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Deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia As sintomas da Anemia Ferropriva resultam em: FADIGA HIPÓXIA TECIDUAL PALIDEZ TONTURA TAQUICARDIA FALTA DE AR ANGINA A anemia ferropriva resulta em eritrócitos Microcíticos e Hipocrômicos http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2008/02/anemia-ferropriva.JPG Absorção, transporte e armazenamento de ferro. Tabela de distribuição de Ferro em adultos normais Homens Mulheres Hemoglobina 3.050 1.700 Mioglobia 430 300 Enzimas 10 8 Transporte (Tf) 8 6 Armazenamento (ferritina e outros) 750 300 Totais 4.248 2.314 Conteúdo de ferro (mg) O tratamento para anemia ferropriva apresenta duas vias para administração: Ferroterapia enteral Ferroterapia parenteral É utilizado ferro ferroso. O sulfato ferroso, o gliconato ferroso e o fumarato ferroso são todos efetivos e de baixo custo. Efeitos colaterais comuns são: náuseas, desconforto epigástrico, cólicas abdominais, constipação intestinal e diarréia. Ferroterapia enteral Ferroterapia enteral Preparação Dose por comprimido Ferro elementar por comprimido Dose habitual para adulto no tratamento da deficiência de ferro (comp./dia) Sulfato ferroso hidratado 325 mg 65 mg 2-4 Sulfato ferroso dessecado 200 mg 65 mg 2-4 Gliconato ferroso 325 mg 36 mg 3-4 Fumarato ferroso 325 mg 106 mg 2-3 Algumas preparações orais de ferro comumente usadas A terapia parenteral deve ser reservada a pacientes com deficiência de ferro: Incapazes de tolerar ou de absorver o ferro oral. Pacientes com anemia crônica extensa Doença renal crônica avançada Condições pós-gastrectomia Doença intestinal inflamatória Síndromes de má absorção Ferroterapia Parenteral Ferro dextran ou ferrodextrana É indicado para pacientes com deficiência de ferro nos quais a administração oral seja insatisfatória ou impossível. Também é usado para repor as reservas de ferro do organismo em pacientes que estão a receber, ou não, eritropoietina e na doença renal crônica. ADMINISTRAÇÃO: via intramuscular, via intravenosa Ferroterapia parenteral Ferro dextran ou ferrodextrana A posologia consiste em: Dose adulta usual para anemia ferropriva: 25 a 100 mg (de 0,5 a 2 mL) IM ou IV, uma vez por dia. Efeitos indesejáveis: tonturas; náusea ou vómito; diarreia; febre, sudorese, calafrios; dor, inchaço, vermelhidão ou outra reação no local da injeção; dores musculares; gosto metálico na boca, ou dor de cabeça. Ferroterapia parenteral Ferro dextran ou ferrodextrana MECANISMO DE AÇÃO: Depois do Ferro-Dextrano ser injetado, o Ferro-Dextrano em circulação é removido a partir do plasma, pelas células do sistema retículo-endotelial, o que divide o complexo nos seus componentes de Ferro e Dextrano. O Ferro é imediatamente ligado às porções de proteínas disponíveis para formar hemossiderina ou Ferritina, as formas fisiológicas de Ferro, ou, em menor extensão para a Transferrina. Este Ferro, que está sujeito a controle fisiológico, reabastece a hemoglobina e as reservas de Ferro esgotadas. Ferroterapia parenteral Ferro sacarato ou Óxido férrico sacarosado É indicado para antes e após cirurgia em doentes que necessitem duma rápida reposição de ferro. Estadios finais da gravidez; Doentes que não toleram ou não respondem ao ferro oral; Doentes com má-absorção ou não aderentes à terapêutica com ferro oral; Deficiência em ferro em doentes com artrite reumatóide. ADMINISTRAÇÃO: via intravenosa. Ferroterapia parenteral Ferro sacarato ou Óxido férrico sacarosado Posologia : Adultos e idosos: 1 a 2 ampolas (100 a 200 mg de ferro) duas a três vezes por semana O Óxido Férrico Sacarosado destina-se a ser administrado exclusivamente por via intravenosa. Não se destina a uso intramuscular. Efeitos indesejáveis: sabor metálico, cefaleias, náuseas, vómito e hipotensão, parestesias (sensação anormal de picadas), queixas abdominais, dores musculares, febre, urticária, rubor facial, edemas das extremidades. Muito raramente podem ocorrer reacções de tipo anafiláctico. Ferroterapia parenteral Ferro sacarato ou Óxido férrico sacarosado MECANISMO DE AÇÃO: Os núcleos polinucleares de hidróxido de ferro (III) são rodeados superficialmente por um grande número de moléculas de sacarose com ligação não-covalente resultando num complexo global com uma massa molecular suficientemente grande para evitar a eliminação renal. O complexo resultante é estável e não liberta ferro iônico em situações fisiológicas. O ferro nos núcleos polinucleares está ligado a uma estrutura semelhante à da ferritina que ocorre fisiologicamente. Ferroterapia parenteral Carboximaltose férrica É indicado: para o tratamento da anemia por deficiência de ferro em pacientes adultos que têm intolerância ao ferro oral ou tiveram resposta insatisfatória ao ferro oral. Pacientes que têm doença renal crónica não-dependente de diálise. ADMINISTRAÇÃO: via intravenosa. Ferroterapia parenteral Carboximaltose férrica Posologia: Para a injeção, pode receber até 20 ml (1,000 mg de ferro), uma vez por semana, diretamente na veia. Se o paciente estiver em diálise, pode receber Carboximaltose férrica durante a sessão de diálise através do dialisador. Efeitos indesejáveis: Reacções alérgicas graves (urticária, dificuldade em respirar; aperto no peito, inchaço na face), dor torácica, tontura ou desmaio; batimentos cardíacos rápidos, lentos, ou irregulares; febre ou calafrios; rubor, cefaleia, dor severa ou persistente, vermelhidão ou inchaço no local da injeção, chiado no peito. Ferroterapia parenteral Carboximaltose férrica MECANISMO DE AÇÃO: O complexo foi concebido para fornecer, de forma controlada, ferro utilizável para as proteínas de transporte e de reservas de ferro no organismo (respetivamente a transferrina e a ferritina). A utilização de glóbulos vermelhos radiomarcados 59Fe variou entre 91% e 99% nos doentes com carência de ferro e 61% a 84% nos doentes com anemia renal 24 dias após a dose. • O tratamento com Carboximaltose férrica nos doentes com anemia provocada por carência de ferro resulta num aumento do número de reticulócitos e dos níveis de ferritina sérica para níveis normais. Ferroterapia parenteral Deficiência de cobalamina é a causa da anemia. Também conhecida como Anemia perniciosa. Os sintomas da Anemia megaloblástica por deficiência de vit. B12 resultam em: FADIGA PERDA DE APETITE PALIDEZ TONTURA SENSAÇÃO DE FORMIGAMENTO FALTA DE AR TREMEDEIRA Carência de Vit. B12 A anemia megaloblástica resulta em eritrócitos Macrocíticos Carência de Vit. B12 https://raulcalasanz.wordpress.com/page/4/ Absorção, transporte e armazenamento de Vit. B12. Carência de Vit. B12 http://slideplayer.com.br/slide/3675851/ O tratamento para anemia megaloblástica exige administração através de: injeções parenterais da vitamina Carência de Vit. B12 Hidroxocobalamina É indicado para tratamento da anemia perniciosa. Tratamento da intoxicação por cianetos, conhecida ou suspeita, em todos os grupos etários. ADMINISTRAÇÃO: via intravenosa. injeções parenterais da vitamina Carência de Vit. B12 Hidroxocobalamina Posologia: Adultos: a dose inicial é de 5 g (2 x 100 ml). Populaçãopediátrica: a dose inicial é de 70 mg/kg do peso corporal, não excedendo 5 g. Efeitos indesejáveis: Diminuição da percentagem de linfócitos. Reações alérgicas incluindo edema angioneurótico, erupção cutânea, urticária e prurido; Perturbações do foro psiquiátrico; Agitação. Alteração da memória; tonturas. Afeções oculares, Edema, irritação, hiperemia ocular. Derrame pleural, dispneia, aperto na garganta, garganta seca, desconforto torácico. Desconforto abdominal, dispepsia, diarreia, vómitos, náuseas, disfagia. Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos. Coloração vermelha reversível da pele e das membranas mucosas. injeções parenterais da vitamina Carência de Vit. B12 Hidroxocobalamina MECANISMO DE AÇÃO: A ação da Hidroxocobalamina no tratamento da intoxicação por cianetos baseia-se na sua capacidade de se ligar fortemente aos íons cianeto. Cada molécula de Hidroxocobalamina pode ligar um íon cianeto, substituindo o ligando hidroxilo ligado ao íon trivalente de cobalto para formar a cianocobalamina. A cianocobalamina é um composto não tóxico, estável, que é excretado na urina. injeções parenterais da vitamina Carência de Vit. B12 Deficiência de ácido fólico é a causa da anemia. Os sintomas da Anemia megaloblástica por deficiência de vit. B9 resultam em: FADIGA PERDA DE APETITE PALIDEZ TONTURA TAQUICARDIA FALTA DE AR DIARRÉIA Carência de Vit. B9 A anemia megaloblástica resulta em eritrócitos Macrocíticos Carência de Vit. B9 https://raulcalasanz.wordpress.com/page/4/ Estrutura do ácido fólico. Carência de Vit. B9 O tratamento para anemia megaloblástica exige administração através de: Comprimidos para administração na forma oral. Carência de Vit. B9 A administração parenteral de ácido fólico raramente é necessária O ácido fólico por via oral é bem absorvido, mesmo em pacientes com síndromes de má absorção. A administração diária de uma dose de 1 mg de ácido fólico por via oral é suficiente para reverter a anemia megaloblástica, restaurar os níveis séricos normais de folato e repor as reservas corporais de folatos em quase todos os pacientes. O tratamento deve ser mantido até a remoção ou correção da causa subjacente da deficiência. Pode ser necessário um tratamento permanente para pacientes com má absorção ou dieta inadequada. Carência de Vit. B9 Ácido fólico, folacina ou ácido pteroil-L-glutâmico É indicado no tratamento da anemia megaloblástica por deficiência em folatos devido a má nutrição. Síndromes de má absorção Situações de gravidez e estados hemolíticos crônicos. Para a prevenção de defeitos do tubo neural do feto em mulheres que planejam engravidar e que se sabe estarem em risco. ADMINISTRAÇÃO: via oral Administração oral. Carência de Vit. B9 Ácido fólico, folacina ou ácido pteroil-L-glutâmico Posologia: Adultos (incluindo os idosos) Na anemia megaloblástica por deficiência de folatos 5 mg diários durante 4 meses, nos casos de má absorção pode ser necessário aumentar a posologia até aos 15 mg diários. Na gravidez : nos casos de deficiência em folatos estabelecida 5 mg diários mantidos até ao término da gravidez. Na prevenção de defeitos do tubo neural do feto para mulheres que planejam engravidar e conhecidas por ser de risco 5 mg diários iniciados pelo menos 3 meses antes da concepção e mantidos durante todo o primeiro trimestre. Administração oral. Carência de Vit. B9 Ácido fólico, folacina ou ácido pteroil-L-glutâmico MECANISMO DE AÇÃO: O Ácido fólico, como é bioquimicamente inativo, é convertido em ácido tetrahidrofólico e metiltetraidrofolato por dihidrofolato redutase. Esses compostos afins de Ácido fólico são transportados através células por endocitose mediada pelo recetor em que são necessários para manter a eritropoiese normal, sintetizar purinas e ácidos nucleicos timidilato, interconverter aminoácidos, metilato de RNAt, e gerar e utilizar o formiato. Usando a vitamina B12 como cofator, o ácido fólico pode normalizar os níveis elevados de homocisteína por remetilação de homocisteína em metionina via metionina sintetase. Administração oral. Carência de Vit. B9 A causa da anemia falciforme é genética Também conhecida como drepanocitose Os sintomas da Anemia falciforme resultam em: FADIGA INCHAÇO PALIDEZ TONTURA DESIDRATAÇÃO FALTA DE AR DOR NAS ARTICULAÇÕES E OSSOS A anemia falciforme resulta em eritrócitos com poiquilocitose (drepanócitos) O que resulta a anemia falciforme? O tratamento de suporte para anemia falciforme inclui: ANTIBIÓTICOS TRANSFUSÃO SANGUÍNEA ANALGÉSICOS QUIMIOTERÁPICO Hidroxicarbamida É indicado para tratamento de doentes com leucemia mielóide crônica (LMC) nas fases crônica ou acelerada da doença. Tratamento de doentes com trombocitemia essencial ou policitemia severa com elevado risco de complicações tromboembólicas. Tratamento para paciente com anemia falciforme Quimioterápico Hidroxicarbamida ADMINISTRAÇÃO: Deve beber abundantemente. As cápsulas devem ser tomadas inteiras, não devendo ser permitido que se desintegrem na boca. As cápsulas devem ser manuseadas com cuidado. Deve usar luvas ou lavar bem as mãos depois de manuseá- las. Mesmo se os riscos para o feto sejam mínimos, é preferível que as mulheres grávidas evitem manusear as cápsulas. Quimioterápico Hidroxicarbamida MECANISMO DE AÇÃO: O mecanismo de ação exato da hidroxicarbamida é desconhecido. O efeito mais importante da hidroxicarbamida parece ser o bloqueio do sistema de redutase de ribonucleotídeos, que resulta na inibição da síntese de DNA. Normalmente a resistência celular é causada por níveis superiores de redutase dos ribonucleotídeos, em resultado da amplificação genética. Quimioterápico Essa anemia é promovida pela secreção renal insuficiente de eritropoetina. Os sintomas da Anemia por insuficiência renal crônica resultam em: FADIGA DOR DE CABEÇA PALIDEZ TONTURA FALTA DE AR A anemia por insuficiência renal crônica resulta em eritrócitos, normocíticos e normocrômicos. ocasionalmente com poiquilocitose (equinócitos e acantócitos) O tratamento para anemia por insuficiência renal crônica é administrado através de: injeções parenterais Epoetina alfa É indicado para tratamento da anemia sintomática associada à insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e pediátricos. Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com doença maligna não-mielóide submetidos a quimioterapia. ADMINISTRAÇÃO: via subcutânea ou por via intravenosa. Epoetina alfa POSOLOGIA: Com o objetivo de corrigir anemia, a sua dose inicial de Epoetina alfa por quilograma do seu peso corporal será: 0,75 microgramas uma vez de quinze em quinze dias, ou 0,45 microgramas uma vez por semana. Também pode ser utilizado 1,5 microgramas/kg mensalmente, como dose inicial, para doentes adultos que não estão em diálise. Epoetina alfa MECANISMO DE AÇÃO: A eritropoietina humana é uma hormônio glicoproteico endógeno que é o principal regulador da eritropoiese através da interação específica com o receptor de eritropoietina nas células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea. A produção da eritropoietina e a sua regulação ocorrem principalmente nos rins em resposta a alterações na oxigenação dos tecidos. A produção de eritropoietina endógena está alterada emdoentes com insuficiência renal crônica e a principal causa da sua anemia é devida à deficiência de eritropoietina. Epoetina beta É indicado para tratamento da anemia sintomática associada à insuficiência renal crónica (IRC) em doentes adultos e crianças. Tratamento da anemia sintomática em doentes adultos com neoplasia não-mielóide, a receber quimioterapia. Aumentar a colheita de sangue autólogo em doentes num programa de doação prévia. ADMINISTRAÇÃO: Via subcutânea e intravenosa Epoetina beta O tratamento com divide-se em duas fases: a) Correção da anemia A dose inicial, para injeção sob a pele é de 20 UI, por 1 kg de peso corporal, por injeção, administrada três vezes por semana. b) Manutenção do nível adequado de glóbulos vermelhos a dose é reduzida para metade da dose utilizada na correção da anemia, após ser atingido um nível aceitável de glóbulos vermelhos. Epoetina beta MECANISMO DE AÇÃO: A eritropoetina é uma glicoproteína que estimula a formação de eritrócitos a partir das células progenitoras da linhagem eritrocitária; atua como fator estimulante das mitoses e como hormônio diferenciador. A eficácia biológica da epoetina beta foi demonstrada, após administração intravenosa e subcutânea, em vários modelos animais in vivo (rato normal, rato urémico, ratinho policitémico e cão). Após a administração da epoetina beta, o número de eritrócitos, os valores de hemoglobina e a contagem reticulocitária, bem como a taxa de incorporação de 59Fe, aumentam. Estudos com culturas de células humanas de medula óssea, demonstraram que a epoetina beta estimula especificamente a eritropoiese, não afetando a leucopoiese. KATZUNG , B. G. Farmacologia básica e clínica,13.ed. Porto Alegre 2017 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 84842010000800022 https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/complexo-ferro- dextrano/informacao-geral https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/gluconato-ferroso/informacao-geral https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/oxido-ferrico-sacarosado/informacao- geral http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao= 10754922015&pIdAnexo=2991811 https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/hidroxocobalamina/informacao-geral https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/acido-folico-vitamina-b9/informacao- geral https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/hidroxicarbamida/informacao-geral https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/epoetina-alfa/informacao-geral https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/epoetina-beta/informacao-geral https://www.researchgate.net/profile/Benito_SotoBlanco/publication/235243934_F armacologia_doSistema_Hematopoietico/links/544667480cf2f14fb80f37d3/Farmac ologia-do-Sistema-Hematopoietico.pdf
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