endocárdio. Compreendido em um saco fibroso de duas camadas, representado pelo pericárdio. Este saco restringe o coração à sua posição no mediastino e permite liberdade de movimentação. O pericárdio fibroso (representa o couro de uma jaqueta, mais fibroso e externo) e o pericárdio seroso parietal (representa o forro da jaqueta, mais interno). Entre os pericárdios serosos está o espaço pericárdico que contém líquido pericárdico de preenchimento e lubrificante enquanto o coração se move. O coração é formado por câmaras divididas em quatro cavidades; os átrios direito e esquerdo e os ventrículos direito e esquerdo. O lado direito do coração bombeia sangue carente de oxigênio, procedente dos tecidos, para os pulmões, onde este é oxigenado. O lado esquerdo do coração recebe o sangue oxigenado dos pulmões, impulsionando-os, através das artérias, para todos os tecidos do organismo.
2.3 Circulações Sanguíneas:
A circulação Pulmonar ou pequena circulação: começa no ventrículo direito saindo sangue venoso em direção aos pulmões através da artéria tronco-pulmonar que se bifurcará em artéria tronco-pulmonar direita e esquerda, uma para cada pulmão. Nos pulmões ocorre a hematose em nível de membranas respiratórias dos alvéolos. O sangue passa CO2 para o alvéolo e o alvéolo entrega O2 para o sangue através da membrana respiratória. O sangue agora oxigenado vem para o coração novamente através das veias pulmonares para o átrio esquerdo, terminando a circulação pulmonar.
A circulação Sistêmica ou grande circulação: começa no ventrículo esquerdo de onde o sangue sai oxigenado através da artéria aorta que se ramifica originando todas as artérias do corpo. Nos tecidos o O2 será consumido pelas células que entregarão ao sangue o CO2 que é resíduo das reações celulares. O sangue, agora venoso, vem para o coração através da veia cava superior (coletora de sangue venoso da parte superior do corpo) e veia cava inferior (coletora de sangue venoso da parte inferior do corpo) desembocando no átrio direito.
O Sistema Porta Hepático é um sistema auxiliar. Uma parcela do sangue venoso que teria seu trajeto normal até a veia cava inferior, é desviada dos órgãos gastrintestinais (estômago, intestinos) e do baço para o fígado, antes de retornar ao coração, através de uma veia chamada porta hepática. Neste caso o sangue venoso flui dos capilares no trato gastrintestinal para os sinusóides hepáticos, onde ocorrem algumas mudanças estruturais no sangue, (como por exemplo, a transformação da glicose em glicogênio para ser armazenado) antes de retornar à circulação geral desembocando no átrio direito. 
2.4 Valvas cardíacas
	Conforme a contração cardíaca, determinado volume de sangue flui para um ventrículo, ou para fora do coração, por uma artéria. As valvas abrem-se e fecham-se em resposta às variações de pressão, quando o coração contrai e relaxa. Cada uma das quatro valvas assegura o fluxo unidirecional de sangue, abrindo-se para a passagem e fechando para impedir o refluxo. Quando o sangue se desloca aos ventrículos, por exemplo, a pressão ventricular é menor que a atrial. Nesse momento, músculos papilares estão relaxados e as cordas tendíneas estão frouxas. Quando os ventrículos se contraem, a pressão do sangue empurra as cúspides para cima, até que suas bordas livres entrem em contato e fechem a abertura. As cordas tendíneas se esticam e impedem que as valvas se evertam sendo forçadas a abrir na direção oposta para o átrio. Elas são assim divididas:
Valvas atrioventriculares: valva bicúspide e/ou mitral e valva tricúspide.
Valvas da base: valva pulmonar e valva aórtica.
Valvas são dispositivos que regulam a passagem do sangue, ou seja, permitindo a passagem do sangue e impedindo o seu refluxo a câmaras anteriores. 
Valvas atrioventriculares: permitem a passagem do sangue do átrio para o ventrículo e impedem o refluxo do ventrículo para o átrio. 
Valvas da base: permitem a passagem do sangue do ventrículo para as artérias aorta ou tronco-pulmonar e impedem o refluxo da artéria para o ventrículo.
Obs.: Válvula é uma cúspide, o conjunto de cúspides ou válvulas forma a valva; Quando uma valva falha em impedir o refluxo pode acontecer o sopro cardíaco.
2.5 Sistema Elétrico Cardíaco (células auto-rítmicas)
	
Uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica é a razão dos batimentos contínuos do coração. Existem células cardíacas especializadas auto-excitáveis que geram potenciais de ação desencadeando as contrações cardíacas. Estas células (1% da origem embriológica) atuam como um marca passo que definem o ritmo do coração, sendo estas a via de propagação dos impulsos nervosos por todo o músculo cardíaco.
	Nó sinu atrial (SA): na parede do átrio direito, logo abaixo da VCS, existe um enovelado de fibras nervosas e musculares que normalmente inicia um potencial de ação que deflagra um impulso nervoso, gerado para os dois átrios primeiramente até chegar em um segundo nó, o nó atrioventricular(AV), septo localizado entre os dois átrios, de onde o impulso nervoso será propagado para os ventrículos através do feixe atrioventricular (conhecido também como feixe de His) que é a única conexão elétrica entre átrios e ventrículos, e a partir daí para as miofibras condutoras direita e esquerda (fibras de Purkinge) estimulando o coração, indo até seu ápice, proporcionando o ritmo cardíaco. Cerca de 0,20s (200 milissegundos) após a contração atrial, os ventrículos se contraem. 
	O registro dos batimentoscardíacos pode ser avaliado e detectado pelo eletrocardiograma (ECG), sendo o registro inicial em ondas P (despolarização atrial – do SA para os átrios) até a segunda onda, no complexo QRS (início da despolarização ventricular – os ventrículos começam a se contrair) e na onda T (repolarização ventricular – ventrículos relaxam). Ao se ler o ECG, a amplitude das ondas pode dar pistas de anormalidades como, por exemplo, uma onda Q aumentada pode indicar infarto agudo do miocárdio, etc.
2.6 Bulhas cardíacas
	O ato de ouvir os sons produzidos no interior do corpo é chamado auscultação, realizado por meio de um estetoscópio. Durante cada ciclo cardíaco, quatro bulhas cardíacas são produzidas, mas num coração normal, apenas duas se ouvem. A 1ª bulha é mais forte e longa, sendo o som de fechamento das valvas AV, semelhante a um “TUM”. A 2ª bulha que é mais breve e não tão alta como a primeira, “TAC” é o som de fechamento das valvas da base. As bulhas fornecem informação valiosa quanto ao funcionamento mecânico do coração. Embora alguns sopros sejam “inocentes”, na maioria das vezes podem significar distúrbio valvar, e necessita exames clínicos para se acompanhar cada caso.
2.7 Inervação do Coração
	Intrínseca: gera os batimentos cardíacos, ou seja, origina um impulso que produzirá a contração do miocárdio dos átrios primeiramente e posteriormente (milésimo de segundos) a contração dos ventrículos, vista anteriormente. Estruturas já estudadas no item 2.5.
	Extrínseca: é a responsável pela adequação dos batimentos cardíacos com as necessidades fisiológicas do corpo. Os impulsos nervosos gerados no encéfalo chegarão ao coração através do nervo vago. O sistema nervoso que controla as vísceras é formado pelos seguintes componentes:
- Sistema Nervoso Simpático: acelera os batimentos cardíacos – taquicardia através da liberação de noradrenalina, produzindo gasto energético. Ex. medo.
- Sistema Nervoso Parassimpático: diminui os batimentos cardíacos – bradicardia, através da liberação de acetilcolina, produzindo reposição energética. Ex. digestão.
Professor Elton Jorge Vilela Matos – CREF 010948-G/PR
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