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AULA 05

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AULA 05
Recursos e suportes adaptados para a escolarização do aluno com deficiência visual
Nesta aula, vamos caracterizar a deficiência visual procurando conhecer o aluno e suas necessidades educacionais especiais.
O aluno com baixa visão ou cegueira se beneficia da proposta inclusiva de educação, desde que as mediações e os meios necessários para sua escolarização, socialização, locomoção e acessibilidade sejam oferecidos pela escola.
O aluno necessita de um conjunto de fatores que explorem sua forma particular de percepção, contribuindo para seu aprendizado, comunicação e socialização:
Ambiente estimulador
Mediadores
Materiais
Propostas
Nosso objetivo será refletir sobre como a escola e o educador podem criar, adaptar e oferecer as estratégias e atividades pedagógicas adequadas que atendam às necessidades do aluno com baixa visão ou cegueira incluído na escola regular.
A inclusão do aluno com cegueira ou baixa visão no contexto da escola regular requer uma nova estruturação da escola, que deve estar preparada para oferecer as adaptações, mediações e recursos necessários ao processo de ensino-aprendizado adequado às necessidades deste aluno.
Será preciso repensar toda a organização escolar e aspectos relacionados à:
Escolarização
Socialização
Locomoção
Acessibilidade
Para que assim a escola possa garantir a participação do aluno com deficiência visual nas diversas atividades desenvolvidas no cotidiano escolar, como também, viabilizar seu acesso ao currículo comum.
O aluno necessita de um ambiente estimulador, de mediadores, de materiais e propostas que explorem sua forma particular de percepção e contribuam para seu aprendizado, comunicação e socialização.
Entendemos que o aluno cego e com baixa visão têm as mesmas potencialidades que os demais alunos para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizado, já que a deficiência visual não limita sua capacidade de aprender.
A cegueira é compreendida como:
“uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente” (Sá, 2007, p.15).
E pode ser:
Congênita (Quando ocorre desde o nascimento), ou Adquirida posteriormente (Pode ser, em decorrência de diferentes causas orgânicas ou acidentais).
A pessoa com baixa visão (ambliopia, visão subnormal ou visão residual) apresenta características variadas dependendo do tipo e da intensidade de comprometimentos das funções visuais, que podem englobar desde a capacidade de percepção da luz até a redução da acuidade e do campo visual, que interferem nas ações e no desempenho geral da pessoa (Sá, 2007).
O convívio entre alunos videntes, alunos cegos ou com baixa visão na escola inclusiva, interagindo no espaço escolar e compartilhando da experiência coletiva de construção de conhecimento, exigirá uma revisão das práticas pedagógicas convencionais que, muitas vezes, enfatizam os estímulos visuais e as imagens como meios e mediações do processo de ensinar e aprender.
Os alunos com cegueira ou baixa visão, de acordo com suas características pessoais, poderão necessitar de diferentes adaptações de acesso ao currículo e da mediação de profissionais qualificados para que possam desenvolver plenamente seu potencial no contexto escolar e na vida cotidiana.
Frequentemente, esses alunos são inseridos em ambientes construídos e orientados por padrões e experiências que privilegiam a visualidade como referencial e, muitas vezes, essa situação os coloca em desvantagem em relação aos demais alunos videntes. Por isso, é sempre necessário reavaliar e repensar a organização do contexto escolar de forma que possa atender às necessidades de todos os alunos, independentemente de suas características ou necessidade especiais.
O planejamento de ações integradas, que envolvam toda comunidade escolar, pode garantir a construção de um espaço mais acessível na escola. As adaptações arquitetônicas e de mobiliário são necessárias, pois contribuem para uma maior autonomia e mobilidade do aluno com deficiência visual.
Os alunos com cegueira ou baixa visão necessitam de estímulos, recursos e mediações que explorem e favoreçam outras potencialidades de decodificação das informações através dos demais sentidos e da percepção tátil, auditiva, sinestésica e olfativa.
Para tal, é preciso que o educador esteja capacitado a atuar adequada e atentamente, observando e avaliando as reais limitações do aluno decorrentes da cegueira ou da baixa visão, e procurando criar as adaptações de acesso ao currículo, adequadas às características individuais de cada aluno.
O atendimento educacional especializado deve ser oferecido de forma a complementar e dar suporte ao processo de escolarização regular.
O aluno com cegueira deve ter acesso ao aprendizado do Sistema Braille de leitura e escrita.
E também aos diferentes recursos adaptados e facilitadores do processo de ensino-aprendizado, tais como:
Sorobã
Maquetes
Livro acessível
Recursos tecnológicos
O Sistema Braille é um código universal de leitura e escrita que é usado pela pessoa cega inventado por Louis Braille, na França, em 1825.
Se baseia na organização de seis pontos em relevo, distribuídos em duas colunas de três pontos, que configuram um retângulo de seis milímetros de altura por dois milímetros de largura.
Esse conjunto de pontos forma a “cela braille” e suas diferentes combinações resultam em 63 símbolos denominados “Símbolos Universais do Sistema Braille”, que representam as letras do alfabeto, números e outros símbolos gráficos.
A escrita braille pode ser realizada através do uso de uma reglete e punção, através de uma máquina de escrever braille ou de meios informáticos, que agilizam seu processo de produção e impressão.
Os alunos com baixa visão também podem se beneficiar de matérias adaptadas, tais como letras ampliadas, contraste de cores, lupas, lápis preto HB2 etc, que devem ser utilizados de acordo com as características e necessidades individuais.  
É essencial que o educador e a equipe pedagógica da escola tenham conhecimento sobre o tipo de deficiência visual que o aluno apresenta e quais são as implicações decorrentes e os sentidos remanescentes para que possam atuar favoravelmente no processo de construção de conhecimento e nas diferentes interações deste aluno com o outro e com o meio ambiente.
Como deve ser a proposta de inclusão de alunos deficientes visuais.
 A proposta de inclusão do aluno cego ou com baixa visão na escola regular exige o trabalho conjunto, a interação do grupo, o conhecimento e a superação de mitos e preconceitos que, muitas vezes, permeiam a visão social sobre a deficiência e sobre a pessoa com cegueira ou baixa visão. O conhecimento do educador sobre as reais condições e potencialidades do aluno com deficiência visual são condições básicas para a superação de atitudes preconceituosas e para a mudança de postura frente ao aluno com uma deficiência. De acordo com Silva (2008, p. 240), para os alunos com deficiência visual “devem ser privilegiadas alternativas pedagógicas que provoquem o aluno a querer aprender sentindo o mesmo nível de possibilidades de participação que os seus colegas, para que se evitem consequências negativas na relação desses alunos com a aquisição do saber e para que se avance, cada vez mais, nos princípios políticosfilosóficos da inclusão”. A implementação, no contexto escolar, de uma proposta política e pedagógica orientada pelos princípios da inclusão exigirá a participação ativa e consciente de toda comunidade escolar na construção de um espaço inclusivo, que respeite a diferença e valorize a diversidade como motivação para a busca de novas atitudes e formas de atuação e de interação na escola e na sociedade.
Identificando e atuando como mediador do processo de ensino-aprendizado, o educador poderá intervir, quando necessário, para auxiliar o educando a desenvolver suas potencialidades, superando ou rompendo as barreiras que possamdificultar ou impedir esse processo.
Entendemos que os alunos cegos e com baixa visão têm as mesmas potencialidades que os demais alunos para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizado já que a deficiência visual não limita suas capacidades de aprender. De acordo com suas características pessoais, poderão necessitar de diferentes adaptações de acesso ao currículo e da mediação de profissionais qualificados para que possam desenvolver plenamente seu potencial no contexto escolar e na vida cotidiana.
O processo de escolarização do aluno com deficiência visual no ensino inclusivo deve envolver o planejamento de ações integradas entre toda comunidade escolar para que os diferentes aspectos relacionados à alfabetização, aprendizagem, comunicação e relacionamento sejam trabalhados de forma a atender às suas necessidades específicas.
O atendimento educacional especializado deve ser oferecido de forma a complementar o processo de escolarização regular e o aluno que necessite deve ter acesso ao aprendizado do Sistema Braille de leitura e escrita e a diferentes recursos adaptados e facilitadores do processo de ensino-aprendizado, tais como: sorobã, maquetes, livro acessível, recursos tecnológicos.
A escola inclusiva deve criar as adaptações arquitetônicas e de mobiliário que tornem o espaço acessível ao aluno com cegueira ou baixa visão e contribuam para sua adequada mobilidade e autonomia. 
	 1a Questão 
	
	
	Ao planejar o trabalho pedagógico que será realizado junto ao aluno com deficiência intelectual o professor deverá avaliar como se manifestam algumas características importantes desse educando. Assinale a característica que não diz respeito ao aluno com deficiência intelectual:
		
	
	necessita de um espaço de ensino-aprendizado que seja facilitador e estimulador de suas potencialidades
	
	apresenta alterações e defasagens nas estruturas mentais para o conhecimento
	
	apresenta dificuldade na demonstração de sua capacidade cognitiva
	
	apresenta dificuldades na construção de conhecimento
	 
	necessita de apoio para sua alfabetização com ênfase no ensino de Libras
	 2a Questão 
	
	
	Há vários tipos de cegueira. Quando dizemos que ela é congênita, isso significa que ela foi adquirida:
		
	 
	desde o nascimento
	
	por inadequação de iluminação e condições de uso da visão
	
	nos primeiros dias de vida
	
	por perda gradativa
	
	por glaucoma na infância
	 3a Questão 
	
	
	De acordo com a proposta inclusiva de educação, podemos afirmar que o aluno cego ou com baixa visão:
		
	
	não necessita de adaptações de acesso ao currículo.
	 
	apresenta potencialidades para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizado como os demais alunos.
	
	deve ser incluído na escola regular e não necessita da oferta de atendimento educacional especializado complementar.
	
	necessita de professor particular em sua residência.
	
	apresenta dificuldades de aprendizado e deficiência intelectual.
	 4a Questão 
	
	
	Marque a alternativa que conceitua corretamente a pessoa cega.
		
	
	Pessoa com glaucoma ou perda parcial da visão por tempo indeterminado.
	
	Pessoa que tem limitação visual e comprometimentos neurológico e intelectual.
	
	Pessoa que pode ter a visão corrigida por métodos cirúrgicos ou não.
	 
	Pessoa que possui perda total ou um resíduo mínimo de visão.
	
	Pessoa que possui resíduos visuais em grau pequeno, mas que permite ler textos impressos à tinta, desde que com letras grandes.
	 5a Questão 
	
	
	Em 1825, o Sistema Braille foi criado por Louis Braille e transformou o processo de domínio da linguagem da pessoa cega. Podemos afirmar que o Braille:
		
	 
	é um código de leitura e escrita que utiliza o recurso da escrita em relevo e da leitura tátil.
	
	é uma língua gestual.
	
	é uma língua cinestésica e universal para todos os cegos.
	
	é um código de leitura e escrita viso-gestual.
	
	é uma língua de sinais.
	 6a Questão 
	
	
	Uma escola que se proponha ser inclusiva remove as prováveis barreiras que dificultam a aprendizagem de todos os alunos. Em se tratando da cegueira, qual dos recursos abaixo pode facilitar o ensino da matemática?
		
	
	Lupas
	 
	Sorobã
	
	Calculadora
	
	Reglete para Braille
	
	Réguas e esquadros
	
	 7a Questão 
	
	
	Em relação ao processo de aprendizagem dos alunos cegos e com baixa visão, muitas fantasias e conhecimentos fazem parte da representação dos professores. Marque (V) para as premissas verdadeiras e (F) para as ideias falsas.
( ) Os alunos com baixa visão ou cegos têm as mesmas potencialidades que os demais para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizado, pois essa deficiência não afeta a cognição.
( ) A deficiência visual limita a capacidade de aprender do aluno cego, pois ele perde um importante sentido de orientação que é a visão. Sem ela, se torna efetivamente difícil se orientar no espaço e isso dificulta o raciocínio.
( ) Geralmente, os alunos cegos e com baixa visão têm necessidade de um ambiente estimulador, de mediadores, de materiais e propostas que explorem sua forma particular de percepção e contribuam para seu aprendizado, comunicação e socialização.
A ordem correta é:
		
	
	V V V
	
	F F F
	
	V F F
	 
	V F V
	
	F F V
	
	
	 8a Questão 
	
	
	Em se tratando de pessoas cegas ou com baixa visão, assinale qual dos equipamentos abaixo NÃO pode ser utilizado por eles, por se tratar de uma incompatibilidade perceptiva.
		
	
	Programa DOSVOX
	
	Sorobã
	
	Bengala
	 
	Libras
	
	Reglete para Braille

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