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AULA 02 DE ECONOMIA APLICADA AO DIREITO

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FACULDADE VALE DO JAGUARIBE – FVJ
CURSO: DIREITO (TARDE E NOITE)
DISCIPLINA: ECONOMIA APLICADA AO DIREITO
PROF. FABRICIO JOSE COSTA DE HOLANDA
AULA 02: FUNDAMENTOS DE ECONOMIA – CONTINUAÇÃO
1. NECESSIDADES HUMANAS
Entende-se por necessidade humana a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la.
Sabemos, por experiência própria, que as pessoas necessitam de ar, água, alimentos, roupas e abrigo para que aas pessoas possam sobreviver. Sabemos, também, que não há limite à variedade e ao número das necessidades humanas.
Para exemplificar, suponhamos que o leitor seja presenteado com uma “Lâmpada de Aladim” capaz de atender a todos os seus desejos. Se o leitor for um cidadão que tenha um padrão de comportamento semelhante ao da maioria das pessoas, com certeza vai imediatamente preparar uma lista impressionante de coisas que deseja.
E o que conterá tal lista? Inicialmente, talvez o leitor deseje coisas materiais. Por exemplo, roupas mais finas e variadas de grifes sofisticadas e caras, que jamais sonhou possuir, por certo, também desejará melhores tipos de alimentos, comparativamente àqueles que esteja habituado a consumir. E esse seria apenas o começo, uma vez que seu apetite terá apenas sido despertado. Passará então a desejar uma magnífica mansão, com belos jardins, piscinas, quem sabe até uma sauna e, na garagem, os mais modernos tipos de carro, prontos para serem utilizados. Prosseguindo, com certeza também vai querer uma casa de praia, com todo o conforto que a vida moderna pode proporcionar e, é claro, um belo iate. Naturalmente, o leitor não se esquecerá de um avião e de um helicóptero, que certamente agilizarão seus deslocamentos, evitando que perca tempo ao se transportar de um lado para outro. Viajar, frequentar restaurantes sofisticados e badaladas casas noturnas figurarão, é claro, entre os desejos listados. O fato é que, quanto mais o leitor desejar, mais descobrirá coisas capazes de tornar a vida mais agradável, confortável e, por que não dizer, bela.
Entretanto, isso não é tudo. O leitor poderá desejar também outras coisas pessoais e imateriais, e que são igualmente importantes em matéria de qualidade de vida: sabedoria, autoconfiança, prestigio, paz, liberdade, amor.
Assim, se pedirmos para qualquer pessoa considerada “normal” por nossa sociedade uma lista do que desejaria ter ou ser, a extensão da lista ficaria além da nossa compreensão e cresceria dia a dia, desafiando a capacidade de contar de qualquer um. Por essa razão é que os economistas dizem que as necessidades humanas são ilimitadas.
Além disso, não podemos nos esquecer de que as necessidades biológicas do ser humano renovam-se constantemente, exigindo da sociedade a produção contínua de bens com a finalidade de atende-las. Paralelamente, a perspectiva de elevação do padrão de vida e a evolução tecnológica fazem que “novas” necessidades apareçam, o que demonstra o fato de que as necessidades humanas são, realmente, ilimitadas.
Por essa razão, sabemos que nem todas as necessidades humanas podem ser satisfeitas. E é esse fato que explica a existência da economia, cabendo ao economista o estudo do modo de satisfazer, tanto quanto possível, tais necessidades.
Por outro lado, sabemos que os economistas não se preocupam com o atendimento de todas as necessidades humanas, porque algumas delas se situam além de sua habilidade, além do seu ramo de conhecimento. Entretanto, não lhes negam importância; simplesmente o atendimento desse tipo de necessidade é colocado além da economia. Exemplificando: o amor e a sabedoria são extremamente importantes, mas sabemos que não fazem parte do campo de preocupação dos economistas, uma vez que ninguém tem capacidade de produzir bens capazes de satisfazê-las.
Existe ainda um grupo de necessidades que podem ser satisfeitas por bens claramente identificáveis, mas que também estão fora da esfera de preocupação dos economistas. São aquelas que todos os indivíduos satisfazem dispersando a interferência de qualquer pessoa. Exemplificando: o desejo de respirar exige o fornecimento da mercadoria “ar”. Acontece que na terra o ar é “oferecido” para todas as pessoas em quantidades maiores do que aas desejadas por todos os indivíduos. Esses tipos de bens, que o homem não precisa prover, são chamados de bens livres (ou bens gratuitos), e não têm preço (ou seja, seu preço é zero), não fazendo, portanto, parte do campo de preocupação dos economistas.
Podemos, então, dizer que as necessidades que podem ser satisfeitas com bens que não podem ser produzidos ou com bens que não precisam se produzidos são denominadas necessidades não econômicas.
Assim sendo, interessa ao economista o atendimento das necessidades humanas que possam ser satisfeitas por bens que não sejam gratuitos, mas que o homem precisa fornecer. Essas necessidades são denominadas necessidades econômicas, e os bens que as satisfazem são chamados bens econômicos, e são aqueles que têm preço.
2. BENS E SERVIÇOS
De modo geral, pode-se dizer que Bem é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias necessidades humanas. Por essa razão, um bem é procurado: porque é útil.
Os Bens Livres, como já dissemos no tópico anterior, são aquelas que existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforço humano. Nessa categoria estão a luz solar, o ar, o mar etc., que são bens porque satisfazem necessidades, mas cuja utilização não implica relações de ordem econômica. A principal característica dos bens livres é a de que não possuem preço (têm preço zero).
Os Bens Econômicos, ao contrário, são relativamente escassos e supõem a ocorrência de esforço humano na sua obtenção. Tais bens apresentam como característica básica o fato de terem um preço (preço maior que zero).
Quanto à natureza, os bens econômicos são classificados em dois grupos: Bens Materiais, ou bens propriamente ditos, e Bens Imateriais ou Serviços.
Os primeiros são de natureza material, sendo, portanto, tangíveis, e a eles podemos atribuir características como peso, altura etc. alimentos, roupas e livros são exemplos de bens materiais.
Os serviços, ao contrário, são intangíveis, ou seja, ano podem ser tocados. Fazem parte dessa categoria de bens os cuidados de um médico, os serviços de um advogado, de um administrador de empresas, de um assistente social, os serviços de transporte etc., que acabam no mesmo momento de sua produção. Isso significa que a prestação de serviços e sua utilização são praticamente instantâneas.
Outra característica dos bens imateriais é a de que eles não podem ser estocados.
Exemplificando: pode-se estocar bilhetes de metrô que dão ao seu possuidor o direito de viajar nesse meio de transporte; as viagens de metrô, entretanto, que são a própria prestação de serviço, não podem ser estocadas.
Quanto ao destino, os Bens Materiais classificam-se Bens de Consumo e Bens de Capital.
Bens de Consumo são aqueles diretamente utilizados para a satisfação das necessidades humanas. Podem ser de uso durável, ou seja, que desaparecem uma vez utilizados (alimentos, cigarros, gasolina etc.), ou de uso durável, que têm como característica o fato de que podem ser usados por muito tempo (móveis, eletrodomésticos etc).
Os Bens de Capital (ou Bens de Produção), por sua vez, são aqueles que permitem produzir outros bens. São exemplos de Bens de Capital as máquinas, computadores, equipamentos, instalações, edifícios etc.
Tanto os Bens de Consumo quanto os Bens de Capital são classificados como Bens Finais, uma vez que já passaram por todos os processos de transformação possíveis, significando que já estão acabados.
Além dos Bens finais existem ainda os Bens Intermediários, que são aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir sua forma definitiva. A título de exemplo, podemos citar o fertilizante utilizado na produção de arroz, ou o aço, o vidro e a borracha utilizados na produção de carros.
Os bens podem ser classificados ainda em Bens Privados e Bens Públicos.
Os Bens
Privados são bens os produzidos e possuídos privadamente. Como exemplo os automóveis, aparelhos de televisão etc.
Os Bens públicos referem-se ao conjunto de bens de consumo coletivo e indivisível fornecidos somente pelo Estado por exemplo: educação, justiça, segurança, transporte etc.
BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Marlos Vargas. Finanças Públicas para Concursos: teoria e 150 questões com gabarito. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
PASSOS, Carlos Roberto Martins & NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. 5 ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
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