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Gestão da Cadeia de Suprimentos 
 
 
 
 
 
Aula 06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Nelson Tadeu Galvão 
CONVERSA INICIAL 
Olá, seja bem-vindo à sexta aula da disciplina de Gestão da 
Cadeia de Suprimentos. Nessa última aula, vamos aprender sobre 
os conceitos de demanda e preços, entender como se realizam as 
expedições da produção, armazenamento e acondicionamento do 
produto em embalagens adequadas para expedição. 
Vamos ainda aprender como se desenvolvem as parcerias 
estratégicas com intermediários de negócios, para atender o 
cliente melhor e com mais rapidez. Estudaremos também a 
integração da cadeia de distribuição, que nos possibilita entender 
o processo de produção desde a saída da fábrica até a entrega 
final ao cliente. 
Bons estudos! 
Para conhecer a estrutura da aula, assista ao vídeo do professor 
Nelson no material online! 
CONTEXTUALIZANDO 
 
O termo “canais de distribuição” foi, durante muito tempo, 
considerado apenas mais um dos componentes do composto 
mercadológico, juntamente com produto, preço e promoção. 
Entretanto, com as mudanças ocorridas nos últimos anos em 
termos de crescimento do poder dos distribuidores, avanços 
tecnológicos, necessidade de sustentação de uma vantagem 
competitiva, entre outros fatores, a distribuição passou a ser vista 
como o maior meio de se conseguir avanço e crescimento no 
mercado (Rosemblom, 2002). 
 
Logo, os canais de distribuição vêm ganhando cada vez mais 
importância no meio empresarial e suas estruturas evoluem em 
termos de formatos e alternativas mais criativas e inovadoras. 
Com o aumento da concorrência nos diferentes mercados, uma 
estratégia de canais de distribuição bem planejada significa mais 
produtos nas prateleiras e, consequentemente, maior participação 
no mercado. 
 
De acordo com Stern et. al. (1996), a seleção dos canais de 
distribuição tende a ter, no futuro, uma atenção ainda maior dos 
executivos no esforço de ganhar vantagem competitiva sobre 
outras companhias. Para ele, os canais se estruturam de formas 
diferentes, visando principalmente a redução dos gastos. Mas, 
além dos fatores econômicos, os tecnológicos, culturais, físicos, 
sociais e políticos também influenciam a forma que eles são 
estruturados. 
 
As variáveis que interferem nestas escolhas podem muitas vezes 
estar subjacentes como, por exemplo, as percepções que os 
fabricantes têm de seus intermediários. A maneira como a 
empresa percebe e se relaciona com os membros do canal parece 
estar refletida em sua própria estrutura de distribuição, sendo este 
um fator diferencial em termos de competitividade. 
 
A empresa pode se comportar de forma a buscar sempre novas 
alternativas, considerando os intermediários como parceiros do 
seu negócio, ou, ao contrário, considerá-los “obstáculos” no 
alcance de seus objetivos. A forma como a empresa lida com o 
seu ambiente leva a diferentes escolhas estratégicas, podendo ser 
estas mais defensivas ou prospectivas (Miles et. al., 1978). 
 
Diante destes fatores, esperamos que o presente estudo lhe 
permita escolher e gerir os canais de distribuição mais adequados 
a cada situação. 
 
Saiba mais sobre esses conceitos assistindo ao vídeo do 
professor Nelson no material online! 
Demanda e Preço 
Demanda significa a quantidade de um bem ou serviço que os 
consumidores desejam adquirir por um preço definido em um 
mercado. A demanda pode ser interpretada como procura, mas 
não necessariamente como consumo, uma vez que é possível 
querer e não consumir um bem ou serviço, por diversos motivos. 
A quantidade de um bem que os compradores desejam e podem 
comprar é chamada de quantidade demandada, e depende de 
diversas variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela 
compra ou não de um bem ou serviço, como preço, preço dos 
outros bens substitutos, a renda do consumidor e o gosto ou 
preferência do indivíduo. 
Demanda é o desejo ou necessidade apoiados pela capacidade e 
intenção de compra, e ela somente ocorre se um consumidor tiver 
um desejo ou necessidade e se possuir condições financeiras para 
suprir sua necessidade ou desejo. 
A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, determina o 
movimento da oferta. A demanda pode, muitas vezes, ser sazonal, 
ou seja, aumenta ou diminui de acordo com uma estação, o 
momento da economia, a renda da população, etc. 
A lei da demanda indica que, em condições normais em um 
mercado, a quantidade demandada é inversamente proporcional 
ao preço do bem em questão. Ou seja, se um produto tem um 
preço baixo, provavelmente vai ter uma grande demanda. 
Quais são os tipos de demanda? 
Negativa: quando o bem não agrada os possíveis consumidores, 
que podem rejeitá-lo. Isso muitas vezes acontece quando uma 
marca ou produto é envolvido em algum escândalo. 
Inexistente: quando o bem é desconhecido ou o consumidor não 
enxerga utilidade em adquiri-lo. 
Latente: ocorre no caso de se verificar uma determinada 
necessidade, mas apesar de existir uma demanda, não existe um 
bem capaz de satisfazê-la. 
Declinante: é o caso de um produto que já teve uma alta 
demanda, mas que por algum motivo está decrescendo. 
Irregular: verifica-se quando um produto é sazonal, ou seja, é 
direcionado para uma ocasião específica do ano, e por isso a 
procura aumenta apenas nessa época. 
Plena: é a demanda considerada ideal pela organização, 
significando que os objetivos de venda previstos foram 
alcançados. 
Excessiva: quando a procura por um determinado bem ou 
produto excede a capacidade de resposta da empresa, não 
conseguindo satisfazer a todos. 
Agora vamos diferenciar dois termos que, via de regra, geram 
grandes confusões. Embora popularmente sejam tratados como a 
mesma coisa, são muito diferentes. Vamos entender essa 
diferença? 
 Valor: aquilo que o produto vale à luz do conhecimento do cliente. 
Totalmente subjetivo, pois depende da percepção do cliente. 
Preço: montante de dinheiro exigido em troca de algum produto 
ou serviço. 
Os preços determinam o nível da demanda: 
 Quanto maior o preço, menor a demanda; 
 Os preços devem ser estabelecidos em relação ao portfólio 
de produtos, ao ciclo de vida dos produtos e ao giro 
desejado. 
Métodos de fixação de Preços 
 Com base nos custos; 
 Com base na demanda prevista (ou valor percebido); 
 Com base na concorrência. 
Conceito de precificação 
Precificação é a atividade de marketing preocupada com a 
colocação de preços para novos produtos e o ajuste de preços 
para produtos existentes. 
Estratégia de precificação 
Estratégia de precificação é o elemento de tomada de decisão da 
empresa preocupado com o estabelecimento de preços que 
atrairão o mercado-alvo, permitindo assim alcançar os objetivos 
de lucro. 
Aspectos de distribuição e logística que afetam a precificação 
Para empresas que trabalham em mercados amplos: 
internacional, nacional ou regional, as considerações sobre custos 
de distribuição e logística na determinação dos preços, são de 
importância crucial, pois: 
 Determinar um preço único significa penalizar o consumidor 
próximo e subsidiar o consumidor distante. 
 Determinar o preço de forma centralizada pode significar 
perder competitividade face a competidores locais em 
pontos mais remotos. 
Assim, aspectos como centralização e flexibilidade são 
considerações obrigatórias para esse tipo de empresa. A seguir 
discrimina-se algumas práticas que, muitas vezes, são 
determinadas pelo próprio tipo de atividade. 
Precificação baseada na distribuição: método usado na 
precificação, projetado para recuperar
ou compensar os custos 
associados com a remessa de bens para os clientes distantes. 
Precificação a partir de um ponto básico: método de 
precificação em que são cobrados dos clientes os custos de frete 
a partir de um ponto básico; o ponto básico pode ser 
arbitrariamente escolhido, mas a localização da fábrica da 
companhia ou de sua central de distribuição são comumente 
usadas. 
Precificação de absorção de frete: método de precificação em 
que o fabricante absorve parte ou todos os custos de frete 
envolvidos no transporte dos bens para os clientes. Na verdade, 
embora o custo da distribuição não esteja explicitado no preço, 
com certeza ele é pago pelo cliente. 
Precificação na entrega: método de precificação em que o preço 
final para o comprador é ajustado de modo a incluir os custos de 
transporte. O vendedor fica com a responsabilidade de 
providenciar a entrega, mas adiciona o custo ao preço cotado. 
Leitura obrigatória 
Faça uma leitura do capítulo “Gestão de preço e receita em uma 
cadeia de suprimentos”, da obra Gestão da Cadeia de 
Suprimentos – Estratégia, Planejamento e Operações, de Sunil 
Chopra e Peter Meindl, Editora Pearson. 
Assista também o vídeo sobre precificação de produtos indicado 
a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=C1CLlAcikCE 
E para completar esse tema, assista ao vídeo do professor Nelson 
no material online! 
Expedição 
O controle de estoque e a expedição são as áreas que podem ser 
consideradas o coração da empresa, pois são através delas que 
conseguimos mandar a mercadoria correta solicitada pelo cliente, 
atendendo as suas exigências: a qualidade do produto e o prazo 
prometido. 
A expedição é uma atividade de armazém que se realiza a 
mercadoria ser devidamente embalada e inclui as seguintes 
tarefas (Tompkins et al., 1996, p. 393): 
 Verificar se o que o cliente pediu está pronto para ser 
expedido; 
 Preparar os documentos da remessa (informação relativa 
aos artigos embalados); 
 Verificar a pesagem, para determinar os custos de envio da 
mercadoria; 
 Juntar as encomendas por operador logístico 
(transportadora); 
 Carregar os caminhões (tarefa muitas vezes realizada pelo 
transportador). 
Atividades de expedição 
Podem ocorrer problemas no planejamento da expedição de 
materiais do armazém se as transportadoras logísticas que 
intervêm nesta atividade não forem devidamente escolhidas. 
A posição das transportadoras e as suas características são 
fatores importantes que influenciam a expedição, de tal modo que 
as transportadoras são vistas como parte integrante do armazém. 
Consequentemente, todas as tarefas da transportadora são 
incluídas no planejamento da expedição. 
A atividade de expedição começa e acaba quando a 
transportadora passa a linha da propriedade do armazém 
(Tompkins et al., 1996, p. 394-395). 
As atividades necessárias para a expedição são: 
 Agregar e embalar a encomenda; 
 Ordenar e verificar a encomenda; 
 Comparar a guia de remessa com a encomenda; 
 Identificar o veículo; 
 Bloquear as rodas do veículo; 
 Posicionar e fixar a dockboard; 
 Carregar o veículo; 
 Entregar a documentação necessária ao motorista; 
 Despachar o veículo. 
Algumas características importantes do armazém para a 
expedição: 
 Fluxo de materiais linear entre os veículos, zona de 
ordenação de mercadoria e áreas de armazenagem; 
 Fluxo contínuo sem paragens (congestionamentos) 
excessivos; 
 Uma área concentrada de operações, que minimize a 
movimentação de materiais e aumente a eficiência da 
supervisão; 
 Movimentação eficiente de materiais; 
 Operações seguras; 
 Minimização de estragos; 
 Facilidade de limpeza. 
Planejamento do espaço para a expedição 
Apesar da atividade de expedição ser uma das responsáveis pela 
eficiência e eficácia de um armazém, ela se caracteriza por ser 
uma área frequentemente negligenciada dentro do próprio 
armazém, principalmente pela falta de um espaço adequado para 
essa atividade. 
Assim sendo, o procedimento a seguir ajuda na definição 
apropriada desse espaço destinado à expedição: 
 Definir os materiais a serem expedidos; 
 Determinar as necessidades de docas de expedição; 
 Determinar a necessidade de espaços para a 
movimentação de veículos; 
 Determinar espaços para a manobra dentro do armazém; 
 Determinar as necessidades de atividades destinadas às 
docas. 
Espaço para manobras dentro da área de expedição 
O espaço para manobras dentro de uma doca consiste em dois 
componentes: o espaço para a plataforma niveladora, permitindo 
o acesso dentro e fora do veículo, e um corredor para manobras, 
para garantir o acesso à área. A plataforma niveladora nada mais 
é do que um equipamento usado para ajustar a altura da doca à 
altura da carroceria do caminhão, e o espaço utilizado por esse 
equipamento vai depender da diferença de altura entre doca e 
caminhão. 
Necessidade de área de estocagem de expedição 
A área de estocagem em um departamento de expedição funciona 
como um local onde os materiais são armazenados durante a 
transferência entre o armazém e a empresa transportadora. 
Assim, a área intermediária permite o acúmulo das mercadorias 
de saída, assegurando que o material apropriado será expedido 
no veículo certo e ao usuário certo. O espaço intermediário 
suficiente será crítico para a realização eficaz da atividade de 
expedição, dependendo das características das cargas a serem 
expedidas. 
Um maior grau de administração sobre as atividades realizadas 
dentro desse espaço físico dependerá de um amplo controle de 
chegadas e saídas de veículos na expedição. Nesse caso, a 
quantidade de espaço intermediário será tipicamente mínima. 
Planejamento do espaço para estocagem 
Em um armazém, a maior parte de seu espaço será destinada à 
estocagem. Um elemento crítico para o planejamento do armazém 
é a determinação das necessidades de espaço para a estocagem 
de vários materiais. Existem passos a serem seguidos para definir 
de maneira correta esses espaços: 
 Definir os materiais a serem estocados; 
 Determinar a filosofia apropriada de estocagem; 
 Determinar as necessidades de espaço para os métodos 
alternativos de estocagem. 
Definir os materiais a serem estocados 
É necessário que se defina os estoques extremos (máximo e 
mínimo) esperados para cada categoria de materiais. Dentro 
desse âmbito existem três filosofias básicas de estocagem: 
Estocagem com localização aleatória: qualquer unidade de 
estoque pode ser armazenada em qualquer espaço disponível. 
 
Estocagem com localização definida: a unidade de estoque 
deve ser impreterivelmente armazenada em um local previamente 
especificado. 
Estocagem com localização combinada: há o envolvimento de 
ambas as filosofias, sendo que a estocagem excessiva deve ser 
armazenada em qualquer espaço disponível, e uma estocagem 
menor deve ser armazenada em um local definido. 
Conclui-se que deve-se obter sempre uma organização nos 
pedidos e nos estoques, para manter sempre o controle e manter 
a atenção na hora de expedir os produtos. 
Para aprofundar seus estudos sobre logística, não deixe de ler o 
artigo sobre planejamento do espaço para a recepção e para a 
expedição a seguir: 
https://pt.wikibooks.org/wiki/Log%C3%ADstica/Gest%C3%A3o_d
e_armaz%C3%A9ns/Recep%C3%A7%C3%A3o_e_expedi%C3
%A7%C3%A3o/Planeamento_do_espa%C3%A7o_para_a_recep
%C3%A7%C3%A3o_e_para_a_expedi%C3%A7%C3%A3o 
E complementando o tema, assista ao vídeo sobre logística de 
distribuição a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=9BCO_4o6jLs 
Saiba mais sobre esses conceitos assistindo
ao vídeo do 
professor Nelson no material online! 
Embalagens 
A embalagem tornou-se um item fundamental na vida de qualquer 
pessoa, principalmente nas atividades de empresas. 
O desenvolvimento da embalagem, pode dizer-se, se deveu à 
necessidade de armazenar os bens necessários à sobrevivência, 
como a água e os alimentos. Portanto, a evolução da embalagem 
acompanhou a evolução da espécie humana. 
Hoje em dia, as embalagens estão presentes em todos os 
produtos, com formas e funções variadas, acompanhando a 
evolução das tecnologias utilizadas para a sua criação, que vão 
tornando-as cada vez mais eficientes e práticas. 
A embalagem é um item de grande importância para a logística, 
pois é essencial para atingir o objetivo logístico de disponibilizar o 
produto no tempo certo, em condições adequadas e ao menor 
custo possível. 
Os materiais de embalagem se destinam a reunir e guardar 
materiais que serão embalados. Em outras palavras, o material 
que deverá ser embalado no material de embalagem. O material 
de embalagem pode ser um acondicionamento da carga. 
Os materiais de embalagem mais importantes são caixas, 
containers, gaiolas e paletes. 
 
Uma embalagem tem como obrigação cumprir quatro funções 
vitais que são a proteção, conservação, informação e a função 
associada ao serviço ou à conveniência na utilização e consumo 
final do produto (Poças et al., 2003, p. 5-10). Veremos cada uma 
delas a seguir. 
Proteção 
Como função primária, a embalagem deve proteger o produto dos 
danos que ocorrem durante o empilhamento dos produtos, como 
choques, vibração e compressão, danos esses que são 
designados como físico-mecânicos e têm maior probabilidade de 
acontecerem no circuito de transporte e distribuição. 
Tipicamente, estes danos de natureza física e mecânica não 
colocam em questão tanto a segurança do produto, mas sim a sua 
qualidade, visto que, quando a proteção que a embalagem fornece 
não é a mais indicada para o produto em questão, existe a 
hipótese de se perder o produto parcialmente ou totalmente, 
tornando-o impróprio para consumo. 
Conservação 
De forma a prolongar a vida útil e diminuir as perdas de produto 
por deterioração, as embalagens têm que controlar certos fatores 
ambientais, tais como a umidade, o oxigênio, a luz e barrar com 
eficiência os microorganismos que se encontram na atmosfera 
sobre qual a embalagem se encontra envolta, prevenindo desta 
forma que se desenvolvam no produto. (Conceitos, 2003, p. 3-4). 
De maneira a não por em risco a integridade do consumidor, a 
embalagem tem que ser fabricada em materiais que não possam 
ser transferidos para o produto em quantidades que ponham em 
risco a saúde dos consumidores ou que possam alterar as 
características organolépticas do produto. 
Informação 
O local onde toda a informação referente ao produto se encontra 
é na embalagem: informação de distribuição, venda e para o 
próprio consumidor. Respectivamente à informação destinada ao 
consumidor, a informação requerida pela legislação da rotulagem 
alimentar tem que estar incluída na embalagem, como a 
designação e tipo do produto, o responsável pela colocação no 
mercado, a lista de ingredientes e a quantidade líquida, a data de 
consumo, a identificação do lote, as condições de conservação e 
de preparação ou utilização (Poças et al., 2003, p. 7-9). 
Principais tipos de materiais usados para confecção de 
embalagens: 
Vidro: é um material inerte, de várias formas e tamanhos, com 
elevada resistência à tração vertical, reutilizável e reciclável e boa 
barreira física contra o ambiente. Vidro para embalagens: 
garrafas, potes, frascos e outros vasilhames fabricados em vidro 
comum nas cores branca, âmbar e verde. 
Metal: boa resistência mecânica, resistente a baixas e elevadas 
temperaturas, boa barreira física contra o ambiente, reciclável e 
facilidade de separação dos resíduos. 
Plástico: material leve, inquebrável e pode ser combinado com 
papel, alumínio e outros plásticos. 
Papel: o papel é um material de baixo custo com resistência baixa 
a altas temperaturas e baixo peso reciclável, além de baixo nível 
de proteção. 
Principais tipos de embalagem 
A inovação tecnológica deu início ao renascimento da embalagem 
para fins logísticos. As empresas estão pesquisando, cada vez 
mais, materiais e formas alternativas de embalagem menos caras 
e mais criativas. Vamos conhecer algumas delas: 
Sleeves é um tipo de embalagem aplicada sobre garrafas, frascos 
e potes, constituída por um rolo de fita termo-encolhível (depois de 
exposto a uma forma de calor, permite que se adapte à forma da 
embalagem primária: garrafa, pote, etc). Este tipo de embalagem 
teve grande sucesso entre as grandes empresas, sendo usada em 
todo tipo de produtos, principalmente nas indústrias de lacticínios 
e de refrigerantes. 
Embalagem por acolchoamento é um tipo de proteção 
tradicionalmente utilizado por empresas de mudanças, sendo ideal 
para embalar produtos de forma irregular. A embalagem por 
acolchoamento tem sucesso em empresas que prestam serviços 
especiais de transportes e não recorrem ao uso de caixas. 
Embalagens retornáveis sempre fizeram parte dos sistemas 
logísticos, sendo geralmente de aço ou plástico. A decisão de 
investir em um sistema de embalagem retornável requer estudo 
da quantidade de ciclos de embarques e de custos de transporte 
versus custos de compra e descarte de embalagem sem retorno, 
bem como os custos futuros de separar, rastrear e limpar as 
embalagens para reutilização. 
Paletes podem ser de madeira, plásticos e refrigerados. Os 
paletes exigem grandes investimentos, pois se mal construídos 
podem se desfazer e causar avarias nos produtos. Existem 
estudos para aperfeiçoamento de paletes de material plástico e 
refrigerado, uma vez que possuem as mesmas funções dos 
antigos paletes de madeira, mas com vida útil e resistência 
maiores. 
Embalagem shrink-wrap é uma embalagem à vácuo. Ela é 
executada colocando-se uma película pré-esticada sobre a carga 
unitizada de embalagens secundárias, que é encolhida por meio 
de aquecimento para fazer as embalagens aderirem à plataforma 
como um volume único. 
Embalagem stretch-wrap é uma embalagem também à vácuo. Ela 
é executada envolvendo-se a carga a uma película plástica 
esticada, fazendo-se a carga rodar e ser envolvida pela película, 
o que resulta em uma carga única, embalada sob pressão. 
Para aprofundar o seu estudo leia o artigo a seguir, sobre a 
importância da embalagem para o produto. 
http://casadaconsultoria.com.br/a-importancia-da-embalagem-do-
produto/ 
Assista também ao vídeo do professor Nelson no material online! 
Parcerias estratégicas na distribuição 
O Canal de Distribuição é o caminho escolhido por uma empresa 
para fazer seus produtos chegarem aos consumidores certos no 
local e no momento exato. 
Ou seja, canal de distribuição é a área do Marketing encarregada 
de colocar o produto adequado no momento e no local em que ele 
for necessitado pelos consumidores. 
Essas atividades começam quando a organização opta pelo tipo 
de canal que será usado para distribuir fisicamente seus produtos. 
Trata-se de uma importante etapa, pois sem uma estrutura de 
distribuição eficaz uma empresa terá dificuldades de atingir seu 
público-alvo, mesmo comercializando bons produtos. 
As pessoas têm cada vez menos tempo e apesar de o ato da 
compra ser algumas vezes interessante, os consumidores 
racionalizam o tempo gasto nessa atividade. Dessa forma, pode-
se dizer que a principal função de um Canal de Distribuição é fazer 
com que o produto chegue rapidamente ao local em
que os 
consumidores esperam encontrá-lo. 
Mas colocar os produtos no lugar certo quando os consumidores 
se dispuserem a adquiri-los varia conforme o público-alvo e o tipo 
de produto comercializado. Veremos a seguir algumas estratégias 
de distribuição mais utilizadas pelas organizações. 
Sistema de Distribuição Direta 
A empresa não usa intermediários, pois ela vende seus produtos 
diretamente aos consumidores finais, ou seja, o produtor tem o 
controle total das atividades mercadológicas até o recebimento 
dos produtos pelos consumidores finais. Exemplos de sistemas de 
distribuição direta são o sistema de venda porta a porta. 
No Brasil, algumas organizações utilizam o sistema porta a porta 
com sucesso, como Avon, Natura e Pierre Alexander. Para 
comercializarem produtos, essas empresas utilizam promotoras 
autônomas como revendedoras e não vendedores contratados 
como funcionários. 
A vantagem desse sistema é que o fabricante exerce maior 
controle no processo de comercialização, e a principal 
desvantagem é o alto custo de estruturar o sistema logístico de 
distribuição. 
Sistema de Distribuição Exclusiva 
Nesse sistema, a empresa utiliza um ou poucos intermediários 
exclusivos, a fim de atender a segmentos específicos do mercado 
consumidor. Os intermediários podem ser representantes 
comerciais que levam o produto aos pontos do varejo ou redes de 
lojas que tenham exclusividade na distribuição do produto. 
Uma das principais vantagens desse sistema é que ele permite 
uma parceria com a rede de distribuição que trabalha apenas com 
a marca do fabricante. Além disso, possibilita uma rápida 
expansão dos fabricantes, pois eles não precisam investir na 
formação dos pontos de venda e concentram seus recursos 
financeiros na produção. 
Após garantir grande fluxo de consumidores, as lojas se tornam 
atrativas para outros produtos que sejam vantajosos para aqueles 
consumidores. Por exemplo, eventualmente, o McDonald's 
promove eventos voltados para seu público alvo realizados em 
conjunto com fabricantes diversos. Isso só é possível devido ao 
fluxo garantido que a rede de lojas assegura a seus parceiros 
nessas promoções. 
Sistema de Distribuição Intensiva 
Visa colocar o produto no maior número possível de pontos de 
venda e é adequado para produtos de alto consumo, de compra 
frequente e preços unitários relativamente baixos. Disponibilizar o 
produto onde os consumidores esperam encontrá-lo é 
fundamental para bens de conveniência, pois é muito comum o 
consumidor trocar de marca caso não encontre a desejada. 
Os pontos de venda podem ser atingidos por equipes de venda 
dos próprios fabricantes, por representantes comerciais ou 
atacadistas distribuidores. Muitas organizações utilizam equipes 
próprias para atender grandes varejistas como hipermercados e 
redes de supermercados. 
Por outro lado, o restante do varejo pode ser coberto via 
atacadistas e/ou representantes comerciais sem vínculo 
empregatício. A BIC, a Coca-Cola, a Pepsico, a Unilever e a 
Gillette, por exemplo, utilizam esse sistema de distribuição. 
E-Commerce 
O e-commerce, que em português significa comércio eletrônico, é 
uma modalidade de comércio que realiza suas transações por 
meio de dispositivos e plataformas eletrônicas, como 
computadores e celulares. Um exemplo desse tipo de comércio é 
comprar ou vender produtos em lojas virtuais. 
No início, o e-commerce era utilizado basicamente para vender 
bens tangíveis com valores modestos, como livros e CDs. Hoje, é 
utilizado para comercializar desde produtos que custam milhões, 
como iates, carros de luxo e mansões, até produtos que há pouco 
tempo eram inimagináveis pela sua incompatibilidade com este 
tipo de comércio, como roupas, perfumes e alimentos. 
Para aprofundar seus estudos, leia o capítulo 8 do livro “Logística 
e cadeia de suprimentos – o essencial”, de Paulo Sérgio 
Gonçalves, editora Manole. 
As parcerias também são muito importantes para as empresas. 
Para compreender isso melhor, recomendamos o vídeo a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=5JdKeCmK9e8 
Assista também ao vídeo do professor Nelson no material online! 
Integração das cadeias de suprimentos para competição 
A busca da integração da cadeia de suprimentos tem sido tema de 
crescente importância nos últimos anos para as empresas, pois se 
apresenta cada vez mais como ponto estratégico para garantia de 
qualidade dos produtos e serviços, redução de custos, aumento 
de flexibilidade e agilidade na resposta às crescentes exigências 
do mercado (FIGUEIREDO, 2003). 
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM), mais do que 
uma nova expressão para o conceito de logística (LAMBERT, 
COOPER & PAGH, 1998), é a integração dos processos de 
negócios, desde o fornecedor original até o usuário ou cliente final, 
gerando produtos, serviços e informações que agregam valor para 
o consumidor. 
A forte competição global existente no mercado evidencia a 
necessidade de maior agilidade, eficiência, segurança e rapidez 
no fluxo de informações entre os membros integrantes da cadeia 
de suprimentos. 
A tendência a não verticalizar a cadeia de suprimentos faz com 
que as empresas dependam cada vez mais dos outros membros 
de sua cadeia, pois uma empresa já não concorre com outra 
individualmente, mas sim as cadeias de suprimentos de seus 
produtos concorrem com a cadeia de suprimentos de seus 
concorrentes. 
As empresas entraram em uma era em que o sucesso final de uma 
corporação depende, necessariamente, da habilidade dos 
gestores em integrar as empresas que estão participando de sua 
rede de relacionamentos (LAMBERT, COOPER & PAGH, 1998). 
Segundo Chopra e Meindl (2003), uma cadeia de suprimento 
engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no 
atendimento eficiente de um pedido de um cliente. A cadeia de 
suprimentos não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas 
também transportadoras, depósitos, varejistas e intermediários e 
os próprios clientes. 
Outro fator positivo obtido no processo de integração da cadeia de 
suprimentos apontado por Chopra e Meindl (2003) é a 
congruência dos objetivos, pois, se conquista um alinhamento 
mais natural entre incentivos e finalidades ao qual cada parte visa 
a um resultado conjunto em vez do resultado individual. 
Lambert, Cooper & Pagh (1998) mostram alguns outros 
componentes que devem ser analisados pelas empresas 
participantes do processo de integração da cadeia de 
suprimentos: 
a) O planejamento e controle das operações, sendo que, quanto 
mais integrado for o planejamento, maiores serão os benefícios 
percebidos na integração; 
b) Estrutura de trabalho e de atividades, que indica como as 
tarefas da empresa são realizadas, sendo que, quanto maior o 
nível de integração das atividades, melhor será a integração; 
c) Estrutura organizacional, que consiste em identificar como é a 
estrutura da organização da empresa e da organização da cadeia; 
d) Estrutura do fluxo do produto, que consiste em analisar a 
estrutura da rede de aquisição, produção e distribuição ao longo 
da cadeia; 
e) Estrutura do fluxo de comunicação e informação, que consiste 
em identificar qual o tipo de informação é compartilhado e a 
frequência de compartilhamento. 
Em uma cadeia de suprimentos típica, matérias-primas são 
compradas, produtos são manufaturados em uma ou mais 
fábricas, transportados para depósitos para fins de 
armazenamento temporário e então transportados para varejistas 
e clientes. 
Desta forma, para reduzir custos e melhorar os níveis de serviço, 
as estratégias eficazes de gestão da cadeia de suprimentos 
precisam
contemplar as interações entre seus diferentes níveis. 
A cadeia de suprimentos, também chamada de rede logística, 
consiste em fornecedores, centros de produção, depósitos, 
centros de distribuição, varejistas, matérias-primas, estoques de 
produtos em processo e produtos acabados que se deslocam 
entre as instalações. 
Na análise da cadeia de suprimentos é preciso considerar os 
fornecedores dos fornecedores e os clientes dos clientes, pois eles 
exercem impacto no desempenho da cadeia. Uma vez que a 
cadeia de suprimentos gira em torno da integração eficiente entre 
fornecedores, fabricantes, depósitos e lojistas, ela engloba as 
atividades de uma empresa em diversos níveis, desde o 
estratégico até o tático e operacional. 
Os custos globais do sistema, desde o transporte e a distribuição 
até os estoques de matérias-primas, estoques em processo e de 
produtos acabados precisam ser minimizados e a integração da 
cadeia é uma maneira de tornar isso possível. 
Para avaliar o grau de integração da cadeia de suprimentos são 
analisados os principais processos de negócio, seus respectivos 
membros-chave, o fluxo de informações e as medidas de 
desempenho utilizadas. Considerando que o processo de 
integração da cadeia de suprimentos é bastante complexo, 
integrar e gerenciar os processos da cadeia de suprimentos por 
completo é muito difícil ou até mesmo impossível. 
Para aprofundar seus estudos, leia o capítulo 5 do livro Gestão da 
Cadeia de Suprimentos – Estratégia, Planejamento e Operações, 
de Sunil Chopra e Peter Meindl, editora Pearson. 
Para maiores informações sobre esse tema e o entendimento da 
importância da cadeia de suprimentos, assista ao vídeo a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=caWCSmj3wy0 
E para complementar esse tema, assista ao vídeo do professor 
Nelson no material online! 
 
 
TROCANDO IDEIAS 
Estudo de embalagens é um tema amplo, pois envolve não só 
acondicionamento para proteção do produto, mas também 
aspectos de design e atratividade para o consumidor. 
Amplie os seus conhecimentos sobre esse tema, pesquisando a 
respeito, usando a internet e bibliografias especializadas que você 
possa ter acesso. 
Depois de realizar a sua pesquisa, procure compartilhar os pontos 
chaves levantados com os seus colegas de turma, postando os 
resultados no fórum da disciplina. 
Sabemos que o preço é a principal variável para a demanda. 
Pesquise como isso ocorre buscando em livros, internet ou na 
prática em empresas que você conhece como ocorre essa 
relação. Compartilhe as conclusões obtidas com seus colegas no 
fórum da disciplina. 
NA PRÁTICA 
Considere a seguinte situação em determinada empresa: 
Após entrevista junto ao diretor da R.A. foi verificado que, no 
âmbito macro, a principal dificuldade do processo de integração 
da cadeia de suprimentos é a questão do choque cultural, que 
ocorre quando duas empresas de localidades diferentes buscam 
o desenvolvimento do trabalho de parceria. 
Na maioria das vezes é bastante difícil quebrar o velho paradigma 
de se trabalhar de forma isolada na cadeia de suprimentos. 
Levando-se em consideração a importância e os benefícios do 
trabalho em regime de parceria, essa quebra de paradigma é 
extremamente necessária, pois, caso contrário, a cadeia de 
suprimentos continuaria trabalhando nos moldes do passado, em 
que cada membro participante da cadeia buscava seu resultado 
independentemente dos outros elos. 
Como consequência da manutenção do paradigma do “cada um 
por si”, observa-se o acúmulo de custos ao longo da cadeia, o que 
faz com que o cliente pague mais caro pelos produtos e serviços. 
Em função do exposto até aqui, cite algumas vantagens que 
poderiam resultar da integração da cadeia de suprimentos. 
Confira a resolução desse caso no material online! 
SÍNTESE 
Prezados alunos, concluímos aqui a nossa sexta e última rota de 
aprendizagem da disciplina de Cadeia de Suprimentos. 
Aprendemos os conceitos de demanda e preços e entendemos 
como se realizam as expedições de matérias produzidas, com 
armazenamentos e o acondicionamento do produto em 
embalagens adequadas para expedição. 
Vimos ainda como se desenvolvem as parcerias estratégicas com 
intermediários de negócios, para atender o cliente melhor e com 
mais rapidez na entrega do produto ao cliente. Estudamos 
também sobre a integração da cadeia de distribuição, que nos 
possibilita entender como ocorre o processo de saída do produto 
da produção até chegar às mãos dos clientes. 
Vamos finalizar nossa aula, com mais um vídeo do professor 
Nelson, disponível no material on-line. 
Até a próxima aula e bons estudos!!!! 
Referências 
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STP_069_4
92_12109.pdf 
ABEVD, Armazém Vertical, acedido em 09 de maio de 2008, em 
www.abevd.org.br. 
MOURA, R. A. Armazenagem: Do Recebimento à Expedição 
em Almoxarifados ou Centros de Distribuição. São Paulo: 
Manual de Logística - IMAM. Vol. 2, 1997. 
 
MOURA, R. A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e 
Armazenagem de Materiais. São Paulo: Manual de Logística - 
IMAM. Vol. 1, 1997. 
 
http://help.sap.com/saphelp_46c/helpdata/pt/c8/a44b7a9f3211d2
858d0000e81ddea0/content.htm 
https://pt.wikibooks.org/wiki/Log%C3%ADstica/Embalagem/Mater
iais_de_embalagem 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/principais-
canais-de-distribuicao/56942/ 
Santos, S. Lopes; Silva, A. Lago. Opções Estratégicas e 
estruturação de Canais de distribuição: estudos de caso. 
UFSCar. 
http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/Atividade_Previa_10_L
GC.pdf 
Afonso, T.; Avaliando a Integração em Cadeias de 
Suprimentos: um estudo de caso no setor automobilístico.

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