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AULA 04

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AULA 04
ACESSIBILIDADE, TECNOLOGIA ASSISTIVA E A ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
Nesta aula, vamos estudar o campo da deficiência física com o objetivo de melhor conhecermos as características e necessidades especiais do aluno com problemas de coordenação motora e de locomoção.
O trabalho desenvolvido pelo atendimento educacional especializado em parceria com toda comunidade escolar é essencial para a definição de estratégias pedagógicas e disponibilização dos recursos que favoreçam o acesso do aluno ao currículo comum, sua interação social, acessibilidade ao espaço físico da escola e participação em todos os projetos e atividades escolares.
Somente uma ação pedagógica consciente e conjunta poderá superar as barreiras que possam surgir no processo de construção de uma escola inclusiva e acessível a todos os alunos. Conhecer os meios e as mediações que favoreçam esse processo é, então, nosso principal objetivo de estudo.
Desde muito tempo, a sociedade estabelece relações extremamente segregadoras e estigmatizantes em relação à pessoa com deficiência física. Quando uma pessoa apresenta características físicas desviantes da norma padrão e, em alguns casos também se diferencia na forma de locomoção e comunicação, muitas vezes, é vista como incapaz.
A sociedade julga, classifica e segrega essa pessoa de forma preconceituosa, negando-lhe a chance de revelar suas potencialidades e possibilidades, que estão além da aparência física.
Desde a década de 90, observamos o início do movimento de inclusão do aluno com necessidades especiais de aprendizagem na rede regular de ensino.
Sob orientação da política de democratização do ensino e da perspectiva de transformação de uma escola para todos, algumas iniciativas são implementadas, tanto na rede pública como em escolas particulares, com o objetivo de garantir a inserção do aluno com deficiência diretamente no contexto da classe comum em escola regular.
Destacamos que, no caso da inclusão de alunos com deficiência física, encontraremos uma diversidade de tipos e graus de comprometimento. Será preciso um estudo atento sobre as necessidades específicas de cada aluno para que a escola possa oferecer o atendimento educacional especializado adequado a cada um deles.
Essas transformações acarretaram um maior acesso à escola por parte dos alunos com deficiências, em decorrência não só do aumento da oferta de vagas e do direito à matrícula compulsória, como também da maior conscientização dos familiares na luta pelos seus direitos que estão assegurados por lei.
Segundo o documento do MEC/SEESP, “Salas de Recursos Multifuncionais: Espaço de Atendimento Educacional Especializado” (2006)...
“...a deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.” (Brasil, 2006, p.28).
Na escola inclusiva, o educador poderá trabalhar com alunos com deficiência física que apresentam diferentes diagnósticos, com quadros progressivos ou estáveis, alunos com ou sem alterações na sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa.
Alguns alunos podem apresentar quadros associados de epilepsia ou outro problema de saúde. Será preciso investir na parceria da escola com a família para que o trabalho pedagógico seja oferecido adequadamente, respeitando as características e possibilidades de cada aluno.
De acordo com Schirmer (2007, p. 23), “devemos distinguir lesões neurológicas não evolutivas, como a paralisia cerebral ou traumas medulares, de outros quadros progressivos como distrofias musculares ou tumores que agridem o Sistema Nervoso”. Dependendo do tipo de lesão, as limitações do aluno tendem a diminuir quando tem acesso aos recursos e estimulações específicas, como no caso do aluno com sequelas de paralisia cerebral.
ATENÇÃO: Cabe mencionar que, em alguns casos, a deficiência física aparece associada com outros tipos de deficiência, tais como, visual, auditiva, intelectual e requer um trabalho específico nestas áreas.
O Atendimento Educacional Especializado deverá utilizar os recursos de Tecnologia Assistiva no ambiente escolar necessários para o trabalho pedagógico com o aluno com deficiência física. A Tecnologia Assistiva é definida como:
“um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência” (Bersch, 2006, p.2).
A escola deverá priorizar as seguintes modalidades, respeitando as características e necessidades especiais de cada aluno: (Schirmer, 2007).
Auxílio em atividades de vida diária – material pedagógico.
Comunicação aumentativa e alternativa, e também informática acessível.
Acessibilidade e adaptações arquitetônicas.
Mobiliário, adequação postural e mobilidade.
O objetivo do trabalho desenvolvido em parceria com o processo de escolarização regular é que o atendimento especializado contribua para o desempenho do aluno em relação à comunicação, mobilidade, interação social, construção de conhecimento, dentre outros aspectos.
No caso mais específico de trabalho junto aos alunos com sequelas de paralisia cerebral, é preciso compreender que a paralisia cerebral é um quadro ou estado patológico estabelecido como consequência de uma lesão irreversível no encéfalo e que ocasiona alterações de ordem motora no corpo humano. De acordo com Basil (In: Coll, 1995, p.252), a definição mais aceita procede dos países de língua inglesa onde a paralisia cerebral é definida como uma:
 “Sequela de um comprometimento encefálico que se caracteriza, primordialmente, por um distúrbio persistente, mas não variável, do tônus, da postura e do movimento que surge na primeira infância e não somente é diretamente secundário a esta lesão não evolutiva do encéfalo, mas que se deve, também, à influência que esta lesão exerce na maturação neurológica.”
O desenvolvimento global da criança com paralisia cerebral pode ser afetado em outros aspectos, como a consequência das dificuldades que ela possa vir a ter na percepção e nas relações com o meio, com o outro e consigo própria.
As disfunções motoras decorrentes da paralisia cerebral podem afetar o desenvolvimento psicológico da criança, como também, podem provocar atrasos e alterações na linguagem e motricidade, devido aos reflexos involuntários que a criança não consegue inibir.
Seu desenvolvimento cognitivo pode ser afetado e prejudicado em função de sua dificuldade em atuar sobre o mundo físico, decorrente de suas limitações sensório-motoras e de linguagem, o que pode vir a comprometer o desenvolvimento das capacidades lógicas, de interação e de domínio das práticas culturais, que vão desde as atividades da vida diária até o domínio da leitura e da escrita.
A dificuldade de comunicação e expressão e o domínio da língua falada e escrita podem terminar por prejudicar as interações sociais e o movimento de integração e inclusão social. Excluída do convívio social, essa criança pode desenvolver um baixo conceito de autoestima e perder a motivação para intercambiar experiências e estabelecer interações, o que repercutirá na sua vida adulta.
ATENÇÃO: Dentro deste quadro, ressaltamos a importância da intervenção do trabalho pedagógico e do atendimento clínico e fisioterápico como procedimentos indicados para auxiliar no desenvolvimento pleno das capacidades da criança com paralisia cerebral e sua inserção no meio educacional e social.
Nesta aula, investigamos as características e as necessidades educacionais especiais do aluno com deficiência física. Concluímos que, encontramos uma grande diversidade de tipos e graus de deficiência física, que requerem a pesquisa sobre as necessidades individuais de cada aluno para que possamos oferecer os recursos adaptados e serviços adequados.Vimos que, os recursos de tecnologia assistiva disponíveis contribuem para o aluno poder realizar as tarefas acadêmicas e permitem a adequação do espaço escolar. O uso da comunicação aumentativa e alternativa visa atender às necessidades dos educandos com dificuldades de fala e de escrita. Diferentes materiais pedagógicos devem ser adaptados e oferecidos aos educandos para facilitar as atividades de vida diária e seu aprendizado. As dificuldades apresentadas no cotidiano escolar podem ser superadas com um projeto pedagógico comprometido com a acessibilidade do contexto escolar. Desta forma, concluímos que nenhum obstáculo é motivo de exclusão dos alunos com comprometimento físico/motor, mas deve ser tomado como estímulo e desafio para a pesquisa e implementação de ações que favoreçam a inclusão social. 
	 1a Questão 
	
	
	Ana tem paralisia cerebral, é aluna do quinto ano de uma escola municipal, em sua sala de aula utiliza uma prancha de alfabeto para auxiliar a ampliar a habilidade funcional deficitária, que é uma adaptação de acessibilidade, conhecida como:
		
	
	Sistema Baille
	
	Estímulo motor
	 
	Tecnologia assistiva
	
	Paradigma de suporte
	
	Informação acessível
	 2a Questão 
	
	
	Mariana sofreu um acidente e o quadro clínico que se estabeleceu após a lesão foi permanente,  localiza-se em estruturas do encéfalo responsáveis pela motricidade. De acordo com o exposto acima, Mariana possui
		
	
	Condutas típicas
	 
	Paralisia cerebral
	
	Autismo
	
	Déficit de atenção
	
	Deficiência auditiva
	 3a Questão 
	
	
	Em uma escola tradicional e inclusiva, na turma do primeiro ano tem uma aluna com paralisia cerebral ou disfunção do encéfalo. A paralisia cerebral caracteriza-se como um distúrbio motor complexo e variável, que pode incluir, EXCETO:
		
	
	Alterações no equilíbrio
	
	Aumento ou diminuição do tônus muscular
	
	Alteração de postura
	 
	Coordenação e precisão dos movimentos
	 
	Elevada potencialidade de aptidões
	 4a Questão 
	
	
	O professor que atua em uma escola inclusiva precisa criar um ambiente que reconheça as possibilidades dos alunos com deficiência física, garantindo a inclusão destes alunos na turma. Marque a opção que NÃO está de acordo com a afirmativa acima
		
	
	Utilizar a avaliação oral, caso o aluno tenha dificuldade com a escrita
	
	Permitir o uso de gravador durante as aulas
	 
	Separar o aluno com deficiência dos outros alunos da turma
	
	Organizar o espaço da sala de modo que o aluno possa circular
	
	Adaptar o mobiliário da sala facilitando o movimento de todos os alunos
	 5a Questão 
	
	
	A escola deve investir em adaptações curriculares e acessibilidade, removendo os obstáculos que impedem a inclusão do aluno com deficiência física. O professor precisa conhecer as especificações destes alunos para uma intervenção objetiva e acompanhamento do seu desenvolvimento. Dentre as opções abaixo, marque a opção que NÃO esta de acordo com estas especificações.
		
	
	Desenvolvimento cognitivo
	
	Motricidade
	 
	Alimentação
	
	Desenvolvimento emocional
	
	Linguagem
	 6a Questão 
	
	
	Eduardo tem seis anos e é deficiente físico, foi matriculado em uma escola inclusiva no município de Maricá. Para que Eduardo explore todo o ambiente e desenvolva a sua aprendizagem, é indicado que o professor (a) 
		
	
	respeite as barreiras e não estimule a sua motivação em aprender
	
	estimule apenas a coordenação motora
	
	coloque Eduardo  em um canto da sala, prestando atenção na aula
	 
	estimule a construção do conhecimento
	
	acredite que  Eduardo  não possui  possibilidade de aprendizagem
	 7a Questão 
	
	
	De acordo com a localização das lesões, a paralisia cerebral apresenta três tipos diferentes de envolvimento neuromuscular e de comprometimento motor. O tipo Atáxico tem como particularidade:
		
	
	A elevada inteligência para resolver os exercícios
	
	A característica mais acentuada é apresentar dificuldade de audição
	
	Instrução em Braille para participar das aulas
	 
	A principal característica é uma perturbação no equilíbrio, que se refere na postura e no andar.
	
	Caracteriza-se por resolver problemas de matemática com muita facilidade
	 8a Questão 
	
	
	De acordo com a localização das lesões, a paralisia cerebral apresenta três tipos diferentes de envolvimento neuromuscular e de comprometimento motor. O tipo atetóide tem como característica principal:
		
	
	Instrução em Braille para participar das aulas
	 
	 Os movimentos involuntários dos membros
	
	Capacidade  para  resolver problemas de matemática com muita facilidade
	
	Apresentar dificuldade de audição
	
	A elevada inteligência para resolver os exercícios

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