Buscar

Custos de produção de café com relação ao tipo de produção: manual, semimecanizado e mecanizado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAULO HENRIQUE OLIVEIRA SÁ FORTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CAFÉ COM RELAÇÃO AO 
TIPO DE PRODUÇÃO: MANUAL, SEMIMECANIZADO E 
MECANIZADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAVRAS - MG 
2018 
 
 
2 
 
PAULO HENRIQUE OLIVEIRA SÁ FORTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CAFÉ COM RELAÇÃO AO TIPO DE PRODUÇÃO: 
MANUAL, SEMIMECANIZADO E MECANIZADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Universidade Federal 
de Lavras, como parte das exigências do Curso 
de Agronomia, para a obtenção do título de 
Bacharel. 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Castro Júnior 
Orientador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAVRAS - MG 
2018 
 
3 
 
PAULO HENRIQUE OLIVEIRA SÁ FORTES 
 
 
 
 
CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CAFÉ COM RELAÇÃO AO TIPO DE PRODUÇÃO: 
MANUAL, SEMIMECANIZADO E MECANIZADO 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Universidade 
Federal de Lavras, como parte das 
exigências do Curso de Agronomia, para 
obtenção do título de Bacharel. 
 
 
 
APROVADA em 24 de janeiro de 2018. 
Dr. Luiz Gonzaga de Castro Junior UFLA 
Me. Diego Humberto de Oliveira 
Dr. Fabrício Teixeira Andrade 
Me. Eduardo César Silva UFLA 
 
 
 
Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Castro Junior 
Orientador 
 
 
 
LAVRAS-MG 
2018 
 
4 
 
 
 
 
Aos meus pais por todo apoio, exemplo de vida e carinho, 
Robson Vilela Sá Fortes e Thaís Rêgo de Oliveira. 
À minha irmã, Júnea, minha namorada, Karen, familiares e amigos, por todo 
companheirismo e incentivos. 
Dedico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À cafeicultura e todo agronegócio. 
Ofereço 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 À Universidade Federal de Lavras, especialmente ao Departamento de Agricultura 
(DAG), pela oportunidade de realização desse curso. 
 Ao Centro de Inteligência em Mercados (CIM) e à Confederação da Agricultura e 
Pecuária do Brasil (CNA), pelo provimento dos dados utilizados e pelo aprendizado fornecido. 
 Ao meu orientador, professor Dr. Luiz Gonzaga de Castro Júnior, pela amizade e 
ensinamentos em todos os momentos. 
 Mais do que colegas, aos amigos do CIM, Diegão, Ressaca, Dopado e Estevinho, pelos 
aprendizados e conhecimentos, horas de trabalho, viagens e momentos de diversão. 
 À Embrapa, pela concessão de bolsa de estudos. 
 Aos companheiros da Agronomia, Cistema Hantigo, Mula Manca e Texas, pela 
amizade, pelos ótimos momentos e convivência juntos. Sem vocês a empreita não teria sido tão 
boa. 
 Aos professores e funcionários da gloriosa UFLA que mantém sua tradição e honram 
seus princípios. 
 Muito obrigado! 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
O agronegócio brasileiro se mostra cada vez mais importante, tanto no cenário nacional quanto 
no internacional. A cafeicultura é uma das mais importantes atividades desse segmento, 
movimentando bilhões de dólares anualmente no mundo, gerando renda, empregos, sendo o 
Brasil o maior produtor e exportador mundial. Com o presente trabalho, objetivou-se avaliar os 
custos de produção da cafeicultura e suas variações em regiões com os tipos de produção 
manual, semimecanizado e mecanizado. Foram analisados os dados do Projeto Campo Futuro, 
da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de 
Aprendizagem Rural (SENAR) em parceria com o Centro de Inteligência em Mercados 
(CIM/UFLA). Os levantamentos dos custos de produção nas principais regiões produtoras do 
Brasil foram levantados por meio da metodologia de painel, e a metodologia de custeio seguiu 
Matsunaga et al. (1976). Em 2017, os dados foram obtidos em 10 municípios. Pela análise dos 
dados, observou-se que os tipos de produção influenciaram a composição dos grupos de custos, 
especialmente sobre as operações de colheita e pós-colheita devido à contratação de mão de 
obra, que nos tipos de produção manual e semimecanizado representam grande parte dos 
dispêndios. Para o tipo de produção mecanizado, constatou-se que os insumos compõem o 
grupo de custo mais expressivo. Concluiu-se que todas as regiões conseguiram cobrir o Custo 
Operacional Efetivo da produção, mas nem todas conseguiram cobrir o Custo Operacional 
Total, sendo necessário buscar continuamente o aumento de eficiência, a produtividade e a 
qualidade, assim como considerar a mecanização e o monitoramento de custos como 
ferramentas alternativas para se manter competitivo e eficiente na atividade. 
 
Palavras-chave: Cafeicultura. Custos de produção. Mecanização. 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8 
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 10 
2.1 Cafeicultura da espécie arábica.................................................................................... 10 
2.2 Mecanização na cafeicultura......................................................................................... 12 
2.3 Custos de produção...................................................................................................... ..14 
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 16 
3.1 Metodologia de levantamento de custos de produção................................................. 16 
3.2 Composição dos custos de produção....... ............................................................................16 
3.3 Indicadores contábeis ..............................................................................................................18 
3.4 Tipos de produção ....................................................................................................................18 
3.4.1 Produção manual ...........................................................................................................19 
3.4.2 Produção semimecanizada ............................................................................................19 
3.4.3 Produção mecanizada.................................................................................................... 20 
3.5 Municípios ............................................................................................................................. .....20 
4 RESULTADOS .......................................................................................................... 22 
4.1 Sistema manual .........................................................................................................................22 
4.1.1 Brejetuba – ES ................................................................................................................23 
4.1.2 Caconde – SP ..................................................................................................................24 
4.1.3 Santa Rita do Sapucaí – MG .........................................................................................25 
4.2 Sistema semimecanizado ...............................................................................................26 
4.2.1 Apucarana – PR .............................................................................................................27 
4.2.2 Guaxupé – MG ...............................................................................................................28 
4.2.3 Manhumirim – MG .......................................................................................................294.3 Sistema mecanizado .................................................................................................................30 
4.3.1 Capelinha – MG .............................................................................................................31 
4.3.2 Franca – SP .....................................................................................................................32 
4.3.3 Luís Eduardo Magalhães – BA .....................................................................................33 
4.3.4 Monte Carmelo – MG ....................................................................................................34 
5 DISCUSSÃO .............................................................................................................. 36 
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 41 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 42 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 A cada ano o agronegócio brasileiro se mostra mais importante, sendo um dos mais 
respeitáveis players no mercado global. No ambiente nacional ele teve papel fundamental na 
contribuição da retomada de crescimento econômico bem como na redução da inflação do país, 
sendo responsável por 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, de acordo com a 
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA, 2017). 
 O café, que é uma das bebidas mais consumidas do mundo, tem várias regiões 
especializadas em sua produção devido às suas aptidões e teve grande papel no ciclo econômico 
do país no século XIX (MEDEIROS; RODRIGUES, 2017). O Brasil é o maior produtor e 
exportador mundial. A estimativa para a safra 2017/2018 é 44,97 milhões de sacas beneficiadas. 
Na safra 2016/2017 produziu 51,37 milhões de sacas em uma área plantada de 2,21 milhões de 
hectares, sendo que 345 mil hectares (15,6%) são áreas em formação. No que diz respeito ao 
Coffea arabica, objeto deste estudo, ele representa 76% da produção total, sua área com 
lavouras representa 81%, ou seja, 1,78 milhão de hectares, e o restante da produção é de Coffea 
canephora. A produção brasileira equivale a aproximadamente 30% da produção mundial e o 
país exporta por ano uma média de 34 milhões de sacas (CONAB, 2017). No ano de 2017, até 
o mês de novembro o país movimentou com exportações o valor em torno de US$4 bilhões de 
dólares (CNA, 2017). 
 Para conseguir ser destaque no cenário mundial os produtores devem buscar um 
contínuo aperfeiçoamento das técnicas produtivas. Isso significa melhorar seus sistemas de 
produção profissionalizando a gestão de seus recursos e buscando a redução dos custos de 
produção. 
 Para o melhor uso dos recursos produtivos a mecanização na cafeicultura tem avançado 
cada vez mais, sendo utilizada desde o preparo do solo, no transplantio das mudas, nas 
adubações e outros tratos culturais e, por fim, na operação mais onerosa no ciclo produtivo, a 
colheita. Tal fato ocorre devido ao aumento do custo de mão de obra e que, em alguns casos, 
se encontra escassa em algumas regiões produtoras (LANNA; REIS, 2012). Ainda, a utilização 
da mecanização busca ganhos, tanto de produtividade e eficiência dos processos, quanto de 
qualidade do produto. 
 Aliado ao melhor uso dos recursos, está presente o acompanhamento dos custos de 
produção, sendo este uma ferramenta importante nos processos de tomadas de decisões na 
empresa rural. Sua utilização está ligada não somente ao recurso monetário aplicado à atividade, 
9 
 
mas também na eficiência dos fatores produtivos adotados em seus esforços de produzir 
(MARTIN, 1994). 
 Os dados dos custos de produção são utilizados também em nível governamental, sendo 
a base para a discussão de políticas públicas para as cadeias e setores produtivos com o intuito 
de estabelecer planos de crédito rural e de preços mínimos. Nesse contexto a CNA, em seu 
projeto denominado “Campo Futuro”, que será descrito adiante, realiza o levantamento de 
custos de produção de café no país conforme a metodologia de custo operacional desenvolvida 
por Matsunaga et al. (1976). 
 Nessa conjuntura objetivou-se avaliar os custos de produção e suas variações em regiões 
com tipos de produção manual, semimecanizado e mecanizado, bem como a influência da 
mecanização na produção de café. A análise foi feita com base em 10 painéis de coletas de 
dados realizados no ano de 2017 através do projeto supracitado. 
 Para tanto, acredita-se que a mecanização seja um meio que contribua para o aumento 
de produtividade, a redução dos custos de produção, o incremento de processos produtivos e 
melhorias na qualidade do grão produzido. Já o acompanhamento dos custos tem suma 
importância nas estratégias a serem adotadas na busca de processos com maior eficiência e 
obtenção de lucro. 
 
10 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Cafeicultura da espécie Coffea arabica 
 O café está presente entre as principais commodities do mundo em valor de mercado 
(TALBOT, 2004). Ele é considerado uma commodity agrícola tropical, pois é produzido 
exclusivamente por países de clima tropical e consumido em sua maior parte pelos países 
desenvolvidos. Essa associação acontece geralmente por refletir uma forte herança colonial, 
que tem como caraterização a dependência econômica de muitos países com relação à 
exportação desses gêneros agrícolas e pela regulação dos mercados quase sempre exercida pelos 
agentes localizados nos países importadores (RATI, 2015). 
 Sendo reconhecido, de forma histórica, como o maior produtor de café do mundo, o 
Brasil tem como sua principal região produtora o estado de Minas Gerais. Neste, está mais da 
metade da área ocupada com lavouras encontradas no território nacional, que equivale a mais 
de 1,2 milhão de hectares na safra de 2016/2017, somando-se áreas em produção com áreas em 
formação (CONAB, 2017). A Figura 1 ilustra as principais regiões brasileiras produtoras de 
café. 
 
Figura 1: Distribuição geográfica dos estados produtores no Brasil 
Fonte: Adaptado de CONAB, 2014. 
 
11 
 
 Na Figura 1, as áreas plantadas com a espécie arábica são preenchidas com a cor verde 
clara e as áreas de robusta com a cor verde escura. No caso de regiões que possuem lavouras 
das duas espécies, são preenchidas de amarelo. 
 Minas Gerais tem como principais regiões produtoras o Sul e o Centro-Oeste, que são 
responsáveis por mais da metade do café produzido no estado, seguidos pelas regiões do 
Cerrado Mineiro, Zona da Mata e outras. A segunda maior área com lavouras é o estado de São 
Paulo, com mais de 210 mil hectares, seguido pelo Espírito Santo com 166 mil hectares, pela 
Bahia com 105 mil hectares e pelos estados do Paraná e Rio de Janeiro, com 49 mil e 13 mil 
hectares cada. As outras regiões produtoras somadas representam a área de aproximadamente 
14 mil hectares (CONAB, 2017). 
 No fator produtividade, em sacas de 60kg por hectare, de cada região, é possível 
perceber uma desarmonia entre estados e regiões, conforme Figura 2: 
 
Figura 2: Produtividade das regiões produtoras. 
Fonte: CONAB (2017). 
 
Essas diferenças se devem por alguns motivos, como as singularidades de clima, a 
qualidade e disponibilidade de mão de obra, ao uso e acesso a informações técnicas e gerenciais, 
entre outros. No estado de Minas Gerais, por exemplo, algumas áreas são de difícil mecanização 
devido aos seus relevos acidentados, principalmente na região Sul. Dessa forma, operações 
12 
 
preventivas e corretivas tem dificuldades em sua execução e refletem diretamente nos 
indicadores de qualidade e produtividade (RATI, 2015).Já para as regiões do Oeste da Bahia (Cerrado), Cerrado Mineiro e Goiás (apesar deste 
possuir menor área produtiva), as lavouras contam com sistema de irrigação em grande parte 
de suas áreas, possuem relevo plano que permitem uma colheita completamente mecanizada e 
o emprego de um alto nível tecnológico. Essa combinação resulta em bons resultados no fim de 
cada ciclo. 
 Como pode ser observado, a possibilidade de mecanização influencia de alguma forma 
no processo produtivo na cafeicultura. No próximo item isso será abordado. 
 
2.2 Mecanização na cafeicultura 
A possibilidade de mecanização de um processo produtivo é importante para trazer 
maior eficiência e redução de custos, uma vez que a mão de obra manual nas lavouras vem 
diminuindo e, por outro lado, encarece com o passar dos anos devido a política governamental 
de recuperar o poder de compra do salário mínimo. Sua dependência compromete o custo de 
produção da cafeicultura e afeta a sua lucratividade. Pensando na colheita, que é a operação 
mais onerosa e complexa da atividade, muitos utilizam sua mecanização desde a década de 70 
com o objetivo de diminuir seus custos operacionais (MATIELLO et al., 2010; VEGRO et al., 
2011; LANNA; REIS, 2012). 
Segundo Ortega et al. (2009), a mecanização aconteceu, primeiramente, com os 
instrumentos acopláveis ao trator (preparo de solo, plantio e tratos culturais) e, em seguida, com 
o processo de colheita. Inicialmente, em 1970, derriçadeiras acopladas aos tratores foram 
concebidas. Na década de 80 surgiram as máquinas automotrizes, que tiveram seus 
desempenhos intensificados a partir dos anos 90 com menores danos às plantas. Juntamente 
com a tecnologia, outro ponto que contribuiu para a percepção de rentabilidade e produtividade 
por área, foi a reorganização do estande de plantas que diminuíram as distâncias, tanto entre 
linhas, quanto entre plantas. 
A mecanização da colheita de café vem sendo estudada por diversos autores ao longo 
dos anos, assim como pesquisas e aprimoramentos das máquinas tem sido realizados cada vez 
mais com o objetivo de aumentar a eficiência do processo. 
De acordo com Ortega et al. (2009), a colheita mecanizada eleva expressivamente o 
rendimento da operação, uma vez que uma colhedora é capaz de colher, em média, 60 sacas de 
café beneficiado por hora. Essa constatação, aliada ao período em que a máquina trabalha 
13 
 
diariamente, permite que um contingente de aproximadamente 100 trabalhadores seja 
substituído em um único dia de serviço. Ainda, em seu trabalho, há a afirmação de que “poupa 
de 30% a 40% dos custos de produção, quando comparados com o uso da mão de obra volante”. 
Ligado a esses fatores existe a questão de que a colheita mecanizada traz melhorias a qualidade 
do café colhido, uma vez que realiza uma colheita seletiva em proveito dos frutos maduros, 
deixando para uma operação posterior os frutos verdes no momento que são mais difíceis de 
serem derriçados através do processo de vibração. Também, permite que a finalização da 
colheita aconteça mais cedo, atendendo os talhões nos momentos certos (SILVA et al., 2013). 
Em outros trabalhos são mencionadas reduções de custos em valores de 60% pela 
utilização de colheita mecanizada. Esse processo sendo realizado com eficiência máxima, ou 
seja, com uma correta regulagem da vibração das hastes e velocidade de trabalho da máquina, 
conforme a lavoura, minimiza a necessidade de repasse manual. Mais uma possibilidade para a 
redução dos custos é a de realizar a colheita com repetidas passadas da máquina, podendo até 
substituir o repasse manual (LANNA; REIS, 2012; OLIVEIRA et al., 2007a; SANTINATO et 
al., 2013a; SANTINATO et al., 2015). 
Para Santinato et al. (2015), esta redução ocorre, tanto para lavouras com carga alta 
(121,54 sacas por hectare), quanto para lavouras que estejam com carga intermediária (50,78 
sacas por hectare), e se mostra viável com o uso de colhedora própria ou alugada, de acordo 
com as Tabelas 1 e 2: 
 
Tabela 1: Custos de colheita em lavoura com carga alta utilizando várias operações. 
Fonte: Santinato et al. (2015). 
 
A colheita mecanizada com apenas uma operação tem custo maior uma vez que, devido 
a alta carga das plantas, demandou uma maior atenção com repasse manual pelo fato de ter 
deixado maior quantidade de café remanescente, não sendo necessário também mais do que 3 
14 
 
operações para retirar todos os frutos das plantas. Assim houve redução de custos de até 57,36% 
para casos de colhedora própria e de até 51,47% para colhedora alugada. 
 
Tabela 2: Custos de colheita em lavoura com carga intermediária utilizando várias operações. 
Fonte: Santinato et al. (2015). 
 
Para lavouras com carga intermediária também é possível constatar a economia de 
custos com a utilização de máquinas na colheita, não sendo necessária a quarta operação. 
Os tratos culturais e a colheita mecanizada podem trazer grandes economias para o custo 
de produção na produção de café. Existem elementos que devem ser observados para uma boa 
execução das operações, como a topografia da área, espaçamento e carga das lavouras e 
momentos corretos de realização das atividades. Aliada a mecanização o acompanhamento de 
custos se mostra como mais uma ferramenta para mensuração das despesas e tomada de 
decisões. 
 
2.3 Custos de produção 
 Segundo a CNA (2017), “a administração financeira da propriedade rural deve receber 
a mesma atenção que as atividades de produção. Tão importante quanto saber produzir, é saber 
comercializar a produção, vender e comprar de maneira estratégica”. 
 Os custos de produção têm grande importância na administração de empresas e nos 
negócios agrícolas não é diferente, principalmente pelo aumento contínuo na competitividade 
do setor. Segundo Martin et al. (1994), essa importância ocorre “quer na análise da eficiência 
da produção de determinada atividade, quer na análise de processos específicos de produção, 
os quais indicam o sucesso de determinada empresa no seu esforço de produzir”. Para Oliveira 
(2014), a cafeicultura tem enfrentado uma grande dificuldade que é justamente a de elevação 
sistêmica dos custos de produção ao decorrer dos anos, pelas variações dos preços dos recursos 
15 
 
produtivos. Assim, o acompanhamento e estimativa dos custos tornam-se uma poderosa 
ferramenta nos processos decisórios. 
 O Brasil, por possuir uma grande área voltada para a cafeicultura, com milhares de 
produtores, enfrenta também uma grande competitividade no mercado e o café é um dos 
agronegócios que, em muitas vezes, tem seu preço determinado pelos compradores (FREITAS, 
2017). 
 O custo de produção, a produtividade e rentabilidade da cultura estão ligados a vários 
fatores como o tipo e espaçamento das lavouras, a bienalidade, a região e o nível tecnológico 
(mecanização e insumos utilizados). Dessa forma fica claro a importância em alocar e 
identificar os custos para que se tenha uma análise correta sobre os processos produtivos e suas 
possíveis reduções e sobre os valores recebidos para cobri-los e gerar lucratividade (FEHR et 
al., 2012) 
 Na visão de Oliveira et al. (2008), o custo de produção é uma importante ferramenta 
para avaliar o desempenho econômico e se esses forem averiguados constantemente concedem 
ao empresário agrícola oportunidades para checar se seus recursos estão sendo bem empregados 
e gerando retornos. 
Para o levantamento dos custos de produção do projeto Campo Futuro é utilizada a 
metodologia de custo operacional de Matsunaga et al. (1976), que foi adotada pelo mesmo por 
considerá-la objetiva. Para tanto o custo é composto pela somatória dos valores de todos os 
serviços produtivos dos fatores aplicados na produção,sendo o resultado dessa soma o 
desembolso realizado durante um ciclo. Essa metodologia evita os cálculos baseados em 
avaliações subjetivas visto que o objetivo do custo operacional é ser um indicador das decisões 
de produção (FREITAS, 2017). 
A composição de custo operacional é feita por custos denominados variáveis e por uma 
parcela dos custos fixos. Dentro dos custos variáveis estão os desembolsos em dinheiro, mão 
de obra, sementes, mudas, fertilizantes, defensivos, combustíveis, reparos, alimentação e juros 
bancários. Os custos fixos são compostos pela depreciação de bens duráveis utilizados no 
processo produtivo e o valor da mão de obra familiar que, mesmo não sendo remunerada, realiza 
serviços básicos e essenciais ao desenvolvimento da atividade produtiva. Além destes, também 
são apropriados os impostos e taxas por estarem ligados à produção. Os custos que são comuns 
à empresa agrícola devem ser rateados de maneira proporcional e baseada em um critério 
específico. 
 
16 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 São várias as metodologias de pesquisa adotadas para levantamento e análise de custos 
de produção, seja na cafeicultura ou em outro tipo de atividade. Para tanto, o Centro de 
Inteligência em Mercados (CIM) que fica sediado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), 
realizou adequações naquelas para levantar os custos de produção no projeto Campo Futuro. 
 Este projeto foi concebido por iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do 
Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) para o levantamento 
anual e acompanhamento mensal dos custos de produção de várias atividades do agronegócio 
e tem o CIM e seus pesquisadores como um de seus parceiros. O objetivo do projeto é auxiliar 
nas ações político-institucionais e sociais, aliando a capacitação do produtor à geração de 
informações que auxilie na tomada de decisões. 
 
3.1 Metodologia de levantamento de custos de produção 
 Para o levantamento das informações, a CNA identifica as principais regiões produtoras 
de cada produto e realiza painéis nos municípios que tenham significativa participação na 
produção nacional destes. Os painéis baseiam-se em reuniões técnicas in loco e seus 
participantes são os agentes da cadeia produtiva em questão, quais sejam produtores, técnicos 
da agroindústria, pesquisadores e representantes de empresas que realizam a venda de insumos, 
ou seja, pessoas que tenham um profundo conhecimento da região. 
 Nessa reunião (painel) uma propriedade modal é caracterizada, que representa bem a 
região e, a partir disso, coeficientes técnicos, pacotes tecnológicos e os vetores de preços da 
unidade produtiva são definidos (CONAB, 2010). 
 Todas as informações do custo de produção de café são inseridas em uma planilha do 
programa Microsoft Office Excel, previamente estruturada, desenvolvida e fornecida pelo CIM. 
Vale frisar que seu preenchimento acontece com o consenso de todos os participantes presentes. 
Por conseguinte, a CNA mantém um banco de dados e as matrizes de custos e as informações 
sobre as receitas médias continuam sendo atualizadas mensalmente para acompanhamento e, 
ainda, para gerar um boletim técnico trimestral chamado “Ativos do Campo”. 
 
3.2 Composição dos custos de produção 
 A pesquisa realizada pelo projeto Campo Futuro leva em consideração o Custo 
Operacional Efetivo (COE), descrito por Matsunaga et al. (1976). O COE é composto por todos 
17 
 
os custos efetivamente desembolsados no ciclo da cultura, representando todos os elementos de 
custos gerados pela relação entre os coeficientes técnicos e os seus preços, os gastos 
administrativos, os custos financeiros do capital de giro e o inventário. O COE representa a 
capacidade do produtor em honrar todos os dispêndios realizados no processo produtivo e 
sempre será renovado em cada ciclo (CNA, 2017). 
 Outro indicador financeiro é o Custo Operacional Total (COT). Ele corresponde ao COE 
acrescido das depreciações de maquinários, implementos, benfeitorias e lavouras perenes 
enquadradas ao processo produtivo e, ainda, o pró-labore. O COT aponta a capacidade do 
negócio em se repor a cada ciclo e em remunerar a pessoa responsável pelo gerenciamento da 
atividade (CNA 2017). 
 Por último temos o indicador econômico da atividade, representado pelo Custo Total 
(CT). Esse considera o custo de oportunidade dos bens de capital e da terra. Ele indica se a 
atividade fornece ganho econômico comparando-a com investimentos alternativos. Sua 
comparação é feita com a aplicação de uma taxa de juros de 6% ao ano sobre o capital médio 
investido. O custo de oportunidade da terra equivale ao valor de arrendamento de terras 
semelhantes na mesma região produtora. O Gráfico 1, a seguir, ilustra os 3 tipos de custos: 
 
Gráfico 1: Indicadores dos custos de produção. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de CNA (2017). 
 
 
 
R$ 0,00
R$ 2,00
R$ 4,00
R$ 6,00
R$ 8,00
R$ 10,00
R$ 12,00
Município "A"
Custo de Oportunidade
(CT)
Depreciação + Pró-labore
(COT)
COE
18 
 
3.3 Indicadores contábeis 
 A partir do método descrito, são apresentados indicadores contábeis que expressam se 
as unidades produtivas geram lucro ou prejuízo, se os custos são maiores ou menores que preço 
de venda da produção: 
a. Receita Bruta Total (RBT): é calculada em determinado exercício e compreende o 
valor de todos os produtos obtidos como resultados do processo de produção da 
propriedade sobre o ciclo produtivo. Deve ser comparada com o custo de produção 
para se avaliar a atratividade da exploração. 
b. Margem Bruta (MB): é o resultado da subtração entre receita bruta e o custo 
operacional efetivo (MB = RBT – COE). Caso seja positiva, indica que o custeio da 
atividade pode ser saldado e a mesma sobreviverá em curto prazo. Caso contrário, 
seja negativa, indica que a atividade econômica é subsidiada. 
c. Margem Líquida (ML): é a diferença entre a receita bruta e o custo operacional (ML 
= RBT – COT). Se a ML for positiva, indica que a atividade se manterá no médio e 
longo prazos, pois a receita pagará os custos de desembolso, remunerará o produtor 
e cobrirá os custos com depreciação. Caso seja negativa, indica que o produtor não 
será remunerado de forma adequada e que os custos de depreciação não serão 
totalmente cobertos, podendo ocasionar “sucateamento/descapitalização” da 
propriedade. 
d. Lucro (L): é o resultado da subtração entre a receita bruta e o custo total (L = RBT 
– CT). Se o lucro for positivo, significa que se o produtor alocar seus recursos na 
atividade agropecuária, terá um rendimento maior que a atividade alternativa. Se o 
lucro for nulo, significa que o retorno do capital investido é o mesmo em 
comparação com a atividade alternativa, Por fim, se não houver lucro, significa que 
o produtor deixou de ganhar o rendimento da atividade alternativa ao alocar seus 
recursos na atividade agropecuária. 
 
3.4 Tipos de produção 
 O tipo de produção adotado na cafeicultura está ligado a três fatores, quais sejam, a 
topografia da região (propriedade), o tamanho da área com lavouras e o poder aquisitivo do 
proprietário. Dessa forma, encontram-se os tipos de produção manual, semimecanizado e 
mecanizado. 
19 
 
3.4.1 Produção manual 
 O sistema manual se caracteriza pela realização dos tratos culturais e da colheita de 
forma totalmente manual. No que tange aos custos de produção, o uso de máquinas acopladas 
ao corpo humano, ou o uso de máquinas automotoras apenas para o transporte interno de 
materiais e insumos, não caracterizam o tipo de produção como mecanizado. 
Figura 5: Colheita manual. 
Fonte: Folha Espigão (2002). 
 
3.4.2 Produção semimecanizadaEsse sistema é caracterizado pela adoção de máquinas automotoras apenas nos tratos 
culturais da lavoura, como pulverizações, adubações e capinas, por exemplo, sendo a colheita 
realizada de forma manual. 
Figura 6: Aplicação de fertilizante foliar. 
Fonte: Yara (ano desconhecido). 
20 
 
3.4.3 Produção mecanizada 
 O sistema mecanizado caracteriza-se pela utilização de maquinários automotores em 
todas as operações da lavoura, ou seja, tanto nos tratos culturais, quanto na colheita. Um dos 
fatores preponderantes para adoção deste sistema é a topografia da propriedade. 
Figura 7: Colheita mecanizada. 
 
Fonte: Site Fala Barreiras (2014). 
 
3.5 Municípios 
 No ano de 2017 o projeto Campo Futuro realizou 10 painéis de levantamento de custos 
de produção da espécie Coffea arabica, em 5 estados brasileiros. Os municípios divididos por 
seus respectivos tipos de produção foram: 
1. Sistema manual: 
1.1. Brejetuba – ES; 
1.2. Caconde – SP; 
1.3. Santa Rita do Sapucaí – MG. 
2. Sistema semimecanizado: 
2.1. Apucarana – PR; 
2.2. Guaxupé – MG; 
2.3. Manhumirim – MG. 
21 
 
3. Mecanizado: 
3.1. Capelinha – MG; 
3.2. Franca – SP; 
3.3. Luís Eduardo Magalhães – BA 
3.4. Monte Carmelo – MG. 
 
 
22 
 
4 RESULTADOS 
 O levantamento de dados abrangeu as principais regiões produtoras de Coffea arabica, 
nos principais estados produtores, quais sejam, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e 
São Paulo. 
 Na safra 2016/2017 o custo operacional efetivo (COE) médio foi de R$320,90 por saca 
de 60kg, o custo operacional total (COT) em R$390,46 por saca e o custo total (CT) de 
R$482,22 por saca (GRÁFICO 2). Os resultados e descrição dos municípios serão apresentados 
a seguir. 
 
Gráfico 2: valores médios da produção de Coffea arabica. 
 
Fonte: elaborado pelo autor a partir de CNA (2017). 
 
4.1 Sistema manual 
 Na produção de café com operações manuais observa-se um grande desembolso com o 
grupo de colheita e pós-colheita, com uma média de 45,80%, na composição do COE, visto que 
há a necessidade de contratar mão de obra para a realização de derriça manual. É importante 
lembrar que a colheita não é caracterizada como semimecanizada ou mecanizada pelo uso de 
máquina acopladas ao corpo. O Gráfico 3 apresenta a composição média do COE nesse sistema, 
a partir do cálculo da média ponderada. 
 
R$ 320,90
R$ 390,46
R$ 482,22
Custo médio café arábica 2016/2017
Custo Operacional Efetivo (COE)
Custo Operacional Total (COT)
Custo Total (CT)
23 
 
Gráfico 3: Composição do COE para sistema manual. 
 
Fonte: elaborado pelo autor a partir de CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.1.1 Brejetuba – ES 
 O município de Brejetuba está localizado na região das Montanhas do Espírito Santo. 
Possui 12.838 habitantes, em uma área de aproximadamente 35.440,4 hectares. Sua área 
agrícola é de 19.832 ha, divididos entre 821 estabelecimentos agropecuários. As áreas com 
lavouras de café ocupam 14.000 ha, cerca de 70,59% da área agrícola total do município (IBGE, 
2017). O clima da região, conforme a classificação Köppen-Geiger, é do tipo “Cfa”, temperado 
úmido com verão quente. Sua temperatura e pluviosidade média anual são de 20,5°C e 1.274 
mm, respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 10 ha, produtividade média de 28 sacas por hectare e cultivo em sequeiro (não 
irrigado). É o município com os menores valores de produtividade, COE, COT e de receita 
(preço de venda). As informações referentes a valores e participação dos grupos de custo são 
vistas a seguir (TABELA 3). 
 
 
Colheita e Pós-
colheita; 45,80%
Condução da lavoura; 
15,64%
Gastos gerais; 11,77%
Juros de custeio; 
2,47% Corretivos; 0,81%
Fertilizantes; 18,57%
Produtos 
Fitossanitários; 4,96%
Outra; 24,33%
Colheita e Pós-colheita Condução da lavoura Gastos gerais Juros de custeio
Corretivos Fertilizantes Produtos Fitossanitários
24 
 
Tabela 3 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Brejetuba 
Contas R$/sc Participação 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 27,00 6% 
Mecanização 0,00 0% 
Insumos 66,61 15% 
Colheita e pós colheita 145,93 33% 
Gastos gerais 35,81 8% 
Juros de custeio 4,09 1% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 279,44 63% 
Depreciações - (B) 57,97 13% 
Pró-labore - (C) 0,00 0% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 337,41 77% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 6,03 1% 
Remuneração Terra - (F) 53,57 12% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 43,22 10% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 440,23 100% 
Receita (R$/sc) 430,18 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.1.2 Caconde – SP 
 O município de Caconde está localizado na região da Mogiana em São Paulo, divisa 
com a região Sul de Minas Gerais. Possui 19.025 habitantes, em uma área de aproximadamente 
46.821,5 hectares. Sua área agrícola é de 36.766 ha, divididos entre 1.674 estabelecimentos 
agropecuários. As áreas com lavouras de café ocupam 7.800 ha, cerca de 21,22% da área 
agrícola total do município (IBGE, 2017). O clima da região, conforme a classificação Köppen-
Geiger, é do tipo “Cwa”, temperado úmido com inverno seco e verão quente. Sua temperatura 
e pluviosidade média anual são de 20,1°C e 1.479 mm, respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 5 ha, produtividade média de 50 sacas por hectare e cultivo em sequeiro (não 
irrigado). É o município com o menor valor de CT e com os maiores valores de produtividade, 
receita (preço de venda), margem bruta, margem líquida e lucro. As informações referentes a 
valores e participação dos grupos de custo são vistas a seguir (TABELA 4). 
 
 
 
 
25 
 
Tabela 4 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Caconde 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 27,93 6% 
Mecanização 7,22 2% 
Insumos 96,80 22% 
Colheita e pós colheita 117,30 27% 
Gastos gerais 27,58 6% 
Juros de custeio 8,35 2% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 285,18 66% 
Depreciações - (B) 60,19 14% 
Pró-labore - (C) 0,00 0% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 345,37 79% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 4,24 1% 
Remuneração Terra - (F) 47,33 11% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 38,30 9% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 435,23 100% 
Receita (R$/sc) 450,75 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.1.3 Santa Rita do Sapucaí – MG 
 O município de Santa Rita do Sapucaí está localizado na região Sul de Minas Gerais. 
Possui 42.324 habitantes, em uma área de aproximadamente 35.296,9 hectares. Sua área 
agrícola é de 26.446 ha, divididos entre 387 estabelecimentos agropecuários. As áreas com 
lavouras de café ocupam 5.460 ha, cerca de 20,65% da área agrícola total do município (IBGE, 
2017). O clima da região, conforme a classificação Köppen-Geiger, é do tipo “Cwa”, temperado 
úmido com inverno seco e verão quente. Sua temperatura e pluviosidade média anual são de 
20,0°C e 1.396 mm, respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 20 ha, produtividade média de 30 sacas por hectare e cultivo em sequeiro (não 
irrigado). É o município com os maiores valores de COE, COT e CT e com os menores valores 
de margem bruta, margem líquida (negativo) e com o maior prejuízo. As informações referentes 
a valores e participação dos grupos de custo são vistas a seguir (TABELA 5). 
 
 
 
 
 
26 
 
Tabela 5 - Propriedadetípica e situação econômico-financeira de Santa Rita do Sapucaí 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 58,73 11% 
Mecanização 3,42 1% 
Insumos 83,65 15% 
Colheita e pós colheita 168,75 31% 
Gastos gerais 44,18 8% 
Juros de custeio 9,21 2% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 367,95 67% 
Depreciações - (B) 51,22 9% 
Pró-labore - (C) 40,00 7% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 459,17 83% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 5,74 1% 
Remuneração Terra - (F) 47,00 9% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 39,70 7% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 551,61 100% 
Receita (R$/sc) 449,00 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
 Conforme a CNA (2017), Santa Rita do Sapucaí possui os maiores custos devido aos 
salários pagos na propriedade modal. 
 
4.2 Sistema semimecanizado 
 Na produção de café com os tratos culturais mecanizados observa-se também um grande 
aporte financeiro no grupo de colheita e pós-colheita, com uma média de 47,16%, na 
composição do COE, visto que, do mesmo modo, há a necessidade de contratar mão de obra 
para a realização de derriça manual. Frisa-se que nesse sistema a colheita é considerada manual. 
O Gráfico 4 apresenta a composição média do COE nesse sistema, a partir do cálculo da média 
ponderada. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Gráfico 4: Composição do COE para sistema semimecanizado. 
 
Fonte: elaborado pelo autor a partir de CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.2.1 Apucarana – PR 
 O município de Apucarana está localizado na região do Norte Pioneiro do Paraná. Possui 
132.691 habitantes, em uma área de aproximadamente 55.838,9 hectares. Sua área agrícola é 
de 50.364 ha, divididos entre 1.834 estabelecimentos agropecuários. As áreas com lavouras de 
café ocupam 1.820 ha, cerca de 3,61% da área agrícola total do município (IBGE, 2017). O 
clima da região, conforme a classificação Köppen-Geiger, é do tipo “Cfb”, temperado úmido 
com verão temperado. Sua temperatura e pluviosidade média anual são de 18,8°C e 1.507 mm, 
respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 5 ha, produtividade média de 33 sacas por hectare e cultivo em sequeiro (não 
irrigado). É o município com os menores valores de produtividade e de receita (preço de venda). 
As informações referentes a valores e participação dos grupos de custo são vistas a seguir 
(TABELA 6). 
 
 
 
Colheita e Pós-
colheita; 47,16%
Condução da lavoura; 
12,90%
Gastos gerais; 10,26%
Juros de custeio; 
3,21%
Corretivos; 1,15%
Fertilizantes; 16,92%
Produtos 
Fitossanitários; 8,40%
Outra; 26,47%
Colheita e Pós-colheita Condução da lavoura Gastos gerais Juros de custeio
Corretivos Fertilizantes Produtos Fitossanitários
28 
 
Tabela 6 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Apucarana 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 33,09 6% 
Mecanização 18,50 4% 
Insumos 80,50 16% 
Colheita e pós colheita 157,43 31% 
Gastos gerais 38,11 7% 
Juros de custeio 25,83 5% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 353,46 69% 
Depreciações - (B) 82,41 16% 
Pró-labore - (C) 0,00 0% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 435,86 85% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 1,77 0% 
Remuneração Terra - (F) 29,05 6% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 43,55 9% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 510,23 100% 
Receita (R$/sc) 435,90 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.2.2 Guaxupé – MG 
 O município de Guaxupé está localizado na região Sul de Minas Gerais. Possui 52.294 
habitantes, em uma área de aproximadamente 28.639,8 hectares. Sua área agrícola é de 19.797 
ha, divididos entre 392 estabelecimentos agropecuários. As áreas com lavouras de café ocupam 
5.600 ha, cerca de 28,29% da área agrícola total do município (IBGE, 2017). O clima da região, 
conforme a classificação Köppen-Geiger, é do tipo “Cwb”, temperado úmido com inverno seco 
e verão temperado. Sua temperatura e pluviosidade média anual são de 19,7°C e 1.486 mm, 
respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 10 ha, produtividade média de 35 sacas por hectare e cultivo em sequeiro (não 
irrigado). É o município com os maiores valores de COE, COT e CT e com os menores valores 
de margem bruta, margem líquida (negativo) e com o maior prejuízo. As informações referentes 
a valores e participação dos grupos de custo são vistas a seguir (TABELA 7). 
 
 
 
 
 
29 
 
Tabela 7 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Guaxupé 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 53,35 9% 
Mecanização 10,57 2% 
Insumos 99,57 17% 
Colheita e pós colheita 175,15 30% 
Gastos gerais 33,35 6% 
Juros de custeio 17,58 3% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 389,57 68% 
Depreciações - (B) 73,39 13% 
Pró-labore - (C) 0,00 0% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 462,96 80% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 3,68 1% 
Remuneração Terra - (F) 67,06 12% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 42,94 7% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 576,64 100% 
Receita (R$/sc) 440,00 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
Segundo a CNA (2017), o município tem custos superiores devido ao pagamento de 
pessoas durante a colheita. Os custos com essas é 21% maior que nos demais municípios. 
 
4.2.3 Manhumirim – MG 
 O município de Manhumirim está localizado na região das Matas de Minas. Possui 
22.784 habitantes, em uma área de aproximadamente 18.290 hectares. Sua área agrícola é de 
11.679 ha, divididos entre 490 estabelecimentos agropecuários. As áreas com lavouras de café 
ocupam 5.170 ha, cerca de 44,27% da área agrícola total do município (IBGE, 2017). O clima 
da região, conforme a classificação Köppen-Geiger, é do tipo “Cwa”, temperado úmido com 
inverno seco e verão quente. Sua temperatura e pluviosidade média anual são de 20,7°C e 1.228 
mm, respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 10 ha, produtividade média de 40 sacas por hectare e cultivo em sequeiro (não 
irrigado). É o município que possui os menores valores de COE, COT e CT e os maiores de 
valores de produtividade, receita (preço de venda), margem bruta, margem líquida e lucro. As 
informações referentes a valores e participação dos grupos de custo são vistas a seguir 
(TABELA 8). 
 
30 
 
Tabela 8 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Manhumirim 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 24,00 6% 
Mecanização 4,00 1% 
Insumos 77,75 19% 
Colheita e pós colheita 138,74 34% 
Gastos gerais 32,69 8% 
Juros de custeio 5,03 1% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 282,21 68% 
Depreciações - (B) 34,17 8% 
Pró-labore - (C) 0,00 0% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 316,37 77% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 5,57 1% 
Remuneração Terra - (F) 64,58 16% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 26,49 6% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 413,00 100% 
Receita (R$/sc) 442,25 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.3 Sistema mecanizado 
 Na produção de café totalmente mecanizada verifica-se que o maior aporte financeiro 
ocorre no grupo de fertilizantes, com uma média de 28,81%, na composição do COE. Nesse 
sistema todas as operações são realizadas de forma mecanizada. O Gráfico 5 apresenta a 
composição média do COE nesse sistema,a partir do cálculo da média ponderada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Gráfico 5: Composição do COE para sistema mecanizado. 
 
Fonte: elaborado pelo autor a partir de CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.3.1 Capelinha – MG 
 O município de Capelinha está localizado na região do Vale do Jequitinhonha, nas 
Chapadas de Minas Gerais. Possui 37.867 habitantes, em uma área de aproximadamente 
96.537,7 hectares. Sua área agrícola é de 54.609 ha, divididos entre 1.348 estabelecimentos 
agropecuários. As áreas com lavouras de café ocupam 5.300 ha, cerca de 9,71% da área agrícola 
total do município (IBGE, 2017). O clima da região, conforme a classificação Köppen-Geiger, 
é do tipo “Cwa”, temperado úmido com inverno seco e verão quente. Sua temperatura e 
pluviosidade média anual são de 20,5°C e 1.084 mm, respectivamente. 
A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 100 ha, produtividade média de 30 sacas por hectare e cultivo em sequeiro (não 
irrigado). É o município com o maior valor de COT e os menores valores de produtividade, 
receita (preço de venda), margem bruta, margem líquida (negativo) e maior prejuízo. As 
informações referentes a valores e participação dos grupos de custo são vistas a seguir 
(TABELA 9). 
 
 
Colheita e Pós-colheita 
; 23,13%
Condução da lavoura ; 
13,60%
Gastos gerais ; 12,50%
Juros de custeio ; 
6,77%
Corretivos ; 1,69%
Fertilizantes ; 28,81%
Produtos 
Fitossanitários ; 
15,48%
43,99%
Colheita e Pós-colheita Condução da lavoura Gastos gerais Juros de custeio
Corretivos Fertilizantes Produtos Fitossanitários
32 
 
Tabela 9 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Capelinha 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 31,69 6% 
Mecanização 26,10 5% 
Insumos 155,77 30% 
Colheita e pós colheita 75,14 14% 
Gastos gerais 39,74 8% 
Juros de custeio 20,91 4% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 349,35 67% 
Depreciações - (B) 68,89 13% 
Pró-labore - (C) 20,00 4% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 438,24 84% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 3,25 1% 
Remuneração Terra - (F) 46,60 9% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 33,28 6% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 521,37 100% 
Receita (R$/sc) 429,00 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
De acordo com a CNA (2017), o município de Capelinha, bem com Franca, tem o 
pagamento de salários na propriedade típica como colaborador direto para os maiores custos. 
 
4.3.2 Franca – SP 
 O município de Franca está localizado na região da Mogiana em São Paulo. Possui 
347.237 habitantes, em uma área de aproximadamente 60.567,9 hectares. Sua área agrícola é 
de 44.860 ha, divididos entre 967 estabelecimentos agropecuários. As áreas com lavouras de 
café ocupam 7.325 ha, cerca de 16,33% da área agrícola total do município (IBGE, 2017). O 
clima da região, conforme a classificação Köppen-Geiger, é do tipo “Cwb”, temperado úmido 
com inverno seco e verão temperado. Sua temperatura e pluviosidade média anual são de 
19,4°C e 1.564 mm, respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 35 ha, produtividade média de 33 sacas por hectare e cultivo em sequeiro (não 
irrigado). É o município com o maior valor de COE. As informações referentes a valores e 
participação dos grupos de custo são vistas a seguir (TABELA 10). 
 
 
 
33 
 
Tabela 10 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Franca 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 39,52 7% 
Mecanização 32,62 6% 
Insumos 120,54 22% 
Colheita e pós colheita 93,37 17% 
Gastos gerais 36,99 7% 
Juros de custeio 27,54 5% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 350,58 65% 
Depreciações - (B) 74,54 14% 
Pró-labore - (C) 0,00 0% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 425,12 79% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 1,94 0% 
Remuneração Terra - (F) 71,29 13% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 43,19 8% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 541,54 100% 
Receita (R$/sc) 458,00 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.3.3 Luís Eduardo Magalhães – BA 
 O município de Luís Eduardo Magalhães está localizado na região do Cerrado Baiano. 
Possui 83.557 habitantes, em uma área de aproximadamente 424.504,6 hectares. Sua área 
agrícola é de 255.807 ha, divididos entre 342 estabelecimentos agropecuários. As áreas com 
lavouras de café ocupam 2.947 ha, cerca de 1,15% da área agrícola total do município (IBGE, 
2017). O clima da região, conforme a classificação Köppen-Geiger, é do tipo “Aw”, tropical 
com estação seca de inverno. Sua temperatura e pluviosidade média anual são de 24,2°C e 1.511 
mm, respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 300 ha, produtividade média de 45 sacas por hectare e cultivo irrigado. É o município 
com menores valores de COE, COT e CT e os maiores valores de produtividade, receita (preço 
de venda), margem bruta, margem líquida e lucro. As informações referentes a valores e 
participação dos grupos de custo são vistas a seguir (TABELA 11). 
 
 
 
 
 
34 
 
Tabela 11 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Luís Eduardo Magalhães 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 12,93 4% 
Mecanização 20,60 6% 
Insumos 111,59 31% 
Colheita e pós colheita 47,70 13% 
Gastos gerais 58,31 16% 
Juros de custeio 12,66 4% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 263,79 74% 
Depreciações - (B) 49,33 14% 
Pró-labore - (C) 8,89 2% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 322,00 90% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 5,05 1% 
Remuneração Terra - (F) 6,89 2% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 24,35 7% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 358,28 100% 
Receita (R$/sc) 462,00 
Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
4.3.4 Monte Carmelo – MG 
 O município de Monte Carmelo está localizado na região do Cerrado Mineiro. Possui 
48.248 habitantes, em uma área de aproximadamente 134.303,5 hectares. Sua área agrícola é 
de 105.637 ha, divididos entre 1.375 estabelecimentos agropecuários. As áreas com lavouras 
de café ocupam 12.690 ha, cerca de 12,01% da área agrícola total do município (IBGE, 2017). 
O clima da região, conforme a classificação Köppen-Geiger, é do tipo “Aw”, tropical com 
estação seca de inverno. Sua temperatura e pluviosidade média anual são de 21,2°C e 1.444 
mm, respectivamente. 
 A propriedade modal do município é caracterizada por possuir uma área com lavouras 
de café de 50 ha, produtividade média de 40 sacas por hectare e cultivo irrigado. As informações 
referentes a valores e participação dos grupos de custo são vistas a seguir (TABELA 12). 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Tabela 12 - Propriedade típica e situação econômico-financeira de Monte Carmelo 
Contas R$/sc Participação (%) 
Mão de obra (exceto colheita e pós colheita) 10,82 2% 
Mecanização 22,77 5% 
Insumos 138,28 30% 
Colheita e pós colheita 69,35 15% 
Gastos gerais 38,39 8% 
Juros de custeio 20,63 4% 
Custo Operacional Efetivo (COE) - (A) 300,24 65% 
Depreciações - (B) 66,72 15% 
Pró-labore - (C) 11,60 3% 
Custo Operacional Total (COT) - (D) = (A + B + C) 378,55 82% 
Remuneração Capital Circulante Próprio - (E) 2,18 0% 
Remuneração Terra - (F) 45,70 10% 
Remuneração Bens de Capital - (G) 32,75 7% 
Custo Total (CT) - (H) = (D + E + F + G) 459,19 100% 
Receita (R$/sc) 443,00Fonte: Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
36 
 
5 DISCUSSÃO 
 A partir dos gráficos 3, 4 e 5 pôde-se constatar as diferentes composições dos grupos de 
custos do COE conforme o sistema de produção adotado. Para os sistemas manual (45,8%) e 
semimecanizado (47,16%), o maior desembolso acontece no grupo de colheita e pós-colheita, 
devido à necessidade de contratação de mão de obra para realização da derriça manual dos 
cafeeiros. Em seguida o grupo mais expressivo é o de insumos, composto por corretivos, 
fertilizantes e produtos fitossanitários, correspondente a 24,33% e 26,47%, respectivamente. Já 
o sistema mecanizado tem o mesmo grupo de colheita e pós-colheita sendo representado por 
23,13% de todo seu COE, enquanto que o maior desembolso acontece na utilização de insumos 
(43,99%). Para os demais grupos, os valores apresentam uma pequena diferença entre os 
sistemas. 
 Com relação aos municípios com sistema manual, observa-se pelo Gráfico 6, suas 
composições de COT de forma individualizada, em reais por saca. Nesse indicador, apenas 
Santa Rita do Sapucaí não teve uma Margem Líquida (ML) positiva, ou seja, sua receita não 
foi superior ao COT (-R$10,17). Isso significa que a atividade sofre um processo de 
descapitalização, pois a longo prazo não haverá possibilidade de renovação da capacidade 
produtiva caso o cenário continue o mesmo, mas consegue sobreviver no curto prazo, uma vez 
que permite saldar todo o custeio da atividade. Os outros dois municípios tiveram ML positiva, 
correspondente a R$92,77 para Brejetuba e R$105,38 para Caconde. Santa Rita do Sapucaí 
colheita e pós-colheita e condução da lavoura pelo custo de mão de obra contratada. Caconde 
tem o maior custo com fertilizantes, mas em contrapartida, obtém a maior ML em vista do 
menor custo de colheita e pós-colheita e maior preço de venda da saca, entre os 3 municípios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Gráfico 6: Custo Operacional Total (manual). 
 
Fonte: elaborado pelo autor a partir do Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
 Nos municípios de sistema semimecanizado o município de Guaxupé passa pela mesma 
situação de Santa Rita do Sapucaí, com o uma ML negativa (-R$22,96). Isso acontece pelos 
maiores custos com colheita e pós-colheita (salários), fertilizantes, condução da lavoura e 
produtos fitossanitários, gerando assim o maior COE (R$389,57) e COT (R$462,96) entre os 3 
municípios. Apucarana possui uma ML positiva de R$0,04, se encontrando no limite, enquanto 
que Manhumirim tem a sua equivalente a R$316,37 pelos menores custos com colheita e pós-
colheita, condução da lavoura, juros de custeio e depreciação e maior preço de venda entre as 
demais (GRÁFICO 7). Em comparação ao sistema manual, com valores médios de cada grupo 
de custo em cada sistema, o semimecanizado utiliza 72% a mais em produtos fitossanitários e 
124% a mais com juros de custeio, gerando um COE 10% e um COT 6% mais alto que o sistema 
manual. 
 
 
 
 
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
450,00
500,00
B
re
je
tu
b
a/
E
S
C
ac
o
n
d
e/
S
P
S
an
ta
 R
it
a 
d
o
 S
ap
u
ca
í/
M
G
R
$
 /
 s
a
ca
Pró-labore
Depreciação
Corretivos
Juros de custeio
Produtos Fitossanitários
Gastos gerais
Condução da lavoura
Fertilizantes
Colheita e Pós-colheita
COE
Receita Bruta
38 
 
Gráfico 7: Custo Operacional Total (semimecanizado). 
 
Fonte: elaborado pelo autor a partir do Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
 Para os municípios de sistema mecanizado, é possível perceber que os grupos de custos 
têm uma distribuição mais uniforme que os demais. Isso acontece pelo maior nível tecnológico 
e de investimento, bem como pela utilização de mecanização em todos os processos produtivos. 
Os municípios de Franca, Luís Eduardo Magalhães e Monte Carmelo apresentam ML positiva, 
significando que a atividade se manterá no médio a longo prazo, pagando todos os seus custos 
de produção, remunerando o produtor e, ainda, renovando a capacidade produtiva 
(depreciação). Nesse sistema apenas o município de Capelinha demonstra uma ML negativa (-
R$9,24), pelos maiores custos com fertilizantes, produtos fitossanitários, corretivos e pró-
labore e com o menor preço de venda dos 4 municípios, se colocando na mesma situação de 
Santa Rita do Sapucaí e Guaxupé. Luís Eduardo Magalhães e Monte Carmelo possuem os 
menores COT, que contribuem expressivamente para as maiores ML (GRÁFICO 8). Ao 
comparar aos outros sistemas, com valores médios de cada grupo de custo em cada um, o 
mecanizado tem menor desembolso com colheita e pós-colheita correspondente a 55% com o 
semimecanizado e 50% em relação ao manual, devido ao menor impacto com custos de mão de 
obra. Pelo maior nível tecnológico e investimentos nas lavouras, suas propriedades modais 
desembolsam de 22% a 41% a mais em fertilizantes e de 82% a 213% a mais em produtos 
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
450,00
500,00
A
p
u
ca
ra
n
a/
P
R
G
u
ax
u
p
é/
M
G
M
an
h
u
m
ir
im
/M
G
R
$
 /
 s
a
ca
Depreciação
Corretivos
Juros de custeio
Produtos Fitossanitários
Gastos gerais
Condução da lavoura
Fertilizantes
Colheita e Pós-colheita
COE
Receita Bruta
39 
 
fitossanitários. Com relação as depreciações, o sistema mecanizado demonstra um gasto maior 
de 2% em relação ao semimecanizado e de 15% em relação ao manual. 
 
Gráfico 8: Custo Operacional Total (mecanizado). 
 
Fonte: elaborado pelo autor a partir do Projeto Campo Futuro CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
 Com relação ao indicador econômico da atividade, o Custo Total (CT), 3 municípios 
fornecem ganhos quando comparados a investimentos alternativos. Luís Eduardo Magalhães, 
Manhumirim e Caconde aferem lucros de R$103,72, R$29,25 e R$15,52 respectivamente. Os 
demais apresentam prejuízos que vão de R$10,06 (Brejetuba) a R$136,64 (Guaxupé). Isso quer 
dizer que o produtor deixou de obter maiores rendimentos se aplicasse os recursos em outra 
atividade (GRÁFICO 9). 
 
 
 
 
 
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
450,00
500,00
C
ap
el
in
h
a/
M
G
F
ra
n
ca
/S
P
L
u
ís
 E
d
u
ar
d
o
 M
ag
al
h
ãe
s/
B
A
M
o
n
te
 C
ar
m
el
o
/M
G
R
$
 /
 s
a
ca
Pró-labore
Depreciação
Corretivos
Juros de custeio
Gastos gerais
Produtos Fitossanitários
Condução da lavoura
Colheita e Pós-colheita
Fertilizantes
COE
Receita Bruta
40 
 
Gráfico 9: Custo Total de todos os sistemas de produção. 
 
Fonte: elaborado pelo autor a partir de CNA (2017), CIM/UFLA. 
 
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
B
re
je
tu
b
a/
E
S
C
ac
o
n
d
e/
S
P
S
an
ta
 R
it
a 
d
o
 S
ap
u
ca
í/
M
G
A
p
u
ca
ra
n
a/
P
R
G
u
ax
u
p
é/
M
G
M
an
h
u
m
ir
im
/M
G
C
ap
el
in
h
a/
M
G
F
ra
n
ca
/S
P
L
u
ís
 E
d
u
ar
d
o
 M
ag
al
h
ãe
s/
B
A
M
o
n
te
 C
ar
m
el
o
/M
G
Manual Semimecanizado Mecanizado
R
$
 /
 s
c
COE Depreciações + Pró-labore (COT) Custo de oportunidade (CT) Receita Bruta
41 
 
6 CONCLUSÃO 
 A cafeicultura é uma notável atividade do agronegócio brasileiro, com uma participação 
mundial respeitável e está inserida em um ambiente altamente competitivo eque é 
autorregulado pelo próprio mercado. Esse pode sofrer várias influências como a oscilação de 
preços, ligados a fatores como oferta e demanda, políticas econômicas e taxa de câmbio. 
 No ano de 2017 todas as regiões conseguiram vender seu produto por um preço maior 
que o Custo Operacional Efetivo, mas nem todas conseguiram cobrir seu Custo Operacional 
Total que é importante para a permanência na atividade a médio e longo prazo. Para que isso 
ocorra é necessário se manter competitivo com uma busca contínua no aumento da eficiência 
produtiva e nos ganhos de produtividade e qualidade. 
 Ferramentas como o acompanhamento de custos e mecanização são importantes, tanto 
para a adoção de estratégias e tomada de decisões de curto, médio e longo prazo, quanto para 
diminuir a dependência de mão de obra, principalmente na colheita, que gera altos custos e 
realizar operações nas lavouras com qualidade e no momento certo. 
 
 
 
42 
 
REFERÊNCIAS 
 
CNA, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Campo futuro: resultados 2017. 
Brasília: CNA, p. 17. 2017. 
 
CNA, 2017. Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Perspectiva Internacional. 
Disponível em: 
http://www.cnabrasil.org.br/sites/default/files/sites/default/files/uploads/ligia_sri.balpers.2016
_2017.apresentacao.dez17.pdf Acesso em: janeiro de 2018. 
 
CNA, 2017. Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Café. Balanço 2017. 
Disponível em: 
http://www.cnabrasil.org.br/sites/default/files/sites/default/files/uploads/cafe_balanco_2017.p
dfAcesso em: janeiro de 2018. 
 
CNA, 2017. Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Agronegócio contribui para 
a queda da inflação e geração de empregos em 2017. Disponível em: 
http://www.cnabrasil.org.br/noticias/agronegocio-contribui-para-queda-da-inflacao-e-geracao-
de-empregos-em-2017 Acesso em: janeiro de 2018. 
 
CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento. Custos de Produção Agrícola: a 
metodologia da Conab. Conab; Brasília, 2010. Disponível em: 
<http://www.conab.gov.br/conabweb/download/safra/custos.pdf>. Acesso em janeiro de 2018. 
 
CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira de 
café, v. 4 – Safra 2017, n.4 – Quarto levantamento. Brasília, p. 1-84, dez. 2017. Disponível 
em: http://www.conab.gov.br Acesso em: janeiro de 2018. 
 
FEHR, L. C. F. A. et al. Análise das variáveis de custos do café arábica nas principais 
regiões produtoras do Brasil. Reuna, Belo Horizonte, v. 17, n. 2, p. 97-115, abr/jun, 2012. 
 
FREITAS, Gabriela Barbosa de. As metodologias de custos de produção do café e suas 
diferenciações nos órgãos pesquisadores. 2017. 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Cidades. 2017. 
Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em janeiro de 2018. 
 
Linguagem, sociedade, políticas / organizado por Eni P. Orlandi. – L755 Pouso Alegre: 
UNIVÁS; Campinas: RG Editores, 2014. p. 119 - (Coleção Linguagem & Sociedade). 
 
LANNA, Giovani Blasi Martino; REIS, Ricardo Pereira. Influência da mecanização da 
colheita na viabilidade econômico-financeira da cafeicultura no sul de Minas 
Gerais. Coffee Science, v. 7, n. 2, p. 110-121, 2012. 
 
LIMA, A. L. R.; REIS, R. P.; ANDRANDE, F. T.; CASTRO JUNIOR, L. G. de; FARIA, J. M. 
Custos de Produção: O Impacto da Produtividade nos Resultados da Cafeicultura nas 
Principais Regiões Produtoras do Brasil. In: XLVI Congresso da Sociedade Brasileira de 
Economia, Administração e Sociologia Rural - SOBER. Anais Eletrônicos... Rio Branco, 2008. 
Disponível em <http://www.sober.org.br/palestra/9/818.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2017. 
43 
 
 
MAPA, 2017. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ano excepcional na 
produção agrícola brasileira. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/noticias/ano-
excepcional-na-producao-agricola-brasileira Acesso em: janeiro de 2018. 
 
MARTIN, Nelson B. et al. Custos: sistema de custo de produção agrícola. Informações 
Econômicas, v. 24, n. 9, p. 97. 1994. 
 
MATIELLO, J. B. et al. Cultura de café no Brasil: novo manual de recomendações. Rio de 
Janeiro: MAPA; Varginha: PROCAFÉ, 542 p. 2010. 
 
MATSUNAGA, M. Bemelmans et al. Metodologia de custo de produção utilizada pelo IEA 
[Brasil]. Agricultura em São Paulo (Brasil). v. 23 (1) p. 123-139, 1976. 
 
MEDEIROS, Rodrigo de Vasconcellos Viana; RODRIGUES, Patricia Mattos Amato. A 
economia cafeeira no Brasil e a importância das inovações para essa cadeia. A Economia 
em Revista-AERE, v. 25, n. 1, p. 1-12, 2017. 
 
OLIVEIRA, Diego Humberto de. Situação contábil da cafeicultura e sua evolução entre as 
safras 2007/2008 e 2010/2011 nas principais regiões produtoras do Brasil. 2011. 
 
OLIVEIRA, E. et al. Custos operacionais da colheita mecanizada do cafeeiro. Pesquisa 
Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 42, n. 6, p. 827-831, jun. 2007a. 
 
ORTEGA, Antonio César; DE JESUS, Clesio Marcelino; DE CASTRO MOURO, Marcela. 
Mecanização e emprego na cafeicultura do cerrado mineiro. Revista da ABET, v. 8, n. 2, 
p.61. 2009. 
 
RATI, Fernando Rezende Silva Neves. O café brasileiro: um panorama do setor e suas 
tendências para 2020. 2015. 
 
SANTINATO, F. et al. Comparação entre o custo da colheita manual e mecanizada de uma 
a seis passadas da colhedora. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS 
CAFEEIRAS, 39., 2013, Poços de Caldas. Anais... Poços de Caldas: MAPA/PROCAFÉ, 
2013a. p. 195-198. 
 
SANTINATO, Felipe et al. Análise quali-quantitativa da operação de colheita mecanizada 
de café em duas safras. Coffee Science, v. 9, n. 4, p. 495-505, 2014. 
 
SANTINATO, Felipe et al. Análise econômica da colheita mecanizada do café utilizando 
repetidas operações da colhedora. Coffee Science, v. 10, n. 3, p. 402-411, 2015. 
 
SILVA, F. C. et al. Desempenho operacional da colheita mecanizada e seletiva do café em 
função da força de desprendimento dos frutos. Coffee Science, Lavras, v. 8, n. 1, p. 53-60, 
2013. 
 
TALBOT, J. M. Grounds for agreement. The political economy of the coffee commodity 
chain. Lanham, MD: Rowman and Littlefield Publishers, INC. 2004. 237p. 
 
44 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS. Biblioteca Universitária. Manual de 
normalização e estrutura de trabalhos acadêmicos: TCCs, monografias, dissertações e teses. 
2. ed. rev., atual. e ampl. Lavras, 2016. Disponível em: Acesso em: janeiro de 2018. 
 
VEGRO, Celso Luis Rodrigues et al. Repercussões socioeconômicas da adoção da 
mecanização da colheita na cafeicultura paulista. 2011.

Outros materiais