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Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivo relatório TÉCNICO Nº 02 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE RUGOSIDADE DE MANNING DO CANAL Janaína Silva Francisquino – 02290003889 Raiane Batista Leite – 02290003883 Wesley cardoso laurindo – 02290003906 GOIÂNIA 2014 RESUMO Esclarecer sobre o Coeficiente de Rugosidade de manning e determinar o valor a partir de medidas de velocidade e inclinação. Palavras–chave:Rugosidade de Manning; Canais; vazão. IntroduçãO Para que o escoamento de um fluido ocorra, é necessário que ele esteja sujeito a uma força aceleradora. Uma vez que essa força é aplicada, na região de contato entre o fluido e o perímetro molhado de determinado canal, surge uma força de resistência que se opõe ao movimento e é a principal responsável pela perda de carga em escoamentos uniformes e gradualmente variados. Esta última força é função da viscosidade do fluido e da rugosidade do canal. O fator associado à rugosidade mais utilizado em problemas práticos envolvendo escoamentos em conduto livre é o coeficiente de Manning. Este valor é afetado por uma série de elementos, como a rugosidade do perímetro molhado, irregularidades e alinhamento do canal, deposição de partículas sólidas, presença de obstruções e variações de temperatura. Determinar este fator significa estimar a resistência ao escoamento em dado canal. A importância da determinação do coeficiente de Manning reside no fato de que este valor é amplamente adotado no cálculo dos parâmetros hidráulicos de um escoamento ou dos elementos geométricos de um conduto livre, a partir da aplicação da fórmula de Manning. No que diz respeito aos parâmetros hidráulicos é possível determinar, por exemplo, se a vazão que escoa em dado canal artificial, é muito superior à vazão de projeto e tomar medidas para evitar o transbordamento do mesmo. Sobre os aspectos geométricos, é possível determinar a altura d’água de um escoamento em regime uniforme ou até mesmo realizar o dimensionamento de canais com diferentes seções. 1.1 OBJetivo Determinar o Valor do Coeficiente de Rugosidade de Manning a partir de medidas de velocidade e inclinação. 2.0 REVISãO BIBLIOGRÁFICA Os condutos livres e os condutos forçados, embora tenham pontos em comum, diferem em importante aspecto: os condutos livres apresentam superfície livre onde atua a pressão atmosférica, enquanto que, nos condutos forçados, o fluído enche totalmente a secção e escoa com pressão diferente da atmosférica. No que se refere às semelhanças entre estes condutos, os problemas apresentados pelos canais são mais difíceis de se resolverem, porque a superfície livre pode variar no tempo e no espaço e, em consequência, a profundidade de escoamento, a vazão, a declividade do fundo do canal e a dasuperfície livre são grandezas interdependentes. De modo geral, a secção transversal do conduto forçado é circular, enquanto nos condutos livres pode assumir qualquer outra forma. No conduto forçado, as rugosidades das paredes internas têm menor variedade do que a do conduto livre, que pode ser lisa ou irregular, como a dos canaisnaturais. Além disto, a rugosidade das paredes pode variar com a profundidade do escoamento e, consequentemente, a seleção do coeficiente de atrito é cercada de maiores incertezas do que no caso de condutos forçados. 2.1 RUGOSIDADE EM CONDUTOS LIVRES Os condutos livres apresentam uma superfície livre onde impera a pressão atmosférica, os rios e ribeiras são o melhor exemplo de condutos livres. Além deles, os canais de irrigação, os coletores de esgotos, os aquedutos, etc. funcionam também sob regime livre. A rugosidade tem grande importância no cálculo de capacidade de escoamento em canais e tubulações, onde a sua minimização proporciona a máxima descarga. Selecionar um valor de coeficiente de rugosidade significa estimar a resistência ao escoamento exercida sobre o fluido. Para o caso de canais e tubulações com pressão atmosférica, a fórmula mais comumente empregada é a de Manning, onde se observa a grande influência da rugosidade. A variação do coeficiente de rugosidade pode proporcionar grandes variações, como o aumento / diminuição da descarga a jusante, evitando problemas de inundações, alteração da velocidade de escoamento, podendo evitar sedimentação de detritos ou o desgaste e erosão do canal / tubulação; variação do nível de escoamento de canais e alteração geométrica da seção transversal. Muitos são os fatores que influem na rugosidade, entre eles: • Rugosidade superficial: A rugosidade é representada pela forma e tamanho das irregularidades do material que forma o perímetro molhado. Materiais finos provocam um efeito menor, reduzindo o valor do coeficiente. Materiais grosseiros aumentam a rugosidade. • Vegetação: A vegetação pode ser analisada como uma rugosidade superficial. Seu efeito depende principalmente, da sua altura, densidade, distribuição e espécie. Deve-se ter especial atenção para o crescimento da vegetação. Segundo estudos apresentados na literatura, o coeficiente de rugosidade pode variar de 2 a 3 vezes o seu valor original, devido ao desenvolvimento da vegetação. • Irregularidades: Canais com irregularidades no seu perímetro molhado e variações na sua seção transversal sofrem acréscimo na rugosidade. • Sedimentação e erosão: A sedimentação de material fino em canais irregulares pode melhorar a superfície do canal, reduzindo a sua rugosidade. Enquanto a erosão pode provocar irregularidades, aumentando o coeficiente de rugosidade. • Obstruções A presença de troncos de árvores, pilares de pontes e outros materiais incrementam a rugosidade do canal, além do efeito de redução de seção. 2.2 FORMULA DE MANNING A fórmula de manning, devido a sua simplicidade e também devido à quantidade de dados experimentais existentes que permitem estimar o coeficiente de rugosidade, é a fórmula mais utilizada em cálculos hidráulicos relativos a escoamentos em canais naturais e artificiais. A fórmula de Manning para qualquer seção de canal ou tubulação é a seguinte: V= (1/n) . R⅔ . I ½ (1.1) Sendo: V= velocidade média na seção (m/s); n= coeficiente de Manning tem as dimensões TL –1/3; Rh = raio hidráulico (m). O raio hidráulico é o quociente entre a área molhada e o perímetro molhado; Rh= (1.2) I= declividade (m/m). 2.3 MEDIDA DE VELOCIDADE POR FLUTUADORES FLUTUADORES - São objetos de cortiça, borracha inflável ou isopor lastreado; - Medem a velocidade superficial; - Fornecem indicação qualitativa de velocidade superficial (pouca precisão) É indicado quando não é preciso ter uma medida com grande precisão. Para fazer as medições neste método buscam-se trechos retilíneos do canal e com seção transversal uniforme. As medições são feitas em dias com pouco vento (minimizar os erros). Para facilitar a operação aconselha-se esticar fios no inicio, no meio e no final do trecho onde se pretende medir a velocidade. O flutuador deve ser solto a uma distância suficiente para adquirir a velocidade da corrente antes da linha de inicio da medição do tempo. A velocidade é calculada pela seguinte equação: Vazão = (AxLxC)/T (m3/s) (1.3) Onde: A= média da área do rio (distância entre as margensmultiplicada pela profundidade do rio). L= comprimento da área de medição (utilizar ocomprimento de 6,0 m). C= coeficiente ou fator de correção (0,8 para rioscom fundo pedregoso ou 0,9 para rioscomfundo barrento). O coeficiente permite a correçãodevido ao fato de a água se deslocar mais rápidona superfície do que na porção do fundo do rio. Multiplicando a velocidade da superfície pelo coeficiente de correção ter-se-á uma melhor medida da velocidade da água. T= tempo, em segundos, que o flutuador leva paradeslocar-se no comprimento L. 3.0 METODOLOGIA O experimento foi realizado no laboratório de Hidráulica do Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivocom o acompanhamento da professora. 3.1 MATERIAL E EQUIPAMENTOS -Água -Canal do laboratório de Hidráulica -Fita Adesiva -Trena -Régua -Cronometro -Rolha 3.2 PROCEDIMENTOS 1 – Primeiro passo, foi feito a medição da largura b e do comprimento L do canal utilizado. 2– logo, ferimosa altura z no inicio e também no final do canal; 3 – Marcamos então dois pontos, o primeiro que o ponto de partida, e o segundo que foi o final do percurso, medindo então a distancia entre os pontos 4 – Ligamos a bomba para iniciar então o procedimento. 5 – Fizemos a medição da lamina d´ água no ponto inicial e final do canal 6 – Utilizamos a rolha como flutuador,e através dela medimos o tempo levado do ponto inicial até o final. 7 – Esse procedimento foi feito por varias vezes. 4.0 apresentação e análise dos resultados Calculou-se: Área Molhada (Am); Perímetro Molhado (Pm); Raio Hidráulico (Rh); Velocidade Superior (Vsup); Velocidade Média ; Inclinação ( I ); Coeficiente de Manning (n); vazão (Q). A partir das seguintes fórmulas: Am= (1.3) Pm = b+ 2*h (1.4) Rh = Vsup = (1.5) I =V= (1/n) . Rh⅔ . I ½ (1.6) Q =*A (1.7) = Variação de Espaço = Variação de Tempo b= Base h = Altura Tabela 1.1 - Resultados. 1º 2º 3º Am 0,002646 m² 0,002415 m² 0,00231 m² Pm 0,1554 m 0,151 m 0,149 m Rh 0,012 m 0,0160 m 0,0155 m Vsup 1,11 m/s 1,23 m/s 1,44 m/s 0,94 m/s 1,04 m/s 1,23 m/s I 0,025 0,033 0,041 n 0,225 0,235 0,216 0,225 0,225 0,225 Q 0,0024872m³/s 0,0025116m³/s 0,0028413m³/s 5.0 Conclusões O Objetivo inicial foi alcançado, chegando ao valor do Coeficiente de Manning e a Vazão do Canal. 6.0 Referências Bibliográficas ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Stream flow. In: ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Volunteer stream monitoring: a methods manual. Washignton: EPA 1997. Cap. 1, p. 134-138. file:///D:/Dados%20dos%20Usu%C3%A1rios/SEGOV/Downloads/Condutos%20%20Livres%20Rodolfo%20&%20Lloret%20(2).pdf http://cursos.unisanta.br/mecanica/polari/escoamento-condutos_livres.pdf BAPTISTA, Márcio Benedito; COELHO, Márcia Maria Lara Pinto. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. 2. ed.Belo Horizonte: UFMG, 2010. PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica Básica. 4. ed. São Carlos: EESC/ USP, 2006.
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