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RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL
ART. 102, III, a, b, c e d, CF
ART. 105, III, a, b e c, CF
Art. 26 a 29 da Lei 8.038/90
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
É o recurso previsto na Constituição Federal, que tem por finalidade levar ao STF o conhecimento de causa da qual não caiba mais qualquer recurso ordinário, pouco importando o tribunal que proferiu a decisão. É preciso ainda que a decisão recorrida tenha contrariado dispositivo da Constituição Federal.
REPERCUSSÃO GERAL: 
A regulamentação da repercussão geral da questão foi realizada pela Lei 11.418, de 19.12.2006, que acrescentou os arts. 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil. 
 A EC 45/2004 incluiu novo requisito de admissibilidade do recurso extraordinário. De acordo com o novo § 3º do art. 102 da CF, no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de 2/3 de seus membros. 
PERTINÊNCIA DA REPERCUSSÃO GERAL: Uniformizar a interpretação constitucional sem exigir que o STF decida múltiplos casos idênticos sobre a mesma questão constitucional.
FINALIDADE, CABIMENTO: O RE tem como finalidade garantir a observância da Constituição Federal.Cabível em caso de decisões judiciais que não comportem mais recurso ordinário, desde que a decisão contrarie dispositivo constitucional, julgue a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgue válida lei ou ato de governo local contestado em face da constituição ou ainda julgue válida lei local contestada em face de lei federal. 
CONDIÇÕES DE ADMISSIBILIDADE:
 Esgotamento das vias recursais ordinárias.
 Prequestionamento . È preciso que a questão já tenha sido suscitada em instância anterior.
 Questão de natureza constitucional.
 demonstração da repercussão geral conforme regulamentação contida nos arts. 543-A e 543-B do CPC.
PREQUESTIONAMENTO: 
SÚMULA Nº 282
É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.
SÚMULA Nº 356
O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: Endereçamento e Processamento
INTERPOSIÇÃO:dirigida ao presidente do tribunal recorrido.
RAZÕES: Ao STF
PRAZO: 15 dias a contar da intimação da decisão recorrida.
PREVISÃO LEGAL DO PROCESSAMENTO: Regimento interno e Lei 8.038/90 
RECURSO EXTRAORDIINÁRIO: PEDIDO
Cassação da decisão recorrida e a concessão da medida jurisdicional pleiteada, de modo a conferir pleno cumprimento à Constituição Federal 
PROCESSAMENTO: prazo – 15 DIAS 
RECURSO ESPECIAL
É o recurso previsto no art. 105, III, a, b e c, da CF, que tem por finalidade levar ao conhecimento do STJ uma questão federal de natureza infraconstitucional decidida pelos tribunais estaduais do Distrito Federal e Territórios, e tribunais regionais (excluem-se as decisões da Justiça Eleitoral, Militar e do Trabalho) 
PRESSUPOSTO DO RECURSO ESPECIAL – CAUSA DECIDIDA EM ÚLTIMA INSTÂNCIA:
O recurso especial “pressupõe o exaurimento dos recursos ordinários, em decisão de última instância, ou decisão em ação penal que seja da competência originária do tribunal. Só cabe o recurso extremo se esgotados os recursos ordinários cabíveis na espécie, não bastando que a decisão de primeira instância se tenha tornado irrecorrível pelo desaproveitamento do prazo para recorrer; é preciso que hajam sido usados os recursos cabíveis.” (Júlio Fabbrini Mirabete, Processo Penal, 3ª ed. Atlas, 1994, p. 659-60). 
 HIPÓTESES DE CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL: 
Contrariar ou negar vigência à tratado ou lei federal.
A CF traz duas situações "contrariar" ou "negar vigência". 
A doutrina atualmente tem que "contrariar" é muito mais amplo do que "negar vigência". 
"negar vigência" é espécie de "contrariedade", porque quem nega vigência está contrariando o próprio sentido da lei.
"Negar vigência", pois, é declarar revogada ou deixar de aplicar uma norma jurídica, aqui limitada à lei federal -, enquanto que "contrariar" significa que houve ofensa à letra da lei, ou seja, ao espírito da norma. 
PODEM SER CITADAS AS SEGUINTES DECISÕES CRIMINAIS DOS TRIBUNAIS ESTADUAIS QUE ENSEJAM O RECURSO ESPECIAL:
apelação criminal, quer interpostas pela acusação ou defesa e desde que não haja possibilidade de serem opostos embargos infringentes ou que estes tenham sido rejeitados;
recurso em sentido estrito;
pedido de revisão criminal;
a decisão concessiva de “habeas corpus”, pois se denegatória, o recurso cabível será o ordinário constitucional (art. 105, II, da Constituição Federal);
as decisões proferidas nos processos de competência originária dos Tribunais, como, por exemplo, julgamentos de Prefeito Municipal, Membro do Poder Judiciário ou do Ministério Público etc.
DECISÃO QUE JULGA VÁLIDA LEI OU ATO DE GOVERNO LOCAL CONTESTADO EM FACE DE LEI FEDERAL
Em matéria criminal a questão não tem muita importância, posto que somente a União pode legislar. Pode-se pensar na hipótese em caso de lei estadual disciplinando prazo processual diferente de um prazo previsto em lei federal.
DECISÃO QUE DEU À LEI FEDERAL INTERPRETAÇÃO DIVERGENTE DA QUE LHE HAJA ATRIBUÍDO OUTRO TRIBUNAL
É o denominado DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. Para o recurso ser admitido nesta hipótese há necessidade de que a decisão recorrida seja posterior àquela que servirá como paradigma. E mais, as decisões (recorrida e paradigma) devem ter sido proferidas por tribunais diferentes, ainda que do mesmo estado. 
Se no acórdão recorrido houver menção expressa a texto constitucional é preciso que sejam interpostos dois recursos: especial e extraordinário, conforme determina a Súmula 126 do Superior Tribunal de Justiça:
É inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso extraordinário.
REQUISITOS PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO ESPECIAL
PRAZO: é de 15 dias nos termos do artigo 26 da Lei nº 8.038/90. Algumas questões quanto ao prazo:
o prazo é interrompido se forem opostos embargos de declaração.
se os embargos forem considerados manifestamente intempestivos o prazo não é interrompido
PROCESSAMENTO – JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
1º JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE – PRESIDENTE DO TRIBUNAL RECORRIDO
Lei nº 8.038/90
		Art. 27. Recebida a petição pela Secretaria do Tribunal e aí protocolada, será intimado o recorrido, abrindo-se-lhe vista pelo prazo de 15 (quinze) dias para apresentar contra-razões.
		§1º. Findo esse prazo, serão os autos conclusos para admissão ou não do recurso, no prazo de 5 (cinco dias).
O RECURSO ESPECIAL NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – DOIS JUÍZOS DE ADMISSIBILIDADE - UM DO RELATOR E OUTRO DA TURMA 
Estabelece o artigo 256 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça:
		Art. 256. Distribuído o recurso, o relator, após vista ao Ministério Público, se necessário, pelo prazo de vinte dias, pedirá dia para julgamento, sem prejuízo da atribuição que lhe confere o art. 34, parágrafo único.
Finalmente, se o recurso especial passar pelo juízo de admissibilidade do relator, terá que enfrentar o da Turma, como determina o artigo 257 do mencionado Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça:
No julgamento do recurso especial, verificar-se-á, preliminarmente, se o recurso é cabível. Decidida a preliminar pela negativa, a Turma não conhecerá do recurso; se pela afirmativa, julgará a causa, aplicando o direito à espécie.

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