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Relatorio sobre Memorias póstumas de Brás Cubas pronto (1)

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Relatório ou Resumo de Atividade Complementar 
Nome:Gisele Cristina Fernandes Tarlá Gonçalves RA:0219614969 
E-mail: gigitarla@hotmail.com Data: 15/11/15 
Curso:Pedagogia Série: 1º ano 
 
RELATÓRIO OU RESUMO REFERENTE À ATIVIDADE DESENVOLVIDA 
Resenha sobre o livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis 
 
O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas (Editora Moderna - 240 páginas) tem uma grande 
importância para a Literatura brasileira por inaugurar o Realismo no Brasil (1881), um 
movimento literário que visava traçar o perfil psicológico da sociedade da época. 
Machado de Assis inicia o romance pelo fim, ou seja, o personagem principal, Brás Cubas, já 
morto conta suas memórias além túmulo, uma característica bastante interessante para a 
Literatura da época, já que esta vinha marcada pelos romances de folhetins de José de Alencar 
que seguiam a cronologia comum - início, meio e fim. 
A linguagem utilizada por Machado é a norma padrão da língua portuguesa e sua obra, depois 
de completa, passava por sua própria revisão gramatical. 
A infância de Brás Cubas, como a de todo membro da sociedade patriarcal brasileira da época, 
é marcada por privilégios e caprichos patrocinados pelos pais. 
Na juventude, Brás gasta muito com uma cortesã, ou prostituta de luxo, chamada Marcela, a 
quem ele dedica a célebre frase: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de 
réis”. Essa é uma das marcas do estilo de Machado de Assis, a maneira como o autor trabalha 
as figuras de linguagem e fica claro que, naquela relação, amor e interesse financeiro estão 
intimamente ligados. 
 O pai de Brás, para dar um basta à situação, toma a resolução mais comum para as classes 
ricas da época: manda o filho para a Europa estudar leis e garantir o título de bacharel em 
Coimbra. 
Ele, no entanto, segue contrariado para a universidade. Em Coimbra, a vida não se altera 
muito. Com o diploma nas mãos e total inaptidão para o trabalho, Brás Cubas retorna ao Brasil 
e segue sua existência sem grandes feitos e gozando dos privilégios dos bem-nascidos do 
país. 
Em certo momento do romance, apaixona-se de Virgília, parente de um ministro da corte, 
aconselhado pelo pai, que via no casamento com ela um futuro político. No entanto, ela acaba 
se casando com Lobo Neves, que arrebata do protagonista não apenas a noiva como também 
a candidatura a deputado que o pai preparava. 
A família dos Cubas, apesar de rica, não tinha tradição, pois construíra a fortuna com a 
fabricação de cubas, tachos, à maneira burguesa. Isso não era louvável no mundo das 
aparências sociais. Assim, a entrada na política era vista como maneira de ascensão social, 
uma espécie de título de nobreza que ainda faltava a eles. 
 
 
Brás e Virgília mantêm um caso amoroso, traição ao amigo e ao marido, que se arrasta ao 
longo da narrativa até que Lobo Neves, já desconfiado, resolve aceitar um cargo em outro 
estado e consequentemente afasta sua esposa do amante. 
O protagonista segue sua vida entre aventuras e desventuras, sem fincar compromisso sério. 
Já no final da Narrativa, antes que se explique sua morte, Brás resolve inventar um Emplasto 
que lhe traria fama e assinaria seu nome para a posteridade. Mas em determinado dia, de tanto 
pensar a respeito desse emplasto, coloca-se me frente a sua janela e recebe um "vento 
encanado" que será a causa de pneumonia e consequente morte. Brás Cubas deixa claro que 
não morrera de pneumonia, mas do emplasto que lhe fez abrir a janela e receber o vento 
encanado. 
Em sua última hora, Virgília já viúva, fica ao lado de Brás aguardando seu último suspiro e a 
obra encerra-se assim, deixando a grande marca de um autor fantástico, à frente de seu 
tempo. 
Recomendo a leitura desta obra não apenas para os estudantes mas também para àqueles 
que gostam de refletir sobre as ações e o psicológico humano tratado de uma maneira irônica e 
bem-humorada.

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