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Direito Empresarial
	
DIREITO COMERCIAL - TEORIA GERAL
	A atividade comercial, tal como a conhecemos hoje, é o reflexo de uma persecução histórica da própria necessidade do ser humano. Um único homem não podia e não pode produzir todos os bens necessários à sua subsistência, seja pelas diversidades climáticas e regionais ou pela falta de matéria prima.
	Estas variáveis impuseram a necessidade da especialização da produção, pois, a probabilidade de produzir determinado produto em maior quantidade, retornaria a possibilidade de efetuar trocas do excedente produzido.
	Estas trocas diretas de mercadorias sem envolver dinheiro, moeda, levaram o nome de escambo.
	 Diante das dificuldades das trocas em espécie, começaram a negociar com moedas rudimentares, primeiramente usavam produtos de grande circulação como o sal e posteriormente começaram a utilizar o metal para representar grãos em estoque.
	Com a necessidade do individuo em cuidar de suas colheitas e de seus deslocar aos mercados populares para patrocinar as trocas, uma nova classe surgiu, os mercadores, que inicialmente foram chamados de caixeiros-viajantes e posteriormente de burgueses.
	Os mercadores eram indivíduos que se propunham a levar a produção de um vilarejo ao outro, realizando a troca dos excedentes de um grupo com os sobejos de outro.
	Basicamente três momentos distintos na história da atividade econômica merecem destaque: Feudalismo Mercantilismo e Industrialização.
	O feudalismo instalado na Idade Média se caracteriza por uma produção de subsistência e independência política e econômica, motivo pelo qual não houve grande desenvolvimento do comércio e conseguinte das normas de regulação.
	Mesmo assim, a importância dos comerciantes na Idade Média era tanta, que eram responsáveis por circular mercadorias entre as cidades que distavam cerca de quinhentos quilômetros, em carros de boi, camelos, muares e cavalos.
	Com as cruzadas e o dinamismo da circulação, burgos - grupamentos para a centralização do comércio começaram a ser citados, os quais deram origem às cidades.
	As grandes cidades chegavam a possuir feiras populares gigantescas, que não eram continuas, ocorriam a cada quatro meses, em razão das estações do ano e das colheitas.
	A circulação de mercadorias, em razão da prática do comércio produzia muito risco aos mercadores, seja com a possibilidade de extravio da carga, perdimento em razão de tempestades, naufrágios, ataques de animais ou até roubos.
	Para compensar o risco tolerado, além de suportar as despesas com o ofício, institui-se o lucro, regra mestra do comércio atual.
	O lucro era condenado na Idade Média pela Igreja, tanto que os romanos consideravam os atos de comércio práticas indignas a serem desenvolvidas pelos pater famílias e pelos senadores, sendo o comércio desempenhado unicamente pelos estrangeiros, peregrinos e escravos, o que levou aos romanos a desenvolver o comércio de forma escondida, principalmente através das sociedades em conta de participação, eis que seus investimentos ficavam ocultos.
	Mesmo assim, haviam normas que asseguravam a cobrança de créditos e a punição para os devedores, inclusive com escravidão.
	Foi também em razão do risco suportado pelos mercadores, que eles próprios começaram a estabelecer normas de proteção ao comércio. Estas normas, em suma privadas, pois criadas pelos próprios comerciantes, deram inicio a um Direito Comercial protetivo, tal como ocorreu na ilha de Creta e, posteriormente influenciou a criação das Corporações de Oficio na Europa.
	Com o desenvolvimento e aumento da burguesia, o maior crescimento das cidades e o estabelecimento de poder econômico surge o Mercantilismo. O mercantilismo se enraizou principalmente com o crescimento do poder do Estado e do enfraquecimento da Igreja, dando ênfase à produção colonial.
	Por fim, a Revolução Industrial e a manufatura romperam com a classe dos artesão/burgueses, transformando-os em empregadores das grandes indústrias, criando-se a classe dos assalariados e também dos intermediários da produção.
	Em razão do fim das Corporações de Ofícios e do desenvolvimento da economia voltada para todo o pais proporcionada pelo novo sistema de produção o próprio Estado teve a necessidade de regularizar a situação, (Código Savary q tratou do comércio terrestre e 1.681 comércio marítimo) bases do Código Comercia Napoleônico 1.807.
Fases do Direito Comercial
	O Estado atua no desenvolvimento social e econômico, garantindo a ordem social e gerando benefícios sociais. O mercado, por sua vez, garante a ordem econômica, produz bens e serviços para a sociedade e gera lucro, o que é feito principalmente pelas atividades normais das empresas.
	Também, são as empresas as maiores responsáveis pelo recolhimento de tributos dentro de um Estado. É cm base na evolução do mercado que surgiram as regras jurídicas que integram e delineiam o Direito Empresarial.
Esta evolução encontra-se explicada nas três fases do desenvolvimento do Direito Comercial:
								
						
	
Subjetiva-corporativa
	Embora já existissem atos destinados ao lucro decorrente da troca e da confecção de produtos em épocas remotas, o comércio e, mais tarde, a atividade empresarial, somente tiveram avanço no mundo jurídico após a fase histórica denominada Idade Média.
	Naquela época, os atos civis e os comerciais integram um mesmo sistema legislativo, que não resultava em grandes avanços por influência da Igreja Católica.
	Isto ocorreu porque exatamente na Idade média imperavam as normas da Igreja Católica que aboliu o lucro que estimulava o comércio. Aliadas a esta estagnação aparece à estrutura feudal, primária por natureza, basicamente produzindo tudo o que necessitava.
	Com as exclusão de alguns indivíduos do feudo, pelas mais diversas razões, estes não tinham outra alternativa a não ser desenvolver a transformação da matéria prima produzida pelos outros, gerando assim uma nova classe: os artesãos.
	Além de seus produtos, os artesãos começaram a diversificar, vindo a comprar e vender produtos de terceiros, exercendo o comércio em nível profissional.Para otimizar estas trocas, esta nova classe começou a se agrupar em pequenos centros de trocas de mercadorias denominados Burgos, portanto, começaram a ser chamados de burgueses.
	Graças a estes agrupamentos é que surgiram as primeiras cidades e também a ideia capitalista. As atividades mercantis cresciam e para evitar a concorrência daquele mercado e ao mesmo tempo contribuindo para estrutura de segurança, tornou-se necessária a criação de regras e obrigatoriedade de vinculação dos burgueses ás associações referidas nos burgos aonde desempenhavam suas atividades, criando então Corporações de Mercadores.
	Só podiam exercer a mercancia naquele Burgo os membros da referida Corporação. Os comerciantes passaram a elaborar regras próprias, destinadas exclusivamente às suas atividades profissionais, à margem da legislação dos Estados.
	Aquelas regras mercantis baseavam-se principalmente nos costumes, e eram destinadas exclusivamente a uma categoria especial de pessoas.
	Daí a razão pela qual se afirma doutrinariamente que o Direito Comercial iniciou-se com uma fase subjetiva, ou seja, este ramo era destinado exclusivamente a determinados sujeitos que praticassem a mercancia e por suas características estaria, vinculados à determinada Corporação de Oficio, que inclusive ditavam as próprias regras e até mesmo julgavam os casos concretos através de tribunais com juízes próprios.
resumo 				a) Séculos XII a XVIII;centros comerciais de Veneza, Florença, Genova, força 	
					bélica que conferiu autonomia.
					b) Corporações de Oficio; regras mercantis existem para favorecer o 							comerciante, ligado aos costumes e difundido pelos comerciantes;
					c) Fechado e classista; com o registro passava de servos a burguês, 							concedendo-lhe uma nova natureza jurídica;
					d) Privativo aos matriculados nascorporações de mercadores;
Subjetiva-corporativa	e) conflitos decididos por cônsules eleitos sem formalidade;
					f) de acordo com os usos, costumes e a equidade.
Objetiva
	Na idade média houve a estatização do Direito Comercial, primeiro porque a atividade comercial sofreu um enorme destaque no novo relevo econômico mundial e segundo porque o direito ditado pelos próprios comerciantes no sistema subjetivo lhes gerava privilégios exacerbados e desproporcionais em relação às demais classes sociais, mas também lhes gerava retaliações econômicas por parte do Estado, que fixava quantidade e condições de produtividade.
	Irremediavelmente houve a derrocada do estado Francês na Revolução de 1789, que influenciou em todo o Direito Mundial.
	Por conseguinte as novas estruturas sociais, em 1807 é elaborado no império de Napoleão o Código Comercial Francês.
	Este Código inaugurou a fase objetiva dos atos mercantis, eis que regulou os atos do comércio, não merecendo mais destaque quem os praticava. Para evitar abusos, o código comercial francês determinou exaustivamente quais eram os atos de comércio e suas 
regulamentações.
	O Direito brasileiro seguiu o código comercial francês ao elaborar seu primeiro código comercial, de 1805, tendo como legislação acessória o regulamento 737, do mesmo ano que dispunha no seu artigo 19 quais eram os atos mercantis, dentre eles a compra para fins de revenda, contratos de seguro et. Al: �
Direito Comercial no Brasil
	Considera-se como marco inicial do direito comercial brasileira a lei de abertura dos portos, em 1808, por determinação do Rei Dom João VI. 
No entanto, editou-se no Brasil, em 1850, a Lei 556, criando o Código Comercial Brasileiro, e, assim adotando a Teoria dos atos de comércio, nos moldes do Código Francês.
	Estabeleceu-se assim, também no Direito Brasileiro, uma dicotomia no Direito Privado, entre Civil e o Direito comercial.
A busca de uma unificação, contudo, é antiga. Já no século XIX, não obstante o sucesso e a repercussão da legislação francesa, influenciando diversos Estados, alguns juristas passaram a notas que a distinção entre um direito comercial e um direito civil não se sustentava plenamente, tratando-se de negócios jurídicos da mesma natureza, apenas distinguidos pelo contexto em que se realizavam.
Nomes favoráveis a unificação: Maio Mário da Silva Pereira e Teixeira de Freitas.
Após 60 anos entre inúmeras tentativas fracassadas de unificação, com a edição da Lei 10.406/2002, ao instituir um novo Código Civil Brasileiro, conseguiu-se, enfim, unificar as matérias, o que se fez pela abandono da teoria do ato de comércio e a opção pela teoria da empresa. 
 A EMPRESA, O EMPRESÁRIO E O ESTABELECIMENTO COMERCIAL
INTRODUÇÃO
Direito Empresarial (	é o conjunto de normas jurídicas que regula as atividades dos empresários, no exercício da sua profissão, e os atos considerados MERCANTIS por força de lei. No Código Civil sua regulamentação foi disposta principalmente a partir do artigo 966, logo após o Direito das Obrigações e Contratos, considerando que as atividades empresariais desenvolvem-se através do ambiente negocial de obrigações. 
Critérios: Para se determinar o que seja matéria comercial
Subjetivo (	que tem como ponto central a figura do comerciante (empresário): seriam mercantis os atos praticados pelos comerciantes (empresários)
Existem atos que podem ser praticados tanto por comerciantes quanto por não comerciantes . Ex.: emissão de Letra de Câmbio
Objetivo (	apoiado no conceito de ato de comércio: quem os pratica é comerciante (empresário)
Não há possibilidade de se definir, a priori, todos os atos de comércio, devido ao dinamismo das relações econômicas.
Características:
Cosmopolitismo ( é um direito que extravasa as fronteiras dos Estados, com a existência de várias regras de caráter internacional. 
Onerosidade ( a atividade comercial tem objetivo de lucro. 
Simplicidade ( é menos formalista, oferece soluções mais simples e mais rápidas que os outros tipos de direito. 
Elasticidade ( tem um caráter renovador e dinâmico, face às constantes mutações das relações comerciais. 
Individualismo e Solidariedade 	 O interesse, individual determina as relações empresariais, que são baseadas no lucro. Contudo, a garantia do crédito é característica marcante.
fases históricas		
SUBJETIVA
objetiva
empresarial
No Mundo								
desde a Idade Média até o Código de Comercial de Napoleão de 1807
De 1807 até o Código Civil Italiano de 1942
De 1942 até os dias atuais 
No Brasil
Desde os primeiros atos comerciais até o Regulamento 737/1850
Desde 1850 até o Código Civil de 2002
Desde 2002 até os dias atuais 
� Regulamento 737. Art. 19. Considera-se mercancia: parágrafo 1. A compra e venda ou troca de efeitos moveis ou semoventes para os vender por grosso ou a retalho, na mesma espécie ou manufaturados, ou para alugar o seu uso. 
parágrafo 2. As operações de cambio, banco e corretagem.	
parágrafo 3. AS empresa de fabricas; de comissões, de depósitos, de expedição consignação e transporte de mercadorias, de espetáculos públicos.
Parágrafo 4. Os seguros, fretamentos, rico, e quaisquer contratos relativos ao comercio marítimo.
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