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Texto Complementar Segue abaixo texto retirado na íntegra do site http://www.estatistica.ccet.ufrn.br/view_noticia.php?noticia=VZlSXRlVOFmUspEaadEdXZFMa ZVVB1TP “Quando crescer, vou ser... estatístico! Veja como é a rotina do pesquisador cujo trabalho parece com o de um detetive! Por: Sarita Coelho, Instituto Ciência Hoje/RJ Publicado em 15/06/2002 | Atualizado em 03/08/2010 Vestido a caráter -- de casaco e boné xadrez --, o detetive busca pistas com a lupa. Mas não encerra seu trabalho quando as encontra! Ele as analisa e as relaciona para concluir quem é o culpado do caso que investiga nos filmes, desenhos animados ou livros! E na vida real? Será que existe alguém que faça trabalho parecido com o do detetive? Sim! Há um profissional que substitui a roupa xadrez e a lupa por um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa chamado estatística. Sua função é coletar, organizar e interpretar dados com o objetivo de chegar a conclusões ou fazer previsões sobre determinado assunto. O nome desse profissional é elementar, meu caro leitor: estatístico! "O estatístico atua como um detetive: ele analisa uma grande variedade de dados em busca de pistas ou evidências sobre um determinado assunto", explica o estatístico José Matias de Lima, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), ligada ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, para isso, ele conta com a estatística, parte da matemática que estuda os processos para obter, organizar e analisar dados sobre uma população e as maneiras de tirar conclusões ou prever o que pode acontecer no futuro baseado nesses dados. O estatístico faz pesquisas, coleta dados e analisa informações com diferentes objetivos e em várias áreas. Ele pode, por exemplo, fazer pesquisas de opinião para saber, no ano em que há eleição, em qual candidato a maioria das pessoas está pensando em votar e que, portanto, deve vencer. Mas, para isso, não precisa perguntar a opinião de cada eleitor! O estatístico seleciona um grupo de eleitores, é a chamada amostra -- que, como a sociedade, reúne gente de diferentes classes sociais, idade, sexo, profissão. Pede que respondam a um questionário, organiza as informações e as analisa. "A seguir, generaliza os resultados obtidos na amostra de eleitores para toda a população", diz José Matias. Usando esse mesmo método, o estatístico pode conseguir informações sobre as preferências das pessoas em relação a um produto -- o que é precioso para a indústria! Se ele descobrir, por exemplo, que os consumidores gostariam de ter um tênis que brilha no escuro, a empresa lançaria um modelo assim. A partir de pesquisas, ele também é capaz de indicar para empresários qual o melhor lugar para instalação de fábricas, supermercados, shoppings , escolas, cinemas! Da mesma forma, o trabalho do estatístico é útil para o governo. As informações colhidas por ele ajudam a fazer um retrato do Brasil! O estatístico é o responsável por determinar, por exemplo, o número de crianças que estão fora da escola, qual eletrodoméstico é mais comum entre os brasileiros, a expectativa de vida dos habitantes do país etc. etc. etc. Na área de saúde, esse profissional pode usar pesquisas para definir o número de pessoas que têm determinada doença e alertar sobre riscos de epidemia. "Por meio desses dados, o governo identifica onde é mais importante investir em saúde, educação, habitação, transportes", explica Matias. Ufa! Viu só em quantas áreas o estatístico pode atuar? Pois foi isso que fez José Matias optar pela profissão. Quando criança, ele já sonhava em seguir alguma carreira ligada à matemática. Pensou até em ser engenheiro, mas a estatística venceu! "Além do fato de poder atuar em diferentes áreas, o que mais me fascina nesta profissão é ter contato e poder trabalhar em conjunto com outros profissionais de diferentes áreas do conhecimento", conta. Segundo ele, o estatístico nada faz sozinho e, portanto, precisa saber trabalhar em equipe. Deve ainda gostar de desafios, não ter medo de lidar sempre com o diferente e se interessar por novos assuntos. E, claro, ter um pouquinho de espírito de detetive! Sarita Coelho, Instituto Ciência Hoje/RJ”
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