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Gestão da Cadeia de Suprimentos Aula 06 Prof. Nelson Tadeu Galvão CONVERSA INICIAL Olá, seja bem-vindo à sexta aula da disciplina de Gestão da Cadeia de Suprimentos. Nessa última aula, vamos aprender sobre os conceitos de demanda e preços, entender como se realizam as expedições da produção, armazenamento e acondicionamento do produto em embalagens adequadas para expedição. Vamos ainda aprender como se desenvolvem as parcerias estratégicas com intermediários de negócios, para atender o cliente melhor e com mais rapidez. Estudaremos também a integração da cadeia de distribuição, que nos possibilita entender o processo de produção desde a saída da fábrica até a entrega final ao cliente. Bons estudos! Para conhecer a estrutura da aula, assista ao vídeo do professor Nelson no material online! CONTEXTUALIZANDO O termo “canais de distribuição” foi, durante muito tempo, considerado apenas mais um dos componentes do composto mercadológico, juntamente com produto, preço e promoção. Entretanto, com as mudanças ocorridas nos últimos anos em termos de crescimento do poder dos distribuidores, avanços tecnológicos, necessidade de sustentação de uma vantagem competitiva, entre outros fatores, a distribuição passou a ser vista como o maior meio de se conseguir avanço e crescimento no mercado (Rosemblom, 2002). Logo, os canais de distribuição vêm ganhando cada vez mais importância no meio empresarial e suas estruturas evoluem em termos de formatos e alternativas mais criativas e inovadoras. Com o aumento da concorrência nos diferentes mercados, uma estratégia de canais de distribuição bem planejada significa mais produtos nas prateleiras e, consequentemente, maior participação no mercado. De acordo com Stern et. al. (1996), a seleção dos canais de distribuição tende a ter, no futuro, uma atenção ainda maior dos executivos no esforço de ganhar vantagem competitiva sobre outras companhias. Para ele, os canais se estruturam de formas diferentes, visando principalmente a redução dos gastos. Mas, além dos fatores econômicos, os tecnológicos, culturais, físicos, sociais e políticos também influenciam a forma que eles são estruturados. As variáveis que interferem nestas escolhas podem muitas vezes estar subjacentes como, por exemplo, as percepções que os fabricantes têm de seus intermediários. A maneira como a empresa percebe e se relaciona com os membros do canal parece estar refletida em sua própria estrutura de distribuição, sendo este um fator diferencial em termos de competitividade. A empresa pode se comportar de forma a buscar sempre novas alternativas, considerando os intermediários como parceiros do seu negócio, ou, ao contrário, considerá-los “obstáculos” no alcance de seus objetivos. A forma como a empresa lida com o seu ambiente leva a diferentes escolhas estratégicas, podendo ser estas mais defensivas ou prospectivas (Miles et. al., 1978). Diante destes fatores, esperamos que o presente estudo lhe permita escolher e gerir os canais de distribuição mais adequados a cada situação. Saiba mais sobre esses conceitos assistindo ao vídeo do professor Nelson no material online! Demanda e Preço Demanda significa a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um mercado. A demanda pode ser interpretada como procura, mas não necessariamente como consumo, uma vez que é possível querer e não consumir um bem ou serviço, por diversos motivos. A quantidade de um bem que os compradores desejam e podem comprar é chamada de quantidade demandada, e depende de diversas variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela compra ou não de um bem ou serviço, como preço, preço dos outros bens substitutos, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Demanda é o desejo ou necessidade apoiados pela capacidade e intenção de compra, e ela somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade e se possuir condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo. A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, determina o movimento da oferta. A demanda pode, muitas vezes, ser sazonal, ou seja, aumenta ou diminui de acordo com uma estação, o momento da economia, a renda da população, etc. A lei da demanda indica que, em condições normais em um mercado, a quantidade demandada é inversamente proporcional ao preço do bem em questão. Ou seja, se um produto tem um preço baixo, provavelmente vai ter uma grande demanda. Quais são os tipos de demanda? Negativa: quando o bem não agrada os possíveis consumidores, que podem rejeitá-lo. Isso muitas vezes acontece quando uma marca ou produto é envolvido em algum escândalo. Inexistente: quando o bem é desconhecido ou o consumidor não enxerga utilidade em adquiri-lo. Latente: ocorre no caso de se verificar uma determinada necessidade, mas apesar de existir uma demanda, não existe um bem capaz de satisfazê-la. Declinante: é o caso de um produto que já teve uma alta demanda, mas que por algum motivo está decrescendo. Irregular: verifica-se quando um produto é sazonal, ou seja, é direcionado para uma ocasião específica do ano, e por isso a procura aumenta apenas nessa época. Plena: é a demanda considerada ideal pela organização, significando que os objetivos de venda previstos foram alcançados. Excessiva: quando a procura por um determinado bem ou produto excede a capacidade de resposta da empresa, não conseguindo satisfazer a todos. Agora vamos diferenciar dois termos que, via de regra, geram grandes confusões. Embora popularmente sejam tratados como a mesma coisa, são muito diferentes. Vamos entender essa diferença? Valor: aquilo que o produto vale à luz do conhecimento do cliente. Totalmente subjetivo, pois depende da percepção do cliente. Preço: montante de dinheiro exigido em troca de algum produto ou serviço. Os preços determinam o nível da demanda: Quanto maior o preço, menor a demanda; Os preços devem ser estabelecidos em relação ao portfólio de produtos, ao ciclo de vida dos produtos e ao giro desejado. Métodos de fixação de Preços Com base nos custos; Com base na demanda prevista (ou valor percebido); Com base na concorrência. Conceito de precificação Precificação é a atividade de marketing preocupada com a colocação de preços para novos produtos e o ajuste de preços para produtos existentes. Estratégia de precificação Estratégia de precificação é o elemento de tomada de decisão da empresa preocupado com o estabelecimento de preços que atrairão o mercado-alvo, permitindo assim alcançar os objetivos de lucro. Aspectos de distribuição e logística que afetam a precificação Para empresas que trabalham em mercados amplos: internacional, nacional ou regional, as considerações sobre custos de distribuição e logística na determinação dos preços, são de importância crucial, pois: Determinar um preço único significa penalizar o consumidor próximo e subsidiar o consumidor distante. Determinar o preço de forma centralizada pode significar perder competitividade face a competidores locais em pontos mais remotos. Assim, aspectos como centralização e flexibilidade são considerações obrigatórias para esse tipo de empresa. A seguir discrimina-se algumas práticas que, muitas vezes, são determinadas pelo próprio tipo de atividade. Precificação baseada na distribuição: método usado na precificação, projetado para recuperar ou compensar os custos associados com a remessa de bens para os clientes distantes. Precificação a partir de um ponto básico: método de precificação em que são cobrados dos clientes os custos de frete a partir de um ponto básico; o ponto básico pode ser arbitrariamente escolhido, mas a localização da fábrica da companhia ou de sua central de distribuição são comumente usadas. Precificação de absorção de frete: método de precificação em que o fabricante absorve parte ou todos os custos de frete envolvidos no transporte dos bens para os clientes. Na verdade, embora o custo da distribuição não esteja explicitado no preço, com certeza ele é pago pelo cliente. Precificação na entrega: método de precificação em que o preço final para o comprador é ajustado de modo a incluir os custos de transporte. O vendedor fica com a responsabilidade de providenciar a entrega, mas adiciona o custo ao preço cotado. Leitura obrigatória Faça uma leitura do capítulo “Gestão de preço e receita em uma cadeia de suprimentos”, da obra Gestão da Cadeia de Suprimentos – Estratégia, Planejamento e Operações, de Sunil Chopra e Peter Meindl, Editora Pearson. Assista também o vídeo sobre precificação de produtos indicado a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=C1CLlAcikCE E para completar esse tema, assista ao vídeo do professor Nelson no material online! Expedição O controle de estoque e a expedição são as áreas que podem ser consideradas o coração da empresa, pois são através delas que conseguimos mandar a mercadoria correta solicitada pelo cliente, atendendo as suas exigências: a qualidade do produto e o prazo prometido. A expedição é uma atividade de armazém que se realiza a mercadoria ser devidamente embalada e inclui as seguintes tarefas (Tompkins et al., 1996, p. 393): Verificar se o que o cliente pediu está pronto para ser expedido; Preparar os documentos da remessa (informação relativa aos artigos embalados); Verificar a pesagem, para determinar os custos de envio da mercadoria; Juntar as encomendas por operador logístico (transportadora); Carregar os caminhões (tarefa muitas vezes realizada pelo transportador). Atividades de expedição Podem ocorrer problemas no planejamento da expedição de materiais do armazém se as transportadoras logísticas que intervêm nesta atividade não forem devidamente escolhidas. A posição das transportadoras e as suas características são fatores importantes que influenciam a expedição, de tal modo que as transportadoras são vistas como parte integrante do armazém. Consequentemente, todas as tarefas da transportadora são incluídas no planejamento da expedição. A atividade de expedição começa e acaba quando a transportadora passa a linha da propriedade do armazém (Tompkins et al., 1996, p. 394-395). As atividades necessárias para a expedição são: Agregar e embalar a encomenda; Ordenar e verificar a encomenda; Comparar a guia de remessa com a encomenda; Identificar o veículo; Bloquear as rodas do veículo; Posicionar e fixar a dockboard; Carregar o veículo; Entregar a documentação necessária ao motorista; Despachar o veículo. Algumas características importantes do armazém para a expedição: Fluxo de materiais linear entre os veículos, zona de ordenação de mercadoria e áreas de armazenagem; Fluxo contínuo sem paragens (congestionamentos) excessivos; Uma área concentrada de operações, que minimize a movimentação de materiais e aumente a eficiência da supervisão; Movimentação eficiente de materiais; Operações seguras; Minimização de estragos; Facilidade de limpeza. Planejamento do espaço para a expedição Apesar da atividade de expedição ser uma das responsáveis pela eficiência e eficácia de um armazém, ela se caracteriza por ser uma área frequentemente negligenciada dentro do próprio armazém, principalmente pela falta de um espaço adequado para essa atividade. Assim sendo, o procedimento a seguir ajuda na definição apropriada desse espaço destinado à expedição: Definir os materiais a serem expedidos; Determinar as necessidades de docas de expedição; Determinar a necessidade de espaços para a movimentação de veículos; Determinar espaços para a manobra dentro do armazém; Determinar as necessidades de atividades destinadas às docas. Espaço para manobras dentro da área de expedição O espaço para manobras dentro de uma doca consiste em dois componentes: o espaço para a plataforma niveladora, permitindo o acesso dentro e fora do veículo, e um corredor para manobras, para garantir o acesso à área. A plataforma niveladora nada mais é do que um equipamento usado para ajustar a altura da doca à altura da carroceria do caminhão, e o espaço utilizado por esse equipamento vai depender da diferença de altura entre doca e caminhão. Necessidade de área de estocagem de expedição A área de estocagem em um departamento de expedição funciona como um local onde os materiais são armazenados durante a transferência entre o armazém e a empresa transportadora. Assim, a área intermediária permite o acúmulo das mercadorias de saída, assegurando que o material apropriado será expedido no veículo certo e ao usuário certo. O espaço intermediário suficiente será crítico para a realização eficaz da atividade de expedição, dependendo das características das cargas a serem expedidas. Um maior grau de administração sobre as atividades realizadas dentro desse espaço físico dependerá de um amplo controle de chegadas e saídas de veículos na expedição. Nesse caso, a quantidade de espaço intermediário será tipicamente mínima. Planejamento do espaço para estocagem Em um armazém, a maior parte de seu espaço será destinada à estocagem. Um elemento crítico para o planejamento do armazém é a determinação das necessidades de espaço para a estocagem de vários materiais. Existem passos a serem seguidos para definir de maneira correta esses espaços: Definir os materiais a serem estocados; Determinar a filosofia apropriada de estocagem; Determinar as necessidades de espaço para os métodos alternativos de estocagem. Definir os materiais a serem estocados É necessário que se defina os estoques extremos (máximo e mínimo) esperados para cada categoria de materiais. Dentro desse âmbito existem três filosofias básicas de estocagem: Estocagem com localização aleatória: qualquer unidade de estoque pode ser armazenada em qualquer espaço disponível. Estocagem com localização definida: a unidade de estoque deve ser impreterivelmente armazenada em um local previamente especificado. Estocagem com localização combinada: há o envolvimento de ambas as filosofias, sendo que a estocagem excessiva deve ser armazenada em qualquer espaço disponível, e uma estocagem menor deve ser armazenada em um local definido. Conclui-se que deve-se obter sempre uma organização nos pedidos e nos estoques, para manter sempre o controle e manter a atenção na hora de expedir os produtos. Para aprofundar seus estudos sobre logística, não deixe de ler o artigo sobre planejamento do espaço para a recepção e para a expedição a seguir: https://pt.wikibooks.org/wiki/Log%C3%ADstica/Gest%C3%A3o_d e_armaz%C3%A9ns/Recep%C3%A7%C3%A3o_e_expedi%C3 %A7%C3%A3o/Planeamento_do_espa%C3%A7o_para_a_recep %C3%A7%C3%A3o_e_para_a_expedi%C3%A7%C3%A3o E complementando o tema, assista ao vídeo sobre logística de distribuição a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=9BCO_4o6jLs Saiba mais sobre esses conceitos assistindo ao vídeo do professor Nelson no material online! Embalagens A embalagem tornou-se um item fundamental na vida de qualquer pessoa, principalmente nas atividades de empresas. O desenvolvimento da embalagem, pode dizer-se, se deveu à necessidade de armazenar os bens necessários à sobrevivência, como a água e os alimentos. Portanto, a evolução da embalagem acompanhou a evolução da espécie humana. Hoje em dia, as embalagens estão presentes em todos os produtos, com formas e funções variadas, acompanhando a evolução das tecnologias utilizadas para a sua criação, que vão tornando-as cada vez mais eficientes e práticas. A embalagem é um item de grande importância para a logística, pois é essencial para atingir o objetivo logístico de disponibilizar o produto no tempo certo, em condições adequadas e ao menor custo possível. Os materiais de embalagem se destinam a reunir e guardar materiais que serão embalados. Em outras palavras, o material que deverá ser embalado no material de embalagem. O material de embalagem pode ser um acondicionamento da carga. Os materiais de embalagem mais importantes são caixas, containers, gaiolas e paletes. Uma embalagem tem como obrigação cumprir quatro funções vitais que são a proteção, conservação, informação e a função associada ao serviço ou à conveniência na utilização e consumo final do produto (Poças et al., 2003, p. 5-10). Veremos cada uma delas a seguir. Proteção Como função primária, a embalagem deve proteger o produto dos danos que ocorrem durante o empilhamento dos produtos, como choques, vibração e compressão, danos esses que são designados como físico-mecânicos e têm maior probabilidade de acontecerem no circuito de transporte e distribuição. Tipicamente, estes danos de natureza física e mecânica não colocam em questão tanto a segurança do produto, mas sim a sua qualidade, visto que, quando a proteção que a embalagem fornece não é a mais indicada para o produto em questão, existe a hipótese de se perder o produto parcialmente ou totalmente, tornando-o impróprio para consumo. Conservação De forma a prolongar a vida útil e diminuir as perdas de produto por deterioração, as embalagens têm que controlar certos fatores ambientais, tais como a umidade, o oxigênio, a luz e barrar com eficiência os microorganismos que se encontram na atmosfera sobre qual a embalagem se encontra envolta, prevenindo desta forma que se desenvolvam no produto. (Conceitos, 2003, p. 3-4). De maneira a não por em risco a integridade do consumidor, a embalagem tem que ser fabricada em materiais que não possam ser transferidos para o produto em quantidades que ponham em risco a saúde dos consumidores ou que possam alterar as características organolépticas do produto. Informação O local onde toda a informação referente ao produto se encontra é na embalagem: informação de distribuição, venda e para o próprio consumidor. Respectivamente à informação destinada ao consumidor, a informação requerida pela legislação da rotulagem alimentar tem que estar incluída na embalagem, como a designação e tipo do produto, o responsável pela colocação no mercado, a lista de ingredientes e a quantidade líquida, a data de consumo, a identificação do lote, as condições de conservação e de preparação ou utilização (Poças et al., 2003, p. 7-9). Principais tipos de materiais usados para confecção de embalagens: Vidro: é um material inerte, de várias formas e tamanhos, com elevada resistência à tração vertical, reutilizável e reciclável e boa barreira física contra o ambiente. Vidro para embalagens: garrafas, potes, frascos e outros vasilhames fabricados em vidro comum nas cores branca, âmbar e verde. Metal: boa resistência mecânica, resistente a baixas e elevadas temperaturas, boa barreira física contra o ambiente, reciclável e facilidade de separação dos resíduos. Plástico: material leve, inquebrável e pode ser combinado com papel, alumínio e outros plásticos. Papel: o papel é um material de baixo custo com resistência baixa a altas temperaturas e baixo peso reciclável, além de baixo nível de proteção. Principais tipos de embalagem A inovação tecnológica deu início ao renascimento da embalagem para fins logísticos. As empresas estão pesquisando, cada vez mais, materiais e formas alternativas de embalagem menos caras e mais criativas. Vamos conhecer algumas delas: Sleeves é um tipo de embalagem aplicada sobre garrafas, frascos e potes, constituída por um rolo de fita termo-encolhível (depois de exposto a uma forma de calor, permite que se adapte à forma da embalagem primária: garrafa, pote, etc). Este tipo de embalagem teve grande sucesso entre as grandes empresas, sendo usada em todo tipo de produtos, principalmente nas indústrias de lacticínios e de refrigerantes. Embalagem por acolchoamento é um tipo de proteção tradicionalmente utilizado por empresas de mudanças, sendo ideal para embalar produtos de forma irregular. A embalagem por acolchoamento tem sucesso em empresas que prestam serviços especiais de transportes e não recorrem ao uso de caixas. Embalagens retornáveis sempre fizeram parte dos sistemas logísticos, sendo geralmente de aço ou plástico. A decisão de investir em um sistema de embalagem retornável requer estudo da quantidade de ciclos de embarques e de custos de transporte versus custos de compra e descarte de embalagem sem retorno, bem como os custos futuros de separar, rastrear e limpar as embalagens para reutilização. Paletes podem ser de madeira, plásticos e refrigerados. Os paletes exigem grandes investimentos, pois se mal construídos podem se desfazer e causar avarias nos produtos. Existem estudos para aperfeiçoamento de paletes de material plástico e refrigerado, uma vez que possuem as mesmas funções dos antigos paletes de madeira, mas com vida útil e resistência maiores. Embalagem shrink-wrap é uma embalagem à vácuo. Ela é executada colocando-se uma película pré-esticada sobre a carga unitizada de embalagens secundárias, que é encolhida por meio de aquecimento para fazer as embalagens aderirem à plataforma como um volume único. Embalagem stretch-wrap é uma embalagem também à vácuo. Ela é executada envolvendo-se a carga a uma película plástica esticada, fazendo-se a carga rodar e ser envolvida pela película, o que resulta em uma carga única, embalada sob pressão. Para aprofundar o seu estudo leia o artigo a seguir, sobre a importância da embalagem para o produto. http://casadaconsultoria.com.br/a-importancia-da-embalagem-do- produto/ Assista também ao vídeo do professor Nelson no material online! Parcerias estratégicas na distribuição O Canal de Distribuição é o caminho escolhido por uma empresa para fazer seus produtos chegarem aos consumidores certos no local e no momento exato. Ou seja, canal de distribuição é a área do Marketing encarregada de colocar o produto adequado no momento e no local em que ele for necessitado pelos consumidores. Essas atividades começam quando a organização opta pelo tipo de canal que será usado para distribuir fisicamente seus produtos. Trata-se de uma importante etapa, pois sem uma estrutura de distribuição eficaz uma empresa terá dificuldades de atingir seu público-alvo, mesmo comercializando bons produtos. As pessoas têm cada vez menos tempo e apesar de o ato da compra ser algumas vezes interessante, os consumidores racionalizam o tempo gasto nessa atividade. Dessa forma, pode- se dizer que a principal função de um Canal de Distribuição é fazer com que o produto chegue rapidamente ao local em que os consumidores esperam encontrá-lo. Mas colocar os produtos no lugar certo quando os consumidores se dispuserem a adquiri-los varia conforme o público-alvo e o tipo de produto comercializado. Veremos a seguir algumas estratégias de distribuição mais utilizadas pelas organizações. Sistema de Distribuição Direta A empresa não usa intermediários, pois ela vende seus produtos diretamente aos consumidores finais, ou seja, o produtor tem o controle total das atividades mercadológicas até o recebimento dos produtos pelos consumidores finais. Exemplos de sistemas de distribuição direta são o sistema de venda porta a porta. No Brasil, algumas organizações utilizam o sistema porta a porta com sucesso, como Avon, Natura e Pierre Alexander. Para comercializarem produtos, essas empresas utilizam promotoras autônomas como revendedoras e não vendedores contratados como funcionários. A vantagem desse sistema é que o fabricante exerce maior controle no processo de comercialização, e a principal desvantagem é o alto custo de estruturar o sistema logístico de distribuição. Sistema de Distribuição Exclusiva Nesse sistema, a empresa utiliza um ou poucos intermediários exclusivos, a fim de atender a segmentos específicos do mercado consumidor. Os intermediários podem ser representantes comerciais que levam o produto aos pontos do varejo ou redes de lojas que tenham exclusividade na distribuição do produto. Uma das principais vantagens desse sistema é que ele permite uma parceria com a rede de distribuição que trabalha apenas com a marca do fabricante. Além disso, possibilita uma rápida expansão dos fabricantes, pois eles não precisam investir na formação dos pontos de venda e concentram seus recursos financeiros na produção. Após garantir grande fluxo de consumidores, as lojas se tornam atrativas para outros produtos que sejam vantajosos para aqueles consumidores. Por exemplo, eventualmente, o McDonald's promove eventos voltados para seu público alvo realizados em conjunto com fabricantes diversos. Isso só é possível devido ao fluxo garantido que a rede de lojas assegura a seus parceiros nessas promoções. Sistema de Distribuição Intensiva Visa colocar o produto no maior número possível de pontos de venda e é adequado para produtos de alto consumo, de compra frequente e preços unitários relativamente baixos. Disponibilizar o produto onde os consumidores esperam encontrá-lo é fundamental para bens de conveniência, pois é muito comum o consumidor trocar de marca caso não encontre a desejada. Os pontos de venda podem ser atingidos por equipes de venda dos próprios fabricantes, por representantes comerciais ou atacadistas distribuidores. Muitas organizações utilizam equipes próprias para atender grandes varejistas como hipermercados e redes de supermercados. Por outro lado, o restante do varejo pode ser coberto via atacadistas e/ou representantes comerciais sem vínculo empregatício. A BIC, a Coca-Cola, a Pepsico, a Unilever e a Gillette, por exemplo, utilizam esse sistema de distribuição. E-Commerce O e-commerce, que em português significa comércio eletrônico, é uma modalidade de comércio que realiza suas transações por meio de dispositivos e plataformas eletrônicas, como computadores e celulares. Um exemplo desse tipo de comércio é comprar ou vender produtos em lojas virtuais. No início, o e-commerce era utilizado basicamente para vender bens tangíveis com valores modestos, como livros e CDs. Hoje, é utilizado para comercializar desde produtos que custam milhões, como iates, carros de luxo e mansões, até produtos que há pouco tempo eram inimagináveis pela sua incompatibilidade com este tipo de comércio, como roupas, perfumes e alimentos. Para aprofundar seus estudos, leia o capítulo 8 do livro “Logística e cadeia de suprimentos – o essencial”, de Paulo Sérgio Gonçalves, editora Manole. As parcerias também são muito importantes para as empresas. Para compreender isso melhor, recomendamos o vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=5JdKeCmK9e8 Assista também ao vídeo do professor Nelson no material online! Integração das cadeias de suprimentos para competição A busca da integração da cadeia de suprimentos tem sido tema de crescente importância nos últimos anos para as empresas, pois se apresenta cada vez mais como ponto estratégico para garantia de qualidade dos produtos e serviços, redução de custos, aumento de flexibilidade e agilidade na resposta às crescentes exigências do mercado (FIGUEIREDO, 2003). Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM), mais do que uma nova expressão para o conceito de logística (LAMBERT, COOPER & PAGH, 1998), é a integração dos processos de negócios, desde o fornecedor original até o usuário ou cliente final, gerando produtos, serviços e informações que agregam valor para o consumidor. A forte competição global existente no mercado evidencia a necessidade de maior agilidade, eficiência, segurança e rapidez no fluxo de informações entre os membros integrantes da cadeia de suprimentos. A tendência a não verticalizar a cadeia de suprimentos faz com que as empresas dependam cada vez mais dos outros membros de sua cadeia, pois uma empresa já não concorre com outra individualmente, mas sim as cadeias de suprimentos de seus produtos concorrem com a cadeia de suprimentos de seus concorrentes. As empresas entraram em uma era em que o sucesso final de uma corporação depende, necessariamente, da habilidade dos gestores em integrar as empresas que estão participando de sua rede de relacionamentos (LAMBERT, COOPER & PAGH, 1998). Segundo Chopra e Meindl (2003), uma cadeia de suprimento engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento eficiente de um pedido de um cliente. A cadeia de suprimentos não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadoras, depósitos, varejistas e intermediários e os próprios clientes. Outro fator positivo obtido no processo de integração da cadeia de suprimentos apontado por Chopra e Meindl (2003) é a congruência dos objetivos, pois, se conquista um alinhamento mais natural entre incentivos e finalidades ao qual cada parte visa a um resultado conjunto em vez do resultado individual. Lambert, Cooper & Pagh (1998) mostram alguns outros componentes que devem ser analisados pelas empresas participantes do processo de integração da cadeia de suprimentos: a) O planejamento e controle das operações, sendo que, quanto mais integrado for o planejamento, maiores serão os benefícios percebidos na integração; b) Estrutura de trabalho e de atividades, que indica como as tarefas da empresa são realizadas, sendo que, quanto maior o nível de integração das atividades, melhor será a integração; c) Estrutura organizacional, que consiste em identificar como é a estrutura da organização da empresa e da organização da cadeia; d) Estrutura do fluxo do produto, que consiste em analisar a estrutura da rede de aquisição, produção e distribuição ao longo da cadeia; e) Estrutura do fluxo de comunicação e informação, que consiste em identificar qual o tipo de informação é compartilhado e a frequência de compartilhamento. Em uma cadeia de suprimentos típica, matérias-primas são compradas, produtos são manufaturados em uma ou mais fábricas, transportados para depósitos para fins de armazenamento temporário e então transportados para varejistas e clientes. Desta forma, para reduzir custos e melhorar os níveis de serviço, as estratégias eficazes de gestão da cadeia de suprimentos precisam contemplar as interações entre seus diferentes níveis. A cadeia de suprimentos, também chamada de rede logística, consiste em fornecedores, centros de produção, depósitos, centros de distribuição, varejistas, matérias-primas, estoques de produtos em processo e produtos acabados que se deslocam entre as instalações. Na análise da cadeia de suprimentos é preciso considerar os fornecedores dos fornecedores e os clientes dos clientes, pois eles exercem impacto no desempenho da cadeia. Uma vez que a cadeia de suprimentos gira em torno da integração eficiente entre fornecedores, fabricantes, depósitos e lojistas, ela engloba as atividades de uma empresa em diversos níveis, desde o estratégico até o tático e operacional. Os custos globais do sistema, desde o transporte e a distribuição até os estoques de matérias-primas, estoques em processo e de produtos acabados precisam ser minimizados e a integração da cadeia é uma maneira de tornar isso possível. Para avaliar o grau de integração da cadeia de suprimentos são analisados os principais processos de negócio, seus respectivos membros-chave, o fluxo de informações e as medidas de desempenho utilizadas. Considerando que o processo de integração da cadeia de suprimentos é bastante complexo, integrar e gerenciar os processos da cadeia de suprimentos por completo é muito difícil ou até mesmo impossível. Para aprofundar seus estudos, leia o capítulo 5 do livro Gestão da Cadeia de Suprimentos – Estratégia, Planejamento e Operações, de Sunil Chopra e Peter Meindl, editora Pearson. Para maiores informações sobre esse tema e o entendimento da importância da cadeia de suprimentos, assista ao vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=caWCSmj3wy0 E para complementar esse tema, assista ao vídeo do professor Nelson no material online! TROCANDO IDEIAS Estudo de embalagens é um tema amplo, pois envolve não só acondicionamento para proteção do produto, mas também aspectos de design e atratividade para o consumidor. Amplie os seus conhecimentos sobre esse tema, pesquisando a respeito, usando a internet e bibliografias especializadas que você possa ter acesso. Depois de realizar a sua pesquisa, procure compartilhar os pontos chaves levantados com os seus colegas de turma, postando os resultados no fórum da disciplina. Sabemos que o preço é a principal variável para a demanda. Pesquise como isso ocorre buscando em livros, internet ou na prática em empresas que você conhece como ocorre essa relação. Compartilhe as conclusões obtidas com seus colegas no fórum da disciplina. NA PRÁTICA Considere a seguinte situação em determinada empresa: Após entrevista junto ao diretor da R.A. foi verificado que, no âmbito macro, a principal dificuldade do processo de integração da cadeia de suprimentos é a questão do choque cultural, que ocorre quando duas empresas de localidades diferentes buscam o desenvolvimento do trabalho de parceria. Na maioria das vezes é bastante difícil quebrar o velho paradigma de se trabalhar de forma isolada na cadeia de suprimentos. Levando-se em consideração a importância e os benefícios do trabalho em regime de parceria, essa quebra de paradigma é extremamente necessária, pois, caso contrário, a cadeia de suprimentos continuaria trabalhando nos moldes do passado, em que cada membro participante da cadeia buscava seu resultado independentemente dos outros elos. Como consequência da manutenção do paradigma do “cada um por si”, observa-se o acúmulo de custos ao longo da cadeia, o que faz com que o cliente pague mais caro pelos produtos e serviços. Em função do exposto até aqui, cite algumas vantagens que poderiam resultar da integração da cadeia de suprimentos. Confira a resolução desse caso no material online! SÍNTESE Prezados alunos, concluímos aqui a nossa sexta e última rota de aprendizagem da disciplina de Cadeia de Suprimentos. Aprendemos os conceitos de demanda e preços e entendemos como se realizam as expedições de matérias produzidas, com armazenamentos e o acondicionamento do produto em embalagens adequadas para expedição. Vimos ainda como se desenvolvem as parcerias estratégicas com intermediários de negócios, para atender o cliente melhor e com mais rapidez na entrega do produto ao cliente. Estudamos também sobre a integração da cadeia de distribuição, que nos possibilita entender como ocorre o processo de saída do produto da produção até chegar às mãos dos clientes. Vamos finalizar nossa aula, com mais um vídeo do professor Nelson, disponível no material on-line. Até a próxima aula e bons estudos!!!! Referências http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STP_069_4 92_12109.pdf ABEVD, Armazém Vertical, acedido em 09 de maio de 2008, em www.abevd.org.br. MOURA, R. A. Armazenagem: Do Recebimento à Expedição em Almoxarifados ou Centros de Distribuição. São Paulo: Manual de Logística - IMAM. Vol. 2, 1997. MOURA, R. A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e Armazenagem de Materiais. São Paulo: Manual de Logística - IMAM. Vol. 1, 1997. http://help.sap.com/saphelp_46c/helpdata/pt/c8/a44b7a9f3211d2 858d0000e81ddea0/content.htm https://pt.wikibooks.org/wiki/Log%C3%ADstica/Embalagem/Mater iais_de_embalagem http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/principais- canais-de-distribuicao/56942/ Santos, S. Lopes; Silva, A. Lago. Opções Estratégicas e estruturação de Canais de distribuição: estudos de caso. UFSCar. http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/Atividade_Previa_10_L GC.pdf Afonso, T.; Avaliando a Integração em Cadeias de Suprimentos: um estudo de caso no setor automobilístico.
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