Buscar

resumo Malária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Malária 
 
Os parasitos causadores de malária pertencem ao filo Apicomplexa, família Plasmodiidae e ao 
gênero Plasmodium. 
Atualmente são conhecidas cerca de 150 espécies causadoras de malária em diferentes 
hospedeiros vertebrados. Destas, apenas quatro espécies parasitam o homem: Plasmodium 
falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale. Este último ocorre apenas em regiões restritas do 
continente africano. 
 
 Hospedeiro intermediário vertebrados – Humanos 
 
A infecção malárica inicia-se quando esporozoítos infectantes são inoculados nos humanos pelo 
inseto vetor. Durante um repasto sangüíneo infectante, aproximadamente 15 a 200 esporozoítos 
são inoculados sob a pele do hospedeiro, permanecendo ali por cerca de 15 minutos antes de 
alcançarem a corrente sanguínea. 
 
Os esporozoítos são móveis, apesar de não apresentarem cílios ou flagelos. Essa motilidade 
está intimamente associada a reorientação de proteínas na superfície do parasito. 
 
Recentemente foi demonstrado que esporozoítos de Plasmodium podem entrar em células 
hospedeiras sem nelas se desenvolverem. Isto propicia a sua migração por diferentes células, 
antes que ocorra a infecçãode um hepatócito, com consequente formação de um vacúolo 
parasitóforo. 
 
O processo de passagem por células é bastante rápido e parece não depender de reconhecimento 
específico, uma vez que várias células de mamíferos podem estar envolvidas. Entretanto, 
somente no hepátócito se processa o desenvolvimento parasitário, cerca de 30 minutos após a 
infecção. 
 
Após invadir o hepatócito, os esporozoítos se diferenciam em trofozoítos pré-eritrocíticos. Estes 
se multiplicam por reprodução assexuada do tipo esquizogonia, dando origem aos esquizontes 
teciduais e posteriormente a milhares de merozoítos que invadirão os eritrócitos. Esta primeira 
fase do ciclo é denominada exo-eritrocítica, pré-eritrocítica ou tissular e, portanto, precede o 
ciclo sanguíneo do parasito. 
 
O desenvolvimento intra-eritrocítico do parasito se dá por esquizogonia, com consequente 
formação de merozoítos que invadirão novos eritrócitos. Depois de algumas gerações de 
merozoítos sanguíneos, ocorre a diferenciação em estágios sexuados, os gametócitos, que não 
mais se dividem e que seguirão o seu desenvolvimento no mosquito vetor, dando origem aos 
esporozoítos. 
 
 Hospedeiro definitivo inseto 
 
Macrogametócito, neurogametócito, ovo ou zigoto, oocineto, oocisto (estômago). 
 
Durante o repasto sanguíneo, a fêmea do mosquito Anopheles ingere as formas sanguíneas do 
parasito, mas somente os gametócitos serão capazes de evoluir no inseto, dando origem ao ciclo 
sexuado ou esporogônico. 
 
O gametócito feminino transforma-se em macrogameta e o gametócito masculino, por um 
processo denominado exflagelação, dá origem a oito microgarnetas. 
 
Em 20-30 minutos, um microgameta fecundará um macrogameta, formando o ovo ou zigoto. 
Dentro de 24 horas após a fecundação, o zigoto passa a movimentar-se por contrações do corpo, 
sendo denominado oocineto. Este atravessa a matriz peritrófica (membrana que envolve o 
Admin
Realce
Admin
Realce
Admin
Realce
Admin
Realce
Admin
Realce
Admin
Realce
Admin
Realce
alimento) e atinge a parede do intestino médio, onde se encista na camada epitelial do órgão, 
passando a ser chamado oocisto. Inicia-se então o processo de divisão esporogônica e, após um 
período de nove a 14 dias, ocorre a ruptura da parede do oocisto, sendo liberados os 
esporozoítos formados durante a esporogonia. 
 
Estes serão disseminados por todo o corpo do inseto através da hemolinfa até atingir as células 
das glândulas salivares. Estes esporozoítos atingirão o canal central da glândula e ingressarão no 
ducto salivar para serem injetados no hospedeiro vertebrado, juntamente com a saliva, durante o 
repasto sanguíneo infectante. 
 
 
Desenho esquemático de um esporozoífo (A) e de um merozoíto (B), evidenciando as principais estruturas. Ro: ropfrias; Ap: anel 
polar, Ct:cifósfoma; N: núcleo; Mf: mifocôndria. 
 
 Transmissão 
 
A transmissão natural da malária ao homem se dá quando fêmeas de mosquitos anofelinos 
(gênero Anopheles), parasitadas com esporozoítos em suas glândulas salivares, inoculam estas 
formas infectantes durante o repasto sanguíneo. As fontes de infecção humana para os 
mosquitos são pessoas doentes ou mesmo indivíduos assintomáticos, que albergam formas 
sexuadas do parasito. 
 
 Patogenia 
 
Apenas o ciclo eritrocítico assexuado é responsável pelas manifestações clínicas e patologia da 
malária. A passagem do parasito pelo figado (ciclo exo-eritrocítico) não é patogênica e não 
determina sintomas. A destruição dos eritrócitos e a consequente liberação dos parasitos e de 
seus metabólitos na circulação provocam uma resposta do hospedeiro, determinando alterações 
morfológicas e funcionais observadas no indivíduo com malária. 
Os possíveis mecanismos determinantes das diferentes formas clínicas da doença baseiam-se na 
interação dos seguintes fenômenos patogênicos: 
- destruição dos eritrócitos parasitados; 
- toxicidade resultante da liberação de citocinas; 
- sequestro dos eritrócitos parasitados na rede capilar; 
- lesão capilar por deposição de imunocomplexos.

Continue navegando