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Trabalho Constitucional

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FACHI- FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE ITABIRA
Credenciada pelo Decreto nº 85.735 de 17/02/1981
Graduação em Direito
Valdete Figueiredo
			
A PLAUSIBILIDADE DO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
	
Itabira
2017
TEMA: A Plausibilidade do Foro por Prerrogativa de Função
A matéria relativa ao foro especial por prerrogativa de função não se vê regulamentada apenas no âmbito infraconstitucional, nos limites do Código de Processo Penal, sendo de relevância constitucional, tanto assim que o art. 29, inc. X, da Constituição Federal de 1988, estabelece a competência dos Tribunais de Justiça dos Estados para o julgamento de Prefeitos. O art. 105 da Constituição Federal cuida do rol de competências do Superior Tribunal de Justiça, passando pelo tema do foro especial por prerrogativa de função, 
No que se refere ao artigo 102 da Constituição Federal estabelece o rol de competências do Supremo Tribunal Federal com as hipóteses em que lhe compete julgar originariamente em âmbito de recurso ordinário e em razão de recurso extraordinário, tratando, entre outros temas, do processo e julgamento, nas infrações penais comuns, do Presidente da República, do Vice-Presidente, dos membros do Congresso Nacional, de seus próprios Ministros e do Procurador-Geral da República.
O foro por prerrogativa de função significa que será assegurado a agentes públicos, de apenas serem submetidas a julgamento em instâncias especiais, de grau superior, ao contrário do cidadão comum, sujeito a julgamento pelo Poder Judiciário comum, ou seja, perante magistrados de carreira de 1ª instância.
Segundo Júlio Fabbrini Mirabete, “há pessoas que exercem cargos e funções de especial relevância para o Estado e em atenção a eles é necessário que sejam processados por órgãos superiores, de instância mais elevada”. 
Uma grande parte dos doutrinadores justifica a existência do foro por prerrogativa de função como uma forma de dar uma maior proteção e relevância ao cargo ocupado pelo agente que cometeu o delito. Não sendo o objetivo de a prerrogativa causar desigualdades entre os cidadãos.
O instituto visa proteger o mandato, o exercício da função de determinada autoridade, quando submetida a julgamento. No entanto, essa perspectiva ultrapassou os limites esperados e estabeleceu a inviabilização da conclusão dos processos cometidos pelos “privilegiados”.
É notório que restou ultrapassada a ideia de que o foro por prerrogativa de função serviria para proteger o cargo, não o seu ocupante. O que se observa, ao contrário, é que muitas pessoas buscam o mandato eletivo justamente para fugir das instâncias ordinárias da Justiça, conduta francamente reprovável. Hoje o foro por prerrogativa é visto pela população como verdadeiro privilégio que causa indignação, utilizado apenas para proteção da classe política. É oportuno e necessário, portanto, modificar as regras vigentes, no que tange ao foro por prerrogativa de função.
Entre os estudiosos brasileiros, predomina o entendimento, tanto em âmbito doutrinário, quanto jurisprudencial de que o foro por prerrogativa de função não configura um privilégio pessoal outorgado à autoridade, mas uma prerrogativa funcional destinada a resguardar o regular exercício do cargo público.
Não se critica a prerrogativa, quando esta atende a especificidades próprias das diferentes funções estatais: a inviolabilidade assegurada aos parlamentares por suas opiniões, palavras e votos; e a independência funcional dos magistrados, são exemplos clássicos de prerrogativas.
Com essas divergências contextuais, resta claro um conflito entre valores de dignidade constitucional: a submissão igualitária de todos, autoridades e cidadãos comuns, ao Direito; e a estabilidade necessária ao exercício das funções públicas. 
Consoante o artigo 5° da Constituição Federal do Brasil, prescreve que : “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...”. Sendo assim, fica bastante claro que todos os cidadãos brasileiros são iguais perante a lei, não podendo existir qualquer tipo de distinção, privilégio ou discriminação, princípio este prescrito pela Constituição Federal Brasileira como valor incondicional de uma sociedade que queira se tornar livre completamente, de quaisquer tipos de preconceitos.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo penal: 18 ed. rev. e atual. – São Paulo: Atlas, 2007.

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